O hábito de mexer no smartphone deitado na cama antes de dormir, no escuro, pode causar danos à visão. Um estudo publicado na quarta-feira, no periódico científico New England Journal of Medicine, relatou dois casos de mulheres britânicas que ficaram temporariamente cegas por checarem constantemente seus celulares na ausência de luz ambiente. No primeiro caso, uma jovem de 22 anos disse ao seu médico que estava com problemas para enxergar com o olho direito a noite, quando já estava deitada. Essa condição se repetiu diversas vezes por semana, ao longo de um ano.
Segundo a paciente, quando isso acontecia, ela só conseguia ver o contorno dos objetos com o olho direito, embora sua visão estivesse normal no olho esquerdo, e em ambos os olhos no dia seguinte. Um exame ocular mostrou que sua visão estava normal, e ela não tinha sinais de coágulo de sangue ou outras condições relacionadas à perda temporária de visão.
Uso de eletrônicos afeta o sono dos adolescentes, diz estudo O segundo caso aconteceu com uma mulher de 40 anos. Ela relatou aos médicos que acordou um dia de manhã e não conseguia enxergar de um olho. Esse problema permaneceu por cerca de 15 minutos e se repetiu eventualmente ao longo de seis meses.
Após conversar com as pacientes, os médicos descobriram que os problemas de visão de ambas apareceram depois que elas ficavam mexendo em seus smartphones durante vários minutos, enquanto estavam deitadas de lado na cama, no escuro, e olhavam a a tela com apenas um olho (o outro olho ficava coberto pelo travesseiro).
“Dessa forma, você fica com um olho adaptado à luz porque está olhando para o telefone e o outro adaptado ao escuro. Quando o aparelho é desligado e tudo fica escuro, o olho adaptado ao claro parece estar ‘cego’, até que ele consiga se adaptar à ausência de luz”, escreveram os autores.
Felizmente, de acordo com os pesquisadores, existe uma forma simples de evitar este problema: basta usar ambos os olhos quando olhar para a tela do celular no escuro.Fonte:Veja
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Zezé Di Camargo alfineta Wesley Safadão: 'Emergente'
Zezé Di Camargo parece não se cansar de bater boca com os fãs na internet. No último episódio, ocorrido nesta quinta-feira, sobrou até para o cantor Wesley Safadão, que, no calor do momento, foi chamado de "emergente" pelo sertanejo. Tudo começou quando Zezé foi criticado por um seguidor ao postar uma foto no Instagram em que aparecia em um avião comercial, rumo a Santo Antônio de Jesus, na Bahia. "Ou a Zilu te tirou uma boa grana ou você está cada dia mais mão de vaca. Você, um artista, tem que ter um jatinho igual ao Wesley Safadão ou ir de primeira classe", comentou a pessoa.
O ex-marido de Zilu não gostou de ser comparado a Safadão e soltou o verbo. "Primeiro: o que você tem com isso? Segundo: não existe primeira classe em voo doméstico. Eu e meu irmão temos avião particular, mas qual o problema de viajar, quando achar que devemos, em um voo comercial? Somos gente como todo mundo", escreveu. "E outra, quando o Wesley Safadão começou a fazer sucesso, eu já estava fazendo havia 23 anos. Artista quando começa a fazer sucesso é assim: só anda de jatinho, Ferrari, barco de luxo etc. Conhece aquela palavra 'emergente'? Também já passei por essa fase."
A partir daí, a foto de Zezé bombou de comentários de fãs de Safadão irados com o sertanejo. "Zezé, aceita que dói menos. Está na hora de se aposentar, vai curtir sua vida, você não canta mais como antes. As veias do pescoço só faltam estourar", escreveu uma pessoa. "Qual é, Zezé, nada a ver alfinetar o Safadão. Mandou mal", disse outra.
Para tentar encerrar a controvérsia, Zezé voltou ao Instagram na manhã desta sexta e soltou um textão. "Não vou ser hipócrita e falar e fazer o que as pessoas acham que tenho que fazer. (...) Não adianta vir me insultar com inverdades ou falta de conhecimento, que não vou deixar barato. Longe de mim querer ser polêmico. O Instagram é meu e não vou fazer média com ninguém. Antes de ser artista, sou um ser humano e não abro mão disso! Se quiser gostar de mim assim, seja bem vindo. Se não, nem precisa vir aqui. Aqui é um lugar da verdade e pessoas do bem."
O ex-marido de Zilu não gostou de ser comparado a Safadão e soltou o verbo. "Primeiro: o que você tem com isso? Segundo: não existe primeira classe em voo doméstico. Eu e meu irmão temos avião particular, mas qual o problema de viajar, quando achar que devemos, em um voo comercial? Somos gente como todo mundo", escreveu. "E outra, quando o Wesley Safadão começou a fazer sucesso, eu já estava fazendo havia 23 anos. Artista quando começa a fazer sucesso é assim: só anda de jatinho, Ferrari, barco de luxo etc. Conhece aquela palavra 'emergente'? Também já passei por essa fase."
A partir daí, a foto de Zezé bombou de comentários de fãs de Safadão irados com o sertanejo. "Zezé, aceita que dói menos. Está na hora de se aposentar, vai curtir sua vida, você não canta mais como antes. As veias do pescoço só faltam estourar", escreveu uma pessoa. "Qual é, Zezé, nada a ver alfinetar o Safadão. Mandou mal", disse outra.
Para tentar encerrar a controvérsia, Zezé voltou ao Instagram na manhã desta sexta e soltou um textão. "Não vou ser hipócrita e falar e fazer o que as pessoas acham que tenho que fazer. (...) Não adianta vir me insultar com inverdades ou falta de conhecimento, que não vou deixar barato. Longe de mim querer ser polêmico. O Instagram é meu e não vou fazer média com ninguém. Antes de ser artista, sou um ser humano e não abro mão disso! Se quiser gostar de mim assim, seja bem vindo. Se não, nem precisa vir aqui. Aqui é um lugar da verdade e pessoas do bem."
Às vésperas das Olimpíadas, Temer escolhe especialista em terrorismo para chefiar a Abin
O Palácio do Planalto escolheu nesta sexta-feira o novo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Janer Alvarenga, funcionário de carreira da agência e tido como um “experiente oficial de inteligência”, será o sucessor de Wilson Trezza, que pedira para deixar o cargo. Trezza apresentou a carta de demissão no mês passado, após o afastamento de Dilma Rousseff. Atendendo a um pedido do Planalto, porém, ele seguia no posto até a definição do sucessor.
Especialista em contraterrorismo, Janer Alvarenga é o atual diretor de Inteligência da Abin. Ele também já foi superintendente da agência em Pernambuco. A nomeação de Alvarenga para a direção-geral da Abin deve ser publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União.
Janer Tesch Hosken Alvarenga integrava uma lista de dez nomes levada a Temer pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen. Nas últimas semanas, Etchegoyen entrevistou um a um os candidatos à vaga.
Nesta sexta-feira, em reunião com Temer, o martelo foi finalmente batido. O novo diretor-geral da Abin assume o cargo faltando menos de dois meses para as Olímpiadas do Rio. Cabe à agência, junto com a Polícia Federal e os serviços de inteligência das Forças Armadas, monitorar eventuais ameaças terroristas ao evento. Em relatório reservado revelado na semana passada por VEJA, oficiais da Abin afirmam que o Brasil nunca esteve tão exposto a um ataque terrorista.Fonte:Reinaldo Azevedo
Especialista em contraterrorismo, Janer Alvarenga é o atual diretor de Inteligência da Abin. Ele também já foi superintendente da agência em Pernambuco. A nomeação de Alvarenga para a direção-geral da Abin deve ser publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União.
Janer Tesch Hosken Alvarenga integrava uma lista de dez nomes levada a Temer pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen. Nas últimas semanas, Etchegoyen entrevistou um a um os candidatos à vaga.
Nesta sexta-feira, em reunião com Temer, o martelo foi finalmente batido. O novo diretor-geral da Abin assume o cargo faltando menos de dois meses para as Olímpiadas do Rio. Cabe à agência, junto com a Polícia Federal e os serviços de inteligência das Forças Armadas, monitorar eventuais ameaças terroristas ao evento. Em relatório reservado revelado na semana passada por VEJA, oficiais da Abin afirmam que o Brasil nunca esteve tão exposto a um ataque terrorista.Fonte:Reinaldo Azevedo
Conversa sobre dinheiro para barrar convocações em CPI era ‘disseminada’ no Congresso, diz Delcídio
Delator da Operação Lava Jato, o senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) disse nesta sexta-feira, em depoimento ao juiz Sergio Moro, que as conversas sobre pagamento a parlamentares para evitar convocações na CPI da Petrobras eram "disseminadas" no Congresso. O ex-líder do governo Dilma afirmou que episódios assim não se restringiram à CPI da Petrobras e declarou que a distribuição de dinheiro ocorria também em outras comissões de inquérito e na Câmara. Delcídio prestou depoimento como testemunha de acusação no processo em que o ex-senador Gim Argello é acusado de cobrar propina de empreiteiros para evitar que fossem chamados a prestar depoimentos em 2014 na CPI da Petrobras no Senado e na CPI mista que investigava irregularidades relacionadas à petroleira.
Segundo as investigações, na condição de vice-presidente das duas comissões de inquérito, o hoje ex-senador recebeu pelo menos 350.000 reais de Léo Pinheiro, da OAS, por meio de repasses à Paróquia São Pedro, em Taguatinga (DF), e 5 milhões de reais disfarçados de doações eleitorais da UTC. "Essa CPI é um caso, mas existem outros casos [de pagamentos]. Existia um zum zum. Um senador também ouvia algum rumor, perguntava, queria saber. Quando essas coisas começam a acontecer, não tenha dúvida, não é fumaça. Tinha uma coisa concreta por trás desses rumores", disse Delcídio.
"Essa conversa [de cobrança] já rodava no Congresso. Era uma coisa que estava sendo disseminada dentro do Senado. Existia um rumor muito grande sobre a operação em si de não convocar em troca de ajudar determinados parlamentares. Isso nós ouvíamos intensamente", afirmou. "Isso era muito disseminado. As coisas vão aparecendo. Mesmo que alguém tenha um comportamento de tentar contornar situações ou esconder é impossível", completou ele.
De acordo com o delator, o lobista Julio Camargo e o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, disseram a ele "que haviam [recebido] pedido não só do Gim, mas de outras pessoas também, aparentemente o Marco Maia e do próprio Vital do Rêgo e que era para apoio e suporte para eleições em troca de eles não serem convocados". "Todo empresário tem preocupação [de ser exposto na CPI]. Só o fato de ser convocado. Mesmo ouvindo as perguntas mais estapafúrdias [traz] preocupação (...) por mais que a CPI não dê em nada", completou.
"Julio Camargo externou essa preocupação de que haveria um movimento na CPI no sentido de se negociar requerimentos ou convocações. Ricardo Pessoa também me falou sobre isso, que estaria havendo um movimento no sentido de se poupar algumas convocações, mesmo com os requerimentos pautados", detalhou Delcídio. Em seu depoimento, porém, o ex-senador disse não ter conhecimento se a distribuição de dinheiro foi caixa dois de campanha. "A justificativa que apresentavam era para a campanha, mas se foi doação oficial ou caixa dois estou impedido de responder porque não participei".
José Antunes Sobrinho, um dos sócios do grupo Engevix, também prestou depoimento e disse diante de Sergio Moro ter sido procurado por Léo Pinheiro, que teria lhe feito um convite para integrar o grupo de empreiteiras que atenderiam aos pedidos de Gim Argello por doações eleitorais. De acordo com Antunes Sobrinho, o ex-presidente da OAS citou, além da própria empresa, Toyo Setal, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e "uma das Galvão, ou Queiroz Galvão, ou Galvão Engenharia" como membros do grupo. Cada uma contribuiria com 5 milhões de reais ao ex-senador.
Após o encontro com Pinheiro, o sócio da Engevix relata ter decidido não aceitar a proposta, posição reiterada em um encontro com Argello e seus assessores Paulo Roxo e Valério Neves na casa do ex-senador, em Brasília. Antunes Sobrinho disse ter ouvido novamente o convite e, ao recusá-lo novamente, Gim Argello teria dado a entender que a Engevix poderia enfrentar "problemas" na CPI. "A Engevix não querendo participar, podemos colocar outra em seu lugar", disse o ex-senador, segundo o empreiteiro.Fonte:Veja
Segundo as investigações, na condição de vice-presidente das duas comissões de inquérito, o hoje ex-senador recebeu pelo menos 350.000 reais de Léo Pinheiro, da OAS, por meio de repasses à Paróquia São Pedro, em Taguatinga (DF), e 5 milhões de reais disfarçados de doações eleitorais da UTC. "Essa CPI é um caso, mas existem outros casos [de pagamentos]. Existia um zum zum. Um senador também ouvia algum rumor, perguntava, queria saber. Quando essas coisas começam a acontecer, não tenha dúvida, não é fumaça. Tinha uma coisa concreta por trás desses rumores", disse Delcídio.
"Essa conversa [de cobrança] já rodava no Congresso. Era uma coisa que estava sendo disseminada dentro do Senado. Existia um rumor muito grande sobre a operação em si de não convocar em troca de ajudar determinados parlamentares. Isso nós ouvíamos intensamente", afirmou. "Isso era muito disseminado. As coisas vão aparecendo. Mesmo que alguém tenha um comportamento de tentar contornar situações ou esconder é impossível", completou ele.
De acordo com o delator, o lobista Julio Camargo e o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, disseram a ele "que haviam [recebido] pedido não só do Gim, mas de outras pessoas também, aparentemente o Marco Maia e do próprio Vital do Rêgo e que era para apoio e suporte para eleições em troca de eles não serem convocados". "Todo empresário tem preocupação [de ser exposto na CPI]. Só o fato de ser convocado. Mesmo ouvindo as perguntas mais estapafúrdias [traz] preocupação (...) por mais que a CPI não dê em nada", completou.
"Julio Camargo externou essa preocupação de que haveria um movimento na CPI no sentido de se negociar requerimentos ou convocações. Ricardo Pessoa também me falou sobre isso, que estaria havendo um movimento no sentido de se poupar algumas convocações, mesmo com os requerimentos pautados", detalhou Delcídio. Em seu depoimento, porém, o ex-senador disse não ter conhecimento se a distribuição de dinheiro foi caixa dois de campanha. "A justificativa que apresentavam era para a campanha, mas se foi doação oficial ou caixa dois estou impedido de responder porque não participei".
José Antunes Sobrinho, um dos sócios do grupo Engevix, também prestou depoimento e disse diante de Sergio Moro ter sido procurado por Léo Pinheiro, que teria lhe feito um convite para integrar o grupo de empreiteiras que atenderiam aos pedidos de Gim Argello por doações eleitorais. De acordo com Antunes Sobrinho, o ex-presidente da OAS citou, além da própria empresa, Toyo Setal, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e "uma das Galvão, ou Queiroz Galvão, ou Galvão Engenharia" como membros do grupo. Cada uma contribuiria com 5 milhões de reais ao ex-senador.
Após o encontro com Pinheiro, o sócio da Engevix relata ter decidido não aceitar a proposta, posição reiterada em um encontro com Argello e seus assessores Paulo Roxo e Valério Neves na casa do ex-senador, em Brasília. Antunes Sobrinho disse ter ouvido novamente o convite e, ao recusá-lo novamente, Gim Argello teria dado a entender que a Engevix poderia enfrentar "problemas" na CPI. "A Engevix não querendo participar, podemos colocar outra em seu lugar", disse o ex-senador, segundo o empreiteiro.Fonte:Veja
STF manda para Justiça de Brasília denúncia contra Lula
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira o envio para a Justiça Federal de Brasília da denúncia em que o ex-presidente Lula é acusado de obstrução à justiça por atuar para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. São alvo da mesma denúncia o pecuarista José Carlos Bumlai, o filho dele, Maurício Bumlai, o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) e o banqueiro André Esteves, ex-CEO do BTG Pactual.
A peça havia sido apresentada ao STF pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot porque Delcídio do Amaral ainda era senador e, por isso, tinha direito a foro privilegiado. Com sua cassação pelo plenário do Senado, nenhum dos investigados tinha a prerrogativa de ser julgado pela corte máxima do país.
As investigações contra Lula neste caso ganharam força com os depoimentos de delação premiada do próprio Delcídio, que afirmou que tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a pedido do ex-presidente petista. Com as informações, disse o chefe do Ministério Público, "se constatou que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e a André Esteves". Na avaliação do procurador-geral, outros elementos, como depoimentos do acordo de delação premiada de Cerveró, "deixam evidente que a intenção dos articuladores do silêncio de Nestor era esconder fatos ilícitos envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, André Esteves, Delcídio do Amaral, além de outras pessoas que possivelmente também integram a organização criminosa".
Gravações feitas pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, mostram Delcídio negociando o pagamento de 50.000 reais mensais à família do ex-dirigente e até a fuga do ex-diretor para fora do país. Paralelamente, investigadores atribuíram ao banqueiro André Esteves o papel de bancar a mesada à família de Cerveró e pagar outros 4 milhões de reais ao advogado Edson Ribeiro, que atuava na defesa do ex-diretor e trabalhava para impedir a delação premiada. Os depoimentos do senador em colaboração com a Justiça, porém, apresentaram uma nova versão para os pagamentos. Foi a partir dessas revelações que os indícios contra o ex-presidente Lula ficaram mais robustos.
Em sua decisão, o ministro Teori Zavascki rejeitou argumentação do MP e disse que a denúncia não tem relação direta com as "fraudes no âmbito da Petrobras", tema de alçada do juiz Sergio Moro, em Curitiba, e, por isso, deveria tramitar onde ocorreram as conversas gravadas por Cerveró e onde Delcídio atuava na maior parte do tempo, ou seja, em Brasília. "Tais fatos não possuem relação de pertinência imediata com as demais investigações relacionadas às fraudes no âmbito da Petrobras.
Na verdade, dizem respeito à suposta prática de atos, pelos investigados, com a finalidade de impedir e aviltar colaboração premiada entre Nestor Cerveró e o Ministério Público, a qual se voltava a um plexo de investigações", disse Teori. "Nesse contexto, evidencia-se, em princípio, a inexistência de vínculo nem exclusivo nem preponderante com os processos em trâmite na 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba [onde atua Sergio Moro]", completou o magistrado. "Defendemos em petição que este caso não tem relação com a Lava Jato e o ministro mandou para Brasília", disse ao site de VEJA o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que atua na defesa de André Esteves.
Em sua delação premiada, Delcídio afirmou que Lula tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu pessoalmente para barrar as investigações, ordenando que o ex-diretor da Petrobras fosse silenciado com propina. Também em delação, o senador atribuiu à presidente Dilma Rousseff pleno conhecimento dos problemas da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, transação permeada pelo pagamento de propinas, além de ter tentado aparelhar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir a liberdade de grandes empreiteiros presos por ordem do juiz Sergio Moro.Fonte:Veja
A peça havia sido apresentada ao STF pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot porque Delcídio do Amaral ainda era senador e, por isso, tinha direito a foro privilegiado. Com sua cassação pelo plenário do Senado, nenhum dos investigados tinha a prerrogativa de ser julgado pela corte máxima do país.
As investigações contra Lula neste caso ganharam força com os depoimentos de delação premiada do próprio Delcídio, que afirmou que tentou comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a pedido do ex-presidente petista. Com as informações, disse o chefe do Ministério Público, "se constatou que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e a André Esteves". Na avaliação do procurador-geral, outros elementos, como depoimentos do acordo de delação premiada de Cerveró, "deixam evidente que a intenção dos articuladores do silêncio de Nestor era esconder fatos ilícitos envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, André Esteves, Delcídio do Amaral, além de outras pessoas que possivelmente também integram a organização criminosa".
Gravações feitas pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, mostram Delcídio negociando o pagamento de 50.000 reais mensais à família do ex-dirigente e até a fuga do ex-diretor para fora do país. Paralelamente, investigadores atribuíram ao banqueiro André Esteves o papel de bancar a mesada à família de Cerveró e pagar outros 4 milhões de reais ao advogado Edson Ribeiro, que atuava na defesa do ex-diretor e trabalhava para impedir a delação premiada. Os depoimentos do senador em colaboração com a Justiça, porém, apresentaram uma nova versão para os pagamentos. Foi a partir dessas revelações que os indícios contra o ex-presidente Lula ficaram mais robustos.
Em sua decisão, o ministro Teori Zavascki rejeitou argumentação do MP e disse que a denúncia não tem relação direta com as "fraudes no âmbito da Petrobras", tema de alçada do juiz Sergio Moro, em Curitiba, e, por isso, deveria tramitar onde ocorreram as conversas gravadas por Cerveró e onde Delcídio atuava na maior parte do tempo, ou seja, em Brasília. "Tais fatos não possuem relação de pertinência imediata com as demais investigações relacionadas às fraudes no âmbito da Petrobras.
Na verdade, dizem respeito à suposta prática de atos, pelos investigados, com a finalidade de impedir e aviltar colaboração premiada entre Nestor Cerveró e o Ministério Público, a qual se voltava a um plexo de investigações", disse Teori. "Nesse contexto, evidencia-se, em princípio, a inexistência de vínculo nem exclusivo nem preponderante com os processos em trâmite na 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba [onde atua Sergio Moro]", completou o magistrado. "Defendemos em petição que este caso não tem relação com a Lava Jato e o ministro mandou para Brasília", disse ao site de VEJA o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que atua na defesa de André Esteves.
Em sua delação premiada, Delcídio afirmou que Lula tinha pleno conhecimento do propinoduto instalado na Petrobras e agiu pessoalmente para barrar as investigações, ordenando que o ex-diretor da Petrobras fosse silenciado com propina. Também em delação, o senador atribuiu à presidente Dilma Rousseff pleno conhecimento dos problemas da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, transação permeada pelo pagamento de propinas, além de ter tentado aparelhar o Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir a liberdade de grandes empreiteiros presos por ordem do juiz Sergio Moro.Fonte:Veja
Delator de Paulo Bernardo intermediou negócio milionário após viagem oficial com Lula à África
O delator que levou à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo integrou a comitiva do então presidente Lula em uma viagem à África em 2007. Nos depoimentos prestados como parte do acordo de delação premiada firmado como o Ministério Público, o ex-vereador petista Alexandre Romano, o Chambinho, contou que nessa viagem conseguiu abrir uma nova frente de negócios - àquela altura, graças à proximidade com petistas graúdos, como o ex-tesoureiro Paulo Ferreira, ele já intermediava facilidades no governo em troca de propinas para os políticos que o ajudavam.
Chambinho contou que, nessa viagem com Lula, ele conheceu executivos da empreiteira Engevix que mais tarde o acionaram para facilitar a obtenção de um empréstimo de 260 milhões de reais no Banco do Nordeste, presidido àquela altura por um apadrinhado do deputado José Guimarães (PT-CE). A Engevix queria o dinheiro para a construção de três usinas. Chambinho se prontificou a ajudar. Ele diz que procurou o próprio José Guimarães em seu gabinete na Câmara. Na conversa, sem rodeios, Guimarães quis logo saber quanto levaria no negócio. "Como você me ajuda depois?", perguntou o deputado, segundo o relato de Chambinho.
O agora delator respondeu que havia combinado com a Engevix que receberia uma comissão de 1% sobre o valor total do empréstimo. No depoimento, ele disse que, se tudo desse certo, passaria uma parte do dinheiro para Guimarães. O deputado topou. E o negócio avançou. O Banco do Nordeste aprovou o empréstimo alguns meses depois, em 2011. Chambinho afirma que, em vez do 1% acertado previamente, que renderia 2,6 milhões em comissão, a Engevix acabou pagando apenas 1 milhão de reais. Desse valor, diz ele, 95.000 foram repassados ao deputado Guimarães por meio de dois cheques - um de 65.000 e outro de 30.000 reais. O parlamentar sustenta que "jamais se beneficiou de recursos públicos".
Alexandre Romano é o pivô da Operação Custo Brasil, que levou à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo nesta quinta-feira. Era ele o responsável por gerenciar a propina oriunda de um contrato milionário da empresa de informática Consist no Ministério do Planejamento. O negócio rendeu comissões da ordem de 100 milhões de reais, dinheiro que, segundo a Polícia Federal, era dividido entre o PT e pessoas ligadas ao partido que haviam facilitado a celebração do contrato (a Paulo Bernardo, sustentam os investigadores, foram destinados 7 milhões de reais).
Na Operação Custo Brasil, a Polícia Federal também levou para prestar depoimento o empresário Carlos Cortegoso, conhecido como o "Garçom de Lula". Dono de empresas obscuras que receberam milhões de reais para supostamente prestar serviços a campanhas petistas - inclusive as campanhas presidenciais -, ele também foi destinatário de parte da propina arrecadada no Ministério do Planejamento.Fonte:Veja
Chambinho contou que, nessa viagem com Lula, ele conheceu executivos da empreiteira Engevix que mais tarde o acionaram para facilitar a obtenção de um empréstimo de 260 milhões de reais no Banco do Nordeste, presidido àquela altura por um apadrinhado do deputado José Guimarães (PT-CE). A Engevix queria o dinheiro para a construção de três usinas. Chambinho se prontificou a ajudar. Ele diz que procurou o próprio José Guimarães em seu gabinete na Câmara. Na conversa, sem rodeios, Guimarães quis logo saber quanto levaria no negócio. "Como você me ajuda depois?", perguntou o deputado, segundo o relato de Chambinho.
O agora delator respondeu que havia combinado com a Engevix que receberia uma comissão de 1% sobre o valor total do empréstimo. No depoimento, ele disse que, se tudo desse certo, passaria uma parte do dinheiro para Guimarães. O deputado topou. E o negócio avançou. O Banco do Nordeste aprovou o empréstimo alguns meses depois, em 2011. Chambinho afirma que, em vez do 1% acertado previamente, que renderia 2,6 milhões em comissão, a Engevix acabou pagando apenas 1 milhão de reais. Desse valor, diz ele, 95.000 foram repassados ao deputado Guimarães por meio de dois cheques - um de 65.000 e outro de 30.000 reais. O parlamentar sustenta que "jamais se beneficiou de recursos públicos".
Alexandre Romano é o pivô da Operação Custo Brasil, que levou à prisão do ex-ministro Paulo Bernardo nesta quinta-feira. Era ele o responsável por gerenciar a propina oriunda de um contrato milionário da empresa de informática Consist no Ministério do Planejamento. O negócio rendeu comissões da ordem de 100 milhões de reais, dinheiro que, segundo a Polícia Federal, era dividido entre o PT e pessoas ligadas ao partido que haviam facilitado a celebração do contrato (a Paulo Bernardo, sustentam os investigadores, foram destinados 7 milhões de reais).
Na Operação Custo Brasil, a Polícia Federal também levou para prestar depoimento o empresário Carlos Cortegoso, conhecido como o "Garçom de Lula". Dono de empresas obscuras que receberam milhões de reais para supostamente prestar serviços a campanhas petistas - inclusive as campanhas presidenciais -, ele também foi destinatário de parte da propina arrecadada no Ministério do Planejamento.Fonte:Veja
quarta-feira, 22 de junho de 2016
Empresário ligado a Dirceu diz que saques de altos valores pagaram 'lua de mel'
O empresário Flávio Henrique de Oliveira Macedo, um dos donos da Credencial Construtora Empreendimentos e Representações - principal foco da Operação Vício, 30ª fase da Lava Jato - declarou à Polícia Federal que realizou saques de altos valores, entre R$ 50 mil a R$ 90 mil, para cobrir despesas "com casamento, lua de mel". Flávio Macedo, preso preventivamente no dia 24 de maio, depôs na segunda-feira, 21, na Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato. Ele foi questionado pelos investigadores sobre os saques em espécie que fazia com o sócio Eduardo Meira. Segundo a PF e a Procuradoria da República, a Credencial foi utilizada para viabilizar o pagamento de propina ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) e seu irmão, o advogado Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.
De acordo com as investigações, a Credencial recebeu mais de R$ 30 milhões, não declarou nenhum empregado, e os sócios sacaram na boca do caixa a maior parte dos recursos. Em seu depoimento, Macedo disse, segundo registrou a PF, "que realizou saques de altos valores, cerca de R$ 50 mil a R$ 90 mil, para arcar com despesas de construção de sua residência, que foi iniciada em 2007 e concluída em 2013, além de despesas com casamento, lua mel, etc." Para a força-tarefa da Lava Jato, há indicativos de que a Credencial é uma empresa de fachada. A sede declarada da empresa, no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, é o endereço residencial de Eduardo Meira.
Os donos da Credencial foram os únicos presos da Operação Vício. Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo estão presos em Curitiba. Segundo a PF, a companhia transferiu valores para o grupo político do PT que mantinha Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobras. A Procuradoria sustenta que o advogado Luís Eduardo Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, indicou ao lobista Julio Camargo a Credencial para fazer o repasse de propinas. Segundo Camargo, a propina de 25% para Dirceu saiu de um total de R$ 6,679 milhões, valor repassado "sem causa" para a Credencial.
A PF aponta "fortes indicativos" da participação do ex-ministro da Casa Civil e de Renato Duque nos ilícitos. Ambos foram recentemente condenados pelo juiz federal Sérgio Moro a penas de 23 anos e 10 anos de prisão, respectivamente. A pena de Dirceu foi reduzida para 20 anos de prisão porque ele tem 70 anos de idade. Renato Duque também já foi condenado em outras duas ações penais. A soma das sanções a ele aplicadas chega a 50 anos, 11 meses e 10 dias de prisão. O criminalista Roberto Podval afirma que o ex-ministro Dirceu nunca recebeu propinas.Fonte:Estadão
De acordo com as investigações, a Credencial recebeu mais de R$ 30 milhões, não declarou nenhum empregado, e os sócios sacaram na boca do caixa a maior parte dos recursos. Em seu depoimento, Macedo disse, segundo registrou a PF, "que realizou saques de altos valores, cerca de R$ 50 mil a R$ 90 mil, para arcar com despesas de construção de sua residência, que foi iniciada em 2007 e concluída em 2013, além de despesas com casamento, lua mel, etc." Para a força-tarefa da Lava Jato, há indicativos de que a Credencial é uma empresa de fachada. A sede declarada da empresa, no bairro do Sumaré, na zona oeste de São Paulo, é o endereço residencial de Eduardo Meira.
Os donos da Credencial foram os únicos presos da Operação Vício. Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo estão presos em Curitiba. Segundo a PF, a companhia transferiu valores para o grupo político do PT que mantinha Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobras. A Procuradoria sustenta que o advogado Luís Eduardo Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, indicou ao lobista Julio Camargo a Credencial para fazer o repasse de propinas. Segundo Camargo, a propina de 25% para Dirceu saiu de um total de R$ 6,679 milhões, valor repassado "sem causa" para a Credencial.
A PF aponta "fortes indicativos" da participação do ex-ministro da Casa Civil e de Renato Duque nos ilícitos. Ambos foram recentemente condenados pelo juiz federal Sérgio Moro a penas de 23 anos e 10 anos de prisão, respectivamente. A pena de Dirceu foi reduzida para 20 anos de prisão porque ele tem 70 anos de idade. Renato Duque também já foi condenado em outras duas ações penais. A soma das sanções a ele aplicadas chega a 50 anos, 11 meses e 10 dias de prisão. O criminalista Roberto Podval afirma que o ex-ministro Dirceu nunca recebeu propinas.Fonte:Estadão
Promotor quer que prefeituras do sudoeste não contratem shows antes de eleições
O promotor eleitoral Millen Castro recomendou que os prefeitos e secretários de Dom Basílio, Jussiape, Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, no sudoeste baiano, se abstenham de contratar shows artísticos, nos três meses que antecedem as eleições municipais, para inauguração de obras e serviços públicos, e que, nas inaugurações, não participem, no palco, candidatos a cargos políticos. O promotor recomenda que nos festejos públicos, a partir desta terça-feira (22), os nomes de políticos, pré-candidatos ou candidatos, não sejam citados por locutores, músicos ou por responsáveis pela organização do evento, sob pena de configurar propaganda irregular, ainda que subliminar. Quem mencionar os nomes de políticos, poderão ser responsabilizados.
No período mencionado, as autoridades públicas não devem realizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos, salvo em caso de grave e urgente necessidade, reconhecida pela Justiça Eleitoral. O promotor pede que sejam proibidas a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pelas prefeituras, exceto em casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados por lei.
As prefeituras e órgãos públicos devem dar publicidade no Portal da Transparência, ao horário de expediente dos órgãos públicos e às placas dos veículos públicos ou terceirizados à disposição da Administração Pública, e que ainda determine aos servidores a fiscalização de veículos públicos e locados pela Administração para que não realizem propaganda eleitoral, sob pena de multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Castro recomenda que os servidores responsáveis pela guarda e zelo de bens públicos, como jardins e árvores, não permitam a colocação de propaganda eleitoral.
O promotor eleitoral requisita ainda que os prefeitos encaminhem para a Promotoria Eleitoral as datas das festas e inaugurações previstas para ocorrer no período eleitoral, informar se haverá shows, os valores das despesas com publicidade no primeiro semestre dos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016. Os pedidos do promotor são fundamentados no princípio da moralidade e que a Lei Eleitoral proíbe diversas condutas a agentes públicos, candidatos ou não, que podem afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais.
O promotor ainda aponta que no período eleitoral deste ano, acontecerão diversos festejos na região, como aniversários de fundação dos municípios, eventos juninos e religiosos com apoio do Poder Público. Millen Castro ainda assevera que, apesar da proibição da Lei Eleitoral, “persiste o costume ilícito de cessão de servidores municipais em prol de candidatos até mesmo em horário de expediente, bem como de bens públicos, inclusive veículos da Administração Pública para campanhas ou transporte ‘a pedido’, máquinas e materiais para benfeitorias em obras particulares”.
Por fim, destaca que é proibido colocar propaganda eleitoral em bens públicos e de uso comum, inclusive, árvores, jardins, postes de iluminação, sinalização de tráfego, viadutos, pontes, paradas de ônibus, veículos de transporte escolar, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.Fonte:Bahia Noticias
No período mencionado, as autoridades públicas não devem realizar publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos, salvo em caso de grave e urgente necessidade, reconhecida pela Justiça Eleitoral. O promotor pede que sejam proibidas a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pelas prefeituras, exceto em casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados por lei.
As prefeituras e órgãos públicos devem dar publicidade no Portal da Transparência, ao horário de expediente dos órgãos públicos e às placas dos veículos públicos ou terceirizados à disposição da Administração Pública, e que ainda determine aos servidores a fiscalização de veículos públicos e locados pela Administração para que não realizem propaganda eleitoral, sob pena de multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil. Castro recomenda que os servidores responsáveis pela guarda e zelo de bens públicos, como jardins e árvores, não permitam a colocação de propaganda eleitoral.
O promotor eleitoral requisita ainda que os prefeitos encaminhem para a Promotoria Eleitoral as datas das festas e inaugurações previstas para ocorrer no período eleitoral, informar se haverá shows, os valores das despesas com publicidade no primeiro semestre dos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016. Os pedidos do promotor são fundamentados no princípio da moralidade e que a Lei Eleitoral proíbe diversas condutas a agentes públicos, candidatos ou não, que podem afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais.
O promotor ainda aponta que no período eleitoral deste ano, acontecerão diversos festejos na região, como aniversários de fundação dos municípios, eventos juninos e religiosos com apoio do Poder Público. Millen Castro ainda assevera que, apesar da proibição da Lei Eleitoral, “persiste o costume ilícito de cessão de servidores municipais em prol de candidatos até mesmo em horário de expediente, bem como de bens públicos, inclusive veículos da Administração Pública para campanhas ou transporte ‘a pedido’, máquinas e materiais para benfeitorias em obras particulares”.
Por fim, destaca que é proibido colocar propaganda eleitoral em bens públicos e de uso comum, inclusive, árvores, jardins, postes de iluminação, sinalização de tráfego, viadutos, pontes, paradas de ônibus, veículos de transporte escolar, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios, estádios, ainda que de propriedade privada.Fonte:Bahia Noticias
Um em cada três paulistanos se sente estressado o tempo todo, mostra pesquisa
Para 88% dos moradores da cidade de São Paulo, o estresse é uma companhia frequente. Uma pesquisa exclusiva realizada para a Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo mostra que 31,6% dos entrevistados afirmam estar estressados sempre e 56,3% se sentem dessa forma às vezes. O sentimento é intenso para 23% e aparece de forma moderada para 62,3%.
Quando são investigadas a razão de tanta irritação, lá está ele, o trânsito. É a terceira causa mais citada, atrás apenas de problemas financeiros e familiares. Ou seja, depois dos problemas pessoais, o tempo gasto em congestionamentos é o problema da cidade que mais atormenta seus moradores.
Há também outra causa correlata: a falta de atividades físicas entre os paulistanos. Metade da população da cidade simplesmente não pratica nenhum tipo de exercício. A falta de tempo e de dinheiro são citados como os principais obstáculos.
A pesquisa foi feita pela FSB baseada em entrevistas domiciliares com 2.049 pessoas das cinco regiões da cidade realizadas em fevereiro deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O estudo faz parte da série São Paulo 2030, que busca listar as expectativas de futuro da capital paulista.Fonte:Veja
Quando são investigadas a razão de tanta irritação, lá está ele, o trânsito. É a terceira causa mais citada, atrás apenas de problemas financeiros e familiares. Ou seja, depois dos problemas pessoais, o tempo gasto em congestionamentos é o problema da cidade que mais atormenta seus moradores.
Há também outra causa correlata: a falta de atividades físicas entre os paulistanos. Metade da população da cidade simplesmente não pratica nenhum tipo de exercício. A falta de tempo e de dinheiro são citados como os principais obstáculos.
A pesquisa foi feita pela FSB baseada em entrevistas domiciliares com 2.049 pessoas das cinco regiões da cidade realizadas em fevereiro deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. O estudo faz parte da série São Paulo 2030, que busca listar as expectativas de futuro da capital paulista.Fonte:Veja
Coordenador da Lava Jato diz que corrupção é ‘assassina sorrateira e invisível’
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, compareceu à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira para participar de debates sobre uma série de medidas de combate à corrupção proposta pelo Ministério Público Federal. Da tribuna do plenário, Dallagnol classificou o atual modelo de punição à corrupção como uma "piada" e comparou o crime a uma "assassina sorrateira, invisível e de massa".
"A corrupção mata. A corrupção é uma assassina sorrateira, invisível e de massa. É um serial killer que se disfarça de buraco de estradas, de falta de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza", afirmou o procurador. Para sustentar a fala, ele também citou um caso de fraude em licitação de remédios na Bahia em que o custo total chegou a representar dez vezes o preço de uma farmácia.
O pronunciamento de Dallagnol foi realizado diante de uma plateia esvaziada de parlamentares, que são um dos principais alvos das investigações que apuram os desvios na Petrobras. Ao longo do discurso, o plenário da Casa esteve ocupado na maior parte por representantes da sociedade civil.
O procurador também apresentou dados sobre a corrupção.
Segundo ele, a estimativa é a de que a prática seja responsável por um desvio de 200 bilhões de reais dos cofres públicos. "Esse valor poderia triplicar o investimento federal em saúde ou educação ou quintuplicar tudo que se investe em segurança pública na União inteira", comparou. Ele ainda citou estudo que aponta que a probabilidade de sanções pela prática da corrupção é de apenas 3%.
"No Brasil, a punição da corrução é uma piada, e uma piada de mau gosto. A punição começa em dois anos e a pessoa vai prestar serviços à comunidade ou vai doar cestas básicas. Isso gera uma ausência de barreira. Nós não temos muros contra a corrupção e estamos expostos aos nossos inimigos", disse Dallagnol.
Ao fim do discurso, o procurador exaltou a necessidade de uma nova legislação que feche as brechas da impunidade, que crie instrumentos para a recuperação do dinheiro desviado e possibilite uma mudança de cultura de modo a desestimular a corrupção. Dallagnol também defendeu uma reaproximação entre a sociedade e o Congresso. "É preciso que a sociedade reconheça que nem todo político é corrupto, que não cabe generalizar porque a generalização condena os bons com os ruins. A generalização afasta as boas pessoas da política, quando o que nós queremos é o contrário", afirmou.
"A corrupção mata. A corrupção é uma assassina sorrateira, invisível e de massa. É um serial killer que se disfarça de buraco de estradas, de falta de medicamentos, de crimes de rua e de pobreza", afirmou o procurador. Para sustentar a fala, ele também citou um caso de fraude em licitação de remédios na Bahia em que o custo total chegou a representar dez vezes o preço de uma farmácia.
O pronunciamento de Dallagnol foi realizado diante de uma plateia esvaziada de parlamentares, que são um dos principais alvos das investigações que apuram os desvios na Petrobras. Ao longo do discurso, o plenário da Casa esteve ocupado na maior parte por representantes da sociedade civil.
O procurador também apresentou dados sobre a corrupção.
Segundo ele, a estimativa é a de que a prática seja responsável por um desvio de 200 bilhões de reais dos cofres públicos. "Esse valor poderia triplicar o investimento federal em saúde ou educação ou quintuplicar tudo que se investe em segurança pública na União inteira", comparou. Ele ainda citou estudo que aponta que a probabilidade de sanções pela prática da corrupção é de apenas 3%.
"No Brasil, a punição da corrução é uma piada, e uma piada de mau gosto. A punição começa em dois anos e a pessoa vai prestar serviços à comunidade ou vai doar cestas básicas. Isso gera uma ausência de barreira. Nós não temos muros contra a corrupção e estamos expostos aos nossos inimigos", disse Dallagnol.
Ao fim do discurso, o procurador exaltou a necessidade de uma nova legislação que feche as brechas da impunidade, que crie instrumentos para a recuperação do dinheiro desviado e possibilite uma mudança de cultura de modo a desestimular a corrupção. Dallagnol também defendeu uma reaproximação entre a sociedade e o Congresso. "É preciso que a sociedade reconheça que nem todo político é corrupto, que não cabe generalizar porque a generalização condena os bons com os ruins. A generalização afasta as boas pessoas da política, quando o que nós queremos é o contrário", afirmou.
Delatores da Andrade e Odebrecht ligam Cabral a propina em obras da Copa do Mundo
Dois delatores da Operação Lava Jato, um ligado à Odebrecht e outro à Andrade Gutierrez, envolveram o ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB) em esquemas de corrupção em obras do metrô e na reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.
Em seu acordo de delação premiada, o ex-executivo da construtora Andrade Gutierrez Clóvis Renato Primo relatou que o então secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos, pediu à empreiteira que pagasse propina ao Tribunal de Contas do Estado do Rio, órgão responsável justamente por fiscalizar as obras públicas do governo estadual e das prefeituras. O pagamento da vantagem ilícita teria o objetivo de evitar problemas com o tribunal em relação às obras do estádio do Maracanã, que sediou o final da Copa do Mundo. A informação foi publicada pelo jornal O Globo na edição desta quarta-feira.
Segundo Primo, a propina seria de 1% do valor da obra e seria repassada ao então presidente do TCE José Maurício Nolasco. O delator autorizou o pagamento, mas não soube dizer se ele foi feito efetivamente. As obras no estádio deveriam ter custado 705 milhões de reais aos cofres públicos, mas, após receber 16 aditivos, a cifra aumentou para 1,2 bilhão de reais.
Em outra frente da investigação, o ex-diretor-presidente da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, que foi preso em fevereiro na Operação Acarajé, contou a procuradores da Lava Jato que Cabral cobrou propina sobre as obras, além do Maracanã, do metrô e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo noticiada nesta quarta, o peemedebista tinha como regra exigir 5% de propina do valor total das obras. As informações foram prestadas durante a fase de negociação da delação premiada, que ainda não foi fechada com a procuradoria.
No final de março, sob regime de delação, Clóvis Primo e outro ex-executivo da Andrade Gutierrez Rogério Nora Sá já haviam dito aos investigadores que Cabral pediu propina para autorizar a empreiteira a se associar à Odebrecht e à Delta no consórcio constituído para reformar o Maracanã. Nora Sá teria até se encontrado com Benedicto Júnior para combinar o acerto, em 2009.
Em nota enviado aos jornais, Cabral negou as acusações e manifestou "indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude". Segundo o ex-governador, sua administração foi pautada "pela autonomia dos secretários nas suas respectivas pastas, assim como nos órgãos, autarquias, empresas e institutos subordinados às secretarias".
O conselheiro do TCE José Maurício Nolasco afirmou ao Globo que jamais se encontrou com o ex-executivo da Andrade Gutierrez e, portanto, nunca houve qualquer conversa ou solicitação de propina. A defesa do ex-secretário de Cabral Wilson Carlos não se pronunciou sobre as denúncias.Fonte:Veja
Em seu acordo de delação premiada, o ex-executivo da construtora Andrade Gutierrez Clóvis Renato Primo relatou que o então secretário de Governo de Cabral, Wilson Carlos, pediu à empreiteira que pagasse propina ao Tribunal de Contas do Estado do Rio, órgão responsável justamente por fiscalizar as obras públicas do governo estadual e das prefeituras. O pagamento da vantagem ilícita teria o objetivo de evitar problemas com o tribunal em relação às obras do estádio do Maracanã, que sediou o final da Copa do Mundo. A informação foi publicada pelo jornal O Globo na edição desta quarta-feira.
Segundo Primo, a propina seria de 1% do valor da obra e seria repassada ao então presidente do TCE José Maurício Nolasco. O delator autorizou o pagamento, mas não soube dizer se ele foi feito efetivamente. As obras no estádio deveriam ter custado 705 milhões de reais aos cofres públicos, mas, após receber 16 aditivos, a cifra aumentou para 1,2 bilhão de reais.
Em outra frente da investigação, o ex-diretor-presidente da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, que foi preso em fevereiro na Operação Acarajé, contou a procuradores da Lava Jato que Cabral cobrou propina sobre as obras, além do Maracanã, do metrô e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo noticiada nesta quarta, o peemedebista tinha como regra exigir 5% de propina do valor total das obras. As informações foram prestadas durante a fase de negociação da delação premiada, que ainda não foi fechada com a procuradoria.
No final de março, sob regime de delação, Clóvis Primo e outro ex-executivo da Andrade Gutierrez Rogério Nora Sá já haviam dito aos investigadores que Cabral pediu propina para autorizar a empreiteira a se associar à Odebrecht e à Delta no consórcio constituído para reformar o Maracanã. Nora Sá teria até se encontrado com Benedicto Júnior para combinar o acerto, em 2009.
Em nota enviado aos jornais, Cabral negou as acusações e manifestou "indignação e repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude". Segundo o ex-governador, sua administração foi pautada "pela autonomia dos secretários nas suas respectivas pastas, assim como nos órgãos, autarquias, empresas e institutos subordinados às secretarias".
O conselheiro do TCE José Maurício Nolasco afirmou ao Globo que jamais se encontrou com o ex-executivo da Andrade Gutierrez e, portanto, nunca houve qualquer conversa ou solicitação de propina. A defesa do ex-secretário de Cabral Wilson Carlos não se pronunciou sobre as denúncias.Fonte:Veja
terça-feira, 21 de junho de 2016
Em nota, Dilma confirma encontro com Marcelo Odebrecht, mas nega doações
A presidente afastada Dilma Rousseff divulgou nota nesta terça-feira (21) na qual confirma que esteve com o empresário Marcelo Odebrecht, em maio de 2015, por ocasião de uma viagem oficial à Cidade do México, mas nega que tenha tratado de doações de campanha com o empresário. Segundo a nota, o encontro "foi breve" e "o diálogo não tratou de doações".
"No encontro, também não se tratou de pagamentos ao jornalista João Santana, responsável pelos programas de rádio e TV na campanha eleitoral", diz o texto, divulgado pela assessoria de imprensa da petista. Segundo a presidente afastada, "já é público e notório", que todos os pagamentos pelos serviços prestados para sua campanha pela reeleição em 2014, inclusive aqueles ao marqueteiro João Santana, foram feitos dentro da lei e declarados à Justiça Eleitoral.
"À produtora de João Santana, os pagamentos totalizaram R$ 70 milhões", afirma. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta terça-feira afirma que, em delação premiada, Marcelo Odebrecht admitirá elo com repasses para Dilma para as campanhas presidenciais em 2010 e 2014. O ex-presidente da empreiteira Odebrecht, preso há um ano no âmbito da Operação Lava Jato, também vai relatar que conversou com Dilma em 26 de maio do ano passado a fim de alertá-la que os investigadores estavam prestes a descobrir pagamentos feitos na Suíça para o marqueteiro João Santana.
A assessoria Dilma também criticou "que, uma vez mais, conteúdo em segredo de Justiça seja vazado de maneira seletiva". "É lamentável que, mais uma vez, o conteúdo em segredo de Justiça seja vazado, seletivamente e de maneira escandalosa, para a imprensa", diz. "Sobre as suposições do empresário Marcelo Odebrecht, a presidenta Dilma Rousseff não tem porque tecer quaisquer considerações ou comentários", finaliza a nota.Fonte:Estadão
Riachão do Jacuípe: prefeita e ex-prefeito são acusados por improbidade administrativa
O Ministério Público Federal (MPF) em Feira de Santana ajuizou ação civil pública contra a prefeita e um ex-prefeito de Riachão do Jacuípe. Segundo o órgão, Tânia de Matos e Lauro Carneiro não prestaram contas de verbas repassadas ao município pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 2011, o que configura ato de improbidade administrativa.
De acordo com a denúncia o FNDE repassou o valor de R$601.920,00 para a compra de veículos de transporte escolar. O caso ocorreu em 2011, quando Carneiro ainda exercia seu mandato de prefeito.
O prazo inicial para prestar contas, abril de 2012, foi prorrogado por mais um ano pelo Fundo, o que fez com que a responsabilidade passasse para a gestão de Tânia, que assumiu o mandato em janeiro de 2013. Samir Cabus Nachef Júnior, procurador da República responsável pelo caso, entendeu que o dever também se estende à prefeita atual, porque a prestação de contas cabe à gestão do município e não à pessoa individual do gestor.
O MPF requereu que os acusados tenham os direitos políticos suspensos, sejam proibidos de contratar com o Poder Público e também de obter benefícios ou incentivos fiscais ou de créditos, de acordo com o art. 12, inciso III, da Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa).Bahia Noticias
De acordo com a denúncia o FNDE repassou o valor de R$601.920,00 para a compra de veículos de transporte escolar. O caso ocorreu em 2011, quando Carneiro ainda exercia seu mandato de prefeito.
O prazo inicial para prestar contas, abril de 2012, foi prorrogado por mais um ano pelo Fundo, o que fez com que a responsabilidade passasse para a gestão de Tânia, que assumiu o mandato em janeiro de 2013. Samir Cabus Nachef Júnior, procurador da República responsável pelo caso, entendeu que o dever também se estende à prefeita atual, porque a prestação de contas cabe à gestão do município e não à pessoa individual do gestor.
O MPF requereu que os acusados tenham os direitos políticos suspensos, sejam proibidos de contratar com o Poder Público e também de obter benefícios ou incentivos fiscais ou de créditos, de acordo com o art. 12, inciso III, da Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa).Bahia Noticias
Bolsonaro vira réu no STF por dizer que não estupraria deputada ‘porque ela não merece’
Em meio às discussões sobre a cultura do estupro enraizada na população brasileira, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu nesta terça-feira, por quatro votos a um, denúncia contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o transformou em réu por apologia ao crime. Em um ataque inaceitável à deputada petista Maria do Rosário (PT-RS) em dezembro de 2014, Bolsonaro havia afirmado que não estupraria a parlamentar "porque ela não merece".
O discurso do deputado, que abre caminho para a esdrúxula interpretação que existem mulheres que "merecem" sofrer violência sexual, não foi incluído no guarda-chuva da imunidade parlamentar. O Código Penal prevê, em caso de condenação, de três a seis meses de detenção ou multa. Na mesma sessão, o Supremo recebeu queixa-crime contra o deputado por injúria. "Imunidade não é impunidade", resumiu a ministra Rosa Weber.
No julgamento, o relator do caso, ministro Luiz Fux, fez um duro discurso contra a manifestação de Bolsonaro, se desculpou por ter de relatar os ataques aos demais integrantes do STF e completou: "A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo".
A defesa de Bolsonaro tentou argumentar que os impropérios do deputado não seriam incitação ao crime de estupro e disse que uma censura do STF ao congressista colocaria em xeque a liberdade de manifestação.
Em agosto do ano passado, Jair Bolsonaro já havia sido condenado pela juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de Brasília, a pagar 10.000 reais a Maria do Rosário por conta do episódio.
O caso - Em dezembro de 2014, Bolsonaro irritou-se após Maria do Rosário fazer um pronunciamento condenando a ditadura militar, classificada por ela de "vergonha absoluta". "O Brasil, ao longo do último período, encontrou o seu próprio caminho para registrar a memória, a verdade e o caminho da justiça, para de fato enfrentar o que foi a vergonha absoluta da ditadura militar. A ditadura teve os seus prepostos, teve homens e mulheres também que se colocaram de joelhos diante dela para servirem ao interesse dela, da morte, ao interesse de fazer o desaparecimento forçado, o sequestro", disse.
Bolsonaro respondeu: "A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba e participou da execução do major alemão? Maria do Rosário, por que não falou sobre sequestro, tortura, execução do Prefeito Celso Daniel, do PT?", disse. Em seguida, o deputado elevou o tom: "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não a estuprava porque você não merece. Fique aqui para ouvir".
Em entrevista ao jornal Zero Hora, Bolsonaro também afirmara: "Ela [Maria do Rosário] não merece porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece".
O Ministério Público reagiu. "Ao afirmar o estupro como prática possível, só obstado, para a deputada Maria do Rosário, 'porque ela é muito feia', o denunciado abalou a sensação coletiva de segurança e tranquilidade, garantida pela ordem jurídica a todas as mulheres, de que não serão vítimas de estupro porque tal prática é coibida pela legislação penal. Ao dizer que não estupraria a Deputada porque ela não 'merece', o denunciado instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro", criticou a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko, autora da denúncia.
Em nota, a deputada Maria do Rosário disse que "em um país em que a cada onze minutos é cometido um estupro, e em que nos deparamos cotidianamente com crimes atrozes contra a dignidade sexual, é fundamental combater a cultura do estupro e para tal a decisão do dia hoje é um passo extremamente importante nesta caminhada".Fonte:Veja
O discurso do deputado, que abre caminho para a esdrúxula interpretação que existem mulheres que "merecem" sofrer violência sexual, não foi incluído no guarda-chuva da imunidade parlamentar. O Código Penal prevê, em caso de condenação, de três a seis meses de detenção ou multa. Na mesma sessão, o Supremo recebeu queixa-crime contra o deputado por injúria. "Imunidade não é impunidade", resumiu a ministra Rosa Weber.
No julgamento, o relator do caso, ministro Luiz Fux, fez um duro discurso contra a manifestação de Bolsonaro, se desculpou por ter de relatar os ataques aos demais integrantes do STF e completou: "A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo".
A defesa de Bolsonaro tentou argumentar que os impropérios do deputado não seriam incitação ao crime de estupro e disse que uma censura do STF ao congressista colocaria em xeque a liberdade de manifestação.
Em agosto do ano passado, Jair Bolsonaro já havia sido condenado pela juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de Brasília, a pagar 10.000 reais a Maria do Rosário por conta do episódio.
O caso - Em dezembro de 2014, Bolsonaro irritou-se após Maria do Rosário fazer um pronunciamento condenando a ditadura militar, classificada por ela de "vergonha absoluta". "O Brasil, ao longo do último período, encontrou o seu próprio caminho para registrar a memória, a verdade e o caminho da justiça, para de fato enfrentar o que foi a vergonha absoluta da ditadura militar. A ditadura teve os seus prepostos, teve homens e mulheres também que se colocaram de joelhos diante dela para servirem ao interesse dela, da morte, ao interesse de fazer o desaparecimento forçado, o sequestro", disse.
Bolsonaro respondeu: "A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba e participou da execução do major alemão? Maria do Rosário, por que não falou sobre sequestro, tortura, execução do Prefeito Celso Daniel, do PT?", disse. Em seguida, o deputado elevou o tom: "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde e eu falei que eu não a estuprava porque você não merece. Fique aqui para ouvir".
Em entrevista ao jornal Zero Hora, Bolsonaro também afirmara: "Ela [Maria do Rosário] não merece porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece".
O Ministério Público reagiu. "Ao afirmar o estupro como prática possível, só obstado, para a deputada Maria do Rosário, 'porque ela é muito feia', o denunciado abalou a sensação coletiva de segurança e tranquilidade, garantida pela ordem jurídica a todas as mulheres, de que não serão vítimas de estupro porque tal prática é coibida pela legislação penal. Ao dizer que não estupraria a Deputada porque ela não 'merece', o denunciado instigou, com suas palavras, que um homem pode estuprar uma mulher que escolha e que ele entenda ser merecedora do estupro", criticou a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko, autora da denúncia.
Em nota, a deputada Maria do Rosário disse que "em um país em que a cada onze minutos é cometido um estupro, e em que nos deparamos cotidianamente com crimes atrozes contra a dignidade sexual, é fundamental combater a cultura do estupro e para tal a decisão do dia hoje é um passo extremamente importante nesta caminhada".Fonte:Veja
Operação Turbulência: Quadrilha pode ter financiado campanhas de Eduardo Campos, diz PF
A quadrilha alvo da Operação Turbulência, deflagrada nesta terça-feira, pode ter atuado no financiamento das campanhas de Eduardo Campos (PSB) à reeleição ao governo de Pernambuco em 2010 e à Presidência da República em 2014, segundo a Polícia Federal. Esta última foi interrompida por causa do acidente aéreo que matou Campos, em agosto de 2014, no litoral paulista. Após o acidente, a ex-senadora Marina Silva (Rede) assumiu a titularidade da chapa e retomou a campanha presidencial.
As investigações da PF em Pernambuco levantaram indícios do funcionamento de um esquema que envolvia dezenas de contas bancárias e empresas, a maioria de fachada, para lavar dinheiro de atividades ilegais. Parte dos recursos teria vindo de esquemas de corrupção na Petrobras e nas obras de transposição do Rio São Francisco. De acordo com a PF, o grupo movimentou cerca de 600 milhões de reais em seis anos.
"O envolvimento do ex-governador não está sendo alvo das investigações, mas podemos afirmar, com base em colaborações premiadas e no compartilhamento de provas que tivemos com outros inquéritos, que as campanhas vinculadas ao ex-governador foram favorecidas ou pelo menos tiveram recursos que vieram de empresas apuradas hoje na Operação Turbulência", afirmou delegada da PF Andréa Pinho. "Nós detectamos o envolvimento de políticos, pelo menos no sentido de serem beneficiários de recursos. Agora não posso alegar que apenas políticos faziam uso dele. Acredito que, na verdade, seja bem mais amplo", completou.
Os empresários acusados de serem os líderes da organização foram presos preventivamente entre a madrugada e a manhã desta terça-feira. São eles: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal. Lyra e Apolo seriam os donos do jatinho que transportava Eduardo Campos durante a campanha de 2014.
O delegado Daniel Albuquerque, cedido da PF de Alagoas para contribuir na investigação, afirmou que o dinheiro circulava por várias contas e empresas para que ele se "distanciasse de sua origem, provavelmente ilícita".
Lava Jato - Para colher evidências contra o grupo de empresários, a equipe da Operação Turbulência cruzou dados com outros inquéritos da Polícia Federal, entre eles três ligados à Operação Lava Jato. Dois estão no Supremo Tribunal Federal (STF) e um segue na Justiça Federal em Curitiba (PR). Um dos inquéritos no Supremo relaciona os investigados da Operação Turbulência ao suposto recebimento de doação ilegal para a campanha de Eduardo Campos em 2010. A pessoa que teria buscado esses recursos, conforme os investigadores, seria o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da Integração de Dilma Rousseff (PT).
A investigação aponta ainda que a OAS, uma das principais empreiteiras enroladas no petrolão, teria pagado 18,8 milhões de reais a uma das empresas usadas para comprar a aeronave em Campos morreu.
Nesta terça, a PF também cumpriu 33 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas três aeronaves - dois helicópteros e um avião - avaliadas em 9 milhões de reais, além de 10.000 dólares apreendidos com Eduardo Leite, que viajaria para Miami e desembarcava com João Carlos Lyra, em São Paulo, quando foi detido. O bloqueio de contas e bens também está sendo realizado pela Polícia Federal.
Entre as empresas investigadas está uma com sede no Uruguai, cujo dono é Oscar Algorta Raquetti, citado na Operação Lava Jato por ter ajudado o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a lavar dinheiro na compra de um apartamento de 7,5 milhões de reais em 2009.
"Chamou a atenção que no mesmo endereço dela existem 180 outras empresas, então há indicativo de que sejam de fachada.
Em segundo lugar ela integra o quadro social de uma empresa sediada em Goiás que também está sendo alvo de investigação e que também não funciona na prática. A despeito disso, ela possui movimentações milionárias, que tem como beneficiários, via de regra, os principais integrantes da organização criminosa", detalhou a delegada Andréa Pinho.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
As investigações da PF em Pernambuco levantaram indícios do funcionamento de um esquema que envolvia dezenas de contas bancárias e empresas, a maioria de fachada, para lavar dinheiro de atividades ilegais. Parte dos recursos teria vindo de esquemas de corrupção na Petrobras e nas obras de transposição do Rio São Francisco. De acordo com a PF, o grupo movimentou cerca de 600 milhões de reais em seis anos.
"O envolvimento do ex-governador não está sendo alvo das investigações, mas podemos afirmar, com base em colaborações premiadas e no compartilhamento de provas que tivemos com outros inquéritos, que as campanhas vinculadas ao ex-governador foram favorecidas ou pelo menos tiveram recursos que vieram de empresas apuradas hoje na Operação Turbulência", afirmou delegada da PF Andréa Pinho. "Nós detectamos o envolvimento de políticos, pelo menos no sentido de serem beneficiários de recursos. Agora não posso alegar que apenas políticos faziam uso dele. Acredito que, na verdade, seja bem mais amplo", completou.
Os empresários acusados de serem os líderes da organização foram presos preventivamente entre a madrugada e a manhã desta terça-feira. São eles: João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal. Lyra e Apolo seriam os donos do jatinho que transportava Eduardo Campos durante a campanha de 2014.
O delegado Daniel Albuquerque, cedido da PF de Alagoas para contribuir na investigação, afirmou que o dinheiro circulava por várias contas e empresas para que ele se "distanciasse de sua origem, provavelmente ilícita".
Lava Jato - Para colher evidências contra o grupo de empresários, a equipe da Operação Turbulência cruzou dados com outros inquéritos da Polícia Federal, entre eles três ligados à Operação Lava Jato. Dois estão no Supremo Tribunal Federal (STF) e um segue na Justiça Federal em Curitiba (PR). Um dos inquéritos no Supremo relaciona os investigados da Operação Turbulência ao suposto recebimento de doação ilegal para a campanha de Eduardo Campos em 2010. A pessoa que teria buscado esses recursos, conforme os investigadores, seria o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da Integração de Dilma Rousseff (PT).
A investigação aponta ainda que a OAS, uma das principais empreiteiras enroladas no petrolão, teria pagado 18,8 milhões de reais a uma das empresas usadas para comprar a aeronave em Campos morreu.
Nesta terça, a PF também cumpriu 33 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas três aeronaves - dois helicópteros e um avião - avaliadas em 9 milhões de reais, além de 10.000 dólares apreendidos com Eduardo Leite, que viajaria para Miami e desembarcava com João Carlos Lyra, em São Paulo, quando foi detido. O bloqueio de contas e bens também está sendo realizado pela Polícia Federal.
Entre as empresas investigadas está uma com sede no Uruguai, cujo dono é Oscar Algorta Raquetti, citado na Operação Lava Jato por ter ajudado o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a lavar dinheiro na compra de um apartamento de 7,5 milhões de reais em 2009.
"Chamou a atenção que no mesmo endereço dela existem 180 outras empresas, então há indicativo de que sejam de fachada.
Em segundo lugar ela integra o quadro social de uma empresa sediada em Goiás que também está sendo alvo de investigação e que também não funciona na prática. A despeito disso, ela possui movimentações milionárias, que tem como beneficiários, via de regra, os principais integrantes da organização criminosa", detalhou a delegada Andréa Pinho.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
Salário de juízes pode ser dobrado com vantagens como auxílio-creche em nova Loman
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terminaram a votação do texto base da nova Lei Orgânica da Magistratura (Loman) às 00h desta terça-feira (21). De acordo com a coluna Radar, o STF pode votar nesta quarta-feira (22), em sessão administrativa, os itens que foram destacados por ministros. A coluna ainda informa que a nova Lomam traz diversos benefícios para os magistrados, que permitem aumentar os vencimentos com os chamados penduricalhos, e que o salário pode dobrar com as vantagens. O novo texto traz previsão de pagamento de auxílio-creche, auxílio-educação, capacitação, saúde, moradia, gratificações por funções, adicional por tempo de serviço, auxílio para quem estuda no exterior, possibilidade de pagamento de 13º e 14º salário para quem julga mais processos. A publicação ainda diz que o texto pode enfraquecer a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e sua capacidade de punir magistrados. Após a votação do texto final pelo STF, a matéria ainda precisa ser enviada ao Congresso para apreciação dos parlamentares.
Cunha reaparece, acusa 'acordão' do PT para abafar Conselho de Ética e relata ameaça de morte
Às voltas com um processo de cassação, sob a ameaça de prisão e na iminência de ser alvo de uma nova denúncia do Supremo Tribunal Federal, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu vir a público nesta terça-feira para rebater as acusações que pesam contra ele. Como de praxe, Cunha voltou a atirar contra seus adversários, afirmou que teve o direito de defesa cerceado tanto no STF quanto no processo por quebra de decoro e ainda acusou o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, de oferecer o controle do comando do Conselho de Ética, que, na semana passada, aprovou seu processo de cassação. O peemedebista ainda se disse alvo de ameaças de morte por ter instaurado o impeachment contra Dilma Rousseff.
Por ordem do STF, Cunha está afastado do mandato desde o dia 5 de maio. Desde então, ele tem se manifestado principalmente via redes sociais ou por meio de notas divulgadas por sua assessoria. Nesta manhã, ele afirmou que a ausência tem prejudicado a sua defesa e prometeu voltar a falar com "regularidade". A entrevista é concedida em um hotel no centro de Brasília. Do lado de fora, alguns poucos manifestantes faziam um buzinaço e gritavam "Fora, Cunha".
Em coletiva de imprensa, o peemedebista classificou como um "absurdo" o pedido de sua prisão protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele afirmou que um dos pontos citados por Janot é a manutenção das prerrogativas de presidente da Casa, mesmo estando afastado do cargo, e exaltou a necessidade de manter algumas delas, entre as quais os seguranças legislativos. "Alguém duvida dos riscos que a gente corre? Várias pessoas buscam nos hostilizar, como ocorre aqui agora. Normal, estão com dificuldade, sem ter o que fazer porque devem ter pedido seus empregos", ironizou. "Há a necessidade de segurança. Ameaças de morte, telefonemas anônimos desde o processo de impeachment. Eu não fico fazendo drama com as ameaças e nem as temo", continuou.
Por ordem do STF, Cunha está afastado do mandato desde o dia 5 de maio. Desde então, ele tem se manifestado principalmente via redes sociais ou por meio de notas divulgadas por sua assessoria. Nesta manhã, ele afirmou que a ausência tem prejudicado a sua defesa e prometeu voltar a falar com "regularidade". A entrevista é concedida em um hotel no centro de Brasília. Do lado de fora, alguns poucos manifestantes faziam um buzinaço e gritavam "Fora, Cunha".
Em coletiva de imprensa, o peemedebista classificou como um "absurdo" o pedido de sua prisão protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele afirmou que um dos pontos citados por Janot é a manutenção das prerrogativas de presidente da Casa, mesmo estando afastado do cargo, e exaltou a necessidade de manter algumas delas, entre as quais os seguranças legislativos. "Alguém duvida dos riscos que a gente corre? Várias pessoas buscam nos hostilizar, como ocorre aqui agora. Normal, estão com dificuldade, sem ter o que fazer porque devem ter pedido seus empregos", ironizou. "Há a necessidade de segurança. Ameaças de morte, telefonemas anônimos desde o processo de impeachment. Eu não fico fazendo drama com as ameaças e nem as temo", continuou.
PF prende donos do avião em que morreu Eduardo Campos
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira uma operação para desmantelar uma quadrilha especializada em lavagem dinheiro que teria ligações com o avião que transportava o candidato à Presidência Eduardo Campos, no dia do acidente fatal, em 13 de agosto de 2014. Segundo a PF, o grupo investigado movimentou 600 milhões de reais em seis anos.
Até agora, a PF prendeu os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Lyra e Apolo são apontados como os donos do jatinho que levava Eduardo Campos durante a campanha eleitoral de 2014. Ainda falta ser cumprido um mandado de prisão preventiva. A Justiça também expediu, a pedido da PF, 33 mandados de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva.
Também há mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros que pertenceriam aos membros da organização criminosa. A operação, batizada de Turbulência, foi deflagrada em Goiás e Pernambuco. Um dos locais alvos da ação é o Aeroporto de Guararapes, em Recife.
As investigações tiveram início a partir da análise de movimentações financeiras das contas das empresas proprietárias do avião Cessna 560XL, utilizada por Campos durante a campanha presidencial. Na ocasião, a aeronave caiu em um terreno baldio em Santos, no litoral paulista. Todas as sete pessoas a bordo morreram, inclusive o ex-governador de Pernambuco.
A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de "laranjas", e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas companhias investigadas na Operação Lava Jato. Os investigadores suspeitam que parte dos recursos que foram movimentados nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de "caixa dois" de empreiteiras.
Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema criminoso, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.Fonte:Veja
Até agora, a PF prendeu os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santana Vieira e Arthur Lapa Rosal, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Lyra e Apolo são apontados como os donos do jatinho que levava Eduardo Campos durante a campanha eleitoral de 2014. Ainda falta ser cumprido um mandado de prisão preventiva. A Justiça também expediu, a pedido da PF, 33 mandados de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva.
Também há mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros que pertenceriam aos membros da organização criminosa. A operação, batizada de Turbulência, foi deflagrada em Goiás e Pernambuco. Um dos locais alvos da ação é o Aeroporto de Guararapes, em Recife.
As investigações tiveram início a partir da análise de movimentações financeiras das contas das empresas proprietárias do avião Cessna 560XL, utilizada por Campos durante a campanha presidencial. Na ocasião, a aeronave caiu em um terreno baldio em Santos, no litoral paulista. Todas as sete pessoas a bordo morreram, inclusive o ex-governador de Pernambuco.
A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de "laranjas", e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas companhias investigadas na Operação Lava Jato. Os investigadores suspeitam que parte dos recursos que foram movimentados nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de "caixa dois" de empreiteiras.
Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema criminoso, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.Fonte:Veja
segunda-feira, 20 de junho de 2016
ESTACIONAMENTO ROTATIVO EM SERRINHA
O sistema de estacionamento rotativo pago – também conhecido como Zona Azul, projeto que visa melhorar as condições de trânsito na cidade, já está em processo de conclusão. A implantação das vagas para pessoas com necessidades especiais e idosas, está sendo acompanhada por representantes do Conselho de Pessoas com Deficiência. Contaremos também com o bicicletário destinado aos ciclistas. Numa ação da Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Administração, por meio da Coordenação de Trânsito.
Orquestra Sanfônica de Serrinha fará parte do São João de Salvador
Resultado de articulação do deputado Gika Lopes com o secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, e com o diretor superintendente da Bahiatursa, Diogo Medrado, a Orquestra Sanfônica de Serrinha fará parte da programação de São João de Salvador, no dia 23, no Pelourinho.
Segundo o fundador e produtor da Orquestra Sanfônica de Serrinha, Joselito Dantas, popularmente conhecido como Chicão do Vagão, a contribuição do deputado em agendar as audiências e acompanhar foi importante porque deu ao grupo a oportunidade de apresentar aos representantes dos órgãos a qualidade e a tradição da orquestra.
“Ela é a primeira orquestra de sanfoneiros do Estado da Bahia, no segmento harmônico erudito e popular. Um grupo que envolve pessoas de 8 a 82 anos e já se consolida como uma tradição de Serrinha. Agradeço ao deputado por nos dar a chance de apresentarmos a qualidade do projeto da orquestra, o que resultou no convite para participarmos da programação do São João de Salvador”, afirmou Chico Vagão.
O deputado Gika Lopes festejou a notícia: “Parabenizo ao secretário Jorge Portugal e a Diogo Medrado “pela sensibilidade em reconhecer a qualidade da orquestra. A ideia é dar visibilidade ao grupo e valorizar seu profissionalismo e tradição.”
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Segundo o fundador e produtor da Orquestra Sanfônica de Serrinha, Joselito Dantas, popularmente conhecido como Chicão do Vagão, a contribuição do deputado em agendar as audiências e acompanhar foi importante porque deu ao grupo a oportunidade de apresentar aos representantes dos órgãos a qualidade e a tradição da orquestra.
“Ela é a primeira orquestra de sanfoneiros do Estado da Bahia, no segmento harmônico erudito e popular. Um grupo que envolve pessoas de 8 a 82 anos e já se consolida como uma tradição de Serrinha. Agradeço ao deputado por nos dar a chance de apresentarmos a qualidade do projeto da orquestra, o que resultou no convite para participarmos da programação do São João de Salvador”, afirmou Chico Vagão.
O deputado Gika Lopes festejou a notícia: “Parabenizo ao secretário Jorge Portugal e a Diogo Medrado “pela sensibilidade em reconhecer a qualidade da orquestra. A ideia é dar visibilidade ao grupo e valorizar seu profissionalismo e tradição.”
Ana Rosa Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Deputado estadual Gika Lopes (PT)
Edinho Silva afirma que as eleições municipais serão as piores da história para o PT
O ex-ministro da Comunicação Social do governo Dilma Rousseff e ex-tesoureiro da campanha presidencial do PT, Edinho Silva, está prevendo que as eleições municipais de 2016 serão as piores da história do partido, em parte, segundo ele, devido a uma crise no financiamento partidário. Em entrevista à Folha, pregou a continuidade da Lava Jato, mas defendeu um “pacto político” para que o Brasil saia da crise e volte a crescer.
Edinho disse ainda que, em algum momento, o PT terá que fazer uma autocrítica perante a sociedade, pois havia uma expectativa de que o partido poderia ser o diferente. O Jornal, então, pergunta se a legenda já não deveria ter feito isso. O ex-ministro diz: “Talvez, para que possamos efetivamente reconhecer nossos erros, seja necessário que esse processo todo – a Operação Lava Jato – avance para termos dimensão até onde ele chega”. Sobre a pressão que teria feito para que empresários doassem à campanha de Dilma, afirmou: “quem me conhece sabe que não sou capaz de pressionar ninguém, não é o meu perfil”.
Em uma manifestação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que os pagamentos de propina ao PT eram feitos muitas vezes mediante ameaças de interrupção de contratos entre as empresas e o governo. De acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, a estratégia era centralizada na pessoa de Edinho Silva, ex-ministro-chefe da secretaria de Comunicação Social de Dilma.Fonte:Reinaldo Azevedo
Edinho disse ainda que, em algum momento, o PT terá que fazer uma autocrítica perante a sociedade, pois havia uma expectativa de que o partido poderia ser o diferente. O Jornal, então, pergunta se a legenda já não deveria ter feito isso. O ex-ministro diz: “Talvez, para que possamos efetivamente reconhecer nossos erros, seja necessário que esse processo todo – a Operação Lava Jato – avance para termos dimensão até onde ele chega”. Sobre a pressão que teria feito para que empresários doassem à campanha de Dilma, afirmou: “quem me conhece sabe que não sou capaz de pressionar ninguém, não é o meu perfil”.
Em uma manifestação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que os pagamentos de propina ao PT eram feitos muitas vezes mediante ameaças de interrupção de contratos entre as empresas e o governo. De acordo com os investigadores da Operação Lava Jato, a estratégia era centralizada na pessoa de Edinho Silva, ex-ministro-chefe da secretaria de Comunicação Social de Dilma.Fonte:Reinaldo Azevedo
Exame de sangue pode prever risco de infarto
Um exame de sangue pode prever o risco de uma pessoa sofrer um infarto nos cinco anos seguintes ao teste. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico EbioMedicine, pacientes com níveis mais altos de anticorpos – moléculas produzidas pelo sistema imunológico – do tipo imunoglobulina G (IgG) são menos propensos a problemas cardiovasculares, como infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). No novo trabalho, pesquisadores do Imperial College London e da Universidade College London, ambas na Inglaterra, acompanharam 1.753 pessoas, em tratamento para pressão alta – fator de risco para problemas cardiovasculares -, ao longo de cinco anos.
Destes, 470 sofreram algum evento cardiovascular – infarto ou AVC – durante o período de acompanhamento. Os resultados mostraram que os voluntários com maiores níveis do anticorpo IgG corriam 58% menos risco de ter doença coronariana ou um infarto e uma probabilidade 38% menor de sofrer um AVC ou outro problema cardiovascular, independente de outros fatores de risco como pressão alta e nível de colesterol.
“Vincular um sistema imunológico mais forte e robusto com uma maior proteção contra ataques cardíacos é uma descoberta muito excitante. Nós esperamos poder usar a nova descoberta para estudar os fatores que levam algumas pessoas a ter um sistema imunológico que ajuda a protegê-las contra o problema, enquanto outras não. Esperamos também explorar formas de fortalecer o sistema imunológico para ajudar a proteger contra doenças cardíacas.”, disse Ramzi Khamis, pesquisador do Imperial College London e coautor do estudo.
A principal causa de doença cardiovascular é a aterosclerose – acúmulo de depósitos de gordura nas paredes das artérias – que pode restringir o fluxo sanguíneo do coração. De acordo com os pesquisadores, embora o nível de imunoglobulina não seja considerado um fator relevante para o risco de doença cardiovascular, há evidências de que certos tipos, como a G, poderiam reduzir o risco de aterosclerose, enquanto outros, poderiam aumentar esse risco.
Atualmente, o risco de um paciente sofrer de problemas cardiovasculares é calculado a partir de seu histórico médico, idade, sexo, pressão e colesterol. De acordo com os autores, a descoberta tem o potencial de ajudar os médicos a calcular de forma mais precisa o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco a partir de um exame simples e barato.
Além disso, pacientes que fazem tratamento com estatinas ou betabloqueadores talvez não precisem mais destes medicamentos se seu sistema imunológico for forte o suficiente para protegê-los. Agora, os pesquisadores irão realizar um estudo com outros perfis de pacientes e descobrir formas de fortalecer o sistema imunológico e aumentar a produção de anticorpos do tipo IgG. Estes são os anticorpos responsáveis por proteger de infecções virais e bacterianas, por isso, além de serem encontrados em todos os fluidos corporais, ele são o anticorpo mais abundante em nosso organismo.Fonte:Veja
Destes, 470 sofreram algum evento cardiovascular – infarto ou AVC – durante o período de acompanhamento. Os resultados mostraram que os voluntários com maiores níveis do anticorpo IgG corriam 58% menos risco de ter doença coronariana ou um infarto e uma probabilidade 38% menor de sofrer um AVC ou outro problema cardiovascular, independente de outros fatores de risco como pressão alta e nível de colesterol.
“Vincular um sistema imunológico mais forte e robusto com uma maior proteção contra ataques cardíacos é uma descoberta muito excitante. Nós esperamos poder usar a nova descoberta para estudar os fatores que levam algumas pessoas a ter um sistema imunológico que ajuda a protegê-las contra o problema, enquanto outras não. Esperamos também explorar formas de fortalecer o sistema imunológico para ajudar a proteger contra doenças cardíacas.”, disse Ramzi Khamis, pesquisador do Imperial College London e coautor do estudo.
A principal causa de doença cardiovascular é a aterosclerose – acúmulo de depósitos de gordura nas paredes das artérias – que pode restringir o fluxo sanguíneo do coração. De acordo com os pesquisadores, embora o nível de imunoglobulina não seja considerado um fator relevante para o risco de doença cardiovascular, há evidências de que certos tipos, como a G, poderiam reduzir o risco de aterosclerose, enquanto outros, poderiam aumentar esse risco.
Atualmente, o risco de um paciente sofrer de problemas cardiovasculares é calculado a partir de seu histórico médico, idade, sexo, pressão e colesterol. De acordo com os autores, a descoberta tem o potencial de ajudar os médicos a calcular de forma mais precisa o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco a partir de um exame simples e barato.
Além disso, pacientes que fazem tratamento com estatinas ou betabloqueadores talvez não precisem mais destes medicamentos se seu sistema imunológico for forte o suficiente para protegê-los. Agora, os pesquisadores irão realizar um estudo com outros perfis de pacientes e descobrir formas de fortalecer o sistema imunológico e aumentar a produção de anticorpos do tipo IgG. Estes são os anticorpos responsáveis por proteger de infecções virais e bacterianas, por isso, além de serem encontrados em todos os fluidos corporais, ele são o anticorpo mais abundante em nosso organismo.Fonte:Veja
Depois de divulgação, Governo do Rio cancela compra de framboesa, mirtilo, salmão, picanha e filet mignon
Apesar de ter decretado estado calamidade pública motivado pela grave crise financeira, o governo do Rio de Janeiro havia mantido uma licitação de 378.853,54 reais para a compra de alimentos, cuja lista incluia frutas, peixes e carnes nobres, como framboesa e mirtilo, salmão e robalo, filet mignon e picanha. A contratação estava prevista para esta terça-feira, mas foi cancelada hoje, após a rádio CBN Rio veicular a informação.
Segundo o edital, os alimentos seriam usados na preparação de "refeições que são servidas durante reuniões, solenidades e demais eventos rotineiros nos Palácios Guanabara e Laranjeiras". Entre as iguarias, estavam previstos gastos de 32.000 reais com filé mignon, alcatra e picanha; 32.971,00 reais com salmão, cherne e robalo; e 30.362,30 reais com frutas - entre elas, cereja chilena, framboesa, amora e blueberries.
Em relação às bebidas, o governo iria gastar 50.860,20 reais com 6.000 cápsulas de café para máquina. A lista também inclui legumes, verduras, molhos, e arroz de diferentes tipos (arbóreo, sete grãos, negro, selvagem), farinhas (de rosca, de trigo, de fubá de milho), chocolates, frios e laticínios.
Procurada, a assessoria de imprensa do governador interino Francisco Dornelles afirmou que a medida foi cancelada hoje.
A decisão de decretar estado de calamidade pública foi tomada na última sexta-feira e publicada no Diário Oficial do Estado. O decreto visa a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início em agosto.
Entre as razões apresentadas para tomar tal medida, Dornelles incluiu a crise econômica que atinge o Estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade do Rio em honrar os compromissos para a realização dos Jogos e as dificuldades na prestação de serviços essenciais, como segurança pública, saúde, educação e mobilidade.Fonte:Veja
Segundo o edital, os alimentos seriam usados na preparação de "refeições que são servidas durante reuniões, solenidades e demais eventos rotineiros nos Palácios Guanabara e Laranjeiras". Entre as iguarias, estavam previstos gastos de 32.000 reais com filé mignon, alcatra e picanha; 32.971,00 reais com salmão, cherne e robalo; e 30.362,30 reais com frutas - entre elas, cereja chilena, framboesa, amora e blueberries.
Em relação às bebidas, o governo iria gastar 50.860,20 reais com 6.000 cápsulas de café para máquina. A lista também inclui legumes, verduras, molhos, e arroz de diferentes tipos (arbóreo, sete grãos, negro, selvagem), farinhas (de rosca, de trigo, de fubá de milho), chocolates, frios e laticínios.
Procurada, a assessoria de imprensa do governador interino Francisco Dornelles afirmou que a medida foi cancelada hoje.
A decisão de decretar estado de calamidade pública foi tomada na última sexta-feira e publicada no Diário Oficial do Estado. O decreto visa a garantir o cumprimento das obrigações estaduais com a realização dos Jogos Olímpicos, que terão início em agosto.
Entre as razões apresentadas para tomar tal medida, Dornelles incluiu a crise econômica que atinge o Estado, a queda na arrecadação com o ICMS e os royalties do petróleo, a dificuldade do Rio em honrar os compromissos para a realização dos Jogos e as dificuldades na prestação de serviços essenciais, como segurança pública, saúde, educação e mobilidade.Fonte:Veja
Vereadores recebem salário mínimo a partir de 2017 em cidade da Paraíba
Os vereadores da cidade de Água Branca, no Sertão paraibano, aprovaram um projeto que reduz o salário dos parlamentares para um salário mínimo a partir de janeiro de 2017. Atualmente, a Câmara Municipal conta com nove vereadores e cada um recebe R$ 2.700. A cidade fica a cerca de 400 km de João Pessoa e tem pouco mais de 10 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE.
Paraíba segue com a menor média salarial do país em 2014, aponta IBGE
A iniciativa foi do presidente da casa, Miraci de Sousa, em parceira com outro parlamentar. "Em um momento de crise como esse, devemos tentar ajudar o município. Esse dinheiro economizado vai para os cofres da prefeitura, que deve decidir investir em outros setores da administração", disse.
O projeto foi aprovado na sexta-feira (17) por unanimidade. De acordo com Miraci, a articulação para conseguir junto aos colegas a aprovação começou há algum tempo. "Todos compraram a ideia depois da gente conversar e mostrar a importância da ecnomia", comentou o presidente.
A partir de 2017, os salários dos parlamentares vão ser reajustados de acordo com o aumento nacional do salário mínimo, que acontece em janeiro. Esse projeto vale por toda próxima legislatura, que vai até 2020.Fonte:G1
Paraíba segue com a menor média salarial do país em 2014, aponta IBGE
A iniciativa foi do presidente da casa, Miraci de Sousa, em parceira com outro parlamentar. "Em um momento de crise como esse, devemos tentar ajudar o município. Esse dinheiro economizado vai para os cofres da prefeitura, que deve decidir investir em outros setores da administração", disse.
O projeto foi aprovado na sexta-feira (17) por unanimidade. De acordo com Miraci, a articulação para conseguir junto aos colegas a aprovação começou há algum tempo. "Todos compraram a ideia depois da gente conversar e mostrar a importância da ecnomia", comentou o presidente.
A partir de 2017, os salários dos parlamentares vão ser reajustados de acordo com o aumento nacional do salário mínimo, que acontece em janeiro. Esse projeto vale por toda próxima legislatura, que vai até 2020.Fonte:G1
Samuel Celestino:Isolado, Cunha pode explodir uma bomba
Praticamente isolado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afastado das suas atribuições pelo Supremo Tribunal Federal, passou a estar numa situação vexatória. De tal ordem que seus próprios aliados, se é que eles continuam ao seu lado, estão a divulgar, supostamente à revelia do chefão, que estaria inclinado a fazer uma delação premiada para escapar de uma pena pesadíssima. Cunha rebate, diz que não, mas, mesmo assim, a delação permanece na mídia por ser uma hipótese plausível. Pode ser um jogo político que o próprio deputado mantém, na tentativa de gerar apreensões. Se ele falar o que sabe será um pandemônio.
De tal modo que tudo o que esta no momento no cenário será pouco para o que vier acontecer mais adiante. Inclusive, também em relação aos problemas que o presidente em exercício, Michel Temer, passou a se inquietar a partir das denúncias feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Os aliados de Cunha parece diminuírem por estarem também atemorizados. O medo é total na república e cresce na medida em que a Operação Lava-Jato ganha corpo, enquanto o juiz Sérgio Moro se fortalece no Paraná, com o apoio quase, ou senão absoluto, da opinião pública.
Se Eduardo Cunha fizer uma delação premiada terá que ser à Lava Jato. Esta segunda-feira (20) será um teste para o deputado que pretende reunir - assim está previsto - sua tropa de choque. O número determinará quantos ainda comanda, e quantos temem a sua força, em parte formada por corruptos. Está marcada para amanhã, terça-feira, uma entrevista à imprensa. Se Cunha a mantiver poderá vir a ser uma bomba.
Enquanto isso, seus aliados tentam convencê-lo a abandonar a comando da Câmara, única possibilidade de se manter no mandato parlamentar. É uma saída que ele poderá meditar, mas sabe que, se abdicar, perderá toda a força que reuniu. Sem a presidência do poder, ficará frágil. Além do mais, ainda terá que esperar por uma decisão do STF.Fonte:Bahia Noticias
De tal modo que tudo o que esta no momento no cenário será pouco para o que vier acontecer mais adiante. Inclusive, também em relação aos problemas que o presidente em exercício, Michel Temer, passou a se inquietar a partir das denúncias feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Os aliados de Cunha parece diminuírem por estarem também atemorizados. O medo é total na república e cresce na medida em que a Operação Lava-Jato ganha corpo, enquanto o juiz Sérgio Moro se fortalece no Paraná, com o apoio quase, ou senão absoluto, da opinião pública.
Se Eduardo Cunha fizer uma delação premiada terá que ser à Lava Jato. Esta segunda-feira (20) será um teste para o deputado que pretende reunir - assim está previsto - sua tropa de choque. O número determinará quantos ainda comanda, e quantos temem a sua força, em parte formada por corruptos. Está marcada para amanhã, terça-feira, uma entrevista à imprensa. Se Cunha a mantiver poderá vir a ser uma bomba.
Enquanto isso, seus aliados tentam convencê-lo a abandonar a comando da Câmara, única possibilidade de se manter no mandato parlamentar. É uma saída que ele poderá meditar, mas sabe que, se abdicar, perderá toda a força que reuniu. Sem a presidência do poder, ficará frágil. Além do mais, ainda terá que esperar por uma decisão do STF.Fonte:Bahia Noticias
Edson Celulari é diagnosticado com câncer
Assustado, o ator tomou já iniciou tratamento. "Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem... coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin. Foi um susto, mas estou bem e ao lado de pessoas amadas. A equipe médica é competente e experiente. Estou confiante e pensando positivo. Com determinação e fé, sairei desde tratamento ainda mais forte. Todo carinho será bem vindo", diz Celulari em nota enviada à imprensa e publicada em seu Instagram.
O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer raro e mais incidente em pessoas acima dos 60 anos de idade. Seu tratamento pode incluir sessões de quimioterapia e radioterapia.
Natural de Bauru, interior de São Paulo, Edson Francisco Celulari queria ser jogador de futebol. Começou a mudar de ideia ao entrar em contato com o teatro da escola onde estudava, junto à cantina, que o pai comandava, e procurou um grupo amador. Para convencer o pai a deixá-lo prestar vestibular para teatro, escreveu e estrelou um monólogo sobre um mendigo em uma noite de Natal. deu certo. Na TV, estreou na Tupi, em 1978, na novela Salário Mínimo, de Chico de Assis, sob a direção de Antônio Abujamra, com quem depois trabalharia em Que Rei Sou Eu? (1989), um dos maiores sucessos de sua carreira e da Rede Globo.
Entre as muitas novelas que fez na emissora, se destacam O Homem Proibido (1982), Cambalacho (1986), Fera Ferida (1993), Explode Coração (1995) e Beleza Pura (2008). A última foi Alto Astral (2014-15). Celulari também fez séries, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Um Só Coração (2004) e Animal (2014), para a TV paga, além de Não Fuja da Raia (1995-96), com a então mulher, Claudia Raia. No cinema, fez poucos filmes, como Asa Branca - Um Sonho Brasileiro (1980), e se prepara para lançar Teu Mundo não cabe nos Meus Olhos, de Paulo Nascimento, em fase de pós-produção.
Celulari é pai de Enzo, 19, e Sophia, 13, da relação de 17 anos (1994-2010) com a atriz Claudia Raia. Há cerca de cinco anos, namora a atriz Karin Roepke, 24 anos mais nova, com quem acaba de fazer uma viagem ao sul da Argentina.Fonte:Veja
O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer raro e mais incidente em pessoas acima dos 60 anos de idade. Seu tratamento pode incluir sessões de quimioterapia e radioterapia.
Natural de Bauru, interior de São Paulo, Edson Francisco Celulari queria ser jogador de futebol. Começou a mudar de ideia ao entrar em contato com o teatro da escola onde estudava, junto à cantina, que o pai comandava, e procurou um grupo amador. Para convencer o pai a deixá-lo prestar vestibular para teatro, escreveu e estrelou um monólogo sobre um mendigo em uma noite de Natal. deu certo. Na TV, estreou na Tupi, em 1978, na novela Salário Mínimo, de Chico de Assis, sob a direção de Antônio Abujamra, com quem depois trabalharia em Que Rei Sou Eu? (1989), um dos maiores sucessos de sua carreira e da Rede Globo.
Entre as muitas novelas que fez na emissora, se destacam O Homem Proibido (1982), Cambalacho (1986), Fera Ferida (1993), Explode Coração (1995) e Beleza Pura (2008). A última foi Alto Astral (2014-15). Celulari também fez séries, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Um Só Coração (2004) e Animal (2014), para a TV paga, além de Não Fuja da Raia (1995-96), com a então mulher, Claudia Raia. No cinema, fez poucos filmes, como Asa Branca - Um Sonho Brasileiro (1980), e se prepara para lançar Teu Mundo não cabe nos Meus Olhos, de Paulo Nascimento, em fase de pós-produção.
Celulari é pai de Enzo, 19, e Sophia, 13, da relação de 17 anos (1994-2010) com a atriz Claudia Raia. Há cerca de cinco anos, namora a atriz Karin Roepke, 24 anos mais nova, com quem acaba de fazer uma viagem ao sul da Argentina.Fonte:Veja
Collor xinga Janot e oferece solidariedade' a Heráclito em festa junina
A delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado esquentou a temporada de festas juninas políticas de Brasília. Na fria noite deste sábado, o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos acusados de pedir propina por Machado, recebeu cerca de quatrocentas pessoas na casa da filha no Lago Sul, em uma festa de proporções maiúsculas. O presidente da República interino, Michel Temer (PMDB), esperado no arraial, desmarcou de última hora e ficou em São Paulo com o filho Michelzinho. O centro das atenções, então, virou o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL), alvo da Operação Lava Jato.
Vestido com uma camisa xadrez, ora escondida por um pulover azul claro, jeans Levis e tênis preto, Collor papeou, trocou sorrisos e cumprimentos com os convidados e ficou na festa até a madrugada com a atual mulher, a arquiteta Caroline Medeiros, e as filhas gêmeas. Passou horas de pé enfileirando charutos cubanos Montecristo e contou que, logo depois de sofrer o impeachment, viajou para duas semanas na ilha caribenha do comunista Fidel Castro, a convite do ditador.
Ao se despedir de Heráclito, Collor voltou a ofender o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com o mesmo palavrão que já havia disparado da tribuna do Senado e afirmou que gostaria sair em defesa do parlamentar. "Deixe-me fazer sua defesa, você tem minha absoluta solidariedade, toda solidariedade, contra esse filho da p#%@ do Janot", disse abraçado ao anfitrião para surpresa de jornalistas, deputados e convidados. "Filho da p#%@ porque a mãe dele é uma p#%@. Falo isso aqui porque já falei no Senado", justificou.
Deputados debatiam o cenário da política - os temas mais recorrentes da noite eram as ameaças da Operação Lava Jato ao governo interino e o desempenho de Temer e os sinais da economia e os próximos passos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara, que podem precipitar uma eleição. Estavam na festa os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e o da Defesa, Raul Jungmann (PPS), além dos deputados Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, Rogério Rosso (DF), líder do PSD, Benito Gama (PTB-BA), Danilo Forte (PSB-CE), Nilson Leitão (PSDB-MT) e Hugo Leal (PSB-RJ), entre outros.
Do Palácio do Planalto, foram apenas assessores diretos dos ministros peemedebitas da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. "Fiquei catorze anos sem pisar lá, mas fui essa semana conversar com Michel depois da delação", disse Heráclito. Ele defendeu o presidente interino, também acusado por Machado de pedir 1,5 milhão de reais propina como doação eleitoral a um aliado, em 2012. "Essa conversa não faz o estilo dele."
Heráclito estava vestido de camisa social e um colete verde xadrez, para entrar no clima da festa, mas logo colocou um casaco bege por cima, para aplacar o frio. As rodas de conversa eram regadas a goles do vinho português Confidencial, regional de Lisboa, chope artesanal Colorado servido em um food truck, quentão e whisky Red Label. Três grupos se revezaram num palco ao som de ritmos nordestinos, como forró e axé, e do sertanejo, uma das preferências nas baladas da capital federal. Para comer, não faltou opção: espetinhos de carne, frango, queijos coalho ou provolone e salsichão, arroz de capote ou carreteiro, paçoca nordestina, cachorro quente, pastel e batata frita, doces de milho, como pamonha e cural, churros de doce de leite ou chocolate, canjica, diversos bolos de chocolate, bolo de rolo e docinhos feitos com paçoca - parte deles encomendados do Piauí e de Pernambuco.Fonte:Veja
Vestido com uma camisa xadrez, ora escondida por um pulover azul claro, jeans Levis e tênis preto, Collor papeou, trocou sorrisos e cumprimentos com os convidados e ficou na festa até a madrugada com a atual mulher, a arquiteta Caroline Medeiros, e as filhas gêmeas. Passou horas de pé enfileirando charutos cubanos Montecristo e contou que, logo depois de sofrer o impeachment, viajou para duas semanas na ilha caribenha do comunista Fidel Castro, a convite do ditador.
Ao se despedir de Heráclito, Collor voltou a ofender o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com o mesmo palavrão que já havia disparado da tribuna do Senado e afirmou que gostaria sair em defesa do parlamentar. "Deixe-me fazer sua defesa, você tem minha absoluta solidariedade, toda solidariedade, contra esse filho da p#%@ do Janot", disse abraçado ao anfitrião para surpresa de jornalistas, deputados e convidados. "Filho da p#%@ porque a mãe dele é uma p#%@. Falo isso aqui porque já falei no Senado", justificou.
Deputados debatiam o cenário da política - os temas mais recorrentes da noite eram as ameaças da Operação Lava Jato ao governo interino e o desempenho de Temer e os sinais da economia e os próximos passos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara, que podem precipitar uma eleição. Estavam na festa os ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e o da Defesa, Raul Jungmann (PPS), além dos deputados Antonio Imbassahy (BA), líder do PSDB, Rogério Rosso (DF), líder do PSD, Benito Gama (PTB-BA), Danilo Forte (PSB-CE), Nilson Leitão (PSDB-MT) e Hugo Leal (PSB-RJ), entre outros.
Do Palácio do Planalto, foram apenas assessores diretos dos ministros peemedebitas da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. "Fiquei catorze anos sem pisar lá, mas fui essa semana conversar com Michel depois da delação", disse Heráclito. Ele defendeu o presidente interino, também acusado por Machado de pedir 1,5 milhão de reais propina como doação eleitoral a um aliado, em 2012. "Essa conversa não faz o estilo dele."
Heráclito estava vestido de camisa social e um colete verde xadrez, para entrar no clima da festa, mas logo colocou um casaco bege por cima, para aplacar o frio. As rodas de conversa eram regadas a goles do vinho português Confidencial, regional de Lisboa, chope artesanal Colorado servido em um food truck, quentão e whisky Red Label. Três grupos se revezaram num palco ao som de ritmos nordestinos, como forró e axé, e do sertanejo, uma das preferências nas baladas da capital federal. Para comer, não faltou opção: espetinhos de carne, frango, queijos coalho ou provolone e salsichão, arroz de capote ou carreteiro, paçoca nordestina, cachorro quente, pastel e batata frita, doces de milho, como pamonha e cural, churros de doce de leite ou chocolate, canjica, diversos bolos de chocolate, bolo de rolo e docinhos feitos com paçoca - parte deles encomendados do Piauí e de Pernambuco.Fonte:Veja
Odebrecht adquiriu banco para pagar propina, diz delator
Um dos executivos apontados como operadores de offshores do chamado "departamento de propina" da Odebrecht disse em depoimento à força-tarefa da Lava Jato que a empreiteira controlou 42 contas offshores no exterior, sendo que a maior parte delas foi criada após aquisição da filial de um banco, o Meinl Bank Antigua, no fim de 2010.
Vinícius Veiga Borin citou em delação premiada transferências "suspeitas" das contas associadas à Odebrecht que somam ao menos 132 milhões de dólares. O delator é o primeiro a falar em detalhes sobre as transações internacionais do grupo por meio de offshores.
Borin trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. Ele e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então executivos do Departamento de Operações Estruturadas - nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo a Lava Jato - da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antígua, um paraíso fiscal no Caribe.
A aquisição envolveu ainda Olívio Rodrigues Júnior, responsável por intermediar a abertura das contas para a empreiteira no AOB. A participação de 51% da filial da instituição financeira em Antígua foi adquirida, segundo o relato, por 3 milhões de dólares mais quatro parcelas anuais de 246.000 dólares. Ao final da negociação, o grupo passou a ter 67% do Meinl Bank Antígua.
A Procuradoria da República no Paraná pediu na sexta-feira ao juiz federal Sérgio Moro que homologue a delação premiada de Borin e de outros dois executivos do AOB: Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski. Somente Borin prestou depoimento.
O Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23.ª etapa da Lava Jato, que levou à prisão do marqueteiro João Santana, sua mulher e sócia, Mônica Moura, além do próprio Borin. Foi a partir da Operação Acarajé - assim batizada em referência a um dos nomes usados nas planilhas da contabilidade paralela da Odebrecht para propinas - que a força-tarefa da Lava Jato chegou ao núcleo dos pagamentos ilícitos da empreiteira.
As revelações foram feitas principalmente pela funcionária Maria Lúcia Guimarães Tavares, a primeira do grupo empresarial a colaborar com as investigações. Atualmente, executivos da Odebrecht e o empreiteiro Marcelo Odebrecht negociam uma delação premiada com a Lava Jato.
Entre as contas offshores citadas por Borin estão a Klienfeld, a Innovation e a Magna, que fizeram depósitos na conta offshore Shellbill Finance, apontada como de propriedade de Santana, na Suíça, no valor de 16,6 milhões de dólares, segundo o delator.
Representante - Borin afirmou que o banco AOB começou a operar contas para a Odebrecht a partir de um pedido de Olívio Rodrigues, que se disse representante da empreiteira e interessado em abrir contas no banco para movimentar recursos referentes a obras no exterior.
Ele afirmou ainda que acredita que os recursos movimentados em grande parte pelas contras associadas à Odebrecht "eram ilícitos" ou não se referiam a pagamentos de fornecedores ou "relativos a obras da companhia".
Conforme o delator, com a aquisição do banco, seu grupo e o dos executivos da Odebrecht passaram a dividir uma comissão de 2% sobre cada entrada de valor nas contas das offshores controladas por Olívio. Da porcentagem, 0,5% ia para os três ex-executivos do AOB, 0,5% para a sede do banco em Viena e 1% para Olívio, Soares e Migliaccio.
A aquisição, segundo Borin, inicialmente envolveu também Vanuê Faria, sobrinho do controlador do Grupo Petrópolis Valter Faria, que, de acordo com o delator, teve cerca de 50 milhões de dólares nas contas que mantinha no AOB bloqueados com a liquidação do banco. Entre o fim de 2011 e 2012, Vanuê vendeu sua participação.
No depoimento, o delator disse que nunca teve contatos com Marcelo Odebrecht ou outros executivos do grupo além dos citados. Borin afirmou que Migliacio e Felipe Montoro, outro representante da Odebrecht, sugeriram no ano passado que ele e os outros sócios no Meinl Bank deixassem o Brasil em razão do avanço da Lava Jato. Segundo o delator, citaram Antígua, Portugal e República Dominicana e chegaram a pedir um plano de gastos com a mudança.
"Que Felipe Montoro e Migliacio tinham uma grande preocupação com os documentos do Meinl Bank, tendo aventado a possibilidade de comprarem o banco e o encerrarem em seguida para 'sumirem' com a documentação", diz trecho do depoimento.
Olívio está preso e é réu na Lava Jato. Luiz Eduardo Soares também cumpre prisão preventiva no Paraná. Ambos respondem por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro na Lava Jato por pagamentos da empreiteira no exterior e em espécie no Brasil para Santana e sua mulher. Migliaccio está preso na Suíça e responde a processo no país europeu.
Procurada, a Odebrecht informou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar sobre o depoimento. O advogado Fabio Tofic, que defende Santana, informou que só vai se manifestar sobre o caso perante a Justiça. As defesas de Olívio Rodrigues, de Valter Faria e Vanuê Faria não foram localizadas.
(Com Estadão Conteúdo)
Vinícius Veiga Borin citou em delação premiada transferências "suspeitas" das contas associadas à Odebrecht que somam ao menos 132 milhões de dólares. O delator é o primeiro a falar em detalhes sobre as transações internacionais do grupo por meio de offshores.
Borin trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. Ele e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então executivos do Departamento de Operações Estruturadas - nome oficial da central de propinas da empreiteira, segundo a Lava Jato - da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antígua, um paraíso fiscal no Caribe.
A aquisição envolveu ainda Olívio Rodrigues Júnior, responsável por intermediar a abertura das contas para a empreiteira no AOB. A participação de 51% da filial da instituição financeira em Antígua foi adquirida, segundo o relato, por 3 milhões de dólares mais quatro parcelas anuais de 246.000 dólares. Ao final da negociação, o grupo passou a ter 67% do Meinl Bank Antígua.
A Procuradoria da República no Paraná pediu na sexta-feira ao juiz federal Sérgio Moro que homologue a delação premiada de Borin e de outros dois executivos do AOB: Luiz Augusto França e Marcos Pereira de Sousa Bilinski. Somente Borin prestou depoimento.
O Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht foi alvo da 23.ª etapa da Lava Jato, que levou à prisão do marqueteiro João Santana, sua mulher e sócia, Mônica Moura, além do próprio Borin. Foi a partir da Operação Acarajé - assim batizada em referência a um dos nomes usados nas planilhas da contabilidade paralela da Odebrecht para propinas - que a força-tarefa da Lava Jato chegou ao núcleo dos pagamentos ilícitos da empreiteira.
As revelações foram feitas principalmente pela funcionária Maria Lúcia Guimarães Tavares, a primeira do grupo empresarial a colaborar com as investigações. Atualmente, executivos da Odebrecht e o empreiteiro Marcelo Odebrecht negociam uma delação premiada com a Lava Jato.
Entre as contas offshores citadas por Borin estão a Klienfeld, a Innovation e a Magna, que fizeram depósitos na conta offshore Shellbill Finance, apontada como de propriedade de Santana, na Suíça, no valor de 16,6 milhões de dólares, segundo o delator.
Representante - Borin afirmou que o banco AOB começou a operar contas para a Odebrecht a partir de um pedido de Olívio Rodrigues, que se disse representante da empreiteira e interessado em abrir contas no banco para movimentar recursos referentes a obras no exterior.
Ele afirmou ainda que acredita que os recursos movimentados em grande parte pelas contras associadas à Odebrecht "eram ilícitos" ou não se referiam a pagamentos de fornecedores ou "relativos a obras da companhia".
Conforme o delator, com a aquisição do banco, seu grupo e o dos executivos da Odebrecht passaram a dividir uma comissão de 2% sobre cada entrada de valor nas contas das offshores controladas por Olívio. Da porcentagem, 0,5% ia para os três ex-executivos do AOB, 0,5% para a sede do banco em Viena e 1% para Olívio, Soares e Migliaccio.
A aquisição, segundo Borin, inicialmente envolveu também Vanuê Faria, sobrinho do controlador do Grupo Petrópolis Valter Faria, que, de acordo com o delator, teve cerca de 50 milhões de dólares nas contas que mantinha no AOB bloqueados com a liquidação do banco. Entre o fim de 2011 e 2012, Vanuê vendeu sua participação.
No depoimento, o delator disse que nunca teve contatos com Marcelo Odebrecht ou outros executivos do grupo além dos citados. Borin afirmou que Migliacio e Felipe Montoro, outro representante da Odebrecht, sugeriram no ano passado que ele e os outros sócios no Meinl Bank deixassem o Brasil em razão do avanço da Lava Jato. Segundo o delator, citaram Antígua, Portugal e República Dominicana e chegaram a pedir um plano de gastos com a mudança.
"Que Felipe Montoro e Migliacio tinham uma grande preocupação com os documentos do Meinl Bank, tendo aventado a possibilidade de comprarem o banco e o encerrarem em seguida para 'sumirem' com a documentação", diz trecho do depoimento.
Olívio está preso e é réu na Lava Jato. Luiz Eduardo Soares também cumpre prisão preventiva no Paraná. Ambos respondem por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro na Lava Jato por pagamentos da empreiteira no exterior e em espécie no Brasil para Santana e sua mulher. Migliaccio está preso na Suíça e responde a processo no país europeu.
Procurada, a Odebrecht informou, por meio de sua assessoria, que não iria se pronunciar sobre o depoimento. O advogado Fabio Tofic, que defende Santana, informou que só vai se manifestar sobre o caso perante a Justiça. As defesas de Olívio Rodrigues, de Valter Faria e Vanuê Faria não foram localizadas.
(Com Estadão Conteúdo)
domingo, 19 de junho de 2016
Dados de delação de Sérgio Machado coincidem com doações de empreiteiras, indica jornal
Os valores informados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em sua delação premiada coincidem com o montante que foi pago pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia. Segundo levantamento feito pela Folha de S. Paulo, os números sustentam a fala do delator no caso de pelo menos 14 dos 25 citados no depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato. Machado disse, por exemplo, que o presidente interino Michel Temer pediu, em 2012, R$ 1,5 milhão para a campanha à prefeitura de São Paulo do seu então correligionário Gabriel Chalita.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que a Queiroz Galvão doou R$ 1,5 milhão ao PMDB no dia 28 de setembro daquele ano. No mesmo dia, o partido repassou R$ 1 milhão para Chalita. No dia 2 de outubro, entregou outros R$ 500 mil. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, Felipe Maia (DEM-RN), Francisco Dornelles (PP), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Sarney Filho (PV-MA), Cândido Vacarezza (PT-SP), Luiz Sérgio (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Walter Alves (PMDB-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Agripino Maia (DEM-RN), Ideli Salvatti (PT-SC) e Jorge Bittar (PT-RJ) também receberam valores compatíveis com os citados pelo ex-presidente da Transpetro.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que a Queiroz Galvão doou R$ 1,5 milhão ao PMDB no dia 28 de setembro daquele ano. No mesmo dia, o partido repassou R$ 1 milhão para Chalita. No dia 2 de outubro, entregou outros R$ 500 mil. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, Felipe Maia (DEM-RN), Francisco Dornelles (PP), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Sarney Filho (PV-MA), Cândido Vacarezza (PT-SP), Luiz Sérgio (PT-RJ), Francisco Dornelles (PP-RJ), Walter Alves (PMDB-RN), Garibaldi Alves (PMDB-RN), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Agripino Maia (DEM-RN), Ideli Salvatti (PT-SC) e Jorge Bittar (PT-RJ) também receberam valores compatíveis com os citados pelo ex-presidente da Transpetro.
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