A derrota do PT em São Paulo é um símbolo da derrocada do partido no país. Em 2012, o partido elegeu 630 prefeituras. Só perdeu, então, para o PMDB e para o PSDB. Agora, de terceiro partido com mais cidades sob a sua gestão, tornou-se o 10º. Quando o DEM, que continua encolhendo em número de cidades, conseguiu apenas 276 prefeitos, há quatro anos, houve quem previsse a sua extinção.
Pois bem: o partido de Lula elegeu, desta vez, apenas 256, cinco a menos do que os democratas, que ficaram com 261. De 630 para 256, há um encolhimento de 59,4%.
O PMDB passou de 1.015 para 1.027, um crescimento modesto, de 1,2%. Quem mais avançou no total de cidades foi o PSDB, que conquistou 791, 15,3% a mais do que as 686 de há quatro anos. O PSD, do ministro Gilberto Kassab, também não tem do que reclamar. É a terceira legenda em número de cidades, com 494, 20 a mais do que há quatro anos.
Os petistas esperavam, sim, um desempenho ruim, mas não contavam com o tamanho do desastre. O partido foi praticamente varrido das capitais, restando-lhe apenas o consolo de Rio Branco, no Acre, onde o prefeito Marcus Alexandre se reelegeu no primeiro turno, com 54,87% dos votos válidos. A legenda disputará o segundo turno em Recife, onde João Paulo enfrentará Geraldo Júlio, do PSB, que não levou a eleição de cara por apenas 0,7%. Ou por outra: os companheiros serão derrotados, e isso é certo como dois e dois são quatro.
Mas o desastre é ainda maior. São Paulo conta com 645 municípios. Em 2012, ainda no tempo das vacas gordas, os companheiros já tiveram um desempenho modesto no Estado: 72 Prefeituras. Desta vez, atenção, foram apenas 7! E o partido disputa o segundo turno em Santo André e Mauá. Os municípios que terão gestões petistas cabem nas duas mãos e sobram três dedos: Araraquara, Barra do Chapéu, Cosmópolis, Franco da Rocha, Itapirapuã Paulista, Motuca, Nantes e Rincão.
Cinturão vermelho ficou azul
Todo mundo já ouviu a expressão “cinturão vermelho”, que designava as cidades da grande São Paulo que eram governadas pelo PT. Isso acabou. Guarulhos terá um segundo turno entre PSB e DEM. Eloi Pietá, o petita, ficou em terceiro lugar. PDT e PTN vão para a etapa final em Osasco. O candidato petista ficou em quinto lugar. Em São Bernardo, a terra política de Lula, PSDB e PPS foram para o segundo turno. O candidato dos companheiros ficou em terceiro. Em Santo André, Carlos Grana, o atual prefeito, conseguiu ir para a etapa final, mas deve ser derrotado pelo tucano Paulo Serra. É uma devastação.Fonte:Veja
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Filho de Lula não consegue se eleger vereador em São Bernardo
Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, repetiu o vexame do Partido dos Trabalhadores no ABC Paulista e não se elegeu vereador em São Bernardo do Campo, berço político do pai. Com apenas 1.504 votos, ele amargou a 58ª colocação. O vereador mais votado na cidade foi o tucano Pery Cartola, que obteve 7.540 votos. Marcos é filho adotivo de Lula e filho biológico da ex-primeira-dama Marisa Letícia com seu primeiro marido. Ele foi eleito para o cargo em 2012 com 2.378 votos a mais do que obteve hoje.
PT é o principal derrotado do primeiro turno
Os resultados preliminares divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já indicam a tendência de vencedores e perdedores nesta eleição municipal de 2016. Entre os partidos brasileiros, o PSDB e PRB tiveram até agora crescimento significativo. Os tucanos já conquistaram 782 municípios, crescimento de 13% em relação a 2012. Entre os partidos médios, o PRB, ligado à Igreja Universal, foi outro a ter um crescimento significativo, de 32%. Em 2012, elegeu 76 e agora assumirá pelo menos cem prefeituras a partir de 2017.
O PMDB, partido conhecido por sua capilaridade municipal, voltou a ser o partido com maior número de prefeitos eleitos no país. Foram pelo menos 1006 prefeitos eleitos pelo país.
A principal derrota, como esperado desde o início da eleição, foi o PT que elegeu até agora apenas 38% do total da eleição passada. Em 2012, o partido foi o terceiro com o maior número de prefeitos eleitos. Neste ano, caiu para a décima colocação no ranking. Parte dos votos da esquerda podem ter imigrado para o PCdoB, partido que obteve um crescimento de 45% em relação a 2012.Fonte:Veja
O PMDB, partido conhecido por sua capilaridade municipal, voltou a ser o partido com maior número de prefeitos eleitos no país. Foram pelo menos 1006 prefeitos eleitos pelo país.
A principal derrota, como esperado desde o início da eleição, foi o PT que elegeu até agora apenas 38% do total da eleição passada. Em 2012, o partido foi o terceiro com o maior número de prefeitos eleitos. Neste ano, caiu para a décima colocação no ranking. Parte dos votos da esquerda podem ter imigrado para o PCdoB, partido que obteve um crescimento de 45% em relação a 2012.Fonte:Veja
domingo, 2 de outubro de 2016
sábado, 1 de outubro de 2016
Agiotas abastecem caixa 2 nas eleições no Nordeste
Investigações em processos eleitorais em pelo menos cinco Estados têm apontado ligação entre agiotagem e casos de violência envolvendo políticos e correligionários. Agiotas vêm alimentando caixa 2 de campanhas e forçando candidatos a prefeito e vereador a prometer prioridade em licitações futuras.
Só no Maranhão, houve registros de esquemas de agiotagem em 40 municípios. Um dos núcleos investigados é o de Governador Nunes Freire, município de 25 mil habitantes, a 189 quilômetros da capital, onde o vereador Esmilton Pereira dos Santos (PRB) foi morto no dia 23 de agosto com 15 tiros. É a terceira morte política na cidade em dois anos – os outros dois foram o blogueiro Eduardo Diniz Barros e o vereador Paulo Lopes Sales, que denunciaram agiotas e falsificadores de crédito consignado.
Neste mês, a polícia fez buscas na casa e na fazenda do prefeito Marcel Everton Dantas Silva (PR), o Marcel Curió, acusado de agiotagem. Em junho, os pais de Curió, o ex-prefeito de Turilândia Domingos Fonseca Silva e Ângela Maria Everton foram presos por suposta ligação com Gláucio Alencar, considerado um dos maiores agiotas no Estado. Eles negam.
O promotor Marco Aurélio Rodrigues observa que o esquema ilegal de financiamento de campanhas tem por base empresas “fantasmas”. Geralmente, donos de postos de gasolina, comerciantes, pecuaristas e até políticos emprestam dinheiro para candidatos com o compromisso de licitações direcionadas.
“Os agiotas usam empresas de fachada nos processos de licitação para ganhar com o dinheiro emprestado”, afirma. Rodrigues ressalta que a repressão à agiotagem depende de um esforço conjunto de órgãos públicos, como Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). “É no cruzamento de contas que se chega à pessoa que declara no Imposto de Renda 100.000 reais e doa 1 milhão de reais.”
A prática da agiotagem também se tornou comum no Piauí, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. No dia 12 de setembro, uma operação do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar prendeu o prefeito do município potiguar de Serrinha, Fabiano Henrique de Souza Teixeira (PMDB), e três funcionários da prefeitura acusados de um esquema de desvio de recursos que incluía agiotas.
O prefeito é acusado de simular a contratação de três empresas que forneceriam material hospitalar e odontológico e falsificar 24 procedimentos licitatórios. O desvio é estimado em 2 milhões de reais. Ele usava notas fiscais frias para pagar dívidas contraídas de agiotas na campanha de 2012. Agora, o esquema estaria ajudando candidatos do prefeito à Câmara. Teixeira nega.
Em Itapebi, cidade de 10 mil moradores, no sul da Bahia, o prefeito Francisco Antonio de Brito Filho (PSC) foi cassado pela Câmara no dia 30 de agosto. Brito Filho foi acusado pelos vereadores de entregar o comando da prefeitura a agiotas, com os quais tinha dívida. A polícia investiga denúncias de que esses agiotas estariam agora por trás de campanhas de candidatos a vereadores e prefeitos.
‘Terceirizados’. No rastro dos agiotas, delegados e promotores têm encontrado outras peças da estrutura do financiamento criminoso. O MP do Maranhão prendeu cinco pistoleiros que atuavam como terceirizados de agiotas na região de Itaipava de Grajaú.
(Com Estadão Conteúdo)
Só no Maranhão, houve registros de esquemas de agiotagem em 40 municípios. Um dos núcleos investigados é o de Governador Nunes Freire, município de 25 mil habitantes, a 189 quilômetros da capital, onde o vereador Esmilton Pereira dos Santos (PRB) foi morto no dia 23 de agosto com 15 tiros. É a terceira morte política na cidade em dois anos – os outros dois foram o blogueiro Eduardo Diniz Barros e o vereador Paulo Lopes Sales, que denunciaram agiotas e falsificadores de crédito consignado.
Neste mês, a polícia fez buscas na casa e na fazenda do prefeito Marcel Everton Dantas Silva (PR), o Marcel Curió, acusado de agiotagem. Em junho, os pais de Curió, o ex-prefeito de Turilândia Domingos Fonseca Silva e Ângela Maria Everton foram presos por suposta ligação com Gláucio Alencar, considerado um dos maiores agiotas no Estado. Eles negam.
O promotor Marco Aurélio Rodrigues observa que o esquema ilegal de financiamento de campanhas tem por base empresas “fantasmas”. Geralmente, donos de postos de gasolina, comerciantes, pecuaristas e até políticos emprestam dinheiro para candidatos com o compromisso de licitações direcionadas.
“Os agiotas usam empresas de fachada nos processos de licitação para ganhar com o dinheiro emprestado”, afirma. Rodrigues ressalta que a repressão à agiotagem depende de um esforço conjunto de órgãos públicos, como Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). “É no cruzamento de contas que se chega à pessoa que declara no Imposto de Renda 100.000 reais e doa 1 milhão de reais.”
A prática da agiotagem também se tornou comum no Piauí, Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte. No dia 12 de setembro, uma operação do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar prendeu o prefeito do município potiguar de Serrinha, Fabiano Henrique de Souza Teixeira (PMDB), e três funcionários da prefeitura acusados de um esquema de desvio de recursos que incluía agiotas.
O prefeito é acusado de simular a contratação de três empresas que forneceriam material hospitalar e odontológico e falsificar 24 procedimentos licitatórios. O desvio é estimado em 2 milhões de reais. Ele usava notas fiscais frias para pagar dívidas contraídas de agiotas na campanha de 2012. Agora, o esquema estaria ajudando candidatos do prefeito à Câmara. Teixeira nega.
Em Itapebi, cidade de 10 mil moradores, no sul da Bahia, o prefeito Francisco Antonio de Brito Filho (PSC) foi cassado pela Câmara no dia 30 de agosto. Brito Filho foi acusado pelos vereadores de entregar o comando da prefeitura a agiotas, com os quais tinha dívida. A polícia investiga denúncias de que esses agiotas estariam agora por trás de campanhas de candidatos a vereadores e prefeitos.
‘Terceirizados’. No rastro dos agiotas, delegados e promotores têm encontrado outras peças da estrutura do financiamento criminoso. O MP do Maranhão prendeu cinco pistoleiros que atuavam como terceirizados de agiotas na região de Itaipava de Grajaú.
(Com Estadão Conteúdo)
Propineiro do PMDB decide falar, e Lava Jato chega a Renan
Em sua caçada montante, a Operação Lava-Jato nunca esteve tão perto de capturar o terceiro homem na linha de sucessão da República: o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, que preside o Senado Federal. VEJA teve acesso a um despacho sigiloso do ministro Teori Zavascki, cuja leitura traz quatro revelações:
• O homem da mala do PMDB, o empresário e advogado Felipe Rocha Parente, fez um acordo de delação premiada e apresentou cinco anexos, como são chamados os itens que compõem a lista do que o delator pretende detalhar.
• Em um dos cinco anexos, Parente conta que entregava propinas para a cúpula do PMDB. Eram fruto de dinheiro desviado da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
• Entre os beneficiários das propinas saídas da Transpetro, estão Renan Calheiros e seu colega de Senado Jader Barbalho, do PMDB do Pará.
• O anexo de Parente ainda precisa ser comprovado no curso da delação, mas já foi confirmado por pelo menos três delatores.
As revelações do despacho de Teori jogam luz sobre um dos momentos mais barulhentos da Lava-Jato, ocorrido entre maio e junho passado. Nessa ocasião, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de uma só tacada, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decretasse a prisão de Renan Calheiros, do senador e então ministro do Planejamento Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney.
Os três peixões graúdos do PMDB haviam sido gravados por Sérgio Machado, que comandou a Transpetro durante doze anos por indicação da cúpula peemedebista. Machado negociava um acordo de delação premiada e tentava reunir evidências que sustentassem a estrondosa revelação que faria tão logo assinasse o acordo: como foram distribuídas propinas de 100 milhões de reais ao partido que hoje governa o país.
As prisões pedidas por Janot foram rejeitadas pelo Supremo, mas, em segredo, os investigadores fecharam um acordo de colaboração com Felipe Parente, o entregador de propinas. Do seu depoimento, surgiram os laços que comprometem o PMDB com a Transpetro. O lado visível desses laços já era conhecido.
Renan Calheiros era um dos principais fiadores da permanência de Sérgio Machado no comando da Transpetro. O lado invisível apareceu com a delação do próprio Sérgio Machado, que contou que Renan era bem remunerado pela fiança. No início do esquema, recebia um porcentual sobre cada contrato assinado com a estatal.
Depois, optou por um mensalão de 300 000 reais, que eram repassados pelo próprio Sérgio Machado, segundo ele mesmo. Em anos eleitorais, o numerário se multiplicava. De 2004 a 2014, Renan embolsou 32 milhões de reais, ainda segundo Machado.
Desse total, pelos cálculos do delator, empreiteiras do petrolão simularam ter doado 8 milhões de reais ao diretório nacional do PMDB. Os outros 24 milhões foram entregues em dinheiro vivo. É nessa etapa — na entrega em dinheiro vivo — que entra Felipe Parente. Ao menos até 2007, era ele quem fazia entregas a Renan, conforme contou Sérgio Machado.
Em seus depoimentos, mantidos em sigilo, Felipe Parente confirmou ter distribuído propina da Transpetro a pedido de Sérgio Machado. Citou nomes, lugares e circunstâncias em que o dinheiro foi entregue. Para oferecer provas concretas, deu informações sobre hotéis onde se hospedou para finalizar o trabalho. Contou que, numa ocasião, foi orientado a deixar a “encomenda” destinada ao senador Jader Barbalho com uma tal de “Iara”.
Os investigadores chegaram a Iara Jonas, senhora de pouco mais de 60 anos, assessora de confiança de Jader Barbalho. Lotada no gabinete do senador, com salário de quase 20 000 reais, ela trabalha para a família Barbalho há 22 anos. Apresentado à fotografia de Iara, Parente reconheceu-a como a destinatária do dinheiro.Fonte:Veja
• O homem da mala do PMDB, o empresário e advogado Felipe Rocha Parente, fez um acordo de delação premiada e apresentou cinco anexos, como são chamados os itens que compõem a lista do que o delator pretende detalhar.
• Em um dos cinco anexos, Parente conta que entregava propinas para a cúpula do PMDB. Eram fruto de dinheiro desviado da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
• Entre os beneficiários das propinas saídas da Transpetro, estão Renan Calheiros e seu colega de Senado Jader Barbalho, do PMDB do Pará.
• O anexo de Parente ainda precisa ser comprovado no curso da delação, mas já foi confirmado por pelo menos três delatores.
As revelações do despacho de Teori jogam luz sobre um dos momentos mais barulhentos da Lava-Jato, ocorrido entre maio e junho passado. Nessa ocasião, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de uma só tacada, pediu ao Supremo Tribunal Federal que decretasse a prisão de Renan Calheiros, do senador e então ministro do Planejamento Romero Jucá e do ex-presidente da República José Sarney.
Os três peixões graúdos do PMDB haviam sido gravados por Sérgio Machado, que comandou a Transpetro durante doze anos por indicação da cúpula peemedebista. Machado negociava um acordo de delação premiada e tentava reunir evidências que sustentassem a estrondosa revelação que faria tão logo assinasse o acordo: como foram distribuídas propinas de 100 milhões de reais ao partido que hoje governa o país.
As prisões pedidas por Janot foram rejeitadas pelo Supremo, mas, em segredo, os investigadores fecharam um acordo de colaboração com Felipe Parente, o entregador de propinas. Do seu depoimento, surgiram os laços que comprometem o PMDB com a Transpetro. O lado visível desses laços já era conhecido.
Renan Calheiros era um dos principais fiadores da permanência de Sérgio Machado no comando da Transpetro. O lado invisível apareceu com a delação do próprio Sérgio Machado, que contou que Renan era bem remunerado pela fiança. No início do esquema, recebia um porcentual sobre cada contrato assinado com a estatal.
Depois, optou por um mensalão de 300 000 reais, que eram repassados pelo próprio Sérgio Machado, segundo ele mesmo. Em anos eleitorais, o numerário se multiplicava. De 2004 a 2014, Renan embolsou 32 milhões de reais, ainda segundo Machado.
Desse total, pelos cálculos do delator, empreiteiras do petrolão simularam ter doado 8 milhões de reais ao diretório nacional do PMDB. Os outros 24 milhões foram entregues em dinheiro vivo. É nessa etapa — na entrega em dinheiro vivo — que entra Felipe Parente. Ao menos até 2007, era ele quem fazia entregas a Renan, conforme contou Sérgio Machado.
Em seus depoimentos, mantidos em sigilo, Felipe Parente confirmou ter distribuído propina da Transpetro a pedido de Sérgio Machado. Citou nomes, lugares e circunstâncias em que o dinheiro foi entregue. Para oferecer provas concretas, deu informações sobre hotéis onde se hospedou para finalizar o trabalho. Contou que, numa ocasião, foi orientado a deixar a “encomenda” destinada ao senador Jader Barbalho com uma tal de “Iara”.
Os investigadores chegaram a Iara Jonas, senhora de pouco mais de 60 anos, assessora de confiança de Jader Barbalho. Lotada no gabinete do senador, com salário de quase 20 000 reais, ela trabalha para a família Barbalho há 22 anos. Apresentado à fotografia de Iara, Parente reconheceu-a como a destinatária do dinheiro.Fonte:Veja
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Impeachment foi ‘golpe’ para 62,7% dos soteropolitanos; 82,4% querem saída de Temer
A tese da ex-presidente Dilma Rousseff de que o processo de impeachment contra ela foi “golpe” continua sendo compartilhada pela maior parte da população soteropolitana. Em pesquisa feita pelo Instituto Babesp, encomendada pelo Bahia Notícias, 62,7% dos entrevistados responderam que o afastamento da petista foi um golpe. Entretanto, o percentual diminuiu em relação ao último levantamento, divulgado no dia 12 de setembro, quando 73,9% dos ouvidos apontaram o mesmo.
Apenas 26,3% dos consultados não acreditam que o impeachment foi golpe, número maior do que os 19,3% registrados na pesquisa anterior. Quando questionados se eram contrários ou favoráveis à cassação do mandato de Dilma, 62,3% se posicionaram conforme a primeira opção, enquanto 32,1% optaram pela segunda. As porcentagens também mudaram em relação à última pesquisa. Na ocasião, 74,6% eram contra o impeachment e 18,9% favoráveis. Já o apoio dos soteropolitanos ao presidente Michel Temer continua escasso.
Quando o quesito é o posicionamento da população frente a um eventual processo de impeachment contra o peemedebista, 82,4% apoiam o afastamento do presidente. O número cresceu em comparação à pesquisa divulgada pelo Babesp há duas semanas, quando 74,2% dos consultados se declararam favoráveis à deposição de Temer. A trajetória ascendente revela que a rejeição ao peemedebista continua alta entre os soteropolitanos. Apenas 7,2% se posicionaram contra o impeachment dele, enquanto 16,9% responderam o mesmo no levantamento anterior.Fonte?Bahia Noticias
Apenas 26,3% dos consultados não acreditam que o impeachment foi golpe, número maior do que os 19,3% registrados na pesquisa anterior. Quando questionados se eram contrários ou favoráveis à cassação do mandato de Dilma, 62,3% se posicionaram conforme a primeira opção, enquanto 32,1% optaram pela segunda. As porcentagens também mudaram em relação à última pesquisa. Na ocasião, 74,6% eram contra o impeachment e 18,9% favoráveis. Já o apoio dos soteropolitanos ao presidente Michel Temer continua escasso.
Quando o quesito é o posicionamento da população frente a um eventual processo de impeachment contra o peemedebista, 82,4% apoiam o afastamento do presidente. O número cresceu em comparação à pesquisa divulgada pelo Babesp há duas semanas, quando 74,2% dos consultados se declararam favoráveis à deposição de Temer. A trajetória ascendente revela que a rejeição ao peemedebista continua alta entre os soteropolitanos. Apenas 7,2% se posicionaram contra o impeachment dele, enquanto 16,9% responderam o mesmo no levantamento anterior.Fonte?Bahia Noticias
OAB se pronuncia sobre assassinatos de políticos; Bahia é o 2º estado com mais mortes
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, se pronunciou nesta sexta-feira (30) sobre os assassinatos de políticos e assassinatos com motivação polícia que estão ocorrendo neste ano por conta das eleições municipais. A Bahia é o segundo maior estado em número de mortes, totalizando três, estando atrás do Rio de Janeiro.
De acordo com o Congresso em foco, os candidatos a vereador de São Sebastião do Passé, Mata de São João e Barra, respectivamente, Daniel Pereira da Silva (PSL), Julivaldo Oliveira Andrade (PMDB), mais conhecido como Quiado, e José Cláudio Carvalho Borges (PSDB), conhecido como Cacau da Oficina, foram candidatos assassinados desde agosto.
“É muito preocupante a informação apresentada hoje de que, só neste ano, já ocorreram 96 assassinatos com motivação política. O Estado brasileiro deve acompanhar de forma sistemática tudo o que tem acontecido, produzindo estatísticas rigorosas que subsidiem o combate eficiente a esses crimes que ameaçam a democracia e têm como objetivo constranger a livre intenção de voto das eleitoras e dos eleitores”, afirmou Lamachia.
O presidente ressaltou, ainda a importância da união do país em torno dos valores da democracia e a necessidade de proteger os direitos e garantias que são estabelecidos pela Constituição Federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não dispõe de informações sobre a causa da morte dos mais de 100 candidatos que faleceram desde agosto, quando o registro das candidaturas começaram.
Até agora foram cinco ocorrências no Rio de Janeiro, três na Bahia, dois em São Paulo, dois no Ceará. Oito estados tiveram um candidato morto por atos de violência: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins.Fonte:Bahia Noticias
De acordo com o Congresso em foco, os candidatos a vereador de São Sebastião do Passé, Mata de São João e Barra, respectivamente, Daniel Pereira da Silva (PSL), Julivaldo Oliveira Andrade (PMDB), mais conhecido como Quiado, e José Cláudio Carvalho Borges (PSDB), conhecido como Cacau da Oficina, foram candidatos assassinados desde agosto.
“É muito preocupante a informação apresentada hoje de que, só neste ano, já ocorreram 96 assassinatos com motivação política. O Estado brasileiro deve acompanhar de forma sistemática tudo o que tem acontecido, produzindo estatísticas rigorosas que subsidiem o combate eficiente a esses crimes que ameaçam a democracia e têm como objetivo constranger a livre intenção de voto das eleitoras e dos eleitores”, afirmou Lamachia.
O presidente ressaltou, ainda a importância da união do país em torno dos valores da democracia e a necessidade de proteger os direitos e garantias que são estabelecidos pela Constituição Federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não dispõe de informações sobre a causa da morte dos mais de 100 candidatos que faleceram desde agosto, quando o registro das candidaturas começaram.
Até agora foram cinco ocorrências no Rio de Janeiro, três na Bahia, dois em São Paulo, dois no Ceará. Oito estados tiveram um candidato morto por atos de violência: Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Tocantins.Fonte:Bahia Noticias
Ipiaú: TRE determina fechamento de rádio por propaganda para candidato a prefeito
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou o fechamento de uma emissora de rádio na cidade de Ipiaú por fazer propaganda ao candidato a prefeito Cleraldo Andrade (DEM), dono da empresa. Segundo a determinação do juiz Hilton de Miranda Gonçalves, ela deve ter o funcionamento suspenso até o domingo (2) até 17h. O advogado da defesa, Ademir Ismerim, argumenta que a rádio estava sendo usada pelo atual prefeito - aliado do democrata - para fazer propaganda de obras na cidade. Anteriormente, um locutor da emissora falava sobre política na rádio e foi preso por fazer propaganda de Cleraldo durante as transmissões. Após a prisão, o prefeito passou a participar dos programas.Fonte:Bahia Noticias
Crimes políticos mataram 96 pessoas neste ano
Levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo aponta que ao menos 96 pessoas, entre prefeitos, secretários municipais, candidatos e militantes, foram executadas por motivações políticas entre janeiro e setembro deste ano. Os dados têm como base registros policiais, em sua maioria, além de documentos de fóruns, denúncias do Ministério Público e processos nos Tribunais de Justiça.
Uma série de treze assassinatos de pré-candidatos e candidatos a vereador e cabos eleitorais no Rio de Janeiro, neste ano, contribuiu para tornar 2016 o mais sangrento na política desde a Lei de Anistia, em 1979.
O levantamento não inclui as três mortes ocorridas na quarta-feira na cidade goiana de Itumbiara. A polícia ainda investiga o motivo que levou o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral a matar o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB) e ferir o governador em exercício José Eliton (PSDB) durante uma carreata. Amaral e o policial Vanilson João Pereira morreram após o tiroteio.
Entre os motivos para as mortes de políticos neste ano está o controle do dinheiro dos municípios. Foram mortos Cícero Lopes, de Maraã (AM), Gilmar Pinheiro, de Praia Norte (TO), e José Gomes, de Goianésia (PA). Com saída apenas pelo Rio Japurá, Maraã, a 630 quilômetros de Manaus, viveu dias de guerra civil em fevereiro, quando o prefeito do PROS, de 65 anos, foi alvejado com um tiro de espingarda nas costas, numa emboscada. O vice-prefeito Magno Moraes, 24 anos, do PT, que tinha divergência com Cícero, assumiu o poder. A família de Cícero o acusa pelo assassinato.
A Polícia Civil, no entanto, indiciou quatro comerciantes que tinham dívida a receber da prefeitura. Destes, dois admitiram o crime: Lázaro e Anderson Moraes, primos de Magno.
A lista de políticos mortos neste ano inclui também candidato a vereador pelo PP do Rio e presidente da tradicional escola de samba Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, de 52 anos. Ele foi assassinado a tiros, no dia 26 de setembro, por dois homens que invadiram o seu comitê de campanha, em Madureira. A série de mortes de políticos no Estado nestas eleições é quase a mesma das disputas municipais de quatro anos atrás, quando onze pessoas morreram.
A busca do poder por meio de crimes de mando ocorre também em cidades pacatas. É o caso de Luiziana, de 7.000 habitantes, no Paraná, a 328 quilômetros de Curitiba, onde o secretário municipal de Fazenda, Lindolfo Angelo Cardoso, de 31 anos, foi morto dentro de casa e diante de um filho.
Desde a redemocratização, entidades de direitos humanos cobram dos três Poderes dados oficiais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou um número de vinte assassinatos políticos nos últimos nove meses, um avanço nas divulgações da Justiça, que sempre apresentou versões genéricas e números ainda mais baixos.
De agosto de 1979 para cá, 1.269 pessoas morreram por motivações de disputas pelo poder político no país. Este número é fruto de um monitoramento dos homicídios na política feito pelo jornal O Estado de S. Paulo há três anos.
(Com Estadão Conteúdo)
Uma série de treze assassinatos de pré-candidatos e candidatos a vereador e cabos eleitorais no Rio de Janeiro, neste ano, contribuiu para tornar 2016 o mais sangrento na política desde a Lei de Anistia, em 1979.
O levantamento não inclui as três mortes ocorridas na quarta-feira na cidade goiana de Itumbiara. A polícia ainda investiga o motivo que levou o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral a matar o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB) e ferir o governador em exercício José Eliton (PSDB) durante uma carreata. Amaral e o policial Vanilson João Pereira morreram após o tiroteio.
Entre os motivos para as mortes de políticos neste ano está o controle do dinheiro dos municípios. Foram mortos Cícero Lopes, de Maraã (AM), Gilmar Pinheiro, de Praia Norte (TO), e José Gomes, de Goianésia (PA). Com saída apenas pelo Rio Japurá, Maraã, a 630 quilômetros de Manaus, viveu dias de guerra civil em fevereiro, quando o prefeito do PROS, de 65 anos, foi alvejado com um tiro de espingarda nas costas, numa emboscada. O vice-prefeito Magno Moraes, 24 anos, do PT, que tinha divergência com Cícero, assumiu o poder. A família de Cícero o acusa pelo assassinato.
A Polícia Civil, no entanto, indiciou quatro comerciantes que tinham dívida a receber da prefeitura. Destes, dois admitiram o crime: Lázaro e Anderson Moraes, primos de Magno.
A lista de políticos mortos neste ano inclui também candidato a vereador pelo PP do Rio e presidente da tradicional escola de samba Portela, Marcos Vieira de Souza, o Falcon, de 52 anos. Ele foi assassinado a tiros, no dia 26 de setembro, por dois homens que invadiram o seu comitê de campanha, em Madureira. A série de mortes de políticos no Estado nestas eleições é quase a mesma das disputas municipais de quatro anos atrás, quando onze pessoas morreram.
A busca do poder por meio de crimes de mando ocorre também em cidades pacatas. É o caso de Luiziana, de 7.000 habitantes, no Paraná, a 328 quilômetros de Curitiba, onde o secretário municipal de Fazenda, Lindolfo Angelo Cardoso, de 31 anos, foi morto dentro de casa e diante de um filho.
Desde a redemocratização, entidades de direitos humanos cobram dos três Poderes dados oficiais. Desta vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou um número de vinte assassinatos políticos nos últimos nove meses, um avanço nas divulgações da Justiça, que sempre apresentou versões genéricas e números ainda mais baixos.
De agosto de 1979 para cá, 1.269 pessoas morreram por motivações de disputas pelo poder político no país. Este número é fruto de um monitoramento dos homicídios na política feito pelo jornal O Estado de S. Paulo há três anos.
(Com Estadão Conteúdo)
Temer: “Brasil tem pressa, quem perdeu emprego não pode esperar”
O presidente Michel Temer falou sobre a urgência de crescimento econômico para uma plateia de empresários durante a abertura do Fórum da revista EXAME, da Editora Abril, que edita VEJA, nesta sexta-feira, em São Paulo. No mesmo dia em que o IBGE divulgou número recorde de desempregados no Brasil — 12 milhões — Temer admitiu a necessidade inadiável de medidas para retomar a economia do país. “O momento atual é grave e precisamos compreender isso com objetividade”, disse ele. “O Brasil tem pressa. Quem perdeu emprego não pode esperar. Famílias endividadas não podem esperar”, avaliou.
Para tanto o presidente pediu ajuda da iniciativa privada e disse que o momento requer a colaboração de vários setores da sociedade. “A criação de emprego não é um ato isolado de vontades, é a conjugação de várias vontades de empreendedores”. A recuperação, disse, virá a partir da colaboração de trabalhadores e empregadores. “O rumo para a reconstrução do nosso país já foi aberto. Juntos, vamos construir um Brasil mais moderno, mais próspero e mais justo.”
Temer falou também sobre a necessidade de reformas indispensáveis, mesmo aquelas que possam parecer impopulares num primeiro momento. “Se eu ficar impopular, mas o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito.”
Sobre a reforma trabalhista, disse que pode ser postergada caso decisões da Justiça favoreçam a flexibilização das relações de trabalho. “Nesses últimos dias, eu tenho verificado decisões do Tribunal Superior do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal no sentido de privilegiar o que foi acordado”, avaliou. “Vamos deixar a reforma para um pouco mais adiante. De repente, não é preciso nem mobilizar o país, já que a o STF tem decidido muitas questões pela interpretação sistêmica da lei”, disse Temer.
Em relação à reforma da previdência, voltou a afirmar que ela não retirará direitos adquiridos, e que está discutindo-a também com sindicatos. “Se eles não aceitarem, pelo menos estamos pavimentando o terreno”, disse.
Críticas
Ao falar da situação fiscal do país, Temer não poupou críticas. Para ele, a crise econômica é resultado do desequilíbrio fiscal do governo Dilma — cujo nome não citou nenhuma vez — que aumentou gastos em ritmo maior que as receitas. “É como se estivessem vendo o precipício e colocassem os dois pés no acelerador”, comparou. Para Temer, foi a crise fiscal que gerou uma crise de confiança, que derrubou o consumo e a atividade.
Para tanto o presidente pediu ajuda da iniciativa privada e disse que o momento requer a colaboração de vários setores da sociedade. “A criação de emprego não é um ato isolado de vontades, é a conjugação de várias vontades de empreendedores”. A recuperação, disse, virá a partir da colaboração de trabalhadores e empregadores. “O rumo para a reconstrução do nosso país já foi aberto. Juntos, vamos construir um Brasil mais moderno, mais próspero e mais justo.”
Temer falou também sobre a necessidade de reformas indispensáveis, mesmo aquelas que possam parecer impopulares num primeiro momento. “Se eu ficar impopular, mas o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito.”
Sobre a reforma trabalhista, disse que pode ser postergada caso decisões da Justiça favoreçam a flexibilização das relações de trabalho. “Nesses últimos dias, eu tenho verificado decisões do Tribunal Superior do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal no sentido de privilegiar o que foi acordado”, avaliou. “Vamos deixar a reforma para um pouco mais adiante. De repente, não é preciso nem mobilizar o país, já que a o STF tem decidido muitas questões pela interpretação sistêmica da lei”, disse Temer.
Em relação à reforma da previdência, voltou a afirmar que ela não retirará direitos adquiridos, e que está discutindo-a também com sindicatos. “Se eles não aceitarem, pelo menos estamos pavimentando o terreno”, disse.
Críticas
Ao falar da situação fiscal do país, Temer não poupou críticas. Para ele, a crise econômica é resultado do desequilíbrio fiscal do governo Dilma — cujo nome não citou nenhuma vez — que aumentou gastos em ritmo maior que as receitas. “É como se estivessem vendo o precipício e colocassem os dois pés no acelerador”, comparou. Para Temer, foi a crise fiscal que gerou uma crise de confiança, que derrubou o consumo e a atividade.
Lava Jato: Moro decide manter Palocci na prisão
O juiz federal Sergio Moro decidiu nesta sexta-feira converter a prisão temporária de Antonio Palocci em prisão preventiva, que não tem prazo para soltura. Preso na segunda-feira na 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada Omertà, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma seria libertado caso Moro não acatasse o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Federal. A PF alegou que, fora da cadeia, Palocci poderia fugir ou destruir provas. O ex-ministro, que está detido em Curitiba, é suspeito de receber propina da empreiteira Odebrecht no esquema do petrolão.
Na decisão, Moro também converteu em preventiva a prisão de Branislav Kontic, que foi assessor de Palocci na Casa Civil. Outro alvo da Omertà, Juscelino Dourado, que foi chefe de gabinete de Palocci na Fazenda, foi libertado pelo juiz, que determinou medidas cautelares como a entrega do passaporte e a proibição de deixar o país.
“Considerando a causa das prisões preventivas, entre elas a prova, em cognição sumária, de que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic teriam intermediado o pagamento subreptício de milhões de dólares e de reais para campanhas eleitorais, inclusive para o pagamento de publicitários em conta secreta no exterior, o propósito da lei, de evitar interferência indevida nas eleições e proteger a sua integridade, parece ser mais bem servido com a prisão cautelar do que com a liberdade dos investigados”, assinalou o juiz.
Omertà
Considerada uma das fases mais importantes da Lava Jato, a 35ª etapa das investigações sobre o petrolão apura também supostos favorecimentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele próprio já réu em dois processos relacionados ao escândalo de corrupção na Petrobras, por meio do Setor de Operações Estruturadas, considerado um departamento da propina da Odebrecht. As suspeitas de novas benesses em favor de Lula teriam intermediação do pecuarista José Carlos Bumlai, já preso na Lava Jato. Investigadores que atuam no caso estimam que este flanco da apuração superaria o que foi descoberto de Lula sobre o tríplex no Guarujá e sobre o sítio de Atibaia. Os novos indicativos envolvem um prédio que seria destinado ao ex-presidente. A Odebrecht chegou até a comprar o terreno em benefício do petista.Fonte:Veja
Na decisão, Moro também converteu em preventiva a prisão de Branislav Kontic, que foi assessor de Palocci na Casa Civil. Outro alvo da Omertà, Juscelino Dourado, que foi chefe de gabinete de Palocci na Fazenda, foi libertado pelo juiz, que determinou medidas cautelares como a entrega do passaporte e a proibição de deixar o país.
“Considerando a causa das prisões preventivas, entre elas a prova, em cognição sumária, de que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic teriam intermediado o pagamento subreptício de milhões de dólares e de reais para campanhas eleitorais, inclusive para o pagamento de publicitários em conta secreta no exterior, o propósito da lei, de evitar interferência indevida nas eleições e proteger a sua integridade, parece ser mais bem servido com a prisão cautelar do que com a liberdade dos investigados”, assinalou o juiz.
Omertà
Considerada uma das fases mais importantes da Lava Jato, a 35ª etapa das investigações sobre o petrolão apura também supostos favorecimentos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele próprio já réu em dois processos relacionados ao escândalo de corrupção na Petrobras, por meio do Setor de Operações Estruturadas, considerado um departamento da propina da Odebrecht. As suspeitas de novas benesses em favor de Lula teriam intermediação do pecuarista José Carlos Bumlai, já preso na Lava Jato. Investigadores que atuam no caso estimam que este flanco da apuração superaria o que foi descoberto de Lula sobre o tríplex no Guarujá e sobre o sítio de Atibaia. Os novos indicativos envolvem um prédio que seria destinado ao ex-presidente. A Odebrecht chegou até a comprar o terreno em benefício do petista.Fonte:Veja
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Maioria das escolas tem Wi-Fi, mas alunos estão proibidos de usá-lo
Maior parte das escolas públicas e privadas do Brasil tem uma rede de internet sem fio, mas os estudantes não têm acesso à senha, segundo dados da pesquisa TIC Educação 2015, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), divulgados na manhã desta quinta-feira (29). De acordo com a pesquisa, feita anualmente para identificar a infraestrutura e os usos das tecnologias de informação e comunicação na educação brasileira, só em 16% das escolas privadas e em 6% das públicas as redes de internet Wi-Fi são abertas e qualquer pessoa pode ter acesso, sem necessidade de senha.
Em 58% das escolas privadas, a rede de internet precisa ser acessada com senha, mas os alunos estão proibidos de acessá-la. O número aumenta para 62%, no caso das escolas públicas. Já em 19% das escolas privadas e em 16% das públicas, a rede é restrita com senha, mas os alunos têm o acesso permitido. Em 16% das escolas públicas, não há wifi disponível. O número cai para 6% entre as escolas privadas.
"Isso certamente inibe qualquer tipo de prática inovadora para o uso de dispositivos móveis. Na verdade, as escolas querem evitar que o aluno tenha acesso à internet durante a exposição do professor", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. "Temos também a questão da banda: se todos os alunos conectarem seus celulares à internet e fizerem downloads, provavelmente a infraestrutura não será robusta o suficiente para permitir o acesso de todos."
A pesquisa foi feita com base em dados coletados entre setembro e dezembro de 2015. Foram feitas entrevistas em 898 escolas, com 898 diretores, 861 coordenadores pedagógicos, 1.631 professores e 9.213 alunos.
A pesquisa TIC Educação é realizada todos os anos pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do CGI.br. Os dados divulgados neste ano mostram que o número de computadores instalados dentro da sala de aula das escolas públicas cresceu seis vezes em três anos. Na pesquisa TIC Educação 2012, divulgada no primeiro semestre de 2013, só 7% das salas de aula da rede pública tinham um computador disponível. Na edição de 2015 da pesquisa, divulgada nesta quinta, o número subiu para 43%.
Na rede privada, o número quase triplicou: em 2012, 26% das salas de aula tinham acesso a um computador. Em 2015, esse número subiu para 72%.
Na rede pública, 35% dos professores realizam atividades pedagógicas envolvendo a internet com os alunos no laboratório de informática ou em uma sala de computadores, 23% as fazem na própria sala de aula e 19%, na sala dos professores. Já no caso da rede privada, metade dos professores realiza atividades com o apoio da internet dentro da sala de aula, 29% usa o laboratório de informática e 23% realiza essas atividades na sala dos professores.
Tecnologia como apoio pedagógico
Segundo os dados, 100% dos professores da rede privada e 98% dos professores da rede pública afirmaram serem usuários de internet. Desse grupo, 73% disseram usar computadores e internet durante atividades na sala de aula. Entre as atividades que pelo menos metade dos professores afirmam fazer, usando a tecnologia como apoio, estão a realização de trabalhos sobre temas específicos, a realização de trabalhos em grupos, aulas expositivas e a realização de exercícios.
Já as atividades menos frequentes nas quais a tecnologia é incluída no processo pedagógico estão a produção de planilhas e gráficos e trabalhos com jogos educativos.
Em geral, a situação da infraestrutura de tecnologia nas escolas privadas segue mais avançada do que na rede pública. Em alguns casos, porém, a realidade é quase igual. É o caso do uso do computador portátil próprio na escola, hábito de 46% dos professores de escola pública e 45% dos docentes da rede particular. No caso dos tablets, o número cai para 13% na rede privada, e 14% na rede pública. As estatísticas, porém, são menores do que há quatro anos, quando 76% dos professores da rede pública levavam o próprio netbook para a aula.Fonte:G1
Em 58% das escolas privadas, a rede de internet precisa ser acessada com senha, mas os alunos estão proibidos de acessá-la. O número aumenta para 62%, no caso das escolas públicas. Já em 19% das escolas privadas e em 16% das públicas, a rede é restrita com senha, mas os alunos têm o acesso permitido. Em 16% das escolas públicas, não há wifi disponível. O número cai para 6% entre as escolas privadas.
"Isso certamente inibe qualquer tipo de prática inovadora para o uso de dispositivos móveis. Na verdade, as escolas querem evitar que o aluno tenha acesso à internet durante a exposição do professor", afirma Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. "Temos também a questão da banda: se todos os alunos conectarem seus celulares à internet e fizerem downloads, provavelmente a infraestrutura não será robusta o suficiente para permitir o acesso de todos."
A pesquisa foi feita com base em dados coletados entre setembro e dezembro de 2015. Foram feitas entrevistas em 898 escolas, com 898 diretores, 861 coordenadores pedagógicos, 1.631 professores e 9.213 alunos.
A pesquisa TIC Educação é realizada todos os anos pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do CGI.br. Os dados divulgados neste ano mostram que o número de computadores instalados dentro da sala de aula das escolas públicas cresceu seis vezes em três anos. Na pesquisa TIC Educação 2012, divulgada no primeiro semestre de 2013, só 7% das salas de aula da rede pública tinham um computador disponível. Na edição de 2015 da pesquisa, divulgada nesta quinta, o número subiu para 43%.
Na rede privada, o número quase triplicou: em 2012, 26% das salas de aula tinham acesso a um computador. Em 2015, esse número subiu para 72%.
Na rede pública, 35% dos professores realizam atividades pedagógicas envolvendo a internet com os alunos no laboratório de informática ou em uma sala de computadores, 23% as fazem na própria sala de aula e 19%, na sala dos professores. Já no caso da rede privada, metade dos professores realiza atividades com o apoio da internet dentro da sala de aula, 29% usa o laboratório de informática e 23% realiza essas atividades na sala dos professores.
Tecnologia como apoio pedagógico
Segundo os dados, 100% dos professores da rede privada e 98% dos professores da rede pública afirmaram serem usuários de internet. Desse grupo, 73% disseram usar computadores e internet durante atividades na sala de aula. Entre as atividades que pelo menos metade dos professores afirmam fazer, usando a tecnologia como apoio, estão a realização de trabalhos sobre temas específicos, a realização de trabalhos em grupos, aulas expositivas e a realização de exercícios.
Já as atividades menos frequentes nas quais a tecnologia é incluída no processo pedagógico estão a produção de planilhas e gráficos e trabalhos com jogos educativos.
Em geral, a situação da infraestrutura de tecnologia nas escolas privadas segue mais avançada do que na rede pública. Em alguns casos, porém, a realidade é quase igual. É o caso do uso do computador portátil próprio na escola, hábito de 46% dos professores de escola pública e 45% dos docentes da rede particular. No caso dos tablets, o número cai para 13% na rede privada, e 14% na rede pública. As estatísticas, porém, são menores do que há quatro anos, quando 76% dos professores da rede pública levavam o próprio netbook para a aula.Fonte:G1
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