Conhecido como 'sobrinho de Lula', o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos não está só
enrolado na Operação Janus, que o investiga por suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro em serviços prestados à Odebrecht. Ele também responde a pelo menos quatro processos na Justiça de São Paulo por calotes que somam mais de 500.000 reais: dívidas de condomínio, aluguel atrasado, cheques sem fundo e pensão para a ex-mulher.
O site de VEJA procurou os advogados que, representando seus clientes, acionaram a Justiça para conseguir reaver o dinheiro devido por Taiguara. Apesar da cobrança envolver débitos de natureza distinta, a maioria compartilha de uma situação em comum: não conseguiram encontrá-lo nos últimos meses para notificá-lo das ações.
"Mandamos o oficial de Justiça várias vezes para os endereços dele e nada. Ninguém o encontrou", conta a advogada Zuleika Iona Sanches Barreto, que trabalha para o Edifício Pentágono, no bairro Ponta da Praia, em Santos (SP), onde Taiguara tem um apartamento. A advogada entrou na Justiça em março do ano passado para cobrar o valor do condomínio atrasado desde agosto de 2014. Até agora nada. Ela disse que ainda não viu ainda a cor do dinheiro - em torno de 29.000 reais, pelos meses finais de 2014, o ano inteiro de 2015 e os meses iniciais de 2016.
Os calotes de Taiguara, de qualquer forma, são bem mais antigos.
"Só perda de tempo" - Em 2009, Taiguara comprou na loja Alhambra Móveis e Decorações, uma das mais caras de Santos, a mobília da sua casa. Deu como pagamento quatorze cheques pré-datados no valor de 2.290 reais cada. O dono da loja foi depositar os cheques e saiu com as mãos abanando. "Ele é hoje o maior devedor do meu cliente", explicou a advogada Alexandra Rodrigues Bonito, que atua no caso desde 2009.
Segundo ela, o débito total de Taiguara está avaliado, hoje, em 116.500 reais. Taiguara deve ser intimado nos próximos meses - se for encontrado, claro - para efetuar o pagamento num prazo de até quinze dias, diz a advogada. Ela também já cogita entrar com uma ação de penhora de bens. Caso isso aconteça, não será o primeiro processo do gênero que ele responde.
No mês passado, a Justiça de São Paulo expediu um mandado de penhora para apreender os pertences de Taiguara como pagamento atrasado da locação de um escritório em São Paulo. O problema é que a Justiça não identificou nenhum bem no nome de Taiguara. "Não encontramos nada. Pela declaração de Renda, ele não tem nada aqui no Brasil. Só se está em Angola.
", ironizou o advogado Roberson Sathler, que representa o edifício Çiragan Office. O débito do empresário corrigido para os números atuais já está em cerca de 400.000 reais, de acordo com Sathler. O advogado já disse, inclusive, que pretende ir à Polícia Federal para conseguir os dados financeiros da empresa dele, a Exergia Brasil. Na deflagração da Operação Janus, foi decretada a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Taiguara.
Além desse processo, o sobrinho de Lula foi acionado para pagar o aluguel do apartamento do seu sócio, José Camano, que também ficava na Ponta da Praia, em Santos. A advogada Lucia Maria Ornelas, filha do dono do imóvel, afirmou que Taiguara pagava direitinho - "até adiantado" -, depois sumiu, e ficou lhe devendo 10.000 reais por três meses. A advogada passou meses tentando notificá-lo sobre a ação. Como não conseguiu, entrou com uma petição desistindo do processo. "Não consegui nem citá-lo. Foi só perda de tempo", afirmou.
Na sexta-feira passada, a Polícia Federal conseguiu encontrar Taiguara. Ele estava a cerca de 450 quilômetros da sua casa, hospedado em um hotel no Rio de Janeiro, com o seu sócio José Manuel Camano. Alvo principal da Operação Janus, foi levado coercitivamente para prestar depoimento. A PF também cumpriu mandados de busca e apreensão em seus endereços, em Santos (SP).
O sobrinho - Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, Maria de Lourdes, já falecida. Segundo revelou reportagem de VEJA, a vida do 'sobrinho de Lula', como era conhecido por funcionários do governo e empresários, é repleta de altos e baixos. Dono de uma pequena firma que instalava vidros em varandas, ele se tornou, em 2009, dono de empresas de engenharia que fizeram fortuna em negócios na África e em Cuba. Na época, Taiguara tinha uma cobertura dúplex em Santos e era visto dirigindo um Land Rover Discovery, de 200.000 reais.
Uma das empresas de Taiguara, a Exergia Brasil, entrou na mira dos investigadores no final do último ano. A Polícia Federal estranhou o fato de a companhia, que não tinha nenhuma obra de engenharia registrada em São Paulo, ter sido contratada, em 2012, por 3,5 milhões de reais pela Odebrecht para atuar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, a segunda maior do país. Na mesma época, a empreiteira conseguiu no BNDES um financiamento de 464 milhões de dólares para tocar o empreendimento na África.
"As medidas (...) têm como meta esclarecer quais as razões para a Odebrecht ter celebrado contratos, entre 2012 e 2015, com uma empresa de construção civil de pequeno porte com sede em Santos para a realização de obras complexas em Angola", informou a PF no dia em que deflagrou a Operação Janus. O material apreendido nos endereços de Taiguara ainda estão sendo analisado pela procuradoria.
As diligências foram fruto de um inquérito do Ministério Público Federal, instaurado em julho de 2015, cujo objeto principal é apurar se o ex-presidente Lula agiu como um "operador" da Odebrecht ao ajudar a empresa a conseguir negócios no exterior junto a presidentes amigos e a destravar financiamentos do BNDES. Os investigadores suspeitam que Taiguara tenha sido usado como uma espécie de canal de repasses da empreiteia. Em outra ponta, a procuradoria investiga o dinheiro repassado pela Odebrecht ao ex-presidente pelas palestras proferidas no exterior.
Falido -A Exergia Brasil é uma sociedade entre Taiguara e a empresa portuguesa Exergia, que tem vasto portfólio de clientes em Portugal e na África. Em fevereiro deste ano, a companhia portuguesa entrou com uma ação na Justiça brasileira cobrando de Taiguara a prestação de contas da administração. No documento, a empresa argumenta que é dona de 51% do negócio, sendo os outros 49% de Taiguara, e que transferiu 74.316 euros à empresa. "Não há dúvidas de que a demandante, como sócia da Exergia Brasil, juntamente com o sr.
Taiguara, tem o direito de exigir a prestação de contas referente à administração (...) exercida exclusivamente pelo sr. Taiguara, principalmente no que diz respeito às contas da sociedade relativas aos exercícios sociais de 2011, 2012, 2013 e 2014, cujos inventários, balanços patrimoniais, relatórios da administração e resultados econômicos nunca foram apresentados pelo sr. Taiguara", diz a ação, obtida pelo site de VEJA. Os advogados, que cuidam do processo, disseram não ter sido autorizados pela Exergia a se pronunciar sobre o caso.
Procurado, o advogado de Taiguara, Fábio Rogério de Souza, afirmou que ele, de fato, está falido. Segundo ele, o empresário não teria dinheiro nem para pagar a pensão da ex-mulher nem a sua renumeração. Souza, no entanto, negou que o empresário esteja se escondendo da Justiça. "Ele está completamente sem dinheiro. Tem um monte de ações trabalhistas e de cobrança. O primeiro o negócio dele em Angola ficou ruim por causa [da queda no preço] do petróleo. As reportagens sobre ele ainda o retiraram do mercado. Ele queria muito resolver, mas agora não consegue", disse o advogado, lembrando que a Operação Janus acabou de vez com a sua expectativa de voltar ao mercado de trabalho.
Em outubro do ano passado, Taiguara prestou depoimento na CPI do BNDES. Aos parlamentares, admitiu ter recebido de 1,8 a 2 milhões de dólares da Odebrecht em contratos fechados em Angola. Na ocasião, ele já dizia estar passando por dificuldades financeiras. Perguntado sobre a sua relação com Lula, afirmou ter contato com o ex-presidente e ser amigo do filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, com quem fez uma viagem para a Cuba, mas negou a influência dos dois em seus negócios. Das tantas reviravoltas que aconteceram na vida de Taiguara, uma coisa é certa: o dinheiro recebido da Odebrecht não foi para pagar os seus credores.Fonte:Veja
sábado, 28 de maio de 2016
Com o objetivo de surpreender fora de casa, Bahia enfrenta o Vasco pela Série B
Na tarde deste sábado (28), o Bahia encara um dos fortes candidatos ao acesso à elite do futebol brasileiro. Em São Januário, o Tricolor visita o Vasco da Gama, às 16h30, pela quarta rodada da competição nacional.
Ocupando o quinto lugar do certame nacional, o Esquadrão tem o objetivo de surpreender mesmo longe de seus domínios. Na última quarta (25), após o triunfo diante do Joinville, o técnico Doriva expôs o desejo de conseguir mais três pontos na briga pelo acesso.
"O Vasco tem feito uma campanha muito boa. Tem mostrado sua força, tem jogadores de qualidade. Temos que saber jogar o jogo. Provavelmente o Vasco vai tomar a iniciativa do jogo, mas queremos fazer um grande jogo e tentar surpreender o Vasco lá. Temos um time competitivo, um time com jogadores importantes, que podem fazer um bom jogo", afirmou.
Para este confronto, o Esquadrão terá o desfalque do volante Juninho, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Além dele, a equipe não contará com o lateral-esquerdo Moisés, que ainda se recupera de um estiramento no adutor da coxa.
Por outro lado, Doriva contará com os atacantes Edigar Junio e Thiago Ribeiro, que estão recuperados de suas lesões e disponíveis para o técnico tricolor. Além disso, o grupo terá o reforço de Renato Cajá, que teve o seu nome regularizado junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na última sexta-feira (27) e deve fazer a sua estreia.
"Temos um jogo difícil contra o Vasco. Esperamos fazer um grande jogo lá. Sabemos que o Vasco é um dos favoritos ao acesso, mas precisamos entender a nossa posição na competição para subir o mais rápido possível. Esse jogo é para mostrar a nossa qualidade e força", disse, em entrevista ao Programa do Esquadrão, da Sociedade FM.
O Vasco da Gama, por sua vez, defende uma longa invencibilidade de 30 jogos. A última derrota do clube da Colina aconteceu no dia 1º de novembro de 2015, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. A equipe comandada por Jorginho não terá o goleiro Martín Silva, convocado para a seleção uruguaia, Andrezinho e Madson, machucados, e o volante Diguinho, suspenso.
FICHA TÉCNICA
Série B - 4ª rodada
Vasco da Gama x Bahia
Local: São Januário, no Rio de Janeiro
Data: 28/05/2016
Horário: 16h30
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Auxiliares: Pablo Almeida da Costa e Sidmar dos Santos Meurer (ambos de MG)
Vasco: Jordi, Yago Pikachu, Luan, Rodrigo e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Julio dos Santos, Nenê, Eder Luis e Jorge Henrique; Thalles.Técnico: Jorginho.
Bahia: Marcelo Lomba; Tinga, Lucas Fonseca, Jackson e João Paulo; Feijão, Paulo Roberto, Danilo Pires e Renato Cajá; Thiago Ribeiro e Hernane Brocador. Técnico: Doriva.Fonte:Bahia Noticias
Em carta à OMS, cientistas pedem adiamento da Olimpíada por causa do vírus Zika
Pesquisadores de pelo menos 15 países assinaram uma carta aberta para a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Olímpico Internacional (COI) na qual pedem o adiamento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro ou a troca de local do evento em nome “da saúde pública” devido à presença do vírus Zika na cidade. Segundo o documento, é desnecessário que cerca de 500 mil pessoas do mundo todo se exponham a um vírus e ainda corram o risco de levar a seus países de origem, aumentando as chances de tornar a doença endêmica em outras regiões.
No Brasil, especialistas sugerem que o vírus Zika chegou em situação de alta circulação de turistas, no período da Copa do Mundo. A descoberta de que, quando o Zika infecta gestantes, pode ocasionar problemas neurológicos nos bebês e de que o vírus está relacionado ao desencadeamento da Síndrome de Guillain-Barré são motivos citados no documento para que a Olimpíada seja adiada ou disputada em outra sede. De acordo com a Agência Brasil, os cientistas ressaltam que os Jogos Olímpicos de 1916, 1940 e de 1944 foram cancelados por causa de doenças.
A pesquisadora Débora Diniz, da Universidade de Brasília, é a única signatária brasileira da carta. Em resposta à carta, o Ministério da Saúde divulgou nota dizendo que o Zika está presente em 60 países e que a população brasileira representa 15% das pessoas expostas ao vírus. “Vale destacar que o período em que serão realizadas as Olimpíadas no Brasil é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e chikungunya”, destaca a nota.
O ministério ressalta ainda o fato de a OMS não ter feito nenhuma recomendação para restrição de viagens, exceto às grávidas. Segundo a pasta, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, confirmou que virá aos Jogos Olímpicos, “o que deve ser interpretado como um simbolismo da segurança deste período de baixa a transmissão do vírus Zika”. Por meio da assessoria de imprensa, o COI disse que o evento ocorrerá no cronograma estabelecido e com total segurança para todas as pessoas envolvidas. De acordo com o comitê, o zika é assunto que tem sido discutido frequentemente.
No Brasil, especialistas sugerem que o vírus Zika chegou em situação de alta circulação de turistas, no período da Copa do Mundo. A descoberta de que, quando o Zika infecta gestantes, pode ocasionar problemas neurológicos nos bebês e de que o vírus está relacionado ao desencadeamento da Síndrome de Guillain-Barré são motivos citados no documento para que a Olimpíada seja adiada ou disputada em outra sede. De acordo com a Agência Brasil, os cientistas ressaltam que os Jogos Olímpicos de 1916, 1940 e de 1944 foram cancelados por causa de doenças.
A pesquisadora Débora Diniz, da Universidade de Brasília, é a única signatária brasileira da carta. Em resposta à carta, o Ministério da Saúde divulgou nota dizendo que o Zika está presente em 60 países e que a população brasileira representa 15% das pessoas expostas ao vírus. “Vale destacar que o período em que serão realizadas as Olimpíadas no Brasil é considerado não endêmico para transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti, como Zika, dengue e chikungunya”, destaca a nota.
O ministério ressalta ainda o fato de a OMS não ter feito nenhuma recomendação para restrição de viagens, exceto às grávidas. Segundo a pasta, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, confirmou que virá aos Jogos Olímpicos, “o que deve ser interpretado como um simbolismo da segurança deste período de baixa a transmissão do vírus Zika”. Por meio da assessoria de imprensa, o COI disse que o evento ocorrerá no cronograma estabelecido e com total segurança para todas as pessoas envolvidas. De acordo com o comitê, o zika é assunto que tem sido discutido frequentemente.
Gripe H1N1: Cinco estados não atingem meta de vacinação
Um balanço do Ministério da Saúde aponta que cinco estados brasileiros não conseguiram alcançar a meta de vacinar pelo menos 80% do público-alvo. Nacionalmente, se alcançou 92% da cobertura, imunizando 45,7 milhões de pessoas. A campanha nacional terminou no dia 20 de maio, porém, o ministério recomendou que os estados que não atingiram a meta continuassem imunizando. O Acre vacinou 73,9%; Roraima, 75,4%; o Piauí, 74,1%; o Rio Grande do Norte, 78,3%; e Mato Groso, 76,8% dos grupos prioritários indicados pelo governo brasileiro com base na indicação da Organização Mundial da Saúde.
O Distrito Federal vacinou quase 100% do público alvo, seguido pelos estados de São Paulo e do Espírito Santo, Paraná e de Santa Catarina e Rondônia. Outros estados que tiveram cobertura acima da meta de 80% foram: Amazonas (84,2%); Pará (83,3%); Amapá (88,8%); Tocantins (85,3%); Maranhão (82,3%); Ceará (83,6%); Paraíba (87,2%); Pernambuco (85,8%); Alagoas (88,7%); Sergipe (85,9%); Bahia (83,5%); Minas Gerais (89,4%); Rio de Janeiro (85,6%); Rio Grande do Sul (89,3%); Mato Grosso do Sul (85%) e Goiás (88,5%).
Entre os grupos prioritários para a vacinação, os trabalhadores da saúde mantiveram desde o começo a maior cobertura, com 4,3 milhões de doses aplicadas. Em seguida, estão as puérperas, com 361,9 mil vacinadas (98,6%); os idosos, com 19,1 milhões de imunizados (91,7%); as crianças de 6 meses até 5 anos incompletos, com 10,4 milhões (81,4%) e 1,5 milhão de gestantes (71,2%).
A população indígena também foi vacinada, com 480,1 mil doses aplicadas. Também foram aplicadas 366,6 mil doses na população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. O Brasil registrou até o dia 14 deste mês 3501 casos de todos os tipos de gripes no Brasil. Deste total, 2.988 foram por influenza A (H1N1), com 588 óbitos. A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.604) de influenza A H1N1, dos quais 1.394 no estado de São Paulo. A Bahia registrou 77 casos, com 17 mortes.Fonte:Bahia Noticias
O Distrito Federal vacinou quase 100% do público alvo, seguido pelos estados de São Paulo e do Espírito Santo, Paraná e de Santa Catarina e Rondônia. Outros estados que tiveram cobertura acima da meta de 80% foram: Amazonas (84,2%); Pará (83,3%); Amapá (88,8%); Tocantins (85,3%); Maranhão (82,3%); Ceará (83,6%); Paraíba (87,2%); Pernambuco (85,8%); Alagoas (88,7%); Sergipe (85,9%); Bahia (83,5%); Minas Gerais (89,4%); Rio de Janeiro (85,6%); Rio Grande do Sul (89,3%); Mato Grosso do Sul (85%) e Goiás (88,5%).
Entre os grupos prioritários para a vacinação, os trabalhadores da saúde mantiveram desde o começo a maior cobertura, com 4,3 milhões de doses aplicadas. Em seguida, estão as puérperas, com 361,9 mil vacinadas (98,6%); os idosos, com 19,1 milhões de imunizados (91,7%); as crianças de 6 meses até 5 anos incompletos, com 10,4 milhões (81,4%) e 1,5 milhão de gestantes (71,2%).
A população indígena também foi vacinada, com 480,1 mil doses aplicadas. Também foram aplicadas 366,6 mil doses na população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. O Brasil registrou até o dia 14 deste mês 3501 casos de todos os tipos de gripes no Brasil. Deste total, 2.988 foram por influenza A (H1N1), com 588 óbitos. A Região Sudeste concentra o maior número de casos (1.604) de influenza A H1N1, dos quais 1.394 no estado de São Paulo. A Bahia registrou 77 casos, com 17 mortes.Fonte:Bahia Noticias
Homens explodem carro-forte na BR-116
Criminosos armados explodiram um carro-forte e roubaram o dinheiro que estava no veículo na manhã da sexta-feira (27), na BR-116. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o crime ocorreu por volta das 10h30 no trecho da via entre os municípios de Araci e Tucano, no nordeste baiano. Os criminosos estavam em um veículo e alvejaram o carro-forte até que ele parasse. Os seguranças fugiram e os criminosos explodiram o veículo no meio da pista, levando o dinheiro. O veículo ficou destruído. Ninguém ficou ferido na ação. A PRF não soube informar a quantidade roubada.
Alexandre Frota: “A corrupção é pornô”
Como foi o encontro com o ministro da Educação, Mendonça Filho? Foi tranquilo e com seriedade. Eu, brasileiro e patriota, tenho o dever de questionar, propor e alertar. Nós somos as ruas. Fui a Brasília para dizer ao ministro que apoiamos o Temer, que ele deve ter pulso firme. Não pode ser frouxo e deixar o Renan comandar.
Foi fácil conseguir a audiência? Sim. Eu já conhecia o ministro de manifestações na Paulista. Sempre foi um ótimo deputado. Liguei duas vezes e agendei. O engraçado é que, quando o ministro da Cultura foi jantar na casa da Paula Lavigne, ninguém achou estranho.
O que você pediu? Pedi apoio ao projeto Escola sem Partido, para que não haja mais ensino ideológico partidário, marxista e de identidade de gênero nas escolas. Quero uma escola sem doutrinação, sem que o comunismo seja implantado por professores petistas. O PT quis fazer das salas de aula pequenos diretórios comunistas. Nossa preocupação é com a qualidade de ensino. A educação no Brasil está no CTI.
Que propostas você apresentou? Foram doze itens - simplificação do sistema tributário, redução de cargos comissionados, fim da CUT e do MST, entre outros. O ministro leu tudo atentamente.
Quando você começou a se preocupar com a educação e a cultura? Desde que achei que era hora de falar e gritar. Qualquer brasileiro se preocupa com essas questões. Não precisa ser politizado para saber que está tudo ruim.
Há muitos comentários em redes sociais ironizando o fato de um ex-ator pornô levar ideias a um ministro de Estado. O que você acha disso? Adoro! Podem falar. A boca foi feita para isso. Essa reunião mexeu com a vaidade de muitos, que chegaram a ponto de dizer: "O que um ator pornô tem para falar?". Muita coisa. Onde está o erro de eu ter feito pornô há doze anos? Onde está o crime? País do falso moralismo! Tudo é preconceito. Eu não participei de corrupção. Há muitos petistas presos hoje, e eu estou aqui, livre. Perto da pornografia que o PT fez com o Brasil, meus filmes são Sessão da Tarde.
Desde que saíram os áudios de Sérgio Machado dizendo que Aécio Neves seria o "primeiro a ser comido" pelo escândalo da Lava-Jato, uma imagem sua ao lado do senador viralizou na internet. Como você reagiu? Achei sensacional. Eu me divirto. Parabéns a quem criou. Eu mesmo postei na minha rede social.
Como foi recebido no ministério? Com atenção e carinho. Fiz fotos com secretárias e funcionários, ganhei cafezinho, água, suco. Até o rapaz do elevador pediu para tirar foto e disse: "Estou contigo, Frota".
De quem partiu a ideia da selfie na audiência com Mendonça Filho? Do próprio ministro. Ele disse que é meu fã e que também é bom de briga. Se ele não pedisse, eu iria fazer de qualquer jeito.Fonte:Veja
Foi fácil conseguir a audiência? Sim. Eu já conhecia o ministro de manifestações na Paulista. Sempre foi um ótimo deputado. Liguei duas vezes e agendei. O engraçado é que, quando o ministro da Cultura foi jantar na casa da Paula Lavigne, ninguém achou estranho.
O que você pediu? Pedi apoio ao projeto Escola sem Partido, para que não haja mais ensino ideológico partidário, marxista e de identidade de gênero nas escolas. Quero uma escola sem doutrinação, sem que o comunismo seja implantado por professores petistas. O PT quis fazer das salas de aula pequenos diretórios comunistas. Nossa preocupação é com a qualidade de ensino. A educação no Brasil está no CTI.
Que propostas você apresentou? Foram doze itens - simplificação do sistema tributário, redução de cargos comissionados, fim da CUT e do MST, entre outros. O ministro leu tudo atentamente.
Quando você começou a se preocupar com a educação e a cultura? Desde que achei que era hora de falar e gritar. Qualquer brasileiro se preocupa com essas questões. Não precisa ser politizado para saber que está tudo ruim.
Há muitos comentários em redes sociais ironizando o fato de um ex-ator pornô levar ideias a um ministro de Estado. O que você acha disso? Adoro! Podem falar. A boca foi feita para isso. Essa reunião mexeu com a vaidade de muitos, que chegaram a ponto de dizer: "O que um ator pornô tem para falar?". Muita coisa. Onde está o erro de eu ter feito pornô há doze anos? Onde está o crime? País do falso moralismo! Tudo é preconceito. Eu não participei de corrupção. Há muitos petistas presos hoje, e eu estou aqui, livre. Perto da pornografia que o PT fez com o Brasil, meus filmes são Sessão da Tarde.
Desde que saíram os áudios de Sérgio Machado dizendo que Aécio Neves seria o "primeiro a ser comido" pelo escândalo da Lava-Jato, uma imagem sua ao lado do senador viralizou na internet. Como você reagiu? Achei sensacional. Eu me divirto. Parabéns a quem criou. Eu mesmo postei na minha rede social.
Como foi recebido no ministério? Com atenção e carinho. Fiz fotos com secretárias e funcionários, ganhei cafezinho, água, suco. Até o rapaz do elevador pediu para tirar foto e disse: "Estou contigo, Frota".
De quem partiu a ideia da selfie na audiência com Mendonça Filho? Do próprio ministro. Ele disse que é meu fã e que também é bom de briga. Se ele não pedisse, eu iria fazer de qualquer jeito.Fonte:Veja
Em novo áudio, Sérgio Machado diz ter agido em nome de Temer
As gravações de conversas com caciques do PMDB feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado se aproximam cada vez mais da cúpula do governo interino. Em conversa revelada no fim da noite desta sexta-feira pelo Jornal da Globo, Machado conta a José Sarney ter "contribuído pro Michel", em referência ao então vice-presidente Michel Temer. A contribuição teria sido feita para a "candidatura do menino", que, segundo fontes ouvidas pela Globo, seria Gabriel Chalita, candidato a prefeito de São Paulo em 2012.
Não fica claro de que ajuda ele fala. Sérgio Machado fez as gravações para tentar fechar um acordo de delação premiada. Nas conversas com caciques do PMDB como Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, que já deixou o governo, ele fala sempre em deter a Lava Jato e culpa a presidente Dilma Rousseff por deixar a operação avançar. Temer nega que tenha pedido doação a Machado para a campanha de Chalita.
No diálogo revelado na última noite, Machado parece sondar o ex-presidente José Sarney para saber se Michel Temer pode participar de uma articulação para evitar que sua investigação caia nas mãos de Sérgio Moro. "Não. Sem articulação, não. Vou ver o que... acontecendo, vou no Michel hoje", responde Sarney.
É aí que, para estimular a conversa e fazer Sarney falar, Machado conta que contribuiu com Temer sem o conhecimento de Renan Calheiros, seu padrinho político. "O Michel presidente...lhe dizer...eu contribuí para o Michel", diz. "Eu contribuí para o Michel...não quero nem que o senhor comente com o Renan...eu contribuí pro Michel pra candidatura do menino...falei com ele até num lugar inapropriado que foi na base aérea..."
Em outro momento do áudio, Sarney mostra preocupação e questiona se uma ajuda que ele próprio recebeu é de conhecimento de alguém.
sabe que você me ajudou?", pergunta. "Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente", responde Machado. Também não fica claro que de ajuda se referem.
Jucá - Em outra conversa, com o senador Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, Machado, fala em um acordo para trava a Lava Jato que proteja lideranças do PT, além da familia de Lula. Ele diz que a solução passava pela permanência de de Dilma Rousseff, mas sem poderes, e chega a fazer referência ao suciídio do do ex-presidente Getúlio Vargas. Na resposta, Jucá fala uma Constituinte para reduzir poderes do Ministério Público.
Calheiros - Em diálogo com Renan, presidente do Senado, Machado cita o procurador-geral da República Rodrigo Janot, reconduzido ao cargo em setembro de 2015 por mais dois anos. Na conversa, Renan afirma que tentou evitar a recondução de Rodrigo Janot ao cargo, mas disse que estava só.
"Hoje eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse b***, não. Aquele cara ali", diz Machado. "Quem?", questiona Renan. "Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali", diz Machado. "Eu tentei, mas eu estava só", responde o presidente do Senado. Calheiros nega as acusações e disse que ele próprio agilizou a recondução de Janot ao cargo.
Questionados pela reportagem da Globo, os advogados do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disseram que ele não pode se manifestar devido ao sigilo da delação premiada. Chalita, por sua vez, diz que não conhece Machado e que os recursos recebidos em sua campanha foram todos legais.
Não fica claro de que ajuda ele fala. Sérgio Machado fez as gravações para tentar fechar um acordo de delação premiada. Nas conversas com caciques do PMDB como Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, que já deixou o governo, ele fala sempre em deter a Lava Jato e culpa a presidente Dilma Rousseff por deixar a operação avançar. Temer nega que tenha pedido doação a Machado para a campanha de Chalita.
No diálogo revelado na última noite, Machado parece sondar o ex-presidente José Sarney para saber se Michel Temer pode participar de uma articulação para evitar que sua investigação caia nas mãos de Sérgio Moro. "Não. Sem articulação, não. Vou ver o que... acontecendo, vou no Michel hoje", responde Sarney.
É aí que, para estimular a conversa e fazer Sarney falar, Machado conta que contribuiu com Temer sem o conhecimento de Renan Calheiros, seu padrinho político. "O Michel presidente...lhe dizer...eu contribuí para o Michel", diz. "Eu contribuí para o Michel...não quero nem que o senhor comente com o Renan...eu contribuí pro Michel pra candidatura do menino...falei com ele até num lugar inapropriado que foi na base aérea..."
Em outro momento do áudio, Sarney mostra preocupação e questiona se uma ajuda que ele próprio recebeu é de conhecimento de alguém.
sabe que você me ajudou?", pergunta. "Não, sabe não. Ninguém sabe, presidente", responde Machado. Também não fica claro que de ajuda se referem.
Jucá - Em outra conversa, com o senador Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento, Machado, fala em um acordo para trava a Lava Jato que proteja lideranças do PT, além da familia de Lula. Ele diz que a solução passava pela permanência de de Dilma Rousseff, mas sem poderes, e chega a fazer referência ao suciídio do do ex-presidente Getúlio Vargas. Na resposta, Jucá fala uma Constituinte para reduzir poderes do Ministério Público.
Calheiros - Em diálogo com Renan, presidente do Senado, Machado cita o procurador-geral da República Rodrigo Janot, reconduzido ao cargo em setembro de 2015 por mais dois anos. Na conversa, Renan afirma que tentou evitar a recondução de Rodrigo Janot ao cargo, mas disse que estava só.
"Hoje eu acho que vocês não poderiam ter reconduzido esse b***, não. Aquele cara ali", diz Machado. "Quem?", questiona Renan. "Ter reconduzido o Janot. Tinha que ter comprado uma briga ali", diz Machado. "Eu tentei, mas eu estava só", responde o presidente do Senado. Calheiros nega as acusações e disse que ele próprio agilizou a recondução de Janot ao cargo.
Questionados pela reportagem da Globo, os advogados do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disseram que ele não pode se manifestar devido ao sigilo da delação premiada. Chalita, por sua vez, diz que não conhece Machado e que os recursos recebidos em sua campanha foram todos legais.
Bolsa Família perdeu R$ 2,6 bilhões com fraudes
Daria para fazer quase 30 000 casas pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Somente entre 2013 e 2014, pelo menos 2,6 bilhões de reais do total da verba reservada ao Bolsa Família foram parar no bolso de quem não precisava. A informação é resultado do maior pente-fino já realizado desde o início do programa do governo federal, em 2003. Feito pelo Ministério Público Federal a partir do cruzamento de dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Social com informações de órgãos como Receita Federal, Tribunais de Contas e Tribunal Superior Eleitoral, o exame detectou mais de 1 milhão de casos de fraude em todos os estados brasileiros.
O Bolsa Família, um valor mensal a partir de 77 reais por pessoa, é destinado exclusivamente a brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. A varredura mostrou, no entanto, que entre os que receberam indevidamente o auxílio no período estão funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha (veja o quadro na pág. ao lado).
Só de funcionários públicos foram 585 000 os beneficiários ilegais. Em todos os casos, os contemplados ganhavam ao menos um salário mínimo (piso da categoria) e, segundo apurou o estudo, pertenciam a famílias com renda per capita acima de 154 reais - situação que os impediria de receber o benefício. O fato de esses funcionários serem majoritariamente servidores municipais reforça a tese do Ministério Público de que esse tipo de fraude não dispõe de um comando centralizado. "Nasce daquele microcosmo do município em que o cadastrador conhece quem está sendo habilitado e não tem interesse em realizar uma fiscalização correta sobre suas condições de pobreza", afirma a procuradora Renata Ribeiro Baptista, que coordenou a pesquisa.
Os doadores de campanha ocupam lugar de destaque no ranking das categorias de fraudadores identificadas no estudo. O Ministério Público encontrou 90 000 beneficiários do programa que, em 2014, doaram a políticos ou partidos valores iguais ou superiores aos recebidos do programa naquele ano e casos de grupos de dez ou mais beneficiários que transferiram verbas para um mesmo candidato.
O levantamento achou ainda beneficiários sem CPF ou com mais de um CPF, além de 318 000 beneficiários que eram donos de empresas. Abrir uma empresa não significa necessariamente que alguém seja um sujeito de posses (o processo para constituir uma firma pode custar pouco mais de 200 reais), mas o Ministério Público acredita que poucos dos contemplados nessa situação conseguirão provar que vivem abaixo da linha da pobreza.
Os 2,6 bilhões desviados correspondem a 4,5% do total investido no programa no período e estão abaixo da média internacional, apontada pelo Banco Mundial, de 10% de desvios em programas sociais. Para a procuradora Renata Baptista, porém, a estimativa do MPF é "conservadora". Segundo ela, muitas fraudes ficaram de fora do levantamento. "Apenas servidores com quatro ou menos familiares entraram no estudo." O prejuízo ainda vai aumentar.Fonte:Veja
O Bolsa Família, um valor mensal a partir de 77 reais por pessoa, é destinado exclusivamente a brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. A varredura mostrou, no entanto, que entre os que receberam indevidamente o auxílio no período estão funcionários públicos, mortos e até doadores de campanha (veja o quadro na pág. ao lado).
Só de funcionários públicos foram 585 000 os beneficiários ilegais. Em todos os casos, os contemplados ganhavam ao menos um salário mínimo (piso da categoria) e, segundo apurou o estudo, pertenciam a famílias com renda per capita acima de 154 reais - situação que os impediria de receber o benefício. O fato de esses funcionários serem majoritariamente servidores municipais reforça a tese do Ministério Público de que esse tipo de fraude não dispõe de um comando centralizado. "Nasce daquele microcosmo do município em que o cadastrador conhece quem está sendo habilitado e não tem interesse em realizar uma fiscalização correta sobre suas condições de pobreza", afirma a procuradora Renata Ribeiro Baptista, que coordenou a pesquisa.
Os doadores de campanha ocupam lugar de destaque no ranking das categorias de fraudadores identificadas no estudo. O Ministério Público encontrou 90 000 beneficiários do programa que, em 2014, doaram a políticos ou partidos valores iguais ou superiores aos recebidos do programa naquele ano e casos de grupos de dez ou mais beneficiários que transferiram verbas para um mesmo candidato.
O levantamento achou ainda beneficiários sem CPF ou com mais de um CPF, além de 318 000 beneficiários que eram donos de empresas. Abrir uma empresa não significa necessariamente que alguém seja um sujeito de posses (o processo para constituir uma firma pode custar pouco mais de 200 reais), mas o Ministério Público acredita que poucos dos contemplados nessa situação conseguirão provar que vivem abaixo da linha da pobreza.
Os 2,6 bilhões desviados correspondem a 4,5% do total investido no programa no período e estão abaixo da média internacional, apontada pelo Banco Mundial, de 10% de desvios em programas sociais. Para a procuradora Renata Baptista, porém, a estimativa do MPF é "conservadora". Segundo ela, muitas fraudes ficaram de fora do levantamento. "Apenas servidores com quatro ou menos familiares entraram no estudo." O prejuízo ainda vai aumentar.Fonte:Veja
sexta-feira, 27 de maio de 2016
Susana entrega colegas da Globo: "Caíam só para aparecer no 'Vídeo Show'"
Susana Vieira entregou supostas farsas cometidas por colegas e companheiros de trabalho, na Globo, durante rápida declaração feita na tarde desta quinta-feira (26). Sem citar nomes, a atriz e agora apresentadora afirmou que atores da emissora caíam durante as gravações só para aparecer no quadro "Falha Nossa", do "Vídeo Show".
"E a hora que [ator/atriz] se jogava no chão só para sair no 'Vídeo Show'?! Tinha [ator que fazia isso]. Caía [em cena]", disse ela, ao comentar antigos erros de gravação.
A veterana explicou que no início artistas da Globo não gostavam de serem expostos no quadro, mas que tudo isso foi mudando com o passar do tempo, com o sucesso do "Falha Nossa" junto ao público. "Honestamente, a gente, como ator, não gostava muito [de aparecer no quadro 'Falha Nossa'], nos sentíamos muito constrangidos. Depois, quando começou a fazer sucesso, a gente começou a gostar [de aparecer no quadro]", admitiu.
"Eu acho que o 'Falha Nossa' foi um dos melhores quadros [do 'Vídeo Show'], acho que foi por isso que este programa pegou. Em duas ocasiões, eu mesma subi na cama e a cama quebrou. No passado, tínhamos muito mais 'Falha Nossa' porque os atores eram mais relaxados", opinou.
Bailarina por formação, Sônia Maria Vieira Gonçalves --ou simplesmente Susana Vieira-- iniciou a sua carreira artística pela TV Tupi, em 1960. Em seguida, passou pelas TVs Excelsior e Record. Em 1970, mudou-se para a TV Globo, onde, desde então, acumula 56 trabalhos realizados: 34 novelas, quatro minisséries, seis séries, entre outros. É considerada uma das atrizes mais ativas da atualidade.
Nos anos 1980, Susana Vieira deu um passo adiante em sua carreira e, mesmo contratada pela Globo, intercalou com outros trabalhos em TVs do México, Venezuela e Peru.
Aos 73 anos, Susana assumiu a bancada do "Vídeo Show" em abril, num sistema de revezamento elaborado pela direção do programa. Ela participa uma vez por semana, sempre ao lado de Otaviano Costa. Essa é a sua primeira experiência como apresentadora de televisão
ONU Mulheres pede "tolerância zero" à violência após estupros coletivos
Em nota pública divulgada na noite desta quinta-feira, a ONU Mulheres Brasil se solidarizando com as duas adolescentes vítimas de estupro coletivo no Brasil. Um dos casos aconteceu no Rio de Janeiro, com uma jovem de 16 anos, estuprada por vários homens e o outro ocorreu em Bom Jesus (PI), com a vítima sendo atacada sexualmente por cinco homens.
No comunicado, a ONU Mulheres solicitou aos poderes públicos dos Estados do Rio de Janeiro e do Piauí que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento de tais casos "para acesso à Justiça e reparação às vítimas, evitando a sua revitimização".
No Rio, a polícia tomou depoimento de uma jovem de 16 anos que informou ter sido drogada e estuprada por diversos homens. O crime foi denunciado após um vídeo com imagens da jovem desacordada e com órgãos genitais expostos ter sido postado na internet. No vídeo, um homem diz que "uns 30 caras passaram por ela". As imagens chocaram o país logo no início da manhã desta quinta-feira.
No comunicado, a ONU Mulheres solicitou aos poderes públicos dos Estados do Rio de Janeiro e do Piauí que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento de tais casos "para acesso à Justiça e reparação às vítimas, evitando a sua revitimização".
No Rio, a polícia tomou depoimento de uma jovem de 16 anos que informou ter sido drogada e estuprada por diversos homens. O crime foi denunciado após um vídeo com imagens da jovem desacordada e com órgãos genitais expostos ter sido postado na internet. No vídeo, um homem diz que "uns 30 caras passaram por ela". As imagens chocaram o país logo no início da manhã desta quinta-feira.
Tratativas para delação de Marcelo Odebrecht avançam
Avançou a tratativa para a colaboração judicial de Marcelo Odebrecht.
A última resistência do empreiteiro, cuja prisão completa um ano em junho, era detalhar irregularidades também nos negócios do grupo em outros países, sobretudo nos africanos.
Com os graves prejuízos no Brasil, a Odebrecht esperava salvar a operação internacional para se reerguer.Fonte:Vera Magalhães(Radar-on-line
A última resistência do empreiteiro, cuja prisão completa um ano em junho, era detalhar irregularidades também nos negócios do grupo em outros países, sobretudo nos africanos.
Com os graves prejuízos no Brasil, a Odebrecht esperava salvar a operação internacional para se reerguer.Fonte:Vera Magalhães(Radar-on-line
Pedro Corrêa faz relato contundente de envolvimento de Lula no petrolão
Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é de longe o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades. Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa é conhecido pelo jeito bonachão. Conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu. Confessar crimes é algo que o ex-deputado vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada com a Justiça, há quase um ano. Corrêa foi o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos.
Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015. Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. De bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras - um inventário de quase quarenta anos de corrupção.
VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares, à breve gestão de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, até chegar ao nirvana - a era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.
Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.
Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da "invasão". Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho". Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras.Fonte:Veja
Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto Inamps, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de cadeia por envolvimento no petrolão, em 2015. Corrêa admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo. De bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras - um inventário de quase quarenta anos de corrupção.
VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares, à breve gestão de Fernando Collor, passando por Fernando Henrique Cardoso, até chegar ao nirvana - a era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.
Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo do ex-presidente Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto. O ex-presidente Lula, segundo ele, gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras - da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos. Corrêa descreve situações em que Lula tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.
Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar com Lula da "invasão". Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles "estavam com as burras cheias de dinheiro" e que a diretoria era "muito grande" e tinha de "atender os outros aliados, pois o orçamento" era "muito grande" e a diretoria era "capaz de atender todo mundo". Os caciques pepistas se conformaram quando Lula garantiu que "a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho". Se Corrêa estiver dizendo a verdade, é o testemunho mais contundente até aqui sobre a participação direta de Lula no esquema da Petrobras.Fonte:Veja
quinta-feira, 26 de maio de 2016
PT quer reverter votos pelo impeachment de Dilma sugerindo nova eleição
O PT está contando votos para reverter o processo de impeachment no Senado. A estratégia é retomar o discurso de novas eleições e convencer a presidente afastada Dilma Rousseff a se comprometer com a proposta, caso ela volte ao poder. Assim, petistas dizem acreditar que será mais fácil fazer com que alguns senadores que votaram pela abertura do processo mudem de voto na fase final.
Para que a presidente seja definitivamente afastada são necessários 54 votos. Na sessão de admissibilidade, 55 senadores votaram pela abertura do processo. O PT calcula entre dez e 13 senadores considerados "potenciais" para mudar de voto, porém espera reverter de fato quatro posicionamentos.
Os nomes favoritos dos petistas para reverter a votação são os senadores do Distrito Federal, Cristovam Buarque (PPS-DF), Antônio Reguffe (sem partido) e Hélio José (PMDB-DF). O entendimento é que as medidas de Temer com cortes no serviço público, concursos e reforma da Previdência enfraquecem o eleitorado brasiliense de classe média.
Tanto Cristovam quanto José afirmaram na primeira sessão que votavam apenas pela abertura do processo e que poderiam mudar de opinião. Reguffe foi mais crítico em seu discurso contra o governo Dilma, mas ele faz parte do grupo de senadores que defendem a PEC das novas eleições.
'Sinalização'
Cristovam, que também defende novas eleições, disse que, caso a presidente se comprometa com a medida, essa seria uma "sinalização importante", mas que isso não define o seu voto. Para o senador, Dilma precisa mostrar que seria uma presidente melhor que Temer, abandonar o discurso do golpe e assumir erros.
Na avaliação das duas primeiras semanas de governo Temer, os petistas sustentam que o presidente em exercício saiu desgastado e que a opinião pública já se volta contra ele. Por isso, outra saída é usar os erros do governo para jogar a população contra Temer e pesquisas de popularidade para pressionar senadores.
Nessa linha, outro foco de atenção para os petistas é o PSB. Além de o partido ter sido parte da base do governo PT, os petistas apostam em uma questão regional. Eles acreditam que a opinião pública vai se virar contra Temer com mais força no Nordeste e Antonio Carlos Valadares (SE) e Roberto Rocha (MA) seriam nomes fortes para mudar de voto.
Além desses, foi cotado também o nome do senador Romário (PSB-RJ), que tem restrições com Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento de Temer e um dos principais articuladores do impeachment. Jucá é relator da CPI do Futebol, presidida por Romário, e trabalha no sentido de dificultar as investigações e evitar a convocação de dirigentes da CBF. Senadores do PT afirmam que o assunto já foi colocado para a presidente afastada e a parte mais difícil da estratégia é justamente convencê-la a se comprometer com novas eleições. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).
Em gravação, Renan orienta defesa de Delcídio sobre processo no Senado
Em mais uma gravação feita pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgada nesta quinta-feira pelo Jornal Hoje, da TV Globo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) aparece orientando um suposto representante do ex-senador Delcídio do Amaral a respeito do processo por quebra de decoro parlamentar contra o ex-petista no Conselho de Ética do Senado. Em outras gravações, veiculadas ontem pelo Jornal da Globo, Renan aparece ao lado do ex-presidente José Sarney (PMDB) articulando com Machado uma tentativa de influenciar o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.
Sérgio Machado entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado ontem por Zavascki.
"O que que ele (Delcídio) tem que fazer... Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde... Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias... Família pagou... A mulher pagou...", orienta Renan a um homem chamado Wandemberg, que responde: "Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão, fazer essa carta e vai embora".
Renan relata a Wandemberg ter conversado com o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), do grupo político de Sarney, sobre o processo contra Delcídio. O presidente do Senado afirma que Alberto "fica lá ouvindo os caras", mas que o conselho não tinha elementos para dar prosseguimento à acusação.
Renan pontua, no entanto, que "também é ruim dizer que não vai levar o processo adiante. Então o Conselho de Ética tem que requerer diligências, requisição de peças e enquanto isso não chegar fica lá parado". O suposto representante de Delcídio diz, então, que "(João Alberto) vai colocar em votação e vai ter uma derrota antecipada".
Delcídio do Amaral foi cassado no início do mês com 74 votos favoráveis à perda de seu mandato e nenhum voto contrário. A votação do processo contra o ex-petista no plenário do Senado foi apressada graças a uma decisão de Renan, que condicionou a apreciação da cassação do ex-petista pelos senadores à votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Casa.
Pouco antes da votação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado havia aprovado um requerimento do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fornecesse à comissão acesso ao aditamento da denúncia apresentada contra Delcídio no STF.
Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira, Renan lembra que, em relação a Delcídio, "acelerou o processo de cassação no plenário às vésperas da votação do impeachment". Sobre a orientação ao representante do ex-senador, Renan afirma que "na fase do Conselho de Ética opinou com um amigo do ex-senador, mas disse que o processo não podia ficar parado, como não ficou". Após ser cassado, Delcídio acusou Renan de "gangsterismo" e chegou a chamá-lo de "cangaceiro" em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Outro diálogo com Renan, gravado por Machado em 11 de março e divulgado nesta quinta-feira pelo Jornal Hoje, mostra ambos enfileirando críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à força-tarefa da Operação Lava Jato e a políticos como o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) e o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM). Também são citados os senadores José Serra (PSDB-SP) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
Janot 'mau-caráter' - "Agora esse Janot, Renan, é o maior mau-caráter da face da terra", provocou Sérgio Machado, para em seguida ter a opinião corroborada por Renan: "Mau-caráter! Mau-caráter! E faz tudo que essa força-tarefa (Lava jato) quer".
"É, ele não manda. E ele é mau-caráter. E ele quer sair como herói. E tem que se encontrar uma fórmula de dar um chega pra lá nessa negociação ampla pra poder segurar esse pessoal (Lava Jato). Eles estão se achando o dono do mundo", continua Machado, que, diante de uma resposta lacônica de Renan, passa a citar políticos.
Aécio 'vulnerabilíssimo' - "E o PSDB pensava que não, mas o Aécio agora sabe. O Aécio, Renan, é o cara mais vulnerável do mundo", afirma o ex-presidente da Transpetro, que ressalta: "O Aécio é vulnerabilíssimo. Vulnerabilíssimo! Há muito tempo". Renan responde apenas:"É...". O PSDB informou ontem que vai processar Machado pelas menções a Aécio.
Os democratas - Sobre o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), Machado afirma que "um cara mais corrupto que aquele não existe", mas Renan acrescenta: "Mendocinha", em referência ao apelido pelo qual é conhecido o ministro da Educação do governo interino de Michel Temer (PMDB), deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
O senador José Agripino (DEM-RN), segundo Machado, "é outro que pode ser parceiro, não é possível que ele vá fazer maluquice". Depois de uma série de respostas monossilábicas, Renan diz que "o Zé (Agripino), nós combinamos de botá-lo na roda. Eu disse ao Aécio e ao Serra. Que no próximo encontro que a gente tiver tem que botar o Zé Agripino e o Fernando Bezerra. Eu acho". "O Zé não tem como não entrar na roda", completa Machado. Os dois não deixam claro na conversa a que "roda" se referem.
'Não tem como sobreviver' - Após crítica de Sérgio Machado a um jornalista que afirmou que o impeachment seria um "processo de salvação" de corruptos, Renan Calheiros lembra que "é a lógica que ela (Dilma) fez o tempo todo". "Porque, Renan,vou dizer o seguinte: dos políticos do Congresso, se 'sobrar' cinco que não fez, é muito. Governador nenhum. Não tem como, Renan". Embora seu filho, Renan Calheiros Filho (PMDB), seja governador de Alagoas, o presidente do Senado se limita a dizer: "Não tem como sobreviver".Fonte:Veja
Sérgio Machado entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado ontem por Zavascki.
"O que que ele (Delcídio) tem que fazer... Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde... Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias... Família pagou... A mulher pagou...", orienta Renan a um homem chamado Wandemberg, que responde: "Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão, fazer essa carta e vai embora".
Renan relata a Wandemberg ter conversado com o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA), do grupo político de Sarney, sobre o processo contra Delcídio. O presidente do Senado afirma que Alberto "fica lá ouvindo os caras", mas que o conselho não tinha elementos para dar prosseguimento à acusação.
Renan pontua, no entanto, que "também é ruim dizer que não vai levar o processo adiante. Então o Conselho de Ética tem que requerer diligências, requisição de peças e enquanto isso não chegar fica lá parado". O suposto representante de Delcídio diz, então, que "(João Alberto) vai colocar em votação e vai ter uma derrota antecipada".
Delcídio do Amaral foi cassado no início do mês com 74 votos favoráveis à perda de seu mandato e nenhum voto contrário. A votação do processo contra o ex-petista no plenário do Senado foi apressada graças a uma decisão de Renan, que condicionou a apreciação da cassação do ex-petista pelos senadores à votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff na Casa.
Pouco antes da votação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado havia aprovado um requerimento do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fornecesse à comissão acesso ao aditamento da denúncia apresentada contra Delcídio no STF.
Por meio de nota divulgada nesta quinta-feira, Renan lembra que, em relação a Delcídio, "acelerou o processo de cassação no plenário às vésperas da votação do impeachment". Sobre a orientação ao representante do ex-senador, Renan afirma que "na fase do Conselho de Ética opinou com um amigo do ex-senador, mas disse que o processo não podia ficar parado, como não ficou". Após ser cassado, Delcídio acusou Renan de "gangsterismo" e chegou a chamá-lo de "cangaceiro" em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
Outro diálogo com Renan, gravado por Machado em 11 de março e divulgado nesta quinta-feira pelo Jornal Hoje, mostra ambos enfileirando críticas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à força-tarefa da Operação Lava Jato e a políticos como o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) e o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM). Também são citados os senadores José Serra (PSDB-SP) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
Janot 'mau-caráter' - "Agora esse Janot, Renan, é o maior mau-caráter da face da terra", provocou Sérgio Machado, para em seguida ter a opinião corroborada por Renan: "Mau-caráter! Mau-caráter! E faz tudo que essa força-tarefa (Lava jato) quer".
"É, ele não manda. E ele é mau-caráter. E ele quer sair como herói. E tem que se encontrar uma fórmula de dar um chega pra lá nessa negociação ampla pra poder segurar esse pessoal (Lava Jato). Eles estão se achando o dono do mundo", continua Machado, que, diante de uma resposta lacônica de Renan, passa a citar políticos.
Aécio 'vulnerabilíssimo' - "E o PSDB pensava que não, mas o Aécio agora sabe. O Aécio, Renan, é o cara mais vulnerável do mundo", afirma o ex-presidente da Transpetro, que ressalta: "O Aécio é vulnerabilíssimo. Vulnerabilíssimo! Há muito tempo". Renan responde apenas:"É...". O PSDB informou ontem que vai processar Machado pelas menções a Aécio.
Os democratas - Sobre o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), Machado afirma que "um cara mais corrupto que aquele não existe", mas Renan acrescenta: "Mendocinha", em referência ao apelido pelo qual é conhecido o ministro da Educação do governo interino de Michel Temer (PMDB), deputado Mendonça Filho (DEM-PE).
O senador José Agripino (DEM-RN), segundo Machado, "é outro que pode ser parceiro, não é possível que ele vá fazer maluquice". Depois de uma série de respostas monossilábicas, Renan diz que "o Zé (Agripino), nós combinamos de botá-lo na roda. Eu disse ao Aécio e ao Serra. Que no próximo encontro que a gente tiver tem que botar o Zé Agripino e o Fernando Bezerra. Eu acho". "O Zé não tem como não entrar na roda", completa Machado. Os dois não deixam claro na conversa a que "roda" se referem.
'Não tem como sobreviver' - Após crítica de Sérgio Machado a um jornalista que afirmou que o impeachment seria um "processo de salvação" de corruptos, Renan Calheiros lembra que "é a lógica que ela (Dilma) fez o tempo todo". "Porque, Renan,vou dizer o seguinte: dos políticos do Congresso, se 'sobrar' cinco que não fez, é muito. Governador nenhum. Não tem como, Renan". Embora seu filho, Renan Calheiros Filho (PMDB), seja governador de Alagoas, o presidente do Senado se limita a dizer: "Não tem como sobreviver".Fonte:Veja
Alexandre de Moraes: 'Todos serão investigados'
O novo ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, está sentado numa das cadeiras mais espinhosas da Esplanadas dos Ministérios, em Brasília. Nos últimos três meses, três pessoas diferentes comandaram a pasta. Para ter uma vida mais longa que a de seus antecessores, Alexandre de Moraes sabe que deverá dar espaço à Operação Lava Jato. "Vou dar total respaldo e maiores condições para combater a corrupção", diz ele. "Todos serão investigados, independente de quem seja", garante, constatando que a investigação do escândalo do petrolão chegou ao topo da organização criminosa, onde está a elite política do país, incluindo alguns ministros e colegas de governo.
Favorável à delação premiada e à participação da Polícia Federal na elaboração desses acordos, Alexandre de Moraes é, por outro lado, contrário à adoção da lista tríplice de candidatos mais votados pela categoria para assumir a diretoria-geral do órgão. "A diretoria da PF acha a lista tríplice necessária? Os superintendes acham que ela é necessária? Não. Na verdade, quem acha que é necessária é só a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)", diz Moraes, que acabou comprando uma briga com os procuradores da República por dizer que o presidente não é obrigado a se submeter à lista apresentada pela categoria. A declaração foi interpretada como uma crítica direta à tradição da PGR. Ele alega, porém, que estava falando dentro de uma tese.
Acostumado a lidar com críticas e trabalhar sob pressão, Alexandre de Moraes foi secretário de Justiça de São Paulo em meio a revoltas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e foi secretário de segurança do governo de Geraldo Alckmin em São Paulo durante as manifestações sociais que tomaram a Avenida Paulista. "Ninguém me oferece uma embaixada na França, uma vaga bacana", brinca, sem desfazer a expressão séria.
Na prática, como o senhor dará respaldo à Lava Jato? Hoje a Lava Jato é o símbolo de uma operação bem sucedida da PF com o MPF, um símbolo de combate à corrupção. E não é só um simbolismo, mas uma efetividade. A operação desmantelou o verdadeiro crime organizado, constituído pela alta iniciativa privada e vários agentes do poder público se imiscuindo para lesar o erário público.
Em um de seus discursos mais famosos, o senador romano Cícero dizia que o agente público corrupto deveria ser duas vezes punido: pela corrupção e pelo exemplo que dá para novas gerações. Mas tem um terceiro fator também: ele está tirando o dinheiro que é para o saneamento básico, a saúde e a educação. Ele está causando indiretamente diversas mortes.
Não tem perdão. Por isso, se a Lava Jato precisar de mais apoio financeiro, mais recursos humanos, apoio político institucional do ministério, eu darei. Isso é uma determinação do presidente Michel Temer. Ele quer garantir a total independência e a autonomia dos investigadores.
Alguns ministros que integram o governo Temer foram citados por delatores e podem entrar na mira da Lava Jato. O senhor se sentiria confortável diante de uma operação que envolvesse os seus colegas? Eu falo com absoluta tranquilidade, porque há muito tempo investiguei políticos. Quem investiga, investiga fatos, e não pessoas. A partir dos fatos que surgem numa investigação, chega-se a pessoas. Se esses fatos levarem a provas contra pessoas, não importa se a pessoa é A, B, C ou D. Não importa a cor, nem ideologia, nem cargo, nem idade. Todos serão investigados, independente de quem seja.
Os vazamentos das operações e de informações da Lava Jato também serão investigados em sua gestão? Uma questão é investigar o vazamento de delação, de interceptação telefônica, de laudo pericial e de questões sigilosas. Isso é crime e tem que ser combatido. A outra questão é você, antes de investigar, antes de saber quem foi, afastar alguém. Quando o segredo não é de um só, o sigilo passa pela polícia, pelo cartório judicial, pelo Ministério Público, pelo cartório do Ministério Público e pelo juiz. O processo passa por cinco lugares diferentes. Se alguém vaza, a responsabilidade é da polícia? Não...Você tem que investigar e chegar a quem vazou. Quem vazou vai ser responsabilizado administrativa e criminalmente. Mas tem que ficar comprovado...
O ex-senador Delcidio do Amaral acusa o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de antecipar as operações da Lava Jato. Isso também será investigado? Tomei conhecimento disso pela imprensa. O doutor Rodrigo Janot pediu o inquérito e foi instaurado. Se o titular da ação penal pediu inquérito e achou que deve ser investigado, vai ser investigado até que não paire dúvidas.
Assim como Delcidio, há diversos delatores na Lava Jato que colaboram com a operação. O senhor é favorável a esse tipo de instrumento de investigação? A delação, no sistema anglo-saxônico, é usada há mais de cem anos. É um sistema pragmático que ajuda a desmontar uma organização criminosa. Numa investigação, importa pegar o quarto escalão, que é facilmente substituível, ou subir e atacar a cabeça da organização criminosa? Se você ceifar o chefe da organização criminosa, aí, sim, você abate a corrupção. A delação premiada ajuda a atacar a cabeça da organização criminosa.
O ex-presidente Lula tem sido apontado por delatores e pelos próprios investigadores da Lava Jato como o provável chefe do petrolão. O senhor concorda com isso? Com as informações que tenho, não poderia dizer se vai chegar ou não ao ex-presidente Lula. O procurador-geral já o incluiu na investigação. O que é perceptível é que a Lava Jato já chegou ao escalão maior, onde há uma promiscuidade entre a elite econômica e a elite política.
Nesse sentido, o procurador-geral achou por bem investigar o ex-presidente Lula. Só o fato de existirem nomes da elite política do país, independente do partido, e da elite econômica mostra a eficácia da Lava Jato. A operação começou pelo quarto escalão, chegou ao terceiro, foi para a cúpula da Petrobras e a partir daí a ramificação para a cúpula política e econômica. Nesse contexto, a delação ajudou a chegar ao topo da organização criminosa. E é um instrumento que envolve os quatro atores do mundo jurídico. Atua a Polícia, o MP, o judiciário e os advogados.
O senhor é favorável, então, a que a Polícia Federal continue atuando nos acordos de colaboração premiada, ao contrário do que defende a Procuradoria-Geral da República? Os quatro já atuam. A lei autoriza os quatro atores a atuarem. Quem vai homologar sempre a delação é o poder judiciário. Quem vai contestar, apontar eventuais erros formais e matérias é o advogado. Quem é o titular da ação penal e oferece a denúncia é o MP, que tem que participar da delação também. E quem faz toda a investigação é a polícia. Os quatro têm que participar.
E qual a sua opinião sobre a sugestão de se adotar uma lista tríplice de policiais federais indicados para ocupar o cargo de diretor-geral do órgão, seguindo a tradição do Ministério Público Federal? Ah, esse negócio de lista tríplice... Eu sou favorável à autonomia de cada delegado, de cada agente para exercer a sua função. A Polícia Federal vai ter total independência, total autonomia para exercer o seu papel. Mas a Polícia Federal faz parte do poder executivo.
Não só no Brasil, mas no mundo todo. O que nós vamos fazer é exatamente isto: garantir total independência. A diretoria da PF acha a lista tríplice necessária? Os superintendes acham que ela é necessária? Não. Na verdade, quem acha que é necessária é só a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Todos os que estão atuando nas grandes operações não acham que isso necessário. O que é necessário é garantir autonomia na investigação.
A cada mudança de ministro da Justiça se especula sobre a saída do diretor-geral da Polícia Federal. Em sua gestão, o que justificaria essa troca? Nada justificaria. Se não, eu já teria encaminhado pela troca. Eu acho que não há necessidade de troca. Tanto é que na própria sexta chamei para conversar o doutor Leandro Daiello, que é extremamente competente, afável no trato, uma pessoa agradável, que tem liderança e bom senso. Eu tinha uma dúvida que eu deveria perguntar para ele. Eu gostaria de saber se ele estava ou não com vontade de continuar. Você também não pode manter uma pessoa que não quer continuar.
Ele não só se mostrou motivado mas também disse que tem vontade de continuar. Disse para seguirmos em frente e pedi para ele marcar uma reunião com a diretoria. Não acho que tenha nada a mudar. E não mudei. Ele está aí, com o pé no acelerador. Se ele queria sair, disfarçou muito bem. Nesse período tumultuado, é normal que ele se sinta numa situação incômoda. Mas ele se mostrou extremamente motivado. Tanto é que a nossa reunião quer era para durar uma hora, demorou três horas e meia. Eu também sou inquisidor, né? Eu estava mesmo interessado em saber tudo. Eu sou curioso por natureza. Foi uma reunião que não durou mais, para a sorte dele, que estava olhando para o relógio, porque eu tinha uma reunião com o presidente Temer para tratar sobre Olimpíada.
Há ameaças de ataques terroristas na Olimpíada, conforme reconheceu recentemente um diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)? Veja só, não há nada que demonstre que vai ocorrer alguma coisa no Brasil. Mas obviamente o Brasil deve tomar todos os cuidados possíveis, porque somos o país anfitrião. O país anfitrião não pode se dar o direito de negligenciar qualquer ponto. O presidente Temer fez questão de fazer essa reunião sobre Olimpíada para verificar todos esses pontos. E pode ter certeza que nós não estamos negligenciando nenhum ponto.
As manifestações contra o atual governo são motivo de preocupação? Qualquer movimento social, seja de esquerda, direita, centro, liberal, conservador, anárquico, tem constitucionalmente garantias de se manifestar. Não precisa pedir autorização. Pode defender a ideia que quiser. A Constituição exige muito pouco, porque vivemos numa democracia. Ela exige prévia ciência do poder público, para que possa organizar os direitos dos demais, e que seja pacífica. É proibido manifestação com armas. Qualquer movimento que respeite isso está constitucionalmente autorizado a se manifestar. Se algumas pessoas praticam crimes, quebram e queimam tudo, não é mais movimento social. Aí, tem que responder à polícia e à Justiça. De qualquer forma, não acho que as manifestações tendem a aumentar. Já estão diminuindo. O brasileiro quer trabalhar. O brasileiro quer que o país melhore.Fonte:Veja
Favorável à delação premiada e à participação da Polícia Federal na elaboração desses acordos, Alexandre de Moraes é, por outro lado, contrário à adoção da lista tríplice de candidatos mais votados pela categoria para assumir a diretoria-geral do órgão. "A diretoria da PF acha a lista tríplice necessária? Os superintendes acham que ela é necessária? Não. Na verdade, quem acha que é necessária é só a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)", diz Moraes, que acabou comprando uma briga com os procuradores da República por dizer que o presidente não é obrigado a se submeter à lista apresentada pela categoria. A declaração foi interpretada como uma crítica direta à tradição da PGR. Ele alega, porém, que estava falando dentro de uma tese.
Acostumado a lidar com críticas e trabalhar sob pressão, Alexandre de Moraes foi secretário de Justiça de São Paulo em meio a revoltas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e foi secretário de segurança do governo de Geraldo Alckmin em São Paulo durante as manifestações sociais que tomaram a Avenida Paulista. "Ninguém me oferece uma embaixada na França, uma vaga bacana", brinca, sem desfazer a expressão séria.
Na prática, como o senhor dará respaldo à Lava Jato? Hoje a Lava Jato é o símbolo de uma operação bem sucedida da PF com o MPF, um símbolo de combate à corrupção. E não é só um simbolismo, mas uma efetividade. A operação desmantelou o verdadeiro crime organizado, constituído pela alta iniciativa privada e vários agentes do poder público se imiscuindo para lesar o erário público.
Em um de seus discursos mais famosos, o senador romano Cícero dizia que o agente público corrupto deveria ser duas vezes punido: pela corrupção e pelo exemplo que dá para novas gerações. Mas tem um terceiro fator também: ele está tirando o dinheiro que é para o saneamento básico, a saúde e a educação. Ele está causando indiretamente diversas mortes.
Não tem perdão. Por isso, se a Lava Jato precisar de mais apoio financeiro, mais recursos humanos, apoio político institucional do ministério, eu darei. Isso é uma determinação do presidente Michel Temer. Ele quer garantir a total independência e a autonomia dos investigadores.
Alguns ministros que integram o governo Temer foram citados por delatores e podem entrar na mira da Lava Jato. O senhor se sentiria confortável diante de uma operação que envolvesse os seus colegas? Eu falo com absoluta tranquilidade, porque há muito tempo investiguei políticos. Quem investiga, investiga fatos, e não pessoas. A partir dos fatos que surgem numa investigação, chega-se a pessoas. Se esses fatos levarem a provas contra pessoas, não importa se a pessoa é A, B, C ou D. Não importa a cor, nem ideologia, nem cargo, nem idade. Todos serão investigados, independente de quem seja.
Os vazamentos das operações e de informações da Lava Jato também serão investigados em sua gestão? Uma questão é investigar o vazamento de delação, de interceptação telefônica, de laudo pericial e de questões sigilosas. Isso é crime e tem que ser combatido. A outra questão é você, antes de investigar, antes de saber quem foi, afastar alguém. Quando o segredo não é de um só, o sigilo passa pela polícia, pelo cartório judicial, pelo Ministério Público, pelo cartório do Ministério Público e pelo juiz. O processo passa por cinco lugares diferentes. Se alguém vaza, a responsabilidade é da polícia? Não...Você tem que investigar e chegar a quem vazou. Quem vazou vai ser responsabilizado administrativa e criminalmente. Mas tem que ficar comprovado...
O ex-senador Delcidio do Amaral acusa o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de antecipar as operações da Lava Jato. Isso também será investigado? Tomei conhecimento disso pela imprensa. O doutor Rodrigo Janot pediu o inquérito e foi instaurado. Se o titular da ação penal pediu inquérito e achou que deve ser investigado, vai ser investigado até que não paire dúvidas.
Assim como Delcidio, há diversos delatores na Lava Jato que colaboram com a operação. O senhor é favorável a esse tipo de instrumento de investigação? A delação, no sistema anglo-saxônico, é usada há mais de cem anos. É um sistema pragmático que ajuda a desmontar uma organização criminosa. Numa investigação, importa pegar o quarto escalão, que é facilmente substituível, ou subir e atacar a cabeça da organização criminosa? Se você ceifar o chefe da organização criminosa, aí, sim, você abate a corrupção. A delação premiada ajuda a atacar a cabeça da organização criminosa.
O ex-presidente Lula tem sido apontado por delatores e pelos próprios investigadores da Lava Jato como o provável chefe do petrolão. O senhor concorda com isso? Com as informações que tenho, não poderia dizer se vai chegar ou não ao ex-presidente Lula. O procurador-geral já o incluiu na investigação. O que é perceptível é que a Lava Jato já chegou ao escalão maior, onde há uma promiscuidade entre a elite econômica e a elite política.
Nesse sentido, o procurador-geral achou por bem investigar o ex-presidente Lula. Só o fato de existirem nomes da elite política do país, independente do partido, e da elite econômica mostra a eficácia da Lava Jato. A operação começou pelo quarto escalão, chegou ao terceiro, foi para a cúpula da Petrobras e a partir daí a ramificação para a cúpula política e econômica. Nesse contexto, a delação ajudou a chegar ao topo da organização criminosa. E é um instrumento que envolve os quatro atores do mundo jurídico. Atua a Polícia, o MP, o judiciário e os advogados.
O senhor é favorável, então, a que a Polícia Federal continue atuando nos acordos de colaboração premiada, ao contrário do que defende a Procuradoria-Geral da República? Os quatro já atuam. A lei autoriza os quatro atores a atuarem. Quem vai homologar sempre a delação é o poder judiciário. Quem vai contestar, apontar eventuais erros formais e matérias é o advogado. Quem é o titular da ação penal e oferece a denúncia é o MP, que tem que participar da delação também. E quem faz toda a investigação é a polícia. Os quatro têm que participar.
E qual a sua opinião sobre a sugestão de se adotar uma lista tríplice de policiais federais indicados para ocupar o cargo de diretor-geral do órgão, seguindo a tradição do Ministério Público Federal? Ah, esse negócio de lista tríplice... Eu sou favorável à autonomia de cada delegado, de cada agente para exercer a sua função. A Polícia Federal vai ter total independência, total autonomia para exercer o seu papel. Mas a Polícia Federal faz parte do poder executivo.
Não só no Brasil, mas no mundo todo. O que nós vamos fazer é exatamente isto: garantir total independência. A diretoria da PF acha a lista tríplice necessária? Os superintendes acham que ela é necessária? Não. Na verdade, quem acha que é necessária é só a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF). Todos os que estão atuando nas grandes operações não acham que isso necessário. O que é necessário é garantir autonomia na investigação.
A cada mudança de ministro da Justiça se especula sobre a saída do diretor-geral da Polícia Federal. Em sua gestão, o que justificaria essa troca? Nada justificaria. Se não, eu já teria encaminhado pela troca. Eu acho que não há necessidade de troca. Tanto é que na própria sexta chamei para conversar o doutor Leandro Daiello, que é extremamente competente, afável no trato, uma pessoa agradável, que tem liderança e bom senso. Eu tinha uma dúvida que eu deveria perguntar para ele. Eu gostaria de saber se ele estava ou não com vontade de continuar. Você também não pode manter uma pessoa que não quer continuar.
Ele não só se mostrou motivado mas também disse que tem vontade de continuar. Disse para seguirmos em frente e pedi para ele marcar uma reunião com a diretoria. Não acho que tenha nada a mudar. E não mudei. Ele está aí, com o pé no acelerador. Se ele queria sair, disfarçou muito bem. Nesse período tumultuado, é normal que ele se sinta numa situação incômoda. Mas ele se mostrou extremamente motivado. Tanto é que a nossa reunião quer era para durar uma hora, demorou três horas e meia. Eu também sou inquisidor, né? Eu estava mesmo interessado em saber tudo. Eu sou curioso por natureza. Foi uma reunião que não durou mais, para a sorte dele, que estava olhando para o relógio, porque eu tinha uma reunião com o presidente Temer para tratar sobre Olimpíada.
Há ameaças de ataques terroristas na Olimpíada, conforme reconheceu recentemente um diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)? Veja só, não há nada que demonstre que vai ocorrer alguma coisa no Brasil. Mas obviamente o Brasil deve tomar todos os cuidados possíveis, porque somos o país anfitrião. O país anfitrião não pode se dar o direito de negligenciar qualquer ponto. O presidente Temer fez questão de fazer essa reunião sobre Olimpíada para verificar todos esses pontos. E pode ter certeza que nós não estamos negligenciando nenhum ponto.
As manifestações contra o atual governo são motivo de preocupação? Qualquer movimento social, seja de esquerda, direita, centro, liberal, conservador, anárquico, tem constitucionalmente garantias de se manifestar. Não precisa pedir autorização. Pode defender a ideia que quiser. A Constituição exige muito pouco, porque vivemos numa democracia. Ela exige prévia ciência do poder público, para que possa organizar os direitos dos demais, e que seja pacífica. É proibido manifestação com armas. Qualquer movimento que respeite isso está constitucionalmente autorizado a se manifestar. Se algumas pessoas praticam crimes, quebram e queimam tudo, não é mais movimento social. Aí, tem que responder à polícia e à Justiça. De qualquer forma, não acho que as manifestações tendem a aumentar. Já estão diminuindo. O brasileiro quer trabalhar. O brasileiro quer que o país melhore.Fonte:Veja
Operação Corpus Christi reforça policiamento nas rodovias da Bahia
A partir desta manhã(26), com o início do feriado prolongado de Corpus Christi, o policiamento será intensificado nas rodovias da Bahia. A operação, que começa às 9h de quinta-feira e vai até as 8h da segunda-feira (30), é uma ação conjunta da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Ao todo, serão 225 policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária e das Companhias Independentes de Policiamento Rodoviário da Bahia. Eles atuarão em viaturas, bases móveis em pontos estratégicos e nos postos de fiscalização. Além do acompanhamento do trânsito e infrações, a operação também vai fiscalizar e combater o tráfico de drogas, de armas e de pessoas.
Nas rodovias federais, o policiamento será feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no mesmo período. A Operação Corpus Christi terá como foco principal as condutas dos motoristas, para evitar mortes por acidentes nas estradas. Por isso, serão fiscalizadas as situações relacionadas a embriaguez ao volante, excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas, uso do cito de segurança e ausência de capacetes em motociclistas.
Veículos longos
De acordo com a PRF, a maior parte da malha rodoviária da Bahia é composta por pistas simples e, por isso, o tráfego de caminhões articulados, veículos com dimensões excedentes e caminhões cegonhas terão restrição de horário durante o feriadão, para garantir fluidez no trânsito.
Carregados ou não, esses veículos não poderão circular nas rodovias de pistas simples amanhã (26), entre 6h e 12h. Já no domingo (29), a restrição vai das 16h às 24h. O descumprimento da norma acarreta em multa de R$ 85,13 além de quatro pontos na carteira de habilitação.
Para quem pretende viajar durante o feriado prolongado, a recomendação é não dirigir após ingerir bebida alcoólica, fazer revisão nos veículos, conferir a validade dos documentos obrigatórios, descansar antes de viagens longas, usar sempre o cinto de segurança em todos os assentos e usar assento especial para crianças.Fonte:Agência Brasil
Ao todo, serão 225 policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária e das Companhias Independentes de Policiamento Rodoviário da Bahia. Eles atuarão em viaturas, bases móveis em pontos estratégicos e nos postos de fiscalização. Além do acompanhamento do trânsito e infrações, a operação também vai fiscalizar e combater o tráfico de drogas, de armas e de pessoas.
Nas rodovias federais, o policiamento será feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no mesmo período. A Operação Corpus Christi terá como foco principal as condutas dos motoristas, para evitar mortes por acidentes nas estradas. Por isso, serão fiscalizadas as situações relacionadas a embriaguez ao volante, excesso de velocidade, ultrapassagens proibidas, uso do cito de segurança e ausência de capacetes em motociclistas.
Veículos longos
De acordo com a PRF, a maior parte da malha rodoviária da Bahia é composta por pistas simples e, por isso, o tráfego de caminhões articulados, veículos com dimensões excedentes e caminhões cegonhas terão restrição de horário durante o feriadão, para garantir fluidez no trânsito.
Carregados ou não, esses veículos não poderão circular nas rodovias de pistas simples amanhã (26), entre 6h e 12h. Já no domingo (29), a restrição vai das 16h às 24h. O descumprimento da norma acarreta em multa de R$ 85,13 além de quatro pontos na carteira de habilitação.
Para quem pretende viajar durante o feriado prolongado, a recomendação é não dirigir após ingerir bebida alcoólica, fazer revisão nos veículos, conferir a validade dos documentos obrigatórios, descansar antes de viagens longas, usar sempre o cinto de segurança em todos os assentos e usar assento especial para crianças.Fonte:Agência Brasil
Especialistas criticam proposta levada por Frota ao ministro da educação
A visita do ator Alexandre Frota e de membros do grupo Revoltados Online ao ministro da Educação, Mendonça Filho, e a pauta que eles levaram para discutir - sobre uma escola sem partido - foram bastante criticadas. Para especialistas em educação ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, a proposta pode tanto ser interpretada tanto como um atentado à liberdade de cátedra quanto uma distorção do papel do educador de oferecer o melhor do conhecimento disponível, com suas contradições, aos alunos. Para o físico José Goldemberg, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo e ex-reitor da Universidade de São Paulo, trata-se de um posicionamento retrógrado.
"Não é possível não se discutir filosofia e política nas escolas. O que a gente chama de política é algo que Platão fazia há 2.500 anos. É claro que temos de evitar que um professor dissemine política partidária, mas não puni-lo", afirmou. Ele diz acreditar que isso se resolve com as bases curriculares. "E para limitar a discussão de assunto em escolas, quem deve decidir não são grupos de militantes, mas de educadores. Se o ministro acha que tem de enfrentar esse assunto, que crie uma comissão com o mais alto nível de educadores - que são muitos no Brasil", disse.
"Agora fico admirado que o ministro da Educação vá se preocupar com isso no começo da gestão, quando há tantos problemas mais agudos para resolver. Me parece retrógrado e obscurantista. Aí amanhã vão querer proibir educação sexual, que vai gerar muito mais problemas. Ou querer o criacionismo no lugar da evolução. Negar isso é andar para trás", criticou. Para o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP e ex-ministro da Educação, de abril a setembro de 2015, a proposta fere o próprio conceito de educação. "A pretexto de reduzir algum caráter ideológico do ensino, essa proposta coloca em risco todo o ensino.
No limite, não se vai poder falar de ciência, do que as ciências sociais e políticas descobriram nos últimos 200 anos. Isso é contra a modernidade", disse. "As ciências humanas têm estudos do socialismo ao capitalismo. Não se pode confundir o ensino das controvérsias que existem na ciência com ideia de doutrinação ou com partido político. Isso é um golpe contra o conhecimento. Estudar Karl Marx é necessário nas ciências sociais, mas não quer dizer quem estuda Marx vira marxista.
Não é à toa que quem propõe isso não é exatamente uma referência científica ou em educação", complementou. "Considero um sinal perigoso que o ministro aceite dialogar sobre educação com quem não tem contribuições a fazer sobre educação", disse. "Este ministério comporta a pluralidade e o respeito humano a qualquer cidadão", justificou-se o ministro Mendonça Filho, destacando que as reações gerais ao encontro teriam sido exageradas e configurariam "discriminação" com o ator.
"Não discrimino ninguém, porque respeito a liberdade de cada pessoa para fazer suas escolhas de vida", alegou. O ministro relatou que conheceu Frota e o "pessoal" do Revoltados Online durante os atos pró-impeachment de Dilma Rousseff. "Não vejo problema na visita. Discriminação é algo tão abominável e tão mal visto por todos os cidadãos com postura civilizada, que o fato de receber um ator como Alexandre Frota é uma questão que absolutamente deve ser respeitada", defendeu.Fonte: Estadão Conteúdo
"Não é possível não se discutir filosofia e política nas escolas. O que a gente chama de política é algo que Platão fazia há 2.500 anos. É claro que temos de evitar que um professor dissemine política partidária, mas não puni-lo", afirmou. Ele diz acreditar que isso se resolve com as bases curriculares. "E para limitar a discussão de assunto em escolas, quem deve decidir não são grupos de militantes, mas de educadores. Se o ministro acha que tem de enfrentar esse assunto, que crie uma comissão com o mais alto nível de educadores - que são muitos no Brasil", disse.
"Agora fico admirado que o ministro da Educação vá se preocupar com isso no começo da gestão, quando há tantos problemas mais agudos para resolver. Me parece retrógrado e obscurantista. Aí amanhã vão querer proibir educação sexual, que vai gerar muito mais problemas. Ou querer o criacionismo no lugar da evolução. Negar isso é andar para trás", criticou. Para o filósofo Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP e ex-ministro da Educação, de abril a setembro de 2015, a proposta fere o próprio conceito de educação. "A pretexto de reduzir algum caráter ideológico do ensino, essa proposta coloca em risco todo o ensino.
No limite, não se vai poder falar de ciência, do que as ciências sociais e políticas descobriram nos últimos 200 anos. Isso é contra a modernidade", disse. "As ciências humanas têm estudos do socialismo ao capitalismo. Não se pode confundir o ensino das controvérsias que existem na ciência com ideia de doutrinação ou com partido político. Isso é um golpe contra o conhecimento. Estudar Karl Marx é necessário nas ciências sociais, mas não quer dizer quem estuda Marx vira marxista.
Não é à toa que quem propõe isso não é exatamente uma referência científica ou em educação", complementou. "Considero um sinal perigoso que o ministro aceite dialogar sobre educação com quem não tem contribuições a fazer sobre educação", disse. "Este ministério comporta a pluralidade e o respeito humano a qualquer cidadão", justificou-se o ministro Mendonça Filho, destacando que as reações gerais ao encontro teriam sido exageradas e configurariam "discriminação" com o ator.
"Não discrimino ninguém, porque respeito a liberdade de cada pessoa para fazer suas escolhas de vida", alegou. O ministro relatou que conheceu Frota e o "pessoal" do Revoltados Online durante os atos pró-impeachment de Dilma Rousseff. "Não vejo problema na visita. Discriminação é algo tão abominável e tão mal visto por todos os cidadãos com postura civilizada, que o fato de receber um ator como Alexandre Frota é uma questão que absolutamente deve ser respeitada", defendeu.Fonte: Estadão Conteúdo
Cargas curtas podem ser melhor para a bateria do celular; veja dicas
Ficar com a bateria zerada é um dos maiores temores dos usuários de smartphones. Infelizmente por melhores que sejam, as baterias desses aparelhos raramente superam os dois dias de uso. O que acabou sendo um pequeno retrocesso em relação à época dos "dumbphones" sem touchscreen, que conseguiram sobreviver até cinco dias sem voltar para a tomada.
A bateria curta faz com que muitos usuários adotem o uso do carregador quase o tempo todo, mesmo quando ainda tem bateria suficiente para algumas horas de uso. Mas essa tática pode influenciar na qualidade da mesma. As baterias são compostas de um material de íon-lítio, cuja vida útil é normalmente definida pelo número de ciclos de carga e descarga completa antes da perda significativa da capacidade.
Trocando em miúdos, deixar a carga do celular cair constantemente para zero, e na sequência carregá-lo a 100%, tende a encurtar essa vida útil da bateria. Outro vilão é o superaquecimento, causado tanto pelo carregamento quanto pela temperatura externa. Veja mais dicas abaixo.
Evite deixar plugado e em 100% sempre
Segundo especialistas, fazer isso tende a forçar a capacidade máxima da bateria, colocando muita pressão no íon-lítio da mesma. A recomendação é deixar a bateria funcionando na faixa dos 40% a 80%, usando para isso recargas curtas ao longo do dia
Não zere a bateria
No extremo oposto, evite ao máximo usar seu celular até descarregá-lo completamente. Fique atento ao percentual da bateria quando estiver chegando aos 30% e já veja uma forma de carregá-lo. Carregar de 0 a 100% também exerce muita carga em pouco tempo na bateria, desgastando-a mais rápido
Fuja do calor
O superaquecimento é um dos fatores que acaba mais rápido com a qualidade da bateria. Então se ela estiver aquecendo enquanto carrega, é recomendável trocar o carregador por um modelo e marca confiáveis. Se o dia estiver muito quente, não utilize demais o aparelho. A uma temperatura média de 0°C, uma bateria de lítio-ion perderá 6% da sua capacidade máxima por ano. A 25 °C, esse número salta para 20%, e a 40°C, salta para 35%
Carregamento rápido é bom?
Hoje os carregadores rápidos estão ganhando força no mercado, com as fabricantes de celulares usando isso como ferramenta de marketing. Se o carregador for de fábrica do próprio aparelho, não há muito a temer. Mas se for carregador de uma marca terceira, o cuidado deve ser maior. Quanto maior a tensão, menos perda de carga você vai ter, mas pode ser perigoso também, pois se não houver um chip inteligente que regule as descidas de tensão no início e no fim da carga, a bateria poderá sofrer um estresse
Carregamento sem fio é ruim?
Do ano passado para cá, vem surgindo carregadores sem fio, que carregam o celular por indução, encostando-o em uma base. Novamente a dica anterior se aplica aqui; se for um carregador que veio na caixa do aparelho, feito especialmento para ele, na teoria não haverá problemas. Mas essa tecnologia tende a gerar um pouco de calor residual, o que causará mais desgaste a longo prazo.Fonte:tecnologia.uol.com.br
A bateria curta faz com que muitos usuários adotem o uso do carregador quase o tempo todo, mesmo quando ainda tem bateria suficiente para algumas horas de uso. Mas essa tática pode influenciar na qualidade da mesma. As baterias são compostas de um material de íon-lítio, cuja vida útil é normalmente definida pelo número de ciclos de carga e descarga completa antes da perda significativa da capacidade.
Trocando em miúdos, deixar a carga do celular cair constantemente para zero, e na sequência carregá-lo a 100%, tende a encurtar essa vida útil da bateria. Outro vilão é o superaquecimento, causado tanto pelo carregamento quanto pela temperatura externa. Veja mais dicas abaixo.
Evite deixar plugado e em 100% sempre
Segundo especialistas, fazer isso tende a forçar a capacidade máxima da bateria, colocando muita pressão no íon-lítio da mesma. A recomendação é deixar a bateria funcionando na faixa dos 40% a 80%, usando para isso recargas curtas ao longo do dia
Não zere a bateria
No extremo oposto, evite ao máximo usar seu celular até descarregá-lo completamente. Fique atento ao percentual da bateria quando estiver chegando aos 30% e já veja uma forma de carregá-lo. Carregar de 0 a 100% também exerce muita carga em pouco tempo na bateria, desgastando-a mais rápido
Fuja do calor
O superaquecimento é um dos fatores que acaba mais rápido com a qualidade da bateria. Então se ela estiver aquecendo enquanto carrega, é recomendável trocar o carregador por um modelo e marca confiáveis. Se o dia estiver muito quente, não utilize demais o aparelho. A uma temperatura média de 0°C, uma bateria de lítio-ion perderá 6% da sua capacidade máxima por ano. A 25 °C, esse número salta para 20%, e a 40°C, salta para 35%
Carregamento rápido é bom?
Hoje os carregadores rápidos estão ganhando força no mercado, com as fabricantes de celulares usando isso como ferramenta de marketing. Se o carregador for de fábrica do próprio aparelho, não há muito a temer. Mas se for carregador de uma marca terceira, o cuidado deve ser maior. Quanto maior a tensão, menos perda de carga você vai ter, mas pode ser perigoso também, pois se não houver um chip inteligente que regule as descidas de tensão no início e no fim da carga, a bateria poderá sofrer um estresse
Carregamento sem fio é ruim?
Do ano passado para cá, vem surgindo carregadores sem fio, que carregam o celular por indução, encostando-o em uma base. Novamente a dica anterior se aplica aqui; se for um carregador que veio na caixa do aparelho, feito especialmento para ele, na teoria não haverá problemas. Mas essa tecnologia tende a gerar um pouco de calor residual, o que causará mais desgaste a longo prazo.Fonte:tecnologia.uol.com.br
Cratera de 200 metros 'engole' carros no centro de Florença
Uma cratera de 200 metros de largura, sete de comprimento e três de profundidade se abriu no centro da cidade de Florença, na Itália, apavorando os moradores locais nesta quarta-feira. O incidente ocorreu na rua Lungano Torrigiani, entre a Ponte Vecchio e a Ponte alle Grazie, por volta das 6h30 da manhã (1h30 no horário de Brasília).
Às 11h (6h de Brasília), mais uma parte do chão cedeu novamente. Vários carros estavam estacionados na rua onde a cratera se abriu e alguns caíram no buraco. Homens do Corpo de Bombeiros foram até o local para prestar assistência, mas até o momento não há relatos de feridos. A rua onde aconteceu o desabamento margeio o rio Arno.
De acordo com as autoridades de Florença, a cratera foi causada por dois rompimentos em um aqueduto que passa pela margem direita do rio. Os bombeiros tiveram que evacuar dois prédios residenciais e interromper o fornecimento de água em alguns bairros da cidade até que as medidas de gerenciamento de crise sejam encerradas.
"Não é possível prever quando as pessoas poderão voltar para suas casas", disse o porta-voz dos bombeiros, Maurizio Maleci. O prefeito de Florença, Dario Nardella, lamentou o acidente e afirmou que se trata de "uma facada no coração" da cidade. "Não há nenhum ferido, apenas danos. Danos gravíssimos", acrescentou.
Às 11h (6h de Brasília), mais uma parte do chão cedeu novamente. Vários carros estavam estacionados na rua onde a cratera se abriu e alguns caíram no buraco. Homens do Corpo de Bombeiros foram até o local para prestar assistência, mas até o momento não há relatos de feridos. A rua onde aconteceu o desabamento margeio o rio Arno.
De acordo com as autoridades de Florença, a cratera foi causada por dois rompimentos em um aqueduto que passa pela margem direita do rio. Os bombeiros tiveram que evacuar dois prédios residenciais e interromper o fornecimento de água em alguns bairros da cidade até que as medidas de gerenciamento de crise sejam encerradas.
"Não é possível prever quando as pessoas poderão voltar para suas casas", disse o porta-voz dos bombeiros, Maurizio Maleci. O prefeito de Florença, Dario Nardella, lamentou o acidente e afirmou que se trata de "uma facada no coração" da cidade. "Não há nenhum ferido, apenas danos. Danos gravíssimos", acrescentou.
Síndrome da ‘bateria baixa’ no celular atinge 90% das pessoas
Um estudo científico publicado nesta semana por pesquisadores da LG revelou uma espécie de síndrome que a bateria baixa dos smartphones vem causando aos usuários assíduos desses aparelhos. De acordo com o relatório da multinacional sul-coreana, 90% das cerca de 2.000 pessoas entrevistadas entram em estado de alerta, pânico e até mudam seus hábitos ao ver a carga do celular quase no fim. O termo utilizado pelos cientistas para designar esse tipo de comportamento é “Low Battery Anxiety” (“Síndrome da Bateria Baixa”).
Comportamento – A pesquisa da LG mostra dados relevantes quanto à mudança de planos e de postura quando o usuário se depara com a baixa carga do celular. Por exemplo: cerca de 71% das pessoas hesitam em emprestar o carregador de um celular com medo de que elas precisem depois; 86% carregam o dispositivo pelo menos três vezes por dia por precaução e 23% deixam o aparelho na tomada, diariamente, durante 24h.
Algumas estatísticas do estudo soam ainda mais desesperadas: 60% dos entrevistados revelaram que já pediram emprestado um aparelho de um total estranho para mandar uma mensagem ou fazer uma ligação; 32% afirmam que deixariam todos os planos para conseguir carregar o smartphone (em caso de não ter o carregador em mãos) e, por fim, 23% já pediram alguma coisa em um bar ou restaurante só para poderem usar a tomada do estabelecimento.
Confira abaixo os quatro principais sintomas da “Síndrome da Bateria Baixa”:
1. Pedir a um total estranho para carregar o celularzoom_out_map
(Istock/Getty Images)2. Brigar com um parente ou namorado (a) por não responder mensagens e atender ligações
Comportamento – A pesquisa da LG mostra dados relevantes quanto à mudança de planos e de postura quando o usuário se depara com a baixa carga do celular. Por exemplo: cerca de 71% das pessoas hesitam em emprestar o carregador de um celular com medo de que elas precisem depois; 86% carregam o dispositivo pelo menos três vezes por dia por precaução e 23% deixam o aparelho na tomada, diariamente, durante 24h.
Algumas estatísticas do estudo soam ainda mais desesperadas: 60% dos entrevistados revelaram que já pediram emprestado um aparelho de um total estranho para mandar uma mensagem ou fazer uma ligação; 32% afirmam que deixariam todos os planos para conseguir carregar o smartphone (em caso de não ter o carregador em mãos) e, por fim, 23% já pediram alguma coisa em um bar ou restaurante só para poderem usar a tomada do estabelecimento.
Confira abaixo os quatro principais sintomas da “Síndrome da Bateria Baixa”:
1. Pedir a um total estranho para carregar o celularzoom_out_map
(Istock/Getty Images)2. Brigar com um parente ou namorado (a) por não responder mensagens e atender ligações
Com mais 2 de Grafite, Santa Cruz goleia o Cruzeiro e segue líder do Brasileiro
O Campeonato Brasileiro ainda está na terceira rodada, mas já é possível cravar que, por enquanto, o craque do torneio, com folga, é Grafite. Aos 37 anos, o veterano já tem seis gols na sua volta à Série A após 11 anos. Nesta quarta-feira, ele fez dois na vitória do Santa Cruz por 4 a 1 sobre o Cruzeiro, no Arruda. É a segunda goleada por esse placar, repetindo o triunfo sobre o Vitória na primeira rodada.
Nesta noite, Grafite fez o primeiro num pênalti que ele mesmo sofreu após jogada individual, De Arrascaeta empatou, mas o veterano voltou a colocar o Santa Cruz na frente numa cavadinha cara a cara com Fábio. Arthur ainda fez o terceiro e Keno anotou o quarto do time pernambucano, líder com sete pontos e seis gols de saldo.
O Cruzeiro segue mal, com apenas um ponto, do empate com o Figueirense na rodada passada, na estreia do técnico Paulo Bento. Na próxima rodada, sábado à tarde, recebe o América-MG numa revanche da derrota na semifinal do Campeonato Mineiro. O Santa Cruz visita a Chapecoense, também no sábado, mas às 21h.
(Com Estadão Conteúdo)
Nesta noite, Grafite fez o primeiro num pênalti que ele mesmo sofreu após jogada individual, De Arrascaeta empatou, mas o veterano voltou a colocar o Santa Cruz na frente numa cavadinha cara a cara com Fábio. Arthur ainda fez o terceiro e Keno anotou o quarto do time pernambucano, líder com sete pontos e seis gols de saldo.
O Cruzeiro segue mal, com apenas um ponto, do empate com o Figueirense na rodada passada, na estreia do técnico Paulo Bento. Na próxima rodada, sábado à tarde, recebe o América-MG numa revanche da derrota na semifinal do Campeonato Mineiro. O Santa Cruz visita a Chapecoense, também no sábado, mas às 21h.
(Com Estadão Conteúdo)
Fã que atacou Ana Hickmann ia fazer 'roleta russa', diz delegado
Segundo o delegado, o tiro que Giovana levou, na parte alta do braço esquerdo, salvou a vida da apresentadora. Grossi diz que Ana estava abraçada a Giovana, ambas de costas para Pádua. A apresentadora desmaiou e sua cabeça pendeu para a parte da frente do braço da assessora. A bala entrou por trás, passou pelo abdome e saiu na perna.
Fã da apresentadora, Rodrigo Pádua foi morto por Gustavo depois de reação do empresário dentro do quarto, quando Giovana já estava baleada. Os dois brigaram e o agressor teria morrido com dois tiros na nuca disparados de sua própria arma, tomada por Gustavo. O delegado afirmou ainda que, além de cinco balas no revólver calibre 38, o fã carregava outras cinco balas no bolso da calça.
O delegado continua trabalhando na linha de morte em legítima defesa. "Até o momento é isso. Temos que trabalhar para fechar o inquérito. As perícias são fundamentais, mas até o momento esse é o caminho."
Conclusão - De acordo com o delegado, com o depoimento de Giovana, essa fase das investigações sobre o crime está concluída. Giovana foi transferida hoje para São Paulo. Segundo o delegado, ainda não é possível afirmar exatamente quantos tiros foram disparados dentro do quarto, o que só ficará claro com a conclusão dos laudos periciais. De forma inicial, Giovana teria levado dois tiros e Rodrigo três, dois na nuca e um no braço.
Todos os exames devem ficar prontos até 20 de junho. Entre os testes foi solicitado o que avalia utilização de drogas e álcool por Rodrigo Pádua.
Em depoimento, o irmão do fã da apresentadora, Helissom Augusto de Pádua, afirmou que Rodrigo não era desempregado, como afirmara inicialmente, mas trabalhava com fabricação de doces com a mãe. Ele disse ainda que a família sabia da obsessão do irmão por Ana Hickmann e também que já havia decidido conversar com o parente sobre o assunto.Fonte:Estadão
Fã da apresentadora, Rodrigo Pádua foi morto por Gustavo depois de reação do empresário dentro do quarto, quando Giovana já estava baleada. Os dois brigaram e o agressor teria morrido com dois tiros na nuca disparados de sua própria arma, tomada por Gustavo. O delegado afirmou ainda que, além de cinco balas no revólver calibre 38, o fã carregava outras cinco balas no bolso da calça.
O delegado continua trabalhando na linha de morte em legítima defesa. "Até o momento é isso. Temos que trabalhar para fechar o inquérito. As perícias são fundamentais, mas até o momento esse é o caminho."
Conclusão - De acordo com o delegado, com o depoimento de Giovana, essa fase das investigações sobre o crime está concluída. Giovana foi transferida hoje para São Paulo. Segundo o delegado, ainda não é possível afirmar exatamente quantos tiros foram disparados dentro do quarto, o que só ficará claro com a conclusão dos laudos periciais. De forma inicial, Giovana teria levado dois tiros e Rodrigo três, dois na nuca e um no braço.
Todos os exames devem ficar prontos até 20 de junho. Entre os testes foi solicitado o que avalia utilização de drogas e álcool por Rodrigo Pádua.
Em depoimento, o irmão do fã da apresentadora, Helissom Augusto de Pádua, afirmou que Rodrigo não era desempregado, como afirmara inicialmente, mas trabalhava com fabricação de doces com a mãe. Ele disse ainda que a família sabia da obsessão do irmão por Ana Hickmann e também que já havia decidido conversar com o parente sobre o assunto.Fonte:Estadão
Os salários pagos pela TV Brasil ajudam a explicar o petismo feroz de alguns jornalistas contratados
A TV Brasil na forma em que existe é uma das invenções mais caras da era petista. Dá traço de audiência, mas paga salário de gente grande. Não é por acaso que custa R$ 1 bilhão por ano. Num país quebrado.
Aderbal Freire Filho, que acha que o impeachment é golpe, tem um programa sobre teatro chamado “A Arte do Artista”. Para dar pinta lá uma vez por semana, recebe R$ 68 mil mensais. Tem contrato até o fim do ano.
Aderbal é casado com Marieta Severo, aquela que cantou as glórias do PT no “Domingão do Faustão”, ex-mulher de Chico Buarque, que exalta os feitos da legenda em toda parte.
Outro que não passa apertado é Luis Nassif, com um programa também semanal chamado “Brasilianas.org”. Embora ninguém veja a defesa que ele faz do governo — não na TV ao menos —, tem um contrato anual de R$ 761 mil — mais de R$ 63 mil por mês. Ou R$ 15.750 por programa
Nassif até tenta fingir diversidade com alguns temas de interesse geral. Quando envereda para a política e para a economia, é mero porta-voz do governo petista (veja aqui). Lúcia Mendonça, diretora do seu programa, tem um contrato de R$ 289 mil/ano.
Paulo Markun também fez um bom acordo para um programa semanal: R$ 585 mil anuais. Em favor de Markun — e não tenho nenhum problema em dizer isto —, observo que mantém ao menos uma pauta plural em “Palavras Cruzadas” (está aqui).
Não é o caso de Paulo Moreira Leite, também com uma, por assim dizer, atração por semana chamada “Espaço Público”. Tem um contrato anual de R$ 279 mil. Só entrevista esquerdistas e governistas — na maioria das vezes, petistas. Vejam.
E Emir Sader, o grande intelectual de um país chamado “Emirados Sáderes”, que desenvolveu até uma gramática própria? Para fazer alguns pequenos comentários — em que fala bem do PT e das esquerdas do Brasil e do mundo e mal de todos os seus adversários, recebe R$ 227 mil por ano. Tereza Cruvinel, que hoje só dá alguns pitacos políticos, mantém um contrato anual de 182 mil.
Exceção feita a Aderbal — não entendi ainda por quê —, todos os outros contratos estão suspensos para ser renegociados.
A questão particular
Não sei exatamente o que o novo comando da TV Brasil entende por “renegociação”. Não entro no mérito das convicções políticas de um Paulo Markun, por exemplo, porque não sou policial de consciências. Havendo uma TV Pública, ele tem trajetória, estofo e biografia para fazer um programa plural. Se o novo valor que lhe vai ser proposto é ou não aceitável, isso é com ele.
Nunca vi o seu programa, mas ele é um entrevistador competente. A pauta de “Palavras Cruzadas” evidencia não se tratar de mero prosélito do petismo.
Nos outros casos, lamento, basta uma pesquisa rápida para a gente perceber que não se trata de jornalismo, mas de militância política. E feita com o nosso dinheiro. O “jornalismo” que essas pessoas fazem, inclusive fora da TV Brasil, não as habilita a estar numa TV Pública — a menos que esta sirva de cabide de emprego e de remuneração por serviços prestados fora dali.
Elas têm simplesmente de ser demitidas a bem do serviço público. O nome disso é aparelhamento do estado.
A questão geral
Eu não seria eu se não dissesse o que penso, certo? Sou contra a existência de uma TV que consome R$ 1 bilhão por ano para ninguém ver. Deveria ser simplesmente fechada. Mas sou realista: acho difícil que aconteça.
Que Laerte Rimoli, novo presidente da EBC, à qual se subordina a TV Brasil, chame especialistas da área para estudar e implementar um modelo de TV pública que não assalte os cofres e não sirva de cabide emprego — de petistas ou pessoas de quaisquer outras legendas.
Reitero: eu não acho que a TV Brasil deva deixar de ser a emissora do PT para ser a emissora do PMDB. Como ente público, tem de ser a emissora que respeite os valores da Constituição. E o bom mesmo é não haver uma TV Brasil. Se ninguém vê, pra quê?.Fonte:Reinaldo Azevedo
Aderbal Freire Filho, que acha que o impeachment é golpe, tem um programa sobre teatro chamado “A Arte do Artista”. Para dar pinta lá uma vez por semana, recebe R$ 68 mil mensais. Tem contrato até o fim do ano.
Aderbal é casado com Marieta Severo, aquela que cantou as glórias do PT no “Domingão do Faustão”, ex-mulher de Chico Buarque, que exalta os feitos da legenda em toda parte.
Outro que não passa apertado é Luis Nassif, com um programa também semanal chamado “Brasilianas.org”. Embora ninguém veja a defesa que ele faz do governo — não na TV ao menos —, tem um contrato anual de R$ 761 mil — mais de R$ 63 mil por mês. Ou R$ 15.750 por programa
Nassif até tenta fingir diversidade com alguns temas de interesse geral. Quando envereda para a política e para a economia, é mero porta-voz do governo petista (veja aqui). Lúcia Mendonça, diretora do seu programa, tem um contrato de R$ 289 mil/ano.
Paulo Markun também fez um bom acordo para um programa semanal: R$ 585 mil anuais. Em favor de Markun — e não tenho nenhum problema em dizer isto —, observo que mantém ao menos uma pauta plural em “Palavras Cruzadas” (está aqui).
Não é o caso de Paulo Moreira Leite, também com uma, por assim dizer, atração por semana chamada “Espaço Público”. Tem um contrato anual de R$ 279 mil. Só entrevista esquerdistas e governistas — na maioria das vezes, petistas. Vejam.
E Emir Sader, o grande intelectual de um país chamado “Emirados Sáderes”, que desenvolveu até uma gramática própria? Para fazer alguns pequenos comentários — em que fala bem do PT e das esquerdas do Brasil e do mundo e mal de todos os seus adversários, recebe R$ 227 mil por ano. Tereza Cruvinel, que hoje só dá alguns pitacos políticos, mantém um contrato anual de 182 mil.
Exceção feita a Aderbal — não entendi ainda por quê —, todos os outros contratos estão suspensos para ser renegociados.
A questão particular
Não sei exatamente o que o novo comando da TV Brasil entende por “renegociação”. Não entro no mérito das convicções políticas de um Paulo Markun, por exemplo, porque não sou policial de consciências. Havendo uma TV Pública, ele tem trajetória, estofo e biografia para fazer um programa plural. Se o novo valor que lhe vai ser proposto é ou não aceitável, isso é com ele.
Nunca vi o seu programa, mas ele é um entrevistador competente. A pauta de “Palavras Cruzadas” evidencia não se tratar de mero prosélito do petismo.
Nos outros casos, lamento, basta uma pesquisa rápida para a gente perceber que não se trata de jornalismo, mas de militância política. E feita com o nosso dinheiro. O “jornalismo” que essas pessoas fazem, inclusive fora da TV Brasil, não as habilita a estar numa TV Pública — a menos que esta sirva de cabide de emprego e de remuneração por serviços prestados fora dali.
Elas têm simplesmente de ser demitidas a bem do serviço público. O nome disso é aparelhamento do estado.
A questão geral
Eu não seria eu se não dissesse o que penso, certo? Sou contra a existência de uma TV que consome R$ 1 bilhão por ano para ninguém ver. Deveria ser simplesmente fechada. Mas sou realista: acho difícil que aconteça.
Que Laerte Rimoli, novo presidente da EBC, à qual se subordina a TV Brasil, chame especialistas da área para estudar e implementar um modelo de TV pública que não assalte os cofres e não sirva de cabide emprego — de petistas ou pessoas de quaisquer outras legendas.
Reitero: eu não acho que a TV Brasil deva deixar de ser a emissora do PT para ser a emissora do PMDB. Como ente público, tem de ser a emissora que respeite os valores da Constituição. E o bom mesmo é não haver uma TV Brasil. Se ninguém vê, pra quê?.Fonte:Reinaldo Azevedo
Delação da Odebrecht 'vem como uma metralhadora ponto 100', diz Sarney em gravação
Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o ex-presidente José Sarney (PMDB) disse que a delação premiada que a Odebrecht e seus executivos estão prestes a fechar no âmbito da Operação Lava Jato "vem com uma metralhadora de ponto 100". O conteúdo dos áudios foi divulgado nesta quarta-feira pelo site do jornal Folha de S. Paulo.
Assim como Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), Sarney foi um dos três caciques peemedebistas gravados em diálogos com Machado, que entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado hoje pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.
Relacionando as possíveis revelações da empreiteira à presidente afastada Dilma Rousseff, Sarney afirmou que "nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela (Dilma) está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele [inaudível]". Ele não mencionou em qual campanha teriam ocorrido as irregularidades envolvendo a petista.
Além de Sarney, Renan Calheiros também falou sobre o potencial de destruição das possíveis revelações da empreiteira. Ao comentar a situação de Dilma, Machado disse a ele que a Odebrecht "vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito". E Renan responde: "Tem não, porque vai mostrar as contas", em uma possível referência às contas de campanha da petista.
A respeito da Lava Jato, Sarney afirmou que governos petistas são os responsáveis pelo esquema de corrupção na Petrobras. "Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?", questionou o ex-presidente.
Após Machado citar que "não houve nenhuma solidariedade" de Dilma a Lula, provavelmente em referência às investigações da Lava Jato que avançam sobre o petista, José Sarney concordou, e aproveitou para criticar o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da operação em Curitiba: "Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira".
Em outro trecho da conversa gravada, Sarney diz a Machado que poderia ajudá-lo a evitar que as investigações contra ele no petrolão fossem remetidas à 13ª Vara Federal de Curitiba, onde despacha Moro. "O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]", prometeu o ex-presidente.
Diante de relatos de Machado de que havia "insinuações", provavelmente do Ministério Público Federal, por uma delação premiada, José Sarney se mostrou preocupado com a possibilidade e disse a ele que "nós temos é que conseguir isso [o pleito de Machado]. Sem meter advogado no meio".
Michel Temer - Ao ouvir de Sérgio Machado que os partidos de oposição ao governo petista "achavam que iam botar tudo mundo de bandeja..." José Sarney disse que os opositores resistiam a apoiar o governo de Michel Temer. Segundo o ex-presidente, "nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições".
Lula - Após Machado dizer "acabou o Lula, presidente", José Sarney concordou e afirmou que "o Lula acabou, o Lula, coitado, deve estar numa depressão". Em outro trecho do diálogo gravado pelo ex-presidente da Transpetro, o peemedebista relata que "soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. [...] Ele está com os olhos inchados".
PSDB - Assim como nos diálogos gravados com Renan Calheiros e Romero Jucá, Sérgio Machado mencionou o PSDB. Ele disse que os tucanos "sabem que são a próxima bola da vez" ao que Sarney acrescentou: "Eles sabem que eles não vão se safar". O partido informou nesta quarta-feira que irá processar Machado por menções ao presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG).
Delcídio - Depois de Sérgio Machado dizer que o Supremo Tribunal Federal "rasgou a Constituição", José Sarney lembrou o caso do ex-senador Delcídio do Amaral, preso em novembro de 2015 e cuja prisão foi ratificada pelo plenário do Senado. "Foi. [O STF] fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira...", criticou o ex-presidente. "Aquilo é uma página negra do Senado", concluiu o ex-presidente pouco depois.Fonte:Veja
Assim como Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR), Sarney foi um dos três caciques peemedebistas gravados em diálogos com Machado, que entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado hoje pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki.
Relacionando as possíveis revelações da empreiteira à presidente afastada Dilma Rousseff, Sarney afirmou que "nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela (Dilma) está envolvida diretamente é que ela falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele [inaudível]". Ele não mencionou em qual campanha teriam ocorrido as irregularidades envolvendo a petista.
Além de Sarney, Renan Calheiros também falou sobre o potencial de destruição das possíveis revelações da empreiteira. Ao comentar a situação de Dilma, Machado disse a ele que a Odebrecht "vai tacar tiro no peito dela, não tem mais jeito". E Renan responde: "Tem não, porque vai mostrar as contas", em uma possível referência às contas de campanha da petista.
A respeito da Lava Jato, Sarney afirmou que governos petistas são os responsáveis pelo esquema de corrupção na Petrobras. "Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?", questionou o ex-presidente.
Após Machado citar que "não houve nenhuma solidariedade" de Dilma a Lula, provavelmente em referência às investigações da Lava Jato que avançam sobre o petista, José Sarney concordou, e aproveitou para criticar o juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da operação em Curitiba: "Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira".
Em outro trecho da conversa gravada, Sarney diz a Machado que poderia ajudá-lo a evitar que as investigações contra ele no petrolão fossem remetidas à 13ª Vara Federal de Curitiba, onde despacha Moro. "O tempo é a seu favor. Aquele negócio que você disse ontem é muito procedente. Não deixar você voltar para lá [Curitiba]", prometeu o ex-presidente.
Diante de relatos de Machado de que havia "insinuações", provavelmente do Ministério Público Federal, por uma delação premiada, José Sarney se mostrou preocupado com a possibilidade e disse a ele que "nós temos é que conseguir isso [o pleito de Machado]. Sem meter advogado no meio".
Michel Temer - Ao ouvir de Sérgio Machado que os partidos de oposição ao governo petista "achavam que iam botar tudo mundo de bandeja..." José Sarney disse que os opositores resistiam a apoiar o governo de Michel Temer. Segundo o ex-presidente, "nem Michel eles queriam, eles querem, a oposição. Aceitam o parlamentarismo. Nem Michel eles queriam. Depois de uma conversa do Renan muito longa com eles, eles admitiram, diante de certas condições".
Lula - Após Machado dizer "acabou o Lula, presidente", José Sarney concordou e afirmou que "o Lula acabou, o Lula, coitado, deve estar numa depressão". Em outro trecho do diálogo gravado pelo ex-presidente da Transpetro, o peemedebista relata que "soube que o Lula disse, outro dia, ele tem chorado muito. [...] Ele está com os olhos inchados".
PSDB - Assim como nos diálogos gravados com Renan Calheiros e Romero Jucá, Sérgio Machado mencionou o PSDB. Ele disse que os tucanos "sabem que são a próxima bola da vez" ao que Sarney acrescentou: "Eles sabem que eles não vão se safar". O partido informou nesta quarta-feira que irá processar Machado por menções ao presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG).
Delcídio - Depois de Sérgio Machado dizer que o Supremo Tribunal Federal "rasgou a Constituição", José Sarney lembrou o caso do ex-senador Delcídio do Amaral, preso em novembro de 2015 e cuja prisão foi ratificada pelo plenário do Senado. "Foi. [O STF] fez aquele negócio com o Delcídio. E pior foi o Senado se acovardar de uma maneira...", criticou o ex-presidente. "Aquilo é uma página negra do Senado", concluiu o ex-presidente pouco depois.Fonte:Veja
Temer e os áudios: por que a Lava Jato preocupa também o governo interino
Quarenta e um dias separaram as fases 28 e 29 da Operação Lava Jato, deflagradas respectivamente nos dias 12 de abril e 23 de maio. Foi tempo suficiente para que a Câmara dos Deputados aprovasse o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e o Senado afastasse a petista do cargo. E para que a militância de esquerda se apressasse a espalhar pelas redes sociais a teoria de que a Lava Jato havia arrefecido porque o PT estava fora do poder. Nada mais falso. Não apenas a operação segue irrefreável como seus desdobramentos seguem a preocupar o governo agora, o do presidente interino Michel Temer. Desde segunda-feira Temer já perdeu um ministro gravado enquanto sugeria um 'pacto' para frear a Lava Jato e tem agora diante de si outras duas importantes figuras do PMDB pilhadas em diálogos constrangedores com um investigado pela operação.
Ligado à alta cúpula do partido do presidente interino, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, alvo da Lava Jato, gravou conversas com três caciques do PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney (AP). Indicado por Renan ao cargo na subsidiária da Petrobras, Machado foi o dirigente que mais tempo se manteve no posto - de 2003 a 2014. Ele acaba de ter seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal. O áudio dos diálogos travados com Jucá, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na segunda-feira, derrubou o peemedebista do ministério do Planejamento após apenas doze dias no cargo. Mas mais do que o conteúdo já divulgado dos grampos, preocupa a legenda o que ainda está por vir - nos bastidores, avalia-se que novos diálogos devem complicar ainda mais a vida de Renan e até de peemedebistas que se livraram de integrar a primeira 'lista de Janot'.
De volta com carga total à oposição, o Partido dos Trabalhadores celebra o vazamento dos áudios - ainda que só reconheça potencial destruidor nas gravações de Jucá. A legenda pretende utilizar o conteúdo dos grampos para reforçar o discurso de vitimização de Dilma. Diante de um ministério cuidadosamente montado de modo a garantir apoio no Congresso, até os oposicionistas reconhecem nos bastidores que os áudios devem provocar efeito apenas na opinião pública. Oficialmente, contudo, o discurso é outro: "Esse é mais um fato com que trabalhamos na perspectiva de reverter o afastamento na votação final no Senado. Obviamente, tudo que esse governo interino tem feito até agora tem nos ajudado", afirma o senador Humberto Costa (PT-PE). Nada indica por ora que Dilma tenha de fato chances de safar-se na votação do mérito.
"Eu não vejo o impeachment como resultado de uma conspiração externa feita por Jucá e companhia. Esse processo é resultado das pedaladas, que levantaram a dúvida sobre o crime de responsabilidade, dos equívocos da Dilma na condução da economia, do excesso de marketing inverídico durante a campanha e a Lava Jato, que mesmo que não tenha nada diretamente, é sempre em torno dela", diz o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). "Agora, PT e PMDB ficam mais iguais, ou menos diferentes. Assim como José Dirceu, Delúbio, Vaccari e todo esse pessoal do PT terminou preso por causa da Lava Jato, o Temer também começa a ter gente com gravações que são destruidoras para a reputação do seu governo", avalia.
Para além dos desafios econômicos, Temer tem agora diante de si uma difícil missão: manter-se perto o suficiente dessas figuras para garantir tranquilidade no Congresso, mas longe o bastante para não prejudicar a própria imagem - desgastada pelos tropeços iniciais de seu governo. Foi assim com Jucá. O agora ex-ministro, um dos maiores articuladores do impeachment, se licenciou do Planejamento afirmando que o fazia por vontade própria, embora no partido a avaliação é de que ele não volte. E já é ventilado como provável novo líder do governo no Senado. Na votação que garantiu ao governo a mudança na meta fiscal, considerada a primeira vitória de Temer no Congresso, Jucá não apenas votou como subiu à tribuna para defender o Planalto e atacar o PT.
Os discursos acalorados contra a atuação de Jucá ajudaram o PT a empurrar por mais de 16 horas a sessão que analisou a nova meta fiscal. Ainda que não tenha comprometido o resultado, a ação mostra que o partido tem potencial para causar dor de cabeça. E deixou evidente a importância, para Temer, de Renan na condução das sessões. Como um 'trator', o presidente do Senado encurtou debates e garantiu que a nova meta fosse votada. Na Câmara, Temer escolheu para líder do governo o enrolado André Moura (PSC-SE), importante aliado do notório Eduardo Cunha. Em discurso na segunda-feira, o presidente interino bateu na mesa e afirmou que sabe o que fazer no governo. Lembrou que nos seus tempos de secretário de Segurança Pública em São Paulo "já lidou com bandidos". É a articulação política em tempos de Lava Jato.Fonte:Veja
Ligado à alta cúpula do partido do presidente interino, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, alvo da Lava Jato, gravou conversas com três caciques do PMDB: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR) e o ex-presidente José Sarney (AP). Indicado por Renan ao cargo na subsidiária da Petrobras, Machado foi o dirigente que mais tempo se manteve no posto - de 2003 a 2014. Ele acaba de ter seu acordo de delação premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal. O áudio dos diálogos travados com Jucá, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na segunda-feira, derrubou o peemedebista do ministério do Planejamento após apenas doze dias no cargo. Mas mais do que o conteúdo já divulgado dos grampos, preocupa a legenda o que ainda está por vir - nos bastidores, avalia-se que novos diálogos devem complicar ainda mais a vida de Renan e até de peemedebistas que se livraram de integrar a primeira 'lista de Janot'.
De volta com carga total à oposição, o Partido dos Trabalhadores celebra o vazamento dos áudios - ainda que só reconheça potencial destruidor nas gravações de Jucá. A legenda pretende utilizar o conteúdo dos grampos para reforçar o discurso de vitimização de Dilma. Diante de um ministério cuidadosamente montado de modo a garantir apoio no Congresso, até os oposicionistas reconhecem nos bastidores que os áudios devem provocar efeito apenas na opinião pública. Oficialmente, contudo, o discurso é outro: "Esse é mais um fato com que trabalhamos na perspectiva de reverter o afastamento na votação final no Senado. Obviamente, tudo que esse governo interino tem feito até agora tem nos ajudado", afirma o senador Humberto Costa (PT-PE). Nada indica por ora que Dilma tenha de fato chances de safar-se na votação do mérito.
"Eu não vejo o impeachment como resultado de uma conspiração externa feita por Jucá e companhia. Esse processo é resultado das pedaladas, que levantaram a dúvida sobre o crime de responsabilidade, dos equívocos da Dilma na condução da economia, do excesso de marketing inverídico durante a campanha e a Lava Jato, que mesmo que não tenha nada diretamente, é sempre em torno dela", diz o senador Cristovam Buarque (PPS-DF). "Agora, PT e PMDB ficam mais iguais, ou menos diferentes. Assim como José Dirceu, Delúbio, Vaccari e todo esse pessoal do PT terminou preso por causa da Lava Jato, o Temer também começa a ter gente com gravações que são destruidoras para a reputação do seu governo", avalia.
Para além dos desafios econômicos, Temer tem agora diante de si uma difícil missão: manter-se perto o suficiente dessas figuras para garantir tranquilidade no Congresso, mas longe o bastante para não prejudicar a própria imagem - desgastada pelos tropeços iniciais de seu governo. Foi assim com Jucá. O agora ex-ministro, um dos maiores articuladores do impeachment, se licenciou do Planejamento afirmando que o fazia por vontade própria, embora no partido a avaliação é de que ele não volte. E já é ventilado como provável novo líder do governo no Senado. Na votação que garantiu ao governo a mudança na meta fiscal, considerada a primeira vitória de Temer no Congresso, Jucá não apenas votou como subiu à tribuna para defender o Planalto e atacar o PT.
Os discursos acalorados contra a atuação de Jucá ajudaram o PT a empurrar por mais de 16 horas a sessão que analisou a nova meta fiscal. Ainda que não tenha comprometido o resultado, a ação mostra que o partido tem potencial para causar dor de cabeça. E deixou evidente a importância, para Temer, de Renan na condução das sessões. Como um 'trator', o presidente do Senado encurtou debates e garantiu que a nova meta fosse votada. Na Câmara, Temer escolheu para líder do governo o enrolado André Moura (PSC-SE), importante aliado do notório Eduardo Cunha. Em discurso na segunda-feira, o presidente interino bateu na mesa e afirmou que sabe o que fazer no governo. Lembrou que nos seus tempos de secretário de Segurança Pública em São Paulo "já lidou com bandidos". É a articulação política em tempos de Lava Jato.Fonte:Veja
quarta-feira, 25 de maio de 2016
PSOL pedirá suspensão de regalias de Cunha, que custa R$ 500 mil por mês à Câmara
A bancada do PSOL na Câmara preparou um relatório a ser entregue à Procuradoria Geral da República onde contesta a manutenção dos benefícios mantidos ao deputado afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O partido fará uma reclamação constitucional e pedirá a suspensão dos privilégios que, segundo o partido, custam R$ 500 mil por mês à Casa.
No documento, o PSOL alega que a manutenção das prerrogativas a Cunha é uma afronta e descumpre a decisão do STF. O partido quer suspender o Ato da Mesa que manteve as regalias, alegando que há falta de previsão legal e regimental para deliberação sobre o tema. O PSOL afirma ainda que a Mesa Diretora não poderia dispor sobre a remuneração de deputado afastado do mandato. Cunha está suspenso do cargo e do mandato desde o dia 5 de maio.
Após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, a Mesa Diretora decidiu seguir o mesmo modelo de prerrogativas oferecidas à petista. O ato estabeleceu que Cunha teria direito a salário integral de R$ 33.763,00, uso da residência oficial em Brasília, segurança pessoal, assistência médica oferecida pela Casa, carro oficial reserva e transporte aéreo da FAB (mais simples que o usado pela presidência da Câmara).
O peemedebista também poderia contar com uma equipe do gabinete pessoal e teria R$ 92.053,20 para gastar com os funcionários. Só foram cortados de Cunha o chamado "cotão" - uma verba adicional de R$ 35.759,20 para atividade parlamentar destinada ao pagamento, por exemplo, de aluguel de carros e passagens aéreas - e o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 (recurso que ele já não utilizava por dispor da residência oficial).
Em ação paralela, o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), entrou na segunda, 23, com ação popular em que pedia ao Tribunal Regional Federal a concessão de uma liminar determinando a imediata suspensão dos efeitos de ato da Mesa Diretora. Nas contas do parlamentar, as regalias do peemedebista custam aos cofres públicos R$ 130 mil.Fonte:Estadão
No documento, o PSOL alega que a manutenção das prerrogativas a Cunha é uma afronta e descumpre a decisão do STF. O partido quer suspender o Ato da Mesa que manteve as regalias, alegando que há falta de previsão legal e regimental para deliberação sobre o tema. O PSOL afirma ainda que a Mesa Diretora não poderia dispor sobre a remuneração de deputado afastado do mandato. Cunha está suspenso do cargo e do mandato desde o dia 5 de maio.
Após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, a Mesa Diretora decidiu seguir o mesmo modelo de prerrogativas oferecidas à petista. O ato estabeleceu que Cunha teria direito a salário integral de R$ 33.763,00, uso da residência oficial em Brasília, segurança pessoal, assistência médica oferecida pela Casa, carro oficial reserva e transporte aéreo da FAB (mais simples que o usado pela presidência da Câmara).
O peemedebista também poderia contar com uma equipe do gabinete pessoal e teria R$ 92.053,20 para gastar com os funcionários. Só foram cortados de Cunha o chamado "cotão" - uma verba adicional de R$ 35.759,20 para atividade parlamentar destinada ao pagamento, por exemplo, de aluguel de carros e passagens aéreas - e o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 (recurso que ele já não utilizava por dispor da residência oficial).
Em ação paralela, o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), entrou na segunda, 23, com ação popular em que pedia ao Tribunal Regional Federal a concessão de uma liminar determinando a imediata suspensão dos efeitos de ato da Mesa Diretora. Nas contas do parlamentar, as regalias do peemedebista custam aos cofres públicos R$ 130 mil.Fonte:Estadão
H1N1: Após campanha, 40% dos municípios baianos não bateram meta de vacinação
Com o fim da vacinação contra a gripe H1N1 na sexta-feira (20), 168 municípios da Bahia não bateram a meta de vacina 80% dos grupos prioritários (veja aqui o levantamento do BN). O número representa 40% das 417 cidades da Bahia. A pesquisa feita pelo Bahia Notícias, no DataSUS, mostrou também que, das dez maiores cidades do Estado, apenas Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Ilhéus conseguiram atingir o objetivo.
Camaçari (74,22%), Itabuna (63,04%), Juazeiro (77,85%), Lauro de Freitas (70,45%), Jequié (79,45%) e Teixeira de Freitas (72,64%) ainda não conseguiram vacinar crianças que tenham mais de 6 meses e menos de 5 anos, gestantes, mulheres que deram à luz há até 45 dias, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, pessoas com 60 anos ou mais de idade, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional ou quem tem doenças crônicas não transmissíveis ou outras condições clínicas especiais.
No estado, os menores índices de imunização estão nas cidades de Biritinga (21,9%) e Itapetinga (34,72%). Contatada pelo Bahia Notícias, a administração de Biritinga não respondeu. A coordenadora de imunização de Itapetinga afirmou que o número baixo de vacinação na cidade, na verdade, é uma falta de atualização no sistema do SUS.
“A gente já está com mais de 80% dos grupos prioritários. A nossa meta foi vacinar mais 14.500 mil pessoas e conseguimos”, afirmou a enfermeira Bruna Lima Martins. A demora na atualização do sistema foi confirmada ao Bahia Notícias pelo coordenador do Programa Estadual de Imunização, Ramon Saavedra. De acordo com ele, o sistema ficará aberto até o dia 10 de junho, mas a orientação é de que as prefeituras atualizem com constância o banco de dados. “Vamos solicitar que as cidades atualizem o sistema com o máximo de antecedência. Tem uma subnotificação, realmente.
Só a partir do dia 10 de junho teremos um número final. Estamos em fase de alimentação. A campanha foi atípica, nem sempre dá para atualizar o sistema na hora. Tem alguns municípios com atraso”, admitiu. Apesar disso, Ramon Saavedra afirmou que a vacinação, este ano, foi acima da expectativa e disse que Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) irá analisar caso a caso das cidades que ficarem muito abaixo da meta.
“Comparando-se com os outros anos, foi bom. Superou as expectativas. Nos outros anos a população não se mobilizava tanto. Apesar disso, temos que ter uma homogeneidade na imunização no estado todo. Não adianta ter cidade 'x' com 100% e outra com 40%. Isso acaba ajudando o vírus a ganhar força”, explicou.Fonte:Bahia Noticias
Assinar:
Postagens (Atom)