terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Rui lança edital de R$ 16 milhões para compra de alimentos da agricultura familiar
O governador Rui Costa lançou nesta segunda-feira (19), em Feira de Santana, o edital de aquisição de alimentos da agricultura familiar para atender a rede estadual de ensino. O edital é no valor de R$ 16 milhões. "Há dois anos o governo comprava só 5% dos alimentos para merenda escolar da agricultura familiar. Chegamos em 2016 comprando cerca de 23%. Com esse edital queremos chegar aos 30% garantindo um alimento mais saudável para estudantes e uma renda melhor para os agricultores, que passarão a comercializar seus produtos em maior volume", declarou Rui. Os alimentos da agricultura familiar estão presentes nas refeições de 912 mil alunos, através de grãos, verduras, frutas, farinha de mandioca, iogurte, achocolatado, geleias, polpas e temperos.Fonte:Bahia Noticias
Gravidez causa mudanças no cérebro das mulheres, diz estudo
A gravidez altera a estrutura cerebral das mães, causando modificações que podem favorecer a habilidade para cuidar dos bebês, sugere um estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Nature Neuroscience. Segundo os pesquisadores, o volume da massa cinzenta é alterado em regiões do cérebro ligadas à percepção de sentimentos e necessidades dos outros em mulheres que acabaram de ter filhos. De acordo com os cientistas, essa é uma das primeiras evidências de que as alterações no cérebro materno podem ajudar nos cuidados com as crianças.
“Os resultados apontam que a plasticidade cerebral da gravidez tem o propósito evolutivo de fazer com que as mães se ocupem das necessidades de seus filhos”, afirmou Erika Barba-Müller, pesquisadora da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e uma das autoras do estudo, em comunicado.
Alterações cerebrais
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o cérebro de 25 mulheres que tiveram filhos pela primeira vez, por meio de imagens de ressonância magnética, antes e depois da gravidez. Comparando as imagens com as do cérebro de dezessete homens e vinte mulheres sem filhos, os cientistas perceberam que as mulheres que tinham acabado de ter filhos exibiam a massa cinzenta reduzida em regiões associadas à capacidade de perceber emoções e pontos de vista alheios. Segundo os pesquisadores, essa diminuição tem o propósito de tornar as ligações cerebrais mais eficazes e favorecer as relações afetivas entre as mães e as crianças.
“Acreditamos que a redução se deve a um processo similar à ‘poda sináptica’ que acontece durante a adolescência, quando as sinapses [conexões cerebrais que transmitem dados de um neurônio a outro] mais fracas são eliminadas para favorecer um processamento mental mais maduro e eficiente”, explica Susanna Carmona, pesquisadora da UAB, e uma das autoras do estudo.
O estudo revela ainda que as alterações cerebrais podem perdurar por até dois anos, sugerindo que as transformações podem preparar as mães para as necessidades sociais que a maternidade exige.
Especialistas
Para Kirstie Whitaker, especialista em neuroimagem da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apesar da quantidade pequena de mulheres analisadas, o estudo é convincente. “A mãe de primeira viagem tem que se esforçar ao máximo para entender e suprir as novas necessidades do seu bebê. Um novo ser que ela ainda está conhecendo os hábitos. O que pode incluir adaptação cerebral ligada as pressões evolutivas do ambiente”, afirmou a cientista, que não está envolvida na pesquisa, em entrevista ao jornal The Guardian.
Segundo Paul Thompson, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia (USC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, afirmou que há três possibilidades para a alteração da massa cinzenta analisada nesta nova pesquisa. “A primeira probabilidade é que a alteração cerebral não é benéfica e no futuro isso poderia trazer consequências negativas para a mãe. A segunda [possibilidade] seria um reflexo dos novos hábitos da mãe, como as poucas horas dormidas, o estresse e a alteração na alimentação. Já terceira, seria uma adaptação do próprio corpo para a mãe conseguir lidar com futuro materno. O cérebro estaria buscando ser mais eficiente em habilidades maternas de nutrir o novo ser e ser vigilante ao máximo para sempre ensinar o bebê”, disse ele, que também não participou da pesquisa, em entrevista ao The New York Times. Fonte:Veja
“Os resultados apontam que a plasticidade cerebral da gravidez tem o propósito evolutivo de fazer com que as mães se ocupem das necessidades de seus filhos”, afirmou Erika Barba-Müller, pesquisadora da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e uma das autoras do estudo, em comunicado.
Alterações cerebrais
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o cérebro de 25 mulheres que tiveram filhos pela primeira vez, por meio de imagens de ressonância magnética, antes e depois da gravidez. Comparando as imagens com as do cérebro de dezessete homens e vinte mulheres sem filhos, os cientistas perceberam que as mulheres que tinham acabado de ter filhos exibiam a massa cinzenta reduzida em regiões associadas à capacidade de perceber emoções e pontos de vista alheios. Segundo os pesquisadores, essa diminuição tem o propósito de tornar as ligações cerebrais mais eficazes e favorecer as relações afetivas entre as mães e as crianças.
“Acreditamos que a redução se deve a um processo similar à ‘poda sináptica’ que acontece durante a adolescência, quando as sinapses [conexões cerebrais que transmitem dados de um neurônio a outro] mais fracas são eliminadas para favorecer um processamento mental mais maduro e eficiente”, explica Susanna Carmona, pesquisadora da UAB, e uma das autoras do estudo.
O estudo revela ainda que as alterações cerebrais podem perdurar por até dois anos, sugerindo que as transformações podem preparar as mães para as necessidades sociais que a maternidade exige.
Especialistas
Para Kirstie Whitaker, especialista em neuroimagem da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apesar da quantidade pequena de mulheres analisadas, o estudo é convincente. “A mãe de primeira viagem tem que se esforçar ao máximo para entender e suprir as novas necessidades do seu bebê. Um novo ser que ela ainda está conhecendo os hábitos. O que pode incluir adaptação cerebral ligada as pressões evolutivas do ambiente”, afirmou a cientista, que não está envolvida na pesquisa, em entrevista ao jornal The Guardian.
Segundo Paul Thompson, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia (USC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, afirmou que há três possibilidades para a alteração da massa cinzenta analisada nesta nova pesquisa. “A primeira probabilidade é que a alteração cerebral não é benéfica e no futuro isso poderia trazer consequências negativas para a mãe. A segunda [possibilidade] seria um reflexo dos novos hábitos da mãe, como as poucas horas dormidas, o estresse e a alteração na alimentação. Já terceira, seria uma adaptação do próprio corpo para a mãe conseguir lidar com futuro materno. O cérebro estaria buscando ser mais eficiente em habilidades maternas de nutrir o novo ser e ser vigilante ao máximo para sempre ensinar o bebê”, disse ele, que também não participou da pesquisa, em entrevista ao The New York Times. Fonte:Veja
Brasileiro relata clima após ataque a mercado de Natal em Berlim
O ataque ao mercado de Natal em Berlim, na Alemanha, na noite desta segunda-feira deixou ao menos doze mortos e 48 feridos na praça Breitscheidplatz, bairro de Charlottenburg. O brasileiro Inacio Guerberoff Lanari Bo mora a três quadras do local do acidente e disse, em entrevista que “não ouviu barulhos nem movimentação na rua” na hora do ataque, por volta das 20h40 locais. “Ouvi uns barulhos na rua, mas não daria pra diferenciar de um dia normal. Curiosamente, eu tive que ligar a CNN aqui pra ver a reação imediata ao ataque”, relatou o economista e professor.
De acordo com o brasileiro, que vive na Alemanha há 2 anos e meio e frequenta o mercado de Natal, a feira estava montada em um quarteirão entre duas avenidas de médio porte, pelas quais o acesso de carros era livre, ou seja, poderiam transitar caminhões ou veículos de grande porte. As barraquinhas de comércio, porém, estavam em um nível superior ao da rua, de maneira que o público também permanecia em uma altura mais alta que a dos carros do tráfego local.
“Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.
“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”, disse. “Mas aqui na Alemanha, diferentemente dos Estados Unidos, as pessoas enfatizam mais a liberdade deles fazerem o que querem ao invés de restringirem suas vontades em nome da segurança. Eu nunca presenciei ou ouvi alguém na Alemanha falando em mudar o que iria fazer por medo de atentado”, relatou o brasileiro, que também estava em Boston no atentado à maratona.
Autoria indefinida — O mercado de Natal deste ano começou há cerca de um mês em Berlim, assim como em outras cidades europeias. No dia 21 de novembro, as autoridades da França anunciaram a prisão de um grupo de sete pessoas suspeitas de planejarem atentados contra mercados de Natal de Estrasburgo e de Marselha.
Apesar de especulações de que o ataque em Berlim teria autoria do grupo extremista Estado Islâmico ou que seria obra de um lobo solitário com ligação terrorista, as autoridades evitam lançar acusações precipitadas. Nenhum grupo assumiu publicamente e oficialmente alguma relação com o incidente em Berlim até o momento. Sabe-se apenas que a placa do caminhão era da Polônia e que a empresa responsável pelo veículo havia perdido o contato com o motorista.
(Com ANSA)
De acordo com o brasileiro, que vive na Alemanha há 2 anos e meio e frequenta o mercado de Natal, a feira estava montada em um quarteirão entre duas avenidas de médio porte, pelas quais o acesso de carros era livre, ou seja, poderiam transitar caminhões ou veículos de grande porte. As barraquinhas de comércio, porém, estavam em um nível superior ao da rua, de maneira que o público também permanecia em uma altura mais alta que a dos carros do tráfego local.
“Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.
“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”, disse. “Mas aqui na Alemanha, diferentemente dos Estados Unidos, as pessoas enfatizam mais a liberdade deles fazerem o que querem ao invés de restringirem suas vontades em nome da segurança. Eu nunca presenciei ou ouvi alguém na Alemanha falando em mudar o que iria fazer por medo de atentado”, relatou o brasileiro, que também estava em Boston no atentado à maratona.
Autoria indefinida — O mercado de Natal deste ano começou há cerca de um mês em Berlim, assim como em outras cidades europeias. No dia 21 de novembro, as autoridades da França anunciaram a prisão de um grupo de sete pessoas suspeitas de planejarem atentados contra mercados de Natal de Estrasburgo e de Marselha.
Apesar de especulações de que o ataque em Berlim teria autoria do grupo extremista Estado Islâmico ou que seria obra de um lobo solitário com ligação terrorista, as autoridades evitam lançar acusações precipitadas. Nenhum grupo assumiu publicamente e oficialmente alguma relação com o incidente em Berlim até o momento. Sabe-se apenas que a placa do caminhão era da Polônia e que a empresa responsável pelo veículo havia perdido o contato com o motorista.
(Com ANSA)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Para Nilo, deputados não devem ter aumento nos próximos dois anos
Se depender do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), os deputados estaduais não devem esperar por aumento no salário nos próximos anos. Em almoço com jornalistas (veja aqui), nesta segunda-feira (19), Nilo garantiu: “Se eu for presidente, não vou dar aumento para os deputados nos próximos dois anos”.
A afirmação foi feita poucas horas antes da Câmara Municipal de Salvador aprovar um aumento de quase 25% para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários (leia mais aqui). Durante o almoço, Nilo citou ações que tomou ao longo deste ano para evitar a necessidade de suplementação do governo do estado. Entre as medidas citadas estão a realização de “turnões” em janeiro, a suspensão da AL-BA itinerante, a redução do investimento em mídia e o não reajuste de servidores. Atualmente, os deputados recebem salário de R$ 25.322,53.Fonte:Bahia Noticias
A afirmação foi feita poucas horas antes da Câmara Municipal de Salvador aprovar um aumento de quase 25% para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários (leia mais aqui). Durante o almoço, Nilo citou ações que tomou ao longo deste ano para evitar a necessidade de suplementação do governo do estado. Entre as medidas citadas estão a realização de “turnões” em janeiro, a suspensão da AL-BA itinerante, a redução do investimento em mídia e o não reajuste de servidores. Atualmente, os deputados recebem salário de R$ 25.322,53.Fonte:Bahia Noticias
Condição de advogado não imuniza, diz Moro sobre defensor de Lula
Na decisão que colocou os oito acusados no banco dos réus, o magistrado afirmou que "a condição de advogado de Roberto Teixeira não o imuniza contra a imputação". "Não ignora este Juízo a necessidade de se proteger juridicamente a relação entre cliente e advogado, mas não há imunidade desta relação, conforme jurisprudência consolidada nos tribunais pátrios, bem como assim se procede no Direito Comparado, quando o próprio advogado se envolve em ilícitos criminais, ainda que a título de assessoramento de seu cliente, havendo fundada suspeita no presente caso em relação às condutas de Roberto Teixeira", observou o juiz da Lava Jato.
Moro anotou que "a proteção jurídica restringe-se à relação entre advogado e cliente que seja pertinente à assistência jurídica lícita, não abrangendo a prática de atividades criminosas". "Nessa última hipótese, o advogado não age como tal, ou seja, não age em defesa de seu cliente ou para prestar-lhe assistência jurídica, mas sim como associado ao crime", afirmou. Lula é alvo de cinco denúncias: duas da Lava Jato, no Paraná, uma na Operação Zelotes, uma na Operação Janus e uma no âmbito da Lava Jato, em Brasília.
Também viraram réus nesta nova ação da Lava Jato o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) e seu ex-assessor Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques e a mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.Fonte:por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo
MPF denuncia ex-prefeito de Cansanção e mais 18 por desvio de recursos públicos
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito afastado de Cansanção, Ranulfo da Silva Gomes, e mais 18 pessoas, entre elas ex-secretários do município, por crime de associação à organização criminosa e fraude licitatória. Ranulfo é acusado de liderar esquema de desvio de recursos públicos e foi afastado do comando da prefeitura em outubro de 2015, após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Investigações da Operação Making of, deflagrada em 2015, apontaram a contratação de empresas pertencentes ao prefeito e seus familiares registradas em nome de laranjas de forma sistemática pela administração municipal. “Com a utilização dessas empresas, o prefeito e seu grupo garantiu o total controle, durante os anos de 2011 a 2015, das contratações realizadas pela prefeitura de Cansanção nos mais variados produtos e serviços, dentre eles o fornecimento de equipamentos de informática e serviço de transporte escolar do município”, destaca a denúncia da procuradora regional da República Raquel Branquinho.
De acordo com o MPF, o esquema tinha o objetivo de desviar os recursos públicos do município para enriquecimento ilícito do prefeito afastado, de seus familiares e dos demais envolvidos, que figuravam como proprietários de empresas ligadas à contratações fraudulentas da prefeitura, muitas delas realizadas por dispensa de licitação. Fonte:Bahia Noticias
Investigações da Operação Making of, deflagrada em 2015, apontaram a contratação de empresas pertencentes ao prefeito e seus familiares registradas em nome de laranjas de forma sistemática pela administração municipal. “Com a utilização dessas empresas, o prefeito e seu grupo garantiu o total controle, durante os anos de 2011 a 2015, das contratações realizadas pela prefeitura de Cansanção nos mais variados produtos e serviços, dentre eles o fornecimento de equipamentos de informática e serviço de transporte escolar do município”, destaca a denúncia da procuradora regional da República Raquel Branquinho.
De acordo com o MPF, o esquema tinha o objetivo de desviar os recursos públicos do município para enriquecimento ilícito do prefeito afastado, de seus familiares e dos demais envolvidos, que figuravam como proprietários de empresas ligadas à contratações fraudulentas da prefeitura, muitas delas realizadas por dispensa de licitação. Fonte:Bahia Noticias
Doença misteriosa deixa Bahia em alerta
Uma doença ainda não identificada está deixando em alerta o setor de saúde da Bahia. Nos últimos dias, 11 pessoas em Salvador e no litoral norte do Estado apresentaram fortes dores musculares e eliminaram urina preta. Especialistas desconfiam que o consumo de um peixe do litoral baiano esteja relacionado ao surto.
Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que atendeu alguns desses pacientes, um deles teve o quadro agravado por uma insuficiência renal, mas todos já foram liberados. Inicialmente, a expectativa era de que o vírus fosse transmitido por via oral, tendo em vista a ocorrência de casos entre pessoas de uma mesma família.
Mas, a partir do surgimento de outros casos, os especialistas passaram a desconfiar que o problema esteja relacionado ao consumo de um determinado peixe do litoral da Bahia conhecido como olho de boi ou arabaiana.Segundo Bandeira, um ponto comum entre os pacientes foi o consumo da carne do peixe, em localidades diferentes. De acordo com o infectologista, foram coletadas amostras dos pacientes para identificar possíveis vírus ou agentes transmissores.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), embora ainda não fale sobre o assunto, divulgou um alerta às unidades de saúde explicando sobre o registro dos casos atendidos e internados em Salvador, entre os dias 2 e 10 de dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas, sugerindo que a transmissão poderia ocorrer por meio de contato ou gotículas.
Gúbio Soares, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) está analisando algumas amostras de material colhido, mas o resultado somente deverá ser conhecido dentro de 15 dias. Um alerta sobre os principais sintomas do problema já tomou conta das redes sociais e tem sido compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp.
“Ainda não há certeza sobre as causas da doença, estamos trabalhando com as duas hipóteses, mas a orientação é de que, ao perceber os sintomas, os pacientes se hidratem bastantes, e evitem a automedicação. A indicação é procurar imediatamente um médico para que os sintomas não evoluam”, disse Bandeira.
(Com Estadão Conteúdo)
Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que atendeu alguns desses pacientes, um deles teve o quadro agravado por uma insuficiência renal, mas todos já foram liberados. Inicialmente, a expectativa era de que o vírus fosse transmitido por via oral, tendo em vista a ocorrência de casos entre pessoas de uma mesma família.
Mas, a partir do surgimento de outros casos, os especialistas passaram a desconfiar que o problema esteja relacionado ao consumo de um determinado peixe do litoral da Bahia conhecido como olho de boi ou arabaiana.Segundo Bandeira, um ponto comum entre os pacientes foi o consumo da carne do peixe, em localidades diferentes. De acordo com o infectologista, foram coletadas amostras dos pacientes para identificar possíveis vírus ou agentes transmissores.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), embora ainda não fale sobre o assunto, divulgou um alerta às unidades de saúde explicando sobre o registro dos casos atendidos e internados em Salvador, entre os dias 2 e 10 de dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas, sugerindo que a transmissão poderia ocorrer por meio de contato ou gotículas.
Gúbio Soares, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) está analisando algumas amostras de material colhido, mas o resultado somente deverá ser conhecido dentro de 15 dias. Um alerta sobre os principais sintomas do problema já tomou conta das redes sociais e tem sido compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp.
“Ainda não há certeza sobre as causas da doença, estamos trabalhando com as duas hipóteses, mas a orientação é de que, ao perceber os sintomas, os pacientes se hidratem bastantes, e evitem a automedicação. A indicação é procurar imediatamente um médico para que os sintomas não evoluam”, disse Bandeira.
(Com Estadão Conteúdo)
MP pede condenação de Haddad e mais 11 por desvios no Municipal
O Ministério Público de São Paulo pediu a condenação – em ação de improbidade administrativa – do prefeito Fernando Haddad (PT), do maestro John Neschling e mais dez investigados no escândalo de desvio de verbas do Theatro Municipal de São Paulo. A Promotoria requereu a condenação do petista e dos demais citados à suspensão dos direitos políticos e, solidariamente, à devolução de 128,7 milhões de reais por “danos causados” a partir de pagamentos efetuados para o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC) e de 468.000 reais decorrentes da contratação de Neschling.
Além de Haddad e do maestro são citados Willian Nacked, John Luciano Neschiling, Rogério Ceron de Oliveira, Nunzio Briguglio Filho, João Luiz Silva Ferreira, Aline Sultani, Ana Flávia Cabral Souza Leite, Ana Paula Teston, Valentin Proczynski e José Roberto Mazetto.
A ação, submetida ao Fórum da Fazenda Pública da Capital, é subscrita pelos promotores de Justiça Marcelo Camargo Miani e Nelson Luís Sampaio de Andrade – ambos da Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga corrupção e improbidade.
Um dos acusados, José Luiz Herencia é ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Investigado por supostamente superfaturar contratos da entidade com artistas e causar prejuízo de pelo menos 18 milhões de reaus aos cofres públicos, Herencia fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual.
Ele confessou os crimes e delatou outros supostos participantes do esquema de corrupção – o maestro Neschling, que foi diretor artístico durante a gestão de Herencia, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.
Além de Haddad e do maestro são citados Willian Nacked, John Luciano Neschiling, Rogério Ceron de Oliveira, Nunzio Briguglio Filho, João Luiz Silva Ferreira, Aline Sultani, Ana Flávia Cabral Souza Leite, Ana Paula Teston, Valentin Proczynski e José Roberto Mazetto.
A ação, submetida ao Fórum da Fazenda Pública da Capital, é subscrita pelos promotores de Justiça Marcelo Camargo Miani e Nelson Luís Sampaio de Andrade – ambos da Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga corrupção e improbidade.
Um dos acusados, José Luiz Herencia é ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Investigado por supostamente superfaturar contratos da entidade com artistas e causar prejuízo de pelo menos 18 milhões de reaus aos cofres públicos, Herencia fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual.
Ele confessou os crimes e delatou outros supostos participantes do esquema de corrupção – o maestro Neschling, que foi diretor artístico durante a gestão de Herencia, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.
Juiz federal baiano recebe R$ 198 mil de salário, aponta revista Veja
Uma matéria da Revista Veja, publicada no último sábado (17), revela que o juiz federal baiano, Carlos D´ávila Teixeira, recebeu R$ 198,8 mil de salário, no mês de setembro, sendo que, deste total, R$ 154 mil são de “vantagens eventuais”. A matéria “A farra dos Marajás”, lista os maiores salários pagos a servidores federais no país, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público. A revista pontua que boa parte dos supersalários está no Judiciário, e que tomou como base o vencimento de setembro, analisando o que foi pago aos servidores nos dois meses anteriores.
“Para realizar o levantamento, Veja somou aos salários dos servidores todos os benefícios recebidos e subtraiu gratificações natalinas, adicionais de férias e o abate do teto constitucional”, diz a reportagem. Outros salários altos identificados pela publicação, são da desembargadora federal de São Paulo, Therezinha Cazerta, que no período, recebeu R$ 83 mil. A juíza federal Vera Lúcia Feil Ponciano, de acordo com a revista, recebeu R$ 82,5 mil.
Outro juiz federal com alto salário é Alfredo dos Santos Cunha, com vencimento de R$ 82,4 mil. No Ministério Público, o procurador da República com maior salário observado pela revista foi Daniel Cesar Azeredo, com vencimento de R$ 96 mil em setembro. O procurador da República Elton Ghersel também recebeu supersalário, na casa de R$ 76,5 mil. Já Edson Abdon Peixoto, tem vencimento de R$ 68 mil, a procuradora Renata Ribeiro, R$ 67,9 mil e o procurador da República Wanderley Sanan Dantas recebeu R$ 66 mil. Somente em 2015, o país custeou R$ 840 milhões em auxílio moradia para 16 mil juízes.Fonte:Veja
“Para realizar o levantamento, Veja somou aos salários dos servidores todos os benefícios recebidos e subtraiu gratificações natalinas, adicionais de férias e o abate do teto constitucional”, diz a reportagem. Outros salários altos identificados pela publicação, são da desembargadora federal de São Paulo, Therezinha Cazerta, que no período, recebeu R$ 83 mil. A juíza federal Vera Lúcia Feil Ponciano, de acordo com a revista, recebeu R$ 82,5 mil.
Outro juiz federal com alto salário é Alfredo dos Santos Cunha, com vencimento de R$ 82,4 mil. No Ministério Público, o procurador da República com maior salário observado pela revista foi Daniel Cesar Azeredo, com vencimento de R$ 96 mil em setembro. O procurador da República Elton Ghersel também recebeu supersalário, na casa de R$ 76,5 mil. Já Edson Abdon Peixoto, tem vencimento de R$ 68 mil, a procuradora Renata Ribeiro, R$ 67,9 mil e o procurador da República Wanderley Sanan Dantas recebeu R$ 66 mil. Somente em 2015, o país custeou R$ 840 milhões em auxílio moradia para 16 mil juízes.Fonte:Veja
Associação afirma que informações sobre salários de juízes federais mancham Judiciário
A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) rebateu a matéria da revista Veja, publicada no último sábado (17), sobre o salário dos magistrados federais (clique aqui e saiba mais). A revista publicou uma matéria chamada “A farra dos Marajás”, em que identificou mais de cinco mil servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que ganham acima do teto constitucional (R$ 33,7 mil). O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, questionou a metodologia e diz que a informação é “inverídica”, de que juízes federais receberiam valores remuneratórios acima do teto constitucional.
Segundo a Ajufe, “os juízes federais não recebem valores remuneratórios acima do teto constitucional”, sendo que a remuneração é composta por parcela fixa de subsídios e parcela eventual de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição, paga de maneira eventual, quando há acúmulo de jurisdição e sujeita ao teto constitucional. Sobre o auxílio-moradia, a Ajufe afirma que é um direito reconhecido pela Lei Orgânica da Magistratura, regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem natureza “indenizatória”, sendo paga a todos os membros do Poder Judiciário, Legislativo, Ministério Público e membros do Tribunal de Contas da União.
“As remunerações apresentadas como tendo sido pagas acima do teto constitucional no mês de setembro/16 se referem, na verdade, a valores brutos pagos a título de antecipação salarial em razão de férias, 1/3 constitucional de férias e abono de permanência, esse também previsto constitucionalmente para aqueles que já podem se aposentar, mas permanecem na atividade, com economia aos cofres públicos”, esclarece a instituição.
A entidade ainda afirma que “considerar valores pagos legalmente a título de antecipação salarial em virtude em razão do gozo de férias, sem levar em conta as deduções realizadas nos meses subsequentes, foi maneira que a matéria jornalística encontrou para distorcer a realidade e expor a ideia – falsa - de que Juízes Federais receberiam mensalmente valores na ordem de R$ 80 mil o que, reafirme-se, não corresponde à verdade remuneratória da Justiça Federal”.
A associação diz que os erros da reportagem, “acaso não tenham sido propositais para manchar a imagem do Poder Judiciário Federal”, poderiam ter sido evitados se os Juízes Federais tivessem sido ouvidos previamente. Por fim, a associação de magistrados defende a “total transparência quanto aos valores pagos aos integrantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo e é contra os chamados supersalários pagos na Administração Pública, mas não pode admitir que uma reportagem distorça a realidade com a falsa notícia de que juízes federais receberiam valores mensais superiores a R$ 80 mil reais”.Fonte:Bahia Noticias
Segundo a Ajufe, “os juízes federais não recebem valores remuneratórios acima do teto constitucional”, sendo que a remuneração é composta por parcela fixa de subsídios e parcela eventual de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição, paga de maneira eventual, quando há acúmulo de jurisdição e sujeita ao teto constitucional. Sobre o auxílio-moradia, a Ajufe afirma que é um direito reconhecido pela Lei Orgânica da Magistratura, regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem natureza “indenizatória”, sendo paga a todos os membros do Poder Judiciário, Legislativo, Ministério Público e membros do Tribunal de Contas da União.
“As remunerações apresentadas como tendo sido pagas acima do teto constitucional no mês de setembro/16 se referem, na verdade, a valores brutos pagos a título de antecipação salarial em razão de férias, 1/3 constitucional de férias e abono de permanência, esse também previsto constitucionalmente para aqueles que já podem se aposentar, mas permanecem na atividade, com economia aos cofres públicos”, esclarece a instituição.
A entidade ainda afirma que “considerar valores pagos legalmente a título de antecipação salarial em virtude em razão do gozo de férias, sem levar em conta as deduções realizadas nos meses subsequentes, foi maneira que a matéria jornalística encontrou para distorcer a realidade e expor a ideia – falsa - de que Juízes Federais receberiam mensalmente valores na ordem de R$ 80 mil o que, reafirme-se, não corresponde à verdade remuneratória da Justiça Federal”.
A associação diz que os erros da reportagem, “acaso não tenham sido propositais para manchar a imagem do Poder Judiciário Federal”, poderiam ter sido evitados se os Juízes Federais tivessem sido ouvidos previamente. Por fim, a associação de magistrados defende a “total transparência quanto aos valores pagos aos integrantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo e é contra os chamados supersalários pagos na Administração Pública, mas não pode admitir que uma reportagem distorça a realidade com a falsa notícia de que juízes federais receberiam valores mensais superiores a R$ 80 mil reais”.Fonte:Bahia Noticias
Samuel Celestino:Processos de Lula deixa-o sem saída
Na sexta feira última este espaço fez referência à defesa do ex-presidente Lula por entender que seus advogados estariam a prejudicá-lo estabelecendo um litigio desnecessário com o juiz Sérgio Moro. A ação dos defensores passou a ser também entendida por diversos integrantes do PT como lamentável, se é que possa ser assim considerado. No início desta segunda-feira, o juiz Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula que, agora, passou estar com quatro processos, e é bem provável que o quinto possa vir a caminho, este de referência à Operação Zelotes, levando com ele o seu filho Cláudio.
O ex-presidente fica assim numa situação conflitosa e poderá vir a ser preso, o que passa a ser uma expectativa provável. Esta última ação desta segunda-feira que chega ao conhecimento público é resultado de uma referência à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Verifica-se que a defesa de Lula não está indo na direção certa.
Pelo contrário, passa a prejudicá-lo levando com ele Marisa Letícia. Como o PT não tem nomes para lançar candidato nas eleições de 2018, o único em condições de disputa seria Lula, como ficou claro na recente pesquisa do DataFolha, ele fica sem saída. Com tantos processos não será novidade se ele vier a perder os seus direitos políticos e ficar impedido de se candidatar se assim quiser em 2018. Nada é improvável.Fonte:Bahia Noticias
O ex-presidente fica assim numa situação conflitosa e poderá vir a ser preso, o que passa a ser uma expectativa provável. Esta última ação desta segunda-feira que chega ao conhecimento público é resultado de uma referência à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Verifica-se que a defesa de Lula não está indo na direção certa.
Pelo contrário, passa a prejudicá-lo levando com ele Marisa Letícia. Como o PT não tem nomes para lançar candidato nas eleições de 2018, o único em condições de disputa seria Lula, como ficou claro na recente pesquisa do DataFolha, ele fica sem saída. Com tantos processos não será novidade se ele vier a perder os seus direitos políticos e ficar impedido de se candidatar se assim quiser em 2018. Nada é improvável.Fonte:Bahia Noticias
Sobe número de brasileiros que usam 13º para pagar contas
O fim do ano chegou e o brasileiro ainda não terminou de pagar as contas de 2016. Em ano de crise, o uso do 13.º salário para saldar dívidas, quitar ou adiantar financiamentos – já tão tradicional quanto a ceia de Natal – se tornou realidade para um número maior de pessoas. O movimento, porém, tem pouca influência para reduzir a inadimplência.
Uma pesquisa da Lendico, fintech que atua no ramo do crédito pessoal, apontou que o porcentual de consumidores que vão usar o 13.º salário para quitar dívidas subiu de 51% em 2015 para 56% em 2016. A pesquisa, feita com mais de 5.000 pessoas com renda média na casa dos 3.000 reais por mês, revelou ainda uma mudança importante de comportamento do consumidor, que agora está mais preocupado em poupar e investir do que em gastar com viagens e itens supérfluos.
Fundador da Lendico, Marcelo Ciampolini não vê uma alteração definitiva no padrão de gastos. “É mais uma reação à crise do que uma mudança definitiva. Provavelmente, no fim do ano que vem, se a economia tiver melhorado, as pessoas vão preferir gastar a poupar.”
Abrangência
A estratégia que se tornou a saída para uma parcela da população este ano já era usada há mais tempo por quem tem renda menor. A diferença é que, este ano, ficou mais apertado. “Muitas pessoas nem terão 13.º salário, ou porque estão desempregadas, ou porque são trabalhadores autônomos ou informais. Para completar, o crédito secou”, diz Maurício de Almeida Prado, sócio-diretor da consultoria Plano CDE, especializada nas classes C, D e E. Para o executivo, no entanto, se há um ano a percepção era de que a crise não duraria, hoje as pessoas são mais racionais em relação aos gastos.
Para o professor Rodrigo Alves, o ano foi de corte de custos, mas 2017 promete ter algum alívio. Por ter adquirido um apartamento em São Paulo, ele vendeu o carro e ainda busca comprador para outra propriedade que tem fora do estado. A primeira parcela do 13.º foi usada para amortizar o financiamento do imóvel. A outra metade vai para gastos correntes e investimento. “Quero aplicar a segunda parte em uma poupança para quitar futuras parcelas.”
Economista do birô de crédito Boa Vista SCPC, Flávio Calife diz que o uso do 13.º salário para quitar dívidas tem pouca influência sobre a inadimplência (contas em atraso por mais de 90 dias), já que os índices têm se mantido estáveis em relação a 2015. “As pessoas têm menos dinheiro, mas estão gastando menos e, também, mais preocupadas em honrar seus pagamentos”, diz. Além disso, as contas do início do ano são uma forte razão para o consumidor poupar, explica o economista.
Segundo Eduardo Jurcevic, superintendente de produtos do Santander, as pessoas devem começar 2017 com dívidas, porém, com pagamentos que cabem em seu orçamento. “Ano que vem será um ano de transição. O primeiro semestre será justo para o consumidor, mas haverá mudança de forma gradual no restante do ano.”
(Com Estadão Conteúdo)
Uma pesquisa da Lendico, fintech que atua no ramo do crédito pessoal, apontou que o porcentual de consumidores que vão usar o 13.º salário para quitar dívidas subiu de 51% em 2015 para 56% em 2016. A pesquisa, feita com mais de 5.000 pessoas com renda média na casa dos 3.000 reais por mês, revelou ainda uma mudança importante de comportamento do consumidor, que agora está mais preocupado em poupar e investir do que em gastar com viagens e itens supérfluos.
Fundador da Lendico, Marcelo Ciampolini não vê uma alteração definitiva no padrão de gastos. “É mais uma reação à crise do que uma mudança definitiva. Provavelmente, no fim do ano que vem, se a economia tiver melhorado, as pessoas vão preferir gastar a poupar.”
Abrangência
A estratégia que se tornou a saída para uma parcela da população este ano já era usada há mais tempo por quem tem renda menor. A diferença é que, este ano, ficou mais apertado. “Muitas pessoas nem terão 13.º salário, ou porque estão desempregadas, ou porque são trabalhadores autônomos ou informais. Para completar, o crédito secou”, diz Maurício de Almeida Prado, sócio-diretor da consultoria Plano CDE, especializada nas classes C, D e E. Para o executivo, no entanto, se há um ano a percepção era de que a crise não duraria, hoje as pessoas são mais racionais em relação aos gastos.
Para o professor Rodrigo Alves, o ano foi de corte de custos, mas 2017 promete ter algum alívio. Por ter adquirido um apartamento em São Paulo, ele vendeu o carro e ainda busca comprador para outra propriedade que tem fora do estado. A primeira parcela do 13.º foi usada para amortizar o financiamento do imóvel. A outra metade vai para gastos correntes e investimento. “Quero aplicar a segunda parte em uma poupança para quitar futuras parcelas.”
Economista do birô de crédito Boa Vista SCPC, Flávio Calife diz que o uso do 13.º salário para quitar dívidas tem pouca influência sobre a inadimplência (contas em atraso por mais de 90 dias), já que os índices têm se mantido estáveis em relação a 2015. “As pessoas têm menos dinheiro, mas estão gastando menos e, também, mais preocupadas em honrar seus pagamentos”, diz. Além disso, as contas do início do ano são uma forte razão para o consumidor poupar, explica o economista.
Segundo Eduardo Jurcevic, superintendente de produtos do Santander, as pessoas devem começar 2017 com dívidas, porém, com pagamentos que cabem em seu orçamento. “Ano que vem será um ano de transição. O primeiro semestre será justo para o consumidor, mas haverá mudança de forma gradual no restante do ano.”
(Com Estadão Conteúdo)
Janot entrega delações da Odebrecht ao STF nesta segunda-feira
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve encaminhar o conteúdo de quase uma centena de delações premiadas dos 77 executivos da empreiteira Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta segunda-feira – último dia antes do recesso do Judiciário. Segundo o jornal O Globo, os arquivos, documentos e pen drives serão analisados apenas na volta do recesso, em fevereiro, pelo relator da Operação Lava Jato na Corte, ministro Teori Zavascki, mas já em janeiro ele deve ouvir os delatores e advogados para saber se foram ou não coagidos a delatar.
Depois, o ministro pode homologar os depoimentos, enviando-os ao Ministério Público Federal, para que possam abrir novas investigações. Ou então, ele pode devolver parte do material a Janot, caso ache que ele deva ser complementado.
De acordo com o jornal, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, baixou algumas orientações, assim que soube do envio do material. Ela determinou a criação de uma força-tarefa para ajudar o ministro Teori Zavascki. Ele terá um reforço de pessoal e de espaço físico para trabalhar. Somente o relator e seus juízes auxiliares terão acesso ao material e a uma sala-cofre, onde ficarão guardados os documentos impressos e digitais.
Uma das delações, a do ex-executivo Cláudio Melo Filho, envolve a cúpula do governo Michel Temer. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Melo Filho disse que entregou 10 milhões de reais em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial de Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, 6 milhões de reais eram destinados ao então candidato a governador de São Paulo pelo partido, Paulo Skaf, e 4 milhões de reais tinham como beneficiário o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Após as informações virem à tona, José Yunes pediu demissão do cargo, na semana passada.
Depois, o ministro pode homologar os depoimentos, enviando-os ao Ministério Público Federal, para que possam abrir novas investigações. Ou então, ele pode devolver parte do material a Janot, caso ache que ele deva ser complementado.
De acordo com o jornal, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, baixou algumas orientações, assim que soube do envio do material. Ela determinou a criação de uma força-tarefa para ajudar o ministro Teori Zavascki. Ele terá um reforço de pessoal e de espaço físico para trabalhar. Somente o relator e seus juízes auxiliares terão acesso ao material e a uma sala-cofre, onde ficarão guardados os documentos impressos e digitais.
Uma das delações, a do ex-executivo Cláudio Melo Filho, envolve a cúpula do governo Michel Temer. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Melo Filho disse que entregou 10 milhões de reais em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial de Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, 6 milhões de reais eram destinados ao então candidato a governador de São Paulo pelo partido, Paulo Skaf, e 4 milhões de reais tinham como beneficiário o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Após as informações virem à tona, José Yunes pediu demissão do cargo, na semana passada.
Moro aceita denúncia e Lula vira réu pela 4º vez na Lava Jato
O juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e mais sete pessoas. Com isso, eles se tornam réus no processo. A denúncia do MPF é relativa à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP)
Está é quinta denúncia contra Lula, a quarta em processos relacionados à Lava Jato. Além disso, ele também é réu em um processo relacionado à Operação Zelotes. Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as demais pessoas citadas foram indiciadas por lavagem de dinheiro. As investigações são um desdobramento das apurações envolvendo a atuação de Palocci como um dos responsáveis por intermediar os interesses da Odebrecht no governo federal e distribuir propinas ao PT.
Para a PF, o imóvel ao lado do apartamento do ex-presidente e o terreno onde seria construído a nova sede do Instituto Lula envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para o ex-presidente e, por isso, foram unificados. Além do petista, viraram réus também o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva – mulher de Lula – acusados da prática de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MPF, constam dois valores registrados um de “7,2 milhões de reais relativo a um compromisso de compra e venda e outro de 15 milhões de reais relativo a uma cessão”. Segundo laudo da PF, a planilha “posição Italiano”, referente aos acertos ilícitos da Odebrecht com Palocci, há uma rubrica específica onde consta a observação “Prédio (IL) seguido dos valores de R$ 12.422.000,00 dividida em três parcelas de R$ 1.057.000,00, uma de R$ 8.217.000,00 e outra de R$ 1.034.000,00.”
Sequestro do apartamento
Moro determinou ainda o sequestro do imóvel em frente ao que o ex-presidente mora em São Bernardo. Na decisão, o juiz ressaltou que decretou o sequestro diante “dos indícios de que foi adquirido com proventos do crime. Embora o imóvel esteja em nome de seus antigos proprietários, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que não tem qualquer relação com o ilícito), há, como acima exposto, indícios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”.Fonte:Veja
Está é quinta denúncia contra Lula, a quarta em processos relacionados à Lava Jato. Além disso, ele também é réu em um processo relacionado à Operação Zelotes. Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as demais pessoas citadas foram indiciadas por lavagem de dinheiro. As investigações são um desdobramento das apurações envolvendo a atuação de Palocci como um dos responsáveis por intermediar os interesses da Odebrecht no governo federal e distribuir propinas ao PT.
Para a PF, o imóvel ao lado do apartamento do ex-presidente e o terreno onde seria construído a nova sede do Instituto Lula envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para o ex-presidente e, por isso, foram unificados. Além do petista, viraram réus também o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva – mulher de Lula – acusados da prática de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MPF, constam dois valores registrados um de “7,2 milhões de reais relativo a um compromisso de compra e venda e outro de 15 milhões de reais relativo a uma cessão”. Segundo laudo da PF, a planilha “posição Italiano”, referente aos acertos ilícitos da Odebrecht com Palocci, há uma rubrica específica onde consta a observação “Prédio (IL) seguido dos valores de R$ 12.422.000,00 dividida em três parcelas de R$ 1.057.000,00, uma de R$ 8.217.000,00 e outra de R$ 1.034.000,00.”
Sequestro do apartamento
Moro determinou ainda o sequestro do imóvel em frente ao que o ex-presidente mora em São Bernardo. Na decisão, o juiz ressaltou que decretou o sequestro diante “dos indícios de que foi adquirido com proventos do crime. Embora o imóvel esteja em nome de seus antigos proprietários, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que não tem qualquer relação com o ilícito), há, como acima exposto, indícios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”.Fonte:Veja
Bahia é segundo estado em ranking de mortes decorrentes de intervenção policial
A Bahia é o segundo maior Estado em números de mortes decorrentes de intervenção policial, de acordo com informações repassadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) ao Bahia Notícias. Os dados foram fornecidos ao MP-BA pelo Setor Geral de Estatísticas da Polícia Civil. Foram 340 mortes em decorrência de intervenção policial em 2015 e 387 casos em 2016, um aumento de 13,82% de um ano para o outro.
O dado contrapõe as informações divulgadas pelo Conselho Nacional do Ministério Pública (CNMP), que divulgou na última terça-feira (13), em um relatório que elencou os Estados, que a Bahia teria registrado apenas duas mortes por intervenção policial em 2016 até o dia 2 de dezembro, sendo localizado como último Estado; em 2015 a Bahia não divulgou as informações. Com os dados atualizados pelo MP-BA, a Bahia sobe para segundo lugar tanto em 2015, quando o Estado do Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar com 523 mortes por militares, como em 2016, que o Estado de São Paulo registrou 519 mortes.
Procurado, o MP-BA não se pronunciou quanto ao número fornecido ao CNMP, nem comentou sobre o posicionamento da Bahia no ranking. “Os números do MP-BA ainda não foram finalizados. Estamos tentando verificar com o CNMP esse número indicado no relatório”, afirmou a assessoria do MP-BA. O próprio CNMP afirmou, no relatório, que “não se alcançou o patamar desejado quanto à alimentação das ocorrências no sistema, seja por falta de informações repassadas pelos próprios órgãos de segurança pública, seja pela falta de manutenção pelo MP de alguns Estados”. Ainda de acordo com o relatório, os dados deveriam ser coletados e fornecidos pelo MP de cada Estado.
“Tais dados deveriam ser coletados pelo Ministério Público com base em diversas fontes, a exemplo de seus próprios membros, órgãos policiais, jornais, etc., e centralizados em um único setor, o qual, antes do lançamento, deveria se certificar da veracidade das informações”, afirmou o CNMP. O Conselho afirmou, ainda, que a letalidade policial é “uma das maiores preocupações do CNMP” e que um grupo de trabalho sobre o tema será formado.Fonte:Bahia Noticias
O dado contrapõe as informações divulgadas pelo Conselho Nacional do Ministério Pública (CNMP), que divulgou na última terça-feira (13), em um relatório que elencou os Estados, que a Bahia teria registrado apenas duas mortes por intervenção policial em 2016 até o dia 2 de dezembro, sendo localizado como último Estado; em 2015 a Bahia não divulgou as informações. Com os dados atualizados pelo MP-BA, a Bahia sobe para segundo lugar tanto em 2015, quando o Estado do Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar com 523 mortes por militares, como em 2016, que o Estado de São Paulo registrou 519 mortes.
Procurado, o MP-BA não se pronunciou quanto ao número fornecido ao CNMP, nem comentou sobre o posicionamento da Bahia no ranking. “Os números do MP-BA ainda não foram finalizados. Estamos tentando verificar com o CNMP esse número indicado no relatório”, afirmou a assessoria do MP-BA. O próprio CNMP afirmou, no relatório, que “não se alcançou o patamar desejado quanto à alimentação das ocorrências no sistema, seja por falta de informações repassadas pelos próprios órgãos de segurança pública, seja pela falta de manutenção pelo MP de alguns Estados”. Ainda de acordo com o relatório, os dados deveriam ser coletados e fornecidos pelo MP de cada Estado.
“Tais dados deveriam ser coletados pelo Ministério Público com base em diversas fontes, a exemplo de seus próprios membros, órgãos policiais, jornais, etc., e centralizados em um único setor, o qual, antes do lançamento, deveria se certificar da veracidade das informações”, afirmou o CNMP. O Conselho afirmou, ainda, que a letalidade policial é “uma das maiores preocupações do CNMP” e que um grupo de trabalho sobre o tema será formado.Fonte:Bahia Noticias
Sidney Magal prepara festa de 50 anos de palco: ‘Brasil é brega’
Sidney Magal é a estrela da comédia nacional Magal e os Formigas, que estreia nesta quinta-feira. No longa, o cantor interpreta a si mesmo, mas como uma manifestação de delírio da consciência de João (Norival Rizzo), um aposentado viciado em loterias, que está afundado em depressão e cuja família está desmoronando.
No longa, o protagonista refuta a música de Magal por considerá-la de baixa qualidade. Em conversa com VEJA Gente, o cantor contou que já passou por situações parecidas na carreira, mas que nunca se importou com os rótulos que dão à sua arte. “O Brasil é brega! Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade”, rebate.
Magal tem vários projetos programados para 2017, comemora 50 anos de carreira, como um livro e um DVD com novo repertório. O cantor planeja retornar ao Carnaval de rua de São Paulo, pois classifica como uma experiência incrível. “Eu tenho que fazer tudo o que puder agora, porque não vou completar cem anos de carreira não”, brinca.
Confira abaixo a entrevista completa com Sidney Magal:
Você está prestes a completar 50 anos de carreira, por que acha que faz tanto sucesso até hoje?
Acho que é o resultado de ser muito verdadeiro. A energia, a alegria de quando vou para o palco é a mesma até hoje. Quando enfrento qualquer tipo de público, eu me entrego totalmente, falando a verdade. Isso não é muito fácil de a gente encontrar. Hoje tem muitos artistas fazendo sucesso só com a intenção de ficar milionário, ser estrela mesmo que por um ou dois anos. Minha proposta sempre foi me tornar uma pessoa querida pelo maior tempo que eu pudesse. Estranho muito que 40 anos depois de Sandra Rosa Madalena, as crianças de 5, 6 anos cantem, que eu vá fazer shows em formatura de faculdade, que é um público que só pegou o Magal da lambada pra cá e eles cantam tudo com uma alegria, como se fosse uma música do dia a dia deles. Em casamentos, o noivo entra com uma rosa cantando “O meu sangue ferve por você”. Foram músicas que marcaram não só pela qualidade das gravações, mas obviamente pela performance e a verdade que passo. Eu nunca fui imitado. Não aconteceu ninguém que fosse o substituto do Magal. Isso pra mim é muito bom.
O filme fala que ninguém copia o Magal. Você é realmente inigualável?
Eu não me acho. Acho que ninguém no mundo é. Mas é o que as pessoas me dizem diariamente: “Magal só tem um”. Muita gente na rua me chama de Sandra Rosa. Tá tão associado ao inconsciente das pessoas que é inevitável dizerem que sou inimitável. As pessoas fazem paródia, se vestem como eu, mas é sempre caricata, uma brincadeira, deixando a imagem do Magal sempre preservada. Mas eu acho que posso ser substituído a qualquer momento. Até hoje não fui, graças a Deus, porque eu sobrevivo da música.
Como foi sua preparação para atuar no filme?
Eu entro muito com a minha personalidade, com a minha maneira de ser. Geralmente sou convidado para coisas alegres e descontraídas, como as novelas que fiz, Bang Bang e Da Cor do Pecado. As pessoas sempre querem colocar o meu temperamento nos trabalhos. Eu já fiz cinema nos anos 1970. Então você vai pegando experiência. O cinema é mais fácil, porque não tem tanta cobrança quanto na televisão.
Como é ter que interpretar a si mesmo?
Eu acho que é muito mais fácil. Você fica meio preocupado de ter aquela coisa de Alberto Roberto, mas nós cantores somos assim mesmo. Na Dança dos Famosos falavam: ‘Magal de vez em quando você precisa olhar pra câmera e ir pra ela’. Só que quando eu olho pra câmera eu me sinto tão Magal, que eu esqueço a coreografia, esqueço tudo, só quero curtir a câmera e o pessoal de casa. É fácil ser o Magal, mas precisa ter cuidado pra não acabar sendo pavão demais.
Qual o segredo para continuar sendo um galanteador não importa a idade?
Eu até brinco nos meus shows, que a plateia berra ‘Gato!Gato!’. Não, eu sou um tigre, e daqui alguns anos viro um tigre de bengala. Os bichos vão mudando, mas você continua sendo o mesmo símbolo, com mais idade, fora de forma. Isso não tem explicação. O que eu sinto é que deixei de ser aquele Magal que a mulherada tinha fixação, pra ser aquele Magal que todo mundo, homem, mulher, idoso, tem o maior carinho e respeito, e isso se associa à minha vida pessoal também. Eu junto o que o ser humano Sidney de Magalhães tem de melhor, com o que o Magal tem de melhor, e acaba dando nisso. Eu nunca imaginei. Depois da lambada eu achava que a carreira acabou e eu ia ter que me conformar com isso. Não podia imaginar que 20 anos depois as pessoas iam continuar curtindo do mesmo jeito. É uma vitória que não tem preço.
E o que é envelhecer bem para você?
Eu gostaria de envelhecer muito bem, só que por muito tempo. Não gosto de falar de morte, eu tenho pavor de morrer. Queria ir até os 150 anos de idade, mas sei que não é fácil. Acho que envelhecer bem é você se divertir com tudo. Tem os problemas de saúde, você tem que se cuidar. Eu agora estou com um problema de coluna, que realmente está me maltratando. Sei que tenho que perder peso em função da coluna. Isso faz parte de envelhecer bem. Mas para mim é muito mais você estar feliz ou com a mesma alegria dos 20 anos de idade. Sou uma pessoa que me divirto com tudo, já passei por momentos desagradáveis na minha carreira. Tenho uma família, amigos e lembranças que me divertem. Tenho um armário gigante na minha casa só com recortes da minha carreira, e isso vai me divertir até os últimos dias da minha vida, basta você não se endeusar.
No filme, o protagonista tem vergonha de admitir que gosta da sua música. Como é para você encontrar pessoas que têm vergonha de ouvir ou dançar as suas músicas?
Isso eu aprendi a lidar desde os anos 1970. A coisa era mais cruel, porque as rádios não assumiam a música popular de jeito nenhum. Os jornais elitizados nunca falavam, ou tocavam no nome dos artistas populares. Eu aprendi a respeitar essa coisa do gosto pessoal. Eu por exemplo tenho gêneros musicais que não suporto. No entanto, acabei dançando funk no programa do Faustão. Você tem que entender que tudo que leva à alegria, ao bem estar, é válido. Nunca me incomodei em ouvir ‘acho o Magal muito cafona ou ridículo’. Eu sou artista, e o artista vai fazendo aquilo que tem vontade, e as pessoas aceitam ou não. Você pega um Elton John, por exemplo, é um cara que a vida inteira usou peruca, óculos alucinantes, e nunca deixou de ser o Elton John. O Brasil sempre teve muito essa coisa de cobrar das pessoas ‘ah você está extravagante, você está exagerado’. Não existe exagero para a arte.
Como você reage quando categorizam as suas músicas como trash?
É gozado, pois a tradução é um pouco triste. Mas eu me divirto. Já fiz tanto show trash, ou festa do cafona, brega. Virou uma coisa sem sentido. Nos anos 1970 era pejorativo e ofensivo. Mas hoje em dia, eu acho que o Brasil se assumiu muito brega. O Brasil é brega! A música sertaneja é brega! O axé é brega! O arrocha é brega! Pagode é brega! O que sobra? Não adianta. As pessoas entenderam que música você não pode dividir em categorias sociais. Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade. Mas não me incomoda também quando falam isso de mim, eu acho ótimo. Pra mim eu já passei disso, e hoje sou aquele nome que é muito forte pra mim, Magal, que todo mundo sabe do que está se falando.
Como é viver a vida real do personagem Magal?
Sempre foi um personagem. A imprensa na época criticava isso, que eu era uma pessoa e no palco outra. E o que tem de absurdo nisso? Nada. Quem garante que o Michael Jackson em cada minuto da vida dele era igual no palco e fora? E se foi, pagou preço por isso. Você sofre por ser artista 24 horas. É preciso ter uma capa artística, e a minha foi a marca Magal. Fora dele sou uma pessoa tremendamente comum.
Que outros projetos você tem planejado?
50 anos de carreira né! Vai ter muita coisa. Vai ter um livro contando as minhas peripécias e histórias da minha carreira. Vai ter um DVD novo, com repertório novo. Mais um filme, que ainda não tem título, que a princípio seria O Amor Não Tem Hora pra Chegar, que fala sobre o encontro meu com a minha mulher e a vida de amor que a gente tem até hoje. O projeto para comemorar tudo isso é o meu filho quem está fazendo, porque ele tem uma agência de publicidade. Tá ficando lindo, e vai se chamar Magal 50. Vamos fazer muita coisa legal em 2017. Talvez voltar para um bloco de Carnaval, o que eu fiz neste ano, e fiquei perplexo com o povo pulando comigo como se eu fosse a Ivete Sangalo. Eu tenho que fazer tudo que puder agora, porque não vou completar 100 anos de carreira não.Fonte:Veja
No longa, o protagonista refuta a música de Magal por considerá-la de baixa qualidade. Em conversa com VEJA Gente, o cantor contou que já passou por situações parecidas na carreira, mas que nunca se importou com os rótulos que dão à sua arte. “O Brasil é brega! Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade”, rebate.
Magal tem vários projetos programados para 2017, comemora 50 anos de carreira, como um livro e um DVD com novo repertório. O cantor planeja retornar ao Carnaval de rua de São Paulo, pois classifica como uma experiência incrível. “Eu tenho que fazer tudo o que puder agora, porque não vou completar cem anos de carreira não”, brinca.
Confira abaixo a entrevista completa com Sidney Magal:
Você está prestes a completar 50 anos de carreira, por que acha que faz tanto sucesso até hoje?
Acho que é o resultado de ser muito verdadeiro. A energia, a alegria de quando vou para o palco é a mesma até hoje. Quando enfrento qualquer tipo de público, eu me entrego totalmente, falando a verdade. Isso não é muito fácil de a gente encontrar. Hoje tem muitos artistas fazendo sucesso só com a intenção de ficar milionário, ser estrela mesmo que por um ou dois anos. Minha proposta sempre foi me tornar uma pessoa querida pelo maior tempo que eu pudesse. Estranho muito que 40 anos depois de Sandra Rosa Madalena, as crianças de 5, 6 anos cantem, que eu vá fazer shows em formatura de faculdade, que é um público que só pegou o Magal da lambada pra cá e eles cantam tudo com uma alegria, como se fosse uma música do dia a dia deles. Em casamentos, o noivo entra com uma rosa cantando “O meu sangue ferve por você”. Foram músicas que marcaram não só pela qualidade das gravações, mas obviamente pela performance e a verdade que passo. Eu nunca fui imitado. Não aconteceu ninguém que fosse o substituto do Magal. Isso pra mim é muito bom.
O filme fala que ninguém copia o Magal. Você é realmente inigualável?
Eu não me acho. Acho que ninguém no mundo é. Mas é o que as pessoas me dizem diariamente: “Magal só tem um”. Muita gente na rua me chama de Sandra Rosa. Tá tão associado ao inconsciente das pessoas que é inevitável dizerem que sou inimitável. As pessoas fazem paródia, se vestem como eu, mas é sempre caricata, uma brincadeira, deixando a imagem do Magal sempre preservada. Mas eu acho que posso ser substituído a qualquer momento. Até hoje não fui, graças a Deus, porque eu sobrevivo da música.
Como foi sua preparação para atuar no filme?
Eu entro muito com a minha personalidade, com a minha maneira de ser. Geralmente sou convidado para coisas alegres e descontraídas, como as novelas que fiz, Bang Bang e Da Cor do Pecado. As pessoas sempre querem colocar o meu temperamento nos trabalhos. Eu já fiz cinema nos anos 1970. Então você vai pegando experiência. O cinema é mais fácil, porque não tem tanta cobrança quanto na televisão.
Como é ter que interpretar a si mesmo?
Eu acho que é muito mais fácil. Você fica meio preocupado de ter aquela coisa de Alberto Roberto, mas nós cantores somos assim mesmo. Na Dança dos Famosos falavam: ‘Magal de vez em quando você precisa olhar pra câmera e ir pra ela’. Só que quando eu olho pra câmera eu me sinto tão Magal, que eu esqueço a coreografia, esqueço tudo, só quero curtir a câmera e o pessoal de casa. É fácil ser o Magal, mas precisa ter cuidado pra não acabar sendo pavão demais.
Qual o segredo para continuar sendo um galanteador não importa a idade?
Eu até brinco nos meus shows, que a plateia berra ‘Gato!Gato!’. Não, eu sou um tigre, e daqui alguns anos viro um tigre de bengala. Os bichos vão mudando, mas você continua sendo o mesmo símbolo, com mais idade, fora de forma. Isso não tem explicação. O que eu sinto é que deixei de ser aquele Magal que a mulherada tinha fixação, pra ser aquele Magal que todo mundo, homem, mulher, idoso, tem o maior carinho e respeito, e isso se associa à minha vida pessoal também. Eu junto o que o ser humano Sidney de Magalhães tem de melhor, com o que o Magal tem de melhor, e acaba dando nisso. Eu nunca imaginei. Depois da lambada eu achava que a carreira acabou e eu ia ter que me conformar com isso. Não podia imaginar que 20 anos depois as pessoas iam continuar curtindo do mesmo jeito. É uma vitória que não tem preço.
E o que é envelhecer bem para você?
Eu gostaria de envelhecer muito bem, só que por muito tempo. Não gosto de falar de morte, eu tenho pavor de morrer. Queria ir até os 150 anos de idade, mas sei que não é fácil. Acho que envelhecer bem é você se divertir com tudo. Tem os problemas de saúde, você tem que se cuidar. Eu agora estou com um problema de coluna, que realmente está me maltratando. Sei que tenho que perder peso em função da coluna. Isso faz parte de envelhecer bem. Mas para mim é muito mais você estar feliz ou com a mesma alegria dos 20 anos de idade. Sou uma pessoa que me divirto com tudo, já passei por momentos desagradáveis na minha carreira. Tenho uma família, amigos e lembranças que me divertem. Tenho um armário gigante na minha casa só com recortes da minha carreira, e isso vai me divertir até os últimos dias da minha vida, basta você não se endeusar.
No filme, o protagonista tem vergonha de admitir que gosta da sua música. Como é para você encontrar pessoas que têm vergonha de ouvir ou dançar as suas músicas?
Isso eu aprendi a lidar desde os anos 1970. A coisa era mais cruel, porque as rádios não assumiam a música popular de jeito nenhum. Os jornais elitizados nunca falavam, ou tocavam no nome dos artistas populares. Eu aprendi a respeitar essa coisa do gosto pessoal. Eu por exemplo tenho gêneros musicais que não suporto. No entanto, acabei dançando funk no programa do Faustão. Você tem que entender que tudo que leva à alegria, ao bem estar, é válido. Nunca me incomodei em ouvir ‘acho o Magal muito cafona ou ridículo’. Eu sou artista, e o artista vai fazendo aquilo que tem vontade, e as pessoas aceitam ou não. Você pega um Elton John, por exemplo, é um cara que a vida inteira usou peruca, óculos alucinantes, e nunca deixou de ser o Elton John. O Brasil sempre teve muito essa coisa de cobrar das pessoas ‘ah você está extravagante, você está exagerado’. Não existe exagero para a arte.
Como você reage quando categorizam as suas músicas como trash?
É gozado, pois a tradução é um pouco triste. Mas eu me divirto. Já fiz tanto show trash, ou festa do cafona, brega. Virou uma coisa sem sentido. Nos anos 1970 era pejorativo e ofensivo. Mas hoje em dia, eu acho que o Brasil se assumiu muito brega. O Brasil é brega! A música sertaneja é brega! O axé é brega! O arrocha é brega! Pagode é brega! O que sobra? Não adianta. As pessoas entenderam que música você não pode dividir em categorias sociais. Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade. Mas não me incomoda também quando falam isso de mim, eu acho ótimo. Pra mim eu já passei disso, e hoje sou aquele nome que é muito forte pra mim, Magal, que todo mundo sabe do que está se falando.
Como é viver a vida real do personagem Magal?
Sempre foi um personagem. A imprensa na época criticava isso, que eu era uma pessoa e no palco outra. E o que tem de absurdo nisso? Nada. Quem garante que o Michael Jackson em cada minuto da vida dele era igual no palco e fora? E se foi, pagou preço por isso. Você sofre por ser artista 24 horas. É preciso ter uma capa artística, e a minha foi a marca Magal. Fora dele sou uma pessoa tremendamente comum.
Que outros projetos você tem planejado?
50 anos de carreira né! Vai ter muita coisa. Vai ter um livro contando as minhas peripécias e histórias da minha carreira. Vai ter um DVD novo, com repertório novo. Mais um filme, que ainda não tem título, que a princípio seria O Amor Não Tem Hora pra Chegar, que fala sobre o encontro meu com a minha mulher e a vida de amor que a gente tem até hoje. O projeto para comemorar tudo isso é o meu filho quem está fazendo, porque ele tem uma agência de publicidade. Tá ficando lindo, e vai se chamar Magal 50. Vamos fazer muita coisa legal em 2017. Talvez voltar para um bloco de Carnaval, o que eu fiz neste ano, e fiquei perplexo com o povo pulando comigo como se eu fosse a Ivete Sangalo. Eu tenho que fazer tudo que puder agora, porque não vou completar 100 anos de carreira não.Fonte:Veja
Os verdadeiros culpados pelo sobrepeso infantil: os pais
Há apenas quinze dias, pela primeira vez em duas décadas, os Estados Unidos fizeram um anúncio preocupante: houve uma queda na expectativa de vida de seus cidadãos. Entre as mulheres, a idade média caiu de 81,3 anos, em 2014, para 81,2 anos, em 2015. Entre os homens, de 76,5 anos para 76,3 anos. É pouco, apenas uma questão de meses, mas a reversão da tendência de crescimento da expectativa de vida é um tremendo sinal vermelho.
Um dos motivos para a queda, que ainda pede novas rodadas de investigação, está nos pratos que vão à mesa e, sobretudo, no que há entre duas fatias de pão de hambúrguer e gergelim. Some-se à constatação dos anos subtraídos a epidemia de obesidade infantil que assola os Estados Unidos, e eis então um quadro delicado.
O excesso de peso acomete cerca de 30% das crianças americanas — taxa equivalente à do Brasil. Diz David Ludwig, diretor do programa de obesidade no Children’s Hospital Boston: “A obesidade entre crianças e adolescentes é tão evidente que esta geração poderá ser a primeira na história americana a ter vida mais curta que a de seus pais”. Estudos recentemente divulgados não deixam espaço para dúvida: a culpa é dos pais. A forma como eles se comportam à mesa e como educam seus filhos em relação à alimentação é o atalho mais curto para um dos males de nosso tempo.Fonte:Veja
Um dos motivos para a queda, que ainda pede novas rodadas de investigação, está nos pratos que vão à mesa e, sobretudo, no que há entre duas fatias de pão de hambúrguer e gergelim. Some-se à constatação dos anos subtraídos a epidemia de obesidade infantil que assola os Estados Unidos, e eis então um quadro delicado.
O excesso de peso acomete cerca de 30% das crianças americanas — taxa equivalente à do Brasil. Diz David Ludwig, diretor do programa de obesidade no Children’s Hospital Boston: “A obesidade entre crianças e adolescentes é tão evidente que esta geração poderá ser a primeira na história americana a ter vida mais curta que a de seus pais”. Estudos recentemente divulgados não deixam espaço para dúvida: a culpa é dos pais. A forma como eles se comportam à mesa e como educam seus filhos em relação à alimentação é o atalho mais curto para um dos males de nosso tempo.Fonte:Veja
sábado, 17 de dezembro de 2016
Jô Soares revê a própria trajetória e sai do ar com um ‘até logo’
Acusado durante os 28 anos em que esteve no comando de um talk-show de falar mais que os convidados, Jô Soares honrou a fama e fez da sua última entrevista no formato na Rede Globo, com o cartunista e amigo pessoal Ziraldo, uma espécie de auto-entrevista. Ziraldo foi apenas o espelho com que Jô pôde se enxergar, relembrar a trajetória e rever trechos de conversas que teve com as tradicionais canecas que acompanham a decoração do programa, enfileirados em clipes divertidos, quase todos com convidados anônimos. Ao final, o que ele chamou de “fecho de ouro”: um trecho da entrevista com Roberto Marinho que foi ao ar na estreia da atração na Globo, em 2000, depois de doze anos no SBT — outro ex-patrão, Silvio Santos ganhou agradecimento duas vezes no início do programa, por ter “aberto a porta” para o projeto do humorista que Boni não quis bancar no Rio. “Um até logo, e a gente volta já”, finalizou Jô, como se terminasse mais uma noite qualquer.
A despedida prosaica tem duplo sentido. Tanto pode corresponder ao desejo do apresentador de fazer do último um “programa normal”, mas também que não pretende ficar parado e que já pensa em retornar à televisão. Especulações não faltam: de que o SBT poderia recebê-lo de volta, tese que já esfriou, ou de que poderia migrar para um dos canais pagos do Grupo Globo. Por ora, a única coisa certa é que, em 2017, a Globo vai entrar na briga pela audiência em uma faixa cada vez mais concorrida, pela presença de Fábio Porchat na Record e de Danilo Gentili e da ainda combativa A Praça É Nossa no SBT, com um novo talk-show, pilotado pelo jornalista Pedro Bial, que passa a apresentação do reality show Big Brother Brasil para Thiago Leifert.
Jô Soares chegou ao palco ao som de Smoke on the Water, de Deep Purple, e dedicou os primeiros minutos a cumprimentar a plateia, lotada de amigos como o apresentador Serginho Groisman, a executiva Marluce Dias da Silva, ex-toda-poderosa da Globo que chamou o humorista de volta ao canal depois de mais de uma década em São Paulo, e o publicitário Nizan Guanaes. Havia quem enxugasse lágrimas já na entrada do gordo, que em seguida se pôs a declamar uma imensa lista de agradecimentos — aos amigos, à equipe e a Silvio Santos, que seria citado novamente pouco depois. Veio um clipe de entrevistas e Ziraldo se sentou no sofá para dar início à revisão da carreira de Jô, a partir de cópias de desenhos que o cartunista fez para espetáculos e programas do amigo, inclusive na extinta TV Tupi, reunidos em uma caixa entregue como presente ao humorista.
Em meio às memórias, Jô foi falando do talk-show e de si mesmo, do que aspirava fazer com o programa e da vida. Disse que o seu maior objetivo sempre foi entrevistar anônimos e fazê-lo sem cerimônia, por isso resolveu adotar “você” como forma de tratamento para todos os convidados, de um ministro de Estado ao vendedor ambulante que se sentasse ali com ele. No começo, sentiu resistência, mas a prática se revelaria válida para criar intimidade com o entrevistado e encorajá-lo a falar. “Quando fui entrevistar o (ministro Otávio Gouveia de) Bulhões, decidi que não fazia sentido chamar ministro de ‘senhor’ e o motorista de ‘você’, porque, no Brasil, isso é uma coisa de classe social. Então, meu amigo Otto Lara me ligou e falou ‘Você chamou o doutor Bulhões de ‘você’, não pode!’. Uma semana depois, entrevistei o Luís Carlos Prestes e fiz a mesma coisa. Na primeira vez, ele me olhou. Com 15 minutos de conversa, ele estava à vontade e declarou ‘Olga foi a grande paixão da minha vida’, coisa que nunca tinha dito a ninguém. Otto me ligou e disse: ‘Você tem razão, nunca vi Prestes tão à vontade’”, relembra o apresentador.
Sem derramar uma lágrima, Jô Soares manteve o bom humor — lembrou uma piada de Max Nunes ao homenagear o padrinho: “Uma vez, entrevistei um paraquedista ele me soprou ao ouvido: ‘Diz para ele que o pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, chega mais rápido” — e se esbaldou com histórias suas. Foi de fato, como o próprio havia prometido, um programa semelhante aos outros que comandou. E que pode voltar a comandar. Até logo, Jô.Fonte:Veja
A despedida prosaica tem duplo sentido. Tanto pode corresponder ao desejo do apresentador de fazer do último um “programa normal”, mas também que não pretende ficar parado e que já pensa em retornar à televisão. Especulações não faltam: de que o SBT poderia recebê-lo de volta, tese que já esfriou, ou de que poderia migrar para um dos canais pagos do Grupo Globo. Por ora, a única coisa certa é que, em 2017, a Globo vai entrar na briga pela audiência em uma faixa cada vez mais concorrida, pela presença de Fábio Porchat na Record e de Danilo Gentili e da ainda combativa A Praça É Nossa no SBT, com um novo talk-show, pilotado pelo jornalista Pedro Bial, que passa a apresentação do reality show Big Brother Brasil para Thiago Leifert.
Jô Soares chegou ao palco ao som de Smoke on the Water, de Deep Purple, e dedicou os primeiros minutos a cumprimentar a plateia, lotada de amigos como o apresentador Serginho Groisman, a executiva Marluce Dias da Silva, ex-toda-poderosa da Globo que chamou o humorista de volta ao canal depois de mais de uma década em São Paulo, e o publicitário Nizan Guanaes. Havia quem enxugasse lágrimas já na entrada do gordo, que em seguida se pôs a declamar uma imensa lista de agradecimentos — aos amigos, à equipe e a Silvio Santos, que seria citado novamente pouco depois. Veio um clipe de entrevistas e Ziraldo se sentou no sofá para dar início à revisão da carreira de Jô, a partir de cópias de desenhos que o cartunista fez para espetáculos e programas do amigo, inclusive na extinta TV Tupi, reunidos em uma caixa entregue como presente ao humorista.
Em meio às memórias, Jô foi falando do talk-show e de si mesmo, do que aspirava fazer com o programa e da vida. Disse que o seu maior objetivo sempre foi entrevistar anônimos e fazê-lo sem cerimônia, por isso resolveu adotar “você” como forma de tratamento para todos os convidados, de um ministro de Estado ao vendedor ambulante que se sentasse ali com ele. No começo, sentiu resistência, mas a prática se revelaria válida para criar intimidade com o entrevistado e encorajá-lo a falar. “Quando fui entrevistar o (ministro Otávio Gouveia de) Bulhões, decidi que não fazia sentido chamar ministro de ‘senhor’ e o motorista de ‘você’, porque, no Brasil, isso é uma coisa de classe social. Então, meu amigo Otto Lara me ligou e falou ‘Você chamou o doutor Bulhões de ‘você’, não pode!’. Uma semana depois, entrevistei o Luís Carlos Prestes e fiz a mesma coisa. Na primeira vez, ele me olhou. Com 15 minutos de conversa, ele estava à vontade e declarou ‘Olga foi a grande paixão da minha vida’, coisa que nunca tinha dito a ninguém. Otto me ligou e disse: ‘Você tem razão, nunca vi Prestes tão à vontade’”, relembra o apresentador.
Sem derramar uma lágrima, Jô Soares manteve o bom humor — lembrou uma piada de Max Nunes ao homenagear o padrinho: “Uma vez, entrevistei um paraquedista ele me soprou ao ouvido: ‘Diz para ele que o pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, chega mais rápido” — e se esbaldou com histórias suas. Foi de fato, como o próprio havia prometido, um programa semelhante aos outros que comandou. E que pode voltar a comandar. Até logo, Jô.Fonte:Veja
Arnaldo Jabor: "É isso aí, estamos aprendendo com o mundo de hoje"
-Você é bandido, o que você é?
- Eu sou um sinal de novos tempos. Antigamente, vagabundo vivia fugindo como um ladrão de galinhas comum. Hoje, não. Estamos evoluindo. Quando eu era sujo e pobre, vocês nunca me olharam. Agora, que eu tenho piscina no alto do morro, vocês me temem... Viramos parte de uma multinacional do pó. Isso. Os manos estão, inclusive, se organizando melhor. O PCC fechou negócio conosco do CV. Rio e São Paulo estão juntos contra, como chamam: o ‘establishment’ careta.
É isso aí, estamos aprendendo com o mundo de hoje. Tudo começou com o Osama Bin Laden, nosso primeiro herói; vendemos muito papelote de pó com o nome dele. Era pó ‘da moral’, só pra gente fina. Aos poucos, fomos nos sofisticando no mal, sim... Assistimos aos belos degolamentos do Estado Islâmico e homens-bomba se explodindo; só que ‘nóis’ não somos bestas de explodir... Ha, ha, a gente explode caixas de banco... E fico com vontade de ensinar aos terroristas do EI a beleza de nossos ‘micro-ondas’ - eles tinham de ver como os caras berram dentro dos pneus pegando fogo...
Eu era inofensivo, uns roubos, uns assaltos, mas tudo bem... Até me romantizavam... o Mineirinho, o Cara de Cavalo... Na época, era mole resolver o problema da miséria... A solução é que nunca vinha... Nós éramos invisíveis... Quando havia um desabamento, éramos, no máximo, manchete de jornal e motivo de angústia para uns intelectuais de merda. Agora, estão morrendo de medo...
Danem-se... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Ha, ha... Mataram dois turistas italianos que entraram na zona do morro. Sou contra. Esse tipo de ação é coisa de moleques. O crime agora está sendo normalizado, queremos empresas, como tantos ladrões de terno e gravata têm. A gente não joga dinheiro fora feito aquela maluca que vocês puseram de presidente da República, não. A gente aplica. Temos supermercadinhos, postos de gasolina, puteiros, tudo organizado. Nós somos uns bodes para vocês, mas vocês são um bode para si mesmos. O Brasil vai pro cacete e nós nos encontraremos no infinito sujo de nosso destino... Gostou da frase? Ouve outra: O capitalismo selvagem gera revolta primitiva, ha, ha... Aliás, tomara que quebre tudo... Vai ser mais fácil pra nós pilharmos vossas ruínas!
- Mas e aí? Qual a solução?
- Solução? Não há mais solução, cara... Aliás, nem queremos mais solução alguma. Que porra é essa? Vocês acham que vão nos ‘salvar’? Estamos numa boa. Nós é que temos agora de salvar vocês de nós. Já olhou o tamanho das 600 favelas do Rio? Cadê os bilhões de dólares para uma solução? Só que agora acabou a grana. E vocês aí, tentando consertar essa bosta. O máximo que vocês podem fazer são esses movimentos pela cidadania, os babacas de branco abraçando a Lagoa...
E tem mais: o País vai quebrar, porque ninguém vai fazer reforma porra nenhuma. Só vai sobrar ‘nóis’, que já estamos acostumados com a escrotidão da vida.
- Você não tem medo de morrer?
- Estamos no centro do Insolúvel, mermão... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Vocês têm medo de morrer, eu não. Nós já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam ‘seja marginal seja herói’? ou ‘A luta de classes é o motor da História’? Pois é, somos heróis em luta de classes contra a burguesia do asfalto. Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Esse parangolé envenenado, né?
Além disso, estamos virando superstars da mídia. A imprensa dá ideias, enche nossa bola do crime... Vocês estão nos dando uma ideologia, sem perceber... Outro toque: por que não pegam os barões do pó? Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidente do Paraguai nessa parada de armas e cocaína... Essa é que é a mina de ouro, nas fronteiras... Mas não tem polícia pra enfrentar esse poder internacional... A gente é mixaria... A verdadeira guerra do Paraguai vocês estão perdendo agora, tá ligado?
- E a polícia? Não rola?
- Quer um toque? A burocracia policial segura tudo. Nós somos uma empresa moderna. A gente não tem que arranjar ordem judicial, a gente não é dividido em municipal, estadual e federal; é tudo rápido, enxuto. A polícia é feita de feudos, delegados corruptos, donos de pedaços da cidade transando com as milícias...
Hoje, mermão, saca esta: nós entendemos que nossa missão é maior do que roubar apenas. Estamos virando terroristas, sacou? Fechamos comércio quando queremos, cada vez estamos mais ousados, porque ninguém dá conta de nós. Vivemos aterrorizados por muitos anos. Agora, nós somos a morte, rodando pelas ruas feito cachorro raivoso. Chegaremos ao terror até político. O Brasil está precisando de uma tragédia séria, para tomar vergonha. A gente não precisa porque já somos trágicos e sem-vergonha.
- Então, vão encarar o Exército?
- Ah... cara... Você acha que os generais vão querer acabar com aquele dia a dia dos quartéis? Que isso, meu? Eles ficam jogando basquete de tarde, marcham, tocam os clarins, cantam hinos... Mas ir à luta com o PCC e o CV? Com risco de vexame? Pra quê? Eles dizem que são treinados para guerras maiores... Só se for com a Argentina... E também a gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Já imaginou a gente daqui a uns 10 anos? Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também umazinha, daquelas sujas mesmas, que cabem numa maleta... Já pensou? Ipanema radioativa?
Eu acho que ‘nóis’ vai virar países estrangeiros... Já imaginou: República do Alemão? Ou Estado do Jacarezinho? Gostou?
Olha, meu chapa, só generais saídos da favela, da lama, com a mesma fome de vida e morte, poderiam nos vencer... Nós saímos do lixo, não temos nada a perder... É isso aí... A bandidagem perdeu o respeito pela polícia... Agora, não tem mais jeito... Pra ganhar essa guerra, vocês têm de começar o Brasil de novo... Falei?
- Falou...
www.arnaldojabor.com.br
O governo Temer encolheu
Ao completar sete meses de mandato, Michel Temer perdeu muito da pouca popularidade que tinha e é vítima de um pecado original. Ele sabia que seus principais auxiliares seriam alcançados pela Lava Jato, mas, mesmo assim, decidiu nomeá-los para postos-chave da administração. O presidente confidenciava que, quando chegasse a hora, os suspeitos seriam demitidos. A hora chegou, e nada foi feito.
Em sua última edição, VEJA revelou detalhes do acordo de delação premiada assinado por Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht. O executivo contou que, em 2014, em um jantar no Palácio do Jaburu, Temer pediu uma ajuda financeira a Marcelo Odebrecht, à época presidente da empreiteira. Levou 10 milhões de reais, que foram entregues ao ministro Eliseu Padilha, ao assessor especial José Yunes, ao ex-deputado preso Eduardo Cunha e ao empresário Paulo Skaf (leia reportagem na pág. 72).
Com a divulgação do conteúdo da delação, Temer convocou uma reunião de emergência. Chamou Padilha e o secretário Moreira Franco, acusado de pedir 4 milhões de reais em propina, além de outros assessores. Ali, foram traçadas duas alternativas. A primeira: Padilha e Moreira deixariam o governo a fim de estancar rapidamente a sangria presidencial. A segunda: os governistas jurariam inocência, atacariam o vazamento da delação e se apressariam para apresentar um conjunto de medidas econômicas, numa tentativa de mudar o foco das atenções.
Prevaleceu o entendimento de que a entrega dos anéis (a cabeça dos assessores) não garantiria a salvação dos dedos (o mandato presidencial). Pelo contrário, ao remover um biombo, Temer poderia ficar mais exposto.
A sorte do presidente é, ainda, sua farta musculatura política no Congresso, seu habitat. Ali, Temer é só vitórias.Fonte:Veja
Em sua última edição, VEJA revelou detalhes do acordo de delação premiada assinado por Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht. O executivo contou que, em 2014, em um jantar no Palácio do Jaburu, Temer pediu uma ajuda financeira a Marcelo Odebrecht, à época presidente da empreiteira. Levou 10 milhões de reais, que foram entregues ao ministro Eliseu Padilha, ao assessor especial José Yunes, ao ex-deputado preso Eduardo Cunha e ao empresário Paulo Skaf (leia reportagem na pág. 72).
Com a divulgação do conteúdo da delação, Temer convocou uma reunião de emergência. Chamou Padilha e o secretário Moreira Franco, acusado de pedir 4 milhões de reais em propina, além de outros assessores. Ali, foram traçadas duas alternativas. A primeira: Padilha e Moreira deixariam o governo a fim de estancar rapidamente a sangria presidencial. A segunda: os governistas jurariam inocência, atacariam o vazamento da delação e se apressariam para apresentar um conjunto de medidas econômicas, numa tentativa de mudar o foco das atenções.
Prevaleceu o entendimento de que a entrega dos anéis (a cabeça dos assessores) não garantiria a salvação dos dedos (o mandato presidencial). Pelo contrário, ao remover um biombo, Temer poderia ficar mais exposto.
A sorte do presidente é, ainda, sua farta musculatura política no Congresso, seu habitat. Ali, Temer é só vitórias.Fonte:Veja
Desembargador federal determina retorno de Sérgio Cabral para Bangu 8
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou nesta sexta-feira (16) o retorno do ex-governador Sérgio Cabral ao Rio de Janeiro, onde ficará preso preventivamente. A ordem foi expedida pelo desembargador federal Abel Gomes, em pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Cabral, que havia sido transferido para Curitiba por determinação do juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Cabral seguiu para Curitiba no sábado (10) pela manhã.
No habeas corpus, Abel Gomes determinou que o acusado seja recolhido ao Presídio Pedro Werling de Oliveira (Bangu 8), "sem prejuízo de que as autoridades Judiciárias, do Ministério Público e da Seap [Secretaria de Administração Penitenciária] prossigam na apuração das infrações eventualmente ocorridas durante as visitações pretéritas, bem como o prosseguimento no controle da manutenção da disciplina interna, com a aplicação das proporcionais sanções disciplinares cabíveis, na forma da LEP [Lei de Execução Penal], que é o estatuto também aplicável ao preso provisório, no que couber".
Segundo a Agência Brasil, n decisão, o desembargador Abel Gomes esclareceu que a LEP, ao tratar da cadeia pública, onde devem permanecer os presos provisórios, estabelece que os custodiados sejam mantidos em local próximo da família. O desembargador, ainda em sua decisão, também citou as regras da Constituição Federal que tratam das prisões, bem como os tratados internacionais referentes ao tema. Além disso, Abel Gomes levou em conta que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não confirmou as notícias veiculadas pela imprensa - que deram motivo à transferência do custodiado para o Paraná - no sentido de que o ex-governador estaria gozando de privilégios no presídio carioca.
No habeas corpus, Abel Gomes determinou que o acusado seja recolhido ao Presídio Pedro Werling de Oliveira (Bangu 8), "sem prejuízo de que as autoridades Judiciárias, do Ministério Público e da Seap [Secretaria de Administração Penitenciária] prossigam na apuração das infrações eventualmente ocorridas durante as visitações pretéritas, bem como o prosseguimento no controle da manutenção da disciplina interna, com a aplicação das proporcionais sanções disciplinares cabíveis, na forma da LEP [Lei de Execução Penal], que é o estatuto também aplicável ao preso provisório, no que couber".
Segundo a Agência Brasil, n decisão, o desembargador Abel Gomes esclareceu que a LEP, ao tratar da cadeia pública, onde devem permanecer os presos provisórios, estabelece que os custodiados sejam mantidos em local próximo da família. O desembargador, ainda em sua decisão, também citou as regras da Constituição Federal que tratam das prisões, bem como os tratados internacionais referentes ao tema. Além disso, Abel Gomes levou em conta que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) não confirmou as notícias veiculadas pela imprensa - que deram motivo à transferência do custodiado para o Paraná - no sentido de que o ex-governador estaria gozando de privilégios no presídio carioca.
'Sim, todos sabiam que o apartamento pertencia ao Lula’, diz ex-zelador
O ex-zelador do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), José Afonso Pinheiro, afirmou nesta sexta-feira, 16, que "todos sabiam" que o tríplex 164/A "pertencia ao ex-presidente Lula". Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, Pinheiro disse que a ex-primeira dama Marisa Letícia "se portava lá como proprietária do apartamento". "Nunca a vi se portar como alguém interessada em comprar apartamento.
" Pinheiro foi arrolado pelo Ministério Público Federal como testemunha de acusação na ação penal contra Lula por suposto recebimento de R$ 3,7 milhões em propinas da empreiteira OAS. Zelador há 20 anos, ele trabalhou no Solaris entre novembro de 2013 e abril de 2016.
A audiência, por videoconferência, foi tensa. Pinheiro se exaltou quando indagado pela defesa de Lula sobre sua filiação ao PP depois que foi demitido do Solaris - ele saiu candidato a vereador com o nome "Afonso Zelador do Tríplex". Irritado com o questionamento, Pinheiro ofendeu os advogados do ex-presidente.
"Vocês são uns lixos." Moro interrompeu a testemunha e pediu que tivesse calma. O tríplex do Guarujáé o ponto central de uma das investigações encetadas pela força-tarefa da Lava Jato contra Lula. Os investigadores acreditam que o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do imóvel, que passou por uma reforma bancada pela OAS. Lula nega ser o dono do apartamento.por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo
" Pinheiro foi arrolado pelo Ministério Público Federal como testemunha de acusação na ação penal contra Lula por suposto recebimento de R$ 3,7 milhões em propinas da empreiteira OAS. Zelador há 20 anos, ele trabalhou no Solaris entre novembro de 2013 e abril de 2016.
A audiência, por videoconferência, foi tensa. Pinheiro se exaltou quando indagado pela defesa de Lula sobre sua filiação ao PP depois que foi demitido do Solaris - ele saiu candidato a vereador com o nome "Afonso Zelador do Tríplex". Irritado com o questionamento, Pinheiro ofendeu os advogados do ex-presidente.
"Vocês são uns lixos." Moro interrompeu a testemunha e pediu que tivesse calma. O tríplex do Guarujáé o ponto central de uma das investigações encetadas pela força-tarefa da Lava Jato contra Lula. Os investigadores acreditam que o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do imóvel, que passou por uma reforma bancada pela OAS. Lula nega ser o dono do apartamento.por Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
CNJ vai investigar juiz que determinou prisão de policial na Vaquejada de Serrinha
A conduta do juiz Paulo Ramalho Pessoa de Andrade Campos Neto, da comarca de Tucano, será investigada pela Corregedoria Nacional de Justiça, por determinar a prisão de policiais durante a Vaquejada de Serrinha, na região sisaleira, por não ter conseguido escolta policial durante a festa. O caso aconteceu no dia 4 de setembro deste ano (clique aqui e saiba mais).
O corregedor nacional de Justiça, ministro Otávio de Noronha, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou que a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) encaminhe copias inquérito administrativo instaurado contra o magistrado para apurar os fatos. O juiz determinou a prisão do Capitão Juraci Cunha por crime de desacato. A juíza assessora da Corregedoria, Angela Bacellar Batista, relatou que, após o contraditório, com oitiva do magistrado, os fatos que deram ensejo ao conflito entre Ramalho e o capitão foram esclarecidos.
A discussão foi registrada em vídeo. A juíza presume que houve manipulação nas imagens, feitas pelos próprios policiais, “demandando maior rigor no sopesamento dos fatos”, em razão da “desconfiança de prévio desagrado entre alguns integrantes da milícia local, quiçá imbuídos da pecha de corporativismo, e o magistrado, devido à atuação jurisdicional do representado que resultou na prisão de alguns policiais militares e de um delegado de polícia da comarca de Tucano sob a acusação de peculato” em três processos.
“Em que pese esta Corregedoria das Comarcas do Interior haja concluído pela inexistência de elementos desafiadores da instauração da instância disciplinar contra o magistrado, a Corregedoria Nacional de Justiça, a despeito da retidão e razoabilidade com que atua este órgão censor estadual, cujos reflexos em prol da Justiça se fazem sentir com êxito e concretude, não satisfeita com as informações já prestadas, encaminhou o expediente ora colacionado às fls. 39/40, assinalando o prazo de 15 dias para que lhe seja encaminhada cópia de todo o procedimento administrativo instaurado no âmbito de sua atuação referente ao caso em comento”, diz o despacho, publicado no Diário da Justiça Eletrônico de quarta-feira (15). A Corregedoria acatou ao pedido de providências do CNJ e determinou a remessa de cópia integral do procedimento administrativo contra o magistrado para o ministro João Otávio Noronha. Fonte:Bahia Noticias
O corregedor nacional de Justiça, ministro Otávio de Noronha, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou que a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) encaminhe copias inquérito administrativo instaurado contra o magistrado para apurar os fatos. O juiz determinou a prisão do Capitão Juraci Cunha por crime de desacato. A juíza assessora da Corregedoria, Angela Bacellar Batista, relatou que, após o contraditório, com oitiva do magistrado, os fatos que deram ensejo ao conflito entre Ramalho e o capitão foram esclarecidos.
A discussão foi registrada em vídeo. A juíza presume que houve manipulação nas imagens, feitas pelos próprios policiais, “demandando maior rigor no sopesamento dos fatos”, em razão da “desconfiança de prévio desagrado entre alguns integrantes da milícia local, quiçá imbuídos da pecha de corporativismo, e o magistrado, devido à atuação jurisdicional do representado que resultou na prisão de alguns policiais militares e de um delegado de polícia da comarca de Tucano sob a acusação de peculato” em três processos.
“Em que pese esta Corregedoria das Comarcas do Interior haja concluído pela inexistência de elementos desafiadores da instauração da instância disciplinar contra o magistrado, a Corregedoria Nacional de Justiça, a despeito da retidão e razoabilidade com que atua este órgão censor estadual, cujos reflexos em prol da Justiça se fazem sentir com êxito e concretude, não satisfeita com as informações já prestadas, encaminhou o expediente ora colacionado às fls. 39/40, assinalando o prazo de 15 dias para que lhe seja encaminhada cópia de todo o procedimento administrativo instaurado no âmbito de sua atuação referente ao caso em comento”, diz o despacho, publicado no Diário da Justiça Eletrônico de quarta-feira (15). A Corregedoria acatou ao pedido de providências do CNJ e determinou a remessa de cópia integral do procedimento administrativo contra o magistrado para o ministro João Otávio Noronha. Fonte:Bahia Noticias
PF apura esquema que envolve royalties de exploração mineral em 11 estados e DF
A Polícia Federal realiza outra operação na manhã desta sexta-feira (16) em 11 estados e no Distrito Federal, tendo como alvo uma organização criminosa investigada por um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral – que é 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), destinada aos municípios. As buscas são em Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
Cerca de 300 policiais federais participam da ação, para cumprir 29 conduções coercitivas, 4 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária. Foi determinado também o sequestro de três imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem somar R$ 70 milhões. Os municípios envolvidos deverão, por ordem judicial, deixar de realizar quaisquer atos de contratação ou pagamento aos três escritórios de advocacia e consultoria investigados.
Até o atual estágio das investigações, a organização criminosa se dividia em ao menos 4 grandes núcleos. O núcleo captador é composto por um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e sua esposa, que faziam a captação de prefeitos interessados em entrar no esquema. O núcleo operacional reunia escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria em nome da esposa do diretor do DNPM, que fazia repasses de valores indevidos a agentes públicos. O núcleo formado por agentes políticos e servidores públicos contratava os escritórios de advocacia integrantes do esquema e o núcleo colaborador auxiliava na ocultação e dissimulação do dinheiro.
Entre os investigados pelo apoio à lavagem do dinheiro está uma liderança religiosa, que recebeu dinheiro do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A PF investiga se o líder religioso “emprestou” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência para ocultar a origem ilícita dos valores. Batizada de Operação Timóteo, a apuração começou em 2015, quando a então Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade no crescimento do patrimônio de um dos diretores do DNPM.
Estima-se que ele pode ter recebido valores que ultrapassam os R$ 7 milhões. Segundo a PF, os valores recolhidos a título de CFEM chegaram a quase R$ 1,6 bilhão. O nome da operação faz menção à trecho do livro de Timóteo, na Biblía: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”. Fonte:Bahia Noticias
Cerca de 300 policiais federais participam da ação, para cumprir 29 conduções coercitivas, 4 mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária. Foi determinado também o sequestro de três imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem somar R$ 70 milhões. Os municípios envolvidos deverão, por ordem judicial, deixar de realizar quaisquer atos de contratação ou pagamento aos três escritórios de advocacia e consultoria investigados.
Até o atual estágio das investigações, a organização criminosa se dividia em ao menos 4 grandes núcleos. O núcleo captador é composto por um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e sua esposa, que faziam a captação de prefeitos interessados em entrar no esquema. O núcleo operacional reunia escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria em nome da esposa do diretor do DNPM, que fazia repasses de valores indevidos a agentes públicos. O núcleo formado por agentes políticos e servidores públicos contratava os escritórios de advocacia integrantes do esquema e o núcleo colaborador auxiliava na ocultação e dissimulação do dinheiro.
Entre os investigados pelo apoio à lavagem do dinheiro está uma liderança religiosa, que recebeu dinheiro do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A PF investiga se o líder religioso “emprestou” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência para ocultar a origem ilícita dos valores. Batizada de Operação Timóteo, a apuração começou em 2015, quando a então Controladoria-Geral da União (CGU) enviou à PF uma sindicância que apontava incompatibilidade no crescimento do patrimônio de um dos diretores do DNPM.
Estima-se que ele pode ter recebido valores que ultrapassam os R$ 7 milhões. Segundo a PF, os valores recolhidos a título de CFEM chegaram a quase R$ 1,6 bilhão. O nome da operação faz menção à trecho do livro de Timóteo, na Biblía: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”. Fonte:Bahia Noticias
Exclusivo: Temer é citado pela 2ª vez em delação da Odebrecht
Um dos principais executivos da construtora Odebrecht, o empresário Márcio Faria da Silva disse à Procuradoria-Geral da República que operacionalizou o repasse de recursos a pedido do presidente Michel Temer e do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A liberação do dinheiro, segundo contou, estava vinculada à execução de contratos da empreiteira com a Petrobras. A informação consta no acordo de delação premiada assinado pelo executivo. Em 2010, Michel Temer recebeu, em seu escritório político em São Paulo, Márcio Faria da Silva para uma conversa, da qual também participaram Eduardo Cunha e o lobista João Augusto Henriques, coletor de propinas para o PMDB dentro da Petrobras.
O Palácio do Planalto confirmou o encontro, mas informou que foi Cunha quem pediu a conversa a Temer, dizendo que o executivo gostaria de conhecê-lo. A assessoria do presidente acrescentou que na reunião, que teria durado cerca de 20 minutos, não se tratou de questões financeiras, mas só de formalidades. Nada além disso. “Se, depois da conversa de apresentação do empresário com Temer, Eduardo Cunha realizou qualquer acerto ou negociou valores para campanha, a responsabilidade é do próprio Eduardo Cunha”, afirmou a assessoria de Temer.
Márcio Faria da Silva é um dos 77 delatores da Odebrecht. Entrou na empresa em 1978 e escalou de forma meteórica o seu organograma, tornando-se um dos principais executivos da construtora. No comando da Odebrecht Engenharia Industrial, participou de grandes obras da Petrobras, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias de Abreu e Lima, Araucária e São José dos Campos. Um de seus principais contatos na estatal era Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento.
Representante de interesses suprapartidários, inclusive do PMDB, Costa disse à força-tarefa da Lava Jato que negociou o repasse de propinas com Márcio Faria da Silva. Operador do petrolão, o doleiro Alberto Youssef ratificou essa versão, o que levou o Ministério Público a processar o executivo por improbidade administrativa. Para o MP, ele teve papel decisivo na costura do cartel de empreiteiras que fraudou contratos e desviou bilhões de reais da Petrobras.
Márcio Faria da Silva é o segundo executivo da Odebrecht a implicar Temer no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Ex-diretor de Relações Institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho contou que num jantar em maio de 2014, no Palácio do Jaburu, o então vice-presidente Michel Temer, acompanhado do então deputado Eliseu Padilha, pediu uma ajuda financeira a Marcelo Odebrecht. Ficou combinado o repasse de 10 milhões de reais, dos quais 6 milhões de reais foram reservados para Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo, e 4 milhões de reais para Eliseu Padilha, hoje chefe da Casa Civil.
VEJA revelou o caso em agosto passado. Ao assinar seu acordo de delação premiada, Melo Filho detalhou um pouco mais o rateio do butim. Ele declarou que parte dos 4 milhões de reais foi entregue em espécie no escritório de advocacia de Eliseu Padilha em Porto Alegre. Outra parte, também não especificada, foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes, o amigo de Temer que se demitiu ontem do cargo de assessor especial do presidente. Melo Filho diz ter ouvido do próprio Padilha que 1 milhão de reais foi entregue a Cunha. O ex-deputado, portanto, teria se beneficiado dos valores pedidos por Michel Temer a Marcelo Odebrecht.
Preso pela Operação Lava Jato, Cunha era operador financeiro do PMDB. Foi ele quem conseguiu da própria Odebrecht doações generosas a políticos ligados a Michel Temer — entre eles, o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, investigado no petrolão, e Gabriel Chalita, candidato peemedebista à prefeitura de São Paulo em 2012. É esse um dos motivos que justificam a apreensão do governo com a eventual delação premiada do ex-deputado, preso pela Operação Lava Jato. (Com reportagem de Hugo Marques)Fonte:Veja
O Palácio do Planalto confirmou o encontro, mas informou que foi Cunha quem pediu a conversa a Temer, dizendo que o executivo gostaria de conhecê-lo. A assessoria do presidente acrescentou que na reunião, que teria durado cerca de 20 minutos, não se tratou de questões financeiras, mas só de formalidades. Nada além disso. “Se, depois da conversa de apresentação do empresário com Temer, Eduardo Cunha realizou qualquer acerto ou negociou valores para campanha, a responsabilidade é do próprio Eduardo Cunha”, afirmou a assessoria de Temer.
Márcio Faria da Silva é um dos 77 delatores da Odebrecht. Entrou na empresa em 1978 e escalou de forma meteórica o seu organograma, tornando-se um dos principais executivos da construtora. No comando da Odebrecht Engenharia Industrial, participou de grandes obras da Petrobras, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e as refinarias de Abreu e Lima, Araucária e São José dos Campos. Um de seus principais contatos na estatal era Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento.
Representante de interesses suprapartidários, inclusive do PMDB, Costa disse à força-tarefa da Lava Jato que negociou o repasse de propinas com Márcio Faria da Silva. Operador do petrolão, o doleiro Alberto Youssef ratificou essa versão, o que levou o Ministério Público a processar o executivo por improbidade administrativa. Para o MP, ele teve papel decisivo na costura do cartel de empreiteiras que fraudou contratos e desviou bilhões de reais da Petrobras.
Márcio Faria da Silva é o segundo executivo da Odebrecht a implicar Temer no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Ex-diretor de Relações Institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho contou que num jantar em maio de 2014, no Palácio do Jaburu, o então vice-presidente Michel Temer, acompanhado do então deputado Eliseu Padilha, pediu uma ajuda financeira a Marcelo Odebrecht. Ficou combinado o repasse de 10 milhões de reais, dos quais 6 milhões de reais foram reservados para Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo, e 4 milhões de reais para Eliseu Padilha, hoje chefe da Casa Civil.
VEJA revelou o caso em agosto passado. Ao assinar seu acordo de delação premiada, Melo Filho detalhou um pouco mais o rateio do butim. Ele declarou que parte dos 4 milhões de reais foi entregue em espécie no escritório de advocacia de Eliseu Padilha em Porto Alegre. Outra parte, também não especificada, foi entregue em dinheiro vivo no escritório de advocacia de José Yunes, o amigo de Temer que se demitiu ontem do cargo de assessor especial do presidente. Melo Filho diz ter ouvido do próprio Padilha que 1 milhão de reais foi entregue a Cunha. O ex-deputado, portanto, teria se beneficiado dos valores pedidos por Michel Temer a Marcelo Odebrecht.
Preso pela Operação Lava Jato, Cunha era operador financeiro do PMDB. Foi ele quem conseguiu da própria Odebrecht doações generosas a políticos ligados a Michel Temer — entre eles, o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves, investigado no petrolão, e Gabriel Chalita, candidato peemedebista à prefeitura de São Paulo em 2012. É esse um dos motivos que justificam a apreensão do governo com a eventual delação premiada do ex-deputado, preso pela Operação Lava Jato. (Com reportagem de Hugo Marques)Fonte:Veja
Nova função permitirá apagar mensagens já enviadas pelo WhatsApp
O WhatsApp prepara o lançamento de uma função que será muito útil para usuários descuidados (ou arrependidos): a de apagar uma mensagem já enviada. Essa possibilidade foi incluída na versão 2.17.1.869 do aplicativo para o iOS (celulares da Apple) e está disponível, por enquanto, apenas para os usuários em beta.
Com a novidade, o usuário pode apagar a mensagem antes ou mesmo depois que ela seja vista pela pessoa que a recebeu. Como ainda está em fase de testes, é possível que o recurso passe por alterações antes de chegar ao grande público.
Na versão atual, quando o usuário apaga a mensagem, seu conteúdo desaparece, mas o aviso de que uma mensagem foi enviada (o “balãozinho”), não. A novidade foi detectada pelo WABetaInfo, site dedicado a acompanhar novidades do WhatsApp, mas que não está vinculado ao aplicativo, hoje de propriedade do Facebook.
O WhatsApp não anunciou oficialmente quando a ferramenta estará disponível aos usuários. Procurada pela site de VEJA, a empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta sobre “recursos que não foram lançados”.
Com a novidade, o usuário pode apagar a mensagem antes ou mesmo depois que ela seja vista pela pessoa que a recebeu. Como ainda está em fase de testes, é possível que o recurso passe por alterações antes de chegar ao grande público.
Na versão atual, quando o usuário apaga a mensagem, seu conteúdo desaparece, mas o aviso de que uma mensagem foi enviada (o “balãozinho”), não. A novidade foi detectada pelo WABetaInfo, site dedicado a acompanhar novidades do WhatsApp, mas que não está vinculado ao aplicativo, hoje de propriedade do Facebook.
O WhatsApp não anunciou oficialmente quando a ferramenta estará disponível aos usuários. Procurada pela site de VEJA, a empresa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta sobre “recursos que não foram lançados”.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Mais de 11 mil pessoas ainda não sacaram o abono salarial na Bahia
Mais de 11,2 mil pessoas ainda não sacaram o abono salarial do PIS/Pasep ano-base 2014 na Bahia. Somados, os benefícios não sacados equivalem a R$ 9,8 milhões. Em todo o estado, 29.361 tinham direito ao abono e apenas 18.152 realizaram o saque até o dia 29 de novembro. O prazo para retirar o benefício é o dia 29 deste mês.
A data-limite seria no dia seguinte, mas não haverá expediente bancário na data. As pessoas que trabalharam pelo menos dois meses com carteira assinada em 2014 com vencimento mensal médio de até dois salários mínimos podem receber o benefício de um salário mínimo (R$ 880). O Ministério do Trabalho recomenda que as pessoas não deixem o saque para o último dia.
“Se houver qualquer problema, o trabalhador não terá mais como resolver no dia 30, pois os bancos não atenderão o público e, depois dessa data, o dinheiro do abono volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador”, explica o coordenador-geral do Seguro-desemprego, Abono Salarial e Identificação Profissional do ministério, Márcio Borges.
A data-limite seria no dia seguinte, mas não haverá expediente bancário na data. As pessoas que trabalharam pelo menos dois meses com carteira assinada em 2014 com vencimento mensal médio de até dois salários mínimos podem receber o benefício de um salário mínimo (R$ 880). O Ministério do Trabalho recomenda que as pessoas não deixem o saque para o último dia.
“Se houver qualquer problema, o trabalhador não terá mais como resolver no dia 30, pois os bancos não atenderão o público e, depois dessa data, o dinheiro do abono volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador”, explica o coordenador-geral do Seguro-desemprego, Abono Salarial e Identificação Profissional do ministério, Márcio Borges.
Empresas aéreas garantem que reduzirão preço de passagens em 2017
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) garantiu nesta quarta-feira (14) que os preços das passagens de avião devem cair a partir do ano que vem, com as novas regras nas condições de transporte aéreo anunciadas nesta terça (13) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As mudanças foram publicadas no Diário Oficial nesta quarta e passam a valer a partir de 14 de março. A principal mudança está na autorização para as empresas aéreas cobrarem pela bagagem despachada. O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, explicou que o transporte da bagagem não é gratuito. “A bagagem é paga.
O problema é que é paga sem transparência para o consumidor e de forma injusta. Metade dos passageiros viaja sem bagagem e tem na sua passagem um custo de quem está levando bagagem”, disse. Atualmente, a franquia de bagagens é de um volume de até 23 quilos nos voos domésticos e de dois volumes de até 32 quilos nos internacionais. Segundo a Agência Brasil, Sanovicz avalia que isso vai se tornar um diferencial competitivo para as empresas, que poderão oferecer pacotes diferenciados para cada perfil de viajante, fazer parcerias com operadoras de cartão de crédito, ou mesmo não cobrar pela bagagem em voos com menos procura.
A possibilidade de liberação de espaço no porão das aeronaves também pode contribuir para a queda de preços, diz o presidente da Abear, já que outros serviços poderão gerar mais receitas na mesma aeronave. Sanovicz não deu uma previsão de quanto o preço das passagens pode cair. Entretanto, segundo ele, a cada 10% de redução no preço dos bilhetes, o volume de passageiros aumenta 14%. “[A mudança nas regras] não é um instrumento para recuperar a demanda, mas na medida em que vamos abrir novas classes tarifárias, mais baratas, [isto] será instrumento para que parte dessa demanda volte”, disse. Segundo ele, as empresas aéreas perderam quase nove milhões de passageiros em 2016.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que vai ingressar com uma ação judicial para questionar a legalidade das novas regras da Anac. Para o MPF, a medida representa um retrocesso legal, viola o direito do consumidor e não garante os supostos benefícios anunciados, como a redução das tarifas das passagens.Fonte:Bahia Noticias
O problema é que é paga sem transparência para o consumidor e de forma injusta. Metade dos passageiros viaja sem bagagem e tem na sua passagem um custo de quem está levando bagagem”, disse. Atualmente, a franquia de bagagens é de um volume de até 23 quilos nos voos domésticos e de dois volumes de até 32 quilos nos internacionais. Segundo a Agência Brasil, Sanovicz avalia que isso vai se tornar um diferencial competitivo para as empresas, que poderão oferecer pacotes diferenciados para cada perfil de viajante, fazer parcerias com operadoras de cartão de crédito, ou mesmo não cobrar pela bagagem em voos com menos procura.
A possibilidade de liberação de espaço no porão das aeronaves também pode contribuir para a queda de preços, diz o presidente da Abear, já que outros serviços poderão gerar mais receitas na mesma aeronave. Sanovicz não deu uma previsão de quanto o preço das passagens pode cair. Entretanto, segundo ele, a cada 10% de redução no preço dos bilhetes, o volume de passageiros aumenta 14%. “[A mudança nas regras] não é um instrumento para recuperar a demanda, mas na medida em que vamos abrir novas classes tarifárias, mais baratas, [isto] será instrumento para que parte dessa demanda volte”, disse. Segundo ele, as empresas aéreas perderam quase nove milhões de passageiros em 2016.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que vai ingressar com uma ação judicial para questionar a legalidade das novas regras da Anac. Para o MPF, a medida representa um retrocesso legal, viola o direito do consumidor e não garante os supostos benefícios anunciados, como a redução das tarifas das passagens.Fonte:Bahia Noticias
Feira: Passe livre passa a ser válido a acompanhantes de pessoas com transtorno mental
A Justiça baiana garantiu, em decisão liminar, que acompanhantes de portadores de transtorno mental também tenham passe livre ao transporte coletivo gratuito em Feira de Santana. Os portadores já haviam ganhado o direito em setembro do ano corrente, quando o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu liminar ao Agravo de Instrumento interposto pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA), que determinou que o município de Feira assegurasse o direito às pessoas com transtorno mental. A decisão, de acordo com o DPE-BA, beneficiou mais de 300 pessoas indicadas no processo. A DPE-BA relatou, no entanto, que mais 300 casos foram relatados à instituição, que não estavam contemplados na liminar e foram contemplados na nova decisão. A multa diária por descumprimento foi estipulada em R$ 5 mil.
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