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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

domingo, 24 de abril de 2016

Temer não é a favor de aumento de impostos, diz presidente da Fiesp

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou neste domingo (24), após reunião no Palácio do Jaburu, que o vice-presidente da República, Michel Temer, não é a favor de aumentos de impostos.

"Ele ouviu atentamente a tudo isso [propostas] e não é a favor de aumento de impostos", declarou Skaf, na saída do encontro, em Brasília. Questionado se o vice concorda com a visão da Fiesp, contrária à alta na carga tributária, ele respondeu: "Concorda".

O G1 procurou a assessoria do vice-presidente para comentar as declarações, mas não obteve contato até a última atualização desta reportagem.
Questionado se Temer se comprometeu a retirar a CPMF da pauta se vier a assumir o governo, em caso de afastamento da presidente Dilma Rousseff no impeachment, Skaf disse que não veio pegar "compromissos" do vice-presidente.

Sem dúvida, o governo pode fazer hoje o mesmo que todas as empresas estão fazendo: procurando negociar bem as suas compras, renegociar algumas situações, de forma a enquadrar suas despesas na capacidade das receitas"

"Eu vim conversar com o vice-presidente e tentar mostrar uma realidade que as empresas, que as pessoas, estão passando. Há uma falta de total confiança no atual governo, na atual presidente, e essa falta de confiança faz com que os investimentos parem, e faz com que o consumo também pare, por insegurança do emprego. Tem que se restabelecer a confiança no Brasil e, com confiança e credibilidade, a roda da economia volta a andar", afirmou.

Acompanhado de outros diretores da Fiesp, que apoia o impeachment de Dilma, Skaf levou ao vice uma proposta de ajuste fiscal sem necessidade de aumento de tributos. Uma das medidas defendidas, por exemplo, é o corte de ministérios no governo.

O presidente da Fiesp disse que há formas de equilibrar as contas sem prejudicar programas sociais. "Há muito desperdício, há muito gasto que pode ser evitado", afirmou. "Sem dúvida, o governo pode fazer hoje o mesmo que todas as empresas estão fazendo: procurando negociar bem as suas compras, renegociar algumas situações, de forma a enquadrar suas despesas na capacidade das receitas", explicou.Fonte:G1

Oito países registram transmissão sexual do zika

A transmissão sexual do zika já foi notificada em oito países. Segundo um boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na quinta-feira (21), Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália, Nova Zelândia, Peru e Portugal têm evidência desse tipo de transmissão porque registraram casos autóctones da doença sem ter, em seu território, a presença do mosquito transmissor.

Ainda segundo a OMS, seis países tiveram aumento de casos de microcefalia associados à doença: Brasil, Colômbia, Cabo Verde, Polinésia Francesa, Martinica e Panamá. Desde 2007, quando o primeiro surto do vírus foi documentado, 66 países tiveram registro de zika. Destes, 42 nações notificaram casos de transmissão do zika a partir de 2015, quando a doença foi identificada pela primeira vez nas Américas.

Zika em macacos no Ceará - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) encontraram, pela primeira vez fora do continente africano, macacos infectados pelo vírus zika no Ceará. A descoberta, publicada recentemente no periódico científico bioRxiv, indica que a doença se espalha com mais facilidade e pode ser mais difícil de ser contida do que se imaginava.

"Esse é um achado que nos deixou muito preocupados porque mostra que o zika veio para ficar. Assim como no caso da febre amarela, o vírus tem um ciclo não só em humanos, mas também em animais silvestres, que podem tornar-se um reservatório. É por isso que, no caso da febre amarela, mesmo com a vacina, a gente nunca conseguiu erradicar o vírus, porque ele fica circulando entre os primatas. Isso não acontece com a dengue, por exemplo", explica Edison Luiz Durigon, professor titular do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e um dos coordenadores do estudo.

Os macacos infectados pelo vírus foram encontrados em diferentes regiões do Ceará entre os meses de julho e novembro do ano passado. Na ocasião, cientistas do ICB-USP e do Instituto Pasteur estavam no local capturando saguis e macacos-prego para um estudo sobre a raiva.

"Resolvemos testá-los também para o zika e, para nossa surpresa, 29% das amostras deram positivas, todas elas de macacos capturados em áreas onde há notificação de zika e ocorrência de microcefalia", diz o pesquisador, um dos integrantes da Rede Zika, força-tarefa de cientistas paulistas criada no ano passado, com auxílio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para estudar o vírus.

Na pesquisa, 24 primatas (15 saguis e 9 macacos-prego), provenientes tanto na região costeira do Ceará quanto das áreas de caatinga e de floresta, foram testados para zika com a técnica PCR em tempo real. Destes, sete estavam com infectados: quatro saguis e três macacos-prego. Todos os animais capturados tinham com domésticos ou viviam próximos aos humanos Após passarem pelo exame, os macacos tiveram um microchip implantado e foram devolvidos ao hábitat natural.

"Estes não são macacos completamente silvestres, eles costumam ir às casas das pessoas para buscar comida e ali podem ser contaminados, voltando para o ambiente selvagem levando o vírus e, inclusive, infectando outros tipos de Aedes. Por enquanto, é o humano que está provocando a infecção do macaco, mas daqui a pouco pode ser o contrário", afirma Durigon.

Esta descoberta pode apontar para um dos motivos de o zika ter se disseminado tão rápido pelas Américas. Em menos de dois anos, a doença já foi identificada em 35 países do continente, enquanto a dengue levou décadas para se espalhar na mesma amplitude. A dengue, no entanto, é incapaz de infectar macacos e, portanto, não tem o chamado reservatório em animais silvestres.

"O que acontece com os vírus é que, para eles se multiplicarem em um organismo, precisam que as células de um indivíduo tenham um receptor. Eles só conseguem infectar as células que são permissivas a eles. Mesmo se um mosquito positivo para a dengue picar o macaco, não consegue infectá-lo porque não há esse receptor nas células. Já no caso da zika, descobrimos que sim", diz o pesquisador da USP.

Embora a infecção por zika já tivesse sido detectada em macacos da África, os cientistas se surpreenderam porque os primatas do novo e velho mundo, como são classificados, têm estruturas genéticas e suscetibilidade a doenças diferentes. Não havia, portanto, a obrigatoriedade de um primata do continente americano ser suscetível à infecção por zika.

Com o achado, os pesquisadores pretendem retornar ao Ceará em meados de maio para fazer exames em mais macacos e tentar recapturar alguns dos animais já testados para que eles sejam estudados de forma mais aprofundada.
(Com Estadão Conteúdo)

Temer deve lançar ‘Ponte para o futuro’ da área social nos próximos dias

Michel Temer deve divulgar nos próximos dias um documento programático, voltado para a área social, nos mesmos moldes do “Ponte para o Futuro”, que mostrou sua carta de intenções para a economia.

O conteúdo teve forte contribuição do economista Ricardo Paes de Barros, um dos principais especialistas em desigualdade social e idealizador do Bolsa Família. A manutenção do programa estará entre os principais pontos, mas com a preocupação de ser criar “portas de saída”, segundo interlocutores do vice-presidente.

Assim como no gêmeo econômico, as discussões foram feitas no âmbito do Instituto Ulysses Guimarães, de Moreira Franco.

Com impeachment, PT vive onda de deserções e perde 1 de cada 5 prefeitos

Por João Pedro Pitombo e Rodrigo Russo, na Folha:

A janela de filiação partidária aberta no mês de março e a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) impulsionaram o movimento de debandada de prefeitos petistas para outros partidos políticos. A seis meses das eleições municipais, levantamento feito pela Folha no sistema de filiação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta que, de cada cinco prefeitos do PT eleitos em 2012, um deixou o partido. Os dados mostram filiações e desligamentos concluídos até 15 de abril.

Ao todo, 135 dos 638 prefeitos eleitos pelo PT pediram desfiliação ou foram expulsos do partido. Essa conta inclui gestores que renunciaram ou foram cassados. O maior desgaste da legenda está concentrado em São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, governados pelo PSDB e pelo PMDB, mas o movimento também atingiu Estados comandados por petistas, como a Bahia e Minas Gerais.

Em São Paulo, 35 dos 73 prefeitos eleitos migraram. No Paraná, foram 18 baixas entre 40 gestores. No Rio de Janeiro, mantiveram-se fiéis ao PT só quatro dos 11 prefeitos eleitos há quatro anos. Em Mato Grosso do Sul, oito dos 13 prefeitos saíram da legenda. Está nesse grupo Paulo Duarte, gestor de Corumbá, município com mais de 100 mil habitantes.

A maior parte das desfiliações ocorreu neste ano, após a prisão do senador Delcídio do Amaral, tido até então como a estrela do partido no Estado. As baixas atingiram ainda cidades com mais de 500 mil habitantes, próximas de grandes metrópoles, como Osasco (SP) e Niterói (RJ).Fonte:Reinaldo Azevedo

Sem dinheiro, Estados cortam 47% dos investimentos no primeiro bimestre

A penúria enfrentada pelos Estados era uma crise anunciada. Com uma estrutura inchada pelo aumento da dívida e crescimento das despesas com pessoal, as receitas tinham de ser crescentes para fechar a conta. A recessão econômica, no entanto, mudou esse roteiro e colocou as finanças estaduais numa rota trágica. Hoje, sem dinheiro até para pagar o funcionalismo público, a alternativa de boa parte dos governadores tem sido sacrificar os investimentos. Só no primeiro bimestre deste ano os recursos aplicados caíram 47% em relação a 2015, de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,1 bilhão.

O resultado da paralisia dos Estados é um amontoado de obras interrompidas em todo o Brasil, sem previsão para serem concluídas. São projetos de várias áreas: de metrô a hospitais, de estradas a creches, de esgoto a escolas. Algumas foram interrompidas no meio e viraram grandes esqueletos; outras estão suspensas até a situação melhorar. E há ainda aquelas que estão sendo tocadas, mas num ritmo lento, com cronogramas a perder de vista.

"O investimento foi a grande variável de ajuste das contas públicas", diz o consultor econômico do Senado, Pedro Jucá Maciel, responsável pelo levantamento do orçamento dos Estados, que considerou as despesas liquidadas (fase anterior ao pagamento) no primeiro bimestre. Jucá diz que a queda de quase metade dos investimentos foi surpreendente porque a base de comparação já era fraca.

De acordo com a pesquisa, o ranking dos maiores tombos de investimentos estaduais é liderado por Rio de Janeiro (94%), Pará (92%) e Goiás (90%). O Rio Grande do Sul - que tem mostrado uma das faces mais perversas da crise, a falta de dinheiro para pagar os servidores - só não entrou nessa lista porque os investimentos do ano passado já haviam sofrido um corte drástico.

Outros Estados seguem o mesmo caminho. Houve aumento no Paraná e em Santa Catarina, embora tímidos para recuperar a defasagem de investimentos dos Estados.

"A partir de janeiro de 2015, fizemos um contingenciamento de 25% no orçamento, revisamos licitação em curso, renegociamos contratos e proibimos novas contratações", diz o secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo Costa.

A crise fiscal paranaense se tornou emblemática pelo confronto entre professores e a Polícia Militar durante votação do projeto que alterava o regime previdenciário dos servidores estaduais. "O ajuste custou muito à popularidade do governador (Beto Richa, do PSDB). Mas conseguimos um superávit de R$ 2,5 bilhões em 2015 e voltamos a investir neste ano", diz o secretário.

Origem do problema - A situação crítica das finanças estaduais tem origem na forte queda da arrecadação, sobretudo do ICMS - o principal imposto estadual -, e pelo excesso de endividamento. Entre 2012 e 2015, a União estimulou os governos estaduais a se endividarem. Mesmo Estados com baixa capacidade de tomar empréstimos receberam aval da União para novos empréstimos.

"Os Estados já estavam muito endividados. Quando o governo Dilma liberou crédito de forma indiscriminada só antecipou e agravou a crise. A depressão atual, obviamente, afetou sobremaneira essa situação", diz o professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), José Roberto Afonso, também pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Uma parte da piora das finanças estaduais também se deve ao recuo do Fundo de Participação dos Estados (FPE). No primeiro trimestre, os repasses do governo federal caíram 4,9% em relação a igual período de 2015. Em março, no entanto, o tombo foi de 39% comparado ao mês anterior.

Nas últimas semanas, a crise do endividamento dos Estados foi parar no Judiciário. Nove Estados conseguiram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) para alterar a metodologia de cálculo das dívidas estaduais de juros compostos para simples. O governo federal tenta reverter a decisão.
Segundo cálculos da equipe econômica, a mudança na metodologia deverá reduzir em R$ 300 bilhões o tamanho da dívida dos governadores. Muitos Estados deixariam de ser devedores e passariam a ser credores da União.

(Com Estadão Conteúdo)

sábado, 23 de abril de 2016

ISTOÉ:A delação que compromete Dilma

Assessor especial de Dilma Rousseff, o discreto Giles Azevedo é considerado no Palácio do Planalto os olhos e os ouvidos da presidente da República. O único na Esplanada com autorização para falar em nome de Dilma e a quem ela confia as mais delicadas tarefas. Por isso, quem recebe instruções do fiel auxiliar da presidente não entende de outra maneira: ele fala na condição de enviado da principal mandatária do País. Foi com essa credencial que Giles se aproximou da publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa. Em uma série de encontros, muitos deles mantidos na própria residência da publicitária no Lago Sul, em Brasília, Giles orientou Danielle a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 com recursos ilegais.

 A maior parte do dinheiro oriunda de empreiteiras do Petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestam serviço para o governo federal. As revelações foram feitas pela própria dona da Pepper em seu acordo de delação premiada, a cujo conteúdo ISTOÉ teve acesso. Ainda não homologado, o depoimento tem potencial explosivo, pois sepulta o principal argumento usado até agora por Dilma para se apresentar como vítima de um “golpe” destinado a apeá-la do poder: o de que não haveria envolvimento pessoal seu em malfeitos.

 Agora, fica complicado manter esse discurso em pé. No governo, e fora dele, há um consenso insofismável: Giles é Dilma. Nas conversas com Danielle, segundo a delação, Giles tratava sobre as principais fontes de financiamento que irrigariam as campanhas de Dilma por intermédio da Pepper. Sem registro oficial. Segundo ela, as orientações partiam do discreto assessor da presidente.

ENCONTROS SECRETOS
As reuniões entre Giles Azevedo e Danielle Fonteles ocorreram na
própria residência da dona da Pepper, no Lago Sul, em Brasília

No depoimento aos investigadores, a publicitária confessou ter recebido recursos “por fora”, por meio de contratos fictícios, da Andrade Gutierrez, da Queiroz Galvão, da OAS, da Odebrecht – empreiteiras implicadas no Petrolão –, da Propeg e de uma grande empresa de assessoria de comunicação dona de contas no governo, tudo conforme combinado com Giles.

A Propeg, agência de publicidade baiana que, de acordo com Danielle, teria sido responsável por vultosos repasses, figura entre as oito que mais receberam verbas do governo Dilma nos últimos anos. Atualmente, ela possui a conta da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Na quebra de sigilo da Pepper, a pedido da CPI do BNDES, foram identificados quatro depósitos da Propeg totalizando R$ 223 mil entre 2011 e 2012.

Da Andrade Gutierrez, a dona da Pepper admitiu ter recebido de maneira ilegal R$ 6,1 milhões, ratificando depoimento de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira. Com o montante, a empresa pagou funcionários do comitê de Dilma na campanha de 2010, entre outras despesas. Em outro trecho da delação, Danielle afirma que abriu uma conta na Suíça em 2012, sob o conhecimento de Giles, para receber da Queiroz Galvão na chamada “Operação Angola”. Por ela, a Pepper recebeu US$ 237 mil. A conta para movimentar os recursos, identificada com a sequência CH3008679000005163446, foi aberta por Danielle no banco Morgan Stanley.

REVELAÇÃO DA DONA DA PEPPER DERRUBA O DISCURSO DE
DILMA DE QUE NÃO TERIA SE ENVOLVIDO COM CORRUPÇÃO

Com tantos recursos para internalizar e uma teia de interesses em jogo, a Pepper acabou se transformando numa espécie de lavanderia de dinheiro do PT. Só entre 2013 e 2015, a Pepper movimentou em conta própria R$ 58,3 milhões. Com parte destes recursos, a empresa bancou despesas das campanhas de Dilma à reeleição, principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para atuar na guerrilha virtual travada nas redes sociais.

O dinheiro, segundo orientação de Giles Azevedo, veio da OAS e da Odebrecht por meio de contratos fictícios ou superestimados. Essa informação consta da delação de Danielle. Coube a Pepper, por exemplo, o pagamento de um pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro.

A personagem faz troça de adversários com a mesma veemência com que exalta iniciativas e discursos da presidente, até mesmo os mais frugais. Outros ativistas digitais pró-PT têm motivos para estarem bolados com a delação da publicitária. Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos investigadores.

Os nomes permanecem guardados a sete chaves e podem ensejar outra investigação. Oficialmente, a Pepper foi responsável pela estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil por mês.

Em junho de 2015, a PF realizou busca e apreensão na sede da Pepper em Brasília

Em outro capítulo da delação, ao discorrer sobre a campanha vitoriosa de Renan Filho (PMDB-AL) ao governo de Alagoas, a cargo da Pepper, a publicitária voltou a implicar o governo federal – deixando claro o elo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com Dilma. Disse que sua empresa, por meio do marido e sócio Amauri dos Santos Teixeira, só aceitou participar da campanha de Renanzinho depois de um pedido expresso do Planalto.

Trechos da delação premiada de Danielle Fonteles já foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF). A publicitária decidiu subscrever o acordo depois de tomar conhecimento das acusações dos executivos Otávio Azevedo e Flávio Barra, da Andrade Gutierrez, sobre parte das movimentações financeiras das campanhas da presidente, confirmadas por ela nos depoimentos aos investigadores.

A delação foi dividida pela Procuradoria-Geral da República em duas partes. Os depoimentos que fazem menção a presidente Dilma foram encaminhados ao STF e estão sob análise do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no tribunal. Há ainda citações ao governador Fernando Pimentel (PT-MG) em exame pelo Superior Tribunal de Justiça, responsável pelas investigações da Operação Acrônimo.

A Pepper possui ligações pretéritas com o PT. Em 2003, se aproximou do partido por intermédio do publicitário Duda Mendonça. Sua estreia no governo foi no programa Fome Zero, embrião do Bolsa Família. Em 2010, a Pepper passou a ser investigada pela Polícia Federal após ser acusada de patrocinar um bunker em Brasília destinado a bisbilhotar e produzir dossiês contra adversários dos petistas. O QG foi idealizado por Fernando Pimentel, governador de Minas, então coordenador da campanha de Dilma.

Em junho do ano passado, a PF chegou a fazer buscas na sede da Pepper, situada num shopping da capital federal. Segundo a PF, há indicações de que a empresa foi usada para intermediar dinheiro do BNDES a Pimentel. Em março, o governador de Minas foi indiciado no âmbito da Operação Acrônimo por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Durante o primeiro mandato de Dilma, Pimentel, na condição de ministro do Desenvolvimento, exercia forte influência sobre o banco de fomento. Sua mulher, Carolina Oliveira, é considerada uma espécie de sócia oculta da Pepper. De acordo com a PF, entre 2013 e 2014, a Pepper recebeu R$ 520 mil do BNDES por serviços de publicidade e repassou R$ 236 mil a Carolina. Foi a partir daí que os agentes encontraram indícios de que Carolina era mais do que apenas uma colaboradora da agência.

Criador da Dilma Bolada, Jefferson Monteiro recebeu da Pepper R$ 20 mil por mês

A má notícia para Giles Azevedo e, consequentemente, para Dilma, é que os investigadores reconhecem a consistência dos depoimentos de Danielle Fonteles. Foi com base neles que, na sexta-feira 15, o empresário Benedito Oliveira, o Bené, amigo de Pimentel, foi preso preventivamente, também na Operação Acrônimo. Em 2010, Bené foi o responsável por custear as despesas de uma mansão em Brasília alugada para abrigar funcionários da campanha da presidente, sob a coordenação de Pimentel. Para a PF, o governador de Minas recebeu “vantagens indevidas” de Bené, como o pagamento de despesas pessoais dele e de sua mulher, Carolina Oliveira.

 Na delação, a dona da Pepper confirmou que Benedito Oliveira atuava como um dos financiadores da primeira campanha presidencial de Dilma. As empresas de Bené, como a Gráfica e Editora Brasil, receberam meio bilhão de reais do governo do PT. Muitos desses pagamentos para serviços gráficos e organização de eventos, sem comprovação de prestação de serviços. Como aqueles combinados entre Giles Azevedo, o homem de Dilma no esquema, e Danielle Fonteles.Fonte:ISTOÉ

Novas delações premiadas revelam que o ex-presidente Lula sabia do pagamento de propinas em contratos da Petrobras

Nas últimas semanas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem tentando, a todo custo, se desvencilhar das denúncias do Petrolão. As investidas não têm sido bem-sucedidas. Por mais que Lula lute para subverter os fatos, revelações comprometedoras acabam por emaranhar ainda mais a defesa do ex-presidente.

Três vieram logo após a votação do impeachment na Câmara. Em depoimento na segunda-feira 18, o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, vinculou o seu crescimento profissional na estatal à gratidão de Lula por serviços de corrupção prestados. Na condição de delator, Cerveró detalhou como tirou do papel uma operação ilícita para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões feito por José Carlos Bumlai, compadre do ex-presidente, com o Grupo Schahin.

Os recursos foram usados para pagar dívidas do PT. Cerveró selou, em troca do perdão da dívida, um contrato de cerca de US$ 1,6 bilhão entre a Schahin Engenharia e a Petrobras para operar um navio sonda. A ordem, disse, veio do ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli. A generosidade de Lula, afirmou Cerveró no depoimento, ficou clara quando ele quis trocar de cargo na máquina pública. O ex-presidente não se furtou a ajudá-lo. Como reconhecimento pela ajuda, autorizou a sua transferência do cargo de diretor da Petrobras para uma chefia na BR Distribuidora.

TENSÃO
Lula deixa o diretório do PT em São Paulo: cada vez mais encrencado

Os relatos de Cerveró reforçam as declarações de outro delator. Diogo Ferreira, assessor do senador Delcídio do Amaral, apontou à Justiça que Lula fez parte da tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras preso pela Lava Jato. O líder petista temia as revelações de Cerveró. Foram feitos três pagamentos a familiares dele. O plano tinha até um roteiro espetaculoso de fuga para o exterior. Acabou frustrado depois que o filho de Cerveró entregou para autoridades gravações das tratativas conduzidas pelo senador Delcídio do Amaral.

 Cerveró e o assessor Diogo Ferreira não são os primeiros a citarem Lula em delações premiadas. Como ISTOÉ antecipou, Delcídio confirmou o envolvimento de Lula na tentativa de silenciar o ex-diretor. Na quarta-feira 20, o STF autorizou a inclusão de trechos da delação do senador em que ele cita Lula, a presidente Dilma e o vice, Michel Temer, em um inquérito que investiga a existência de uma engrenagem criminosa na Petrobras.

Outro laudo da Polícia Federal coloca sob suspeita a relação de Lula com empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. Ele indica que, das contas usadas pela construtora Andrade Gutierrez para o pagamento de propina, saíram pagamentos a entidades ligadas ao ex-presidente. Depósitos de 3,6 milhões entre os anos de 2011 e 2014.

Parte do dinheiro foi destinada a doações ao Instituto Lula. O restante a Andrade Gutierrez depositou nas contas da LILS Palestras, empresa de Lula. Seriam pagamentos pela realização de conferências. Sobre as plaestras de Lula, o juiz Sergio Moro já chegou a afirmar: “não se pode concluir pela ilicitude das transferências às empresas do ex-presidente, mas é forçoso reconhecer que trata-se de valores altos para doações e palestras, o que no contexto do esquema criminoso da Petrobras gera dúvidas sobre a generosidade das empresas.”

As apurações mais avançadas sobre Lula envolvem a ocultação de um tríplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia. Promotores paulistas e procuradores que investigam o Petrolão possuem depoimentos que reforçam que os imóveis em nome da OAS e de sócios do filho de Lula pertencem, na verdade, à família do ex-presidente.

Chama a atenção o fato de tanto o apartamento como o sítio terem sido reformados por empreiteiras envolvidas no Petrolão. A ex-primeira-dama Marisa Letícia acompanhou as obras de perto. Durante as investigações, o Ministério Público de São Paulo chegou a pedir a prisão de Lula. O pedido foi negado pela Justiça paulista, que encaminhou o processo para o juiz Sergio Moro. Em março, agentes da Polícia Federal ligados à Lava Jato levaram o presidente coercitivamente para prestar depoimento sobre as denúncias. Mas o caso foi tirado do Paraná após Lula ser nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff.

A nomeação de Lula é motivo de investigação. Interceptações telefônicas indicam que ela ocorreu para livrá-lo da Justiça Federal do Paraná. Como ministro, o ex-presidente passou a ter foro privilegiado. Responde a eventuais denúncias no Supremo Tribunal Federal. Em um dos diálogos, Lula fala com a presidente Dilma Rousseff. Ela diz que está enviado um termo de posse para Lula antes mesmo de ele assumir o cargo. Na prática, um salvo-conduto para um eventual pedido de prisão decretado pelo juiz Sergio Moro. A nomeação de Lula acabou suspensa preliminarmente por determinação do STF. A Corte a julgaria na quarta-feira 20. Não é de estranhar que, diante de tantos fatos novos, tenha adiado a sessão.

Procuram-se ministros

Governo enfrenta uma debandada na Esplanada dos Ministérios

Dilma Rousseff enfrenta um problema inusitado. Faltam interessados em ocupar vagas de primeiro escalão em seu governo. Mesmo siglas fisiológicas entregaram o comando de ministérios. O PP devolveu o da Integração Nacional. Gilberto Kassab, do PSD, demitiu-se da pasta das Cidades. Seguiram os rumos dos peemedebistas Henrique Alves (do Turismo), Mauro Lopes (da Aviação) e Eduardo Braga (Minas e Energia). Engrossam o número de ministérios sob o comando de interinos. Um terço das pastas está nesta situação. Para piorar, a petista não tem conseguido repor os quadros. Políticos e partidos sabem que, com a iminência do afastamento dela, ficarão semanas, no máximo, à frente dos cargos.

Dilma se confunde para preencher até quadros estratégicos, como a Justiça. Indicou um ministro que foi obrigado a deixar o cargo após o STF decidir que não poderia ocupar a função por ser promotor. Colocou outro no lugar: um procurador da República. Seis por meia dúzia. Uma guerra de liminares tira e põe Eugênio Aragão da função.Fonte:ISTOÉ

Kid Abelha anuncia oficialmente o fim da banda

A banda Kid Abelha anunciou em sua página no Facebook nesta sexta-feira que chegou ao fim, após mais de três décadas de formação. O comunicado, destinado aos fãs do grupo, oficializou um término que já estava sendo alardeado pelos seus integrantes, Paula Toller, George Israel e Bruno Fortunato.

O grupo não se apresentava desde 2013, quando fez uma turnê em comemoração aos 30 anos de formação. "A vontade de experimentar outras formas de criar e o desgaste natural de tanto tempo juntos nos levaram a essa decisão. Optamos por um final suave, evitando o sensacionalismo, com a convicção de que nossa trajetória vitoriosa sempre se deveu ao entusiasmo e dedicação sempre renovados a cada disco, cada turnê", diz a nota divulgada na página do grupo e assinada pelos três integrantes.

Formada na década de 80 no Rio de Janeiro, a banda lançou, no total, dezesseis discos. Entre os principais hits do Kid Abelha estão Fixação, Lágrimas e Chuva e Como Eu Quero. No ano de 2003, o álbum Acústico MTV vendeu 750.000 cópias e esteve entre os dez CDs e DVDs mais vendidos do Brasil durante dois dias.Fonte:Veja

Água chegando para quem mais precisa em Serrinha

A beneficiada da vez foi a comunidade de Sucupira, foram entregues 53 tecnologias sociais de captação de água (cisternas) pela Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Agricultura em parceria com o Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal – CONSISAL.

A cerimônia foi realizada na residência da senhora Diana, beneficiária dos Programa Primeira Água, que demonstrou bastante contentamento em receber esse projeto que garante acesso à água de qualidade para consumo. As cisternas tem capacidade de 16 mil litros. Na oportunidade, os contemplados foram certificados pelo curso de Gerenciamento de Recursos Hídricos, que os capacitou para o manuseio e cuidados com a cisterna.

Presente no evento o Prefeito de Serrinha e Presidente do CONSISAL, Osni Cardoso, agradeceu ao Deputado Estadual, Gika Lopes, pelo apoio junto ao governo na articulação para construção de cisternas em comunidades que possuem água encanada, porém com abastecimento restrito. E também destacou o empenho do Governo Federal nas ações para mudar a vida de quem mais precisa.

Em sua fala, o Deputado Estadual; Gika Lopes, destacou: minha luta é pela universalização do acesso à água para consumo e também para produção, garantindo às famílias do campo água de qualidade para beber e também para produzir. ” Finalizou.

Também fizeram-se presentes no evento, o Secretário de Administração; Jivaldo Oliveira, o Secretário de Meio Ambiente; Hamilton Queiroz, o Diretor Geral da Secretaria de Agricultura; Renildo Miranda, o Diretor Geral da Secretaria de Saúde; Jorge Gonçalves, a Diretora Geral da Secretaria de Serviços Públicos; Edvania Araujo, o Assessor do Deputado Estadual; Joseildo Ramos, Josenildo Shodan, representantes da FATRES, CONSISAL, lideranças comunitárias e demais moradores da comunidade.

Ao todo foram construídas em Serrinha 1.534 cisternas, e o trabalho não para por aí, faltam 1.156 a serem construídas até o fim do ano, somando um total de 2.690 cisternas, milhares de pessoas beneficiadas.

Prefeitura de Serrinha l Secretaria de Administração

Assessoria de Comunicação

Autópsia de Prince termina, mas causa da morte ainda é mistério

A autópsia de Prince, morto nesta quinta-feira, foi finalizada na tarde desta sexta, e o corpo foi liberado para a família, informou a instituição responsável Midwest Medical Examiner, em Minnesota. Porém, a causa da morte ainda permanece um mistério, já que o resultado final dos exames pode levar semanas.

"Como parte do exame, informações relevantes sobre o histórico de Nelson e sua família serão coletados", diz o comunicado do centro médico, em referência ao nome completo do cantor, Prince Rogers Nelson. "Qualquer informação relevante será anexada à investigação." A instituição afirmou que não divulgará detalhes dos exames até a finalização do processo. "Coletar as informações levará vários dias. E o resultado do exame toxicológico pode levar semanas", diz o documento.

Um dos policiais que analisa o caso falou ao site The Hollywood Reporter que Prince estava sozinho na hora da morte, que não existem sinais de agressão física e que também não há razão para suspeitar de suicídio.

Overdose - Segundo o site americano TMZ, o primeiro a noticiar a morte do cantor, Prince sofreu uma overdose de drogas seis dias antes de morrer. A publicação afirma que o pouso de emergência do avião particular do cantor, na sexta-feira passada, foi necessário para que ele fosse levado a um hospital e recebesse uma medicação para combater os efeitos de drogas derivadas do ópio, como heroína, morfina e codeína.

Henrique Meirelles diz que não recebeu convite de Temer para ministério

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles saiu na tarde deste sábado de reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, e disse que não recebeu convite oficial para ocupar o cargo de ministro da Fazenda em um eventual governo do vice. Questionado pelos jornalistas se aceitaria o posto, Meirelles respondeu: "Não trabalho com hipóteses".

Ele acrescentou, no entanto, que está disposto a aconselhar Temer, como sempre fez. Meirelles disse também que Temer mostrou uma visão "correta" da economia. "Pelas perguntas que Temer fez, me parece que ele está com uma visão bastante correta e adequada, o que eu acho muito positivo, sobre a economia."

Meirelles falou na saída do Palácio do Jaburu, onde participou de reunião nesta tarde com Temer, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Filiado ao PSD, Meirelles é um dos nomes que estão sendo cotados para a pasta da Fazenda caso Michel Temer assuma Presidência, em decorrência de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.

Henrique Meirelles presidiu o Banco Central de 2003 a 2011, durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência.

Manifestação - Mais cedo, um grupo de cerca de 150 pessoas fez um protesto em frente ao Jaburu contra Temer. O movimento, organizado pelo Levante Popular da Juventude, é o mesmo que tem realizado protestos contra outros políticos que votaram a favor do impeachment e que também havia se manifestado em frente a casa de Temer em São Paulo, no último dia 21. O protesto é pacífico e a segurança no Jaburu não foi reforçada por causa do movimento.

Um dos militantes disse que o grupo veio dar um recado a Temer, de que não aceita qualquer tipo de retrocesso no país. "Nós não vamos aceitar nenhum retrocesso nos direitos dos trabalhadores", afirmou um dos líderes do movimento. Adi Spezia, do Levante Popular da Juventude, acrescentou que eles decidiram realizar esse protesto hoje justamente porque Temer receberá visitas. Segundo ela, o movimento continuará protestando contra a postura do vice-presidente.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

Dilma reprova ministros do STF que criticaram uso do termo 'golpe': 'Não deveriam dar opinião'

A presidente Dilma Rousseff (PT) criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal que criticaram o uso do termpo "golpe" para definir o processo de impeachment. A petista afirmou que os ministros não deveriam se manifestar, já que é provável que o governo recorra ao STF até o final do processo. "É a opinião de três ministros. São apenas três ministros, e são ministros que não deveriam dar opinião porque vão me julgar", disse Dilma à Folha, sem citar nomes.

 Quem se manifestou em público foram os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Durante a entrevista, a presidente defendeu a aplicação da cláusula democrática do Mercosul no Brasil, medida usada no Paraguai em 2012 quando houve destituição do então presidente Fernando Lugo.

 "Me dizer que não é golpe é tapar o sol com a peneira. Sou uma pessoa vítima, sou uma pessoa injustilada, e isso é grave porque sou presidente da República. Se a lei nem para mim vale, quanto mais para a população do nosso país mais pobre", declarou Dilma, antes de mencionar que os articuladores do processo de impeachment não têm legitimidade para tentar derrubá-la. Fonte:Bahia Noticias

Anatel proíbe por tempo indeterminado limite para internet fixa

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu por tempo indeterminado que as operadoras de banda larga reduzam a velocidade da internet fixa de seus clientes. A proibição, que antes tinha prazo de 90 dias, agora vai vigorar até que a Anatel analise a questão da limitação de franquias.

"Até a conclusão desse processo, sem prazo determinado, as prestadoras continuarão proibidas de reduzir a velocidade, suspender o serviço ou cobrar pelo tráfego excedente nos casos em que os consumidores utilizarem toda a franquia contratada, ainda que tais ações estejam previstas em contrato de adesão ou plano de serviço", diz a agência reguladora em nota publicada.

Na última segunda-feira (18), a Anatel havia proibido restrições à franquia de dados de internet fixa por banda larga pelo prazo de 90 dias. No entanto, o presidente da agência, João Rezende, disse que a era da internet ilimitada estaria chegando ao fim.

Apesar de medida cautelar da agência impedindo que as empresas de banda larga fixa reduzissem a velocidade da conexão ou cortassem o acesso, Rezende afirmou que a oferta de serviços deve ser "aderente à realidade". "Não podemos trabalhar com a noção de que o usuário terá um serviço ilimitado sem custo", afirmou Rezende. "Para nem todos os modelos cabe ilimitação total do serviço. Não vai haver rede suficiente para tudo."

O site da Anatel apresentou instabilidade nesta sexta-feira e ficou fora do ar por vários momentos. O grupo de hackers intitulado Anonymous publicou na quinta-feira um vídeo criticando a iniciativa das operadoras de limitar a banda larga fixa, mas não está comprovado que tenha atacado a página da agência.
(Com Agência Brasil)

Lula: O mito estraçalhado

Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde, passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência mais organizada e duradoura na política do país.

Dilma Rousseff, embora pareça um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...

Há algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe" provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo. Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma posição internacional de grande prestígio.

Muitos desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do "milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso desenvolvimento social desde os anos 1930.
No Brasil, temos a obsessão permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com "jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do "Primeiro Mundo" e da modernidade.

Na política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma das raízes de seus problemas.

É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado. Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos tribunais de contas.

O maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o "imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além, generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.

O que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás, sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre, é sempre muito desastroso.

Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou muito...

Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países, isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos desde então.

O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro. Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de "sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo brasileiro.Fonte:Veja

* Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)

Sítio de Atibaia será 1ª acusação a Lula na Lava Jato

A força-tarefa da Operação Lava Jato considera ter elementos para levar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao banco dos réus, acusado de envolvimento com a organização criminosa que corrompeu e lavou dinheiro desviado da Petrobras - independente de qual instância ele será processado. O inquérito sobre a compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), será a primeira acusação formal entregue à Justiça.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá ainda se Lula pode assumir o cargo de ministro da Casa Civil e se ele será denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), considerando o direito ao foro especial por prerrogativa de função, ou se as acusações poderão ser apresentadas pela Procuradoria, em Curitiba, diretamente ao juiz federal Sérgio Moro - dos processos em primeiro grau da Lava Jato.

Alvo em Curitiba de três frentes de apuração na Lava Jato - as outras duas envolvem o tríplex 164 A, da OAS, no Guarujá, e os pagamentos e repasses para o ex-presidente via sua empresa de palestras, a LILS, e para o Instituto Lula -, a que envolve o sítio de Atibaia é a mais robusta, na avaliação dos investigadores. Os inquéritos estão suspensos depois que ele foi nomeado ministro da Casa Civil pela presidente Dilma Rousseff, no dia 17, e o tema foi levado ao Supremo.

A peça apontará a família do ex-prefeito de Campinas (SP) e amigo de Lula Jacó Bittar (PT) como "laranjas" na ocultação da propriedade, adquirida em 2010 pelo valor declarado de 1,5 milhão de reais. Os registros de escritura em nome dos donos oficiais, um "contrato de gaveta" em nome do ex-presidente e da mulher, Marisa Letícia, encontrado nas buscas e depoimentos dos investigados farão parte da acusação.

O compadre e defensor jurídico do ex-presidente Roberto Teixeira também será citado como parte da operação de formalização do negócio. Oficialmente a propriedade está registrada em nome de um dos filhos de Bittar, Fernando Bittar, e do empresário Jonas Suassuna - ambos sócios do filho de Lula. O registro de compra do imóvel foi realizado pelo escritório de Teixeira.

Com base nas notas fiscais localizadas nas buscas e apreensões, depoimentos colhidos e movimentações bancárias analisadas, a Lava Jato também vinculará os desvios de recursos na Petrobras à reforma executada no sítio e a manutenção de bens referentes a Lula. OAS, Odebrecht e o pecuarista José Carlos Bumlai serão vinculados aos serviços executados, como compensação por obras loteadas pelo cartel.

Em documento enviado ao STF, a defesa de Lula sustenta que o sítio foi comprado pelo amigo Jacó Bittar para convívio das duas famílias, após ele deixar a presidência, em 2011.

O defensor de Lula Cristiano Zanin Martins informou que o "MPF tem conhecimento, em virtude de provas documentais, de que (i) o sítio foi comprado com recursos provenientes de Jacó Bittar e de seu sócio Jonas Suassuna; (ii) que Fernando Bittar e Jonas Suassuna custearam, com seu próprio patrimônio, reformas e melhorias no imóvel; (iii) que Fernando Bittar e sua família frequentaram o sítio com a mesma intensidade dos membros da família do ex-presidente Lula, estes últimos na condição de convidados".

(Com Estadão Conteúdo)

O PT a caminho da oposição: um partido perdido

Depois de quase catorze anos no poder, o PT está prestes a voltar à oposição. E já dá mostras do que pretende. Com chances cada vez menores de barrar o processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado, o partido se vê às voltas com manobras para deslegitimar um eventual governo Michel Temer - com destaque para o golpe das novas eleições, esta sim uma alternativa inconstitucional. Num gesto de desespero, membros do partido defendem uma Proposta de Emenda Constitucional que permitiria antecipar o pleito de 2018. Ou ainda a dupla renúncia de Dilma e Temer. Duas ideias sem respaldo na realidade: a legenda que não conseguiu 172 votos para barrar o impeachment na Câmara não conseguiria os votos de 3/5 dos deputados necessários à aprovação de uma PEC. Tampouco é factível imaginar que Temer aceitasse um acordo desse tipo com o PT.

Fustigado pelo escândalo do petrolão, o partido pode desembarcar do Palácio do Planalto dentro de um mês, conforme o calendário do Senado. O PT tentará barrar o processo de impeachment com votos de aliados no Senado e deve provocar o Supremo Tribunal Federal a se manifestar sobre o mérito das acusações de crime de responsabilidade contra Dilma. Mas há outras iniciativas em gestação. Desde a última sexta-feira, quando começou a série de debates na Câmara que culminou nos 367 votos favoráveis ao afastamento de Dilma, outras teses foram lançadas. Nenhuma delas pareceu unir o partido. Por iniciativa individual ou coletiva, parlamentares, representantes do governo, o comando nacional do PT e as bancadas na Câmara e no Senado adotaram posturas por vezes contraditórias.

"Está todo mundo meio tonto. Ninguém está tendo muita capacidade de formulação para esse novo momento. No PT está todo mundo com medo, mas ninguém acreditando. Se o impeachment passar, vai ser uma pancada, vai deixar todo mundo tonto", dizia o deputado Zé Geraldo (PA), num momento de reflexão no salão verde da Câmara.

Conselheiro jurídico do ex-presidente Lula e autor de estratégias para barrar o impeachment, o deputado Wadih Damous (RJ) abriu a temporada de propostas esdrúxulas ainda no primeiro dia de debates. Ele lançou a hipótese da convocação de eleições gerais. Mas sua fala na sequência já indica o óbvio: nem os petistas acreditam de fato que a tentativa de golpe do partido vai colar. "O PT vai reaprender a ser oposição, intransigente e sem dar tréguas", disse. "Vai se tratar de um governo ilegítimo do PMDB. Eu vou defender dentro do partido eleições gerais já caso o impeachment aconteça".

Coube ao líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), admitir antecipadamente a derrota e ecoar os pensamentos do Palácio do Planalto. "Não tem nada de eleição geral. O PT é bom de briga nessas horas". Porém, bastou chegar a noite de terça-feira para oito dos onze senadores do PT assinarem uma proposta de emenda constitucional (PEC) apresentada no Senado justamente para viabilizar a realização das eleições antecipadas.

Nos bastidores da Câmara, alguns dos petistas mais experientes da bancada e com base eleitoral em São Paulo já não disfarçam a verdadeira razão por trás da ideia de novas eleições: a tentativa de fazer o ex-presidente Lula voltar à Presidência da República. A legenda que está prestes a ser apeada do poder por crime de responsabilidade quer alçar ao comando do país uma figura na mira da Lava Jato e da Zelotes. Isso porque o partido avalia que ele ainda é o único com carisma e capaz de reunir forças de esquerda. Numa clara demonstração de perda de base social desde que se encastelou no poder, o PT só conseguiu mobilizar milhares de pessoas para ir às ruas depois que Lula foi conduzido para depor na Polícia Federal, teve um pedido de prisão entregue à Justiça e viu seus diálogos privados, muitos pouco republicanos, revelados pelo juiz Sérgio Moro.

Novo partido - A crise atual também ventilou nas fileiras do partido a proposta de criação de uma nova legenda. Petistas disseram que cerca de dez deputados estariam envolvidos nas discussões - sempre negadas em público. Seria um movimento semelhante à refundação do PT pregada pela corrente Mensagem ao Partido no auge do escândalo do mensalão em 2005. O ex-ministro Tarso Genro é um dos expoentes da corrente, assim como parte da bancada gaúcha na Câmara e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, um dos mais próximos ministros de Dilma desde o início de seu primeiro mandato.

A direção do PT demorou dois dias para se manifestar de maneira contundente depois da derrota na Câmara. Primeiro, soltou uma nota assinada pelo presidente nacional, Rui Falcão, cuja única palavra de ordem era conclamar "todos homens e mulheres comprometidos com a democracia para que se mantenham mobilizados, ocupando as ruas contra a fraude do impeachment". Na terça-feira, depois de ouvir Lula, o Diretório Nacional publicou uma resolução que reconhece o "cerco" e o estado "defensivo" do governo Dilma.

Calvário - Ironicamente, o partido que gestou o mensalão e o petrolão diz no documento que o impeachment é liderado pelos "chefões da corrupção" e usa uma linguagem policialesca ao se referir a Temer como um "receptador" de um mandato "surrupiado". Sugere ainda que Dilma haja como nunca fez antes: reforme seu ministério com "personalidades de relevo" e priorize pautas da esquerda, como a reforma agrária, relegada em seu governo. A resolução recorre ao mesmo terrorismo da campanha de 2014 e acusa o PMDB de planejar "ataques às conquistas dos trabalhadores, cortes nos programas sociais, privatização da Petrobras, achatamento dos salários, entrega das riquezas nacionais, retrocesso nos direitos civis e repressão aos movimentos sociais".

O discurso tem um objetivo claro: agradar a militantes que, pagos ou por vontade própria, (ainda) vão às ruas em defesa de Dilma e do partido. A resolução evidencia que o PT buscará em sua via-crúcis de volta à oposição o apoio do PCdoB, do PSOL , do PDT e do nanico PCO. Um dos principais articuladores contra o impeachment, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), avaliou como pouco viável uma repactuação com um governo do PMDB. "Para todos que estão lutando contra o impeachment, o local correto será na oposição", disse.Fonte:Veja

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Vice-presidente do Vitória admite interesse em Cajá, mas ressalta: 'Está valorizado'

O vice-presidente do Vitória, Manoel Matos, admitiu o interesse no meio-campista Renato Cajá, que estava no Al Sharjah, dos Emirados Árabes. Entretanto, o cartola ressalta que a negociação não é nada fácil. O atleta é alvo de cobiça do Santa Cruz, Ponte Preta e Botafogo. “O Cajá está valorizado e temos outros times no páreo. Vamos aguardar para ver para onde ele vai, se para o Vitória ou para outro clube”, afirmou o cartola Rubro-negro. Em 2013, Cajá atuou no Vitória. Ele disputou 42 partidas e marcou seis gols. O jogador, de 31 anos, ainda acumula passagens pela Ponte Preta, Botafogo, Kashima Antlers (JAP), Juventude, Grêmio, Mogi Mirim, Bursaspor, (TUR) Guangzhou Evergrande (CHI), entre outros.Fonte:Bahia Noticias

Vereadora Edylene reivindica Delegacia da Mulher para Serrinha

A vereadora Edylene Ferreira, presidente da Câmara de Vereadores e pré-candidata, se reuniu com o Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, Maurício Barbosa, na manhã de terça-feira (19), em Salvador. Na pauta esteve a solicitação para a implantação da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher - DEAM e o aumento de delegados platonistas.

 "Muito importante a DEAM (Delegacia  Especializada em Atendimento à Mulher ) para o município! Este Grande  apoio às mulheres do município de Serrinha só podia partir de você!", expressou o secretário durante a conversa.

A solicitação é uma ação motivada pelos altos índices de violência contra a mulher, praticada principalmente dentro dos lares e por parceiros afetivos. Na Bahia, existem 15 DEAMs e a primeira foi implanta há cerca de 30 anos. Na Região do Sisal existem diversas ações contra a violência contra a mulher, mas ainda não tem uma delegacia especializada.

O que é as DEAMs?

As DEAMs são unidades especializadas da Polícia Civil, que realizam ações de pre­venção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica e violência sexual contra as mulheres, entre outros. Entre as ações, cabe citar: registro de Boletim de Ocorrência, solicitação ao juiz das medidas protetivas de urgência nos casos de violência doméstica e familiar contra as mulheres, realização da investigação dos crimes.

Mulheres são assassinadas em casa

Entre 2009 e 2011, o Brasil registrou 16,9 mil feminicídios (mortes de mulheres por conflito de gênero). Esse número indica uma taxa de 5,8 casos para cada grupo de 100 mil mulheres. Aproximadamente 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo.
Pesquisa do Senado brasileiro estima que mais de 13,5 milhões de mulheres já tenham sofrido algum tipo de agressão. Esse número equivale a 19% da população feminina com 16 anos ou mais.
77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agressões semanal ou diariamente. E 82,5% das mulheres relataram que elas são praticadas por homens com quem mantêm ou mantiveram algum vínculo afetivo. Fonte:centraldanoticia.com

De aliado a algoz do governo, Eduardo Cunha encarna o papel do político mais detestado do país

​Até para triunfar no posto de político mais odiado do Brasil é preciso algum esforço. Nos ventos da crise, o deputado Eduardo Cunha, 57 anos, eleito com 233 000 votos pelo PMDB do Rio de Janeiro, é o campeão inconteste nesse quesito - daí o título que VEJA traz na capa desta edição: #Fera, Odiado e do Mal. Fera por sua capacidade incomparável de ir em frente com seus objetivos, mesmo que seja contra tudo e contra todos. Odiado porque a pesquisa mais recente do instituto Datafolha mostra que 77% dos brasileiros querem a cassação do seu mandato. E do Mal porque não param de aparecer depoimentos nos quais Cunha é apontado como um sujeito agressivo, capaz de inspirar medo em seus adversários. E #Fera, Odiado e do Mal, assim tudo junto, para fazer uma referência jocosa ao título "Bela, Recatada e 'do Lar' ", que VEJA publicou em reportagem sobre Marcela Temer, mulher do vice-­presidente Michel Temer - título que estourou na web, gerando memes absolutamente impagáveis.

A presidente Dilma Rousseff diz que Eduardo Cunha é traidor, vingativo, chantagista e, como insinua com frequência, corrupto. O procurador-­geral da República, Rodrigo Janot, tachou-o de "extremamente agressivo" e dado a retaliações. Uma minoria barulhenta da Câmara se refere a ele como "gângster" e "ladrão", como se ouviu na votação do impeachment. Empresários denunciam-no por extorsão. Cunha é acusado de embolsar propinas milionárias do petrolão, de ser correntista oculto de bancos na Suíça e de mentir aos colegas, o que configura quebra do decoro parlamentar.

Mesmo com tantos rivais e denúncias, ele continua à frente da presidência da Câmara, submetendo a Casa a suas pautas e interesses pessoais. Sob sua presidência, os deputados aprovaram o pedido de impedimento de Dilma, e o vice Michel Temer está a um passo do Palácio do Planalto.

E que ninguém pense que Cunha está morto. Na histórica sessão de domingo passado, que decretou o enterro político do governo Dilma, deputados chegaram a defender uma anistia a Cunha por seu papel decisivo no processo. Tudo às claras, diante das câmeras de TV. Mas há outro motivo, oculto e eloquente, para a tentativa de torná-lo inimputável. Cunha tem se mostrado um provedor generoso. Ninguém sabe tocar tão fundo na alma, na consciência e no bolso dos deputados. Ninguém distribui tantas benesses e favores de forma tão democrática, do alto ao baixo escalão. Tecida durante anos a fio, essa rede de cumplicidade se recusa a passar na guilhotina o pescoço de Cunha. Na campanha eleitoral de 2014, ele conseguiu recursos para vários candidatos.

Só o grupo JBS doou 21 milhões de reais ao diretório do PMDB do Rio - uma deferência especial ao parlamentar, dentro da lei, diga-se. Postulantes a deputado federal de outras legendas também foram agraciados e passaram a gravitar em sua órbita de poder.

A própria Operação Lava-Jato já descobriu detalhes desse protagonismo financeiro. Em mensagem encontrada em um celular do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, condenado a dezesseis anos de prisão no escândalo do petrolão, Cunha reclama que o executivo repassou 5 milhões de reais ao vice Michel Temer numa parcela só, adiando o acerto com o restante da "turma", a sua turma, a turma formada por seus alimentados.

Ao pedir o afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara, Janot o acusou de usar o mandato para fins escusos e citou como exemplo o empenho do deputado em aprovar matérias de interesse do Banco BTG Pactual, cujo dono então, André Esteves, amigo de Cunha, chegou a ser preso pela Lava-Jato. "E-mails trocados demonstram que Eduardo Cunha atuou como longa manus dos bancos, protegendo os interesses ilícitos destes em detrimento do interesse público, visando, assim, a receber vantagens indevidas", disse Janot. Fundamental para a vitória de Cunha na disputa pela presidência da Câmara no ano passado, esse trabalho de captação de doações eleitorais para deputados é facilitado pela proximidade do peemedebista com os donos do dinheiro.

Antes de chegar ao comando da Casa, Cunha relatou quase todos os projetos que envolviam negócios grandiosos. Na medida provisória dos portos, que tratava das concessões no setor, ele defendeu a prorrogação de certos contratos de arrendamento. Durante a discussão do texto, um lobista da Santos Brasil, gigante especializado na operação de contêineres, circulou pelo plenário tentando convencer as excelências a apoiar a iniciativa. A presença do lobista em cena foi entendida por alguns parlamentares, especialmente os de olhos mais cobiçosos, como a prova de que ofertas apresentadas nos bastidores seriam honradas.

Que ofertas? "É a emenda Tio Patinhas", gritou da tribuna o então deputado Anthony Garotinho, referindo-se à chuva de matéria sonante que inundava os bastidores. Cunha sempre negou que tivesse vendido às partes interessadas artigos de medidas provisórias. Sempre rechaçou que tivesse usado requerimentos de convocação de empresários para extorqui-los. Mas, registre-se, também sempre negou que tivesse conta secreta na Suíça... O lobista Júlio Camargo, delator do petrolão, acusou Cunha abertamente de ser um extorsionário.

Fonte:Veja(Com reportagem de Thiago Bronzatto)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Boletim do Ministério da Saúde confirma mais de mil casos de microcefalia no país


Um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde nessa quarta (20) pontuou que até o último sábado (16), 1.168 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso foram confirmados no país. De acordo com o portal Terra, 2.241 casos suspeitos foram descartados enquanto 3.741 permanecem em investigação. Os casos detectados ocorreram em 428 municípios de 22 estados do Brasil, sendo 77,2% concentrados no Nordeste. Atrás apenas de Pernambuco, que conta com 760 diagnósticos, a Bahia registrou 647 casos da doença. Dos mais de mil registrados em todo o país, 192 tiveram resultado positivo em relação ao zika vírus, porém, o Ministério ressalta que o dado não representa adequadamente as totalidades dos casos relacionados ao vírus. "A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia", diz o boletim. O documento também menciona que foram registrados 240 óbitos suspeitos após o parto ou durante a gestação – quando ocorre aborto ou feto é natimorto. Desses, 165 continuam sob investigação, 51 foram confirmados com diagnóstico de microcefalia e/ou alteração no sistema nervoso central e 30 foram descartados.

Vitória bate Juazeirense e vai encarar o Bahia na final


 O Vitória venceu a Juazeirense por 3 a 0 nesta quinta-feira (21), no Barradão, e se classificou para a final do Campeonato Baiano. Os gols foram marcados por Amaral, Diego Renan e Victor Ramos. Com o resultado, o Leão vai pegar o Bahia na grande decisão do estadual.

A primeira partida da final do certame será no próximo dia 1º de maio, no Barradão. O jogo de volta está marcado para 8 de maio, na Arena Fonte Nova

Capa da revista The Economist tem Cristo Redentor pedindo socorro


Após a mais famosa estátua do Rio de Janeiro simbolizar a decolagem e depois a derrocada do Brasil, agora é a vez de o Cristo Redentor pedir socorro na capa da nova edição da revista The Economist.

A publicação britânica traz a imagem do Cristo segurando um cartaz com a inscrição "SOS". Em editorial, a revista diz que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade sobre o fracasso econômico, mas que os que trabalham para tirá-la do cargo "são, em muitos aspectos, piores" e cita Eduardo Cunha como exemplo. "No curto prazo, o impeachment não vai resolver isso".

 Por isso, a revista defende novas eleições gerais. O editorial diz que "Dilma Rousseff levou o País para baixo, mas toda a classe política também". "O fracasso não foi feito apenas pela senhora Rousseff. Toda a classe política tem levado o País para baixo através de uma combinação de negligência e corrupção.

Os líderes do Brasil não ganharão o respeito de volta de seus cidadãos ou superarão os problemas econômicos a não ser que haja uma limpeza completa". A revista diz que Dilma tem responsabilidade sobre a situação porque houve incompetência do atual governo na condução da economia, o Partido dos Trabalhadores se envolveu no esquema de corrupção da Petrobras e a presidente tentou proteger p ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das investigações. As acusações contra a presidente, porém, são relativizadas quando comparadas com as existentes contra os nomes que lideram o processo de impeachment.

 "O que é alarmante é que aqueles que estão trabalhando para o seu afastamento são, em muitos aspectos, piores", cita o editorial que lembra que o vice-presidente Michel Temer é filiado ao PMDB. "O PMDB também está perdidamente comprometido. Um dos seus líderes é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que presidiu o espetáculo do impeachment de seis horas no domingo.

Ele é acusado pelo Tribunal Superior Federal de aceitar suborno da Petrobras", diz a revista. Para a Economist, "não há maneiras rápidas" de resolver a situação. As raízes dos problemas políticos viriam, segundo a revista, da economia baseada no trabalho escravo do século XIX, a ditadura do século XX e o sistema eleitoral em vigor.

 "No curto prazo, impeachment não vai consertar isso", diz a revista. O editorial diz que a acusação da manipulação contábil de Dilma parece "tão pequena que apenas um punhado de deputados se preocupou em mencionar isso em seus dez segundos" na votação. A revista avalia que, se Dilma for deposta por uma razão técnica, "o senhor Temer vai lutar para ser visto como um presidente legítimo pela grande maioria dos brasileiros que ainda apoiam a senhora Rousseff".

 Por isso, a revista defende que uma maneira de contornar a situação seria a realização de novas eleições que elegeriam um presidente com apoio popular para executar reformas. "Os eleitores também merecem uma chance de se livrar de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais que o Brasil necessita", diz a revista.

 A revista reconhece, porém, que o caminho para novas eleições não é fácil no Congresso. "Assim, há uma boa chance de que o Brasil ser condenado à confusão sob a atual geração de políticos desacreditados. Os eleitores não devem se esquecer deste momento. Porque, no fim, eles terão a chance de ir às urnas - e devem usá-la para votar em algo melhor".

Moro entra na lista dos 100 mais influentes da revista 'Time'


O juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, aparece na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista americana 'Time' divulgada nesta quinta-feira. Moro, o único brasileiro a marcar presença nesta edição da relação publicada anualmente, foi incluído na categoria 'Líderes' e divide espaço com nomes como os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

A apresentação do brasileiro, intitulada 'Limpando a corrupção' e escrita por Bryan Walsh, editor de internacional da publicação americana, informa que o nome do juiz federal é entoado nas ruas "como se ele fosse um jogador de futebol". "Mas Sergio Moro é apenas o juiz de um processo envolvendo um escândalo de corrupção tão grande capaz de derrubar um presidente - e talvez mudar uma cultura de corrupção que há muito prejudica o progresso do seu país."

A 'Time' ressalta que, embora Moro tenha sido acusado de ignorar o processo legal [o que não encontra respaldo nas decisões de cortes superiores], e expor seus casos à opinião pública, a maioria dos brasileiros acredita que seus métodos são válidos para tornar o país "mais limpo".

No ano passado, o surfista Gabriel Medina entrou na lista publicada pela revista americana - o brasileiro ganhou o campeonato mundial de surfe em 2014 - na categoria 'Ícones', e o empresário Jorge Paulo Lemann apareceu entre os 'Titãs'. Em 2013, o então ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, figurou entre os 100 mais influentes da 'Time'.Fonte:Veja

Temer critica Dilma por tratar processo de impeachment como golpe


O vice-presidente Michel Temer defendeu nesta quinta-feira o processo de impeachment, admitiu articulações para a formação de governo e disse que, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do Planalto, já terá "na cabeça" os nomes para o ministério. Em entrevista à agência de notícias Dow Jones, ele também criticou a presidente por tratá-lo como conspirador, e o impeachment, como golpe: "Cada passo do impeachment está na Constituição. Como isso poderia ser chamado de golpe?". Na entrevista à agência de notícias, Temer disse que está pronto para assumir e rebateu as acusações de que esteja conspirando contra Dilma. "Ela (Dilma) tem dito que eu sou um conspirador, o que obviamente é algo triste para mim e para a vice-presidência da República", lamentou.

Dilma embarcou nesta quinta-feira rumo a Nova York, para a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), e com isso o vice assume interinamente a presidência. Sua ideia inicial era permanecer em São Paulo até a volta de Dilma, mas decidiu deslocar-se até Brasília após um protesto na manhã de hoje em frente à sua casa, na zona oeste da capital paulista. Ele foi aconselhado a seguir para Brasília para evitar que sua casa em São Paulo se transforme em alvo permanente de manifestações. Ele vai despachar do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente.

Na capital federal, o peemedebista deve prosseguir com as articulações políticas para a montagem de seu iminente governo. Temer afirmou à Dow Jones que espera construir uma coalizão para governar o país caso o Senado acolha a denúncia contra Dilma, o que levará ao seu afastamento por até 180 dias. "Quando o tempo chegar, eu terei um gabinete na cabeça e, apenas nesse momento, irei revelar nomes", disse. Conforme o rito na Casa, que prevê a formação de uma comissão especial, a votação está prevista para 12 de maio.

Em entrevista a correspondentes internacionais esta semana, a petista alegou estar sendo alvo de ações de conspiradores que tentam tirá-la do poder. Em seu discurso na reunião da ONU nos Estados Unidos, Dilma deve insistir na tese de que o processo de impeachment, admitido por 367 deputados federais no domingo passado e fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é golpe.

(com Estadão Conteúdo)

Morre o cantor Prince, aos 57 anos; causa não foi divulgada


O cantor americano Prince, de 57 anos, morreu nesta quinta-feira em Paisley Park, sua residência e também estúdio, em Minneapolis, nos Estados Unidos, sua cidade natal, confirmou sua assessoria pessoal à Associated Press. Ainda não há confirmação da causa da morte. Depois de um pouso forçado com seu avião particular, há poucos dias, o cantor havia passado por uma internação. Também havia rumores de que ele estava acometido por problemas respiratórios e uma forte gripe.

Segundo o site TMZ, que deu a notícia em primeira mão, o cantor foi encontrado desacordado no elevador da casa e declarado morto às 10h07 no horário local (12h07 no horário de Brasília).

Autor de clássicos como Purple Rain, When Doves Cry, Nothing Compares to You e Kiss, Prince, ao lado de Madonna e Michael Jackson, dominou o pop nos anos 1980. Purple Rain, o álbum, passou mais de 12 semanas no topo da parada americana em 1984, ano em que Prince se tornou um superastro internacional.

Como Madonna, Prince brincava com as fronteiras da sexualidade. Tinha visual andrógino e suas músicas muitas vezes eram ambíguas ao tratar deste tema. Em alguns casos, eram explícitas: Prince não tinha problema nenhum em escrever letras sobre sexo oral e incesto. Como Michael Jackson, ele adaptou diversas vertentes da música negra americana ao vocabulário do pop. Multi-instrumentista, além de cantor, era a ele que a crítica mais aplicava a qualificação de "gênio", pela versatilidade e o conhecimento enciclopédico que tinha de música. Em seu auge, cada novo álbum representava uma mudança inesperada de estilo.

Embora seus passos de dança não tenham se tornado tão icônicos quanto os de Michael Jackson, ele era um showman extraordinário, que também levou para o mainstream movimentos da dança de rua e dos bailes funk.

Prince era um artista indócil. No final dos anos 1990, depois de uma briga por direitos autorais com uma gravadora, abandonou seu nome artístico trocando-o por um símbolo, o que forçou a indústria a se referir a ele como "o artista anteriormente conhecido como Prince". Na mesma época, ele se divorciou definitivamente dos grandes selos e passou a lançar seus álbuns de maneira independente.

Prince comparava as condições impostas pelos contratos fonográficos à escravidão. Explorou diversas maneiras de divulgar a música que jorrava de seu estúdio, chegando, por exemplo, a distribuir seus álbuns de graça para quem comprasse ingressos de seus shows.

Seu álbum mais recente, Hit n Run Phase Two, foi lançado no final de 2015 e trazia o cantor acompanhado de uma banda só de mulheres - cercar-se de cantoras e instrumentistas foi uma constante e ajudou a promover a carreira de muitas delas. E ele nunca negou a elas os créditos por aquilo que incorporavam a sua música. Em meados dos anos 1980, quando o cantor estava no topo, suas parceiras Wendy Melvoin e Lisa Coleman o ajudavam a produzir uma sequência quase ininterrupta de hits. "É verdade que eu gravo muito rápido. Mais rápido ainda porque as meninas me ajudam", disse ele sobre a parceria numa entrevista à MTV.

Recentemente, mais uma vez por discordar da maneira como as empresas remuneram os artistas, o cantor limitou a reprodução de sua obra em plataformas como YouTube. Só é possível encontrar na internet clipes sem áudio ou interpretações de suas músicas feitas por outros artistas. Isso ajuda a explicar por que um dos cantores mais prolíficos do pop não tem hoje, nem de longe, a notoriedade de que ainda desfrutam Madonna e Michael Jackson.

É verdade que sua música nos anos 1990 e 2000 já não trazia o mesmo frescor e a mesma surpresa. Mas ela nunca deixou de ser um repositório de ideias musicais extraordinárias.

Pinheiro confirma convite de Rui para SEC: ‘não está fora do radar’

O senador Walter Pinheiro (sem partido) confirmou ao bahia.ba que irá jantar com o governador Rui Costa (PT) na noite desta quarta-feira (20) para decidir se aceita ou não assumir a Secretaria de Educação do Estado (SEC), que segue sem titular, desde o pedido de demissão de Osvaldo Barreto.

De acordo com o parlamentar, o chamamento aconteceu em um almoço entre os dois, na Governadoria, no último dia 21 de março, quando ele disse que precisaria de “um tempo”. Primeiramente para resolver a sua saída do PT, que já estava decidida, amadurecer e diluir a ideia e olhar “de fora” o impacto das crises econômica e política. “Depende muito. A gente vai bater um papo, mas eu ainda estou analisando muitas coisas para ver onde é e de que forma eu posso contribuir mais”, afirmou, ao revelar que “tem tido uma pressão” sobre a SEC porque o aviso de saída de Barreto “vazou muito depois”, pois ele teria solicitado o desligamento em 17 de março.

Perguntado se na conversa desta quarta o martelo poderá ser batido, Pinheiro disse que um possível retorno ao governo – ele foi secretário do Planejamento no primeiro mandato de Jaques Wagner –, não está descartado. “Não está fora do radar, mas também não está no centro”, comparou. Caso opte por voltar à Bahia, não será por indicação partidária. “Eu não vou me filiar a nenhum partido e a possibilidade de volta ao PT está completamente descartada. Não se retoma um casamento depois do divórcio. Não dá certo”, comparou.

Cenário nacional – Se Walter Pinheiro trocar Brasília por Salvador, quem assume a vaga no Congresso é o ex-deputado estadual e ex-secretário de Agricultura da Bahia Roberto Muniz, do PP.

Ex-petista, ele admite ter acumulado “desgaste” e mantido “um grau de enfrentamento” com o governo da presidente Dilma Rousseff, que terá o destino selado pelo próprio Senado nas próximas semanas. “Lamentavelmente, passamos por um período muito ruim. Uma coisa que eu falei foi que estava saindo do PT por uma discordância com o governo federal e não uma discordância com Rui. Eu apostava muito que, no retorno das eleições, a gente tentaria mudar o rumo. Eu mesmo tinha um conjunto de propostas, mas as coisas não aconteceram”, ponderou o parlamentar.

Apesar das discordâncias, Pinheiro não acredita que só o afastamento da mandatária colocará o país novamente em direção ao crescimento. “A crise é bem profunda e a solução, lamentavelmente, não é a saída ou a manutenção de Dilma. A entrada de quem se coloca como alternativa de poder não resolve. O consórcio PT-PMDB é o responsável pela crise que está aí. Se juntos não conseguiram fazer, imagine rachados?”, ironizou.

Eleições gerais – Um dos signatários da Proposta de Emenda à Constituição que pede novas eleições presidenciais, Pinheiro defende que a população tenha a possibilidade – em um momento de falta de credibilidade da política brasileira – de escolher “alguém com credibilidade, experiência, capacidade de diálogo, que não esteja envolvido nessa disputa”.

Quem? Marina Silva? Aécio Neves? Lula? Ele não sabe dizer. “Até gosto muito da Marina [Silva]. Tenho não só simpatia por ela, mas também uma relação muito afinada. Mas acho que a sociedade brasileira teria condição de achar um nome. Talvez uma novidade, com credibilidade para botar esse país no eixo. Voltar ao passado nunca deu muito certo”, elucubrou.

Sobre os questionamentos de que a PEC teria o objetivo de barrar o andamento do processo de impeachment ou seria inconstitucional, Pinheiro se defende e exemplifica: “Isso é mentira. O rito continua. A PEC perpassa o processo. Pode ser antes, durante ou depois. Sobre a ilegalidade, vou te dar três exemplos de que o Congresso, quando é de benefício dos parlamentares, deixa tramitar, independentemente de questionamentos: 1) aumento de dinheiro – salários e verbas de gabinetes; 2) alteração de mandatos; 3) a janela da farra do boi de trocas partidárias”, enumerou.

Mesmo que o argumento seja de que o Parlamento tem que “deixar o povo decidir”, o senador reconhece que a PEC não deve passar: “Acho muito difícil que aconteça. Eles preferem ficar roendo o osso. É a sede do poder”.Fonte:Política.bahia.ba