Em conversa telefônica analisada pelo MPF (Ministério Público Federal), Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era o responsável por autorizar a entrada de visitantes no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).
O relato está em uma série de documentos da MPF e da Polícia Federal divulgada nesta quarta-feira (16) pelo juiz Sergio Moro, que conduz em primeira instância a investigação da Operação Lava Jato.
Para o MPF, Fabio Luis era responsável por autorizar a entrada de pessoas no sítio. Isso acontecia até mesmo com Kalil Bittar, irmão do empresário Fernando Bittar que ao menos no papel é dono do sítio.
De acordo com a investigação, “soa bastante estranho” que seja Fabio Luiz o responsável por autorizar a visita do irmão de Fernando Bittar.
Segundo a transcrição do grampo feita pelo MPF, em uma conversa ocorrida no dia 26 de fevereiro, Kalil pede a Fábio autorização para levar alguém ao sítio de Atibaia. No dia seguinte a este, é Fábio quem liga para o caseiro anunciando a chegada de Kalil.
DONO DA CHAVE
Dias antes, Lula questiona um de seus empregados a localização da chave do sítio Santa Bárbara. Lula é avisado de que a chave está com Marcos, que para o MPF é Marcos Cláudio Lula da Silva, filho de Lula. O ex-presidente cobra a chave do sítio, pois gostaria de ir ao local na manhã do dia seguinte. De acordo com o MPF, “tal circunstância, em harmonia com outros elementos colhidos na investigação, dão conta que de fato o sítio é pertencente a Lula, pois a chave não fica com Fernando Bittar e Jonas Suassuna, mas com LULA e seus filhos”.Fonte:Reinaldo Azevedo
quinta-feira, 17 de março de 2016
Dilma critica ‘violação das prerrogativas da Presidência da República’ com grampos
Diferente da nota mais amena publicada ainda na noite desta quarta-feira (17) após a divulgação dos grampos telefônicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (veja aqui), a presidente Dilma Rousseff criticou o que chamou de “violação das prerrogativas da Presidência da República”. “Mudaram tempos de verbo. Mudaram agentes e ocultaram e estou guardando essa assinatura desse termo de posse como uma prova. Ocultaram que fomos buscar essa assinatura [mostrando o documento]. A posse ocorreria aqui. A dona Marisa está doente. Ele está aqui para mostrar a determinação em participar do governo”, atacou Dilma, apontando que as gravações foram feitas de maneira ilegal. “Repudio – total e integralmente – as versões contra esse fato”, bradou a presidente. “Não há justiça quando gravações são tornadas públicas de força seletiva para execração de alguns investigados e quando depoimentos são considerados fatos”, citou Dilma, ao tratar como “fato grave”, “uma agressão à cidadania e a nossa Constituição”.Fonte:Bahia Noticias
Gilmar Mendes afirma que gravação de conversa de Dilma e Lula é válida
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o episódio desta quarta-feira (16), envolvendo o vazamento do áudio da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, através do juiz Sérgio Moro, “não é bom para a Justiça como um todo”. A declaração foi dada ao Jornal da CBN. Gilmar Mendes ainda declarou que considera as gravações válidas e que não há dúvida sobre a legalidade da gravação.
O ministro também pontuou que a nomeação de Lula para a Casa Civil tinha o objetivo de blindar o ex-presidente e que as gravações confirmaram a tentativa de obstrução da justiça. “A proteção que se buscou com esse tipo de expediente tinha não só o objetivo da retirada do processo de Curitiba. É também como se tivesse buscando um refúgio da procuradoria de Curitiba, e isso requer da procuradoria geral maiores cuidados”, avaliou Gilmar. Sobre as críticas feitas por Lula ao Supremo, o ministro diz que pode ser encarado como elogios, pois Lula queria que o “tribunal ficasse de cócoras para atender aos seus pedidos”.
“Ele reclama que não está sendo atendido, e isso quer dizer que as instituições estão funcionando normalmente”, salienta. O ministro também pondera que a tentativa de mudar o processo para o STF é diante de uma tradição da Corte em não decretar prisão preventiva, por não ser um tribunal criminal, mas pontua que o Supremo tem seriedade e atua bem nessas demandas. Ele ainda avalia que o quadro político se agrava a todo momento no país e que isso afeta a economia, e que é preciso que as “instituições mantenha o país em funcionamento e combater a desinstitucionalização e não permitir que abusos sejam perpetrados”. Por fim, ele disse que é as autoridades tomem providências contra o ex-presidente por insuflar a violência, ao falar que ‘coxinhas’ seriam espancados.Fonte:Bahia Noticias
O ministro também pontuou que a nomeação de Lula para a Casa Civil tinha o objetivo de blindar o ex-presidente e que as gravações confirmaram a tentativa de obstrução da justiça. “A proteção que se buscou com esse tipo de expediente tinha não só o objetivo da retirada do processo de Curitiba. É também como se tivesse buscando um refúgio da procuradoria de Curitiba, e isso requer da procuradoria geral maiores cuidados”, avaliou Gilmar. Sobre as críticas feitas por Lula ao Supremo, o ministro diz que pode ser encarado como elogios, pois Lula queria que o “tribunal ficasse de cócoras para atender aos seus pedidos”.
“Ele reclama que não está sendo atendido, e isso quer dizer que as instituições estão funcionando normalmente”, salienta. O ministro também pondera que a tentativa de mudar o processo para o STF é diante de uma tradição da Corte em não decretar prisão preventiva, por não ser um tribunal criminal, mas pontua que o Supremo tem seriedade e atua bem nessas demandas. Ele ainda avalia que o quadro político se agrava a todo momento no país e que isso afeta a economia, e que é preciso que as “instituições mantenha o país em funcionamento e combater a desinstitucionalização e não permitir que abusos sejam perpetrados”. Por fim, ele disse que é as autoridades tomem providências contra o ex-presidente por insuflar a violência, ao falar que ‘coxinhas’ seriam espancados.Fonte:Bahia Noticias
Rui diz que grampos são ilegais: ‘Esse é o primeiro passo para uma tragédia no país’
O governador Rui Costa defendeu, nesta quinta-feira (17), as acusações contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feitas após a divulgação de grampos telefônicos de ligações feitas pela Polícia Federal. Durante evento de formatura de soldados da Polícia Militar, simultâneo à posse de Lula como ministro da Casa Civil em Brasília, Rui se recusou a comentar o conteúdo da série de conversas do ex-presidente – liberada nesta quarta (16) pelo juiz federal Sérgio Moro. “Eu não vou comentar conteúdo obtido ilegalmente.
Se pegam uma escuta de quem tem foro privilegiado [é ilegal]. O Moro não tinha autorização pra fazer grampo telefônico de presidente e ministro. Ele não tem autoridade legal. Eu não sou advogado, mas é um Bê-a-Bá. Quando você grampeia uma pessoa que não tem foro, mas se comunicou com uma pessoa que tem, aquele trecho não pode ser revelado, a não ser pela autoridade competente do caso, o STF. E ao invés de enviar para o STF, ele enviou pra rede de televisão. Então ele cometeu uma ilegalidade, um crime.
[Hoje é] uma ligação do ministro Jaques Wagner. Pode ser a sua amanhã”, criticou o governador. Para o petista, a liberação destes dados é “o primeiro passo para uma tragédia no país” e o próximo será o vazamento da vida privada das pessoas. “Eu espero que todos os partidos, inclusive o PT, sejam colocados do avesso, seja tudo apurado. O que não pode é engavetar a denúncia de uns e a de outro ser exposta.
Do mesmo jeito que a gente tem famílias em que um é Bahia e outro é Vitória, nós podemos ter um que seja de um partido e outro que seja de outro partido. Nós não precisamos nos agredir porque somos de partidos diferentes. Não podemos cultuar o ódio entre as pessoas só porque pensam diferente. Isso não vai levar o Brasil para um lugar bom”, avaliou.Fonte:Bahia Noticias
Se pegam uma escuta de quem tem foro privilegiado [é ilegal]. O Moro não tinha autorização pra fazer grampo telefônico de presidente e ministro. Ele não tem autoridade legal. Eu não sou advogado, mas é um Bê-a-Bá. Quando você grampeia uma pessoa que não tem foro, mas se comunicou com uma pessoa que tem, aquele trecho não pode ser revelado, a não ser pela autoridade competente do caso, o STF. E ao invés de enviar para o STF, ele enviou pra rede de televisão. Então ele cometeu uma ilegalidade, um crime.
[Hoje é] uma ligação do ministro Jaques Wagner. Pode ser a sua amanhã”, criticou o governador. Para o petista, a liberação destes dados é “o primeiro passo para uma tragédia no país” e o próximo será o vazamento da vida privada das pessoas. “Eu espero que todos os partidos, inclusive o PT, sejam colocados do avesso, seja tudo apurado. O que não pode é engavetar a denúncia de uns e a de outro ser exposta.
Do mesmo jeito que a gente tem famílias em que um é Bahia e outro é Vitória, nós podemos ter um que seja de um partido e outro que seja de outro partido. Nós não precisamos nos agredir porque somos de partidos diferentes. Não podemos cultuar o ódio entre as pessoas só porque pensam diferente. Isso não vai levar o Brasil para um lugar bom”, avaliou.Fonte:Bahia Noticias
Rui: Lula é único que pode ‘mudar rumo’ do país e minimiza nomeação para ministério
A nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga de ministro-chefe da Casa Civil foi anunciada sob forte polêmica. E as críticas só aumentaram após a divulgação, nesta quarta-feira (16), de grampos telefônicos feitos em ligações do mais novo membro do Palácio do Planalto. Mesmo assim, o governador Rui Costa acredita que a nomeação não vai interferir nos inquéritos que envolvem o ex-presidente. “Qual é o problema? Ele vai poder ser intimado, vai poder prestar contas, vai poder ser investigado, tudo”, minimizou. Para Rui, Lula deve ser condenado caso tenha cometido irregularidades, mas antes ele precisa ser condenado.
“Eu não estou pedindo tratamento diferente pra ninguém. Se comprovar que ele emitiu o patrimônio, que haja condenação. Evidente que se um irmão, uma pessoa que a gente gosta, cometer uma irregularidade, nós vamos ficar tristes. Mas entendemos que ele em que pagar pelo erro. Agora, ele tem que ter direito ao processo normal, direito a se defender”, avaliou.
O governador defendeu, ainda, a manutenção do governo federal e a nomeação de Lula como saídas para a crise. “Não acredito no processo de impeachment. Eu acho que pro Brasil voltar a crescer nós temos que superar esse assunto. [...] Eu acho que ele [Lula], hoje, é a única pessoa que tem condições de mudar o rumo da política macroeconômica e da condução do nosso país.
Fora isso qual é a alternativa? É o golpe? É a interrupção do mandato? É o caos? Nós vamos passar mais dois anos com o país paralisado? Eu não quero isso”, concluiu.Fonte:Bahia Noticias
“Eu não estou pedindo tratamento diferente pra ninguém. Se comprovar que ele emitiu o patrimônio, que haja condenação. Evidente que se um irmão, uma pessoa que a gente gosta, cometer uma irregularidade, nós vamos ficar tristes. Mas entendemos que ele em que pagar pelo erro. Agora, ele tem que ter direito ao processo normal, direito a se defender”, avaliou.
O governador defendeu, ainda, a manutenção do governo federal e a nomeação de Lula como saídas para a crise. “Não acredito no processo de impeachment. Eu acho que pro Brasil voltar a crescer nós temos que superar esse assunto. [...] Eu acho que ele [Lula], hoje, é a única pessoa que tem condições de mudar o rumo da política macroeconômica e da condução do nosso país.
Fora isso qual é a alternativa? É o golpe? É a interrupção do mandato? É o caos? Nós vamos passar mais dois anos com o país paralisado? Eu não quero isso”, concluiu.Fonte:Bahia Noticias
quarta-feira, 16 de março de 2016
Lula diz que bancada do PT tem que colocar medo em Moro
Em conversa com o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), o ex-presidente Lula combinou estratégias ofensivas contra a equipe da Operação Lava Jato. Segundo Lula, ele estava "botando muita fé de que se nossa bancada tiver animada ela pode fazer a diferença nesse processo com o Moro, com Lava Jato, com qualquer coisa, sabe?". "Eu acho que eles têm que ter em conta o seguinte, bicho, eles têm que ter medo. Eles têm que ter preocupação... um filho da puta desses qualquer que fala merda, ele tem que dormir sabendo que no dia seguinte vai ter dez deputados na casa dele enchendo o saco, no escritório dele, enchendo o saco, vai ter uma representação no Supremo Tribunal Federal, vai ter qualquer coisa", afirma o ex-presidente. Na conversa, Lula sugere ainda: "porque a gente não pode achincalhar?".Fonte:Bahia Noticias
STF pode manter investigação sobre Lula com Moro, avalia Mendes
"É como nomear um empreiteiro para o Ministério dos Transportes." Foi com essa metáfora que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou nesta quarta-feira a escolha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil.
Segundo ele, o tribunal já tem jurisprudência para rever o foro privilegiado em caso de tentativa de burla à Justiça. Em outubro de 2010, às vésperas de ser julgado pelo plenário, o então deputado Natan Donadon renunciou ao mandato parlamentar para retirar a tramitação de seu caso do STF. Na época, porém, o Supremo reconheceu a clara tentativa do então parlamentar de enganar a Justiça e atrasar a conclusão do caso e manteve o processo no tribunal.
Na avaliação de Gilmar Mendes, o STF deve ser provocado para deliberar se a investigação contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato pode ser mantida na primeira instância e sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, mesmo com a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Se o tribunal, numa questão de ordem, puder chegar à conclusão de que, para esses fins, a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau", disse o ministro do STF.
"Acho que é um assunto digno de preocupação para o tribunal. Imaginem os senhores que daqui a pouco a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros que estão presos em Curitiba como ministro do Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial. Precisamos meditar sobre isso", completou Mendes. "Se amanhã houvesse a designação de um empreiteiro como ministro do Transporte, um empreiteiro preso, teríamos a cessação da competência do juiz Moro? Essa é a pergunta que nós temos que nos fazer."
E prosseguiu: "[Lula] Vem para fugir da investigação que se faz em Curitiba, deixando este tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez para manobrar dessa forma as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie".
Tutor - No julgamento que a corte faz nesta quarta-feira, de recursos que contestam o rito de impeachment a ser seguido no processo contra a presidente Dilma Rousseff, Gilmar Mendes voltou a condenar, desta vez em plenário, a escolha do ex-presidente para o primeiro escalão do governo e disse que, com o agravamento da crise política no país, Dilma teve de recorrer a um "tutor" para governar em seu lugar.
Segundo o ministro, desde que o Supremo definiu, em dezembro, as regras para o rito de impeachment de Dilma, "a crise política só piorou" e "se agravou a ponto de a presidente buscar agora um tutor para colocar no seu lugar de presidente". "Ela assume aí outro papel. Eu disse naquele momento [no julgamento do rito de impeachment] que não se salva quem não merece ser salvo. [Lula] É um tutor que vem com problemas criminais muitos sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que vamos ter que discutir", declarou.Fonte:Veja
Segundo ele, o tribunal já tem jurisprudência para rever o foro privilegiado em caso de tentativa de burla à Justiça. Em outubro de 2010, às vésperas de ser julgado pelo plenário, o então deputado Natan Donadon renunciou ao mandato parlamentar para retirar a tramitação de seu caso do STF. Na época, porém, o Supremo reconheceu a clara tentativa do então parlamentar de enganar a Justiça e atrasar a conclusão do caso e manteve o processo no tribunal.
Na avaliação de Gilmar Mendes, o STF deve ser provocado para deliberar se a investigação contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato pode ser mantida na primeira instância e sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, mesmo com a nomeação de Lula para a Casa Civil. "Se o tribunal, numa questão de ordem, puder chegar à conclusão de que, para esses fins, a nomeação não é válida, mantém-se o processo no âmbito do primeiro grau", disse o ministro do STF.
"Acho que é um assunto digno de preocupação para o tribunal. Imaginem os senhores que daqui a pouco a presidente da República decida nomear um desses empreiteiros que estão presos em Curitiba como ministro do Transporte ou da Infraestrutura. Nós passamos a ter uma interferência muito grave no processo judicial. Precisamos meditar sobre isso", completou Mendes. "Se amanhã houvesse a designação de um empreiteiro como ministro do Transporte, um empreiteiro preso, teríamos a cessação da competência do juiz Moro? Essa é a pergunta que nós temos que nos fazer."
E prosseguiu: "[Lula] Vem para fugir da investigação que se faz em Curitiba, deixando este tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez para manobrar dessa forma as instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie".
Tutor - No julgamento que a corte faz nesta quarta-feira, de recursos que contestam o rito de impeachment a ser seguido no processo contra a presidente Dilma Rousseff, Gilmar Mendes voltou a condenar, desta vez em plenário, a escolha do ex-presidente para o primeiro escalão do governo e disse que, com o agravamento da crise política no país, Dilma teve de recorrer a um "tutor" para governar em seu lugar.
Segundo o ministro, desde que o Supremo definiu, em dezembro, as regras para o rito de impeachment de Dilma, "a crise política só piorou" e "se agravou a ponto de a presidente buscar agora um tutor para colocar no seu lugar de presidente". "Ela assume aí outro papel. Eu disse naquele momento [no julgamento do rito de impeachment] que não se salva quem não merece ser salvo. [Lula] É um tutor que vem com problemas criminais muitos sérios, mudando inclusive a competência do Supremo Tribunal Federal, tema que vamos ter que discutir", declarou.Fonte:Veja
IF Baiano – Campus Serrinha abre seleção para tradutor/intérprete de libras
O Instituto Federal Baiano – Campus Serrinha está com inscrições abertas e gratuitas, no período de 14 a 18 de março, para seleção simplificada com vistas a contratar 1 (um) tradutor/intérprete de libras.
O contrato com duração de doze meses é para um regime de 40 horas semanais. A remuneração (vencimento mais auxílios) tem como vencimento básico R$ 2.175,17.
O profissional irá atuar no ensino básico, técnico e tecnológico para garantir que estudantes, que não se comunicam oralmente, tenham acesso ao currículo.
Contato:
Estrada Vicinal de Aparecida, s/n,
Bairro Aparecida
Serrinha – Bahia
CEP 48.700-000
Quem somos: O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) foi criado em 2008 e é uma instituição de ensino médio e superior, focado na Educação Profissional e Tecnológica. Agrega as antigas Escolas Agrotécnicas Federais e as Escolas Médias de Agropecuária Regionais da Ceplac (EMARC) presentes na Bahia. Atualmente, possui campus nos municípios de Catu, Senhor do Bonfim, Santa Inês, Serrinha, Guanambi, Valença, Teixeira de Freitas, Itapetinga, Uruçuca, Bom Jesus da Lapa e Governador Mangabeira. Em breve, terá mais 3 (quatro) campi nas cidades de Alagoinhas, Itaberaba e Xique-Xique (em fase de construção).
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - ASCOM - REITORIA
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - IF Baiano
O contrato com duração de doze meses é para um regime de 40 horas semanais. A remuneração (vencimento mais auxílios) tem como vencimento básico R$ 2.175,17.
O profissional irá atuar no ensino básico, técnico e tecnológico para garantir que estudantes, que não se comunicam oralmente, tenham acesso ao currículo.
Contato:
Estrada Vicinal de Aparecida, s/n,
Bairro Aparecida
Serrinha – Bahia
CEP 48.700-000
Quem somos: O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano) foi criado em 2008 e é uma instituição de ensino médio e superior, focado na Educação Profissional e Tecnológica. Agrega as antigas Escolas Agrotécnicas Federais e as Escolas Médias de Agropecuária Regionais da Ceplac (EMARC) presentes na Bahia. Atualmente, possui campus nos municípios de Catu, Senhor do Bonfim, Santa Inês, Serrinha, Guanambi, Valença, Teixeira de Freitas, Itapetinga, Uruçuca, Bom Jesus da Lapa e Governador Mangabeira. Em breve, terá mais 3 (quatro) campi nas cidades de Alagoinhas, Itaberaba e Xique-Xique (em fase de construção).
COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - ASCOM - REITORIA
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano - IF Baiano
Em grampo, senador petista fala em 'enfrentar' Moro
Em conversas monitoradas com autorização judicial, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, fala com o senador Jorge Viana (PT-AC) em 4 de março. Ante o avanço das investigações da Lava-Jato sobre Lula, o senador fala em "subir o tom" e "enfrentar" o juiz Moro.
JORGE: Alô?
ROBERTO TEIXEIRA: JORGE?
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JORGE: Oi, ROBERTO. Eu sei que você tá tão atarefado, mas eu precisava.. eu to aqui no Acre, no interior, querendo ir pra Brasília, desde cedo tô me deslocando de carro, mas primeiro ser solidário aí com vocês e eu vi a nota de vocês, eu acho que foi a coisa mais coerente que eu vi até agora..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu quero só passar uma ideia de quem tá longe, e que ao mesmo tempo sofre como se tivesse perto.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu acho que a fala do presidente foi bom, mas ela foi muitos tons abaixo do que deveria ser.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Talvez.. olha a minha ideia.. falei até com o DAMOUS. Talvez seja a única oportunidade que o presidente tem de por fim à essa perseguição, essa caçada contra ele. Se numa segunda-feira, por exemplo, reflitam sobre isso, ele chamar uma coletiva e comprar e estabelecer uma relação, um diálogo com seu MORO pela, ao vivo, MORO, PROMOTORES, DELEGADOS, dizendo que ele não aceita mais que ele persiga a família dele porque ele tá agindo fora da lei, os promotores fulano e ciclano estão agindo fora da lei, os delegados fulano e ciclano e quem age fora da lei é bandido e que se ele quiser agora vim prendê-lo, que venha, mas não venha prender minha mulher, prender meus netos, nem meus filhos.. E forçar a mão nele pra ver se ele tem coragem de prender por desacato a autoridade, porque aí, aí eles vão ter uma comoção no país, porque ele vai tá defendendo a família dele, a honra dele.. dizer: olha, eu estou defendendo a minha honra, você está agindo fora da lei, quem age fora da lei é bandido.. me sequestraram, me colocaram.. eu não sei, tinha que pensar algo parecido com isso e dar uma coletiva e provocar e dizer que não vai aceitar mais..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Não aceita, em hipótese nenhuma.. se rebelar.. greve de fome, alguma situação.. você tem também alguma insubordinação judicial, não aceito mais ser investigado por esse bando que tá agindo fora da lei e querendo alcançar minha família, minha mulher, meus filhos e meus netos. Não aceito mais. Me prendam. Se prenderem ele, aí vão prender e tornar um preso político, aí nós fazemos esse país virar de cabeça pra baixo. Fora disso eu não vejo saída (ininteligível)
ROBERTO TEIXEIRA: É.. mas isso, mas viu, JORGE, ele anunciou isso, falou isso, ele disse que vai varrer o Brasil inteiro, vai denunciar isso o tempo todo..
JORGE: Isso não funciona.
ROBERTO TEIXEIRA: E agora..
JORGE: Não tem clima no interior do Brasil pra ele vir, pra ele andar. Ele tem que fazer uma ação ao vivo chamando coletivas, isso é mais forte do que ele fazer comício, fazer coisa.. gente, o clima tá muito ruim contra nós, não há uma comoção. Ele tem que botar a família dele, fazer a defesa e virar a fazer..
ROBERTO TEIXEIRA: Entendi.
JORGE: E fazer um confronto direto com eles. Se não fizer isso agora, não tem clima pra andar no Brasil.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Esses caras tão trabalhando há muito tempo esse ambiente. (ininteligível).
JORGE: Diga: me prenda, eu estou aqui. Vou ficar nesse endereço esperando a chegada dos seus subalternos com o mandado de prisão. Se ele prender, o LULA vira um preso político e vira uma vítima, se não prender, ele também se desmoraliza. Tem que virar o jogo agora. Esse negócio de andar o Brasil, de falar, isso não vai funcionar, isso foi num passado distante. Tem clima, e isso tem que ser feito urgente, porque senão no dia 13 vai ter milhões de pessoas na rua querendo a prisão do LULA. Eu to dando um toque, eu to no andar de baixo andando e é só mais pra vocês refletirem um pouco se puder.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Vamo, vamo refletir sim, vamo transferir isso aqui. Ele agora vai estar num ato aqui dos bancários, que ele vai agora falar pro povo, né? E..
JORGE: Eu não sei, mas você fala, diz: ó, foi uma possibilidade, LULA, existe greve de fome quando alguém se rebela e não aceita determinadas coisas, na parte judicial, porque ninguém do Supremo vai dar colhida mais ao LULA, mas tem muitas manifestações favoráveis. Se o LULA colocar como o defensor da família dele, da mulher, dos filhos e desafiar e dizer que eles tão agindo fora da lei, como agiram hoje fora da lei, quem age fora da lei é bandido e dizer: vocês são bandidos, agiram foram da lei. Só vai ter uma saída: ou o cara prende ele ou fica desmoralizado. Não aceito mais. Que o judiciário ponha um juiz isento pra me investigar, ponha um promotor isento pra me investigar, ponha é.. é.. delegado da polícia federal isento.. esse MOSCARDI veio aqui no Acre, fez uma operação contra o PT, nós denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO, entramos com uma representação há seis anos contra esse delegado que pegou o presidente hoje. Ele é um inimigo do PT e tava lá. Agora, o presidente não tem outra oportunidade. Pra mim ele tem que fazer no máximo até segunda-feira, chamar uma coletiva e insubordinar e dizer que não aceita mais, não aceita mais e dizer: olha, vocês estão agindo fora da lei, e quem age fora da lei é bandido (ininteligível) o senhor está agindo como bandido, e o senhor não tem moral de me apurar de me investigar, eu to falando como cidadão, não é como ex-presidente, cidadão. Aqui está a constituição. Pense nisso. Reflita, porque nós não vamos ter outra oportunidade igual ao dia de hoje, não.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou pensar e transferir. Eu vou passar essa informação. Qual é o nome daquele delegado que você falou que já fez problemas aí?
JORGE: O.. esse MOSCARDI. O MOSCARDI, eram três.
ROBERTO TEIXEIRA: MOSCARDI?
JORGE: MOSCARDI. Esse cara fez uma operação, G7, aqui no Acre, contra o governador TIÃO VIANA. Ele declaradamente (ininteligível) eleição, contra o PT, contra tudo. Denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO várias vezes que era uma ação dirigida, que ele tem ódio. Ele demonstrou várias vezes. Agora ele tá lá agindo contra o presidente LULA. É o mesmo.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. MOSCARDI. Tá bom.
JORGE: O governador TIÃO VIANA sabe bem disso.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou.. (ininteligível)
JORGE: Agora, ROBERTO, reflita. Têm coisas que só tem um momento de virar o jogo.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Essa ação deles hoje foi uma barbeiragem. O ministro MARCO AURÉLIO, todo mundo, mas na segunda ou na terça eles vão consertar.
ROBERTO TEIXEIRA: Sei.
JORGE: (ininteligível) Eles tão botando a receita agora. Se o presidente LULA fizer isso ele vai virar e vai deixar de ser uma ação jurídica e vai ser uma ação política. O presidente LULA precisa transformar esse confronto numa ação política. Eles tão se rebelando, só dizendo que não aceita mais o MORO, que agora se ele mandar um ofício ele não vai, e dizer que ele tá agindo fora da lei, chamar de bandido. E diga: venha me prender, agora eu que estou desafiando, venha me prender. Mas não venha prender minha mulher, nem meus netos, nem meus.. a mim, eu to aqui nesse endereço esperando. Os seus policiais. Aí o povo vai pra rua, aí a gente faz um confronto institucional pela política, que é o campo do LULA, e não pelo jurídico que é o campo deles. Pensa nisso. Era.. era alguma observação que eu queria fazer.
ROBERTO TEIXEIRA: Tá ótimo, então.
JORGE: Tá bom, querido.
ROBERTO TEIXEIRA: Ok, então.
JORGE: Um abraço.
ROBERTO TEIXEIRA: Um abraço.
JORGE: Sorte aí, que Deus ajude você.
ROBERTO TEIXEIRA: Tchau.
Fonte:Veja
JORGE: Alô?
ROBERTO TEIXEIRA: JORGE?
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JORGE: Oi, ROBERTO. Eu sei que você tá tão atarefado, mas eu precisava.. eu to aqui no Acre, no interior, querendo ir pra Brasília, desde cedo tô me deslocando de carro, mas primeiro ser solidário aí com vocês e eu vi a nota de vocês, eu acho que foi a coisa mais coerente que eu vi até agora..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu quero só passar uma ideia de quem tá longe, e que ao mesmo tempo sofre como se tivesse perto.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu acho que a fala do presidente foi bom, mas ela foi muitos tons abaixo do que deveria ser.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Talvez.. olha a minha ideia.. falei até com o DAMOUS. Talvez seja a única oportunidade que o presidente tem de por fim à essa perseguição, essa caçada contra ele. Se numa segunda-feira, por exemplo, reflitam sobre isso, ele chamar uma coletiva e comprar e estabelecer uma relação, um diálogo com seu MORO pela, ao vivo, MORO, PROMOTORES, DELEGADOS, dizendo que ele não aceita mais que ele persiga a família dele porque ele tá agindo fora da lei, os promotores fulano e ciclano estão agindo fora da lei, os delegados fulano e ciclano e quem age fora da lei é bandido e que se ele quiser agora vim prendê-lo, que venha, mas não venha prender minha mulher, prender meus netos, nem meus filhos.. E forçar a mão nele pra ver se ele tem coragem de prender por desacato a autoridade, porque aí, aí eles vão ter uma comoção no país, porque ele vai tá defendendo a família dele, a honra dele.. dizer: olha, eu estou defendendo a minha honra, você está agindo fora da lei, quem age fora da lei é bandido.. me sequestraram, me colocaram.. eu não sei, tinha que pensar algo parecido com isso e dar uma coletiva e provocar e dizer que não vai aceitar mais..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Não aceita, em hipótese nenhuma.. se rebelar.. greve de fome, alguma situação.. você tem também alguma insubordinação judicial, não aceito mais ser investigado por esse bando que tá agindo fora da lei e querendo alcançar minha família, minha mulher, meus filhos e meus netos. Não aceito mais. Me prendam. Se prenderem ele, aí vão prender e tornar um preso político, aí nós fazemos esse país virar de cabeça pra baixo. Fora disso eu não vejo saída (ininteligível)
ROBERTO TEIXEIRA: É.. mas isso, mas viu, JORGE, ele anunciou isso, falou isso, ele disse que vai varrer o Brasil inteiro, vai denunciar isso o tempo todo..
JORGE: Isso não funciona.
ROBERTO TEIXEIRA: E agora..
JORGE: Não tem clima no interior do Brasil pra ele vir, pra ele andar. Ele tem que fazer uma ação ao vivo chamando coletivas, isso é mais forte do que ele fazer comício, fazer coisa.. gente, o clima tá muito ruim contra nós, não há uma comoção. Ele tem que botar a família dele, fazer a defesa e virar a fazer..
ROBERTO TEIXEIRA: Entendi.
JORGE: E fazer um confronto direto com eles. Se não fizer isso agora, não tem clima pra andar no Brasil.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Esses caras tão trabalhando há muito tempo esse ambiente. (ininteligível).
JORGE: Diga: me prenda, eu estou aqui. Vou ficar nesse endereço esperando a chegada dos seus subalternos com o mandado de prisão. Se ele prender, o LULA vira um preso político e vira uma vítima, se não prender, ele também se desmoraliza. Tem que virar o jogo agora. Esse negócio de andar o Brasil, de falar, isso não vai funcionar, isso foi num passado distante. Tem clima, e isso tem que ser feito urgente, porque senão no dia 13 vai ter milhões de pessoas na rua querendo a prisão do LULA. Eu to dando um toque, eu to no andar de baixo andando e é só mais pra vocês refletirem um pouco se puder.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Vamo, vamo refletir sim, vamo transferir isso aqui. Ele agora vai estar num ato aqui dos bancários, que ele vai agora falar pro povo, né? E..
JORGE: Eu não sei, mas você fala, diz: ó, foi uma possibilidade, LULA, existe greve de fome quando alguém se rebela e não aceita determinadas coisas, na parte judicial, porque ninguém do Supremo vai dar colhida mais ao LULA, mas tem muitas manifestações favoráveis. Se o LULA colocar como o defensor da família dele, da mulher, dos filhos e desafiar e dizer que eles tão agindo fora da lei, como agiram hoje fora da lei, quem age fora da lei é bandido e dizer: vocês são bandidos, agiram foram da lei. Só vai ter uma saída: ou o cara prende ele ou fica desmoralizado. Não aceito mais. Que o judiciário ponha um juiz isento pra me investigar, ponha um promotor isento pra me investigar, ponha é.. é.. delegado da polícia federal isento.. esse MOSCARDI veio aqui no Acre, fez uma operação contra o PT, nós denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO, entramos com uma representação há seis anos contra esse delegado que pegou o presidente hoje. Ele é um inimigo do PT e tava lá. Agora, o presidente não tem outra oportunidade. Pra mim ele tem que fazer no máximo até segunda-feira, chamar uma coletiva e insubordinar e dizer que não aceita mais, não aceita mais e dizer: olha, vocês estão agindo fora da lei, e quem age fora da lei é bandido (ininteligível) o senhor está agindo como bandido, e o senhor não tem moral de me apurar de me investigar, eu to falando como cidadão, não é como ex-presidente, cidadão. Aqui está a constituição. Pense nisso. Reflita, porque nós não vamos ter outra oportunidade igual ao dia de hoje, não.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou pensar e transferir. Eu vou passar essa informação. Qual é o nome daquele delegado que você falou que já fez problemas aí?
JORGE: O.. esse MOSCARDI. O MOSCARDI, eram três.
ROBERTO TEIXEIRA: MOSCARDI?
JORGE: MOSCARDI. Esse cara fez uma operação, G7, aqui no Acre, contra o governador TIÃO VIANA. Ele declaradamente (ininteligível) eleição, contra o PT, contra tudo. Denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO várias vezes que era uma ação dirigida, que ele tem ódio. Ele demonstrou várias vezes. Agora ele tá lá agindo contra o presidente LULA. É o mesmo.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. MOSCARDI. Tá bom.
JORGE: O governador TIÃO VIANA sabe bem disso.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou.. (ininteligível)
JORGE: Agora, ROBERTO, reflita. Têm coisas que só tem um momento de virar o jogo.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Essa ação deles hoje foi uma barbeiragem. O ministro MARCO AURÉLIO, todo mundo, mas na segunda ou na terça eles vão consertar.
ROBERTO TEIXEIRA: Sei.
JORGE: (ininteligível) Eles tão botando a receita agora. Se o presidente LULA fizer isso ele vai virar e vai deixar de ser uma ação jurídica e vai ser uma ação política. O presidente LULA precisa transformar esse confronto numa ação política. Eles tão se rebelando, só dizendo que não aceita mais o MORO, que agora se ele mandar um ofício ele não vai, e dizer que ele tá agindo fora da lei, chamar de bandido. E diga: venha me prender, agora eu que estou desafiando, venha me prender. Mas não venha prender minha mulher, nem meus netos, nem meus.. a mim, eu to aqui nesse endereço esperando. Os seus policiais. Aí o povo vai pra rua, aí a gente faz um confronto institucional pela política, que é o campo do LULA, e não pelo jurídico que é o campo deles. Pensa nisso. Era.. era alguma observação que eu queria fazer.
ROBERTO TEIXEIRA: Tá ótimo, então.
JORGE: Tá bom, querido.
ROBERTO TEIXEIRA: Ok, então.
JORGE: Um abraço.
ROBERTO TEIXEIRA: Um abraço.
JORGE: Sorte aí, que Deus ajude você.
ROBERTO TEIXEIRA: Tchau.
Fonte:Veja
Grampos indicam que Dilma agiu para tentar evitar prisão de Lula
Grampos da Polícia Federal, feitos com autorização do juiz federal Sergio Moro, indicam que a presidente Dilma Rousseff agiu para evitar a prisão do ex-presidente Lula pela Lava Jato, nomeando-o Ministro da Casa Civil. O juiz Moro incluiu hoje no inquérito que investiga o ex-presidente um audio em que Dilma telefona para Lula - o número discado é de um assessor do ex-presidente, usado frequentemente por ele e o único grampeado, segundo os autos - e explica que encaminhará a ele um "termo de posse", a ser usado "em caso de necessidade". O cargo de ministro concede ao seu ocupante foro privilegiado, no Supremo Tribunal Federal (STF). O diálogo foi gravado hoje às 13h32.
Pouco mais tarde, por volta das 16h, Dilma Rousseff concedeu entrevista coletiva em que negou enfaticamente que a nomeação de Lula tivesse por objetivo garantir-lhe o foro no STF e tirar seu caso da alçada de Moro. Dilma afirmou que a transferência do processo de Lula para o Supremo não lhe traria qualquer proteção especial e qualquer ideia em contrario seria mera intriga das "oposições", incomodadas com a ideia de que o retorno do ex-presidente ao Palácio do Planalto fortaleceria o seu governo.
"Então, por trás dessa afirmação de que seria se esconder, estaria uma desconfiança da Suprema Corte do país? É isso que as oposições querem colocar? A única diferença que existe em ser investigado na primeira instância ou na última é quem é a corte que manda investigar. Prerrogativa de foro não é impedir a investigação, é fazê-la em determinada instância e não em outra", afirmou Dilma.
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Dilma - mais uma vez deixando de lado o figurino de presidente para assumir o de juíza - prosseguiu dizendo que toda a investigação em torno de Lula era "muito estranha", uma vez que ele já havia negado ser proprietário do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, e que essas suas explicações deveriam ser consideradas "suficientes".
A divulgação do audio desmente o seu discurso.
Confira a seguir a transcrição da conversa:
(intervalo - música de ramal)
DILMA: Alô.
LILS: Alô.
DILMA: LULA, deixa eu te falar uma coisa.
LILS: Fala querida. "Ahn"
DILMA: Seguinte, eu tô mandando o "BESSIAS" junto com o PAPEL pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o TERMO DE POSSE, tá?!
LILS: "Uhum". Tá bom, tá bom.
DILMA: Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.
LILS: Tá bom, eu tô aqui, eu fico aguardando.
DILMA: Tá?!
LILS: Tá bom.
DILMA: Tchau
LILS: Tchau, querida
Presidente do Vitória confirma contratação de Kieza; atleta chega nesta quarta em Salvador
Acabou a novela. Após uma longa negociação, o atacante Kieza finalmente foi confirmado como o novo reforço do Vitória. Presidente do clube, Raimundo Viana, revelou o acerto.O jogador desembarca em Salvador na tarde desta quarta-feira (16). “Kieza vai chegar em Salvador hoje às 15h20. Estarei lá para recepcioná-lo.
Está tudo certo”, disse Viana, em entrevista ao Bahia Notícias. O atleta chega em definitivo na Toca do Leão, com contrato válido até 2019. Kieza, de 29 anos, atuou na última temporada pelo arquirrival Bahia e chegou ao tricolor paulista no início deste ano, mas não conseguiu se firmar no Morumbi. Ele ainda acumula passagens pelo Náutico, Fluminense, Cruzeiro, Shanghai Shenxin (CHI), Ponte Preta, entre outros.
Para selar o acordo com o tricolor paulista, o Leão pagou US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,6 milhões) e envolveu dois jogadores da base na negociação, mas o nome da dupla ainda não foi divulgado pelo clube baiano. A tendência é que o Rubro-negro ceda 50% dos direitos econômicos dos jovens Ruan Café e Geovane para o São Paulo.Fonte:Bahia Noticias
Está tudo certo”, disse Viana, em entrevista ao Bahia Notícias. O atleta chega em definitivo na Toca do Leão, com contrato válido até 2019. Kieza, de 29 anos, atuou na última temporada pelo arquirrival Bahia e chegou ao tricolor paulista no início deste ano, mas não conseguiu se firmar no Morumbi. Ele ainda acumula passagens pelo Náutico, Fluminense, Cruzeiro, Shanghai Shenxin (CHI), Ponte Preta, entre outros.
Para selar o acordo com o tricolor paulista, o Leão pagou US$ 1 milhão (cerca de R$ 3,6 milhões) e envolveu dois jogadores da base na negociação, mas o nome da dupla ainda não foi divulgado pelo clube baiano. A tendência é que o Rubro-negro ceda 50% dos direitos econômicos dos jovens Ruan Café e Geovane para o São Paulo.Fonte:Bahia Noticias
Em busca de reforços, Bahia negocia com atacante Borges
Próximo de anunciar o atacante Thiago Ribeiro, o Bahia está em negociação para contratar mais um reforço para o seu setor ofensivo. O atacante Borges, de 35 anos, pode ser mais um contratado. Entrevistado pelo Bahia Notícias nesta quarta-feira (16), o jogador confirmou a conversa com o Esquadrão, mas desconversou sobre um acerto.
"Existe uma conversa, até o momento nada definido. Não sei o que vai acontecer amanhã ou hoje, mas estou analisando algumas coisas para a minha carreira", afirmou. O atleta, que se encontra em Salvador, falou também sobre a possibilidade de defender o clube.
"Seria bom. Eu sou baiano, de Salvador, sou nascido e criado aqui", resumiu. Borges já passou pelo Paraná Clube, São Paulo, Cruzeiro, Santos, Grêmio e no ano passado defendeu a Ponte Preta, onde marcou cinco gols em 28 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro.Fonte:Bahia Noticias
"Existe uma conversa, até o momento nada definido. Não sei o que vai acontecer amanhã ou hoje, mas estou analisando algumas coisas para a minha carreira", afirmou. O atleta, que se encontra em Salvador, falou também sobre a possibilidade de defender o clube.
"Seria bom. Eu sou baiano, de Salvador, sou nascido e criado aqui", resumiu. Borges já passou pelo Paraná Clube, São Paulo, Cruzeiro, Santos, Grêmio e no ano passado defendeu a Ponte Preta, onde marcou cinco gols em 28 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro.Fonte:Bahia Noticias
Disfarçado de ministro, Lula assume seu terceiro mandato (e foge de Moro)
Alvo de uma denúncia por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e na mira da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira assumir o Ministério da Casa Civil do governo Dilma Rousseff. A manobra garante ao petista foro privilegiado - e o livra das mãos do juiz federal Sergio Moro, que conduz as ações da Lava Jato em Curitiba. Já Dilma, que há muito não governa, apenas se contorce em manobras para permanecer no cargo, entrega ao antecessor o pouco poder que lhe restava.
A nomeação de Lula, oficialmente tratada pelo governo como uma estratégia para evitar o impeachment, coloca o petista no mais importante ministério do governo - pasta que o PT transformou em uma usina de escândalos desde que chegou ao poder. Pouco mais de cinco anos após tomar posse pela primeira vez, Dilma inverte a propalada 'faxina' a que deu início quando assumiu a Presidência: ao invés de expulsar do governo alguém pilhado em malfeitos, a presidente abre as portas do Planalto a quem foge da Justiça.
Depois de dias de negociação, o martelo sobre a questão foi batido durante café da manhã no Palácio do Planalto. A informação foi confirmada por parlamentares petistas pouco após a reunião, na Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a troca ministerial. Embora a presidente tenha simbolicamente entregado a faixa ao seu padrinho político, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou que a nomeação não reduzirá o poder da presidente Dilma Rousseff. "Lula vai ajudar a impedir o impeachment", disse. Segundo o petista, a decisão não transformará a presidente em uma "rainha da Inglaterra".
Ou seja, alguém cujo poder é meramente simbólico. Pelo Twitter, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou: "Ministro Wagner, no dia de seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da pasta!". Jaques Wagner, o ministro aniversariante que acaba de perder o emprego, será alocado na chefia de gabinete de Dilma. O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou também pelas redes sociais que a posse de Lula será na próxima terça-feira.
A avaliação do governo é que a nomeação de Lula para a Casa Civil não estranca a crise política, já que, segundo um aliado do Planalto,"ainda é preciso administrar o problema Mercadante". O atual titular da Educação foi flagrado em gravações tentando comprar o silêncio do senador Delcídio do Amaral, como revelou VEJA na terça-feira. Nos bastidores, calcula-se que a ida de Lula para a Casa Civil deve provocar um rearranjo ministerial, a começar justamente pela Educação. Lula e Mercadante sempre foram desafetos e o ex-presidente já teria pedido a cabeça do colega de partido, um dos maiores aliados da presidente Dilma no governo. Com a saída de Mercadante, Lula ficaria ainda com uma pasta de orçamento polpudo nas mãos para dar início à sua articulação política.
Na noite de quarta-feira, parlamentares especulavam que a Educação pudesse ser oferecida justamente ao PMDB do Senado, Casa que será o fiel da balança no processo de impeachment. "90% da atual crise estão localizados no Congresso. Agora, Dilma contratou Pep Guardiola, o melhor técnico do mundo, para cuidar de seus jogadores", afirma o deputado Silvio Costa (PTdoB), vice-líder do governo na Câmara.
As mudanças não devem parar por ai. Como informa a coluna Radar, ida de Lula para a Casa Civil também pode abortar a nomeação de Eugenio Aragão para o Ministério da Justiça. O novo ministro sondou Nelson Jobim, ex-ministro do STF, para assumir o posto. Outro que deve deixar o governo em breve é Alexandre Tombini, presidente do Banco Central. Lula já convidou Henrique Meirelles para reassumir o BC.
O ministério assumido por Lula articula o funcionamento interno do governo e os interesses do Planalto no Congresso. Caberá ao ex-presidente, que costuma indicar ministros a Dilma Rousseff, referendar ou não nomeações a diretorias de estatais e a cargos no segundo e terceiro escalões do governo. A liberação de emendas parlamentares, decisiva em votações de interesse da presidência no Congresso, e a negociação delas com os parlamentares será outra das atribuições de Lula. O ex-presidente também deverá acompanhar o andamento de grandes obras e projetos do governo, como a usina de Belo Monte e o Minha Casa Minha Vida.
A nomeação de Lula, oficialmente tratada pelo governo como uma estratégia para evitar o impeachment, coloca o petista no mais importante ministério do governo - pasta que o PT transformou em uma usina de escândalos desde que chegou ao poder. Pouco mais de cinco anos após tomar posse pela primeira vez, Dilma inverte a propalada 'faxina' a que deu início quando assumiu a Presidência: ao invés de expulsar do governo alguém pilhado em malfeitos, a presidente abre as portas do Planalto a quem foge da Justiça.
Depois de dias de negociação, o martelo sobre a questão foi batido durante café da manhã no Palácio do Planalto. A informação foi confirmada por parlamentares petistas pouco após a reunião, na Câmara dos Deputados. O Palácio do Planalto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a troca ministerial. Embora a presidente tenha simbolicamente entregado a faixa ao seu padrinho político, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), afirmou que a nomeação não reduzirá o poder da presidente Dilma Rousseff. "Lula vai ajudar a impedir o impeachment", disse. Segundo o petista, a decisão não transformará a presidente em uma "rainha da Inglaterra".
Ou seja, alguém cujo poder é meramente simbólico. Pelo Twitter, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou: "Ministro Wagner, no dia de seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da pasta!". Jaques Wagner, o ministro aniversariante que acaba de perder o emprego, será alocado na chefia de gabinete de Dilma. O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou também pelas redes sociais que a posse de Lula será na próxima terça-feira.
A avaliação do governo é que a nomeação de Lula para a Casa Civil não estranca a crise política, já que, segundo um aliado do Planalto,"ainda é preciso administrar o problema Mercadante". O atual titular da Educação foi flagrado em gravações tentando comprar o silêncio do senador Delcídio do Amaral, como revelou VEJA na terça-feira. Nos bastidores, calcula-se que a ida de Lula para a Casa Civil deve provocar um rearranjo ministerial, a começar justamente pela Educação. Lula e Mercadante sempre foram desafetos e o ex-presidente já teria pedido a cabeça do colega de partido, um dos maiores aliados da presidente Dilma no governo. Com a saída de Mercadante, Lula ficaria ainda com uma pasta de orçamento polpudo nas mãos para dar início à sua articulação política.
Na noite de quarta-feira, parlamentares especulavam que a Educação pudesse ser oferecida justamente ao PMDB do Senado, Casa que será o fiel da balança no processo de impeachment. "90% da atual crise estão localizados no Congresso. Agora, Dilma contratou Pep Guardiola, o melhor técnico do mundo, para cuidar de seus jogadores", afirma o deputado Silvio Costa (PTdoB), vice-líder do governo na Câmara.
As mudanças não devem parar por ai. Como informa a coluna Radar, ida de Lula para a Casa Civil também pode abortar a nomeação de Eugenio Aragão para o Ministério da Justiça. O novo ministro sondou Nelson Jobim, ex-ministro do STF, para assumir o posto. Outro que deve deixar o governo em breve é Alexandre Tombini, presidente do Banco Central. Lula já convidou Henrique Meirelles para reassumir o BC.
O ministério assumido por Lula articula o funcionamento interno do governo e os interesses do Planalto no Congresso. Caberá ao ex-presidente, que costuma indicar ministros a Dilma Rousseff, referendar ou não nomeações a diretorias de estatais e a cargos no segundo e terceiro escalões do governo. A liberação de emendas parlamentares, decisiva em votações de interesse da presidência no Congresso, e a negociação delas com os parlamentares será outra das atribuições de Lula. O ex-presidente também deverá acompanhar o andamento de grandes obras e projetos do governo, como a usina de Belo Monte e o Minha Casa Minha Vida.
terça-feira, 15 de março de 2016
Juiz do TJ-BA vai responder PAD por receber passagens áreas indevidamente da Chesf
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acolheu por unanimidade, na sessão desta terça-feira (15), proposta de abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Rosalino dos Santos Almeida, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A proposição foi feita pela corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, que entendeu que o magistrado infringiu seus deveres constitucionais e o Código de Ética da Magistratura Nacional ao aceitar, a título de “cortesia”, passagens aéreas fornecidas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) para seus familiares. Almeida é titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Paulo Afonso, a cerca de 450 km de Salvador, município onde está localizada a Chesf, empresa energética de economia mista ligada ao Governo Federal.
Segundo os autos analisados pela Corregedoria, o magistrado é responsável pelo processamento e julgamento de diversos feitos de interesse da empresa estatal. Portanto, não seria admissível que o juiz e sua família se beneficiassem de qualquer tipo de vantagem. O próprio juiz reconheceu ter recebido passagens aéreas da Chesf para o transporte de sua esposa e sua filha no trecho entre Paulo Afonso e Salvador.
Almeida alegou que se tratava de uma “cortesia” e que seus familiares estariam passando por tratamento médico na capital baiana. Em seu voto, a corregedora Nancy Andrighi destacou a vedação explícita no artigo 95, parágrafo único, inciso VI, da Carta Magna: “Aos juízes é vedado: (...) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei".Fonte:Bahia Noticias
Segundo os autos analisados pela Corregedoria, o magistrado é responsável pelo processamento e julgamento de diversos feitos de interesse da empresa estatal. Portanto, não seria admissível que o juiz e sua família se beneficiassem de qualquer tipo de vantagem. O próprio juiz reconheceu ter recebido passagens aéreas da Chesf para o transporte de sua esposa e sua filha no trecho entre Paulo Afonso e Salvador.
Almeida alegou que se tratava de uma “cortesia” e que seus familiares estariam passando por tratamento médico na capital baiana. Em seu voto, a corregedora Nancy Andrighi destacou a vedação explícita no artigo 95, parágrafo único, inciso VI, da Carta Magna: “Aos juízes é vedado: (...) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei".Fonte:Bahia Noticias
Lula aceita ser ministro. Mas fator Delcídio complica anúncio
O ex-presidente Lula bateu o martelo nesta terça-feira e decidiu aceitar o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para integrar o mais alto escalão do governo federal. O ministério que o petista vai assumir, porém, ainda não está definido.
Lula é cotado para a Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil - pastas hoje nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar Lula. A decisão, no entanto, foi tomada antes da divulgação, por VEJA, de novas revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em acordo de delação premiada.
Delcídio joga o ministro Aloizio Mercadante (Educação) no centro das investigações e também complica Lula, o que pode acabar mudando a composição feita anteriormente. "Isso já é fato consumado. A delação talvez apenas force o governo a reavaliar a distribuição das pastas", afirma um parlamentar.
Virtual candidato em 2018, o ex-presidente quer assumir um ministério não de olho em suas pretensões eleitorais ou em busca de ajudar o país no momento de mais profunda crise. Lula, quer, na verdade, ganhar sobrevida nas investigações da Operação Lava Jato: com foro privilegiado, seu caso sai das mãos do juiz Sergio Moro e passa a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (Marcela Mattos, de Brasília)
Lula é cotado para a Secretaria de Governo, comandada por Ricardo Berzoini, ou para substituir Jaques Wagner na Casa Civil - pastas hoje nas mãos de petistas, o que evita conflito com aliados da base para abrigar Lula. A decisão, no entanto, foi tomada antes da divulgação, por VEJA, de novas revelações feitas pelo senador Delcídio do Amaral em acordo de delação premiada.
Delcídio joga o ministro Aloizio Mercadante (Educação) no centro das investigações e também complica Lula, o que pode acabar mudando a composição feita anteriormente. "Isso já é fato consumado. A delação talvez apenas force o governo a reavaliar a distribuição das pastas", afirma um parlamentar.
Virtual candidato em 2018, o ex-presidente quer assumir um ministério não de olho em suas pretensões eleitorais ou em busca de ajudar o país no momento de mais profunda crise. Lula, quer, na verdade, ganhar sobrevida nas investigações da Operação Lava Jato: com foro privilegiado, seu caso sai das mãos do juiz Sergio Moro e passa a ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (Marcela Mattos, de Brasília)
Delcídio detalha propina a Marcos Valério a mando do governo Lula
Na bombástica delação premiada do senador Delcídio do Amaral, o parlamentar e ex-homem de confiança do governo Dilma Rousseff relata detalhes nebulosos de como o governo do ex-presidente Lula atuou para comprar o silêncio de Marcos Valério, publicitário e operador do primeiro escândalo político da gestão petista. Em depoimento de colaboração com a Justiça, Delcídio disse que Valério tinha um "trânsito violento" com os mais altos escalões do governo Lula, inclusive com o próprio ex-presidente petista.
Delcídio relata que soube do próprio Marcos Valério as minúcias do contrato de afretamento do navio-sonda Vitoria 10000, uma transação que beneficiou irregularmente o Grupo Schahin e serviu para arrecadar propina para ex-diretores da Petrobras e para os cofres do PT. "Isto mostrava que [Valério] tinha um 'trânsito violento' e era 'avalizado' pelo governo, ou seja, detinha muita influência", diz trecho da delação do senador.
Edição de VEJA de maio de 2015 já havia desvendado como Lula escapou do risco de ser apontado como o chefe do mensalão e de responder a um processo de impeachment durante a CPI dos Correios. O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária. O valor, segundo Delcídio, chegaria a 220 milhões de reais e envolveria dívidas com o próprio Valério e com o pagamento de propina a parlamentares. De acordo com Delcídio, o recado de Marcos Valério não poderia ser mais claro: "Se estas coisas não forem resolvidas, se a situação está ruim, vai ficar pior ainda".
O senador que se tornou o delator com maior potencial destrutivo entre todos os colaboradores da Lava Jato revelou ainda que Marcos Valério era "muito próximo" do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também condenado no mensalão, e que o ex-ministro José Dirceu, hoje preso em Curitiba por envolvimento com o petrolão, tinha pleno conhecimento dos tentáculos de Valério no governo petista. "Havia uma preocupação em conter os danos, que já eram grandes. Marcos Valério disse ao depoente [Delcídio] que não resistiria por muito tempo e que a questão deveria ser resolvida logo", registra trecho da delação.
Como promessa de que a fatura com o operador do mensalão seria quitada, o hoje presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi enviado pelo PT a Belo Horizonte para confirmar o acerto. Ao final, conforme revelou VEJA, um empresário amigo foi convocado para pagar a fatura e Valério se recolheu. Em 2012, Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada, mas não conseguiu.Fonte:Veja
Delcídio relata que soube do próprio Marcos Valério as minúcias do contrato de afretamento do navio-sonda Vitoria 10000, uma transação que beneficiou irregularmente o Grupo Schahin e serviu para arrecadar propina para ex-diretores da Petrobras e para os cofres do PT. "Isto mostrava que [Valério] tinha um 'trânsito violento' e era 'avalizado' pelo governo, ou seja, detinha muita influência", diz trecho da delação do senador.
Edição de VEJA de maio de 2015 já havia desvendado como Lula escapou do risco de ser apontado como o chefe do mensalão e de responder a um processo de impeachment durante a CPI dos Correios. O PT negociou o silêncio do empresário Marcos Valério quando ele - às vésperas da conclusão da CPI dos Correios - avisou que acusaria Lula de comandar o mensalão se não recebesse uma ajuda financeira milionária. O valor, segundo Delcídio, chegaria a 220 milhões de reais e envolveria dívidas com o próprio Valério e com o pagamento de propina a parlamentares. De acordo com Delcídio, o recado de Marcos Valério não poderia ser mais claro: "Se estas coisas não forem resolvidas, se a situação está ruim, vai ficar pior ainda".
O senador que se tornou o delator com maior potencial destrutivo entre todos os colaboradores da Lava Jato revelou ainda que Marcos Valério era "muito próximo" do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também condenado no mensalão, e que o ex-ministro José Dirceu, hoje preso em Curitiba por envolvimento com o petrolão, tinha pleno conhecimento dos tentáculos de Valério no governo petista. "Havia uma preocupação em conter os danos, que já eram grandes. Marcos Valério disse ao depoente [Delcídio] que não resistiria por muito tempo e que a questão deveria ser resolvida logo", registra trecho da delação.
Como promessa de que a fatura com o operador do mensalão seria quitada, o hoje presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi enviado pelo PT a Belo Horizonte para confirmar o acerto. Ao final, conforme revelou VEJA, um empresário amigo foi convocado para pagar a fatura e Valério se recolheu. Em 2012, Valério contou parte de seus segredos ao Ministério Público, tentando um acordo de delação premiada, mas não conseguiu.Fonte:Veja
Belo Monte e o triunvirato da propina de R$ 45 milhões
Em seu acordo de colaboração premiada homologado nesta terça-feira, o senador Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma Rousseff, afirmou que a construção da Usina de Belo Monte foi "decisiva" para abastecer campanhas eleitorais em 2010 e 2014. Delcídio acusou três ex-ministros do governo petista de formarem um triunvirato que influenciou o projeto de Belo Monte e harmonizava a divisão de propinas entre o PT e o PMDB: Antônio Palocci, Erenice Guerra e Silas Rondeau.
Segundo Delcídio, em 2010, o consórcio formado pelas principais empreiteiras do país desistiu, três dias antes, de disputar o leilão de Belo Monte. A alternativa foi costurada, "em algumas horas", com influência do triunvirato Palocci-Erenice-Rondeau. A Chesf e a Eletronorte entraram na disputa pública aliadas a Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, Contern, J, Malucelli, Gaia Energia, Cetenco, Mendes Jr, Trading Engenharia e Serveng-Civilsan. Só houve uma proposta.
Conforme o senador, meses depois empresas que não disputaram o certame viraram sócias do empreendimento e contrataram as integrantes do consórcio vencedor como prestadoras de serviço - nas palavras de Delcídio, o controle da obra "mudou de mãos" e as empresas principais passaram a desempenhar "papel secundário". Delcídio apontou o executivo Flávio Barra, da Andrade Gutierrez como principal agente negociador do projeto.
Delcídio disse que a propina destinada a campanhas girava em torno de 30 milhões de reais - ele não detalhou para que partidos ou candidatos. O senador ponderou, no entanto, que "os números finais da propina" podem ser maiores: "Durante a campanha, houve acordo com relação a 'claims' de cerca de 1,5 bilhão de reais, apresentadas pelo consórcio. O acordo com relação a 'cIaims' era uma das condições exigidas para aumentar a contribuição eleitoral das empresas".
Ele ainda estimou que o valor destinado para as contribuições das campanhas do PT e do PMDB, em 2010 e 2014, chegue a 45 milhões de reais.
Os custos das obras civis de Belo Monte, conforme testemunho de Delcídio, giraram em torno de 19 bilhões de reais, e o fornecimento de equipamentos, em 4,5 bilhões de reais. O parlamentar afirmou que sabe de "ilicitudes envolvendo o fornecimento de equipamentos" para a obra. Havia uma disputa, segundo ele, entre empresas chinesas - patrocinadas por José Carlos Bumlai, amigo de Lula - e fabricantes já estabelecidas no Brasil, como Alstom, Siemens, Impsa e Iesa, apoiadas pelo triunvirato de ex-ministros.
Delcídio disse que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, intercedeu em favor da Impsa, que teria "cadeira cativa" no fornecimento de peças, embora sem aptidão para a empreitada. Ele acusa Palocci, Erenice e Silas Rondeau de interferir na questão a favor das empresas que já estavam no país. O petista afirmou que a contratação dos equipamentos rendeu entre 15 e 10 milhões de reais em caixa dois para campanhas do PT e do PMDB. "O triunvirato agiu rapidamente, definindo que o fornecimento dos equipamentos seria realizado pelos fabricantes 'nacionais', tudo na busca da contrapartida, revelada nas contribuições de campanha. Antônio Palocci e Erenice Guerra, especialmente, foram fundamentais nessa definição".
Delcídio descreveu Palocci como "a pessoa que conversa objetivamente sobre recursos (ilícitos e lícitos) de campanha e definição dos grandes negócios de interesse do PT em todo o país". "Palocci é, sem dúvida, a cabeça pensante do partido com relação a temas econômicos, financeiros e de infraestrutura."
Erenice, segundo ele, tinha uma aliança extremamente produtiva com o PT, por meio de Palocci, e com o PMDB, por meio de Silas Rondeau. O ex-líder do governo Dilma Rousseff afirmou que ela "articulava os interesses dos dois grandes partidos aliados com grande competência"
Silas Rondeau, segundo ele, agia "em harmonia com Erenice" e "vocalizava os interesses do PMDB do Senado" no setor de Energia, enquanto comandou o Ministério de Minas Energia e estatais com a Eletronorte e a Eletrobrás. Ele também foi conselheiro da Petrobras.
O triunvirato contaria ainda com "braços armados" para facilitar negócios espúrios em partidos, empresas públicas e bancos públicos, como a Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil. Na área de Energia, esses colaboradores eram Adhemar Palocci (irmão do ex-ministro de Lula e Dilma) e Valter Cardeal, nome "absolutamente vinculado" à presidente Dilma Rousseff e Erenice Guerra. No setor de Petróleo e Gás, os "implementadores de projetos ilegais" eram os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque.
Nos fundos de pensão, o nome era Milton Lyra. O empresário afirma que "repele rigorosamente" as suspeitas lançadas pelo senador. "Ele nada mais fez que repetir notícias e fantasias publicadas na imprensa, certamente com o objetivo de comprar sua liberdade", afirma Lyra. "O próprio senador afirma não ter conhecimento de qualquer fato concreto que possa fundamentar suas ilações, o que faz da difusão dessas inverdades um ato criminoso", completa.
"A despeito das eventuais divergências, existia uma harmonização das ações ilegais dos dois grandes partidos no sentido de divisão das propinas. Tal harmonização só foi possível graças à ação do triunvirato. A ação integrada entre os partidos aliados passava por construção, montagem e aquisição de equipamentos, consolidação de parcerias público-privados e fundos de pensão", diz o documento do senador.Fonte:Veja
STJ nega recurso do 'Japonês da Federal' em caso de corrupção
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um recurso de três agentes da Polícia Federal investigados pela Operação Sucuri, deflagrada em 2003. Entre os réus envolvidos está Newton Hidenori Ishii, que ficou conhecido como “Japonês da Federal” por conta da sua atuação na Operação Lava Jato.
A Operação Sucuri apura a atuação de 19 policiais federais, além de agentes da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Eles teriam facilitado o contrabando no país pela fronteira com o Paraguai. Segundo o G1, o advogado de Ishii e outros 14 réus afirma que os processos correm em segredo de justiça.
O 'Japonês da Federal' responde a três processos por conta da operação, sendo um na esfera criminal, outro administrativo e um terceiro por improbidade administrativa.Fonte:Bahia Noticias
A Operação Sucuri apura a atuação de 19 policiais federais, além de agentes da Receita Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Eles teriam facilitado o contrabando no país pela fronteira com o Paraguai. Segundo o G1, o advogado de Ishii e outros 14 réus afirma que os processos correm em segredo de justiça.
O 'Japonês da Federal' responde a três processos por conta da operação, sendo um na esfera criminal, outro administrativo e um terceiro por improbidade administrativa.Fonte:Bahia Noticias
Governo altera regulamento da Previdência Social para disciplinar auxílio-doença
O governo federal alterou o regulamento da Previdência Social para dispor sobre novas regras do auxílio-doença. O texto, publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (15) diz que, "quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado será encaminhado à perícia médica do INSS", para avaliação médica por profissional de seus quadros ou do Sistema Único de Saúde (SUS).
A norma estabelece que "a impossibilidade de atendimento pela Previdência Social ao segurado antes do término do período de recuperação indicado pelo médico assistente na documentação autoriza o retorno do empregado ao trabalho no dia seguinte à data indicada pelo médico assistente".
O decreto ainda esclarece que "o reconhecimento da incapacidade para concessão ou prorrogação do auxílio-doença decorre da realização de avaliação pericial ou da recepção da documentação médica do segurado, hipótese em que o benefício será concedido com base no período de recuperação indicado pelo médico assistente". O novo regulamento altera o Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. As novas regras já estão em vigor.Fonte:Estadão
A norma estabelece que "a impossibilidade de atendimento pela Previdência Social ao segurado antes do término do período de recuperação indicado pelo médico assistente na documentação autoriza o retorno do empregado ao trabalho no dia seguinte à data indicada pelo médico assistente".
O decreto ainda esclarece que "o reconhecimento da incapacidade para concessão ou prorrogação do auxílio-doença decorre da realização de avaliação pericial ou da recepção da documentação médica do segurado, hipótese em que o benefício será concedido com base no período de recuperação indicado pelo médico assistente". O novo regulamento altera o Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. As novas regras já estão em vigor.Fonte:Estadão
Operação Remenda: PF e CGU deflagra operação em Pernambuco e outros 3 estados
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrou na manhã desta terça-feira (15), em Pernambuco, a Operação Remenda para desarticular uma quadrilha que desviava recursos da agricultura e do turismo por uma organização não governamental (ONG) de fachada.
Segundo informações do Agência Brasil, ao todo são 13 mandados de busca e apreensão, sete de prisão temporária e um de prisão preventiva, a serem cumpridos também no Ceará, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Também há mandados de intimação imediata dos investigados. Cerca de 90 pessoas, entre policiais e auditores da CGU.
Em nota, o CGU informou que a investigação foi iniciada há três anos, a partir de irregularidades apuradas pela CGU, e envolve diretores de entidades, assessores e ex-políticos. O esquema resultou em de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
A operação apura desvio de recursos dos Ministérios da Agricultura e do Turismo or diretores de entidade não governamental e por ex-assessor de um ex-deputado federal de Pernambuco, responsável pelas emendas parlamentares dos convênios. Os crimes investigados são de formação de quadrilha ou bando, peculato ou apropriação indébita de recursos públicos; e lavagem de dinheiro.Fonte:Bahia Noticias
Segundo informações do Agência Brasil, ao todo são 13 mandados de busca e apreensão, sete de prisão temporária e um de prisão preventiva, a serem cumpridos também no Ceará, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Também há mandados de intimação imediata dos investigados. Cerca de 90 pessoas, entre policiais e auditores da CGU.
Em nota, o CGU informou que a investigação foi iniciada há três anos, a partir de irregularidades apuradas pela CGU, e envolve diretores de entidades, assessores e ex-políticos. O esquema resultou em de cerca de R$ 4 milhões aos cofres públicos.
A operação apura desvio de recursos dos Ministérios da Agricultura e do Turismo or diretores de entidade não governamental e por ex-assessor de um ex-deputado federal de Pernambuco, responsável pelas emendas parlamentares dos convênios. Os crimes investigados são de formação de quadrilha ou bando, peculato ou apropriação indébita de recursos públicos; e lavagem de dinheiro.Fonte:Bahia Noticias
LULA MINISTRO – Ex-presidente e Dilma debocham do povo e das instituições; ele quer nos enterrar por várias gerações
Se for nomeado ministro, Luiz Inácio Lula da Silva será, na prática, primeiro-ministro. Como esse cargo inexiste no Brasil, ele se transforma, então, em presidente da República, e Dilma passa a exercer uma função meramente decorativa. A rigor, hoje, ela já dispõe de muito menos prerrogativas do que o cargo lhe confere, uma vez que entregou parte considerável das suas tarefas a dois prepostos de Lula: Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Um dos dois abriria lugar para o superministro. Em entrevista a Amanda Klein, da RedeTV, levada ao ar na noite desta segunda, Rui Falcão, presidente do PT, diz cheio de orgulho que seria isto mesmo: Lula como uma espécie de primeiro-ministro.
É um acinte e um descalabro. Um primeiro-ministro pode ser destituído por um voto de desconfiança do Parlamento. Um presidente, como sabemos, só deixa o cargo em circunstâncias bem mais complicadas: crime comum no exercício do mandato, crime de responsabilidade ou se cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Na prática, então, ao menos enquanto o Ministério Público e o Supremo deixassem, Lula seria uma espécie de ditador do Brasil, atuando como presidente, por delegação de Dilma, mas sem ser eleito por ninguém.
Aqui, é preciso que se digam as coisas com clareza. Embora as questões de polícia os tenham aproximado, as de política os distanciam bastante. O leitor talvez não saiba, mas é preciso que se diga: hoje, Lula e Dilma se detestam. E há quem jure que um se refere ao outro, privadamente, aos palavrões, daqueles que ofendem a ascendência… E daí? Lula está se impondo a Dilma, e o PT a convenceu de que ele pode salvá-la do impeachment. Mas, para tanto, precisa ter todo o poder.
E ela lhe ofereceu. Lula não quer ver seu nome colado a uma recessão. Ao contrário: ele quer ser o ministro do “renascimento econômico” e, ora vejam, para assumir a Presidência informal exige mudança da política econômica. Uma das ideias de jerico dos companheiros é passar a usar as reservas para fazer bombar a economia. Lula está disposto a destruir o Brasil por muitas gerações.
Golpe
Eis aí o verdadeiro golpe. É evidente que, se assumir um ministério, Lula está em busca do foro especial por prerrogativa de função. A investigação do tríplex — seja a que já estava com o Ministério Público Federal, seja a que caminhava no MP de São Paulo — e do resto migra para o Supremo.
A decisão de fazer Lula ministro indica o que o PT entende ser o sistema político brasileiro: aposta-se que ele pode ser refém de um homem e de uma única vontade.
Há mais: nas conversas reservadas que anda tendo, Lula passa a certeza a uma parcela dos políticos, especialmente do PMDB, de que consegue pôr um freio na Operação Lava Jato. A suposição, desde sempre, é que falta pulso ao governo para enquadrar a Polícia Federal.
A operação é típica de republiqueta de banana e de bananas. Se Dilma e o PT realmente fizerem essa escolha, estarão jogando a Presidência da República, como instituição, na lama. A dupla estaria debochando do povo brasileiro, na certeza de que Polícia Federal, Ministério Público, Congresso e Justiça não passam de marionetes da vontade de um “condutor”, de um líder.
No depoimento ao Ministério Público Estadual, Lula expressou a convicção de que é mesmo um Super-Homem. Anunciou que vai se candidatar em 2018 e desafiou: vamos ver quem terá coragem de barrá-lo.
Essa reta final do petismo não será fácil. E que fique claro para todos: Lula ministro é a escolha do tudo ou nada.
Vamos ver: ou as instituições reagem ou vamos para o buraco.Fonte:Reinaldo Azevedo
Um dos dois abriria lugar para o superministro. Em entrevista a Amanda Klein, da RedeTV, levada ao ar na noite desta segunda, Rui Falcão, presidente do PT, diz cheio de orgulho que seria isto mesmo: Lula como uma espécie de primeiro-ministro.
É um acinte e um descalabro. Um primeiro-ministro pode ser destituído por um voto de desconfiança do Parlamento. Um presidente, como sabemos, só deixa o cargo em circunstâncias bem mais complicadas: crime comum no exercício do mandato, crime de responsabilidade ou se cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Na prática, então, ao menos enquanto o Ministério Público e o Supremo deixassem, Lula seria uma espécie de ditador do Brasil, atuando como presidente, por delegação de Dilma, mas sem ser eleito por ninguém.
Aqui, é preciso que se digam as coisas com clareza. Embora as questões de polícia os tenham aproximado, as de política os distanciam bastante. O leitor talvez não saiba, mas é preciso que se diga: hoje, Lula e Dilma se detestam. E há quem jure que um se refere ao outro, privadamente, aos palavrões, daqueles que ofendem a ascendência… E daí? Lula está se impondo a Dilma, e o PT a convenceu de que ele pode salvá-la do impeachment. Mas, para tanto, precisa ter todo o poder.
E ela lhe ofereceu. Lula não quer ver seu nome colado a uma recessão. Ao contrário: ele quer ser o ministro do “renascimento econômico” e, ora vejam, para assumir a Presidência informal exige mudança da política econômica. Uma das ideias de jerico dos companheiros é passar a usar as reservas para fazer bombar a economia. Lula está disposto a destruir o Brasil por muitas gerações.
Golpe
Eis aí o verdadeiro golpe. É evidente que, se assumir um ministério, Lula está em busca do foro especial por prerrogativa de função. A investigação do tríplex — seja a que já estava com o Ministério Público Federal, seja a que caminhava no MP de São Paulo — e do resto migra para o Supremo.
A decisão de fazer Lula ministro indica o que o PT entende ser o sistema político brasileiro: aposta-se que ele pode ser refém de um homem e de uma única vontade.
Há mais: nas conversas reservadas que anda tendo, Lula passa a certeza a uma parcela dos políticos, especialmente do PMDB, de que consegue pôr um freio na Operação Lava Jato. A suposição, desde sempre, é que falta pulso ao governo para enquadrar a Polícia Federal.
A operação é típica de republiqueta de banana e de bananas. Se Dilma e o PT realmente fizerem essa escolha, estarão jogando a Presidência da República, como instituição, na lama. A dupla estaria debochando do povo brasileiro, na certeza de que Polícia Federal, Ministério Público, Congresso e Justiça não passam de marionetes da vontade de um “condutor”, de um líder.
No depoimento ao Ministério Público Estadual, Lula expressou a convicção de que é mesmo um Super-Homem. Anunciou que vai se candidatar em 2018 e desafiou: vamos ver quem terá coragem de barrá-lo.
Essa reta final do petismo não será fácil. E que fique claro para todos: Lula ministro é a escolha do tudo ou nada.
Vamos ver: ou as instituições reagem ou vamos para o buraco.Fonte:Reinaldo Azevedo
STF homologa delação premiada de Delcídio do Amaral
O ministro Teori Zavascki, relator dos processos do petrolão no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou o acordo de delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (afastado do PT-MS). Entre as revelações feitas pelo senador nos depoimentos de colaboração com a justiça estão a de que a presidente Dilma Rousseff teria aparelhado o Poder Judiciário, com a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), para libertar empreiteiros enrolados no petrolão, e a de que a petista tinha completo conhecimento da inviabilidade e teria feito ingerência para a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Ao homologar a delação, Zavascki atesta a validade dos depoimentos e confirma que o senador prestou informações espontaneamente às autoridades, sem coação de qualquer natureza. Com a confirmação pelo STF, deve ser suspenso o sigilo dos depoimentos feitos pelo parlamentar.
O atestado da legalidade da delação do senador ocorre às vésperas de o STF julgar recursos sobre o rito de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O levantamento do sigilo dos depoimentos prestados por Delcídio do Amaral deve ampliar a pressão política contra a petista e contra senadores citados pelo congressista, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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A homologação do acordo de colaboração com a Justiça acontece também em meio às articulações para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se torne ministro no governo Dilma e, com isso, adquira foro privilegiado e consiga remeter o processo que o investiga na Operação Lava Jato para o Supremo. Nos depoimentos que prestou no início do ano, o ex-líder do governo no Senado implicou Lula ao afirmar que ele tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e de que atuou diretamente como o mandante do pagamento de dinheiro para calar testemunhas.
Não é a primeira vez que o ex-presidente é citado como o articulador para o silêncio de pessoas que poderiam o implicar. Delcídio também revelou que Lula e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, atuaram em 2006 para pagar o operador do mensalão, o notório Marcos Valério, em troca do silêncio dele sobre o esquema de pagamento a parlamentares para a formação da base governista no primeiro mandato do PT no Palácio do Planalto.Fonte:Veja
Ao homologar a delação, Zavascki atesta a validade dos depoimentos e confirma que o senador prestou informações espontaneamente às autoridades, sem coação de qualquer natureza. Com a confirmação pelo STF, deve ser suspenso o sigilo dos depoimentos feitos pelo parlamentar.
O atestado da legalidade da delação do senador ocorre às vésperas de o STF julgar recursos sobre o rito de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O levantamento do sigilo dos depoimentos prestados por Delcídio do Amaral deve ampliar a pressão política contra a petista e contra senadores citados pelo congressista, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
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A homologação do acordo de colaboração com a Justiça acontece também em meio às articulações para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se torne ministro no governo Dilma e, com isso, adquira foro privilegiado e consiga remeter o processo que o investiga na Operação Lava Jato para o Supremo. Nos depoimentos que prestou no início do ano, o ex-líder do governo no Senado implicou Lula ao afirmar que ele tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e de que atuou diretamente como o mandante do pagamento de dinheiro para calar testemunhas.
Não é a primeira vez que o ex-presidente é citado como o articulador para o silêncio de pessoas que poderiam o implicar. Delcídio também revelou que Lula e o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, atuaram em 2006 para pagar o operador do mensalão, o notório Marcos Valério, em troca do silêncio dele sobre o esquema de pagamento a parlamentares para a formação da base governista no primeiro mandato do PT no Palácio do Planalto.Fonte:Veja
EXCLUSIVO: governo tentou comprar o silêncio de Delcídio do Amaral
O senador Delcídio do Amaral cumpria uma jornada dupla quando era líder do governo. Em público, presidia a poderosa Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e negociava a aprovação das medidas de ajuste fiscal consideradas prioritárias pela presidente Dilma. Nos bastidores, era peça-chave na estratégia destinada a impedir que a Operação Lava-Jato descobrisse a cadeia de comando do petrolão. Longe dos holofotes, Delcídio atuava como bombeiro.
Conversava com empreiteiros, funcionários da Petrobras e políticos acusados de participar do esquema de corrupção, anotava suas demandas e informações de bastidor e, depois, relatava-as em detalhes a Dilma e a Lula. Sua missão era antever dificuldades e propor soluções.
Foi ele quem alertou a presidente de que a Odebrecht tinha pagado no exterior ao marqueteiro João Santana por serviços prestados a campanhas presidenciais do PT. Foi ele quem falou para Lula que petistas estrelados estavam reclamando de abandono e falta de solidariedade. Aos dois chefes, Delcídio fazia o mesmo diagnóstico: "Enterramos nossos cadáveres em cova rasa. É um erro. Precisamos enterrá-los com dignidade".
Dignidade, no caso, significava ajudar companheiros e executivos presos ou sob investigação com dinheiro, assistência jurídica e lobby a favor deles nos tribunais superiores, para evitar que contassem às autoridades segredos da engrenagem criminosa que desviou, segundo a Polícia Federal, quase 50 bilhões de reais da Petrobras. Delcídio repetiu essa cantilena de forma exaustiva até ser preso e - como gosta de dizer - traído.
Lula o chamou de imbecil por ter sido gravado ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, um dos delatores do petrolão. O PT também o rifou em público. Com medo de expiar seus pecados em cova rasa, o bombeiro, agora no papel de incendiário, mostrou-se disposto a contar às autoridades tudo o que viu, ouviu e fez a mando de Lula e Dilma durante treze anos de intimidade com o poder. Não era um blefe.
O acordo de delação premiada no qual Delcídio afirma que Lula e Dilma sabiam da existência do esquema de corrupção e atuaram a fim de mantê-lo em funcionamento foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração, apelidada de "A delação", só foi formalizada porque o senador resistiu a uma proposta generosa de "enterro com dignidade" apresentada pelo petista Aloizio Mercadante.
Ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma, atual titular da pasta da Educação e um dos ministros mais próximos da presidente, Mercadante prometeu dinheiro e ajuda para que Delcídio deixasse a prisão e escapasse do processo de cassação de mandato no Senado. Em contrapartida, pede que Delcídio não "desestabilize tudo" com sua delação.
O ministro não tratou diretamente com o senador, que já estava sob a custódia da polícia, mas com um assessor da estrita confiança do senador, José Eduardo Marzagão. Os dois se reuniram duas vezes no gabinete de Mercadante no ministério. As conversas foram gravadas por Marzagão e entregues à Procuradoria-Geral da República por Delcídio, que, em depoimento formal, disse que o ministro agira a mando de Dilma.
Com essa observação, acusou o ministro e a presidente de tentar comprar o silêncio de uma testemunha, obstruindo o trabalho da Justiça. Era o acerto de contas de Delcídio com os senhores que lhes viraram as costas. "Me senti pressionado pelo governo", disse ele aos procuradores.
Nos diálogos, aos quais VEJA teve acesso, Mercadante oferece ajuda financeira à família de Delcídio e promete usar a influência política do governo junto ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal para tentar evitar a cassação do senador e conseguir sua libertação. Além de dizer a Marzagão que Delcidio deveria ficar "calmo", deixar "baixar a poeira" e não fazer "nenhum movimento precipitado", Mercadante prometeu procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros, para armar um plano de modo a fazer com que o Senado voltasse atrás na decisão, tomada em plenário, ratificando a ordem de prisão expedida pelo Supremo.
"Por que é que não pede reconsideração ao Senado? Pode?", questiona o ministro. "Acho que não", diz o assessor. "Em política, tudo pode", ensina Mercadante.
Descrevendo seu plano, Mercadante deixa claro ao assessor que vai tentar "construir com o Supremo uma saída" para Delcídio. Diz que Ricardo Lewandowski, o presidente do STF, poderia libertar Delcídio por meio de liminar, durante o recesso de fim de ano do Judiciário.
"O presidente vai ficar no exercício... Também precisa conversar com o Lewandowski. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída", oferece Mercadante. Sem citar o nome, o ministro dá a entender que irá procurar outro ministro do STF e que sua ideia é fazer com que o Senado procure Teori Zavascki para pleitear a soltura do senador. "Talvez o Senado possa fazer uma moção, a mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá - pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída", diz.
A menção ao STF foi ligeira mas estratégica. Naquela altura, a prioridade da família de Delcídio era libertá-lo antes do Natal. Havia, entretanto, a suspeita de que Teori negaria, como de fato ocorreu, o pedido de habeas-corpus. A oferta de Mercadante remediaria o problema.
Sobre a possibilidade de uma delação de Delcídio, Mercadante diz: "Eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado, deixar baixar a poeira, ele vai sair, a confusão é muito grande." A primeira conversa entre Mercadante e o assessor de Delcídio ocorreu no dia 1º de dezembro, uma semana após a prisão do ex-líder do governo.
A segunda conversa deu-se no dia 9 de dezembro, um dia após a família de Delcídio decidir contratar o escritório do advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, um dos principais especialistas em delação premiada no país. No primeiro encontro com assessor, Mercadante se mostra cauteloso. Diz que Delcídio é "fundamental para o governo", fala em lealdade, promete ajuda e deixa entender que fala em nome da presidente Dilma:
"Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final."
Fica claro que Mercadante está preocupado em acalmar a mulher e as filhas de Delcídio, principais incentivadoras de um acordo de delação. Diz ao assessor do senador: "Eu tô te chamando aqui para dizer o seguinte: eu serei solidário ao Delcídio. Eu gosto do Delcidio, eu acho ele um cara muito competente, muito habilidoso, foi fundamental para o governo (...) Eu vi o que estão fazendo com as filhas dele.
Uma canalhice monumental. Imagino o desespero dele. Então você veja o que ele precisa que eu posso ajudar." O ministro aconselha o assessor a dizer para Delcidio seguir em silêncio para "não ser um agente que desestabilize tudo". Chega a fazer uma ameaça velada, caso o petista revele os podres do governo: "Vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?".
No segundo encontro, ainda sob o impacto da notícia da contratação do especialista em delações, Mercadante é mais explícito. Revela seu plano no Judiciário, reclama que por causa dos rumores de acordo com a Lava-Jato nem Renan Calheiros, investigado no STF, nem o governo poderão se mexer para salvar Delcídio. Chega a pedir para que o petista abafe o assunto delação.
Diz Mercadante: "Como é que o Renan vai se mexer... Eu sei que ele tá acuado porque o outro vai... Entendeu? Como é que o governo se mexe, porque parece que tem alguma coisa que ele (Delcídio) sabe do rabo de alguém. Então, eu acho que tem que tirar isso (delação) da pauta nesse momento."
O assessor de Delcídio relata as dificuldades financeiras do senador, afirma que a família está planejando vender imóveis e se desfazer de bens para custear o processo.
Mercadante se dispõe a viajar ao Mato Grosso do Sul para dar assistência à família: "Isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu posso ajudar. Eu só tô aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar". O ministro explica que, se a mulher de Delcídio aceitasse conversar, ele organizaria uma visita, como ministro da Educação, em alguma universidade do estado para ocultar o real objetivo da viagem.
Marzagão trabalha com o senador há treze anos. Nos 87 dias em que o petista ficou preso, Marzagão só não fez companhia a ele uma única vez, quando foi ao casamento da filha em Fortaleza. Era Marzagão quem levava e trazia informações, providenciava alimentação e livros, ouvia histórias e compartilhava de desabafos e crises de choro. Antes de procurar o assessor, Mercadante tentou contato com a esposa do senador.
O ministro foi repelido com contundência. Maika, a esposa de Delcídio, não escondia a raiva pelo fato de o marido ter se prestado, segundo ela, a fazer serviços sujos para Lula e Dilma, como a tentativa de comprar testemunhas do petrolão, motivo que o levou à prisão. Além disso, Maika sabia que o ministro sempre fora um desafeto de Delcídio no partido. Os dois, senador e ministro, nunca foram amigos, nem mantinham relações amistosas. Por isso, Maika viu a tentativa de aproximação de Mercadante com estranhamento.
Ao ser chamado para uma conversa com um desafeto de Delcídio, Marzagão resolveu gravar tudo, como medida de precaução. Temia ser alvo de uma armadilha tramada pelo governo a fim de desmoralizar o senador, que, como antecipara VEJA, ameaçava contar seus segredos às autoridades. O senador e seu assessor também sabiam como o Ministério Público valorizava gravações com tentativas de obstruir a Justiça.
Afinal, uma gravação e uma proposta de auxílio financeiro levaram Delcídio à cadeia, acusado de tentar sabotar o trabalho da Justiça. Como Mercadante, Delcídio também queria calar uma testemunha.
A proposta de silêncio
"Eu acho que ele devia esperar"
Ex-chefe da Casa Civil e um dos ministros mais próximos da presidente Dilma, Aloizio Mercadante conversou duas vezes com José Eduardo Marzagão, assessor do senador Delcídio do Amaral. O objetivo do ministro, segundo o parlamentar, era comprar o seu silêncio. A segunda reunião entre eles ocorreu um dia depois de o senador contratar um advogado especializado em delação premiada. Nela, Mercadante reforça o pedido para que não haja colaboração com o Ministério Público e deixa claro que a delação, se confirmada, desestabilizaria o governo.
AM - O que é que tem que você acha que eu possa ajudar?
JEM - Ministro...
AM - De verdade. Tô falando assim. Eu tô aqui. Ó, eu falei: Eu não quero nem saber o que o Delcídio fez.
JEM - É.
AM - Eu quero... (inaudível) eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado, ele já fez um movimento errado, deixar baixar a poeira, ele vai sair, a confusão é muito grande. Aí... entendeu?
JEM - Ministro, o problema é o seguinte.
AM - Pra ele não ser um agente que desestabilize tudo. Porque senão vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?
Ajuda financeira
"Veja o que eu posso ajudar"
Ciente de que a família de Delcídio pressionava o senador a fechar um acordo de delação premiada, Mercadante diz a Marzagão estar disposto a forjar uma agenda oficial, como ministro da Educação, para visitar a esposa e as duas filhas do petista. Informado de que elas enfrentavam dificuldades financeiras, não hesita em prometer uma providencial ajuda em dinheiro, para pagar os custos com os advogados, ressalta
AM - É o seguinte, eu me disponho, já te falei isso reservadamente, eu faço uma agenda no Mato Grosso do Sul, eu tenho que ir visitar uma universidade, um instituto... eu falo Maika, eu quero passar aí ...da outra vez ela fez um jantar pra mim... quando eu fui lá fazer uma agenda e ela fez um jantar na casa. Então, ó eu gostaria de passar aí, lhe dar um abraço e tal, se tiver espaço.
JEM - Só pra você ter uma ideia, eles estão vendendo a casa.
AM - Pra não ficar expostos.
JEM - Não, até pra...
AM - Arrecadar dinheiro.
JEM - Arrecadar dinheiro. Os carros, a casa. A fazenda, porque é da mãe e do irmão, então lá não vai mexer. Aliás, o irmão tá vindo aí pra tratar desses assuntos. Assuntos financeiros mesmo.
AM - Patrimônio da família.
JEM - Patrimônio, as dívidas que ele tem. Pra você ter uma ideia da situação dele, o salário dele tem consignado. O salário do Delcídio tem empréstimo consignado, que ele está pagando.
AM - Bom, isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu possa ajudar. Eu só to aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar.
Ajuda política
"Vou conversar com o Renan"
Mercadante sabia que Delcídio se sentira traído pelo PT, que o censurara publicamente e, ao lavar as mãos, incentivara o plenário do Senado a referendar a sua prisão. Para adular o ex-líder do governo, o ministro esbanja solidariedade na conversa com Marzagão. Ele critica o próprio partido e avisa que negociará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, uma moção, a ser apresentada à Justiça, destinada a garantir o relaxamento da prisão
AM - Eu conversei com vários senadores
JEM - Hã.
AM - Eu falei: vocês se acocoraram!
JEM - Foi.
AM - Ah, pô! Nós tínhamos feito um movimento com o Sarney, o Jader e o...
JEM - Renan
AM - ...o Renan e tal... Aí veio a nota do PT. Que nota do PT? Onde que o Rui Falcão agora dirige o plenário do Senado? ... é história... essa instituição tem quase 200 anos de história! Como é que vocês aceitam uma coisa como essa, gente! Porque isso vai ser um precedente.
JEM - Abriu uma porteira.
AM - Vai abrir a porteira. Então, vocês precisam repensar o encaminhamento. Talvez o Senado fazer uma moção, a mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá - pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída. Não pode aceitar isso. Eu acho que se a gente não for pelo jurídico, pelo político, pelo bom senso e deixar tudo pra ele que tá acuado, fodido, a família desestruturada, vai sair só bateção de cabeça. Porque eu posso tentar ajudar nisso aí no Senado. Vou tentar conversar com o Renan e ponderar a ele de construir uma, entendeu, uma moção...
Ajuda jurídica
"Pedido de relaxamento de prisão"
A proposta de compra do silêncio de Delcídio era ampla e irrestrita. Além de dinheiro e lobby em defesa do petista no Senado, Mercadante promete conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a fim de convencê-lo a acolher o pedido de relaxamento de prisão durante o recesso do Judiciário. A ação, se realizada, não surtiu o efeito esperado. Delcídio só foi solto em fevereiro, depois de negociar a colaboração com as autoridades.
AM - Eu vou tentar um parecer jurídico que tente encontrar uma brecha pra que o Senado se pronuncie junto ao Supremo com o pedido de relaxamento da prisão, porque ela não se justifica mais. Acho que esse é o caminho que eu vejo. Vou estudar e te dou o retorno de hoje pra amanhã.
JEM - Isso, porque o problema é que o dia D é terça-feira.
AM - Tá.
JEM - Porque se passar terça-feira e não sair, só no ano que vem.
AM - Não, não, mas o presidente vai ficar no exercício... também precisa conversar com o Lewandowsky. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída. Mas eu vou falar com o ministro no Supremo também.
JEM - Complicado.
AM - Mas é o seguinte, eu não tenho nada a ver...o Delcídio... zero... não tô nem aí se vai delatar, não vai delatar, não tô nem aí... a minha, a minha questão com ele é que eu acho um absurdo o que aconteceu com ele. Primeiro pelo quadro que ele é, segundo pela cagada que não era necessária aquela exposição que ele teve, terceiro pela atitude das instituições e do partido (inaudível)... lava a mão, vira as costas, um cara totalmente... uma coisa covarde pra caralho, um absurdo. Na minha interpretação, de uma vingança até da... ele pode ter se excedido na CPI dos Correios, mas é evidente que ele segurou bronca pra caralho.
JEM - Vai saber.
AM - É, lógico que ele sabe. Não sei exatamente os detalhes, mas eu sei que ele fez o que era possível, prudente, coisas que não estavam comprovadas, que não eram sérias, mas, é isso aí... (inaudível)... a função era muito difícil a cobrança em cima dele...
Estratégia de defesa
"O Renan está acuado"
Na segunda e mais incisiva conversa com Marzagão, Mercadante alega que seria necessário acabar de vez com os rumores sobre a possibilidade de Delcídio fechar uma delação. Se o assunto não saísse de pauta, argumentou o ministro, seria difícil envolver o presidente do Senado, acusado de receber dinheiro sujo do petrolão, e o governo nos esforços empreendidos para salvar o mandato do petista e livrá-lo da prisão
AM - A estratégia de defesa é nesse sentido, entendeu? Ele foi: meu mandato, eu quero defender meu mandato, eu quero ter liberdade pra poder defendê-lo, não posso constranger o meu direito de defesa no Senado e pá pá pá, prerrogativas, estão aqui as minhas condições e pelo direito que é líquido e certo, a ilegalidade do ato - é um absurdo o que foi feito...
JEM - Mas ele não pode falar isso
AM - Não, mas tem que construir. Tem que ter gente pra fazer e falar.
JEM - É.
AM - O que que é a dificuldade? O que é que eu quero te alertar. O Renan é um cara que tem uma zona cinzenta nessa história.
JEM - É.
AM - Como é que o Renan vai se mexer....eu sei que ele tá acuado porque o outro vai... entendeu?
JEM - É.
AM - Como é que o governo se mexe, porque parece que tem alguma coisa que ele sabe do rabo de alguém. Então, eu acho que tem que tirar isso da pauta nesse momento, pra defesa dele, tô falando... pra tentar construir - não sei se é possível a defesa...
JEM - Honestamente eu não sei...
AM - Eu não sei, o que eu vou... o que eu me disponho...como eu te falei. Olha, eu não quero me envolver mais do que posso. Faço isso por absoluta solidariedade. Acho que o que o PT fez é indigno e acho que o Senado não devia ter recuado.
JEM - É. Mas nem só por causa dele.
AM - Não... é institucional, gente.
Evitar a delação
"Parece que ele está fazendo porque tá com medo"
Neste trecho, Mercadante detalha como seria a operação de bastidor em favor de Delcídio e, para dar credibilidade ao discurso, dá nome a um dos participantes da empreitada. O ministro diz que advogados de confiança, como o ministro do TCU Bruno Dantas, ex-advogado-geral do Senado, ajudariam a elaborar uma tese jurídica que permitisse à Casa defender o senador no Supremo Tribunal Federal.
AM - O cara, pô, fodido, acuado, arrebentado, sangrando... eu vou fazer o seguinte: eu vou conversar com alguns advogados que eu confio. Acho que vou chamar o Bruno Dantas pra conversar, que foi advogado-geral da União muito tempo... do Senado, ou algum consultor do Senado que pense juridicamente se o Senado tem alguma providência pra interferir. Inclusive alegar o seguinte: nós queremos que ele se defenda, de um processo aqui pi, pi, pi...
JEM - Sim. Normal.
AM - E crie qualquer porra de um argumento contanto que ele não fique lá preso, acuado desse jeito.
JEM - Que fique em casa com tornozeleira, que fique num quartel do Exército, o caralho que seja, mas lá é...
AM - É ruim. Quando ele fala do risco da delação, hoje o advogado desmentiu. Fica um negócio assim: Parece que ele tá fazendo porque tá com medo, entendeu? Porque não tinha essa pauta...
JEM - O problema é o seguinte: é que ele tá desestruturado. Então, alguém tá colocando pra ele que essa é a única maneira de ele sair de lá.
AM - Bom, eles fazem isso com todo mundo. Desestruturam o cara. Botaram... caralho... O que fizeram com o filho do Paulo Roberto foi isso, com as filhas...
JEM - Sim. Agora, vê a situação dele: um senador com um mandato vigente
AM - Preso.
JEM - Preso, continua sendo senador e... um zé-ninguém lá.
AM - Sim... mas tem um lado e tem que pensar o seguinte... eu acho que precisa esfriar o assunto dele. Vão vir outros. Vai vir Andrade Gutierrez, não sei quem, não sei quem, o Zelada, o caralho, vai vir merda pra caralho toda hora. Aí vai diminuindo. Precisa esfriar o caso dele. Segundo: ele tando lá, não tem inquérito no Senado. Não tem como cassar um senador preso.
Solidariedade do governo
"Veja o que eu posso ajudar"
Já na primeira conversa com Marzagão, Mercadante oferece "apoio pessoal e político" em troca do silêncio do senador Delcídio do Amaral. De início, o ministro até registra se tratar de uma iniciativa de cunho pessoal. Depois, se trai, ressalta sua relação de lealdade com a presidente Dilma e registra, em alto e bom som, que a ajuda se dará "dentro do governo".
AM - Eu não conheço a Maika. Mas se você achar, porque eu vou dizer o seguinte. Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final. Eu gosto do Delcidio, eu acho ele um cara muito competente, muito habilidoso, foi fundamental para o governo, um monte de virtudes, muito mais jeitoso, ia atrás, se empenhava, fazia... você não pode pegar uma biografia como essa, uma história como essa, porque o cara tropeçou numa pedra, numa situação de desespero, tentando encontrar uma saída, você vê aquele jeito que ele vai tentando mostrar um serviço, eu não consigo entender porque ele foi aonde ele foi.
Mas foi, não adianta. Então vamos ter que deglutir isso aí. O que eu acho que ele está precisando agora é algum tipo de apoio e solidariedade pessoal e político. Então, você veja o que eu posso ajudar. 'Se você achar, Mercadante, era bom você ir no Mato Grosso do Sul falar com as filhas dele.' Eu não vou me meter na defesa dele. Não sou advogado, não tenho o que fazer, não sei do que se trata, não conheço o que foi feito.
JEM - Mas o que o Rui fez, queimou qualquer possibilidade.
AM - Foi um absurdo. Eu dentro, vou tentar ajudar no que eu posso. Dentro do governo, dentro do partido menos, porque eu não tenho muitas relações hoje.
Mas vou tentar porque achei um absurdo. Eu quero ajudar no que eu puder. Só vou fazer o que eu puder. Não adianta me pedir para fazer o que eu não posso fazer porque eu não vou fazer. Agora, o que eu puder fazer, eu farei. Então eu quero que você saiba disso. Conversamos nós dois. Você veja lá o que você acha que ajuda e me passa que eu vejo a providência que a gente pode tomar. Eu imagino que ele está completamente sozinho, fica ruim para a segurança dele.
JEM - O senhor é a terceira pessoa. No dia do acontecido, ligou o Renan e o Sarney para a Maika. Mais nada. E disseram barbaridades, chamaram a presidente de filha da puta.Fonte:Veja
Conversava com empreiteiros, funcionários da Petrobras e políticos acusados de participar do esquema de corrupção, anotava suas demandas e informações de bastidor e, depois, relatava-as em detalhes a Dilma e a Lula. Sua missão era antever dificuldades e propor soluções.
Foi ele quem alertou a presidente de que a Odebrecht tinha pagado no exterior ao marqueteiro João Santana por serviços prestados a campanhas presidenciais do PT. Foi ele quem falou para Lula que petistas estrelados estavam reclamando de abandono e falta de solidariedade. Aos dois chefes, Delcídio fazia o mesmo diagnóstico: "Enterramos nossos cadáveres em cova rasa. É um erro. Precisamos enterrá-los com dignidade".
Dignidade, no caso, significava ajudar companheiros e executivos presos ou sob investigação com dinheiro, assistência jurídica e lobby a favor deles nos tribunais superiores, para evitar que contassem às autoridades segredos da engrenagem criminosa que desviou, segundo a Polícia Federal, quase 50 bilhões de reais da Petrobras. Delcídio repetiu essa cantilena de forma exaustiva até ser preso e - como gosta de dizer - traído.
Lula o chamou de imbecil por ter sido gravado ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, um dos delatores do petrolão. O PT também o rifou em público. Com medo de expiar seus pecados em cova rasa, o bombeiro, agora no papel de incendiário, mostrou-se disposto a contar às autoridades tudo o que viu, ouviu e fez a mando de Lula e Dilma durante treze anos de intimidade com o poder. Não era um blefe.
O acordo de delação premiada no qual Delcídio afirma que Lula e Dilma sabiam da existência do esquema de corrupção e atuaram a fim de mantê-lo em funcionamento foi homologado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF). A colaboração, apelidada de "A delação", só foi formalizada porque o senador resistiu a uma proposta generosa de "enterro com dignidade" apresentada pelo petista Aloizio Mercadante.
Ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma, atual titular da pasta da Educação e um dos ministros mais próximos da presidente, Mercadante prometeu dinheiro e ajuda para que Delcídio deixasse a prisão e escapasse do processo de cassação de mandato no Senado. Em contrapartida, pede que Delcídio não "desestabilize tudo" com sua delação.
O ministro não tratou diretamente com o senador, que já estava sob a custódia da polícia, mas com um assessor da estrita confiança do senador, José Eduardo Marzagão. Os dois se reuniram duas vezes no gabinete de Mercadante no ministério. As conversas foram gravadas por Marzagão e entregues à Procuradoria-Geral da República por Delcídio, que, em depoimento formal, disse que o ministro agira a mando de Dilma.
Com essa observação, acusou o ministro e a presidente de tentar comprar o silêncio de uma testemunha, obstruindo o trabalho da Justiça. Era o acerto de contas de Delcídio com os senhores que lhes viraram as costas. "Me senti pressionado pelo governo", disse ele aos procuradores.
Nos diálogos, aos quais VEJA teve acesso, Mercadante oferece ajuda financeira à família de Delcídio e promete usar a influência política do governo junto ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal para tentar evitar a cassação do senador e conseguir sua libertação. Além de dizer a Marzagão que Delcidio deveria ficar "calmo", deixar "baixar a poeira" e não fazer "nenhum movimento precipitado", Mercadante prometeu procurar o presidente do Senado, Renan Calheiros, para armar um plano de modo a fazer com que o Senado voltasse atrás na decisão, tomada em plenário, ratificando a ordem de prisão expedida pelo Supremo.
"Por que é que não pede reconsideração ao Senado? Pode?", questiona o ministro. "Acho que não", diz o assessor. "Em política, tudo pode", ensina Mercadante.
Descrevendo seu plano, Mercadante deixa claro ao assessor que vai tentar "construir com o Supremo uma saída" para Delcídio. Diz que Ricardo Lewandowski, o presidente do STF, poderia libertar Delcídio por meio de liminar, durante o recesso de fim de ano do Judiciário.
"O presidente vai ficar no exercício... Também precisa conversar com o Lewandowski. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída", oferece Mercadante. Sem citar o nome, o ministro dá a entender que irá procurar outro ministro do STF e que sua ideia é fazer com que o Senado procure Teori Zavascki para pleitear a soltura do senador. "Talvez o Senado possa fazer uma moção, a mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá - pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída", diz.
A menção ao STF foi ligeira mas estratégica. Naquela altura, a prioridade da família de Delcídio era libertá-lo antes do Natal. Havia, entretanto, a suspeita de que Teori negaria, como de fato ocorreu, o pedido de habeas-corpus. A oferta de Mercadante remediaria o problema.
Sobre a possibilidade de uma delação de Delcídio, Mercadante diz: "Eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado, deixar baixar a poeira, ele vai sair, a confusão é muito grande." A primeira conversa entre Mercadante e o assessor de Delcídio ocorreu no dia 1º de dezembro, uma semana após a prisão do ex-líder do governo.
A segunda conversa deu-se no dia 9 de dezembro, um dia após a família de Delcídio decidir contratar o escritório do advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto, um dos principais especialistas em delação premiada no país. No primeiro encontro com assessor, Mercadante se mostra cauteloso. Diz que Delcídio é "fundamental para o governo", fala em lealdade, promete ajuda e deixa entender que fala em nome da presidente Dilma:
"Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final."
Fica claro que Mercadante está preocupado em acalmar a mulher e as filhas de Delcídio, principais incentivadoras de um acordo de delação. Diz ao assessor do senador: "Eu tô te chamando aqui para dizer o seguinte: eu serei solidário ao Delcídio. Eu gosto do Delcidio, eu acho ele um cara muito competente, muito habilidoso, foi fundamental para o governo (...) Eu vi o que estão fazendo com as filhas dele.
Uma canalhice monumental. Imagino o desespero dele. Então você veja o que ele precisa que eu posso ajudar." O ministro aconselha o assessor a dizer para Delcidio seguir em silêncio para "não ser um agente que desestabilize tudo". Chega a fazer uma ameaça velada, caso o petista revele os podres do governo: "Vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?".
No segundo encontro, ainda sob o impacto da notícia da contratação do especialista em delações, Mercadante é mais explícito. Revela seu plano no Judiciário, reclama que por causa dos rumores de acordo com a Lava-Jato nem Renan Calheiros, investigado no STF, nem o governo poderão se mexer para salvar Delcídio. Chega a pedir para que o petista abafe o assunto delação.
Diz Mercadante: "Como é que o Renan vai se mexer... Eu sei que ele tá acuado porque o outro vai... Entendeu? Como é que o governo se mexe, porque parece que tem alguma coisa que ele (Delcídio) sabe do rabo de alguém. Então, eu acho que tem que tirar isso (delação) da pauta nesse momento."
O assessor de Delcídio relata as dificuldades financeiras do senador, afirma que a família está planejando vender imóveis e se desfazer de bens para custear o processo.
Mercadante se dispõe a viajar ao Mato Grosso do Sul para dar assistência à família: "Isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu posso ajudar. Eu só tô aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar". O ministro explica que, se a mulher de Delcídio aceitasse conversar, ele organizaria uma visita, como ministro da Educação, em alguma universidade do estado para ocultar o real objetivo da viagem.
Marzagão trabalha com o senador há treze anos. Nos 87 dias em que o petista ficou preso, Marzagão só não fez companhia a ele uma única vez, quando foi ao casamento da filha em Fortaleza. Era Marzagão quem levava e trazia informações, providenciava alimentação e livros, ouvia histórias e compartilhava de desabafos e crises de choro. Antes de procurar o assessor, Mercadante tentou contato com a esposa do senador.
O ministro foi repelido com contundência. Maika, a esposa de Delcídio, não escondia a raiva pelo fato de o marido ter se prestado, segundo ela, a fazer serviços sujos para Lula e Dilma, como a tentativa de comprar testemunhas do petrolão, motivo que o levou à prisão. Além disso, Maika sabia que o ministro sempre fora um desafeto de Delcídio no partido. Os dois, senador e ministro, nunca foram amigos, nem mantinham relações amistosas. Por isso, Maika viu a tentativa de aproximação de Mercadante com estranhamento.
Ao ser chamado para uma conversa com um desafeto de Delcídio, Marzagão resolveu gravar tudo, como medida de precaução. Temia ser alvo de uma armadilha tramada pelo governo a fim de desmoralizar o senador, que, como antecipara VEJA, ameaçava contar seus segredos às autoridades. O senador e seu assessor também sabiam como o Ministério Público valorizava gravações com tentativas de obstruir a Justiça.
Afinal, uma gravação e uma proposta de auxílio financeiro levaram Delcídio à cadeia, acusado de tentar sabotar o trabalho da Justiça. Como Mercadante, Delcídio também queria calar uma testemunha.
A proposta de silêncio
"Eu acho que ele devia esperar"
Ex-chefe da Casa Civil e um dos ministros mais próximos da presidente Dilma, Aloizio Mercadante conversou duas vezes com José Eduardo Marzagão, assessor do senador Delcídio do Amaral. O objetivo do ministro, segundo o parlamentar, era comprar o seu silêncio. A segunda reunião entre eles ocorreu um dia depois de o senador contratar um advogado especializado em delação premiada. Nela, Mercadante reforça o pedido para que não haja colaboração com o Ministério Público e deixa claro que a delação, se confirmada, desestabilizaria o governo.
AM - O que é que tem que você acha que eu possa ajudar?
JEM - Ministro...
AM - De verdade. Tô falando assim. Eu tô aqui. Ó, eu falei: Eu não quero nem saber o que o Delcídio fez.
JEM - É.
AM - Eu quero... (inaudível) eu acho que ele devia esperar, não fazer nenhum movimento precipitado, ele já fez um movimento errado, deixar baixar a poeira, ele vai sair, a confusão é muito grande. Aí... entendeu?
JEM - Ministro, o problema é o seguinte.
AM - Pra ele não ser um agente que desestabilize tudo. Porque senão vai sobrar uma responsabilidade pra ele monumental, entendeu?
Ajuda financeira
"Veja o que eu posso ajudar"
Ciente de que a família de Delcídio pressionava o senador a fechar um acordo de delação premiada, Mercadante diz a Marzagão estar disposto a forjar uma agenda oficial, como ministro da Educação, para visitar a esposa e as duas filhas do petista. Informado de que elas enfrentavam dificuldades financeiras, não hesita em prometer uma providencial ajuda em dinheiro, para pagar os custos com os advogados, ressalta
AM - É o seguinte, eu me disponho, já te falei isso reservadamente, eu faço uma agenda no Mato Grosso do Sul, eu tenho que ir visitar uma universidade, um instituto... eu falo Maika, eu quero passar aí ...da outra vez ela fez um jantar pra mim... quando eu fui lá fazer uma agenda e ela fez um jantar na casa. Então, ó eu gostaria de passar aí, lhe dar um abraço e tal, se tiver espaço.
JEM - Só pra você ter uma ideia, eles estão vendendo a casa.
AM - Pra não ficar expostos.
JEM - Não, até pra...
AM - Arrecadar dinheiro.
JEM - Arrecadar dinheiro. Os carros, a casa. A fazenda, porque é da mãe e do irmão, então lá não vai mexer. Aliás, o irmão tá vindo aí pra tratar desses assuntos. Assuntos financeiros mesmo.
AM - Patrimônio da família.
JEM - Patrimônio, as dívidas que ele tem. Pra você ter uma ideia da situação dele, o salário dele tem consignado. O salário do Delcídio tem empréstimo consignado, que ele está pagando.
AM - Bom, isso aí também a gente pode ver no que é que a gente pode ajudar, na coisa de advogado, essa coisa. Não sei. Pô, Marzagão, você tem que dizer no que é que eu possa ajudar. Eu só to aqui pra ajudar. Veja o que que eu posso ajudar.
Ajuda política
"Vou conversar com o Renan"
Mercadante sabia que Delcídio se sentira traído pelo PT, que o censurara publicamente e, ao lavar as mãos, incentivara o plenário do Senado a referendar a sua prisão. Para adular o ex-líder do governo, o ministro esbanja solidariedade na conversa com Marzagão. Ele critica o próprio partido e avisa que negociará com o presidente do Senado, Renan Calheiros, uma moção, a ser apresentada à Justiça, destinada a garantir o relaxamento da prisão
AM - Eu conversei com vários senadores
JEM - Hã.
AM - Eu falei: vocês se acocoraram!
JEM - Foi.
AM - Ah, pô! Nós tínhamos feito um movimento com o Sarney, o Jader e o...
JEM - Renan
AM - ...o Renan e tal... Aí veio a nota do PT. Que nota do PT? Onde que o Rui Falcão agora dirige o plenário do Senado? ... é história... essa instituição tem quase 200 anos de história! Como é que vocês aceitam uma coisa como essa, gente! Porque isso vai ser um precedente.
JEM - Abriu uma porteira.
AM - Vai abrir a porteira. Então, vocês precisam repensar o encaminhamento. Talvez o Senado fazer uma moção, a mesa do Senado, ao Teori, entendeu? Um pedido: olha, nós demos autorização considerando o flagrante, considerando as condições etc, mas não há necessidade pá, pá, pá - pá, pá, pá. E tentar construir com o Supremo uma saída. Não pode aceitar isso. Eu acho que se a gente não for pelo jurídico, pelo político, pelo bom senso e deixar tudo pra ele que tá acuado, fodido, a família desestruturada, vai sair só bateção de cabeça. Porque eu posso tentar ajudar nisso aí no Senado. Vou tentar conversar com o Renan e ponderar a ele de construir uma, entendeu, uma moção...
Ajuda jurídica
"Pedido de relaxamento de prisão"
A proposta de compra do silêncio de Delcídio era ampla e irrestrita. Além de dinheiro e lobby em defesa do petista no Senado, Mercadante promete conversar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a fim de convencê-lo a acolher o pedido de relaxamento de prisão durante o recesso do Judiciário. A ação, se realizada, não surtiu o efeito esperado. Delcídio só foi solto em fevereiro, depois de negociar a colaboração com as autoridades.
AM - Eu vou tentar um parecer jurídico que tente encontrar uma brecha pra que o Senado se pronuncie junto ao Supremo com o pedido de relaxamento da prisão, porque ela não se justifica mais. Acho que esse é o caminho que eu vejo. Vou estudar e te dou o retorno de hoje pra amanhã.
JEM - Isso, porque o problema é que o dia D é terça-feira.
AM - Tá.
JEM - Porque se passar terça-feira e não sair, só no ano que vem.
AM - Não, não, mas o presidente vai ficar no exercício... também precisa conversar com o Lewandowsky. Eu posso falar com ele pra ver se a gente encontra uma saída. Mas eu vou falar com o ministro no Supremo também.
JEM - Complicado.
AM - Mas é o seguinte, eu não tenho nada a ver...o Delcídio... zero... não tô nem aí se vai delatar, não vai delatar, não tô nem aí... a minha, a minha questão com ele é que eu acho um absurdo o que aconteceu com ele. Primeiro pelo quadro que ele é, segundo pela cagada que não era necessária aquela exposição que ele teve, terceiro pela atitude das instituições e do partido (inaudível)... lava a mão, vira as costas, um cara totalmente... uma coisa covarde pra caralho, um absurdo. Na minha interpretação, de uma vingança até da... ele pode ter se excedido na CPI dos Correios, mas é evidente que ele segurou bronca pra caralho.
JEM - Vai saber.
AM - É, lógico que ele sabe. Não sei exatamente os detalhes, mas eu sei que ele fez o que era possível, prudente, coisas que não estavam comprovadas, que não eram sérias, mas, é isso aí... (inaudível)... a função era muito difícil a cobrança em cima dele...
Estratégia de defesa
"O Renan está acuado"
Na segunda e mais incisiva conversa com Marzagão, Mercadante alega que seria necessário acabar de vez com os rumores sobre a possibilidade de Delcídio fechar uma delação. Se o assunto não saísse de pauta, argumentou o ministro, seria difícil envolver o presidente do Senado, acusado de receber dinheiro sujo do petrolão, e o governo nos esforços empreendidos para salvar o mandato do petista e livrá-lo da prisão
AM - A estratégia de defesa é nesse sentido, entendeu? Ele foi: meu mandato, eu quero defender meu mandato, eu quero ter liberdade pra poder defendê-lo, não posso constranger o meu direito de defesa no Senado e pá pá pá, prerrogativas, estão aqui as minhas condições e pelo direito que é líquido e certo, a ilegalidade do ato - é um absurdo o que foi feito...
JEM - Mas ele não pode falar isso
AM - Não, mas tem que construir. Tem que ter gente pra fazer e falar.
JEM - É.
AM - O que que é a dificuldade? O que é que eu quero te alertar. O Renan é um cara que tem uma zona cinzenta nessa história.
JEM - É.
AM - Como é que o Renan vai se mexer....eu sei que ele tá acuado porque o outro vai... entendeu?
JEM - É.
AM - Como é que o governo se mexe, porque parece que tem alguma coisa que ele sabe do rabo de alguém. Então, eu acho que tem que tirar isso da pauta nesse momento, pra defesa dele, tô falando... pra tentar construir - não sei se é possível a defesa...
JEM - Honestamente eu não sei...
AM - Eu não sei, o que eu vou... o que eu me disponho...como eu te falei. Olha, eu não quero me envolver mais do que posso. Faço isso por absoluta solidariedade. Acho que o que o PT fez é indigno e acho que o Senado não devia ter recuado.
JEM - É. Mas nem só por causa dele.
AM - Não... é institucional, gente.
Evitar a delação
"Parece que ele está fazendo porque tá com medo"
Neste trecho, Mercadante detalha como seria a operação de bastidor em favor de Delcídio e, para dar credibilidade ao discurso, dá nome a um dos participantes da empreitada. O ministro diz que advogados de confiança, como o ministro do TCU Bruno Dantas, ex-advogado-geral do Senado, ajudariam a elaborar uma tese jurídica que permitisse à Casa defender o senador no Supremo Tribunal Federal.
AM - O cara, pô, fodido, acuado, arrebentado, sangrando... eu vou fazer o seguinte: eu vou conversar com alguns advogados que eu confio. Acho que vou chamar o Bruno Dantas pra conversar, que foi advogado-geral da União muito tempo... do Senado, ou algum consultor do Senado que pense juridicamente se o Senado tem alguma providência pra interferir. Inclusive alegar o seguinte: nós queremos que ele se defenda, de um processo aqui pi, pi, pi...
JEM - Sim. Normal.
AM - E crie qualquer porra de um argumento contanto que ele não fique lá preso, acuado desse jeito.
JEM - Que fique em casa com tornozeleira, que fique num quartel do Exército, o caralho que seja, mas lá é...
AM - É ruim. Quando ele fala do risco da delação, hoje o advogado desmentiu. Fica um negócio assim: Parece que ele tá fazendo porque tá com medo, entendeu? Porque não tinha essa pauta...
JEM - O problema é o seguinte: é que ele tá desestruturado. Então, alguém tá colocando pra ele que essa é a única maneira de ele sair de lá.
AM - Bom, eles fazem isso com todo mundo. Desestruturam o cara. Botaram... caralho... O que fizeram com o filho do Paulo Roberto foi isso, com as filhas...
JEM - Sim. Agora, vê a situação dele: um senador com um mandato vigente
AM - Preso.
JEM - Preso, continua sendo senador e... um zé-ninguém lá.
AM - Sim... mas tem um lado e tem que pensar o seguinte... eu acho que precisa esfriar o assunto dele. Vão vir outros. Vai vir Andrade Gutierrez, não sei quem, não sei quem, o Zelada, o caralho, vai vir merda pra caralho toda hora. Aí vai diminuindo. Precisa esfriar o caso dele. Segundo: ele tando lá, não tem inquérito no Senado. Não tem como cassar um senador preso.
Solidariedade do governo
"Veja o que eu posso ajudar"
Já na primeira conversa com Marzagão, Mercadante oferece "apoio pessoal e político" em troca do silêncio do senador Delcídio do Amaral. De início, o ministro até registra se tratar de uma iniciativa de cunho pessoal. Depois, se trai, ressalta sua relação de lealdade com a presidente Dilma e registra, em alto e bom som, que a ajuda se dará "dentro do governo".
AM - Eu não conheço a Maika. Mas se você achar, porque eu vou dizer o seguinte. Eu sou um cara leal. A Dilma sabe que se não tiver uma pessoa para descer aquela rampa, eu vou com ela até o final. Eu gosto do Delcidio, eu acho ele um cara muito competente, muito habilidoso, foi fundamental para o governo, um monte de virtudes, muito mais jeitoso, ia atrás, se empenhava, fazia... você não pode pegar uma biografia como essa, uma história como essa, porque o cara tropeçou numa pedra, numa situação de desespero, tentando encontrar uma saída, você vê aquele jeito que ele vai tentando mostrar um serviço, eu não consigo entender porque ele foi aonde ele foi.
Mas foi, não adianta. Então vamos ter que deglutir isso aí. O que eu acho que ele está precisando agora é algum tipo de apoio e solidariedade pessoal e político. Então, você veja o que eu posso ajudar. 'Se você achar, Mercadante, era bom você ir no Mato Grosso do Sul falar com as filhas dele.' Eu não vou me meter na defesa dele. Não sou advogado, não tenho o que fazer, não sei do que se trata, não conheço o que foi feito.
JEM - Mas o que o Rui fez, queimou qualquer possibilidade.
AM - Foi um absurdo. Eu dentro, vou tentar ajudar no que eu posso. Dentro do governo, dentro do partido menos, porque eu não tenho muitas relações hoje.
Mas vou tentar porque achei um absurdo. Eu quero ajudar no que eu puder. Só vou fazer o que eu puder. Não adianta me pedir para fazer o que eu não posso fazer porque eu não vou fazer. Agora, o que eu puder fazer, eu farei. Então eu quero que você saiba disso. Conversamos nós dois. Você veja lá o que você acha que ajuda e me passa que eu vejo a providência que a gente pode tomar. Eu imagino que ele está completamente sozinho, fica ruim para a segurança dele.
JEM - O senhor é a terceira pessoa. No dia do acontecido, ligou o Renan e o Sarney para a Maika. Mais nada. E disseram barbaridades, chamaram a presidente de filha da puta.Fonte:Veja
16° BPM efetua prisão por tráfico de drogas e apreende menor com droga e arma de fogo em Serrinha
Policiais da Companhia Especial de Emprego Tático Operacional do Décimo Sexto Batalhão de Polícia Militar realizavam rondas no Bairro do Cruzeiro, em Serrinha, quando prenderam em flagrante delito, por tráfico de drogas, um jovem de 20 anos chamado Leonardo Matos dos Santos. Com o acusado foram apreendidos 01 tablete de 1kg e outra quantidade Maconha, uma porção de Cocaína, 8 pedras Crack, 01 balança de precisão e 05 Comprovantes de depósito no valor total de 950,00 R$.
Na sequência, em outro ponto do mesmo Bairro, a guarnição apreendeu um adolescente, de 16 anos, com 40 "doloes" da Maconha e uma pistola calibre .380 de marca Smith & Wesson, sem carregador e sem munição.
Os dois envolvidos e todo material foram conduzidos para a delegacia da Cidade. Leonardo foi autuado de acordo com o crime previsto art. 33 da Lei 11.343/06 (Lei de Tóxicos) e segue custodiado à disposição da justiça. O adolescente, por sua vez, foi ouvido em Termo Circunstanciado de Ocorrência, na presença dos pais, e liberado em seguida, pelo cometimento dos atos infracionais correspondentes ao crimes previstos no art. 33 da Lei de Tóxicos e no art. 12 da Lei 10826/03 (Estatuto do Desarmamento).
Ascom 16° BPM
Na sequência, em outro ponto do mesmo Bairro, a guarnição apreendeu um adolescente, de 16 anos, com 40 "doloes" da Maconha e uma pistola calibre .380 de marca Smith & Wesson, sem carregador e sem munição.
Os dois envolvidos e todo material foram conduzidos para a delegacia da Cidade. Leonardo foi autuado de acordo com o crime previsto art. 33 da Lei 11.343/06 (Lei de Tóxicos) e segue custodiado à disposição da justiça. O adolescente, por sua vez, foi ouvido em Termo Circunstanciado de Ocorrência, na presença dos pais, e liberado em seguida, pelo cometimento dos atos infracionais correspondentes ao crimes previstos no art. 33 da Lei de Tóxicos e no art. 12 da Lei 10826/03 (Estatuto do Desarmamento).
Ascom 16° BPM
segunda-feira, 14 de março de 2016
Governo reconhece que manifestações foram vigorosas, diz Jaques Wagner
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse nesta segunda-feira (14), que o governo reconhece que as manifestações ocorridas nesse domingo (13) foram “vigorosas”, mas que também foram produzidas por federações de empresas. “O que não tira o seu valor. Nessa manifestação tem uma agenda que considero negativa porque não tem uma proposição. Tem um “tira fulana” e pronto.
Isso não vai resolver o problema do Brasil. Impeachment não é remédio nem para impopularidade nem para crise econômica. De qualquer forma, deve ter animado a oposição”, disse após a reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, o governo não tem “nada de bombástico para anunciar” como resposta às ruas. “O que a gente vai fazer é apressar o que já vem fazendo. Tem vários componentes, mas o componente que considero fundamental é o da economia.
Se a economia estiver apontando desemprego e diminuição da atividade econômica, não há alegria nas pessoas. Se você tem um processo que é de baixa da atividade econômica, evidentemente que há um mau humor no comércio, na casa das pessoas, nas famílias. Este [retomada econômica] é o único remédio que eu acho que tem que ser feito e esse remédio está sendo pensado”, acrescentou à Agência Brasil. Na avaliação de Wagner, os protestos não enfraquecem o governo. “As pessoas que estão indo à rua têm um perfil claramente oposicionista.
Se 51 milhões de pessoas foram às urnas na eleição [de 2014] para ser contra o governo da presidenta Dilma ou do PT, acho que o protesto não enfraquece. É uma parcela [da população]. O que o governo precisa para ter mais gás é a recuperação da economia, a volta da geração de empregos”, completou.
Isso não vai resolver o problema do Brasil. Impeachment não é remédio nem para impopularidade nem para crise econômica. De qualquer forma, deve ter animado a oposição”, disse após a reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff. Segundo o ministro, o governo não tem “nada de bombástico para anunciar” como resposta às ruas. “O que a gente vai fazer é apressar o que já vem fazendo. Tem vários componentes, mas o componente que considero fundamental é o da economia.
Se a economia estiver apontando desemprego e diminuição da atividade econômica, não há alegria nas pessoas. Se você tem um processo que é de baixa da atividade econômica, evidentemente que há um mau humor no comércio, na casa das pessoas, nas famílias. Este [retomada econômica] é o único remédio que eu acho que tem que ser feito e esse remédio está sendo pensado”, acrescentou à Agência Brasil. Na avaliação de Wagner, os protestos não enfraquecem o governo. “As pessoas que estão indo à rua têm um perfil claramente oposicionista.
Se 51 milhões de pessoas foram às urnas na eleição [de 2014] para ser contra o governo da presidenta Dilma ou do PT, acho que o protesto não enfraquece. É uma parcela [da população]. O que o governo precisa para ter mais gás é a recuperação da economia, a volta da geração de empregos”, completou.
Juíza manda denúncia e pedido de prisão de Lula para Moro
A Justiça de São Paulo encaminhou para as mãos do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), a denúncia e o pedido de prisão preventiva feitos pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Lula. A Justiça paulista decidiu que o caso do tríplex no Guarujá (SP) já era alvo da Operação Lava Jato e que os crimes investigados são de esfera federal. A decisão da 4ª Vara Criminal da Capital foi divulgada nesta segunda-feira pelo Tribunal de Justiça do Estado. O Ministério Público paulista vai recorrer.
A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira declinou da competência para atuar no processo e decidiu levantar o sigilo do caso. Em sua decisão, ela escreveu que, conforme Moro, os favores indevidos recebidos pelo ex-presidente têm relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato. Ela citou despacho em que o juiz federal fala em "fundada suspeita de que o ex-presidente teria recebido benefícios materiais, de forma sub-reptícia, de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, especificamente em reformas e benfeitorias de imóveis de sua propriedade".
Leia a íntegra da decisão da juíza da 4ª Vara Criminal da Capital
A referência de Moro a "suspeitas de que o ex-presidente seria o real proprietário de dois imóveis em nome de pessoas interpostas", como o tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, e o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, também foi destacada pela juíza como um dos motivos pelos quais o caso deve tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde está centralizada a maior parte dos processos relacionados à Lava Jato.
"Têm-se que nos processos da Operação Lava Jato são investigadas tanto a cessão do tríplex no Guarujá ao ex-presidente e sua família, bem como as reformas em tal imóvel, (...) e ainda a mesma situação com o notório Sítio na Comarca de Atibaia, ambos no Estado de São Paulo, após minucioso trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal", afirma a juíza, que conclui que "é inegável a vinculação entre todos esses casos da Operação Lava Jato".
"O pretendido nestes autos, no que tange às acusações de prática de delitos chamados de 'lavagem de dinheiro', é trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e pelo MPF, pelo que é inegável a conexão, com interesse probatório entre ambas as demandas, havendo vínculo dos delitos por sua estreita relação", decidiu a juíza.
Os promotores de São Paulo disseram ao site de VEJA que vão recorrer da decisão da juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira. Eles se reúnem ainda nesta segunda para decidir em qual instância podem questionar a remessa dos autos a Moro. "Os crimes antecedentes e a lavagem de dinheiro são de competência estadual, conforme os elementos colhidos na investigação criminal, sem interesse algum da União. Porém, a reforma do tríplex, em Guarujá, e os móveis e eletrodomésticos podem ter ligação ou conexão com os fatos apurados na Operação Lava Jato, mas não são objeto da denúncia apresentada nesta capital", disseram em nota.
Supremo - O ex-presidente Lula havia recorrido diversas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando ser alvo de duas apurações simultâneas, do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público Federal, sobre os mesmos fatos. Isso, segundo a defesa do petista, seria uma afronta à lei porque, no limite, ele estaria sujeito a ser penalizado duas vezes por um mesmo fato. Mas, ao contrário do que entendeu a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, os advogados de Lula argumentavam que ele não deveria ser investigado na Lava Jato, e sim em São Paulo, porque é lá que está localizado o imóvel que o Ministério Público estadual considera alvo de suspeitas - o tríplex no Guarujá.
Em manifestação entregue ao STF, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol defendeu a ideia de que não há conflito de competência nas investigações envolvendo o petista porque o MP em São Paulo e a força-tarefa da Lava Jato estariam lidando com casos diferentes. Os indícios, segundo Dallagnol, são de lavagem de dinheiro com a participação do pecuarista José Carlos Bumlai e de executivos da construtora Odebrecht e da OAS.
Leia a nota dos promotores Ministério Público de São Paulo
Os promotores de Justiça Cassio Roberto Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo vêm informar que tomaram conhecimento nesta data, pela imprensa, da decisão da MMª juíza de Direito da 4ª Vara Criminal Central da Capital de São Paulo de declinação da competência para apreciação da denúncia apresentada no Caso BANCOOP, em face de Luiz Inácio Lula da Silva e outros (Feito 0017018-25.2016.8.26.0050). Embora respeitem a decisão, entendem que a competência seria mesmo do Juízo Criminal desta Capital e não da Vara Federal de Curitiba, pois os fatos têm origem e relação com a Cooperativa Habitacional dos Bancários, aqui sediada, sem ligação alguma com os fatos relativos à Petrobras. Os crimes antecedentes e a lavagem de dinheiro são de competência estadual, conforme os elementos colhidos na investigação criminal, sem interesse algum da União. Porém, a reforma do tríplex, em Guarujá, e os móveis e eletrodomésticos podem ter ligação ou conexão com os fatos apurados na Operação Lava Jato, mas não são objeto da denúncia apresentada nesta Capital. A interposição de eventual recurso será verificada no prazo legal, após a formal intimação.
A juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira declinou da competência para atuar no processo e decidiu levantar o sigilo do caso. Em sua decisão, ela escreveu que, conforme Moro, os favores indevidos recebidos pelo ex-presidente têm relação com as empreiteiras investigadas na Lava Jato. Ela citou despacho em que o juiz federal fala em "fundada suspeita de que o ex-presidente teria recebido benefícios materiais, de forma sub-reptícia, de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, especificamente em reformas e benfeitorias de imóveis de sua propriedade".
Leia a íntegra da decisão da juíza da 4ª Vara Criminal da Capital
A referência de Moro a "suspeitas de que o ex-presidente seria o real proprietário de dois imóveis em nome de pessoas interpostas", como o tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, e o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, também foi destacada pela juíza como um dos motivos pelos quais o caso deve tramitar na 13ª Vara Federal de Curitiba, onde está centralizada a maior parte dos processos relacionados à Lava Jato.
"Têm-se que nos processos da Operação Lava Jato são investigadas tanto a cessão do tríplex no Guarujá ao ex-presidente e sua família, bem como as reformas em tal imóvel, (...) e ainda a mesma situação com o notório Sítio na Comarca de Atibaia, ambos no Estado de São Paulo, após minucioso trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público Federal", afirma a juíza, que conclui que "é inegável a vinculação entre todos esses casos da Operação Lava Jato".
"O pretendido nestes autos, no que tange às acusações de prática de delitos chamados de 'lavagem de dinheiro', é trazer para o âmbito estadual algo que já é objeto de apuração e processamento pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR e pelo MPF, pelo que é inegável a conexão, com interesse probatório entre ambas as demandas, havendo vínculo dos delitos por sua estreita relação", decidiu a juíza.
Os promotores de São Paulo disseram ao site de VEJA que vão recorrer da decisão da juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira. Eles se reúnem ainda nesta segunda para decidir em qual instância podem questionar a remessa dos autos a Moro. "Os crimes antecedentes e a lavagem de dinheiro são de competência estadual, conforme os elementos colhidos na investigação criminal, sem interesse algum da União. Porém, a reforma do tríplex, em Guarujá, e os móveis e eletrodomésticos podem ter ligação ou conexão com os fatos apurados na Operação Lava Jato, mas não são objeto da denúncia apresentada nesta capital", disseram em nota.
Supremo - O ex-presidente Lula havia recorrido diversas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando ser alvo de duas apurações simultâneas, do Ministério Público de São Paulo e do Ministério Público Federal, sobre os mesmos fatos. Isso, segundo a defesa do petista, seria uma afronta à lei porque, no limite, ele estaria sujeito a ser penalizado duas vezes por um mesmo fato. Mas, ao contrário do que entendeu a juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, os advogados de Lula argumentavam que ele não deveria ser investigado na Lava Jato, e sim em São Paulo, porque é lá que está localizado o imóvel que o Ministério Público estadual considera alvo de suspeitas - o tríplex no Guarujá.
Em manifestação entregue ao STF, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol defendeu a ideia de que não há conflito de competência nas investigações envolvendo o petista porque o MP em São Paulo e a força-tarefa da Lava Jato estariam lidando com casos diferentes. Os indícios, segundo Dallagnol, são de lavagem de dinheiro com a participação do pecuarista José Carlos Bumlai e de executivos da construtora Odebrecht e da OAS.
Leia a nota dos promotores Ministério Público de São Paulo
Os promotores de Justiça Cassio Roberto Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique de Moraes Araújo vêm informar que tomaram conhecimento nesta data, pela imprensa, da decisão da MMª juíza de Direito da 4ª Vara Criminal Central da Capital de São Paulo de declinação da competência para apreciação da denúncia apresentada no Caso BANCOOP, em face de Luiz Inácio Lula da Silva e outros (Feito 0017018-25.2016.8.26.0050). Embora respeitem a decisão, entendem que a competência seria mesmo do Juízo Criminal desta Capital e não da Vara Federal de Curitiba, pois os fatos têm origem e relação com a Cooperativa Habitacional dos Bancários, aqui sediada, sem ligação alguma com os fatos relativos à Petrobras. Os crimes antecedentes e a lavagem de dinheiro são de competência estadual, conforme os elementos colhidos na investigação criminal, sem interesse algum da União. Porém, a reforma do tríplex, em Guarujá, e os móveis e eletrodomésticos podem ter ligação ou conexão com os fatos apurados na Operação Lava Jato, mas não são objeto da denúncia apresentada nesta Capital. A interposição de eventual recurso será verificada no prazo legal, após a formal intimação.
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