NOVA RÁDIO CLUBE SERRINHA 24 HORAS NO AR

RADIOS NET:MELHOR PLATAFORMA DE RÁDIOS

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.
DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

segunda-feira, 28 de março de 2016

Brasileiros desejam mais flexibilidade no trabalho, aponta pesquisa CNI/Ibope

Os trabalhadores brasileiros gostariam de ter mais flexibilidade no trabalho. Segundo pesquisa feita em pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, sete em cada dez brasileiros querem horários mais flexíveis, mas apenas 56% têm essa possibilidade hoje e 73% têm o desejo de trabalhar em casa ou em locais alternativos.

A divisão das férias também fez parte da pesquisa e mostrou que 53% gostariam de poder dividir as férias em mais de dois períodos. O número é maior entre os mais jovens: para os trabalhadores entre 16 e 24 anos, 62% gostariam de ter mais períodos de férias.

 Acima dos 55 anos, esse número cai para 44%. Ainda assim, 58% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para reduzir o horário de almoço e sair mais cedo e 63% gostariam de poder entrar em acordo com o chefe para trabalhar mais horas por dia em troca de mais folgas na semana.

 Em meio à crise, a pesquisa perguntou ainda se aceitariam realizar acordos de redução de jornada e salário com o empregador para manter emprego e 43% responderam afirmativamente. Outros 54% não aceitariam a proposta. A pesquisa foi feita de 18 a 21 de setembro de 2015. No total, foram 2002 entrevistas feitas em 140 municípios do país.Fonte:Estadão

Silvio Santos vence ação contra Record e Tom Cavalcante e vai receber R$ 349 mil

Silvio Santos ganhou uma ação que movia desde 2005 contra a Record e Tom Cavalcante. Com a decisão, ele vai receber R$ 349 mil de indenização da emissora de Edir Macedo, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal 'Folha de S. Paulo'.

Ainda segundo a publicação, Tom afirmou não ter conhecimento do desfecho porque a Record assumiu a condução jurídica do caso. Por meio de sua assessoria, ele disse ter uma "relação de respeito e admiração" por Silvio. Já a emissora afirmou que não se manifesta sobre decisões judiciais.

Na época, o apresentador se irritou com imitações suas e sátiras de atrações como "Qual É a Música" e "Show de Calouros". O apresentador alegou "violação do direito de imagem" e conseguiu proibir as imitações de Tom, que saiu da Record em 2011 e está de volta à TV Globo após 11 anos.

Entre Crie sua conta Brasil Assine VEJA MAIS LIDAS Temer se reúne com peemedebistas para fechar questão sobre saída do governo BRASIL Temer se reúne com peemedebistas para fechar questão sobre saída do... Universitária morre após inalar gás de buzina em São José do Rio Preto (SP) BRASIL Universitária morre após inalar gás de buzina em São José do Rio... Divisão do PSDB se acirra em meio à crise BRASIL Divisão do PSDB se acirra em meio à crise Jovem japonesa escapa de cativeiro após passar dois anos sequestrada MUNDO Jovem japonesa escapa de cativeiro após passar dois anos sequestrada Propina pagou Dior e Chanel de mulher e filha de Cunha, aponta denúncia do MP BRASIL Propina pagou Dior e Chanel de mulher e filha de Cunha, aponta... Moro envia ao STF planilha da Odebrecht que cita centenas de políticos BRASIL Moro envia ao STF planilha da Odebrecht que cita centenas de políticos Lula tem plano secreto para evitar prisão: pedir asilo à Itália BRASIL Lula tem plano secreto para evitar prisão: pedir asilo à Itália Caixa aumenta juros para financiamento da casa própria ECONOMIA Caixa aumenta juros para financiamento da casa própria PreviousNext BRASIL MPF denuncia o marqueteiro do PT João Santana e a mulher dele por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa

O Ministério Público Federal do Paraná denunciou, neste sábado, o marqueteiro do PT João Santana, a mulher dele, Monica Moura, e o lobista Zwi Skornicki, apontado como operador de propina da Odebrecht no exterior. Presos desde fevereiro, quando foi deflagrada a 23ª fase da Operação Lava Jato, eles são acusados de terem cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou os três, além de mais cinco investigados na etapa batizada Acarajé. De acordo com as investigações, Santana recebeu 3 milhões de dólares de offshores ligadas à construtora Odebrecht e 4,5 milhões de dólares do lobista e engenheiro representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki. Monica Moura é acusada de dar as coordenadas de duas contas no exterior a Skornicki.

Nesta segunda-feira, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba (PR), enviou os processos referentes à 23ª fase da Lava Jato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso inclui a "superplanilha da Odebrecht", que foi apreendida na casa do ex-presidente de Infraestrutura da construtora Benedicto Barbosa Silva Junior. A planilha indica repasses da construtora a mais de 200 políticos de 24 partidos. Não está claro se os valores foram transferidos legal ou ilegalmente.

O documento inclui citações a políticos no exercício do mandato, que, por isso, têm direito a foro privilegiado. Por essa razão, todo o processo foi remetido por Moro ao Supremo, incluindo a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF).Fonte:Estadão

PMDB está perto de unanimidade pelo desembarque, diz ex-ministro

Um dos aliados mais próximos do vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha afirmou que o PMDB está "muito próximo" de conseguir a unanimidade em favor do rompimento com o governo federal. Desde que garantiram o apoio da ala fluminense do partido, a ala oposicionista da legenda dá como certo o desembarque do governo da presidente Dilma Rousseff. Agora, aliados de Temer passaram a mirar na unanimidade para selar o fim da aliança.

"Temos a certeza absoluta de que vamos desembarcar (do governo). Numa escala de zero a dez, a chance de sair é dez", afirma Padilha, que acompanha as reuniões para combater os últimos focos de resistência governista dentro da sigla.

Segundo Padilha, a prioridade, neste momento, é construir a unidade e, assim, evitar uma votação convencional no encontro do diretório nacional, marcado para esta terça. "Já ouvimos de vários setores que não precisaria ter a votação nem a reunião. Mas, como programamos, vamos manter." A ideia, portanto, é aprovar o rompimento por aclamação.

O acordo com a ala governista deve passar pela definição da data limite para o desembarque oficial do PMDB. Padilha explicou que um grupo do partido defende que o rompimento seja totalmente efetivado amanhã, o que significaria, na prática, deixar de imediato os postos ocupados na administração da presidente Dilma Rousseff. Essa hipótese não é bem aceita pelos governistas, principalmente os que ocupam cargos no primeiro escalão - o PMDB tem sete ministros no governo.

"Não se pode imaginar que amanhã de tarde alguém vai lá e deixa de ser ministro. Não é assim. Eu já fui ministro e sei como são as coisas. Acho que alguns dias, algum prazinho tem que ser dado", disse Padilha. Ele confirmou, como já haviam dito outros interlocutores de Temer, que o consenso caminha para a data limite de 12 de abril.

Esta data respeita o que foi definido na convenção do PMDB, em 12 de março, na qual se estabeleceu um período de 30 dias para a definição sobre a aliança com o governo. Depois, contudo, Temer decidiu encurtar o prazo e antecipou a reunião do diretório nacional para esta terça. Manter o dia 12 de abril como data limite para o abandono dos cargos seria uma maneira de contentar governistas e, ao mesmo tempo, seguir em parte o que foi determinado na convenção.

"Me parece que aí tem um ponto de encontro dos dois grupos. Mas este é o trabalho do dia (de hoje), é nisso que estamos trabalhando, visto que nós queremos ver se vai amanhã para aclamação, com uma unidade absoluta", resumiu Eliseu Padilha.

Em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, também nesta segunda-feira, o ex-ministro comentou os peemedebistas que desejarem permanecer no governo terão duas opções: partir para a desfiliação do PMDB ou sofrer processo na comissão de ética da legenda.

Lula em Brasília - O ex-presidente Lula embarca para Brasília na tarde desta segunda acompanhado do presidente do PT, Rui Falcão. Mais cedo, em entrevista coletiva à imprensa internacional, Lula disse que pretendia conversar ainda hoje com interlocutores do PMDB para tentar contornar o desembarque da legenda do governo Dilma. "Vou para Brasília conversar com muita gente do PMDB", disse Lula, segundo jornalistas que participaram da entrevista, destacando que pretende conversar também com o vice-presidente da República, Michel Temer.

Lula lembrou que o PMDB tem autonomia regional, destacando "a gente nunca teve todo o PMDB". Na mesma entrevista, que durou cerca de duas horas, o petista disse que vê com "muita tristeza" a possibilidade de a sigla deixar a atual gestão federal. Ele, no entanto, relativizou o impacto dessa possibilidade, dizendo que é possível "haver uma espécie de coalizão" sem a concordância cúpula peemedebista.Fonte:Veja

OAB oficializa novo pedido de impeachment de Dilma

Sob protestos de militantes do PT arregimentados por deputados do partido, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou na tarde desta segunda-feira na Câmara dos Deputados um novo pedido de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. A documentação será encaminhada para a apreciação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Quando chegou à Câmara portando os seis volumes que em 1.453 páginas compõem o pedido de impeachment, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, foi recebido com protestos e vaias de servidores petistas e militantes da União da Juventude Socialista (UJS), um dos movimentos sociais que apoiam o governo Dilma. Alvo de tentativas de agressão, Lamachia foi isolado dentro do elevador privativo dos deputados. Ele chegou à Câmara acompanhado de presidentes das 27 seccionais da OAB e de 81 conselheiros federais. Um advogado recebeu chutes, fora da Câmara, desferidos por militantes estudantis defensores do governo. Militantes e advogados também trocaram tapas e xingamentos nos corredores da Câmara.

Por causa do tumulto, Lamachia não conseguiu chegar até a seção de protocolo da Câmara e entregou a denúncia contra Dilma ao secretário-geral da Mesa Diretora, Silvio Avelino da Silva. A OAB optou por não protocolar o documento na Presidência da Câmara - Lamachia disse que não se encontrou com Cunha por defender o afastamento do peemedebista, réu na Lava Jato, e que não reconhece legitimidade no parlamentar, também processado no Conselho de Ética da Casa.

"A sociedade e a OAB esperam celeridade na apuração de todos esses fatos e que este ódio que está instalado diminua. Não podemos colocar uma classe contra a outra. Vivemos num Estado Democrático de Direito e a nossa democracia tem que ser respeitada", disse Lamachia.

No início da tarde desta segunda-feira, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Elvino Bhon Gass (PT-RS) andavam pelos corredores da Câmara acompanhados de servidores comissionados e militantes com faixas e gritos contra o impeachment. O grupo era integrado, entre outros, pelo agitador petista Rodrigo Grassi, o Pilha, ex-assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) com longa ficha na Polícia Legislativa, o grupo gritava "Não vai ter golpe" e "A OAB apoiou a ditadura". Advogados responderam com gritos de "Justiça" e entoaram o Hino Nacional.

Mais cedo, Lamachia recebeu na sede da OAB em Brasília um grupo de advogados que discorda do apoio ao impeachment e cobrava uma consulta nacional a todos os integrantes da ordem. Eles protestaram com cartazes em frente ao prédio da OAB. "Isso deve ser encarado como uma divergência, não como um racha na OAB", ponderou o presidente da entidade.

Condutas - A nova denúncia por crime de responsabilidade tem por base, além das pedaladas fiscais de 2014 e 2015, a tentativa de nomear o ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil para blindá-lo (com foro privilegiado) de um pedido de prisão preventiva, acusações da delação premiada do senador e ex-líder do governo Dilma Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e a renúncia fiscal em favor da FIFA na Copa do Mundo de 2014. Para a OAB, crimes de responsabilidade do mantado anterior podem ser considerados no atual, uma vez que Dilma foi reeleita.

Os advogados também entenderam que o Executivo tentou interferir na Lava Jato por meio de pressão a ministros do Superior Tribunal de Justiça, conforme delatou Delcídio.
No último dia 18, o conselho federal da OAB aprovou em plenário, após mais de dez horas de reunião, o apoio ao impeachment da presidente por 26 votos a 2 - os únicos contrários foram do membro honorário Marcelo Lavenère, representante de ex-presidentes, e da seccional do Pará.

O presidente da OAB afirmou que a decisão foi democrática, tomada pelos representantes eleitos das 27 seccionais e que portanto não há divisão na entidade. "A OAB envolveu mais de 5.000 dirigentes da Ordem e os 27 Estados. A decisão é absolutamente técnica", disse Lamachia. "A questão política e partidária, as ideologias não nos pertencem. A OAB não é do governo e não é da oposição."

Na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia dito que não despacharia de imediato o pedido da OAB, entidade com a qual sempre travou batalhas particulares durante sua trajetória como deputado - Cunha é, por exemplo, ferrenho defensor do fim do exame da ordem. Lamachia disse que caberá aos parlamentares apreciar as questões técnicas e decidir a conveniência de se apensar ou não a nova denúncia ao processo já em tramitação no Legislativo, ajuizado pelos juristas Miguel Reale Jr, Hélio Bicudo e Janaina Paschoal.Fonte:Veja

Parte de movimentos sociais já admite queda de Dilma

Parte das lideranças dos movimentos sociais já admite, em reservado, que a queda da presidente Dilma Rousseff parece inevitável. Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, as manifestações, no entanto, continuarão a ser realizadas para “marcar posição”, de forma a oferecer uma agenda de esquerda do vice-presidente, Michel Temer, assumir o governo.

Outra parte dos movimentos sociais discorda que o governo Dilma tenha destino já fechado, e apostam na expressividade dos protestos do último dia 18, que indicariam ser possível envolver “novos atores”.

 “Só acaba quando termina”, diz um líder de movimento social, em menção à perspectiva de que as manifestações devem prosseguir até a votação do impeachment. Apesar de  conformados, o setor que aposta na queda avalia que o esforço de Lila junto aos movimentos e aos sindicatos “revigorou os ânimos”, apesar de não ter sido suficiente para reverter votos de deputados favoráveis ao impedimento.Fonte:Bahia Noticias

Empresas e países fazem 'corrida' contra o zika

Quase 70 anos depois de ter sido identificado na África, o vírus zika mobiliza de forma inédita a comunidade internacional em busca de uma solução. Esquecido por décadas, o vírus apenas passou a ser alvo de atenção depois dos casos de microcefalia no Brasil e diante da constatação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que até 4 milhões de pessoas poderiam ser afetadas apenas nas Américas em 2016.

Uma corrida foi lançada em institutos de pesquisa e em multinacionais em busca de novos produtos. Se durante anos os incentivos econômicos eram inexistentes para produzir alguma resposta, hoje as empresas sabem que quem chegar primeiro será amplamente recompensado por um mercado ávido por qualquer novidade no combate ao zika ou ao mosquito Aedes aegypti. Documentos internos da OMS obtidos pela reportagem revelam a dimensão da corrida.

 No total, 96 companhias e institutos têm se lançado na busca por soluções para o vírus zika - 31 instrumentos de diagnósticos têm sido pesquisados, além de 27 vacinas, 8 produtos de terapia e 10 novos instrumentos de controle do vetor. Levantamento da OMS mostra que a participação de países emergentes tem sido importante, ainda que limitada à busca por novas formas de controlar o mosquito.

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos estão concentrados nos países ricos. Das 27 iniciativas de desenvolver uma vacina, apenas quatro estão em países em desenvolvimento. Com um custo que pode chegar a até US$ 500 milhões, a pesquisa nesse campo tem ocorrido principalmente nos Estados Unidos. Governos europeus também já indicam que estão dispostos a investir.

 O comissário de Pesquisas da Comissão Europeia, Carlos Moedas, destinou € 10 milhões para o projeto, além de € 1,5 milhão do Reino Unido."Se a relação entre a microcefalia e o vírus for provada, o dinheiro poderia ser usado para combater o zika e desenvolver novos produtos", disse. Laboratórios, porém, estão enfrentando um grande problema: a falta de amostras para pesquisa, o que leva a suspeitas da existência de um mercado paralelo.

"Há uma penúria de amostras", disse à reportagem Marie Paul Kieny, vice-diretora da OMS. Em fevereiro, o Conselho de Pesquisas Médicas da Índia pediu amostras para a OMS, indicando que estava com pesquisas avançadas para desenvolver um diagnóstico rápido. Precisava, porém, do material. Em Cingapura, o Instituto de Bioinformática também se queixa do problema.

 "Ter acesso às amostras e a informações é hoje o grande desafio", diz Sebastian Maurer-Stroh, diretor do centro, que também tenta desenvolver novos produtos. Marie Kieny, da OMS, diz não acreditar em contrabando. Mas fontes de alto escalão de duas instituições diferentes de pesquisas na América do Sul indicaram, na condição de anonimato, que a lei brasileira que impede que amostras do vírus zika sejam compartilhadas no exterior já estaria criando uma rede de contrabando, permitindo que amostras sejam levadas do País para outros centros de pesquisas pelo mundo. Pelas regras, o Brasil impede qualquer tipo de envio de amostras de vírus para o exterior e o compartilhamento acontece apenas em casos específicos, com acordos preestabelecidos. O País, por exemplo, chegou a mandar amostras para a OMS.

 Além disso, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos enviou uma equipe para o Brasil e levou quatro amostras, todas testadas. Para o presidente do Instituto Butantã, Jorge Kalil, o Brasil está disposto a colaborar. Mas sempre que puder ter um acordo claro de como o País vai ter uma participação nos lucros das futuras pesquisas no exterior. "Precisamos estar protegidos para evitar que, depois de colaborar, tenhamos de comprar o produto no futuro daquela entidade que usou nossas amostras", afirmou Kalil. "Precisamos fazer acordos de colaboração, e não apenas mandar amostras", disse.

 Não seria a primeira vez que um país emergente acabaria tendo de comprar um remédio fabricado com base em material que forneceu. Há dez anos, a Indonésia abriu uma queixa formal ao se deparar com o fato de que estava sendo obrigada a comprar uma vacina de uma empresa que havia usado justamente suas amostras para chegar ao resultado. A ação dos asiáticos levou a OMS a formular uma nova regra para o compartilhamento de dados. Margaret Chan, diretora-geral da OMS, já saiu em defesa do governo brasileiro.

"O Brasil está disposto a compartilhar amostras com entidades, com a participação da OMS", diz. Enquanto uma solução não chega, os pesquisadores já começam a diversificar a busca pelas amostras. O próximo destino da ofensiva é a Colômbia, onde a OMS observa com cuidado para avaliar se existe uma explosão de casos de microcefalia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sete entidades se reúnem em frente ao Incra; órgão quer discutir pautas

Representante de sete entidades estão reunidas em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O grupo, que chegou ao local em sete ônibus, soma cerca de 500 pessoas, segundo informações do órgão. Participam do ato a União da Resistência Camponesa (URC), Movimento dos Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas da Bahia (CETA), Movimento Teia, Pastoral Rural, Movimento pelo Teto e pela Terra, Frente dos Trabalhadores Livres (FTL) e Movimento de Luta pela Terra (MLT). Segundo as lideranças, ainda são aguardados integrantes do Movimento de Resistência Camponesa (MRC) e do Movimento dos Trabalhadores Independentes (MTI). O órgão informou ainda que se disponibilizou para receber representantes das entidades para reunião às 11h30, mas por enquanto os manifestantes não se apresentaram para o encontro e não apresentaram a pauta da reunião. Fonte:Bahia Noticias

Moro encaminha investigações da 23ª e da 26ª fase da Lava Jato ao STF

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações da 23ª e 26ª fases da Operação Lava Jato, batizadas de Acarajé e Xepa. O despacho com a decisão foi assinado por Moro na manhã desta segunda-feira (28). Os documentos referentes a essas duas fases estão em sigilo.

Entre os documentos que foram colocados sob sigilo estão planilhas apreendidas na residência de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Construtora Norberto Odebrecht. Segundo Moro, os documentos identificam pagamentos a autoridades com foro privilegiado. Para o juiz, é prematura qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos que fazem parte da planilha.

Operação Acarajé
A 26ª fase foi deflagrada como decorrência das investigações da 23ª etapa, denominada "Acarajé". Segundo as investigações, essa palavra era um dos codinomes utilizados por funcionários da Odebrecht para o pagamento de propina em espécie. Além de funcionários da empreiteira, também foram presos o marquteiro do PT João Santana e a mulher dele, Monica Moura.

O casal é suspeito de receber dinheiro desviado da Petrobras em uma conta não declarada no exterior, e também no Brasil. Santana é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

As investigações apontaram que Santana e Moura receberam em conta não declarada no exterior US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht. Já no Brasil, os investigadores encontraram uma planilha com Maria Lúcia Tavares, ex-funcionária da empreiteira, que faz referências a pagamentos de R$ 22,5 milhões a alguém de codinome "Feira".

Segundo a ex-funcionária, que também foi presa nesta fase e virou delatora da operação, "Feira" era o codinome utilizado para Monica Moura, em um jogo de palavras com o sobrenome do marqueteiro e a cidade de Feira de Santana. João Santana e Monica Moura seguem presos preventivamente em Curitiba.

Foi nesta fase, também, que a PF prendeu o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa Júnior e apreendeu, na residência dele, uma planilha com referências a pagamentos para políticos de diversos partidos. Esta é a planilha a que Moro faz referência ao justificar o envio ao STF.

Operação Xepa
A delação de Maria Lúcia Tavares embasou a deflagração da fase "Xepa", que descobriu o “Setor de Operações Estruturadas” da Odebrecht. De acordo com a polícia, se tratava de um departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de valores ilícitos.

O MPF afirma que os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a Polícia Federal (PF), estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertecente à contabilidade paralela da empresa.

Além do estádio, a operação também investiga irregularidades no Canal do Sertão, na Supervias, no Aeroporto de Goiânia e na Trensurb, do Rio Grande do Sul.

“Se chegou a observar R$ 9 milhões de um dia para outro em dinheiro em espécie”, disse a procuradora do Ministério Público Federal (MPF) Laura Gonçalves Tesser. Os pagamentos ilegais ocorreram já com mais de um ano da Lava Jato em curso.Fonte:G1

O PREGÃO DO DILMÃO – Presidente decidiu leiloar o Brasil para tentar ficar no cargo. Quem dá mais?

O PMDB desembarca do governo nesta terça. E a ainda presidente Dilma Rousseff teve uma ideia para tentar se manter no cargo, hoje seu único plano estratégico: lotear o Brasil. É, não estou brincando, não.

Segundo informa a Folha nesta segunda, a, digamos, estratégia foi definida na noite deste domingo pelo comando político do Planalto. Com o PMDB fora do governo, a presidente teria à sua disposição ao menos 500 cargos.

E o que fazer com eles? Ora, pô-los à venda? Está lançado o Pregão do Dilmão: “Quem quer a Funasa, aquela fundação que deveria cuidar da saúde dos brasileiros, mas que será posta a serviço da saúde de Dilma?”. Aí um ou outro podem gritar: “Eeeuuu!!!”. E tome a Funasa, desde que o partido contemplado vote contra a instalação do processo de impeachment. Pode acabar nas mãos do nanico PTN, que tem apenas dez deputados.

Mas que Funasa o quê! O próprio Ministério da Saúde pode ficar dando sopa. E lá vai Dilma com o martelinho na mão: “Quantos votos vocês me dão por este ministério com orçamento bilionário? Vocês sabem que esse negócio de lidar com mosquitos e mosquitas é papo furado. Estou entregando mesmo é uma sinecura. Quem quer?”.

O PSD de Gilberto Kassab virou noiva das mais cobiçadas, com seus 32 deputados. O problema é que, tudo indica, poucos estariam dispostos a embarcar numa canoa que há muito é dada por todos como furada. Um deputado do partido, Rogério Rosso (DF), presidente da Comissão do Impeachment, é considerado um voto certo em favor da abertura do processo.

Aliás, esse é outro fator que levou o governo a tomar a medida extrema de leiloar o país. Dilma considera certa a sua derrota na comissão. Então tenta impedir a todo custo que os defensores do impeachment conquistem os 342 votos. E que se note: de fato, o governo não precisa dos tais 172. Basta que o outro lado não conquiste os dois terços.

Qualquer ausência à votação já pode valer uma diretoria de estatal, por exemplo. A isso Dilma reduziu o Brasil. Nada menos de 25 partidos estarão presentes à sessão que vai definir o destino da presidente. Os quatro partidos oficialmente de oposição somam apenas 99 votos: PSDB (53), DEM (21), SD (15) e PPS (10). Caso se juntem os 34 do PSB, que migrou oficialmente para a oposição, chega-se a 124.

O impeachment, que é dado como certo por nove entre dez observadores, será uma obra compartilhada, pois, com partidos da base.
Vai dar certo?

Dilma será bem-sucedida na tentativa de leiloar o Brasil? Não creio, não. E a razão é simples. Parece que novas pancadas vêm por aí na Lava Jato. O país continua parado, e os agentes econômicos decidiram que, definitivamente, com Dilma, não há solução. A crise econômica e a crise política permanente podem empurrar o país para o esgarçamento social. Nenhum povo é de ferro, certo?

Há mais: ainda que essa denúncia não conquistasse os 342 votos, o resultado seria amplamente majoritário em favor do impeachment. E aí está dada a ingovernabilidade. Não se esqueçam de que as escabrosidades contadas por Delcídio do Amaral estão fora da denúncia em curso. Mas poderão integrar uma outra.

E há o lado pragmático, não? Se Dilma sobrevivesse, seria a certeza da crise permanente, com o risco do caos social — sem contar, meus caros, que a votação será aberta. Um eventual governo Michel Temer representa ao menos a chance de alguma estabilidade.

Fazendo uma ironia, diria que não se deve desconfiar do senso de sobrevivência da fisiologia.
Com a decisão de fazer o “Pregão do Dilmão”, a presidente desce um pouquinho mais a ladeira.Fonte:Reinaldo Azevedo

Propina pagou Dior e Chanel de mulher e filha de Cunha, aponta denúncia do MP

Denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aponta que compras de luxo da mulher e da filha do deputado no exterior "foram pagas com parte do dinheiro de propina". Os gastos de Claudia Cruz e Danielle Dytz da Cunha Doctorovich com marcas de renome como Chanel, Dior, Balenciaga e Louis Vuitton somam cerca de 86.000 dólares, entre dezembro de 2012 e julho de 2015, e serão investigados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba (PR).

Os processos de Claudia e Danielle estão sob a tutela do juiz federal Sergio Moro. O próprio Eduardo Cunha já foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Como não são detentoras de foro privilegiado, a mulher e a filha do peemedebista agora estão sob investigação dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato.

Em janeiro de 2014, durante estadia em Paris, Claudia Cruz gastou 17.483,84 dólares em três dias. Foram 7.707,37 dólares na loja da Chanel, 2.646,05 dólares na Christian Dior, 4.184,94 dólares na Charvet Place Vendôme e 2.945,48 dólares na Balenciaga.

"Todos estes valores foram pagos com parte do dinheiro de propina recebido por Eduardo Cunha", diz a denúncia sobre os valores relacionado ao próprio presidente da Câmara, sua mulher e sua filha. "As despesas pagas em cartão de crédito com as quantias ilícitas recebidas podem se verificadas nos extratos dos cartões de créditos da Corner Card. Referidos extratos demonstram despesas completamente incompatíveis com os lícitos declarados do denunciado e de seus familiares."

Segundo a Procuradoria-Geral da República, Claudia Cruz e Danielle Dytz se favoreceram de valores de uma propina superior a 5 milhões de dólares que Eduardo Cunha recebeu "por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras".

A investigação aponta que Claudia Cruz é a única titular da conta Kopec, na Suíça - pela qual "transitou dinheiro ilícito". Desta mesma conta aparece como beneficiária do cartão de crédito, segundo a Procuradoria, Danielle Dytz. A denúncia sustenta que o rastreamento do cartão de crédito mostra gastos sequenciais de grandes valores em restaurantes, hospedagens e viagens ao exterior.

Os processos contra Claudia Cruz e Danielle Dytz foram enviados a Sergio Moro no último dia 15, pelo ministro do STF Teori Zavascki. A determinação atendeu a uma manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a justificativa de que elas não têm foro privilegiado para serem investigadas pelo Supremo.

Janot, ofereceu denúncia contra Cunha em 4 de março pelo recebimento de propina na Suíça, em valor superior a 5 milhões de dólares, por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras. Segundo a acusação, o dinheiro é fruto de corrupção e houve lavagem de dinheiro. A denúncia sustenta que Cunha atuou para garantir a manutenção do esquema ilícito na Diretoria Internacional da Petrobras e para facilitar e não colocar obstáculos na aquisição do Bloco de Benin.

O bloco foi adquirido da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH), por 34,5 milhões de dólares (138.345 milhões de reais). A acusação aponta que Cunha era um dos responsáveis do PMDB pela indicação e manutenção do então diretor da Área Internacional no cargo, Jorge Zelada, e por isso recebia um porcentual dos negócios.

O processo foi transferido do Ministério Público Suíço para a Procuradoria-Geral da República do Brasil considerando que o deputado é brasileiro, está no país e não poderia ser extraditado para a Suíça. Além disso, como a maioria das infrações foi praticadas no Brasil, a persecução penal será mais eficiente no território nacional. Para a Procuradoria-Geral, a documentação enviada pela Suíça permite compreender todo o esquema.

"A parte da investigação referente a Claudia Cruz foi remetida ao primeiro grau e está sob sigilo, razão pela qual não podemos tratar do mérito. Porém, esclarecemos que Claudia Cruz nada tem a ocultar, já apresentou as declarações de seus bens e está à disposição da Justiça para esclarecer tudo o que for necessário, já que não praticou delito algum", disse a defesa da esposa de Cunha.

Os advogados que defendem Danielle Dytz não retornaram contato feito pela reportagem. Em 8 de março, em petição ao Supremo Tribunal Federal, a defesa de Danielle sustentou que a filha de Eduardo Cunha "é apenas indicada como beneficiária da conta Kopek, cuja titularidade é atribuída a sua madrasta, e que teria sido, segundo a acusação, alimentada com valores transferidos a partir de outras contas controladas por seu pai".
(Com Estadão Conteúdo)

16° BPM declara tolerância zero à Poluição Sonora e à Perturbação do Sossego Alheio


A noite desta sexta-feira (25), em Serrinha, foi bastante movimentada na Central de Operações do Décimo Sexto Batalhão de Polícia Militar, em função de ações voltadas para a coibição da prática de Poluição Sonora e de Perturbação do Sossego Alheio, causadas, principalmente, pelos equipamentos de som automotivos.

As ações, que englobaram tanto a zona rural quanto a sede da Cidade, resultaram na retenção de dois veículos na Delegacia local, uma Picape Ranger e uma Picape Saveiro, e na apreensão de nove graves, quatorze cornetas, oito Tweters, doze médios, seis módulos, equalizadores de som, entre outros equipamentos do gênero. Outra caminhonete, que não ficou retida, teve apenas a aparelhagem de som apreendida.

As apreensões tiveram como desdobramento a lavratura de dois Termos Circunstanciados de Ocorrências, em razão da contravenção penal prevista no artigo 42 do Decreto Lei 3688/41; uma autuação por desacato; e uma condução onde os envolvidos, além de autuados em flagrante por estarem dirigindo sob efeito de álcool, foram acusados de perturbação do sossego alheio, desacato, desobediência, resistência à prisão, injúria e ameaça. Ao todo foram conduzidas à delegacia seis pessoas.

Ascom 16° BPM

Emprego e renda devem se deteriorar em 2016. Setor de serviços será mais afetado

Os dados sobre desemprego divulgados na última semana revelam uma mudança do perfil do ajuste no mercado de trabalho brasileiro, reflexo direto da recessão econômica. As estatísticas apontam para o aumento no número de demissões em 2016, além do encolhimento ainda maior na renda dos trabalhadores. Economistas ouvidos pela Agência Estado afirmam que este movimento se dará principalmente porque o setor de serviços, que se manteve resiliente por muitos meses, dá sinais mais evidentes de fraqueza. Por contratar grandes contingentes de trabalhadores, a deterioração do emprego neste segmento será determinante para o avanço da taxa de desocupação para a casa dos 12% ainda neste ano.

Na passagem de janeiro para fevereiro, o desemprego avançou de 7,6% para 8,2% nas seis principais regiões metropolitanas do país, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Natalia Cotarelli, economista do banco ABC Brasil, a queda cada vez mais forte na atividade econômica é a responsável pelo maior número de cortes de empregados. Em fevereiro, a população ocupada caiu 3,6% na comparação com igual mês de 2015, um tombo recorde. "Isso mostra que a recessão deve impactar o emprego neste ano de forma muito mais negativa do que aconteceu no ano passado", estima Natália.

Por trás do aumento nas demissões, está a desaceleração mais intensa no setor de serviços. Por ser intensivo em mão de obra, a deterioração deste segmento acarretará no fechamento ainda maior de vagas nos próximos meses. O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, considera que esta é uma mudança no perfil do ajuste que o mercado de trabalho atravessa, já que ao longo de 2015, a alta na taxa de desocupação foi resultado, principalmente, da maior quantidade de pessoas procurando emprego, expandido a População Economicamente Ativa (PEA).

Para Vieira, as demissões devem crescer nos próximos meses devido ao cenário de forte incerteza ligado às indefinições dos rumos políticos do país. Rafael Leão, economista-chefe da Parallaxis Consultoria, concorda e considera que o ajuste no emprego seguirá "a pleno vapor" ao longo do primeiro semestre e afetará a renda dos brasileiros ainda com mais força. "Em fevereiro, todos os oito segmentos da atividade registraram queda na renda média na comparação anual", destacou.

De acordo com o IBGE, o rendimento médio dos trabalhadores recuou 1,5% na margem e despencou 7,5% na comparação com fevereiro de 2015. Já a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,8 bilhões em fevereiro, número 11,2% inferior ao do mesmo mês do ano passado. "Isso representa cerca de R$ 7 bilhões a menos circulando nas seis capitais pesquisadas pela PME", calcula o economista-chefe da Parallaxis. A pesquisa abrange as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Recife.

Natália, do banco ABC Brasil, considera que o recuo na renda reforça a percepção de que a situação do brasileiro é "bastante complicada", mesmo para aqueles que continuam empregados. A especialista, pondera, no entanto, que a queda da renda tem sido mais intensa nas metrópoles que no interior. Em contraste com a retração de 7,5% na comparação interanual revelada pela PME, a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) Contínua mostrou uma diminuição de 2,0% na renda média no trimestre encerrado em dezembro de 2015, o último dado disponível, ante igual período de 2014.

A partir do próximo mês não será mais possível comparar a situação do mercado de trabalho das metrópoles com a do país como um todo. As informações de fevereiro foram as últimas divulgadas da PME, que passa a ser substituída pela Pnad Contínua, que conta com informações de 3,5 mil cidades do país. O desemprego medido por este levantamento ficou em 9,0% no quarto trimestre de 2015. Rafael Leão, da Parallaxis, estima que a taxa deve atingir o pico de 12,0% em novembro deste ano e se estabilizar em um nível elevado no segundo trimestre do ano que vem.
(Com Estadão Conteúdo)

domingo, 27 de março de 2016

OAB recebe denúncia de entidades médicas de mortes evitáveis no SUS

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) entregaram ao presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, uma denúncia sobre milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em todo o país, por falta de medicamento e infraestrutura.

 “O dinheiro que entra pelo ralo da corrupção deveria ser investido em todas as áreas sociais. Os senhores aqui me trazem exemplos contumazes de que a saúde é uma das áreas mais afetadas. Em resumo, significa dizer que a corrupção tem tirado vidas”, diz Lamachia. O presidente do CFM, Carlos Vital, lembrou a infraestrutura precária dos hospitais públicos no País.

“São questões primárias da atenção à saúde que estão em falta. Faltam quimioterápicos nos protocolos básicos, condições de acesso à hemodiálise, à radioterapia, à atenção à maternidade infantil, e os pacientes simplesmente morrem. Diariamente, são ceifadas vidas de cidadãos por causas absolutamente evitáveis”, frisou Vital.

Já o diretor jurídico da AMB, Carlos Michaelis Júnior, diz que “as mazelas na saúde pública e o despreparo do governo federal em lidar com tais questões emergenciais são lamentáveis, razões que poderiam sem quaisquer dúvidas estear o descontentamento social com o poder público”.Fonte:Bahia Noticias

Conexão brasileira é uma das mais lentas do continente, afirma consultoria

A internet do brasileiro é uma das piores do mundo. A informação é da consultoria norte-americana Akamai. Segundo o levantamento, o país é apenas o sétimo colocado na lista que avalia a velocidade média de internet na América do Sul. Os números foram registrados durante 2015. O levantamento mostra que a conexão brasileira atinge uma velocidade média de 4,1 Mbps, contra 6,2 Mbps do Uruguai, líder no continente.

Os outros vizinhos sul-americanos na frente do Brasil são: Chile (6,1 Mbps), Argentina (4,7 Mbps), Peru (4,5 Mbps), Colômbia (4,5 Mbps) e Equador (4,4 Mbps). Por sua vez, a Bolívia apresenta velocidade de 2 Mbps, enquanto Venezuela e Paraguai têm média de apenas 1,6 Mbps. Para efeito de comparação, a líder mundial Coreia do Sul entrega conexões de 26,7 Mbps, a Suécia, em segundo, 19,1 Mbps e a Noruega completa o pódio com velocidade média de internet de 18,8 Mbps.

Os Estados Unidos ocupam somente a vigésima posição global com 14,4 Mbps. Na conexão realizada por smartphones, tablets e outros dispositivos que utilizam pacotes de dados, o Brasil está empatado com Colômbia e Peru com conexões médias de 3,2 Mbps. O país só está atrás do Paraguai que registra 5,7 Mbps. O líder mundial é o Reino Unido com 26,6 Mbps.Fonte:Bahia Noticias

Temer rejeitou ligações de Lula, diz colunista

O vice-presidente Michel Temer não estaria muito interessado em conversas com o Palácio do Planalto. Além da relação instável com a presidente Dilma Rousseff, o presidente do PMDB também não quer envolvimento com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Lula comentou na semana passada que ligou duas vezes para Temer, mas o vice não atendeu. O comentário foi feito durante encontro com os peemedebistas Renan Calheiros e José Sarney em Brasília. Ainda segundo o colunista, o ex-ministro Eunício Oliveira também foi convidado para a reunião, mas não apareceu.

Wagner Barreto vence primeira temporada do The Voice Kids

O cantor mirim Wagner Barreto foi o grande campeão da primeira temporada do programa The Voice Kids, da Globo. O jovem fez parte do time da dupla Victor e Léo e encantou 66% do público com suas apresentações de música sertaneja. Wagner competia com as cantoras Rafa Gomes, do time de Carlinhos Brown, e Pérola Crepaldi, a eleita por Ivete Sangalo. O vencedor desta temporada tem 15 anos e veio da comunidade de Ilha Floresta, no Paraná.

Deficiente visual é preso por dirigir motocicleta embriagado e sem habilitação na Bahia

Um deficiente visual foi preso na Chapada Diamantina ao ser flagrado enquanto dirigia uma motocicleta embriagado e sem habilitação. O caso ocorreu na última sexta-feira (25), na BR-242, próximo ao município de Seabra. De acordo com a Polícia Federal, os policiais perceberam que o homem apresentava sinais de embriaguez, que foi comprovada após teste do bafômetro. O homem foi detido e deve responder pelos crimes de embriaguez ao volante e dirigir sem habilitação, gerando perigo.Fonte:Bahia Noticias

Definidos os semifinalistas do Baianão 2016; Colo Colo e Feirense são rebaixados

O domingo (27) foi de fortes emoções para oito equipes do Campeonato Baiano 2016. Enquanto a competição conheceu os seus dois últimos semifinalistas, duas outras agremiações deram adeus a primeira divisão estadual de futebol.

Jogando em casa o Bahia venceu o Bahia de Feira por 2 a 1 e confirmou a sua vaga para a próxima fase do Baianão. Com o resultado, o Tricolor da Boa Terra enfrentará nas semifinais o Fluminense de Feira, que já havia se classificado mesmo sendo derrotado pelo Galícia por 1 a 0 no último sábado (26). Mesmo sem local definido para o confronto de ida, o Touro do Sertão sabe que terá que superar a vantagem do seu rival, que joga por um empate na soma do resultado agregado dos dois confrontos.

A última vaga das semifinais ficou com a Juazeirense, que mesmo sendo derrotada pelo Jacobina por 1 a 0 no José Rocha conseguiu ultrapassar o adversário na soma dos resultados, onde derrotou o Jegue da Chapada por 2 a 0 no primeiro confronto. Agora, o Cancão de Fogo enfrenta o Vitória e também terá que superar a vantagem do Leão da Barra, que tem melhor campanha que a equipe do Vale do São Francisco.

Na luta contra o rebaixamento, Jacuipense e Vitória da Conquista conseguiram se manter na elite estadual ao vencerem, respectivamente, Feirense e Colo Colo no Torneio da Morte. Enquanto o Leão do Sisal voltou a derrotar a Águia do Sertão, o Bode fez valer o seu favoritismo ao triunfar perante o Tigre de Ilhéus por 2 a 1 no Lomantão.

Confira agora os confrontos da próxima fase do Baianão 2016:

Campeonato Baiano – Semifinais

Jogos de Ida

Fluminense de Feira x Bahia
Juazeirense x Vitória

Jogos de volta

Bahia x Fluminense de Feira
Vitória x Juazeirense

Fonte:Bahia Noticias

PT e movimentos sociais já discutem atuação na oposição

O PT e os movimentos sociais e sindicais contrários ao impeachment não admitem publicamente que o afastamento da presidente Dilma Rousseff é cada dia mais provável, mas já apontam o discurso caso o vice-presidente Michel Temer assuma o Planalto. Um dos pontos do discurso anti-Temer é o programa "Uma Ponte para o Futuro", apresentado pelo PMDB no ano passado, que propõe desvinculação de receitas orçamentárias da educação e saúde, mudanças na Previdência Social, entre outras medidas que desagradam a base petista. "Vai ser pior do que foi o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. O povo não vai aceitar retrocesso em direitos conquistados, como propõe o programa do PMDB", diz Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP).

O presidente do PT, Rui Falcão, disse na quinta-feira que uma eventual gestão Temer não trará de volta a estabilidade política. "Eles (movimentos sociais) vão à rua dizendo que não haverá estabilidade com o impeachment, estabilidade se faz com paz, com a possibilidade de o povo se organizar livremente e poder chegar às eleições de 2018 que é a data legítima para quem quer assumir o poder", afirmou o dirigente petista.

Líderes de movimentos que defendem a manutenção de Dilma, como o Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e CMP, também afirmaram nos últimos dias que vão para as ruas caso o peemedebista assuma o governo. Guilherme Boulos, do MTST, prometeu resistência nas ruas caso o impeachment seja aprovado, enquanto Gilmar Mauro, do MST, afirmou na sexta-feira que Temer "não terá um dia se sossego" se assumir a presidência. Na quinta-feira passada, a própria Dilma disse a correspondentes estrangeiros que o impeachment deixaria "cicatrizes" na democracia.

Além disso, os aliados de Dilma apostam na continuidade das investigações da Operação Lava Jato contra líderes importantes do PMDB, como Eduardo Cunha e Renan Calheiros, no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na continuidade da crise econômica e nas divisões internas da oposição como fatores de desestabilização de um possível governo conduzido pelo atual vice.

Por enquanto, o discurso de desestabilização de um eventual governo Temer é mais uma peça no discurso de defesa petista. Nem o PT nem os movimentos contrários ao impeachment admitem publicamente que estejam traçando cenários diante da possibilidade de afastamento da presidente.

 Os acontecimentos dos últimos dias, no entanto, em especial o anúncio de que o PMDB do Rio de Janeiro vai desembarcar do governo, provocaram desânimo entre os defensores de Dilma. Em conversas reservadas líderes petistas admitem que o impeachment é hoje o desfecho mais provável para a crise política.
(Com Estadão Conteúdo)

sábado, 26 de março de 2016

Moro manda soltar nove presos na 26ª fase da Lava Jato

O juiz federal Sergio Moro mandou neste sábado soltar nove investigados presos temporariamente na Operação Xepa, a 26ª fase da Lava Jato. Todos haviam sido presos na terça-feira pelo prazo de cinco dias. Moro optou por não estendr a prisão, mas proibiu os nove de deixar o país. A operação deflagrada esta semana teve como alvo principal a empreiteira Odebrecht - e se deu em decorrência de dados obtidos a partir da 23ª fase, a Operação Acarajé.

A investigação revelou que a empreiteira tinha funcionários especialmente dedicados ao setor de contabilidade paralela, chamado de "Setor de Operações Estruturadas", que distribuiu, pelo menos, 66 milhões de reais em propina entre mais de 20 pessoas, entre eles o marqueteiro do PT, João Santana, e a mulher dele, Mônica Moura. "Ficou claro que a empresa Odebrecth realmente tinha um setor que organizava e contabilizava, com sua hierarquia e alçadas, o pagamento de propinas. Além disso, verificamos que boa parte dessas propinas era paga em dinheiro no Brasil com o sistema de compensação com contas no exterior", afirmou Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador Ministério Público Federal.

Obras construídas pela Odebrecht como o Canal do Sertão em Alagoas, o metrô de Porto Alegre, o aeroporto de Goiânia, a Arena do Corinthians e o projeto do Porto Maravilha no Rio de Janeiro foram citadas nas investigações. "Há indicativos de que os recebedores se referem a diversas obras do governo federal e de outros governos estaduais e municipais. Teremos que aprofundar esses dados e encaminhar essas informações a seus respectivos investigadores", disse o procurador. "É claro que a Lava Jato tem o foco básico na Petrobras, mas trabalhamos no combate à corrupção. Tendo provas, seja qual for o partido ou o governo, vamos dar encaminhamento às investigações."

Delação - O MPF descobriu a existência da contabilidade paralela da Odebrecht graças a documentos encontrados na casa de Maria Lucia Guimarães Tavares, presa na 23ª fase, que trabalhava como secretária dos executivos da empresa e recentemente firmou acordo de delação premiada. Os investigadores revelaram que a maior parte das provas foi destruída em meados de 2015, mas o esquema seguiu funcionando até dezembro, o que leva a crer que a quantia de propina distribuída deve exceder os 66 milhões de reais identificados em apenas uma das contas disponibilizadas por Maria Lúcia. No dia seguinte à Operação Xepa, a Odebrecht afirmou que pretende fechar um acordo de delação premiada com a Justiça.Fonte:Veja

Brasileiros trocam ovos por barras de chocolate na 'Páscoa da crise'

O volume e a receita das vendas de ovos de chocolate na Páscoa têm caído desde 2013, segundo pesquisa inédita da Nielsen, consultoria especializada em hábitos de consumo. Daquele ano para 2015, houve queda de 24%, de 44,28 milhões de ovos para 33,43 milhões de unidades. Em valores, também houve queda. O declínio nesse intervalo foi de 13%, passando de 868,68 milhões de reais em 2013 para 753,84 milhões de reais em 2015.

A substituição de ovos por chocolates de outros tipos, mais baratos, tende a crescer com a acentuação da crise econômica. Para 2016, segundo dados da Nielsen, 75% dos domicílios brasileiros não têm a intenção de dar mais do que um presente na Páscoa. Entre os produtos mais populares, o chocolate ocupa a primeira posição, com 55% da preferência dos consumidores, seguido pelos ovos, com 43,2%.

Os ovos podem estar ficando em segundo plano, mas a pesquisa mostra que, quando considerados todos os tipos de chocolate, as vendas cresceram entre 2013 e 2015, tanto em volume quanto em faturamento. Isso reforça a tendência de substituição do tradicional ovo de Páscoa por outros tipos de chocolate.
"Vimos que o volume em unidade evoluiu principalmente em tabletes", diz a consultoria. "Tamanhos menores (até 200g) e com preços mais acessíveis também ganharam importância na última Páscoa, já que o consumidor está apertando seu bolso para ainda manter itens como esse em seu carrinho", acrescenta a empresa.

Varejo - O varejo deve ter uma Páscoa mais magra este ano, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade estima queda de 3,4% no volume vendido em relação a 2015. A CNC diz esperar que a data movimente 2,8 bilhões de reais em vendas em 2016. No ano anterior, o volume vendido já tinha recuado 1%. A Páscoa disputa com o Dia dos Namorados a quinta colocação no ranking de movimentação de vendas do varejo nacional.

Além do volume menor, a CNC espera preços ao consumidor mais elevados. Segundo a entidade, a Páscoa de 2016 deve ser a mais cara dos últimos treze anos, com alta média de 13,6% nos preços dos produtos.

O menor otimismo com relação às vendas fez os supermercados brasileiros reduzirem as encomendas de ovos de Páscoa, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Segundo pesquisa da entidade, o valor nominal da compra de ovos de Páscoa por parte dos varejistas feitas com os fornecedores caiu 7%.

Impostos - Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostra que o ovo de chocolate é o terceiro item com maior carga tributária entre uma lista de produtos típicos da Páscoa, com taxa de 38,53%. Antes dele aparecem o vinho (54,73%) e o bacalhau (43,78%).

A taxa deve ficar ainda maior após o dia 1º de maio. Nessa data começa a vigorar um decreto do governo que altera a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de produtos como cigarro, fumo, sorvete e também o chocolate.Fonte:Veja

Após rescindir com time belga, zagueiro Kanu entra na pauta do Bahia

As inscrições de atletas para a Copa do Nordeste se encerram na próxima terça-feira (29). Até a data, o Bahia deve anunciar um novo zagueiro para o seu elenco. Além de  Werley, outro defensor está na pauta da cúpula tricolor. Trata-se do zagueiro Kanu, ex-atleta do Vitória, que nesta semana rescindiu contrato com o Oud-Heverlee Leuven, da Bélgica. Em um rápido contato com a reportagem do Bahia Notícias, o empresário do jogador, Otacílio Lima, confirmou o distrato com o clube europeu, mas preferiu desconversar sobre qualquer negociação com o Esquadrão. Vestindo a camisa do Vitória, Kanu foi um dos destaques na campanha do Campeonato Brasileiro da Série B em 2015. Com 31 anos, o defensor pertence ao Vitória de Guimarães, de Portugal.Fonte:Bahia Noticias

EUA recomendam que homens com zika esperem pelo menos 6 meses para ter filho

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiu nesta sexta-feira (25) orientações recomendando que homens e mulheres expostos ao zika esperem antes de ter filhos. O vírus tem sido associado a um pico de microcefalia - uma má-formação rara de nascença - no Brasil. Mulheres diagnosticadas com zika devem esperar pelo menos oito semanas após o início dos sintomas antes de tentar engravidar, segundo o CDC.

 Já os homens com o diagnóstico de zika devem esperar pelo menos seis meses. Tanto homens quanto mulheres que foram possivelmente expostos ao vírus devem esperar pelo menos oito semanas antes de tentar a concepção, apontam as diretrizes. De acordo com o CDC, as recomendações foram baseadas em dados limitados sobre a persistência do zika no sangue e no sêmen. As recomendações, no entanto, são orientadas para o contexto americano, onde não há epidemia de zika, de acordo com João Renato Rebello Pinho, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein.

 "Acho complicado nos basearmos em uma recomendação específica para os Estados Unidos. Lá ainda não há uma epidemia como a que existe aqui", disse Pinho. Segundo ele, porém, as recomendações podem ser úteis como uma margem de segurança para o caso das pessoas que foram diagnosticadas com zika. Já a recomendação para as pessoas que foram "possivelmente expostas" não se aplica ao contexto brasileiro.

 "Estudos indicam que o vírus zika já está no Brasil desde 2013 (quando foi realizada a Copa das Confederações). Ainda não sabemos há quanto tempo ele está no Sudeste, por exemplo. Então, acredito que não é possível que as pessoas sigam essas recomendações no Brasil, exceto no caso dos pacientes que foram diagnosticados com o vírus", disse Pinho.

 Ainda não foi provado que o vírus da zika causa microcefalia em bebês, mas evidências crescentes sugerem uma associação. A condição retarda o crescimento da cabeça e do cérebro do feto, levando a problemas de desenvolvimento. O Brasil diz ter confirmado 907 casos de microcefalia e considera que a maior parte deles está relacionada a infecções causadas pelo zika nas mães. O País ainda está investigando 4.293 casos suspeitos de microcefalia.Fonte:Estadão

E-mail encontrado pela PF cita repasses da Odebrecht via 'bônus' a sete partidos

Em meio às planilhas de contribuições eleitorais encontradas na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Barbosa Silva Junior, a Operação Lava Jato apreendeu uma cópia de e-mail de funcionários do "setor de propinas" da empreiteira pedindo "pagamentos via bônus" a partidos e a políticos de sete siglas - PSDB, PMDB, PT, DEM, PPS, PDT e PTB - durante a campanha eleitoral de 2012. Parte dos repasses envolvendo a Construtora Norberto Odebrecht (ou CNO, segundo a sigla utilizada pelos funcionários da empresa) que aparecem na mensagem coincide ou é próxima dos valores declarados nas prestações de contas entregues pelas siglas, em 2012, à Justiça Eleitoral.

 Contudo, nenhum dos pagamentos da empresa ETH Bioenergia (que pertence ao grupo Odebrecht) mencionados no e-mail coincide com o que foi declarado oficialmente - um indício de que os pagamentos podem não ter sido feitos pelo caminho oficial. A mensagem sugere que a empresa teria repassado R$ 2,5 milhões somente no mês de agosto daquele ano para diretórios estaduais dos partidos, sem especificar que Estados seriam beneficiados.

Oficialmente, porém, a ETH Bioenergia doou apenas R$ 90 mil em 2012, e nenhuma de suas contribuições teve como destino algum diretório estadual das siglas citadas. Na mensagem, de 29 de agosto de 2012, já no período eleitoral, Luiz Eduardo da Rocha Soares, funcionário do setor financeiro da Odebrecht em São Paulo, solicita a Benedicto e a Hilberto Silva, responsável pelo setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, os "pagamentos a serem efetuados via Bônus" referentes a uma lista de políticos e partidos. A Operação Xepa, da Polícia Federal, concluiu que o setor de Operações Estruturadas era o "departamento de propinas" da empresa.

 O e-mail cita, em relação ao PT, um repasse de R$ 450 mil da Construtora Norberto Odebrecht e outro de R$ 500 mil da ETH. Na prestação de contas do partido, porém aparece apenas um depósito de R$ 550 mil da construtora, em 31 de agosto de 2012, destinados ao diretório nacional. Não há referências a doações da ETH. Para o PSDB, a mensagem indica repasse de R$ 100 mil ao diretório nacional, ao lado do nome do deputado Bruno Araújo (PE), que não disputou nenhum cargo naquele ano.

 Ao lado do nome do tucano aparece a sigla CBPO, em referência à Companhia Brasileira de Projetos e Obras, que foi incorporada ao grupo Odebrecht e é chamada atualmente de CBPO Engenharia. Também há referência a R$ 400 mil para "PSDB Estadual", sem referência a qual diretório. Oficialmente, a única empresa do grupo que doou para o PSDB em agosto de 2012 foi a ETH, que fez um repasse de R$ 15 mil ao diretório nacional. Já o repasse ao PSB citado no e-mail, feito pela Construtora Norberto Odebrecht, coincide com uma transferência feita em 31 de agosto de 2012 e registrada no Tribunal Superior Eleitoral, no valor de R$ 300 mil.Fonte:ESTADÃO

Os 7 crimes de Dilma :A PF, o MP e a Justiça Eleitoral já reúnem elementos para enquadrar a presidente em pelo menos sete crimes

Na terça-feira 22, a presidente Dilma Rousseff proferiu o seu mais inflamado discurso desde o início da crise política. O pronunciamento apoiou-se no pretenso argumento de que até agora ela não cometeu crime algum e que, por isso, estaria sendo vítima de um golpe contra a democracia. “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção do meu mandato. Neste caso, não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia”, afirmou Dilma.

A retórica repetida como ladainha em procissão é típica de mandatários em apuros, quando não há muito mais o que fazer senão aguardar o fim que se avizinha. Em seus últimos dias como presidente, em 1992, Fernando Collor recorreu ao mesmo expediente. “Custe o que custar, eu serei o primeiro a estar na defesa e no embate da nossa Constituição. As manobras interessam aos que formam o sindicato do golpe”, disse Collor em agosto daquele ano. Ironicamente, quem estava do outro lado da trincheira, defendendo a legitimidade das ações para apear Collor do poder, era o PT.

Naquele momento de efervescência do País, muito semelhante ao vivenciado pelos brasileiros nos últimos dias, os petistas estavam amparados pela lei. “Não tem nenhum paralelo entre golpe e impeachment. O impeachment é uma solução constitucional”, disse em junho de 1992 o então deputado do PT, José Dirceu, em entrevista ao Roda Viva. De lá para cá, a Constituição, ao menos em sua essência, não mudou. Quem mudou foi o PT. Os dois pronunciamentos, de Dilma e Collor, embutem um sofisma destinado a ludibriar a população.

A fala de Dilma, em especial, ignora as fartas evidências dos crimes atribuídos a ela e que dão legitimidade não só ao processo de impeachment em análise na Câmara como a outras iniciativas contra ela no Poder Judiciário, incluindo a investigação em tramitação no TSE para apurar irregularidades na contabilidade da campanha à reeleição. Para a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Eleitoral há fortes indícios de que Dilma tenha cometido ao menos sete crimes só neste mandato: o de responsabilidade, improbidade administrativa, extorsão, falsidade ideológica, desobediência, o de responsabilidade fiscal e eleitoral.
Na seara criminal, a mais contundente das acusações contra a presidente é a inequívoca tentativa de, em ao menos quatro episódios diferentes, tentar barrar a Lava Jato. Obstruir a atuação da Justiça é crime. Tipificado no inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade passíveis de perda de mandato. Há duas semanas, Dilma foi flagrada em interceptação telefônica, autorizada pelo juiz Sérgio Moro, numa conversa com o ex-presidente Lula para combinar os detalhes de sua nomeação para a Casa Civil.

No diálogo, Dilma disse a Lula que enviaria a ele por intermédio de um emissário um “termo de posse” para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente começava a atuar ali para impedir que Lula fosse preso. Àquela altura, o Planalto já tinha informações de que o Ministério Público, em Curitiba, estava pronto para pedir a prisão preventiva do petista. Em nota, o Planalto afirmou que o trecho do grampo no qual Dilma diz para Lula usar o termo de posse “em caso de necessidade” não se refere a uma precaução contra uma eventual prisão.

E sim à possibilidade de que o ex-presidente não comparecesse à cerimônia de posse de novos ministros porque a ex-primeira-dama Marisa Letícia encontrava-se enferma em São Paulo. A versão não para em pé. As ações do Planalto confirmam a intenção de Dilma de livrar Lula dos problemas com a Justiça. Numa iniciativa nunca antes adotada na história republicana, a Presidência fez circular edição extra do Diário Oficial para dar a necessária publicidade legal ao ato de nomeação no mesmo dia em que foi assinado pela presidente.

Ao mesmo tempo, Dilma colocou em marcha a seguinte estratégia, conforme apurou ISTOÉ: enquanto Lula ficaria com o termo de posse subscrito pela presidente, esta manteria consigo a documentação assinada pelo petista. Quando os agentes federais abordassem Lula, em São Paulo, ele assinaria a cópia do termo de posse já subscrito por Dilma. Em Brasília, a presidente assinaria o documento contendo a assinatura de Lula, encaminhando-o para publicação no Diário Oficial. E o novo ministro da Casa Civil evitaria a prisão.

Lula não foi para a cadeia, mas a divulgação dos grampos inviabilizou a nomeação. No dia seguinte ao evento no Palácio do Planalto, o juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, decidiu liminarmente pela suspensão da posse de Lula. As digitais de Dilma, porém, não foram apagadas do ato tipificado na lei como crime de responsabilidade. Para Miguel Reale Jr., um dos juristas signatários do pedido de impeachment de Dilma, o episódio é uma afronta aos princípios republicanos e confere materialidade ao impedimento da presidente. “É um ato de imoralidade administrativa e política, passível de impeachment.

Trata-se de uma tentativa de interferir na Justiça, agora gravada e documentada”, afirma. O inciso 5 do artigo 6º da a Lei nº 1.079 define como crime de responsabilidade exatamente o que os grampos envolvendo Dilma atestaram, ou seja, “opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças.”

Com a decisão do ministro Teori Zavascki de transferir para Brasília toda a investigação contra o ex-presidente Lula na Lava Jato, por causa da interceptação de conversas entre o petista e autoridades com privilégio de foro, incluindo a presidente, o assunto será examinado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em recente entrevista, Janot não descartou investigar a chefe do Executivo. No empenho de Dilma para nomear Lula, também foram observadas evidências de cometimento de crime de desobediência.

Proibido por decisão liminar da Justiça, Lula não chegou a sentar na cadeira de ministro, mas o Diário Oficial da União manteve o ex-presidente petista como titular da pasta. Por esse motivo, o partido Democratas denunciou Dilma à Procuradoria-Geral da República. No entendimento da legenda, ficou caracterizada uma afronta à decisão judicial de sustar o ato presidencial. E isso é crime de desobediência previsto pelo artigo 359 do Código Penal.

A presidente Dilma teria incorrido no crime de obstrução de Justiça em mais três ocasiões, além daquela atestada pelos grampos de Sérgio Moro. De acordo com delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), Dilma nomeou o ministro Marcelo Navarro para o STJ em troca do compromisso pela soltura de empreiteiros presos em Curitiba. Em outro trecho do depoimento, o senador acusou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de tentar comprar o seu silêncio. Não teria sido uma iniciativa isolada do ministro, mas uma ação coordenada pelo Planalto – principalmente por Dilma.

Em recentes entrevistas, Delcídio fez ainda duas revelações gravíssimas. Disse ter sido “escalado por Dilma e Lula para barrar a Lava Jato” e afirmou que a chefe do Poder Executivo costumava alardear o controle sobre cinco ministros no Supremo. “Era clara a estratégia do governo de fazer lobby nos tribunais superiores e usar ministros simpáticos à causa para deter a Lava Jato”. Nestes três casos, mais uma vez fica complicado para a presidente escapar do enquadramento no crime de responsabilidade. “Há fortes indícios de uma obstrução em curso”, disse à ISTOÉ o ex-ministro do Supremo, Carlos Velloso.

Na semana passada, a Lava Jato trouxe revelações capazes de amplificar as dificuldades da presidente em se manter no cargo. No relatório de indiciamento do marqueteiro João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Moura, a Polícia Federal apontou que o casal recebeu pelo menos R$ 21,5 milhões entre outubro de 2014 e maio de 2015 – período pós reeleição de Dilma. O dinheiro fora distribuído pelo “departamento de propina” da Odebrecht. Nesse caso, Dilma por ser incluída no crime eleitoral de caixa dois. Adversários da petista pretendem propor ao TSE o compartilhamento dessas informações.

Na corte eleitoral, Dilma já responde por abuso de poder político e econômico, por se valer do cargo para influenciar o eleitor e utilizar de estruturas do governo, como recursos desviados da Petrobras, para vencer a eleição. Estes não são os únicos esqueletos da campanha presidencial que ameaçam o mandato da petista. Caso fique comprovado o depoimento do ex-executivo da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, Dilma pode ser responsabilizada também por crime de extorsão. O empreiteiro afirmou ter pago propina à campanha presidencial em 2014, depois de ter sido ameaçado pelo ministro Edinho Silva, então tesoureiro de Dilma, de ter obras canceladas com o governo caso não colaborasse.

Há uma representação na PGR contra Dilma para apurar o achaque. Constranger alguém, mediante ameaça, com o intuito de obter vantagem econômica também é crime segundo o artigo 158 do Código Penal. Hoje, no entanto, a via eleitoral é considerada o caminho mais lento para apear Dilma do Planalto. Em tramitação na Câmara, o processo de impeachment deve ser concluído em até 45 dias, em desfavor de Dilma. A proposta de impedimento acusa a presidente de incorrer, em 2015, nas “pedaladas fiscais”, como ficaram conhecidos os atrasos nos repasses a bancos públicos a fim de maquiar as contas públicas.

A manobra fiscal foi reprovada pelo TCU no ano passado. As “pedaladas fiscais” ferem o inciso III do Art. 11 da Lei 1.079, dos crimes de responsabilidade, que é “contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal”. “Dilma foi alertada em 2013 de que as pedaladas eram ilegais e ao mesmo tempo poderiam provocar a perda do grau de investimento do Brasil. E ela não tomou nenhuma providência. Então, nesse particular, a responsabilidade é direta”, afirmou o jurista Ives Gandra.

“Evidente que aquele que gasta fora da lei e cria um crédito que não estava previsto infringiu a lei”, fez coro Oscar Vilhena, professor de Direito Constitucional da FGV-SP. Sobre o mesmo tema, tramita no TSE uma ação contra a presidente por falsidade ideológica. A documentação traz evidências de que Dilma mentiu à população sobre a real situação de agravamento da crise econômica com maquiagens fiscais, por exemplo. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele deveria constar ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante é crime estabelecido pelo artigo 299 do Código Penal.

Por fim, o sétimo crime pelo qual a presidente pode responder é por improbidade administrativa. O Brasil inteiro testemunhou quando Dilma evocou todo aparato público do governo não para trabalhar pelo País, função para a qual ela foi eleita e é remunerada. Mas para mobilizar avião, helicóptero e seguranças para uma atividade partidária, prestando solidariedade a Lula, um dia após o petista sofrer condução coercitiva para prestar depoimento à PF. A atitude lhe rendeu uma ação na Justiça por improbidade movida por seus opositores.

Na derradeira tentativa de conter o processo de impeachment, o Planalto colocou em prática a tática de judicializar a política. Através da AGU e de uma banca de advogados a serviço de Lula e do PT (leia pág. 34), o governo vem desencadeando uma enxurrada de ações nos tribunais superiores. A presidente não esconde sequer o desejo de bater às portas do STF, caso venha a ser impeachada. Ou seja, imagina que poderá lançar mão de todos os recursos jurídicos possíveis para se manter no cargo.

No ano passado, provocado por petistas, o STF mudou as regras do impeachment com a partida em andamento. Hoje, porém, o cenário é outro. O clima na corte não está nada favorável para o Planalto após a divulgação das sucessivas afrontas ao Judiciário contidas nos grampos envolvendo Dilma, Lula, ministros do governo e próceres do PT. Com a palavra, o Supremo. Com tantas evidências contra a presidente, golpe haverá se as instituições se dobrarem às indecorosas investidas do poder. Mas não, não vai ter golpe.

A orbita penal da presidente


1- CRIME DE RESPONSABILIDADE

Obstrução da Justiça I
Diálogo Dilma/Lula e atos da nomeação

Em diálogo mantido entre a presidente e o antecessor na quarta-feira 16, Dilma disse a Lula que enviaria a ele um “termo de posse” de ministro para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente trabalhava ali para impedir que Lula fosse preso antes de sua nomeação para a Casa Civil. Os atos seguintes corroborariam o desejo de Dilma de livrar Lula dos problemas com a Justiça. Enquanto o presidente do PT, Rui Falcão, informava que a posse de Lula só ocorreria na terça-feira 22, o Planalto mandava circular uma edição extra do Diário Oficial formalizando a nomeação.
--
Obstrução da Justiça II
Nomeação do Ministro Navarro

O senador Delcídio do Amaral (MS) afirmou em delação premiada, revelada por ISTOÉ, que a presidente Dilma Rousseff, numa tentativa de deter a Lava Jato, o escalou para que ele fosse um dos responsáveis por articular a nomeação do ministro Marcelo Navarro Dantas, do STJ, em troca da soltura de presos da investigação policial.
--
Obstrução da Justiça III
Compra do silêncio de Delcídio

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi escalado para tentar convencer o senador Delcídio a não fechar acordo de delação premiada com o Ministério Pública Federal, que chegou a insinuar ajuda financeira, caso fosse necessário.
--
Obstrução da Justiça VI
Cinco ministros na mão

O senador Delcídio afirmou que Dilma costumava dizer que tinha cinco ministros no Supremo, numa referência ao lobby do governo nos tribunais superiores para barrar a Lava Jato.
--
Enquadramento legal
Inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079/1950:

Opor-se diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário, ou obstar, por meios violentos, ao efeito dos seus atos, mandados ou sentenças.


2- CRIME DE DESOBEDIÊNCIA

Nomeação de Lula no Diário Oficial
Apesar de decisão da Justiça Federal que sustava a nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, Dilma fez o ato ser publicado no Diário Oficial da União.

Enquadramento legal
Artigo 359 do Código Penal: Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial


3- EXTORSÃO

Ameaças para doação de campanha
Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, afirmou ter pago propina à campanha presidencial em 2014 porque teria sido ameaçado pelo ministro Edinho Silva, então tesoureiro de Dilma, de ter obras canceladas com o governo. Há uma representação na PGR contra Dilma para apurar o possível achaque.

Enquadramento legal
Artigo 158 do Código Penal: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.


4- CRIME ELEITORAL

Abuso de poder político e econômico na campanha de 2014
Dilma é acusada em ação no TSE de se valer do cargo para influenciar o eleitor, em detrimento da liberdade de voto, além da utilização de estruturas do governo, antes e durante a campanha, o que incluiria recursos desviados da Petrobras.

Caixa 2
A Polícia Federal apontou no relatório de indiciamento do marqueteiro do PT João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, que o casal recebeu pelo menos R$ 21,5 milhões entre outubro de 2014 e maio de 2015 - período pós reeleição da presidente Dilma - do “departamento de propina” da Odebrecht. Isso reforça as suspeitas de caixa 2 na campanha, descrita no Código Eleitoral como “captação ilícita de recursos”.

Enquadramento legal
Art. 237, do Código Eleitoral: A interferência do poder econômico e o desvio ou abuso do poder de autoridade, em desfavor da liberdade do voto, serão coibidos e punidos com cassação e ineligibilidade.


5- CRIME DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Pedaladas fiscais
A presidente Dilma incorreu nas chamadas “pedaladas fiscais”, a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Enquadramento legal
Inciso III do Art. 11 da Lei 1.079/1950: Contrair empréstimo, emitir moeda corrente ou apólices, ou efetuar operação de crédito sem autorização legal

Decretos não numerados
A chefe do Executivo descumpriu a lei ao editar decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso. Foram ao menos seis decretos enquadrados nessa situação.

Enquadramento Legal
Inciso VI do Artigo 10 da Lei 1.079/1950: Ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou com inobservância de prescrição legal.


6- FALSIDADE IDEOLÓGICA

Escondendo o rombo nas contas
Corre uma ação no TSE em que os partidos de oposição acusam acusa a presidente Dilma de esconder a situação real da economia do país, especialmente no ano eleitoral.

Enquadramento legal
Art. 299 do Código Penal: Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.

7- IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Visita político-partidária

Dilma foi denunciada na Justiça por mobilizar todo um aparato de governo – avião, helicóptero, seguranças – para prestar solidariedade a Lula em São Bernard, um dia após o petista sofrer condução coercitiva para prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito da Operação Lava Jato. O próprio ato de nomeação de Lula na Casa Civil pode ser enquadrado neste crime.

Enquadramento legal

Art. 11 da Lei nº 8.429/1992: Constituti ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.

Para acelerar ao máximo o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a oposição recuou da proposta de incluir na peça contra a presidente Dilma Rousseff as denúncias contidas na delação premiada do ex-petista e senador Delcídio Amaral (MS). A decisão veio após o PT e outros integrantes da base aliada questionarem o aditamento e ameaçarem entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal, o que aumentaria o prazo de tramitação do processo.

Segundo o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), entretanto, a iniciativa não prejudicará o processo. Ele afirma que “as pedaladas fiscais, os prejuízos com a compra da refinaria de Pasadena e a edição de decretos de abertura de crédito orçamentário sem autorização do Congresso já são suficientes para justificar o impeachment”. Além disso, oposicionistas avaliam que a retirada não impedirá que o relator, Jovair Arantes (PTB-GO), inclua todas as informações da delação que achar pertinentes em seu relatório final.

Agora, o mais importante na avaliação de oposicionistas é alimentar o clima antigovernista junto à opinião pública, o que favorece diretamente o placar do impeachment. Na última semana, chegou a ser sugerido ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que a votação final, prevista para meados de abril, fosse agendada para um fim de semana, com o objetivo de inflamar protestos pelo país. Por sua vez, o governo montou uma operação de guerra, em que negocia ministérios e diversos cargos públicos, em busca de votos a seu favor.

A postura do ministro José Eduardo Cardozo desde que saiu o Ministério da Justiça e assumiu a Advocacia Geral da União tem chamado a atenção devido a sua súbita mudança de convicções. Em 2012, explodiu o escândalo envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira, quando a operação Monte Carlo desbaratou um esquema de corrupção e exploração máquinas de caça-níquel em Goiás. Durante as investigações apareceu a voz do então senador Demóstenes Torres falando sobre dinheiro com Cachoeira.

Na época, Cardozo defendeu os investigadores. Em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, o ministro foi perguntado se a PF havia extrapolado suas funções ao continuar a investigar Cachoeira depois que apareceu a voz do senador, pois este gozava de foro privilegiado. Cardozo foi catedrático: “A meu ver não (...) O investigado era Carlos Cachoeira. A partir do momento em que se evidenciou para o juiz que havia uma possível situação de envolvimento no esquema de Carlos Cachoeira de Demóstenes Torres, ele resolve encaminhar para instância superior”. “A Polícia Federal cumpriu rigorosamente a lei, atendeu as ordens do juiz.

Portanto, atuou exemplarmente neste caso. Não vejo ilegalidade naquilo que ocorreu”, afirmou Eduardo Cardozo. Já na última semana, como advogado da presidente, o mesmo ministro saiu atirando sobre o episódio do grampo nos telefones do ex-presidente Lula, autorizado pela Justiça, que acabou flagrando uma fala da chefe do Executivo. “Você pega uma escuta dentro de um contexto, tira uma série de conclusões de possibilidades, não de certezas.

Quando isso vem a público, isso dá uma repercussão imensa e às vezes não é nada daquilo. Mas só que a honra da pessoa já foi atingida, por isso há que se tomar muito cuidado com essas análises que se faz de material apreendido porque elas podem não expressar a verdade. Nós passamos a ter no Judiciário o guardião de quaisquer situações que devem ser postas no âmbito da ação governamental direta. As ações judiciais passaram a ser um instrumento de ação política”, esbravejou. Fonte:ISTOÉ