quarta-feira, 6 de julho de 2016
Um gabinete para a primeira-dama
A vinda definitiva de Marcela Temer e Michelzinho para Brasília criou um problema para a equipe de segurança da presidência da República.
Apesar de ser a primeira-dama em exercício, a estrutura que lhe dá apoio ainda é do mesmo tamanho de quando estava em São Paulo como mulher do vice.
A equipe do Planalto está preocupada sobre como serão os deslocamentos dela e de Michelzinho para a escola, além de eventuais passeios por Brasília.
A ideia inicial é colocar pelo menos uma ajudante de ordens para Marcela e formalizar o mais rapidamente possível uma equipe de nível presidência para ela.
Relator defende anulação de votação sobre cassação de Cunha
Dando sequência à série de manobras que continua a impedir um desfecho sobre o processo de cassação contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) acatou parte dos recursos ingressados por Cunha para tentar reverter a aprovação do pedido da perda do mandato por quebra de decoro. A ação tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a última escala antes de o processo ser analisado em plenário. Se o colegiado aprovar o parecer de Fonseca, no entanto, o processo volta para debate no Conselho de Ética.
Na ação, Cunha apontou para uma série de irregularidades na tramitação de seu processo no conselho. O esforço principal do peemedebista era para reverter a votação que pavimentou a aprovação de seu processo de cassação - e foi justamente esse o ponto acatado por Fonseca, considerado aliado do presidente afastado.
Assim como na votação do impeachment de Dilma Rousseff, os membros do Conselho de Ética descartaram o painel eletrônico e votaram em chamada nominal. A medida, para Cunha, provocou um "efeito manada", o que estaria configurado em ação do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que, após, defender a inocência do representado, votou pela sua cassação quando o resultado já se mostrava definido.
No relatório, Fonseca afirma que não há a previsão regimental para que a votação não se desse por meio do painel eletrônico e que tampouco caberia ao presidente do colegiado, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolher a ordem em que se daria a chamada dos deputados.
"Ao meu sentir, a questão da metodologia de votação adotada pelo Conselho de Ética - chamada nominal por bloco e por ordem alfabética - é ilegal, pois contraria frontalmente o que previsto em nosso regimento interno, como já foi demonstrado", afirmou o relator. Ele sustentou também que a mudança no formato de votação representou um "prejuízo enorme" para Cunha motivado pelo efeito cascata.
A decisão de Fonseca, se aprovada pela CCJ, anula a aprovação do pedido de cassação e leva o processo contra Cunha de volta ao Conselho de Ética, quando terá de ser feita uma nova votação. A comissão deve analisar o parecer do relator somente na próxima semana.
Cunha também trabalhava para destituir o relator que sugeriu a cassação do seu mandato, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que defendeu a perda de mandato do presidente afastado alegando que ele mentiu sobre as contas secretas que mantinha fora do país e que recebeu propina no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente afastado da Câmara é réu em duas denúncias no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Fonseca rejeitou o impedimento de Marcos Rogério. O presidente afastado argumentava que ele estaria impedido de continuar à frente do processo por quebra de decoro após ter deixado o PDT e migrado para o DEM, partido que fazia parte do bloco de apoio que chancelou a sua vitória na disputa pela presidência da Câmara. Para o relator, no entanto, a medida não acarretou prejuízo.
O relator também não identificou que houve cerceamento da defesa, conforme alegava Cunha, e negou o questionamento sobre o aditamento de novas provas à denúncia. Fonseca ainda rejeitou a destituição do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que Cunha alegava ser seu "algoz declarado".Fonte:Veja
Na ação, Cunha apontou para uma série de irregularidades na tramitação de seu processo no conselho. O esforço principal do peemedebista era para reverter a votação que pavimentou a aprovação de seu processo de cassação - e foi justamente esse o ponto acatado por Fonseca, considerado aliado do presidente afastado.
Assim como na votação do impeachment de Dilma Rousseff, os membros do Conselho de Ética descartaram o painel eletrônico e votaram em chamada nominal. A medida, para Cunha, provocou um "efeito manada", o que estaria configurado em ação do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que, após, defender a inocência do representado, votou pela sua cassação quando o resultado já se mostrava definido.
No relatório, Fonseca afirma que não há a previsão regimental para que a votação não se desse por meio do painel eletrônico e que tampouco caberia ao presidente do colegiado, o deputado José Carlos Araújo (PR-BA), escolher a ordem em que se daria a chamada dos deputados.
"Ao meu sentir, a questão da metodologia de votação adotada pelo Conselho de Ética - chamada nominal por bloco e por ordem alfabética - é ilegal, pois contraria frontalmente o que previsto em nosso regimento interno, como já foi demonstrado", afirmou o relator. Ele sustentou também que a mudança no formato de votação representou um "prejuízo enorme" para Cunha motivado pelo efeito cascata.
A decisão de Fonseca, se aprovada pela CCJ, anula a aprovação do pedido de cassação e leva o processo contra Cunha de volta ao Conselho de Ética, quando terá de ser feita uma nova votação. A comissão deve analisar o parecer do relator somente na próxima semana.
Cunha também trabalhava para destituir o relator que sugeriu a cassação do seu mandato, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), que defendeu a perda de mandato do presidente afastado alegando que ele mentiu sobre as contas secretas que mantinha fora do país e que recebeu propina no esquema de corrupção da Petrobras. O presidente afastado da Câmara é réu em duas denúncias no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato.
Fonseca rejeitou o impedimento de Marcos Rogério. O presidente afastado argumentava que ele estaria impedido de continuar à frente do processo por quebra de decoro após ter deixado o PDT e migrado para o DEM, partido que fazia parte do bloco de apoio que chancelou a sua vitória na disputa pela presidência da Câmara. Para o relator, no entanto, a medida não acarretou prejuízo.
O relator também não identificou que houve cerceamento da defesa, conforme alegava Cunha, e negou o questionamento sobre o aditamento de novas provas à denúncia. Fonseca ainda rejeitou a destituição do presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), que Cunha alegava ser seu "algoz declarado".Fonte:Veja
terça-feira, 5 de julho de 2016
Carlinhos Cachoeira e empresários presos na Operação Saqueador raspam cabeça na prisão
Os presos da Operação Saqueador, desdobramento da Operação Lava Jato deflagrada na última semana, foram submetidos às regras de identificação de Bangu 8. Carlinho Cachoeira, Fernando Cavendish, Cláudio Abreu e Carlos Augusto Ramos tiveram a cabeça raspada e foram fotografados usando uniforme de presidiário. As fotos foram publicadas no Globo.
Os quatro tiveram prisão preventica em regime fechado conveertida em prisão domiciliar, mas por falta de tornozeleiras eletrônicas, permanecem no presídio. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou no domingo (3) o segundo pedido de habeas corpus impetrado pelas defesas de Cavendish e Cachoeira. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) disse que a situação deve ser normalizada na quinta-feira (7).
"Meu cliente não pode ser penalizado porque o Estado (do Rio) está quebrado se há uma ordem para que ele fique em casa. O entendimento do tribunal é de que, em casos como esse, ele seja solto. Vou despachar com o juiz na segunda e, se for preciso, comprar a tornozeleira", disse Kleber Lopes, advogado de Cachoeira.
Os quatro tiveram prisão preventica em regime fechado conveertida em prisão domiciliar, mas por falta de tornozeleiras eletrônicas, permanecem no presídio. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região negou no domingo (3) o segundo pedido de habeas corpus impetrado pelas defesas de Cavendish e Cachoeira. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) disse que a situação deve ser normalizada na quinta-feira (7).
"Meu cliente não pode ser penalizado porque o Estado (do Rio) está quebrado se há uma ordem para que ele fique em casa. O entendimento do tribunal é de que, em casos como esse, ele seja solto. Vou despachar com o juiz na segunda e, se for preciso, comprar a tornozeleira", disse Kleber Lopes, advogado de Cachoeira.
Edson Celulari agradece apoio após diagnóstico de câncer
O ator Edson Celulari, 58 anos, usou seu perfil no Instagram para agradecer o apoio dos fãs desde que anunciou que estava passando por um tratamento para linfoma não-Hodgkin. O câncer é o mesmo que acometeu o ator Reynaldo Gianecchini, a presidente afastada Dilma Rousseff e Luiz Fernando Pezão, governador licenciado do Rio de Janeiro.
"Muito obrigado a todos que oraram, torceram e pediram por mim. A manifestação de vocês foi emocionante e está me fortalecendo. A luta continua, e a vitória, cada dia mais próxima. #TodoCarinhoSeráBemVindo #ForçaCelulari"
O ator contou sobre a doença em meados de junho. "Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem... coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin. Foi um susto, mas estou bem e ao lado de pessoas amadas. A equipe médica é competente e experiente.
Estou confiante e pensando positivo. Com determinação e fé, sairei desde tratamento ainda mais forte. Todo carinho será bem vindo", dizia Celulari em nota enviada à imprensa e publicada em seu Instagram.
O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer raro e mais incidente em pessoas acima dos 60 anos de idade. Seu tratamento pode incluir sessões de quimioterapia e radioterapia.
"Muito obrigado a todos que oraram, torceram e pediram por mim. A manifestação de vocês foi emocionante e está me fortalecendo. A luta continua, e a vitória, cada dia mais próxima. #TodoCarinhoSeráBemVindo #ForçaCelulari"
O ator contou sobre a doença em meados de junho. "Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem... coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin. Foi um susto, mas estou bem e ao lado de pessoas amadas. A equipe médica é competente e experiente.
Estou confiante e pensando positivo. Com determinação e fé, sairei desde tratamento ainda mais forte. Todo carinho será bem vindo", dizia Celulari em nota enviada à imprensa e publicada em seu Instagram.
O linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer raro e mais incidente em pessoas acima dos 60 anos de idade. Seu tratamento pode incluir sessões de quimioterapia e radioterapia.
Luiza Brunet rebate acusações do ex: ‘Informações levianas’
Para se defender das acusações de espancamento feitas pela modelo Luiza Brunet, seu ex-namorado, o empresário Lírio Parisotto, afirmou que ela costuma ser violenta e já chegou a agredi-lo em um passeio de barco no ano passado. Nesse episódio, em um dia diferente do narrado por Brunet, Parisotto teria parado em um hospital, onde precisou levar dez pontos. Ao saber da declaração do ex, a atriz de Velho Chico rebateu as acusações. Em nota, liberada na segunda-feira, Luiza afirmou que "repudia, com veemência, recentes afirmações levianas que tentam distorcer fatos e apresentar como culpada quem sempre foi vítima".
Na mesma nota, Luiza Brunet disse que confia no trabalho de investigação do Ministério Público sobre o caso e que entregou documentos comprobatórios e laudos médicos, tendo como base a lei Maria da Penha, às autoridades. "Luiza sente por expor publicamente fatos da sua vida particular, mas o fez em nome das milhares de mulheres que, como ela, foram vítimas de agressões por parte de seus companheiros", diz o comunicado oficial da atriz.
Recorde o caso - Na última sexta-feira, em entrevista ao jornal O Globo, Luiza afirma que procurou o Ministério Público após ter sido espancada por Parisotto em meio a uma crise de ciúmes, no apartamento do empresário em Nova York, na madrugada de 21 de maio. Ele teria desferido um soco e pontapés contra a ex-modelo, que teria acabado com quatro costelas quebradas.
Neste domingo, Luiza divulgou uma foto no Fantástico em que aparece com um hematoma no rosto, que seria consequência dos golpes desferidos pelo ex. "Tive medo de denunciar, tive vergonha. Infelizmente, ainda vivemos na cultura de que a vítima é que é a culpada de alguma forma", disse a modelo em nota enviada ao programa. Ela preferiu não gravar entrevista para o dominical.
Lírio Parisotto é presidente da Videolar Innova, empresa que atua na área de derivados de petróleo. Um dos homens mais ricos do mundo, possui uma fortuna estimada pela Forbes em cerca de 4 bilhões de reais. O empresário se defendeu das acusações e disse que uma versão distorcida dos fatos foi revelada. Ele afirma que foi agredido por ela numa viagem de barco, com a presença de testemunhas. O episódio teria terminado com o Parisotto ferido e levando pontos em um hospital. O Ministério Público do Estado de São Paulo emitiu uma medida preventiva que proíbe o ex de se aproximar de Luiza Brunet.Fonte:Veja
Na mesma nota, Luiza Brunet disse que confia no trabalho de investigação do Ministério Público sobre o caso e que entregou documentos comprobatórios e laudos médicos, tendo como base a lei Maria da Penha, às autoridades. "Luiza sente por expor publicamente fatos da sua vida particular, mas o fez em nome das milhares de mulheres que, como ela, foram vítimas de agressões por parte de seus companheiros", diz o comunicado oficial da atriz.
Recorde o caso - Na última sexta-feira, em entrevista ao jornal O Globo, Luiza afirma que procurou o Ministério Público após ter sido espancada por Parisotto em meio a uma crise de ciúmes, no apartamento do empresário em Nova York, na madrugada de 21 de maio. Ele teria desferido um soco e pontapés contra a ex-modelo, que teria acabado com quatro costelas quebradas.
Neste domingo, Luiza divulgou uma foto no Fantástico em que aparece com um hematoma no rosto, que seria consequência dos golpes desferidos pelo ex. "Tive medo de denunciar, tive vergonha. Infelizmente, ainda vivemos na cultura de que a vítima é que é a culpada de alguma forma", disse a modelo em nota enviada ao programa. Ela preferiu não gravar entrevista para o dominical.
Lírio Parisotto é presidente da Videolar Innova, empresa que atua na área de derivados de petróleo. Um dos homens mais ricos do mundo, possui uma fortuna estimada pela Forbes em cerca de 4 bilhões de reais. O empresário se defendeu das acusações e disse que uma versão distorcida dos fatos foi revelada. Ele afirma que foi agredido por ela numa viagem de barco, com a presença de testemunhas. O episódio teria terminado com o Parisotto ferido e levando pontos em um hospital. O Ministério Público do Estado de São Paulo emitiu uma medida preventiva que proíbe o ex de se aproximar de Luiza Brunet.Fonte:Veja
segunda-feira, 4 de julho de 2016
Salvador é capital recordista em traição no Brasil; homens são mais infiéis
Os homens brasileiros traem mais do que as mulheres, e os soteropolitanos estão em primeiro lugar nessa lista, segundo dados da pesquisa Mosaico 2.0, elaborada pelo Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Entre homens e mulheres, 45,8% da população de Salvador admitem infidelidade nos relacionamentos, o que torna a capital baiana recordista.
A média nacional de traição entre homens e mulheres é de 40,5%. "O baiano tem uma forma mais livre de pensar sobre esse aspecto, mais descontraída. O clima da Bahia, a proximidade da praia e uma série de outros elementos vão levar a um contato físico menos reprimido. Tudo isso leva a uma maior valorização do sexo e também a uma maior liberdade em termos de possibilidades de atividades sexuais", afirmou a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex, em entrevista ao site G1.
Em todo o Brasil, 50,5% dos homens admitem terem traído, contra 30,2% das mulheres. Foram entrevistadas, no estudo, 3 mil pessoas em sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal. São Paulo é a capital com menor porcentagem de infiéis: 33,8%. Os entrevistados para o estudo tinham entre 18 e 70 anos, com média de 35,5 anos. A faixa etária que mais admite traição tem entre 41 e 50 anos.Fonte:Bahia Noticias
A média nacional de traição entre homens e mulheres é de 40,5%. "O baiano tem uma forma mais livre de pensar sobre esse aspecto, mais descontraída. O clima da Bahia, a proximidade da praia e uma série de outros elementos vão levar a um contato físico menos reprimido. Tudo isso leva a uma maior valorização do sexo e também a uma maior liberdade em termos de possibilidades de atividades sexuais", afirmou a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do ProSex, em entrevista ao site G1.
Em todo o Brasil, 50,5% dos homens admitem terem traído, contra 30,2% das mulheres. Foram entrevistadas, no estudo, 3 mil pessoas em sete regiões metropolitanas do país: São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Belém, Porto Alegre e Distrito Federal. São Paulo é a capital com menor porcentagem de infiéis: 33,8%. Os entrevistados para o estudo tinham entre 18 e 70 anos, com média de 35,5 anos. A faixa etária que mais admite traição tem entre 41 e 50 anos.Fonte:Bahia Noticias
Guto Ferreira aprova intertemporada em Porto Seguro: 'Tentativa de um resgate'
Apesar da intertemporada em Porto Seguro ainda não estar confirmada pela diretoria do Esporte Clube Bahia, a ideia é vista com bons olhos pelo técnico Guto Ferreira. Durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (4), o comandante tricolor, que completou uma semana no tricolor, elencou os fatores que poderiam atrapalhar o grupo caso o período de dez dias fosse em Salvador, e afirmou que este processo pode acelerar a adaptação do grupo.
"É um tempo importante, sim. Na realidade, é a tentativa de um resgate. Se você ficasse aqui [em Salvador], existiria o tempo todo o retorno para casa, trânsito, alimentação, quando passa a ser em casa, não é controlada. Existe a necessidade de intensificar determinadas situações de treinamento, de executar mais blocos de treinamento.A gente poderia esperar os 20 dias da parada, mas nesse momento estamos chegando.
Quanto mais acelerarmos processos e adaptações, a gente poderá aproveitar da melhor maneira possível os próximos blocos de treinamento, para que a gente esteja em uma condição melhor", afirmou. Depois de enfrentar o Vila Nova nesta terça-feira (5), o Esquadrão volta a jogar no dia 15 de julho, contra o Sampaio Corrêa, pela 16ª rodada da competição.Fonte:Bahia Noticias
"É um tempo importante, sim. Na realidade, é a tentativa de um resgate. Se você ficasse aqui [em Salvador], existiria o tempo todo o retorno para casa, trânsito, alimentação, quando passa a ser em casa, não é controlada. Existe a necessidade de intensificar determinadas situações de treinamento, de executar mais blocos de treinamento.A gente poderia esperar os 20 dias da parada, mas nesse momento estamos chegando.
Quanto mais acelerarmos processos e adaptações, a gente poderá aproveitar da melhor maneira possível os próximos blocos de treinamento, para que a gente esteja em uma condição melhor", afirmou. Depois de enfrentar o Vila Nova nesta terça-feira (5), o Esquadrão volta a jogar no dia 15 de julho, contra o Sampaio Corrêa, pela 16ª rodada da competição.Fonte:Bahia Noticias
É normal se levantar muitas vezes para ir ao banheiro à noite?
Quase todos nos levantamos de vez em quando à noite para urinar. O hábito - conhecido como nictúria - não é uma doença, mas pode ser um sintoma de que algo não vai bem no organismo.
"O normal é não acordar"
Mateo Hevia, especialista em urologia do hospital da Universidade de Navarra, na Espanha
Um terço dos adultos se levanta uma vez por noite para urinar.
"Frequentemente isso não se traduz em nada grave, mas pode ser necessário marcar uma consulta com o urologista", disse Maniel Esteban, membro da Sociedade Espanhola de Urologia e chefe do serviço dessa especialidade no Hospital de Paraplégicos de Toledo.
A razão de reduzirmos as visitas ao banheiro à noite é o hormônio antidiurético, que diminui a produção de urina do organismo.
"É um hormônio produzido no hipotálamo e que faz com que a água que chega ao rim seja reabsorvida, em vez de produzir urina", afirma Esteban.
A partir de certa idade as visitas ao banheiro começam a ser mais frequentes. Dos 70 anos em diante, é comum urinar até duas vezes por noite.
Mas essa necessidade pode começar antes e uma das causas pode ser problemas no sono. Nesse caso, ir ao banheiro é apenas uma consequência de estar acordado por outros motivos.
"Se estou nervoso ou preocupado e me levanto, então aproveito para ir ao banheiro", exemplificou Esteban.
Outra razão é a ingestão abundante de líquidos antes de dormir.
Bebidas com cafeína, como café, refrigerantes, chá e até chocolate podem irritar a bexiga e mudar o padrão do sono. O mesmo acontece com o álcool.
Por isso, se urinar de noite afeta a qualidade do sono, os médicos recomendam reduzir o consumo de líquidos horas antes de dormir.
Outras causas frequentes da nictúria são:
Mudanças hormonais: Com a idade, a produção do hormônio antidiurético é menor, por isso aumenta a produção de urina.
Problemas de próstata: A próstata frequentemente aumenta com a idade. Se isso acontecer, a próstata pode pressionar a uretra e evitar que a bexiga se esvaze adequadamente - o que aumenta a necessidade de urinar.
Incontinência ou bexiga hiperativa: Isso acontece quando há uma necessidade urgente de urinar - que, por vezes, a pessoa nem consegue segurar. Os médicos não sabem exatamente por que isso acontece, mas a necessidade começa a aparecer em mulheres de meia idade.
Infecção no trato urinário ou pedras na bexiga: A irritação pode aumentar a frequência com que se urina.
Problemas de coração, diabetes ou outras doenças: Se não temos boa circulação ou nosso coração não funciona de forma eficiente, nosso corpo tende a acumular mais fluidos que o necessário. Essa absorção acontece melhor quando estamos dormindo. O líquido passa através da corrente sanguínea e depois é eliminado pelos rins por meio da urina. Por isso, a retenção de líquidos aumenta a necessidade de urinar à noite.
Todos esses problemas tendem a ser mais frequentes em idades avançadas, apesar de haver casos em jovens, especialmente casos de bexiga hiperativa. Mas se o problema se tornar recorrente ou incômodo é recomendável procurar um especialista.
Hevia recomenda ainda conselhos "higiênico-dietéticos": beber menos líquidos a partir das 19h e reduzir a ingestão de café, chá e álcool se a nictúria tiver virado um problema.Fonte:Uol
"O normal é não acordar"
Mateo Hevia, especialista em urologia do hospital da Universidade de Navarra, na Espanha
Um terço dos adultos se levanta uma vez por noite para urinar.
"Frequentemente isso não se traduz em nada grave, mas pode ser necessário marcar uma consulta com o urologista", disse Maniel Esteban, membro da Sociedade Espanhola de Urologia e chefe do serviço dessa especialidade no Hospital de Paraplégicos de Toledo.
A razão de reduzirmos as visitas ao banheiro à noite é o hormônio antidiurético, que diminui a produção de urina do organismo.
"É um hormônio produzido no hipotálamo e que faz com que a água que chega ao rim seja reabsorvida, em vez de produzir urina", afirma Esteban.
A partir de certa idade as visitas ao banheiro começam a ser mais frequentes. Dos 70 anos em diante, é comum urinar até duas vezes por noite.
Mas essa necessidade pode começar antes e uma das causas pode ser problemas no sono. Nesse caso, ir ao banheiro é apenas uma consequência de estar acordado por outros motivos.
"Se estou nervoso ou preocupado e me levanto, então aproveito para ir ao banheiro", exemplificou Esteban.
Outra razão é a ingestão abundante de líquidos antes de dormir.
Bebidas com cafeína, como café, refrigerantes, chá e até chocolate podem irritar a bexiga e mudar o padrão do sono. O mesmo acontece com o álcool.
Por isso, se urinar de noite afeta a qualidade do sono, os médicos recomendam reduzir o consumo de líquidos horas antes de dormir.
Outras causas frequentes da nictúria são:
Mudanças hormonais: Com a idade, a produção do hormônio antidiurético é menor, por isso aumenta a produção de urina.
Problemas de próstata: A próstata frequentemente aumenta com a idade. Se isso acontecer, a próstata pode pressionar a uretra e evitar que a bexiga se esvaze adequadamente - o que aumenta a necessidade de urinar.
Incontinência ou bexiga hiperativa: Isso acontece quando há uma necessidade urgente de urinar - que, por vezes, a pessoa nem consegue segurar. Os médicos não sabem exatamente por que isso acontece, mas a necessidade começa a aparecer em mulheres de meia idade.
Infecção no trato urinário ou pedras na bexiga: A irritação pode aumentar a frequência com que se urina.
Problemas de coração, diabetes ou outras doenças: Se não temos boa circulação ou nosso coração não funciona de forma eficiente, nosso corpo tende a acumular mais fluidos que o necessário. Essa absorção acontece melhor quando estamos dormindo. O líquido passa através da corrente sanguínea e depois é eliminado pelos rins por meio da urina. Por isso, a retenção de líquidos aumenta a necessidade de urinar à noite.
Todos esses problemas tendem a ser mais frequentes em idades avançadas, apesar de haver casos em jovens, especialmente casos de bexiga hiperativa. Mas se o problema se tornar recorrente ou incômodo é recomendável procurar um especialista.
Hevia recomenda ainda conselhos "higiênico-dietéticos": beber menos líquidos a partir das 19h e reduzir a ingestão de café, chá e álcool se a nictúria tiver virado um problema.Fonte:Uol
Mulher é internada após ser lambida por cachorro na boca
Você deveria pensar duas vezes antes de “beijar” seu cachorro ou seu gato. Uma britânica de 70 anos precisou ser internada após ser lambida na boca pelo cão de estimação. De acordo com o relato publicado recentemente na revista científica BMJ, a idosa desenvolveu uma grave infecção causada pela bactéria Capnocytophaga canimorsus, presente na boca de cães e gatos.
Segundo James Wilson, do hospital da Universidade College London, na Inglaterra, os médicos não encontraram arranhões ou mordidas – formas comuns da infecção -, mas a paciente relatou ter recebido lambidas de seu cachorro. “Meios ocultos de aquisição demonstram que graves zoonoses podem ocorrer mesmo com ausência de mordidas e arranhões óbvios e devem ser consideradas em casos de infecção severa em donos de animais de estimação”, concluiu Wilson. Leia também:
Mordidas de gato podem ser fatais — e não é por causa da raiva
Cuidado: seu pet pode transmitir infecções O caso — A idosa foi encontrada por paramédicos desacordada dentro de casa e encaminhada ao hospital. Inicialmente, os médicos pensaram que ela tinha convulsionado, já que tinha histórico de epilepsia. Ao chegar no hospital, ficou constatado que ela estava com hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue) e hipercaliemia (alta concentração de potássio no sangue). Como todos os outros indicadores estavam normais, a internação foi pedida para investigação dos motivos das alterações. No entanto, após quatro dias no hospital, seu estado de saúde piorou. A paciente apresentou confusão mental, dor de cabeça, diarreia, calafrio e febre de 39ºC.Fonte:Veja
Segundo James Wilson, do hospital da Universidade College London, na Inglaterra, os médicos não encontraram arranhões ou mordidas – formas comuns da infecção -, mas a paciente relatou ter recebido lambidas de seu cachorro. “Meios ocultos de aquisição demonstram que graves zoonoses podem ocorrer mesmo com ausência de mordidas e arranhões óbvios e devem ser consideradas em casos de infecção severa em donos de animais de estimação”, concluiu Wilson. Leia também:
Mordidas de gato podem ser fatais — e não é por causa da raiva
Cuidado: seu pet pode transmitir infecções O caso — A idosa foi encontrada por paramédicos desacordada dentro de casa e encaminhada ao hospital. Inicialmente, os médicos pensaram que ela tinha convulsionado, já que tinha histórico de epilepsia. Ao chegar no hospital, ficou constatado que ela estava com hiponatremia (baixa concentração de sódio no sangue) e hipercaliemia (alta concentração de potássio no sangue). Como todos os outros indicadores estavam normais, a internação foi pedida para investigação dos motivos das alterações. No entanto, após quatro dias no hospital, seu estado de saúde piorou. A paciente apresentou confusão mental, dor de cabeça, diarreia, calafrio e febre de 39ºC.Fonte:Veja
Moro defende prisões preventivas para combater corrupção sistêmica
O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, fez uma defesa aberta da decretação de prisões preventivas nos despachos que embasam a Operação Abismo, deflagrada nesta segunda-feira, e disse que uma das possíveis causas da enxurrada de escândalos de corrupção é a falta de medidas duras para coibir os crimes, entre as quais a própria detenção de suspeitos.
"Embora o Judiciário seja o guardião das liberdades fundamentais, também tem o dever de proteger vítimas de crimes, indivíduos e toda a sociedade, da reiteração delitiva", disse o magistrado, que citou como exemplo os casos dos ex-deputados José Dirceu e Pedro Corrêa, que continuaram a receber propinas do esquema da Petrobras mesmo sendo julgados no escândalo do mensalão.
Os dois acabaram condenados por Moro no petrolão. "A corrupção sistêmica é produto de uma prática criminosa serial e não um ato isolado no tempo e espaço. Não raramente os casos de corrupção descobertos constituem apenas uma amostragem de atividades criminosas muito mais extensas", disse ele para, em seguida, afirmar que o Judiciário tem o dever de proteger a sociedade da prática de crimes.
"Embora o Judiciário seja o guardião das liberdades fundamentais, também tem o dever de proteger vítimas de crimes, indivíduos e toda a sociedade, da reiteração delitiva, máxime em um quadro, em cognição sumária, grave de corrupção sistêmica. É possível, aliás, afirmar que uma das causas prováveis do agravamento e da proliferação de práticas corruptas entre nós tenha sido a falta de tomada, como regra geral, de medidas mais sérias para preveni-las, entre elas a prisão preventiva, quando presentes boas provas de autoria e materialidade de condutas criminais graves, para impedir reiteração criminosa", afirmou Sergio Moro.
Na 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Abismo e deflagrada nesta segunda-feira, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira foi alvo de um mandado de prisão preventiva. Ele já estava preso por causa das suspeitas de outro escândalo, o de cobrança de propina em empréstimos consignados, investigado na Operação Custo Brasil.
Foram alvo de mandados de prisões temporárias os executivos Genésio Schiavinato Júnior (Construbase), Edison Freire Coutinho (Grupo Schahin), Erasto Messias da Silva Júnior (Construcap) e Roberto Ribeiro Capobianco (Construcap). Foram ainda expedidos mandados de condução coercitiva contra Walter Torre Júnior, Francisco Geraldo Caçador, Raimundo Grandini de Souza Lima, Daniel Pereira de Oliveira, José Antônio Marsílio Schuwarz e Eduardo Ribeiro Capobiano.Fonte:Veja
"Embora o Judiciário seja o guardião das liberdades fundamentais, também tem o dever de proteger vítimas de crimes, indivíduos e toda a sociedade, da reiteração delitiva", disse o magistrado, que citou como exemplo os casos dos ex-deputados José Dirceu e Pedro Corrêa, que continuaram a receber propinas do esquema da Petrobras mesmo sendo julgados no escândalo do mensalão.
Os dois acabaram condenados por Moro no petrolão. "A corrupção sistêmica é produto de uma prática criminosa serial e não um ato isolado no tempo e espaço. Não raramente os casos de corrupção descobertos constituem apenas uma amostragem de atividades criminosas muito mais extensas", disse ele para, em seguida, afirmar que o Judiciário tem o dever de proteger a sociedade da prática de crimes.
"Embora o Judiciário seja o guardião das liberdades fundamentais, também tem o dever de proteger vítimas de crimes, indivíduos e toda a sociedade, da reiteração delitiva, máxime em um quadro, em cognição sumária, grave de corrupção sistêmica. É possível, aliás, afirmar que uma das causas prováveis do agravamento e da proliferação de práticas corruptas entre nós tenha sido a falta de tomada, como regra geral, de medidas mais sérias para preveni-las, entre elas a prisão preventiva, quando presentes boas provas de autoria e materialidade de condutas criminais graves, para impedir reiteração criminosa", afirmou Sergio Moro.
Na 31ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Abismo e deflagrada nesta segunda-feira, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira foi alvo de um mandado de prisão preventiva. Ele já estava preso por causa das suspeitas de outro escândalo, o de cobrança de propina em empréstimos consignados, investigado na Operação Custo Brasil.
Foram alvo de mandados de prisões temporárias os executivos Genésio Schiavinato Júnior (Construbase), Edison Freire Coutinho (Grupo Schahin), Erasto Messias da Silva Júnior (Construcap) e Roberto Ribeiro Capobianco (Construcap). Foram ainda expedidos mandados de condução coercitiva contra Walter Torre Júnior, Francisco Geraldo Caçador, Raimundo Grandini de Souza Lima, Daniel Pereira de Oliveira, José Antônio Marsílio Schuwarz e Eduardo Ribeiro Capobiano.Fonte:Veja
Madrinha de bateria, cantor e filhos de ex-tesoureiro do PT receberam dinheiro de propina, diz MP
As investigações da Operação Abismo, deflagrada nesta segunda-feira e que corresponde à 31ª fase da Lava Jato, apontam que o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira utilizou uma madrinha de bateria, um cantor de escola de samba e seus próprios filhos como destinatários de dinheiro sujo de um esquema que movimentou mais de 39 milhões de reais em propina. Amigos de Ferreira na escola de samba Estado Maior da Restinga, agremiação da zona sul de Porto Alegre, receberam depósitos de dinheiro que, diz o Ministério Público, foram recolhidos a partir de propina cobrada de empreiteiras que participavam de obras no Centro de Pesquisas da Petrobras.
Segundo o ex-vereador Alexandre Romano, que fechou acordo de delação premiada e já havia incriminado o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, seu escritório de advocacia repassou cheques e fez transferências bancárias para pessoas ligadas à Estado Maior da Restinga. Entre elas, Viviane da Silva Rodrigues, contato do ex-tesoureiro do PT no samba e madrinha de bateria da agremiação. Conhecido como Chambinho, Romano apresentou documentos bancários para comprovar o dinheiro enviado a Viviane: foram 18 repasses entre 2010 e 2012, totalizando quase 62.000 reais. Para a escola de samba foram outros 45.000 reais.
O cantor Sandro Ferraz, ligado à escola de samba, também recebeu dinheiro sujo de Chambinho, por orientação de Paulo Ferreira, assim como a antiga secretária do ex-tesoureiro, Silvânia Gomes, que era lotada no gabinete do então senador Tião Viana (PT-AC), mas na verdade trabalhava diretamente com o ex-secretário de Finanças do partido. Também camuflaram propina a mando de Ferreira o blogueiro Júlio Garcia, responsável por produzir notícias favoráveis ao PT, e os próprios filhos do ex-tesoureiro Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira. "Há comprovação de cheques nominais a Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira, identificados pelo colaborador [Alexandre Romano] como filhos de Paulo Ferreira", diz o Ministério Público.
A avalanche de provas contra Paulo Ferreira, sucessor do notório Delúbio Soares no caixa do PT, foi providenciada na maior parte por Chambinho, que se tornou delator da Lava Jato e, por consequência, uma ameaça constante aos segredos guardados pelo partido. No esquema de pagamento de propinas, Alexandre Romano contou que, a partir de 2009, começou a contabilizar, por meio de seu escritório de advocacia, "dívidas" que Paulo Ferreira ou o PT tinham a receber. Para disfarçar a origem criminosa do dinheiro - nada mais do que propina recolhida de empresas que participavam de disputas na Petrobras - Chambinho providenciava contratos superfaturados ou simulados com empresas indicadas pelo ex-tesoureiro.
Na transação, os valores eram depositados na conta do escritório de advocacia Oliveira Romano Sociedade de Advogados ou de uma empresa controlada por ele. Depois, o dinheiro passava para a conta de Nathalie Romano, esposa do delator, e ao final, a propina chegava a Paulo Ferreira ou a pessoas indicadas por ele, como a madrinha de bateria e o cantor da Estado Maior da Restinga. Chambinho ficava com 40% de "taxa de serviço" se tivesse de simular contratos superfaturados e 30% se precisasse apenas simular negócios para lavar o dinheiro da propina.
Moro decreta bloqueio de bens de ex-tesoureiro: 'Nada pior para a democracia que político desonesto'
Em sua delação premiada, Romano deu exemplos de como o dinheiro era dividido. Em um contrato de 200.000 simulado com a Schahin em 2010, a título de atuação na recuperação de créditos de PIS e Cofins, não houve prestação de serviços. A Paulo Ferreira couberam, assim, 70% do valor, enquanto o operador ficou com 30%.
A outra modalidade de serviço espúrio prestado por Chambinho a Paulo Ferreira se deu com a Ferreira Guedes, uma empresa do grupo Construcap. De acordo com o delator, em três contratos firmados em 2010, cujo valor total foi de 700.000 reais, "foi prevista a emissão de pareceres, para dar consistência aos repasses de valores da Ferreira Guedes para o escritório Oliveira Romano". A divisão foi, neste caso, de 60% para o ex-tesoureiro do PT e 40% para ele.
O advogado também intermediou a quitação de outra "dívida" da Construbase com o petista em 2010. Chambinho recebeu 50.000 reais da empreiteira e os repassou a duas empresas indicadas por Ferreira, a Briefing Consultoria, Comunicação e Eventos e a RDA Consultoria, Comunicação e Eventos. Romano diz não saber, no entanto, se Ricardo D'Ávila, o responsável pelas empresas, era credor de Paulo Ferreira ou se entregou os valores ao ex-tesoureiro do PT.
Vínculo detalhado - "O colaborador trouxe uma série de documentos que comprovam as transferências bancárias e pagamentos que efetuou a pedido de Paulo Ferreira, detalhando ainda o vínculo entre os recebedores e o ex-tesoureiro", disse o Ministério Público ao pedir a prisão preventiva de Paulo Ferreira na Operação Abismo.
"Paulo Adalberto Alves Ferreira figurou como destinatário de vantagens indevidas oriundas de contratos públicos na esfera federal, notadamente na Petrobras, e provavelmente como representante do Partido dos Trabalhadores na negociação de propinas, havendo contundente demonstração de que recebeu, por intermédio de operações de lavagem, valores das empresas Construbase, Schahin e Construcap, integrantes do Consórcio Novo Cenpes", disse o MP.
"Há suficiente demonstração, tanto oral quanto documental, dos repasses efetuados pelas integrantes do Consórcio Novo Cenpes aos funcionários corrompidos Barusco e Duque [Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e Renato Duque, ex-diretor da petroleira], bem como de alguns dos mecanismos utilizados por essas mesmas empresas para a "geração" do dinheiro em espécie usado para os pagamentos indevidos. Nesse sentido, tratando-se de contrato vinculado à Diretoria de Serviços da estatal, foram encontradas evidências de que uma parte da propina foi entregue ao Partido dos Trabalhadores, por intermédio de Paulo Adalberto Alves Ferreira", conclui.Fonte:Veja
Segundo o ex-vereador Alexandre Romano, que fechou acordo de delação premiada e já havia incriminado o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, seu escritório de advocacia repassou cheques e fez transferências bancárias para pessoas ligadas à Estado Maior da Restinga. Entre elas, Viviane da Silva Rodrigues, contato do ex-tesoureiro do PT no samba e madrinha de bateria da agremiação. Conhecido como Chambinho, Romano apresentou documentos bancários para comprovar o dinheiro enviado a Viviane: foram 18 repasses entre 2010 e 2012, totalizando quase 62.000 reais. Para a escola de samba foram outros 45.000 reais.
O cantor Sandro Ferraz, ligado à escola de samba, também recebeu dinheiro sujo de Chambinho, por orientação de Paulo Ferreira, assim como a antiga secretária do ex-tesoureiro, Silvânia Gomes, que era lotada no gabinete do então senador Tião Viana (PT-AC), mas na verdade trabalhava diretamente com o ex-secretário de Finanças do partido. Também camuflaram propina a mando de Ferreira o blogueiro Júlio Garcia, responsável por produzir notícias favoráveis ao PT, e os próprios filhos do ex-tesoureiro Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira. "Há comprovação de cheques nominais a Ana Paula Ferreira e Jonas Ferreira, identificados pelo colaborador [Alexandre Romano] como filhos de Paulo Ferreira", diz o Ministério Público.
A avalanche de provas contra Paulo Ferreira, sucessor do notório Delúbio Soares no caixa do PT, foi providenciada na maior parte por Chambinho, que se tornou delator da Lava Jato e, por consequência, uma ameaça constante aos segredos guardados pelo partido. No esquema de pagamento de propinas, Alexandre Romano contou que, a partir de 2009, começou a contabilizar, por meio de seu escritório de advocacia, "dívidas" que Paulo Ferreira ou o PT tinham a receber. Para disfarçar a origem criminosa do dinheiro - nada mais do que propina recolhida de empresas que participavam de disputas na Petrobras - Chambinho providenciava contratos superfaturados ou simulados com empresas indicadas pelo ex-tesoureiro.
Na transação, os valores eram depositados na conta do escritório de advocacia Oliveira Romano Sociedade de Advogados ou de uma empresa controlada por ele. Depois, o dinheiro passava para a conta de Nathalie Romano, esposa do delator, e ao final, a propina chegava a Paulo Ferreira ou a pessoas indicadas por ele, como a madrinha de bateria e o cantor da Estado Maior da Restinga. Chambinho ficava com 40% de "taxa de serviço" se tivesse de simular contratos superfaturados e 30% se precisasse apenas simular negócios para lavar o dinheiro da propina.
Moro decreta bloqueio de bens de ex-tesoureiro: 'Nada pior para a democracia que político desonesto'
Em sua delação premiada, Romano deu exemplos de como o dinheiro era dividido. Em um contrato de 200.000 simulado com a Schahin em 2010, a título de atuação na recuperação de créditos de PIS e Cofins, não houve prestação de serviços. A Paulo Ferreira couberam, assim, 70% do valor, enquanto o operador ficou com 30%.
A outra modalidade de serviço espúrio prestado por Chambinho a Paulo Ferreira se deu com a Ferreira Guedes, uma empresa do grupo Construcap. De acordo com o delator, em três contratos firmados em 2010, cujo valor total foi de 700.000 reais, "foi prevista a emissão de pareceres, para dar consistência aos repasses de valores da Ferreira Guedes para o escritório Oliveira Romano". A divisão foi, neste caso, de 60% para o ex-tesoureiro do PT e 40% para ele.
O advogado também intermediou a quitação de outra "dívida" da Construbase com o petista em 2010. Chambinho recebeu 50.000 reais da empreiteira e os repassou a duas empresas indicadas por Ferreira, a Briefing Consultoria, Comunicação e Eventos e a RDA Consultoria, Comunicação e Eventos. Romano diz não saber, no entanto, se Ricardo D'Ávila, o responsável pelas empresas, era credor de Paulo Ferreira ou se entregou os valores ao ex-tesoureiro do PT.
Vínculo detalhado - "O colaborador trouxe uma série de documentos que comprovam as transferências bancárias e pagamentos que efetuou a pedido de Paulo Ferreira, detalhando ainda o vínculo entre os recebedores e o ex-tesoureiro", disse o Ministério Público ao pedir a prisão preventiva de Paulo Ferreira na Operação Abismo.
"Paulo Adalberto Alves Ferreira figurou como destinatário de vantagens indevidas oriundas de contratos públicos na esfera federal, notadamente na Petrobras, e provavelmente como representante do Partido dos Trabalhadores na negociação de propinas, havendo contundente demonstração de que recebeu, por intermédio de operações de lavagem, valores das empresas Construbase, Schahin e Construcap, integrantes do Consórcio Novo Cenpes", disse o MP.
"Há suficiente demonstração, tanto oral quanto documental, dos repasses efetuados pelas integrantes do Consórcio Novo Cenpes aos funcionários corrompidos Barusco e Duque [Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, e Renato Duque, ex-diretor da petroleira], bem como de alguns dos mecanismos utilizados por essas mesmas empresas para a "geração" do dinheiro em espécie usado para os pagamentos indevidos. Nesse sentido, tratando-se de contrato vinculado à Diretoria de Serviços da estatal, foram encontradas evidências de que uma parte da propina foi entregue ao Partido dos Trabalhadores, por intermédio de Paulo Adalberto Alves Ferreira", conclui.Fonte:Veja
Osni Cardoso:"Mais uma ação de mobilidade urbana e cidadania realizada pela Prefeitura de Serrinha"
Osni:Neste sábado (02), foi realizada a ligação em definitivo de um dos semáforos mais solicitados pela população serrinhense. Semáforo este, instalado na BR 116, nas proximidades do posto Guanabara, cruzamento com a Avenida Valdete Carneiro.
Os semáforos do ponto de Araci e de Barrocas estão passando por testes, para na segunda-feira (04) serem ligados definitivamente.
Mais uma ação de mobilidade urbana e cidadania realizada pela Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Administração e Coordenação de Trânsito, com total apoio do Deputado Gika Lopes.Fonte:Prefeito Osni Cardoso
Os semáforos do ponto de Araci e de Barrocas estão passando por testes, para na segunda-feira (04) serem ligados definitivamente.
Mais uma ação de mobilidade urbana e cidadania realizada pela Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Administração e Coordenação de Trânsito, com total apoio do Deputado Gika Lopes.Fonte:Prefeito Osni Cardoso
Rui anuncia novos leitos de UTI em todo o estado e programa de cirurgias eletivas
O governador Rui Costa anunciou nesta segunda-feira (4), durante a inauguração da nova UTI do Hospital Santo Antônio, anunciou novos leitos intensivos em todo o estado a partir do segundo semestre(Foto-Serrinha). “Além desses dez leitos de Irmã Dulce, nós abrimos recentemente dez leitos no hospital de Eunápolis, e agora em junho vou abrir mais dez em Eunápolis, de UTI infantil”, afirmou. Os dez novos leitos inaugurados nesta segunda dobram a capacidade da Uti da unidade – durante a cerimônia, a presidente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, aproveitou para solicitar outros 20 leitos.
Outras inaugurações estão previstas para este ano, incluindo 20 leitos de UTI em Brumado, sendo 10 para pacientes adultos e 10 infantil. ‘Nós vamos abrir também o HGE 2 que também vamos ter 20 novos leitos de UTI, e ano que vem nós vamos ter um número ainda muito maior, porque vamos inaugurar o hospital de Seabra; o novo hospital da Costa do Cacau, em Ilhéus, com leitos de UTI também. Vamos inaugurar também, eu diria, que a duplicação do Hospital Prado Valadares, em Jequié, onde nós teremos também leitos de UTI. Portanto vamos ampliar bastante as condições no estado da Bahia de cirurgias de alta complexidade, porque essas cirurgias precisam do leito de UTI”, enumera Rui.
O governador também anunciou o início de um programa de cirurgias eletivas que está sendo iniciado. “Nós estamos iniciando um programa, diria que audacioso, de cirurgias eletivas, com meta para algumas cirurgias nós conseguirmos um prazo de em doze meses zerarmos a fila na Bahia. Então para isso vamos usar os hospitais do Estado no interior, vamos utilizar os hospitais municipais, e eventualmente alguns hospitais filantrópicos”, elenca.Fonte:Bahia Noticias
Outras inaugurações estão previstas para este ano, incluindo 20 leitos de UTI em Brumado, sendo 10 para pacientes adultos e 10 infantil. ‘Nós vamos abrir também o HGE 2 que também vamos ter 20 novos leitos de UTI, e ano que vem nós vamos ter um número ainda muito maior, porque vamos inaugurar o hospital de Seabra; o novo hospital da Costa do Cacau, em Ilhéus, com leitos de UTI também. Vamos inaugurar também, eu diria, que a duplicação do Hospital Prado Valadares, em Jequié, onde nós teremos também leitos de UTI. Portanto vamos ampliar bastante as condições no estado da Bahia de cirurgias de alta complexidade, porque essas cirurgias precisam do leito de UTI”, enumera Rui.
O governador também anunciou o início de um programa de cirurgias eletivas que está sendo iniciado. “Nós estamos iniciando um programa, diria que audacioso, de cirurgias eletivas, com meta para algumas cirurgias nós conseguirmos um prazo de em doze meses zerarmos a fila na Bahia. Então para isso vamos usar os hospitais do Estado no interior, vamos utilizar os hospitais municipais, e eventualmente alguns hospitais filantrópicos”, elenca.Fonte:Bahia Noticias
Rui questiona custeio da saúde pública e dispensa discussão política em solenidade
Presente na inauguração da nova UTI do Hospital Santo Antônio, na qual foram investidos R$ 20 milhões do governo do Estado, o governador Rui Costa questionou o financiamento da saúde pública no país. Os atuais volumes de recurso não são suficientes para viabilizar uma rápida expansão da oferta de serviço de alta complexidade como esse aqui, que são muito caros.
E portanto é preciso que do mesmo jeito que os estados estão fazendo, que a Bahia está fazendo, que o governo federal viabilize novas fontes de recurso ou reorganize seu orçamento para viabilizar o apoio e o financiamento desse tipo de equipamento”, afirmou Rui, que agradeceu a ajuda constante da bancada baiana na Câmara dos Deputados. O governador aponta que a discussão sobre o subfinanciamento da saúde já é alvo de discussão pelos chefes dos Executivos estaduais antes mesmo de serem empossados.
"Desde novembro de 2014, antes mesmo de assumir, os governadores do Nordeste devem ter nesses 18, 20 meses, soltado aí umas 9 ou 10 cartas com pontos ao governo federal. E nessas cartas, um ponto foi unânime: o item do subfinanciamento da saúde. Ou seja, é o grito dos governadores, a quem cabe, dentro do pacto federativo, o funcionamento dos hospitais de alta complexidade no país, e portanto a pressão de quem precisa realizar as cirurgias e procedimentos de alto custo, e não tem recurso para tanto".
Rui ainda destacou que a cerimônia não tinha caráter político, em menção também as discussões sobre as eleições municipais, que sempre tem vindo à tona em suas aparições públicas. “Se isso significar críticas de aliados pela ausência da política, eu me sinto realizado como ser humano concentrando minhas energias para melhorar a saúde do Estado, para melhorar a educação, para o povo viver melhor. Para isso que o povo me elegeu, me colocou.
A quem cabe coordenar as eleições municipais são os presidentes de partidos, políticos, e o governador continuará dialogando sobre política mas priorizando ações como essa”.Fonte:Bahia Noticias
E portanto é preciso que do mesmo jeito que os estados estão fazendo, que a Bahia está fazendo, que o governo federal viabilize novas fontes de recurso ou reorganize seu orçamento para viabilizar o apoio e o financiamento desse tipo de equipamento”, afirmou Rui, que agradeceu a ajuda constante da bancada baiana na Câmara dos Deputados. O governador aponta que a discussão sobre o subfinanciamento da saúde já é alvo de discussão pelos chefes dos Executivos estaduais antes mesmo de serem empossados.
"Desde novembro de 2014, antes mesmo de assumir, os governadores do Nordeste devem ter nesses 18, 20 meses, soltado aí umas 9 ou 10 cartas com pontos ao governo federal. E nessas cartas, um ponto foi unânime: o item do subfinanciamento da saúde. Ou seja, é o grito dos governadores, a quem cabe, dentro do pacto federativo, o funcionamento dos hospitais de alta complexidade no país, e portanto a pressão de quem precisa realizar as cirurgias e procedimentos de alto custo, e não tem recurso para tanto".
Rui ainda destacou que a cerimônia não tinha caráter político, em menção também as discussões sobre as eleições municipais, que sempre tem vindo à tona em suas aparições públicas. “Se isso significar críticas de aliados pela ausência da política, eu me sinto realizado como ser humano concentrando minhas energias para melhorar a saúde do Estado, para melhorar a educação, para o povo viver melhor. Para isso que o povo me elegeu, me colocou.
A quem cabe coordenar as eleições municipais são os presidentes de partidos, políticos, e o governador continuará dialogando sobre política mas priorizando ações como essa”.Fonte:Bahia Noticias
Eleitores com deficiência podem informar juiz sobre restrições até esta segunda
O eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida que solicitado transferência para a seção eleitoral especial tem até esta segunda-feira (4) para comunicar ao juiz eleitoral suas restrições e necessidades. A comunicação deverá ser feita por escrito, para que a Justiça Eleitoral busque providenciar as adaptações adequadas para garantir que ele vote nas eleições de outubro. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê o atendimento para o público com necessidades especiais, com garantia de locais de votação com fácil acesso e estacionamento próximo, além da possibilidade da pessoa ser acompanhada por alguém de sua confiança na hora de votar – direito que não precisa, necessariamente, ter sido requerido ao juiz eleitoral. Quase 700 mil eleitores são registrados com algum tipo de deficiência, sendo que mais de 130 mil estão no exterior. Para atende-los, a Justiça Eleitoral possui urnas eletrônicas com teclado em braile, sistema de áudio e recursos especiais para deficientes visuais.Fonte:Bahia Noticias
Como é que Cunha aguenta? Onde ele põe a vergonha?
Fico cá me perguntando de onde vem a resiliência do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Eu me espanto que, em público, ele não se mostre nem mesmo abatido. Por mais, digamos, frio que o sujeito seja, em algum momento, notam-se esgares de um esmorecer. Nele, nunca! Parece infatigável e inatingível. E olhem que a sua biografia passou a persegui-lo de forma contundente.
Por que digo isso? Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, afirmou em sua delação premiada que teve reuniões semanais com Cunha durante quatro anos para tratar de um esquema de propina envolvendo o FI-FGTS e que o parlamentar embolsou 80% dos recursos desviados desse fundo.
A delação de Cleto deu origem à operação Sépsis, deflagrada nesta sexta. Os encontros com Cunha, segundo o delator, teriam ocorrido no apartamento funcional do peemedebista e depois na residência oficial da Presidência da Câmara, quando ele assumiu o comando da Casa, em fevereiro de 2015.
Cleto relatou que uma empresa de Eike Batista pagou propina a ele próprio e a Cunha para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS. Cleto chegou ao alto escalão da Caixa por indicação de Cunha. Segundo ele mesmo, em contrapartida, tinha de passar informações privilegiadas ao parlamentar referentes às empresas que pleiteavam recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos ligado ao banco estatal.
De acordo com Cleto, Cunha extorquia essas empresas e partilhava a propina com ele e com Lúcio Funaro. Numa dessas divisões, em 2012, o então vice da Caixa se desentendeu com o suposto operador de Eduardo Cunha. Funaro, então, “ameaçou colocar fogo na casa de Cleto, com os filhos dentro”, conforme trecho da delação.
Nova denúncia
Pois é… E o Ministério Público Federal ofereceu outra denúncia contra Cunha por esse seu suposto envolvimento com um esquema de corrupção na Caixa. A acusação também tem como alvo Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo; Funaro; seu assessor, Alexandre Margotto, além de Cleto. Esta é a terceira denúncia contra Cunha na Lava Jato.
Mas não é só isso. Com a cara mais limpa do mundo, nega as acusações todas, sugere uma espécie de conspiração, como a não entender por que, afinal, ele está na lista de praticamente todos os delatores. Alguns deles nem tinham vínculos entre si. É claro que o que vai agora não é direito, mas apenas perplexidade: por que tantos se ocupariam de acusar um inocente?
Convenham: mesmo quando o sujeito é um profissional, algum constrangimento sobrevém. Não a Cunha. Ele parece entender que tudo isso é parte do jogo. Na sua cabeça, é muito provável, são ossos a serem deglutidos pelo ofício. Vive uma realidade que não tem como perdurar.
Cunha poder ser julgado primeiro por seus pares em razão do processo por quebra de decoro. Vamos ver o que vai dizer a CCJ. Tem tudo para ser cassado. Se isso não acontecer, é certo que, pelo crivo do Supremo, ele não passa.Fonte:Reinaldo Azevedo
Por que digo isso? Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, afirmou em sua delação premiada que teve reuniões semanais com Cunha durante quatro anos para tratar de um esquema de propina envolvendo o FI-FGTS e que o parlamentar embolsou 80% dos recursos desviados desse fundo.
A delação de Cleto deu origem à operação Sépsis, deflagrada nesta sexta. Os encontros com Cunha, segundo o delator, teriam ocorrido no apartamento funcional do peemedebista e depois na residência oficial da Presidência da Câmara, quando ele assumiu o comando da Casa, em fevereiro de 2015.
Cleto relatou que uma empresa de Eike Batista pagou propina a ele próprio e a Cunha para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS. Cleto chegou ao alto escalão da Caixa por indicação de Cunha. Segundo ele mesmo, em contrapartida, tinha de passar informações privilegiadas ao parlamentar referentes às empresas que pleiteavam recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos ligado ao banco estatal.
De acordo com Cleto, Cunha extorquia essas empresas e partilhava a propina com ele e com Lúcio Funaro. Numa dessas divisões, em 2012, o então vice da Caixa se desentendeu com o suposto operador de Eduardo Cunha. Funaro, então, “ameaçou colocar fogo na casa de Cleto, com os filhos dentro”, conforme trecho da delação.
Nova denúncia
Pois é… E o Ministério Público Federal ofereceu outra denúncia contra Cunha por esse seu suposto envolvimento com um esquema de corrupção na Caixa. A acusação também tem como alvo Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo; Funaro; seu assessor, Alexandre Margotto, além de Cleto. Esta é a terceira denúncia contra Cunha na Lava Jato.
Mas não é só isso. Com a cara mais limpa do mundo, nega as acusações todas, sugere uma espécie de conspiração, como a não entender por que, afinal, ele está na lista de praticamente todos os delatores. Alguns deles nem tinham vínculos entre si. É claro que o que vai agora não é direito, mas apenas perplexidade: por que tantos se ocupariam de acusar um inocente?
Convenham: mesmo quando o sujeito é um profissional, algum constrangimento sobrevém. Não a Cunha. Ele parece entender que tudo isso é parte do jogo. Na sua cabeça, é muito provável, são ossos a serem deglutidos pelo ofício. Vive uma realidade que não tem como perdurar.
Cunha poder ser julgado primeiro por seus pares em razão do processo por quebra de decoro. Vamos ver o que vai dizer a CCJ. Tem tudo para ser cassado. Se isso não acontecer, é certo que, pelo crivo do Supremo, ele não passa.Fonte:Reinaldo Azevedo
PF deflagra nova fase da Lava Jato e mira ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a 31ª fase da Operação Lava Jato. Batizada de Abismo, ela tem como um dos alvos o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que foi preso recentemente na Operação Custo Brasil e ainda estava detido. Ao todo, estão sendo cumpridos 35 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, um de preventiva, a de Paulo Ferreira, 23 de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva. O esquema movimentou mais de 39 milhões de reais em propina.
A nova fase tem como foco de investigação fraudes e o pagamento de vantagens em licitação no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, o nome Abismo faz referência à tecnologia de exploração de gás e petróleo em águas profundas. "Esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público", disse a corporação. O esquema de cobrança de propina em obras do Cenpes já havia sido detalhado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator da Lava Jato.
"O povo brasileiro já não aguenta mais agentes políticos que flertam, namoram ou mesmo se casam com a corrupção. É preciso que as duas principais causas da corrupção descobertas na Lava Jato, as falhas do sistema político e a impunidade, sejam atacadas", disse o procurador da República Roberson Pozzobon.
Segundo os investigadores, em 2007, a OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia saíram vitoriosas na disputa fraudulenta do Cenpes, tendo abocanhado um contrato de 848,98 milhões de reais. Acordos de leniência fechados com empresas investigadas na Lava Lato e depoimentos de delação premiada de executivos da Carioca Engenharia detalharam o esquema: depois de as empreiteiras terem acertado os termos do cartel para fraudar a licitação no Cenpes, a empresa WTorre Engenharia e Construção S/A (WTorre), que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior, colocando em risco o esquema criminoso.
Foi então que as companhias combinaram propina de 18 milhões de reais para retirar a WTorre do certame. Além de repasses de dinheiro sujo para a diretoria de Serviços da Petrobras, feudo do PT à época comandado por Renato Duque, foram identificadas propinas, entre 2007 e 2012, para diversos agentes: 16 milhões de reais para o operador Adir Assad, alvo recente da Operação Custo Brasil, 3 milhões para Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, 711.000 dólares para o operador Mario Goes, responsável por gerir propinas da Andrade Gutierrez e também delator da Lava Jato, e 1 milhão de reais para o ex-vereador Alexandre Romano, delator que colocou o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann na mira dos investigadores do petrolão.
Nas delações premiadas da Lava Jato, Alexandre Romano, conhecido como Chaminho, confessou que repassou propina para Paulo Ferreira por meio de contratos falsos. Segundo o delator, as empresas Oliveira Romano Sociedade de Advogados, Link Consultoria Empresarial e Avant Investimentos e Participação Ltda. foram utilizadas para receber mais de 1 milhão de reais em propina de construtoras que participavam da concorrência no Cenpes. O dinheiro, então, foi enviado a Paulo Ferreira e a destinatários indicados por ele, como familiares, blogs com linha editorial favorável ao PT e até uma escola de samba.
Custo Brasil - Embora na última semana o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha determinado a soltura da maior parte dos alvos da Operação Custo Brasil, entre os quais o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, sob a alegação de que a detenção do petista foi um "flagrante constrangimento ilegal", Paulo Ferreira permaneceu preso porque o juiz Paulo Bueno de Azevedo considerou que ele poderia atrapalhar as investigações se fosse colocado em liberdade.
"Três operações da última semana, Saqueador, Custo Brasil e a de hoje, são ramos de uma mesma árvore. Juntas formam um ícone da recente articulação da Justiça que começa a cercar em diversas frentes de investigação megaesquemas criminosos de desvio de dinheiro público que se interconectam. É expressão disso o fato de que há alvos em comum entre Lava Jato e as demais, como Adir Assad, no caso da Saqueador, e Paulo Ferreira, na Custo Brasil", afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol.Fonte:Veja
A nova fase tem como foco de investigação fraudes e o pagamento de vantagens em licitação no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, o nome Abismo faz referência à tecnologia de exploração de gás e petróleo em águas profundas. "Esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público", disse a corporação. O esquema de cobrança de propina em obras do Cenpes já havia sido detalhado pelo ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, delator da Lava Jato.
"O povo brasileiro já não aguenta mais agentes políticos que flertam, namoram ou mesmo se casam com a corrupção. É preciso que as duas principais causas da corrupção descobertas na Lava Jato, as falhas do sistema político e a impunidade, sejam atacadas", disse o procurador da República Roberson Pozzobon.
Segundo os investigadores, em 2007, a OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia saíram vitoriosas na disputa fraudulenta do Cenpes, tendo abocanhado um contrato de 848,98 milhões de reais. Acordos de leniência fechados com empresas investigadas na Lava Lato e depoimentos de delação premiada de executivos da Carioca Engenharia detalharam o esquema: depois de as empreiteiras terem acertado os termos do cartel para fraudar a licitação no Cenpes, a empresa WTorre Engenharia e Construção S/A (WTorre), que não havia participado dos ajustes, apresentou proposta de preço inferior, colocando em risco o esquema criminoso.
Foi então que as companhias combinaram propina de 18 milhões de reais para retirar a WTorre do certame. Além de repasses de dinheiro sujo para a diretoria de Serviços da Petrobras, feudo do PT à época comandado por Renato Duque, foram identificadas propinas, entre 2007 e 2012, para diversos agentes: 16 milhões de reais para o operador Adir Assad, alvo recente da Operação Custo Brasil, 3 milhões para Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, 711.000 dólares para o operador Mario Goes, responsável por gerir propinas da Andrade Gutierrez e também delator da Lava Jato, e 1 milhão de reais para o ex-vereador Alexandre Romano, delator que colocou o casal de petistas Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann na mira dos investigadores do petrolão.
Nas delações premiadas da Lava Jato, Alexandre Romano, conhecido como Chaminho, confessou que repassou propina para Paulo Ferreira por meio de contratos falsos. Segundo o delator, as empresas Oliveira Romano Sociedade de Advogados, Link Consultoria Empresarial e Avant Investimentos e Participação Ltda. foram utilizadas para receber mais de 1 milhão de reais em propina de construtoras que participavam da concorrência no Cenpes. O dinheiro, então, foi enviado a Paulo Ferreira e a destinatários indicados por ele, como familiares, blogs com linha editorial favorável ao PT e até uma escola de samba.
Custo Brasil - Embora na última semana o ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha determinado a soltura da maior parte dos alvos da Operação Custo Brasil, entre os quais o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, sob a alegação de que a detenção do petista foi um "flagrante constrangimento ilegal", Paulo Ferreira permaneceu preso porque o juiz Paulo Bueno de Azevedo considerou que ele poderia atrapalhar as investigações se fosse colocado em liberdade.
"Três operações da última semana, Saqueador, Custo Brasil e a de hoje, são ramos de uma mesma árvore. Juntas formam um ícone da recente articulação da Justiça que começa a cercar em diversas frentes de investigação megaesquemas criminosos de desvio de dinheiro público que se interconectam. É expressão disso o fato de que há alvos em comum entre Lava Jato e as demais, como Adir Assad, no caso da Saqueador, e Paulo Ferreira, na Custo Brasil", afirmou o coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol.Fonte:Veja
domingo, 3 de julho de 2016
Viana volta a comentar sobre Escudero e Rhayner: ‘Negociações demoradas’
Depois do empate em 2 a 2 com o Cruzeiro na manhã deste domingo (3), o presidente do Vitória, Raimundo Viana, voltou a comentar sobre as negociações em relação aos atletas Escudero e Rhayner, que interessam ao Leão da Barra para a continuidade do Campeonato Brasileiro 2016. Segundo o mandatário rubro-negro, as conversas não parecem estar próximas de um desfecho imediato, apesar do caso do atacante estar mais próximo de um desfecho que o do meia argentino.
“São negociações dolorosas, demoradas e inquietantes. Tem muito torcedor, dirigente que diz para encerrar logo isso. Mas não é bem assim. Estamos vendo se puxando daqui e dali dá certo. Mas o que está mais próximo é o Rhayner”, afirmou o dirigente em entrevista à Rádio Metrópole FM. Apesar de maior otimismo em relação a Rhayner, o caso do atacante também não tem uma resolução imediata e segue indefinido.
“Não diria que está no Vitória não. Você sabe como é o Futebol. Só se bate o martelo quando está assinado. Por enquanto o que tem é desenvolvimento de entendimentos. Está muito mais pra lá do que pra cá”, completou o dirigente.
O Leão espera negociar um empréstimo do meia argentino com o Puebla do México. No caso de Rhayner, que defende a Ponte Preta, existe também a possibilidade de que o atacante venha por empréstimo, já que seus direitos estão vinculados ao Tombense de Minas Gerais.Fonte:Bahia Noticias
“São negociações dolorosas, demoradas e inquietantes. Tem muito torcedor, dirigente que diz para encerrar logo isso. Mas não é bem assim. Estamos vendo se puxando daqui e dali dá certo. Mas o que está mais próximo é o Rhayner”, afirmou o dirigente em entrevista à Rádio Metrópole FM. Apesar de maior otimismo em relação a Rhayner, o caso do atacante também não tem uma resolução imediata e segue indefinido.
“Não diria que está no Vitória não. Você sabe como é o Futebol. Só se bate o martelo quando está assinado. Por enquanto o que tem é desenvolvimento de entendimentos. Está muito mais pra lá do que pra cá”, completou o dirigente.
O Leão espera negociar um empréstimo do meia argentino com o Puebla do México. No caso de Rhayner, que defende a Ponte Preta, existe também a possibilidade de que o atacante venha por empréstimo, já que seus direitos estão vinculados ao Tombense de Minas Gerais.Fonte:Bahia Noticias
'Não me incomoda minimamente ser chamado de golpista'
O presidente interino da República, Michel Temer, afirmou em entrevista à edição de VEJA desta semana que a Operação Lava Jato não vai abalar o seu governo e que a economia dará sinais de melhora após a definição do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Temer também falou sobre a troca no comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e seu desejo de escrever um novo livro. Leia trechos da entrevista.
"SABOTAGEM" NO GOVERNO E O CASO EBC
"Eles (os petistas) ficaram 13, 14 anos no governo. Têm muita gente nos vários setores da administração. Eu sei até que de vez em quando alguns pretendem trabalhar contra, mas como eu criei no primeiro escalão uma equipe muito sólida, acho que não têm obtido sucesso. Mas há, por exemplo, o caso da Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), que parece que tem 2 500 funcionários, e aquela televisão, "traço zero". Lá, houve uma resistência. É que lá deu-se um mandato dez dias antes da saída da senhora presidente. Nós tivemos de mudar um pouco isso, porque, convenhamos, comunicação é tudo no governo. Mas pleiteou-se uma medida judicial. Então, na Comunicação nós não temos, digamos assim, muito apoio."
SER CHAMADO DE "GOLPISTA"
"Não me incomoda minimamente. Mas acho que dizer isso reflete uma ignorância política extraordinária, além de produzir uma agressão institucional igualmente extraordinária. O artigo 79 da Constituição diz que o vice presidente deve substituir o presidente nas suas ausências ou impedimentos. Eu tenho legitimidade constitucional! Depois, quando começou essa questão do impeachment, eu, percebendo que o vice é sempre o principal suspeito, fui para são Paulo. Fiquei lá três semanas. Alguns me procuraram lá, claro, é natural. Mas depois eu soube de uma reunião que fizeram aqui no Palácio dizendo que a ideia era desconstruir a figura do vice-presidente tanto no plano institucional quando no plano pessoal. Daí, eu achei demais. Pensei: "Não posso mais ficar em silêncio". Então, na semana que antecedeu a votação da Câmara, eu vim para cá. E veio aquele resultado, 367 votos."
A LITERATURA E O ROMANCE QUE QUER ESCREVER
"Eu morava numa cidade pequena, onde não havia livrarias, mas tinha uma professora de português que estimulava muito os alunos à leitura. Ela dizia: "Michelzinho, vá à biblioteca da prefeitura, pegue um livro, fique dez dias com ele, pegue outro". Foi assim que eu eu li Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo. Dos 13 aos 16 anos, li toda a obra deles. Quando entrei na faculdade, me formei e fiz doutoramento, escrevi livros técnicos, mas sempre quis escrever algo que fosse meu (...). Agora, se Deus quiser, meu segundo livro será um romance. Eu tenho tudo na cabeça. O dia em que eu parar, vou escrever um romance. Não será uma biografia, mas terá elementos pessoais. Você sabe que todo primeiro livro que você escreve na vida é sempre fruto de suas experiências desde a infância. Eu me recordo de coisas de quando eu tinha dois anos de idade, tenho a memória muito viva dos fatos. Todo escritor coloca em seu primeiro livro muito de sua experiência pessoal. Veja "Bom dia, Tristeza", de Françoise Sagan. Tinha muito da experiência pessoal dela. O segundo já era diferente. Assim também foi com Vargas Lhosa, Gabriel Garcia Marquez e muitos outros."
QUEM É O CORONEL JOÃO BATISTA LIMA FILHO
"É meu amigo. Vou contar a história: fui secretário de Segurança no governo Franco Montoro e, quando cheguei lá, não tinha a menor ideia do que era era o setor. No meu gabinete, havia uma equipe de policiais militares e civis e um deles era o João Batista Lima Filho. O outro era o Julio Bono Neto, que se ligou muito a mim também. Os dois me ampararam muito naquele período. E quando eu fui candidato a deputado federal, o Lima e o Bono praticamente articularam toda a minha campanha. Mas, a essa altura, o Lima já era sócio de um escritório de arquitetura, ele era arquiteto também. E depois, em toda campanha, ele vinha coordenar, ele e o Julio Bono. E ficou muito próximo, muito meu amigo. Prosperou no trabalho, logo se aposentou na PM e desenvolveu os trabalhos de arquitetura dele. Você está dizendo isso por causa de uma declaração de um sujeito que disse que deu não sei quanto a ele, não é? (em abril, a revista Época publicou que um dos donos da Engevix afirmou numa proposta de delação premiada que Temer teria recebido, por intermédio do coronel Lima, 1 milhão de reais em propina por um contrato fechado entre a empreiteira e a Eletronuclear). Muito bem, fui verificar com ele o que era isso. Ele prestou um serviço para uma empresa, ele tem uns calhamaços lá de serviço prestado, houve uma contratação dele para fazer esse serviço, e por este serviço foi paga aquela importância, que, aliás, não era 1 milhão, era um 1 100 milhão. Foi pago pelo serviço. Uma das revistas foi à empresa e a empresa confirmou: "Sim, contratatamos o serviço e pagamos". Foram a ele e ele disse: "Está aqui o serviço"."Fonte:Veja
"SABOTAGEM" NO GOVERNO E O CASO EBC
"Eles (os petistas) ficaram 13, 14 anos no governo. Têm muita gente nos vários setores da administração. Eu sei até que de vez em quando alguns pretendem trabalhar contra, mas como eu criei no primeiro escalão uma equipe muito sólida, acho que não têm obtido sucesso. Mas há, por exemplo, o caso da Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), que parece que tem 2 500 funcionários, e aquela televisão, "traço zero". Lá, houve uma resistência. É que lá deu-se um mandato dez dias antes da saída da senhora presidente. Nós tivemos de mudar um pouco isso, porque, convenhamos, comunicação é tudo no governo. Mas pleiteou-se uma medida judicial. Então, na Comunicação nós não temos, digamos assim, muito apoio."
SER CHAMADO DE "GOLPISTA"
"Não me incomoda minimamente. Mas acho que dizer isso reflete uma ignorância política extraordinária, além de produzir uma agressão institucional igualmente extraordinária. O artigo 79 da Constituição diz que o vice presidente deve substituir o presidente nas suas ausências ou impedimentos. Eu tenho legitimidade constitucional! Depois, quando começou essa questão do impeachment, eu, percebendo que o vice é sempre o principal suspeito, fui para são Paulo. Fiquei lá três semanas. Alguns me procuraram lá, claro, é natural. Mas depois eu soube de uma reunião que fizeram aqui no Palácio dizendo que a ideia era desconstruir a figura do vice-presidente tanto no plano institucional quando no plano pessoal. Daí, eu achei demais. Pensei: "Não posso mais ficar em silêncio". Então, na semana que antecedeu a votação da Câmara, eu vim para cá. E veio aquele resultado, 367 votos."
A LITERATURA E O ROMANCE QUE QUER ESCREVER
"Eu morava numa cidade pequena, onde não havia livrarias, mas tinha uma professora de português que estimulava muito os alunos à leitura. Ela dizia: "Michelzinho, vá à biblioteca da prefeitura, pegue um livro, fique dez dias com ele, pegue outro". Foi assim que eu eu li Machado de Assis, José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo. Dos 13 aos 16 anos, li toda a obra deles. Quando entrei na faculdade, me formei e fiz doutoramento, escrevi livros técnicos, mas sempre quis escrever algo que fosse meu (...). Agora, se Deus quiser, meu segundo livro será um romance. Eu tenho tudo na cabeça. O dia em que eu parar, vou escrever um romance. Não será uma biografia, mas terá elementos pessoais. Você sabe que todo primeiro livro que você escreve na vida é sempre fruto de suas experiências desde a infância. Eu me recordo de coisas de quando eu tinha dois anos de idade, tenho a memória muito viva dos fatos. Todo escritor coloca em seu primeiro livro muito de sua experiência pessoal. Veja "Bom dia, Tristeza", de Françoise Sagan. Tinha muito da experiência pessoal dela. O segundo já era diferente. Assim também foi com Vargas Lhosa, Gabriel Garcia Marquez e muitos outros."
QUEM É O CORONEL JOÃO BATISTA LIMA FILHO
"É meu amigo. Vou contar a história: fui secretário de Segurança no governo Franco Montoro e, quando cheguei lá, não tinha a menor ideia do que era era o setor. No meu gabinete, havia uma equipe de policiais militares e civis e um deles era o João Batista Lima Filho. O outro era o Julio Bono Neto, que se ligou muito a mim também. Os dois me ampararam muito naquele período. E quando eu fui candidato a deputado federal, o Lima e o Bono praticamente articularam toda a minha campanha. Mas, a essa altura, o Lima já era sócio de um escritório de arquitetura, ele era arquiteto também. E depois, em toda campanha, ele vinha coordenar, ele e o Julio Bono. E ficou muito próximo, muito meu amigo. Prosperou no trabalho, logo se aposentou na PM e desenvolveu os trabalhos de arquitetura dele. Você está dizendo isso por causa de uma declaração de um sujeito que disse que deu não sei quanto a ele, não é? (em abril, a revista Época publicou que um dos donos da Engevix afirmou numa proposta de delação premiada que Temer teria recebido, por intermédio do coronel Lima, 1 milhão de reais em propina por um contrato fechado entre a empreiteira e a Eletronuclear). Muito bem, fui verificar com ele o que era isso. Ele prestou um serviço para uma empresa, ele tem uns calhamaços lá de serviço prestado, houve uma contratação dele para fazer esse serviço, e por este serviço foi paga aquela importância, que, aliás, não era 1 milhão, era um 1 100 milhão. Foi pago pelo serviço. Uma das revistas foi à empresa e a empresa confirmou: "Sim, contratatamos o serviço e pagamos". Foram a ele e ele disse: "Está aqui o serviço"."Fonte:Veja
Fraude à Lei Rouanet: danem-se as criancinhas
O argumento da "democratização do acesso à cultura" sempre foi um abre-te, sésamo para produtoras abocanharem verbas da Lei Rouanet. Mas a Logística Planejamento Cultural foi além. A justificativa que apresentou ao Ministério da Cultura para pedir a aprovação do projeto que levaria 11 000 estudantes de escolas públicas ao teatro é quase um poema: "A arte atravessa. Ela tem o poder de atravessar.
Atravessar universos, histórias, limites, personagens, sentimentos, pessoas. Esse projeto quer mostrar a potência do teatro como elemento de propagação de cultura, despertando a percepção de crianças sobre esse elemento artístico. Queremos que elas atravessem todas as barreiras e entrem no mundo mágico do teatro". Pois o dinheiro captado para apresentar "o mundo mágico do teatro" a crianças carentes acabou usado para pagar despesas de uma festa de casamento para 120 pessoas em Jurerê Internacional, a praia mais badalada de Florianópolis, conhecida como "a Ibiza brasileira". Se algo atravessou limites nesse caso, foi o cinismo.
A Lei Rouanet, criada em 1991, autoriza grupos ou artistas que tenham projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura a captar dinheiro com empresas, que, em troca, ganham o direito de deduzir do imposto de renda parte do valor do patrocínio. Segundo a Polícia Federal, a Logística era uma das onze empresas usadas pelo Grupo Bellini Cultural para desviar dinheiro destinado ao fomento da cultura para o bolso dos seus sócios, entre eles Felipe Vaz Amorim, o noivo de Jurerê, seu irmão, Bruno Vaz Amorim, e seu pai, Antonio Carlos Bellini Amorim, todos presos na semana passada. No casamento de Felipe, o cachê de 13 216 reais pago ao cantor sertanejo Leo Rodriguez, por exemplo, saiu do dinheiro captado pela Logística. Como confirma Lincoln Porto, advogado da empresa que assessora o cantor: "Eles pediram que constasse no corpo da nota fiscal que a despesa se referia ao projeto tal".
O projeto "tal" era o das criancinhas carentes que precisavam conhecer a magia do teatro e chamava-se Minha Cidade. Junto com ele, a Logística apresentou um segundo projeto ao MinC, batizado de Caminhos Sinfônicos (objetivo: organizar apresentações gratuitas de música clássica para mostrar que o gênero "não é um privilégio da elite"). Com a aprovação dos dois projetos, a Logística foi autorizada a captar 1,8 milhão de reais no mercado. A PF não sabe se esse valor foi integralmente usado para bancar as despesas do casamento.
Segundo os investigadores, em vinte anos a Bellini Cultural recebeu autorização para captar 180 milhões de reais por meio de justificativas fajutas encaminhadas ao Ministério da Cultura. A polícia já sabe que boa parte do dinheiro foi usada para contratar artistas conhecidos que se apresentavam a seletos grupos ou em festas de empresas.
Por intermédio da Bellini, e cortesia da Lei Rouanet, um grupo atacadista de alimentos, por exemplo, bancou a apresentação da banda Jota Quest a 4 000 convidados, e um dos escritórios de advocacia mais renomados de São Paulo contou com show do comediante Fábio Porchat em sua festa de aniversário. Segundo o Ministério Público, há cinco anos o MinC foi informado das fraudes cometidas pela Bellini. Mesmo assim, seguiu aprovando os projetos do grupo. Quem fez vista grossa à farra e por que motivo são as perguntas a que o MP e a polícia pretendem responder em breve.Fonte:Veja
Atravessar universos, histórias, limites, personagens, sentimentos, pessoas. Esse projeto quer mostrar a potência do teatro como elemento de propagação de cultura, despertando a percepção de crianças sobre esse elemento artístico. Queremos que elas atravessem todas as barreiras e entrem no mundo mágico do teatro". Pois o dinheiro captado para apresentar "o mundo mágico do teatro" a crianças carentes acabou usado para pagar despesas de uma festa de casamento para 120 pessoas em Jurerê Internacional, a praia mais badalada de Florianópolis, conhecida como "a Ibiza brasileira". Se algo atravessou limites nesse caso, foi o cinismo.
A Lei Rouanet, criada em 1991, autoriza grupos ou artistas que tenham projetos culturais aprovados pelo Ministério da Cultura a captar dinheiro com empresas, que, em troca, ganham o direito de deduzir do imposto de renda parte do valor do patrocínio. Segundo a Polícia Federal, a Logística era uma das onze empresas usadas pelo Grupo Bellini Cultural para desviar dinheiro destinado ao fomento da cultura para o bolso dos seus sócios, entre eles Felipe Vaz Amorim, o noivo de Jurerê, seu irmão, Bruno Vaz Amorim, e seu pai, Antonio Carlos Bellini Amorim, todos presos na semana passada. No casamento de Felipe, o cachê de 13 216 reais pago ao cantor sertanejo Leo Rodriguez, por exemplo, saiu do dinheiro captado pela Logística. Como confirma Lincoln Porto, advogado da empresa que assessora o cantor: "Eles pediram que constasse no corpo da nota fiscal que a despesa se referia ao projeto tal".
O projeto "tal" era o das criancinhas carentes que precisavam conhecer a magia do teatro e chamava-se Minha Cidade. Junto com ele, a Logística apresentou um segundo projeto ao MinC, batizado de Caminhos Sinfônicos (objetivo: organizar apresentações gratuitas de música clássica para mostrar que o gênero "não é um privilégio da elite"). Com a aprovação dos dois projetos, a Logística foi autorizada a captar 1,8 milhão de reais no mercado. A PF não sabe se esse valor foi integralmente usado para bancar as despesas do casamento.
Segundo os investigadores, em vinte anos a Bellini Cultural recebeu autorização para captar 180 milhões de reais por meio de justificativas fajutas encaminhadas ao Ministério da Cultura. A polícia já sabe que boa parte do dinheiro foi usada para contratar artistas conhecidos que se apresentavam a seletos grupos ou em festas de empresas.
Por intermédio da Bellini, e cortesia da Lei Rouanet, um grupo atacadista de alimentos, por exemplo, bancou a apresentação da banda Jota Quest a 4 000 convidados, e um dos escritórios de advocacia mais renomados de São Paulo contou com show do comediante Fábio Porchat em sua festa de aniversário. Segundo o Ministério Público, há cinco anos o MinC foi informado das fraudes cometidas pela Bellini. Mesmo assim, seguiu aprovando os projetos do grupo. Quem fez vista grossa à farra e por que motivo são as perguntas a que o MP e a polícia pretendem responder em breve.Fonte:Veja
Papa Francisco defende igreja 'aberta e compreensiva'
O papa Francisco se distanciou do setor mais conservador da Igreja católica e se pronunciou a favor da abertura em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal argentino La Nación. "Eles fazem seu trabalho e eu faço o meu. Eu quero uma igreja aberta, compreensiva, que acompanhe as famílias feridas", disse o papa ao ser consultado sobre sua relação com os ultraconservadores católicos.
O papa descartou, no entanto, que exista uma posição de confronto: "Eles dizem não a tudo. Eu continuo no meu caminho sem olhar para os lados. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isso. Eu repito: rejeito os conflitos. Os pregos são retirados fazendo pressão para cima. Ou então se deixa que eles fiquem repousando, de lado, para quando chegar a idade da aposentadoria", disse, bem-humorado.
Também se referiu à rejeição de uma doação milionária feita pelo governo argentino à rede mundial Scholas Ocurrentes, promovida pelo papa para a inclusão educacional e a paz, gesto encarado na Argentina como uma discórdia entre Francisco e o presidente Mauricio Macri.
"Esta interpretação é absolutamente incorreta. Continuo acreditando que não temos direito de pedir um peso ao governo argentino quando ele tem tantos problemas sociais para resolver", disse Francisco.
Também negou atritos com o presidente argentino, definido por ele como "uma pessoa nobre". "Não tenho nenhum problema com Macri."
Francisco se reuniu no fim de maio com a presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, uma líder social que foi muito crítica ao Papa quando ele era arcebispo de Buenos Aires, mas que agora o elogia. "Ela pediu perdão e não o neguei. Não nego a ninguém", disse sobre Bonafini.
"É uma mulher que teve os dois filhos mortos, eu me curvo, fico de joelhos diante de semelhante sofrimento. Não importa o que tenha dito de mim. E sei que falou coisas horríveis no passado", afirmou.
Consultado sobre sua relação com membros do governo argentino, admitiu que recebeu alguns funcionários de alto escalão porque são velhos amigos.
"Alguns são velhos amigos que pedem para me ver e eu os recebo com muita alegria", afirmou.
Entre os que tiveram uma audiência com o Papa estão os ministros argentinos de Educação, Esteban Bullrich, de Trabalho, Jorge Triaca, e a chanceler Susana Malcorra, candidata para ocupar a Secretaria Geral das Nações Unidas (ONU).
(Com AFP)
O papa descartou, no entanto, que exista uma posição de confronto: "Eles dizem não a tudo. Eu continuo no meu caminho sem olhar para os lados. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isso. Eu repito: rejeito os conflitos. Os pregos são retirados fazendo pressão para cima. Ou então se deixa que eles fiquem repousando, de lado, para quando chegar a idade da aposentadoria", disse, bem-humorado.
Também se referiu à rejeição de uma doação milionária feita pelo governo argentino à rede mundial Scholas Ocurrentes, promovida pelo papa para a inclusão educacional e a paz, gesto encarado na Argentina como uma discórdia entre Francisco e o presidente Mauricio Macri.
"Esta interpretação é absolutamente incorreta. Continuo acreditando que não temos direito de pedir um peso ao governo argentino quando ele tem tantos problemas sociais para resolver", disse Francisco.
Também negou atritos com o presidente argentino, definido por ele como "uma pessoa nobre". "Não tenho nenhum problema com Macri."
Francisco se reuniu no fim de maio com a presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, uma líder social que foi muito crítica ao Papa quando ele era arcebispo de Buenos Aires, mas que agora o elogia. "Ela pediu perdão e não o neguei. Não nego a ninguém", disse sobre Bonafini.
"É uma mulher que teve os dois filhos mortos, eu me curvo, fico de joelhos diante de semelhante sofrimento. Não importa o que tenha dito de mim. E sei que falou coisas horríveis no passado", afirmou.
Consultado sobre sua relação com membros do governo argentino, admitiu que recebeu alguns funcionários de alto escalão porque são velhos amigos.
"Alguns são velhos amigos que pedem para me ver e eu os recebo com muita alegria", afirmou.
Entre os que tiveram uma audiência com o Papa estão os ministros argentinos de Educação, Esteban Bullrich, de Trabalho, Jorge Triaca, e a chanceler Susana Malcorra, candidata para ocupar a Secretaria Geral das Nações Unidas (ONU).
(Com AFP)
Ataque com caminhão-bomba no Iraque mata 125
O número de mortes em um ataque suicida com caminhão-bomba no centro da capital do Iraque, Bagdá, subiu para pelo menos 125, segundo oficiais de segurança e de saúde do país. Outras 187 pessoas ficaram feridas no atentado. A bomba explodiu pouco depois da meia-noite (madrugada de domingo pelo horário de Brasília) em uma área comercial lotada no distrito central de Karada, de acordo com uma fonte da polícia. Entre os mortos estão pelo menos 15 crianças, 10 mulheres e seis policiais. Pelo menos 12 outras pessoas ainda estão desaparecidas.
O ataque, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, ocorreu na sequência de uma série de vitórias do governo iraquiano contra os extremistas, incluindo a captura de Fallujah.
Karada é uma importante área comercial com lojas de roupas e joias, restaurantes e cafés, e estava lotada de clientes com a proximidade do feriado de Eid al-Fitr, na quarta-feira, que marca o fim do Ramadã. A maioria das vítimas estava dentro de um shopping de vários andares, onde dezenas de pessoas morreram queimadas ou sufocadas, segundo a polícia. Foi o ataque mais violento no Iraque desde julho de 2015.
Tal como ocorreu com muitos ataques anteriores, o Estado Islâmico rapidamente assumiu a responsabilidade pelo atentado em um comunicado publicado online, dizendo ter como alvo muçulmanos xiitas. O comunicado foi postado em um site militante comumente usado por extremistas.
Em outra parte em Bagdá, uma bomba explodiu no bairro de maioria xiita Shaab, matando cinco pessoas e ferindo 16, conforme outro policial. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Os números de vítimas foram confirmados por fontes da área de saúde, que falaram sob condição de anonimato. Tanto os oficiais de segurança quanto os de saúde falaram sob condição de anonimato porque não estão autorizados a falar com a imprensa.
Os ataques em Bagdá ocorrem pouco mais de uma semana depois que as forças iraquianas declararam a cidade de Fallujah "totalmente liberada" do controle do EI.
(Com Estadão Conteúdo e EFE)
O ataque, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, ocorreu na sequência de uma série de vitórias do governo iraquiano contra os extremistas, incluindo a captura de Fallujah.
Karada é uma importante área comercial com lojas de roupas e joias, restaurantes e cafés, e estava lotada de clientes com a proximidade do feriado de Eid al-Fitr, na quarta-feira, que marca o fim do Ramadã. A maioria das vítimas estava dentro de um shopping de vários andares, onde dezenas de pessoas morreram queimadas ou sufocadas, segundo a polícia. Foi o ataque mais violento no Iraque desde julho de 2015.
Tal como ocorreu com muitos ataques anteriores, o Estado Islâmico rapidamente assumiu a responsabilidade pelo atentado em um comunicado publicado online, dizendo ter como alvo muçulmanos xiitas. O comunicado foi postado em um site militante comumente usado por extremistas.
Em outra parte em Bagdá, uma bomba explodiu no bairro de maioria xiita Shaab, matando cinco pessoas e ferindo 16, conforme outro policial. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Os números de vítimas foram confirmados por fontes da área de saúde, que falaram sob condição de anonimato. Tanto os oficiais de segurança quanto os de saúde falaram sob condição de anonimato porque não estão autorizados a falar com a imprensa.
Os ataques em Bagdá ocorrem pouco mais de uma semana depois que as forças iraquianas declararam a cidade de Fallujah "totalmente liberada" do controle do EI.
(Com Estadão Conteúdo e EFE)
sábado, 2 de julho de 2016
Informe - Coordenação de Trânsito de Serrinha
Com o objetivo de promover um Trânsito cada vez melhor, a Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria de Administração e Coordenação de Trânsito, colocou nas ruas nesta quinta feira (30/06), 05 equipes em diferentes frentes de trabalho (sinalização de faixas de pedestre, sinalização para mudança de sentido da Rua Bernardo da Silva e Manoel Novais, sinalização para implantação da Zona Azul, fiscalização e orientação de Trânsito no horário comercial e Encerramento do Curso de Agentes de Trânsito com aulas práticas nas ruas, ao mesmo tempo que deu apoio ao início das festas juninas, em conjunto com a Guarda Municipal e Polícia Militar.
A tempo, comunicamos que a partir de sábado (02/07), iremos alterar o fluxo das vias Manoel Novais sentido praça Luis Nogueira e a Bernardo da Silva será sentido ponto de Araci, salientando que ambas serão via única, bem como o funcionamento dos novos semáforos em fase de teste.
O trabalho responsável no Trânsito dignifica a comunidade como um todo
Prefeitura de Serrinha l Secretaria de Administração
Assessoria de Comunicação
A tempo, comunicamos que a partir de sábado (02/07), iremos alterar o fluxo das vias Manoel Novais sentido praça Luis Nogueira e a Bernardo da Silva será sentido ponto de Araci, salientando que ambas serão via única, bem como o funcionamento dos novos semáforos em fase de teste.
O trabalho responsável no Trânsito dignifica a comunidade como um todo
Prefeitura de Serrinha l Secretaria de Administração
Assessoria de Comunicação
Rui desconversa sobre definição do PT em Salvador e diz que ‘não é dia de falar de eleição’
Apesar da demora do seu partido em decidir quem apoiará para candidato a prefeito de Salvador nas eleições deste ano, o governador da Bahia, Rui Costa, acredita que este sábado (2), dia em que é comemorada a Independência da Bahia, “não é dia de falar de eleição”. “É dia de comemorar o Dois de Julho, a Independência da Bahia, liberdade do povo baiano, reafirmando o desejo da Bahia que essa data seja nacional. Aqui na Bahia se consolidou a Independência do Brasil. O povo baiano, mais uma vez, lota as ruas comemorando esta data de luta na Bahia, mas representa a história do Brasil”, afirmou o governador nas celebrações do Dois de Julho, tergiversando sobre a letargia do PT. No único momento em que tocou no assunto ano eleitoral, Rui disse que “as manifestações de apoio a cada candidato vêm às ruas e isso é bom para a democracia”. Fonte:Bahia Noticias
Justiça proíbe Lírio Parisotto de se aproximar de Luiza Brunet
Acusado pela ex-namorada Luiza Brunet de espancá-la durante uma viagem a Nova York, em maio, o empresário Lírio Parisotto está proibido de se aproximar da ex-modelo. O veto é decorrente de uma medida preventiva obtida na Justiça pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, na última terça-feira.
Luiza, que teve a sua história revelada nesta sexta-feira pela coluna Ancelmo Góis, do jornal O Globo, procurou o MP na semana passada. A atriz fez uma representação ao Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do órgão, na quinta-feira, dia 23, em que diz ter sido vítima de agressão doméstica.
"Em razão dessa representação, o promotor de Justiça Carlos Bruno Gaya da Costa requisitou a realização de exames de corpo de delito e instaurou um procedimento investigatório criminal que está em fase inicial e é protegido por sigilo", diz comunicado do Ministério Público do Estado de São Paulo. "A Justiça deferiu pedido do MP e na última terça-feira decretou medidas protetivas, pelas quais o investigado fica proibido de se aproximar da atriz e de manter contato com ela por qualquer meio."
Luiza Brunet alega ter sido espancada por Lírio Parisotto em meio a uma crise de ciúmes, no apartamento do empresário em Nova York, na madrugada de 21 de maio passado. Ele teria desferido um soco e pontapés contra a ex-modelo, que teria acabado com quatro costelas quebradas.
Luiza, que teve a sua história revelada nesta sexta-feira pela coluna Ancelmo Góis, do jornal O Globo, procurou o MP na semana passada. A atriz fez uma representação ao Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid), do órgão, na quinta-feira, dia 23, em que diz ter sido vítima de agressão doméstica.
"Em razão dessa representação, o promotor de Justiça Carlos Bruno Gaya da Costa requisitou a realização de exames de corpo de delito e instaurou um procedimento investigatório criminal que está em fase inicial e é protegido por sigilo", diz comunicado do Ministério Público do Estado de São Paulo. "A Justiça deferiu pedido do MP e na última terça-feira decretou medidas protetivas, pelas quais o investigado fica proibido de se aproximar da atriz e de manter contato com ela por qualquer meio."
Luiza Brunet alega ter sido espancada por Lírio Parisotto em meio a uma crise de ciúmes, no apartamento do empresário em Nova York, na madrugada de 21 de maio passado. Ele teria desferido um soco e pontapés contra a ex-modelo, que teria acabado com quatro costelas quebradas.
TSE rejeita possibilidade de doação eleitoral por 'vaquinhas virtuais'
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta sexta-feira a possibilidade de doação de pessoas físicas a campanhas eleitorais por meio do sistema de financiamento coletivo da internet, mais conhecido como crowdfunding ou 'vaquinha virtual'. A decisão é uma resposta a uma consulta feita à corte pelos deputados federais Alessandro Molon (Rede-RJ) e Daniel Coelho (PSDB-PE).
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da consulta, afirmou que "essa hipótese não é prevista na legislação de regência da matéria" e concluiu pelo seu "não conhecimento", ou seja, que o caso nem deveria ser analisado pela corte. Os ministros acompanharam por unanimidade o entendimento da relatora, afirmando que o tema deve ser proposto pelo Congresso.
"Esta questão já foi respondida anteriormente em 2014, o relator ministro Henrique Neves, no sentido de que somente podem ser realizadas [doações] por meio de mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação. As questões postas aqui nesta consulta, a nossa assessoria técnica também apontou, não são previstas na legislação de regência da matéria. Então, como a questão já foi aqui debatida, está na lei e não mudou com a legislação do ano passado, eu estou aqui votando no sentido do não conhecimento da consulta", afirmou Maria Thereza, em seu parecer.
Desta forma, seguem proibidas as doações que não forem feitas por meio do canal oficial da campanha dos candidatos. O crowdfunding é um sistema virtual de financiamento que costuma ser usado para patrocinar pequenos negócios, manifestações, trabalhos artísticos, entre outros projetos. As transferências geralmente são feitas para a conta do portal que oferece o serviço e depois são remetidas aos beneficiários.Fonte:Veja
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora da consulta, afirmou que "essa hipótese não é prevista na legislação de regência da matéria" e concluiu pelo seu "não conhecimento", ou seja, que o caso nem deveria ser analisado pela corte. Os ministros acompanharam por unanimidade o entendimento da relatora, afirmando que o tema deve ser proposto pelo Congresso.
"Esta questão já foi respondida anteriormente em 2014, o relator ministro Henrique Neves, no sentido de que somente podem ser realizadas [doações] por meio de mecanismo disponível em sítio do candidato, partido ou coligação. As questões postas aqui nesta consulta, a nossa assessoria técnica também apontou, não são previstas na legislação de regência da matéria. Então, como a questão já foi aqui debatida, está na lei e não mudou com a legislação do ano passado, eu estou aqui votando no sentido do não conhecimento da consulta", afirmou Maria Thereza, em seu parecer.
Desta forma, seguem proibidas as doações que não forem feitas por meio do canal oficial da campanha dos candidatos. O crowdfunding é um sistema virtual de financiamento que costuma ser usado para patrocinar pequenos negócios, manifestações, trabalhos artísticos, entre outros projetos. As transferências geralmente são feitas para a conta do portal que oferece o serviço e depois são remetidas aos beneficiários.Fonte:Veja
Eduardo Cunha ficava com 80% da propina em esquema na Caixa, afirma delator
Considerado delator-bomba capaz de afundar o que resta da vida política do presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fábio Cleto disse em depoimentos ao Ministério Público que o peemedebista embolsava 80% das propinas recolhidas no esquema de corrupção no banco público. O interesse primordial de Cunha era o fundo de investimento do FGTS, o FI-FGTS, que reúne recursos de trabalhadores e é usado em aplicações em obras de infraestrutura.
Cleto relatou que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, aliado de primeira hora de Cunha, disse que ele teria "benefícios" se assumisse uma das vice-presidências da Caixa e que o dinheiro sujo seria dividido entre os partícipes do esquema. Em uma reunião no então apartamento funcional de Cunha em Brasília, época em que ele ainda não tinha ascendido à presidência da Câmara, o deputado detalhou como seria a atuação dele na trama criminosa: Cunha apresentaria demandas de obras a ele, que deveria encaminhar ou arquivar os projetos conforme os interesses espúrios do peemedebista. Quando o deputado do PMDB chegou à presidência da Casa legislativa em 2015, os encontros passaram a ser na residência oficial, no bairro do Lago Sul, em Brasília.
No rateio do dinheiro, Eduardo Cunha ficaria com 80% dos valores arrecadados, Funaro com 12% e Fábio Cleto com uma parcela de 4%. Ao empresário Alexandre Margotto caberiam outros 4% mas, ao invés do valor combinado, ele recebia mensalmente valores entre 15.000 reais e 20.000 reais e Lúcio Funaro embolsava diferença. Margotto atuava como uma espécie de sócio de Funaro e cedia suas empresas para que o doleiro pudesse movimentar valores. "As pessoas responsáveis por negociar a propina com as empresas eram Lúcio Bolonha Funaro e Eduardo Cunha. Em todos os casos, Funaro e Cunha estavam acertados e alinhados em relação à solicitação de propina", disse Fábio Cleto em seu acordo de delação premiada.
Para calcular a arrecadação de dinheiro sujo no esquema da Caixa, Funaro atualizava cotidianamente a contabilidade da propina em uma planilha. Conforme a divisão das propinas detalhada por Cleto em sua delação premiada, Eduardo Cunha pode ter embolsado 16 milhões de reais do esquema.
O delator diz ter recebido 120.000 reais em uma conta na Suíça referentes ao investimento, pelo FI-FGTS, de 300 milhões de reais na Viarondon Concessionária de Rodovias S.A, uma empresa do grupo BRVias, do qual o empresário Henrique Constantino, um dos alvos da Sépsis, é sócio. Considerando o percentual de 80% da propina normalmente destinado a Cunha, o peemedebista pode ter recebido 2,4 milhões de reais desviados deste aporte do fundo de investimento.
Na operação do FI-FGTS que terminou com o investimento de 940 milhões de reais em uma fábrica de celulose da Eldorado, empresa do grupo J&F, no Mato Grosso do sul, o delator contou ter recebido 680.000 reais. Respeitada a hierarquia na divisão de propinas, o presidente afastado da Câmara embolsou 13,6 milhões de reais.
Pelo investimento na Eldorado, que contou com a boa vontade do fundo de investimentos para alterar cláusulas referentes ao endividamento da empresa, Funaro prometeu a Fábio Cleto mais 1 milhão de reais em propina, valor que, por fim, não foi pago.
O aporte do FI-FGTS à Moura Debeux Engenharia também é citado por Cleto entre os que envolveram pagamento de propina a ele, Lúcio Funaro e Alexandre Margotto. Embora Funaro tenha combinado com Cleto e Margotto a divisão igualitária de 2,8% do contrato, o que equivaleria a 1,6 milhão de reais para cada um, o ex-vice-presidente da Caixa recebeu apenas 75.000 reais pela operação. Cunha não é citado entre os que compartilharam o dinheiro neste caso.
Operação Sépsis - Lúcio Bolonha Funaro foi o principal alvo da Operação Sépsis, deflagrada na manhã desta sexta-feira. Ele foi preso preventivamente. A Polícia Federal cumpriu 19 mandados de busca e apreensão - dez em São Paulo, um em Sorocaba (SP), um em Lins (SP), três no Recife, dois no Rio de Janeiro e dois em Brasília - além do mandado de prisão preventiva contra Funaro. Os investigadores recolheram documentos na casa do lobista Milton Lyra, apontado por delatores como facilitador de negócios espúrios em partidos junto a empresas públicas e bancos como a Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil.
Conforme revelou VEJA, Lyra foi citado como operador do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no fundo de pensão Postalis, dos Correios. Funaro, por sua vez, é suspeito de ser operador do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A PF também cumpriu nesta manhã mandados de busca e apreensão na casa do empresário Joesley Batista, dono da indústria de alimentos JBS. A empresa JBS em si não é alvo da operação, mas sim a Eldorado Brasil, controlada pela J&F. O Grupo J&F agrega oito empresas: além do frigorífico JBS, a Vigor, Flora, Eldorado Brasil, Banco Original, Canal Rural, Oklahoma, Floresta Agropecuária e a Alpargatas.
A operação de hoje, batizada de Sépsis, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e é um desdobramento da Lava Jato em Brasília. O nome da ação é uma referência a uma doença desencadeada por um grave quadro de infecção geral.Fonte:Veja
Cleto relatou que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, aliado de primeira hora de Cunha, disse que ele teria "benefícios" se assumisse uma das vice-presidências da Caixa e que o dinheiro sujo seria dividido entre os partícipes do esquema. Em uma reunião no então apartamento funcional de Cunha em Brasília, época em que ele ainda não tinha ascendido à presidência da Câmara, o deputado detalhou como seria a atuação dele na trama criminosa: Cunha apresentaria demandas de obras a ele, que deveria encaminhar ou arquivar os projetos conforme os interesses espúrios do peemedebista. Quando o deputado do PMDB chegou à presidência da Casa legislativa em 2015, os encontros passaram a ser na residência oficial, no bairro do Lago Sul, em Brasília.
No rateio do dinheiro, Eduardo Cunha ficaria com 80% dos valores arrecadados, Funaro com 12% e Fábio Cleto com uma parcela de 4%. Ao empresário Alexandre Margotto caberiam outros 4% mas, ao invés do valor combinado, ele recebia mensalmente valores entre 15.000 reais e 20.000 reais e Lúcio Funaro embolsava diferença. Margotto atuava como uma espécie de sócio de Funaro e cedia suas empresas para que o doleiro pudesse movimentar valores. "As pessoas responsáveis por negociar a propina com as empresas eram Lúcio Bolonha Funaro e Eduardo Cunha. Em todos os casos, Funaro e Cunha estavam acertados e alinhados em relação à solicitação de propina", disse Fábio Cleto em seu acordo de delação premiada.
Para calcular a arrecadação de dinheiro sujo no esquema da Caixa, Funaro atualizava cotidianamente a contabilidade da propina em uma planilha. Conforme a divisão das propinas detalhada por Cleto em sua delação premiada, Eduardo Cunha pode ter embolsado 16 milhões de reais do esquema.
O delator diz ter recebido 120.000 reais em uma conta na Suíça referentes ao investimento, pelo FI-FGTS, de 300 milhões de reais na Viarondon Concessionária de Rodovias S.A, uma empresa do grupo BRVias, do qual o empresário Henrique Constantino, um dos alvos da Sépsis, é sócio. Considerando o percentual de 80% da propina normalmente destinado a Cunha, o peemedebista pode ter recebido 2,4 milhões de reais desviados deste aporte do fundo de investimento.
Na operação do FI-FGTS que terminou com o investimento de 940 milhões de reais em uma fábrica de celulose da Eldorado, empresa do grupo J&F, no Mato Grosso do sul, o delator contou ter recebido 680.000 reais. Respeitada a hierarquia na divisão de propinas, o presidente afastado da Câmara embolsou 13,6 milhões de reais.
Pelo investimento na Eldorado, que contou com a boa vontade do fundo de investimentos para alterar cláusulas referentes ao endividamento da empresa, Funaro prometeu a Fábio Cleto mais 1 milhão de reais em propina, valor que, por fim, não foi pago.
O aporte do FI-FGTS à Moura Debeux Engenharia também é citado por Cleto entre os que envolveram pagamento de propina a ele, Lúcio Funaro e Alexandre Margotto. Embora Funaro tenha combinado com Cleto e Margotto a divisão igualitária de 2,8% do contrato, o que equivaleria a 1,6 milhão de reais para cada um, o ex-vice-presidente da Caixa recebeu apenas 75.000 reais pela operação. Cunha não é citado entre os que compartilharam o dinheiro neste caso.
Operação Sépsis - Lúcio Bolonha Funaro foi o principal alvo da Operação Sépsis, deflagrada na manhã desta sexta-feira. Ele foi preso preventivamente. A Polícia Federal cumpriu 19 mandados de busca e apreensão - dez em São Paulo, um em Sorocaba (SP), um em Lins (SP), três no Recife, dois no Rio de Janeiro e dois em Brasília - além do mandado de prisão preventiva contra Funaro. Os investigadores recolheram documentos na casa do lobista Milton Lyra, apontado por delatores como facilitador de negócios espúrios em partidos junto a empresas públicas e bancos como a Caixa, o BNDES e o Banco do Brasil.
Conforme revelou VEJA, Lyra foi citado como operador do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) no fundo de pensão Postalis, dos Correios. Funaro, por sua vez, é suspeito de ser operador do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A PF também cumpriu nesta manhã mandados de busca e apreensão na casa do empresário Joesley Batista, dono da indústria de alimentos JBS. A empresa JBS em si não é alvo da operação, mas sim a Eldorado Brasil, controlada pela J&F. O Grupo J&F agrega oito empresas: além do frigorífico JBS, a Vigor, Flora, Eldorado Brasil, Banco Original, Canal Rural, Oklahoma, Floresta Agropecuária e a Alpargatas.
A operação de hoje, batizada de Sépsis, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e é um desdobramento da Lava Jato em Brasília. O nome da ação é uma referência a uma doença desencadeada por um grave quadro de infecção geral.Fonte:Veja
sexta-feira, 1 de julho de 2016
Pesquisa investiga ação de vírus de gado em bebês com microcefalia no Nordeste
O surto de microcefalia registrado no Nordeste pode ter outras causas além da contaminação do feto pelo zika durante a gestação. Pesquisadores brasileiros encontraram em amostras de fetos com microcefalia provocada por zika traços de um outro vírus, o BVDV, um agente que até hoje se imaginava afetar rebanhos animais, como bovinos. Os indícios, embora ainda tenham de ser comprovados com testes mais específicos, foram considerados relevantes pelos cientistas. Por precaução, eles comunicaram o Ministério da Saúde antes mesmo da publicação do trabalho em revista científica, em reunião de emergência feita na semana passada.
A pesquisa foi feita por integrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo IPESQ, Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto. Diante das suspeitas, uma série de medidas foi adotada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi comunicada e ontem foi realizada uma reunião com o Ministério da Agricultura para avaliar medidas de proteção do gado, caso a hipótese seja mais tarde confirmada. Um grupo do Ministério da Saúde foi destacado nesta semana para ajudar a estudar o caso. Equipes foram enviadas a campo, na Paraíba, para tentar buscar ligações entre as mulheres que tiveram seus embriões com suspeita de contaminação por BVDV.
Embora intrigados com resultados, pesquisadores que participam do estudo ouvidos pela reportagem mostram-se cuidadosos. Eles dizem ser precipitada qualquer conclusão. Os trechos do BVDV foram encontrados em três amostras, um número ainda considerado pequeno para fazer alguma afirmação categórica. O grupo agora concentra esforços para fazer o sequenciamento do vírus. Uma tarefa que é cara. Justamente por isso, buscaram auxílio do Ministério da Saúde. "Essa é uma peça importante dentro desse quebra-cabeças. Nunca foi descartada a possibilidade de que, além do zika, outro vírus estivesse relacionado ao aumento de casos de bebês com problemas neurológicos", disse um integrante da força-tarefa destacada para avaliar o caso, que atua em Pernambuco.
O BVDV é um vírus presente no rebanho de vários países, incluindo o Brasil. Da mesma família do zika (Flaviviridae), ele causa no gado uma série de doenças, como diarreias e problemas respiratórios. O que chama mais a atenção, no entanto, é a grande quantidade de casos de abortos e de más-formações provocadas por esses vírus no gado. Entre os problemas encontrados, está a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia. Foi justamente essa semelhança na forma do ataque do vírus na formação do feto de gado e dos bebês com microcefalia associada ao zika que despertou o interesse dos pesquisadores. Assim como acontece com bebês, a literatura mostra que o impacto do BVDV na formação do feto bovino muda de acordo com o período de infecção.
"Abortos e más-formações são mais comuns no primeiro trimestre da gestação dos bovinos", afirmou o professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Santa Maria, Eduardo Flores. Assim como de humanos, o período de gestação no gado é de 9 meses. O professor afirma que, embora muito presente no rebanho brasileiro, até hoje não houve relato sobre a transmissão do BVDV para seres humanos. Também não há registros sobre contaminação do vírus no meio ambiente. Uma das hipóteses de pesquisadores é de que o fato de o zika e o BVDV serem da mesma família possa aumentar a possibilidade de interação. "Talvez isso ajude a explicar a forma como o zika rompe a barreira placentária e ataca o feto", diz um representante do governo de Pernambuco.
Essa interação poderia também ajudar a explicar um fato que intriga autoridades sanitárias e a comunidade científica em geral: por que algumas regiões do Nordeste brasileiro foram muito mais afetadas pela síndrome provocada nos bebês pelo zika do que outros Estados ou outros países? A resposta ouvida até agora era de que a epidemia de zika em outras regiões do País é muito recente e que, por isso, seria preciso esperar alguns meses até que bebês com a síndrome congênita começassem a nascer. "O tempo está passando e a epidemia de grandes proporções esperada no Sudeste não está acontecendo", afirmou o representante. O último boletim do Ministério da Saúde sobre a microcefalia mostra que há 1.417 casos confirmados no Nordeste e 106 no Sudeste. Fonte:Estadão Conteúdo
A pesquisa foi feita por integrantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo IPESQ, Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto. Diante das suspeitas, uma série de medidas foi adotada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi comunicada e ontem foi realizada uma reunião com o Ministério da Agricultura para avaliar medidas de proteção do gado, caso a hipótese seja mais tarde confirmada. Um grupo do Ministério da Saúde foi destacado nesta semana para ajudar a estudar o caso. Equipes foram enviadas a campo, na Paraíba, para tentar buscar ligações entre as mulheres que tiveram seus embriões com suspeita de contaminação por BVDV.
Embora intrigados com resultados, pesquisadores que participam do estudo ouvidos pela reportagem mostram-se cuidadosos. Eles dizem ser precipitada qualquer conclusão. Os trechos do BVDV foram encontrados em três amostras, um número ainda considerado pequeno para fazer alguma afirmação categórica. O grupo agora concentra esforços para fazer o sequenciamento do vírus. Uma tarefa que é cara. Justamente por isso, buscaram auxílio do Ministério da Saúde. "Essa é uma peça importante dentro desse quebra-cabeças. Nunca foi descartada a possibilidade de que, além do zika, outro vírus estivesse relacionado ao aumento de casos de bebês com problemas neurológicos", disse um integrante da força-tarefa destacada para avaliar o caso, que atua em Pernambuco.
O BVDV é um vírus presente no rebanho de vários países, incluindo o Brasil. Da mesma família do zika (Flaviviridae), ele causa no gado uma série de doenças, como diarreias e problemas respiratórios. O que chama mais a atenção, no entanto, é a grande quantidade de casos de abortos e de más-formações provocadas por esses vírus no gado. Entre os problemas encontrados, está a artrogripose, uma síndrome que provoca má-formação em articulações, já identificada em alguns bebês com microcefalia. Foi justamente essa semelhança na forma do ataque do vírus na formação do feto de gado e dos bebês com microcefalia associada ao zika que despertou o interesse dos pesquisadores. Assim como acontece com bebês, a literatura mostra que o impacto do BVDV na formação do feto bovino muda de acordo com o período de infecção.
"Abortos e más-formações são mais comuns no primeiro trimestre da gestação dos bovinos", afirmou o professor do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Santa Maria, Eduardo Flores. Assim como de humanos, o período de gestação no gado é de 9 meses. O professor afirma que, embora muito presente no rebanho brasileiro, até hoje não houve relato sobre a transmissão do BVDV para seres humanos. Também não há registros sobre contaminação do vírus no meio ambiente. Uma das hipóteses de pesquisadores é de que o fato de o zika e o BVDV serem da mesma família possa aumentar a possibilidade de interação. "Talvez isso ajude a explicar a forma como o zika rompe a barreira placentária e ataca o feto", diz um representante do governo de Pernambuco.
Essa interação poderia também ajudar a explicar um fato que intriga autoridades sanitárias e a comunidade científica em geral: por que algumas regiões do Nordeste brasileiro foram muito mais afetadas pela síndrome provocada nos bebês pelo zika do que outros Estados ou outros países? A resposta ouvida até agora era de que a epidemia de zika em outras regiões do País é muito recente e que, por isso, seria preciso esperar alguns meses até que bebês com a síndrome congênita começassem a nascer. "O tempo está passando e a epidemia de grandes proporções esperada no Sudeste não está acontecendo", afirmou o representante. O último boletim do Ministério da Saúde sobre a microcefalia mostra que há 1.417 casos confirmados no Nordeste e 106 no Sudeste. Fonte:Estadão Conteúdo
Justiça bloqueia R$ 19,5 milhões do Facebook por Whatsapp não cooperar com investigações
A Justiça Federal de Londrina, no Paraná, determinou o bloqueio de R$ 19,5 milhões das contas do Facebook, dono do aplicativo Whatsapp, por descumprir uma decisão judicial. De acordo com informações noticiadas em alguns sites brasileiros, o Whatsapp teria se recusado a liberar dados de mensagens de traficantes investigados pela Polícia Federal na operação Quijarro.
A operação foi deflagrada na última quarta-feira (29), pela Polícia Federal, em três estados e prendeu uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas. A decisão atinge o Facebook porque o Whatsapp não tem conta bancária nem representante legal no Brasil. O aplicativo já foi bloqueado por duas vezes no país, sob acusação de não colaborar com investigações criminais.
A decisão, desta vez, não bloqueia o serviço para os usuários, e o valor bloqueado é referente a multas não pagas pelo aplicativo. O WhatsApp, nas duas vezes em que o aplicativo ficou impedido de funcionar, informou que não armazena conversas dos usuários e que não tem como entregar dados à Justiça. Desde o mês de abril, as conversas no Whatsapp são criptografadas, para que as mensagens sejam acessadas apenas pelo remetente e o destinatário.Fonte:Bahia Noticias
A operação foi deflagrada na última quarta-feira (29), pela Polícia Federal, em três estados e prendeu uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas. A decisão atinge o Facebook porque o Whatsapp não tem conta bancária nem representante legal no Brasil. O aplicativo já foi bloqueado por duas vezes no país, sob acusação de não colaborar com investigações criminais.
A decisão, desta vez, não bloqueia o serviço para os usuários, e o valor bloqueado é referente a multas não pagas pelo aplicativo. O WhatsApp, nas duas vezes em que o aplicativo ficou impedido de funcionar, informou que não armazena conversas dos usuários e que não tem como entregar dados à Justiça. Desde o mês de abril, as conversas no Whatsapp são criptografadas, para que as mensagens sejam acessadas apenas pelo remetente e o destinatário.Fonte:Bahia Noticias
Projeto que pune abuso de autoridade não é tramoia de Renan; é garantia da democracia
Eu sempre fico especialmente incomodado quando a imprensa, em vez de ajudar a esclarecer, investe na confusão. Na maioria das vezes, nem é por má-fé. Mas não é menos verdade que jornalistas, no geral, são muito suscetíveis ao que eu chamaria de “lobby do bem”. O que se isso quer dizer? Acabam vocalizando, muitas vezes, a voz de verdadeiros militantes políticos porque entendem que estes estão… do lado do bem!
Querem ver uma coisa? O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) — sim, é aquele dos 11 inquéritos; nem ele tenta esconder —, quer que o Senado discuta um projeto que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade. Sim, o país tem uma: é a 4.898, de 1965. Está desatualizada.
Muito bem! Imediatamente, a questão foi vista como uma forma de tolher a Lava Jato, já que ele próprio é investigado em 11 inquéritos. Aí a coisa fica difícil! Não é possível que a gente tenha de submeter agora toda e qualquer coisa ao filtro ou à luz da Lava Jato. Que ela siga fazendo o seu trabalho, mas o país é maior do que isso.
Atenção! O texto que pode começar a ser debatido no Senado é de autoria do então deputado Raul Jungmann (PPS-PE), hoje ministro da Defesa. Não saiu só da sua cachola, não. Foi fruto do trabalho produzido por uma comissão integrada pelo então desembargador Rui Stocco, pelo agora ministro do Supremo Teori Zavascki, por Everardo Maciel, ex-secretário da Receita, e pelo doutor Luciano Felício Fuck, assessor do ministro Gilmar Mendes.
Antes que alguém saia berrando por aí que a lei contra o abuso de autoridade busca coibir a Lava Jato — QUE NÃO EXISTIA EM 2009 —, convém que o texto seja lido. A íntegra está aqui.
Atenção, trata-se de projeto que busca combater o abuso de autoridade, não o exercício da legalidade. Abuso de quem? De qualquer um que fale em nome do estado: seja o presidente da República, seja o guarda de trânsito.
Eu estou enganado, ou combater o abuso de autoridade, preservando direitos fundamentais do cidadão contra o assoberbamento do agente estatal, é coisa das democracias avançadas?
De fato, a demanda por uma lei que defina com mais clareza o crime de abuso de autoridade, punindo a conduta com mais rigor, é do Supremo. A comissão que redigiu as propostas, que resultou no projeto de Jungmann, foi instalada em 2009 pelo ministro Gilmar Mendes, quando presidia o Supremo.
Leiam o projeto. É curto. E me digam um só dispositivo ali que poderia limitar a Lava Jato — a menos, claro!, que a operação pretenda se comportar ao arrepio da Constituição.
No Artigo 2º, com efeito, estabelece o projeto:
São sujeitos ativos dos crimes previstos nesta lei:
I – agentes da Administração Pública, servidores públicos ou a eles equiparados;
II – membros do Poder Legislativo;
III – membros do Poder Judiciário;
IV – membros do Ministério Público.
Como se vê, ninguém está acima da lei ou tem autorização para praticar abuso de autoridade. E estou certo de que os membros do Ministério Público não pretendem gozar dessa prerrogativa, certo?
Leio uma reportagem em que se diz, em tom meio escandalizado, que o novo texto pode punir o abuso até com a perda da função pública. Ora, isso já está na lei de 1965.
Acho curioso que dois artigos, em particular, estejam sendo vistos como “anti-Lava jato”, a saber:
Art. 12. Ofender a intimidade, a vida privada, a honra ou a imagem de pessoa indiciada em inquérito policial, autuada em flagrante delito, presa provisória ou preventivamente, seja ela acusada, vítima ou testemunha de infração penal, constrangendo-a a participar de ato de divulgação de informações aos meios de comunicação social ou serem fotografadas ou filmadas com essa finalidade.
Pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
Art. 13. Constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor sobre fatos que possam incriminá-lo:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem constrange a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo.
Ora, por que seriam? A operação, por acaso, faz ou pretende fazer uma dessas coisas?
O Artigo 15 trata do uso de algemas. Lá se diz ser abuso de autoridade:
“Submeter o preso ao uso de algemas, ou de qualquer outro objeto que lhe tolha a locomoção, quando ele não oferecer resistência à prisão, nem existir receio objetivamente fundado de fuga ou de perigo à integridade física dele própria ou de terceiro:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.”
O que há de errado com esse texto? Algemas não devem ser um instrumento de humilhação. Ou alguém defende o contrário?
Não! O projeto que pune o abuso de autoridade não protege bandidos da Lava Jato. O texto oferece garantias ao cidadão comum, a todos nós, contra ilegalidades praticadas por agentes do estado.
De fato, os setores xiitas do Ministério Público podem não gostar do Artigo 26, onde se lê:
“Art. 26. Induzir ou instigar alguém a praticar infração penal com o fim de capturá-lo em flagrante delito:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (anos) anos, e multa.
Parágrafo único. Se a vítima é capturada em flagrante delito, a pena é de detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”
E por que essa ala do MP não gostaria disso? Porque endossa um anteprojeto de lei, no bojo das tais dez medidas contra a corrupção, que cria “o teste de integridade do agente público”. Trata-se de um despautério.
Quem vê Deltan Dallagnol falando não imagina que ele quer isto, prestem atenção:
“Art. 2º A Administração Pública poderá, e os órgãos policiais deverão, submeter os agentes públicos a testes de integridade aleatórios ou dirigidos, cujos resultados poderão ser usados para fins disciplinares, bem como para a instrução de ações cíveis, inclusive a de improbidade administrativa, e criminais.”
Art. 3º Os testes de integridade consistirão na simulação de situações sem o conhecimento do agente público, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer ilícitos contra a Administração Pública
.
Art. 4º Os testes de integridade serão realizados preferencialmente pela Corregedoria, Controladoria, Ouvidoria ou órgão congênere de fiscalização e controle.
Art. 5º Sempre que possível e útil à realização dos testes de integridade, poderá ser promovida a sua gravação audiovisual.
Art. 6º Os órgãos que forem executar os testes de integridade darão ciência prévia ao Ministério Público, de modo sigiloso e com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, e informarão a abrangência, o modo de execução e os critérios de seleção dos examinados, podendo o Ministério Público recomendar medidas complementares.”
Ou por outra: essa medida que o Ministério Público diz combater a impunidade é um caso flagrante e escancarado de abuso de autoridade. É claro que o caminho não é esse. Isso é coisa de estado fascista ou comunista. Precisamos combater a corrupção seguindo as regras da democracia e do estado de direito.
Concluo
O projeto que pune o abuso de autoridade é uma garantia para todos os cidadãos. Não vai proteger Renan Calheiros ou qualquer outro investigado nem vai diminuir as prerrogativas da Lava Jato. A menos, claro, que a Lava Jato tenha alguma intenção ainda não revelada de se colocar acima da Constituição.
Não tem, né?.Fonte:Reinado Azevedo
Querem ver uma coisa? O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) — sim, é aquele dos 11 inquéritos; nem ele tenta esconder —, quer que o Senado discuta um projeto que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade. Sim, o país tem uma: é a 4.898, de 1965. Está desatualizada.
Muito bem! Imediatamente, a questão foi vista como uma forma de tolher a Lava Jato, já que ele próprio é investigado em 11 inquéritos. Aí a coisa fica difícil! Não é possível que a gente tenha de submeter agora toda e qualquer coisa ao filtro ou à luz da Lava Jato. Que ela siga fazendo o seu trabalho, mas o país é maior do que isso.
Atenção! O texto que pode começar a ser debatido no Senado é de autoria do então deputado Raul Jungmann (PPS-PE), hoje ministro da Defesa. Não saiu só da sua cachola, não. Foi fruto do trabalho produzido por uma comissão integrada pelo então desembargador Rui Stocco, pelo agora ministro do Supremo Teori Zavascki, por Everardo Maciel, ex-secretário da Receita, e pelo doutor Luciano Felício Fuck, assessor do ministro Gilmar Mendes.
Antes que alguém saia berrando por aí que a lei contra o abuso de autoridade busca coibir a Lava Jato — QUE NÃO EXISTIA EM 2009 —, convém que o texto seja lido. A íntegra está aqui.
Atenção, trata-se de projeto que busca combater o abuso de autoridade, não o exercício da legalidade. Abuso de quem? De qualquer um que fale em nome do estado: seja o presidente da República, seja o guarda de trânsito.
Eu estou enganado, ou combater o abuso de autoridade, preservando direitos fundamentais do cidadão contra o assoberbamento do agente estatal, é coisa das democracias avançadas?
De fato, a demanda por uma lei que defina com mais clareza o crime de abuso de autoridade, punindo a conduta com mais rigor, é do Supremo. A comissão que redigiu as propostas, que resultou no projeto de Jungmann, foi instalada em 2009 pelo ministro Gilmar Mendes, quando presidia o Supremo.
Leiam o projeto. É curto. E me digam um só dispositivo ali que poderia limitar a Lava Jato — a menos, claro!, que a operação pretenda se comportar ao arrepio da Constituição.
No Artigo 2º, com efeito, estabelece o projeto:
São sujeitos ativos dos crimes previstos nesta lei:
I – agentes da Administração Pública, servidores públicos ou a eles equiparados;
II – membros do Poder Legislativo;
III – membros do Poder Judiciário;
IV – membros do Ministério Público.
Como se vê, ninguém está acima da lei ou tem autorização para praticar abuso de autoridade. E estou certo de que os membros do Ministério Público não pretendem gozar dessa prerrogativa, certo?
Leio uma reportagem em que se diz, em tom meio escandalizado, que o novo texto pode punir o abuso até com a perda da função pública. Ora, isso já está na lei de 1965.
Acho curioso que dois artigos, em particular, estejam sendo vistos como “anti-Lava jato”, a saber:
Art. 12. Ofender a intimidade, a vida privada, a honra ou a imagem de pessoa indiciada em inquérito policial, autuada em flagrante delito, presa provisória ou preventivamente, seja ela acusada, vítima ou testemunha de infração penal, constrangendo-a a participar de ato de divulgação de informações aos meios de comunicação social ou serem fotografadas ou filmadas com essa finalidade.
Pena – detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
Art. 13. Constranger alguém, sob ameaça de prisão, a depor sobre fatos que possam incriminá-lo:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem constrange a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo.
Ora, por que seriam? A operação, por acaso, faz ou pretende fazer uma dessas coisas?
O Artigo 15 trata do uso de algemas. Lá se diz ser abuso de autoridade:
“Submeter o preso ao uso de algemas, ou de qualquer outro objeto que lhe tolha a locomoção, quando ele não oferecer resistência à prisão, nem existir receio objetivamente fundado de fuga ou de perigo à integridade física dele própria ou de terceiro:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.”
O que há de errado com esse texto? Algemas não devem ser um instrumento de humilhação. Ou alguém defende o contrário?
Não! O projeto que pune o abuso de autoridade não protege bandidos da Lava Jato. O texto oferece garantias ao cidadão comum, a todos nós, contra ilegalidades praticadas por agentes do estado.
De fato, os setores xiitas do Ministério Público podem não gostar do Artigo 26, onde se lê:
“Art. 26. Induzir ou instigar alguém a praticar infração penal com o fim de capturá-lo em flagrante delito:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (anos) anos, e multa.
Parágrafo único. Se a vítima é capturada em flagrante delito, a pena é de detenção de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”
E por que essa ala do MP não gostaria disso? Porque endossa um anteprojeto de lei, no bojo das tais dez medidas contra a corrupção, que cria “o teste de integridade do agente público”. Trata-se de um despautério.
Quem vê Deltan Dallagnol falando não imagina que ele quer isto, prestem atenção:
“Art. 2º A Administração Pública poderá, e os órgãos policiais deverão, submeter os agentes públicos a testes de integridade aleatórios ou dirigidos, cujos resultados poderão ser usados para fins disciplinares, bem como para a instrução de ações cíveis, inclusive a de improbidade administrativa, e criminais.”
Art. 3º Os testes de integridade consistirão na simulação de situações sem o conhecimento do agente público, com o objetivo de testar sua conduta moral e predisposição para cometer ilícitos contra a Administração Pública
.
Art. 4º Os testes de integridade serão realizados preferencialmente pela Corregedoria, Controladoria, Ouvidoria ou órgão congênere de fiscalização e controle.
Art. 5º Sempre que possível e útil à realização dos testes de integridade, poderá ser promovida a sua gravação audiovisual.
Art. 6º Os órgãos que forem executar os testes de integridade darão ciência prévia ao Ministério Público, de modo sigiloso e com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, e informarão a abrangência, o modo de execução e os critérios de seleção dos examinados, podendo o Ministério Público recomendar medidas complementares.”
Ou por outra: essa medida que o Ministério Público diz combater a impunidade é um caso flagrante e escancarado de abuso de autoridade. É claro que o caminho não é esse. Isso é coisa de estado fascista ou comunista. Precisamos combater a corrupção seguindo as regras da democracia e do estado de direito.
Concluo
O projeto que pune o abuso de autoridade é uma garantia para todos os cidadãos. Não vai proteger Renan Calheiros ou qualquer outro investigado nem vai diminuir as prerrogativas da Lava Jato. A menos, claro, que a Lava Jato tenha alguma intenção ainda não revelada de se colocar acima da Constituição.
Não tem, né?.Fonte:Reinado Azevedo
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