Foi um dos últimos discursos da Câmara Municipal neste ano que motivou os vereadores - talvez pela primeira vez em 2016 - ouvirem atentamente e em silêncio a um colega de Casa. Aos 90 anos, Waldir Pires (PT) se pronunciou pela última vez como vereador, e apesar de encerrar suas passagens por mandatos eletivos, ele promete não se afastar da política.
"Política não se deixa nunca. Política é a essência do nosso compromisso com a vida", justifica em entrevista ao Bahia Notícias. Ao encerrar o discurso na última segunda-feira (19), o vereador natural de Acajutiba uniu colegas da oposição e do governo, que fizeram fila para cumprimentá-lo. Exilado político durante a ditadura, Waldir acumula cargos em diferentes esferas da vida política brasileira desde a década de 80. Ele foi ministro da Previdência Social há cerca de 30 anos e já durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva se tornou ministro da Defesa.
Em 1987, Waldir foi eleito governador da Bahia, mas renunciou ao posto para tentar ser vice-presidente da República na chapa de Ulisses Guimarães. Ao longo dos anos 90, conseguiu dois mandatos na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em 2012, tentou seu último mandato eletivo e conseguiu 13,8 mil votos, garantindo uma cadeira no legislativo de Salvador por um mandato, que não será renovado. "Não fui candidato a reeleição, mas sou candidato permanente a continuar minha luta política para construir uma sociedade decente, responsável", ponderou o atual vereador.
As homenagens a Waldir não se restringiram a esta semana. Já no início de novembro a Câmara realizou uma sessão especial, proposta pelo vereador Edvaldo Brito (PSD), com o objetivo de homenagear o vereador. Em outras sessões ordinárias deste ano, as conversas com o petista também não fugiam do tom de respeito. Ao fim desta legislatura, Waldir promete não se afastar da política, mas depois de tantos mandatos e cargos ele agora terá que se adaptar a uma nova posição deste jogo.Fonte:Bahia Noticias
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Temer realizará café com imprensa para fazer balanço de governo
Com a proximidade do fim do ano, o presidente Michel Temer irá fazer nesta quinta-feira (22) um balanço dos seis meses de sua gestão. Orientado por auxiliares, o presidente pretende apresentar os dados em café da manhã com a imprensa, previsto para ser realizado no Palácio do Planalto. Um possível pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, ainda está em estudo e pode ser realizado até o próximo dia 31.
Segundo assessores palacianos, no encontro com os jornalistas de amanhã, não há previsão de que Temer faça anúncio de novas propostas para a área econômica. Até é o início desta semana existia a expectativa de que o governo apresentasse Medidas Provisórias que tratam das questões trabalhistas. Tais proposta deverão ser apresentadas apenas no início do próximo ano.
Junto com a Emenda Constitucional que estabeleceu o teto dos gastos públicos e o projeto de Reforma da Previdência, as mudanças nas regras trabalhistas são consideradas como "carro chefe" do governo para tentar reaquecer a econômica e gerar novos empregos no próximo ano. A decisão de se fazer o café da manhã foi tomada na tarde desta terça-feira e o bate papo com a imprensa está no rol de iniciativas que o governo pretende adotar, até o fim do ano, para criar uma agenda positiva em meio à crise política e econômica.
Na tarde de hoje, Temer participou do anúncio ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho, do repasse de 850 milhões para ações na área do ensino médio prevista no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos serão divididos entre o novo programa Médiotec e o programa de Fomento à Escola em Tempo Integral. O primeiro receberá R$ 700 milhões e o segundo, R$ 150 milhões.
A medida foi ofuscada, contudo, pela derrota do governo na votação do projeto da Dívida dos Estados, realizada no plenário da Câmara. Durante as discussões da proposta, contrariando a equipe econômica do governo, os deputados retiraram as contrapartidas estabelecidas Estados. Segundo auxiliares palacianos, Temer não descarta, porém, vetar trechos do texto aprovado e vai procurar os caminhos jurídicos para restabelecer as contrapartidas aos entes estaduais. Nos próximos dias, a equipe técnica do governo deve se debruçar para verificar quais serão os procedimentos que poderão ser adotados.Fonte:Bahia Noticias
Segundo assessores palacianos, no encontro com os jornalistas de amanhã, não há previsão de que Temer faça anúncio de novas propostas para a área econômica. Até é o início desta semana existia a expectativa de que o governo apresentasse Medidas Provisórias que tratam das questões trabalhistas. Tais proposta deverão ser apresentadas apenas no início do próximo ano.
Junto com a Emenda Constitucional que estabeleceu o teto dos gastos públicos e o projeto de Reforma da Previdência, as mudanças nas regras trabalhistas são consideradas como "carro chefe" do governo para tentar reaquecer a econômica e gerar novos empregos no próximo ano. A decisão de se fazer o café da manhã foi tomada na tarde desta terça-feira e o bate papo com a imprensa está no rol de iniciativas que o governo pretende adotar, até o fim do ano, para criar uma agenda positiva em meio à crise política e econômica.
Na tarde de hoje, Temer participou do anúncio ao lado do ministro da Educação, Mendonça Filho, do repasse de 850 milhões para ações na área do ensino médio prevista no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Os recursos serão divididos entre o novo programa Médiotec e o programa de Fomento à Escola em Tempo Integral. O primeiro receberá R$ 700 milhões e o segundo, R$ 150 milhões.
A medida foi ofuscada, contudo, pela derrota do governo na votação do projeto da Dívida dos Estados, realizada no plenário da Câmara. Durante as discussões da proposta, contrariando a equipe econômica do governo, os deputados retiraram as contrapartidas estabelecidas Estados. Segundo auxiliares palacianos, Temer não descarta, porém, vetar trechos do texto aprovado e vai procurar os caminhos jurídicos para restabelecer as contrapartidas aos entes estaduais. Nos próximos dias, a equipe técnica do governo deve se debruçar para verificar quais serão os procedimentos que poderão ser adotados.Fonte:Bahia Noticias
Renan Calheiros gasta R$ 62 mil para comprar televisores de LCD
Não faz sentido adquirir um mega pacote de TV por assinatura sem uma televisão à altura de tanto entretenimento.
Depois de anunciar sua disposição em gastar R$ 130 mil para ter acesso a canais como Sportv, GNT e National Geografic, Renan Calheiros foi às compras de aparelhos de TV de alta qualidade.
No último dia 1º, o Senado concluiu um pregão eletrônico e arrematou 20 televisores de 55 a 60 polegadas por R$ 61,7 mil, coisa de R$ 3 mil por cada peça.
Os brinquedinhos têm telas de LCD, com retro-iluminação de LED e formato WideScreen. Agora, sim, a diversão está completa.
Depois de anunciar sua disposição em gastar R$ 130 mil para ter acesso a canais como Sportv, GNT e National Geografic, Renan Calheiros foi às compras de aparelhos de TV de alta qualidade.
No último dia 1º, o Senado concluiu um pregão eletrônico e arrematou 20 televisores de 55 a 60 polegadas por R$ 61,7 mil, coisa de R$ 3 mil por cada peça.
Os brinquedinhos têm telas de LCD, com retro-iluminação de LED e formato WideScreen. Agora, sim, a diversão está completa.
Três delatores confirmam acusação que fez de Lula réu pela 5ª vez
Terreno comprado pela Odebrecht,. Delatores dizem que era para o Instituto Lula, que acabou indo para outro endereço
Na segunda-feira, o juiz Sérgio Moro fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva réu pela quinta vez, a terceira na Lava Jato. Nesta terça, já vazaram trechos das respectivas delações de três executivos da Odebrecht: do próprio Marcelo, ex-presidente do grupo; de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais e tido como amigo do petista; e de Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias. E os três confirmam o teor da denúncia acatada por Moro.
Reportagem publicada pela Folha nesta quarta informa que o trio confirmou que a Odebrecht comprou mesmo o terreno da Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo, para servir de sede ao Instituto Lula. Segundo o depoimento, o prédio seria erguido posteriormente por uma espécie de consórcio de empreiteiras.
A denúncia do Ministério Público Federal, acatada por Moro, sustenta que o terreno e o prédio seriam parte da propina paga pela empreiteira decorrente dos negócios que mantinha na Petrobras. Os delatores da Odebrecht afirmam que uma outra empresa foi usada como laranja na operação. O terreno foi comprado em nome da DAG Construtora, por R$ 7,6 milhões.
E por que o projeto não foi adiante?
Lula e sua mulher, Marisa Letícia, teriam ido visitar o local e não teriam gostado. A Odebrecht, segundo a delação, ficou de ver, então, uma alternativa, mas o projeto acabou não indo adiante, e o instituto Lula foi construído em outro local. Na busca e apreensão realizada no famoso sítio de Atibaia, a Polícia Federal encontrou projetos do instituo. Na planilha da Odebrecht, há o item “Prédio IL”.
Na mesma denúncia, lembre-se, o Ministério Público afirma que também um apartamento de cobertura vizinho ao de Lula, em São Bernardo, resulta de pagamento de propina da Odebrecht. Segundo a defesa, o ex-presidente paga aluguel desse imóvel.
Quando Moro aceitou a denúncia, um dos defensores de Lula, Cristiano Zanin Martins, emitiu uma nota em que afirma: “O que se observa é a ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde. A denúncia hoje recebida é proveniente de um inquérito policial no qual o ex-presidente e seu advogado [Roberto Teixeira] tiveram apenas dois dias para se manifestar e, em menos de um dia útil, já estavam indiciados. A denúncia foi oferecida três dias úteis depois, e o recebimento da peça acusatória se deu 4 dias úteis depois.”
Vamos ver O que a defesa de Lula tem a seu favor no caso? O instituto efetivamente não foi construído no local. Mas isso basta para descaracterizar, por exemplo, a acusação de corrupção passiva? Não. Vamos ver o que diz o Artigo 317 do Código Penal: Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º – A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º – Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Em 2010, ano em que se deu a compra, Lula era presidente da República. Ainda que o Ministério Público Federal não consiga provar por A mais B que o dinheiro empregado pela Odebrecht era propina decorrente de falcatrua praticada em obra pública, não ficará difícil evidenciar que estava no ar ao menos a promessa de vantagem. Uma empreiteira deve ter seus motivos para manter relação tão estreita com um presidente da República.
Isso, claro, na hipótese de se confirmar a versão dos delatores, que os advogados de Lula repudiam.
Para que Lula seja condenado nessa ação e para que a eventual sentença de Moro seja confirmada em instâncias superiores, será preciso demonstrar que havia, sim, ao menos uma promessa, conhecida pelo então presidente, de ser beneficiado pela Odebrecht. E que essa promessa decorria da ajuda objetiva que Lula, um servidor da República, poderia prestar à empresa. É o momento em que um simples projetinho riscado no papel, encontrado no sítio de Atibaia, ganha relevância.
Nesse caso, Lula pode ter se complicado bastante.Fonte:Reinaldo Azevedo
Na segunda-feira, o juiz Sérgio Moro fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva réu pela quinta vez, a terceira na Lava Jato. Nesta terça, já vazaram trechos das respectivas delações de três executivos da Odebrecht: do próprio Marcelo, ex-presidente do grupo; de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais e tido como amigo do petista; e de Paulo Melo, ex-diretor-superintendente da Odebrecht Realizações Imobiliárias. E os três confirmam o teor da denúncia acatada por Moro.
Reportagem publicada pela Folha nesta quarta informa que o trio confirmou que a Odebrecht comprou mesmo o terreno da Rua Dr. Haberbeck Brandão, nº 178, em São Paulo, para servir de sede ao Instituto Lula. Segundo o depoimento, o prédio seria erguido posteriormente por uma espécie de consórcio de empreiteiras.
A denúncia do Ministério Público Federal, acatada por Moro, sustenta que o terreno e o prédio seriam parte da propina paga pela empreiteira decorrente dos negócios que mantinha na Petrobras. Os delatores da Odebrecht afirmam que uma outra empresa foi usada como laranja na operação. O terreno foi comprado em nome da DAG Construtora, por R$ 7,6 milhões.
E por que o projeto não foi adiante?
Lula e sua mulher, Marisa Letícia, teriam ido visitar o local e não teriam gostado. A Odebrecht, segundo a delação, ficou de ver, então, uma alternativa, mas o projeto acabou não indo adiante, e o instituto Lula foi construído em outro local. Na busca e apreensão realizada no famoso sítio de Atibaia, a Polícia Federal encontrou projetos do instituo. Na planilha da Odebrecht, há o item “Prédio IL”.
Na mesma denúncia, lembre-se, o Ministério Público afirma que também um apartamento de cobertura vizinho ao de Lula, em São Bernardo, resulta de pagamento de propina da Odebrecht. Segundo a defesa, o ex-presidente paga aluguel desse imóvel.
Quando Moro aceitou a denúncia, um dos defensores de Lula, Cristiano Zanin Martins, emitiu uma nota em que afirma: “O que se observa é a ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo recorde. A denúncia hoje recebida é proveniente de um inquérito policial no qual o ex-presidente e seu advogado [Roberto Teixeira] tiveram apenas dois dias para se manifestar e, em menos de um dia útil, já estavam indiciados. A denúncia foi oferecida três dias úteis depois, e o recebimento da peça acusatória se deu 4 dias úteis depois.”
Vamos ver O que a defesa de Lula tem a seu favor no caso? O instituto efetivamente não foi construído no local. Mas isso basta para descaracterizar, por exemplo, a acusação de corrupção passiva? Não. Vamos ver o que diz o Artigo 317 do Código Penal: Art. 317 – Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º – A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º – Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Em 2010, ano em que se deu a compra, Lula era presidente da República. Ainda que o Ministério Público Federal não consiga provar por A mais B que o dinheiro empregado pela Odebrecht era propina decorrente de falcatrua praticada em obra pública, não ficará difícil evidenciar que estava no ar ao menos a promessa de vantagem. Uma empreiteira deve ter seus motivos para manter relação tão estreita com um presidente da República.
Isso, claro, na hipótese de se confirmar a versão dos delatores, que os advogados de Lula repudiam.
Para que Lula seja condenado nessa ação e para que a eventual sentença de Moro seja confirmada em instâncias superiores, será preciso demonstrar que havia, sim, ao menos uma promessa, conhecida pelo então presidente, de ser beneficiado pela Odebrecht. E que essa promessa decorria da ajuda objetiva que Lula, um servidor da República, poderia prestar à empresa. É o momento em que um simples projetinho riscado no papel, encontrado no sítio de Atibaia, ganha relevância.
Nesse caso, Lula pode ter se complicado bastante.Fonte:Reinaldo Azevedo
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
'Se economia não melhorar, não tem como dar aumento aos servidores em 2017', afirma Rui
O governador Rui Costa espera que a economia volte a crescer no próximo ano para permitir um reajuste salarial para os servidores do estado. Este ano, o governo não concedeu reajuste e é possível que a situação se repita em 2017.
"Se a economia não melhorar, não tenho como dar aumento aos servidores em 2017", afirmou Rui durante entrevista coletiva nesta terça-feira (20). O último reajuste para a categoria aconteceu em abril de 2015 (veja mais).
Durante a entrevista, o governador também sugeriu um "pacto de governança" com o objetivo de pacificar a situação política recuperar a economia no Brasil. "Enquanto não pacificar a crise política e institucional, o país não voltará a crescer. Economia vive de expectativas e não tem lugar no mundo em que a economia tem crescido com crise.
Na ditadura o país cresceu, mas tinha estabilidade política, mesmo que na ditadura. Com instabilidade, ou de guerra ou de crise política, não tem país no mundo que consiga crescer sua economia", avaliou.
"Se a economia não melhorar, não tenho como dar aumento aos servidores em 2017", afirmou Rui durante entrevista coletiva nesta terça-feira (20). O último reajuste para a categoria aconteceu em abril de 2015 (veja mais).
Durante a entrevista, o governador também sugeriu um "pacto de governança" com o objetivo de pacificar a situação política recuperar a economia no Brasil. "Enquanto não pacificar a crise política e institucional, o país não voltará a crescer. Economia vive de expectativas e não tem lugar no mundo em que a economia tem crescido com crise.
Na ditadura o país cresceu, mas tinha estabilidade política, mesmo que na ditadura. Com instabilidade, ou de guerra ou de crise política, não tem país no mundo que consiga crescer sua economia", avaliou.
Juiz apontado como ganhador de supersalário afirma que irá entrar na Justiça contra Veja
O juiz federal baiano Carlos D'ávila Teixeira, apontado pela revista Veja como um recebedor de "supersalário" (veja aqui) afirmou nesta segunda-feira (19) que irá processar a revista por conta da matéria e que o conteúdo publicado são "ilações deturpadas que buscam atingir a honra e a dignidade" dele. A revista o posicionou como um ganhador de "supersalário", recebendo o total de R$ 198,8 mil, sendo R$ 154 mil de "vantagens eventuais".
O juiz afirmou, em nota, que a remuneração mensal que recebe "está rigorosamente adequada ao teto constitucional e os seus valores são limpos, legítimos, não resultam de faina bandida ou da prática de ilícitos de quaisquer espécies ou tipos". D'ávila argumenta que o valor "é verba indenizatória" protocolado em julho deste ano corrente e que se refere à férias vencidas entre 2014 e 2015 "acumuladas por imperiosa necessidade de serviço". "Não constitui qualquer privilégio, as férias são um direito dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada, como do segmento público", afirmou o juiz federal.
Carlos D'ávila destacou que irá tomar medidas judiciais contra a revista "nas esferas cível e criminal" e que pedirá o direito de resposta. "Não arredarei um passo na busca da mais completa reparação pelos danos que estão sendo causados à minha pessoa, à minha família, aos meus colegas e amigos, muito embora o estrago já se torne visível, a nódoa subjetiva e as mágoas já se encontrem espalhadas em cada banca de revistas dos principais pontos de venda do país", finalizou.
O juiz afirmou, em nota, que a remuneração mensal que recebe "está rigorosamente adequada ao teto constitucional e os seus valores são limpos, legítimos, não resultam de faina bandida ou da prática de ilícitos de quaisquer espécies ou tipos". D'ávila argumenta que o valor "é verba indenizatória" protocolado em julho deste ano corrente e que se refere à férias vencidas entre 2014 e 2015 "acumuladas por imperiosa necessidade de serviço". "Não constitui qualquer privilégio, as férias são um direito dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada, como do segmento público", afirmou o juiz federal.
Carlos D'ávila destacou que irá tomar medidas judiciais contra a revista "nas esferas cível e criminal" e que pedirá o direito de resposta. "Não arredarei um passo na busca da mais completa reparação pelos danos que estão sendo causados à minha pessoa, à minha família, aos meus colegas e amigos, muito embora o estrago já se torne visível, a nódoa subjetiva e as mágoas já se encontrem espalhadas em cada banca de revistas dos principais pontos de venda do país", finalizou.
Sérgio Moro entra novamente em conflito com advogados de Lula
Um novo conflito entre o juiz federal responsável pela Lava Jato em primeira instância, Sérgio Moro, e os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltaram a entrar em conflito após o depoimento do ex-zelador do Condomínio Solaris, José Afonso Pinheiro.
Moro questionou as estratégias de defesa de Lula e questionou o advogado Cristiano Zanin Martins se irá entrar com ação contra a testemunha. “Vamos ver se [a testemunha] não vai sofrer queixa-crime ou alguma ação de indenização, a testemunha por parte da defesa”, disse Moro.
Moro afirmou isso em referência às tentativas de afastá-lo do processo em que Lula é reu na Lava Jato. “Depende. Quando as pessoas praticam atos ilícitos elas respondem por seus atos. Eu acho que é isso o que diz a lei”, disse Martins em resposta à Moro.
“Eu acho que ninguém está acima da lei. Da mesma forma como as pessoas estão sujeitas a determinadas ações, as autoridades também devem estar”, continou Martins, que foi interrompido por Moro. “Tá bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa”, finalizou Moro. O diálogo ocorreu no após o fim das gravações oficiais feitas pela Justiça Federal.Fonte:Bahia Noticias
Moro questionou as estratégias de defesa de Lula e questionou o advogado Cristiano Zanin Martins se irá entrar com ação contra a testemunha. “Vamos ver se [a testemunha] não vai sofrer queixa-crime ou alguma ação de indenização, a testemunha por parte da defesa”, disse Moro.
Moro afirmou isso em referência às tentativas de afastá-lo do processo em que Lula é reu na Lava Jato. “Depende. Quando as pessoas praticam atos ilícitos elas respondem por seus atos. Eu acho que é isso o que diz a lei”, disse Martins em resposta à Moro.
“Eu acho que ninguém está acima da lei. Da mesma forma como as pessoas estão sujeitas a determinadas ações, as autoridades também devem estar”, continou Martins, que foi interrompido por Moro. “Tá bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa”, finalizou Moro. O diálogo ocorreu no após o fim das gravações oficiais feitas pela Justiça Federal.Fonte:Bahia Noticias
Método com laser e bactérias marinhas trata câncer de próstata
Um novo método promete tratar o câncer de próstata sem efeitos colaterais. O tratamento inovador utiliza lasers, bem como um remédio feito de bactérias marinhas para eliminar os tumores e já é considerado um avanço significativo no combate à doença. De acordo com o estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Oncology, a abordagem foi completamente efetiva em quase metade dos pacientes submetidos a ela.
As terapias disponíveis atualmente envolvem cirurgia e radioterapia e, frequentemente, deixam como sequelas a impotência e diferentes graus de incontinência urinária. Isso é uma das razões pelas quais muitos homens demoram para procurar tratamento. “Isso [o novo tratamento] muda tudo”, explica Mark Emberton, cientista e médico que testou a nova terapia no University College de Londres, na Inglaterra.
Abordagem inovadora
O medicamento utilizado no novo tratamento é feito de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano, praticamente na escuridão, e que ativam suas toxinas quando expostas à luz. A intervenção com o laser é feita através da inserção de dez fibras óticas na região do períneo – o espaço entre o ânus e os testículos para alcançar a próstata.
A ativação dos laseres estimula o medicamento injetado na corrente sanguínea, responsável por “matar” os tumores. Os testes clínicos, realizados em 47 hospitais europeus com 413 pacientes mostrou que 49% dos pacientes entraram em remissão completa após o tratamento. Posteriormente, apenas 6% dos homens precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes que não foram submetidos à nova terapia.
O impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses – nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos dois anos após o tratamento.
Um desses pacientes, o britânico Gerald Capon, de 68 anos, contou à rede britânica BBC que está totalmente curado. “Sinto-me extremamente afortunado por ter sido aceito no programa de testes. Sinto que poderei passar o resto da minha vida sem preocupações”, disse.
Para Emberton, essa nova tecnologia representa um momento tão significativo para o tratamento de câncer de próstata e como a remoção localizada do tecido canceroso em vez do seio inteiro foi para as mulheres com câncer de mama.
“A decisão de buscar tratamento sempre foi um balanço entre benefícios e danos. Os danos sempre foram os efeitos colaterais – a incontinência urinária e as dificuldades sexuais para a maioria dos homens. É uma grande transformação termos um novo tratamento que é virtualmente livre de sequela,”, disse afirmou o médico.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 61.000 novos casos da doença em 2016 e 13.000 mortes.Fonte:Veja
As terapias disponíveis atualmente envolvem cirurgia e radioterapia e, frequentemente, deixam como sequelas a impotência e diferentes graus de incontinência urinária. Isso é uma das razões pelas quais muitos homens demoram para procurar tratamento. “Isso [o novo tratamento] muda tudo”, explica Mark Emberton, cientista e médico que testou a nova terapia no University College de Londres, na Inglaterra.
Abordagem inovadora
O medicamento utilizado no novo tratamento é feito de bactérias que vivem em regiões profundas do oceano, praticamente na escuridão, e que ativam suas toxinas quando expostas à luz. A intervenção com o laser é feita através da inserção de dez fibras óticas na região do períneo – o espaço entre o ânus e os testículos para alcançar a próstata.
A ativação dos laseres estimula o medicamento injetado na corrente sanguínea, responsável por “matar” os tumores. Os testes clínicos, realizados em 47 hospitais europeus com 413 pacientes mostrou que 49% dos pacientes entraram em remissão completa após o tratamento. Posteriormente, apenas 6% dos homens precisaram ter a próstata removida, em comparação com 30% dos pacientes que não foram submetidos à nova terapia.
O impacto na potência sexual e no ato de urinar durou apenas três meses – nenhum dos pacientes teve efeitos colaterais significativos dois anos após o tratamento.
Um desses pacientes, o britânico Gerald Capon, de 68 anos, contou à rede britânica BBC que está totalmente curado. “Sinto-me extremamente afortunado por ter sido aceito no programa de testes. Sinto que poderei passar o resto da minha vida sem preocupações”, disse.
Para Emberton, essa nova tecnologia representa um momento tão significativo para o tratamento de câncer de próstata e como a remoção localizada do tecido canceroso em vez do seio inteiro foi para as mulheres com câncer de mama.
“A decisão de buscar tratamento sempre foi um balanço entre benefícios e danos. Os danos sempre foram os efeitos colaterais – a incontinência urinária e as dificuldades sexuais para a maioria dos homens. É uma grande transformação termos um novo tratamento que é virtualmente livre de sequela,”, disse afirmou o médico.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 61.000 novos casos da doença em 2016 e 13.000 mortes.Fonte:Veja
Sobe para 22 número de casos notificados de doença desconhecida em Salvador
Continuo a defender publicação de todas as delações da Odebrecht
A Odebrecht, convenham, fez por último, mas não deixou a desejar: nada menos de 77 acordos de delação premiada. Os depoimentos todos chegaram ao Supremo e foram mandados para a sala-cofre, no terceiro andar, uma vez que são, bem…, quase sigilosos. Ou alguém tem alguma dúvida de que a indústria de vazamentos vai continuar?
Agora a bola está com o ministro Teori Zavascki, o relator, a quem cabe homologar ou não os acordos. O mais provável é que sejam todos homologados para que a fila possa, então, andar.
Sei que vou dizer algo que pode parecer exótico, mas eu o faço sem receio. Acho que tudo deveria ser posto na Internet. Assim ficaríamos sabendo do conjunto da obra. Por que isso seria bom? Porque é evidente que há vazamentos orquestrados para atingir este ou aquele. Até os gramados de Brasília sabem que a bola da vez é Michel Temer. Quanto mais instabilidade se criar no governo, tanto melhor para aqueles que estão descontentes com a sua agenda.
O material chegou ao Supremo no último dia antes do recesso judicial. Segundo o ministro, seu gabinete vai, sim, trabalhar no mês de janeiro. É pouco provável que algo vaze dali. Mas existem cópias, não é? Não se descarte que a imprensa seja premiada com um baita peru até na noite de Natal… Sabem cumé? Um daqueles vazamentos de fazer tremer a República.
As revelações de executivos da Odebrecht, apelidadas de “delação do fim do mundo”, se tornaram apenas as mais bombásticas, mas ainda não encerraram o ciclo. Consta que o casal João Santana e Mônica Moura, por exemplo, também prepara o seu arrazoado. A coisa vai longe.
Por que publicar tudo? Por que defendo que se torne tudo público, ainda que isso vá causar certa dor de cabeça para inocentes? Porque é o melhor para a República. O caso da Odebrecht é exemplar. Tudo indica — a ver — que as tais centenas de políticos listados reúnem de tudo: doações legais sem propina, doações legais oriundas de propina, doações ilegais com propina e até doações ilegais sem propina. Os políticos citados já teriam como, desde já, organizar a sua defesa junto à opinião pública. Aquela a ser apresentada em juízo tem de aguardar, por óbvio, a decisão da… Justiça.
Por mais heterodoxo que pareça, ainda é melhor do que esse clima de suspeição generalizada, que mistura todos os gatos num mesmo saco, de modo que todos são pardos — ou rajados.
Zavascki lamentou os vazamentos em conversa com a imprensa, mas o fez em tom meio fatalista, como quem diz que não há mesmo nada a fazer. Ora, se não há, então que tudo venha à luz, para o bem da República e do processo político.
Agora a bola está com o ministro Teori Zavascki, o relator, a quem cabe homologar ou não os acordos. O mais provável é que sejam todos homologados para que a fila possa, então, andar.
Sei que vou dizer algo que pode parecer exótico, mas eu o faço sem receio. Acho que tudo deveria ser posto na Internet. Assim ficaríamos sabendo do conjunto da obra. Por que isso seria bom? Porque é evidente que há vazamentos orquestrados para atingir este ou aquele. Até os gramados de Brasília sabem que a bola da vez é Michel Temer. Quanto mais instabilidade se criar no governo, tanto melhor para aqueles que estão descontentes com a sua agenda.
O material chegou ao Supremo no último dia antes do recesso judicial. Segundo o ministro, seu gabinete vai, sim, trabalhar no mês de janeiro. É pouco provável que algo vaze dali. Mas existem cópias, não é? Não se descarte que a imprensa seja premiada com um baita peru até na noite de Natal… Sabem cumé? Um daqueles vazamentos de fazer tremer a República.
As revelações de executivos da Odebrecht, apelidadas de “delação do fim do mundo”, se tornaram apenas as mais bombásticas, mas ainda não encerraram o ciclo. Consta que o casal João Santana e Mônica Moura, por exemplo, também prepara o seu arrazoado. A coisa vai longe.
Por que publicar tudo? Por que defendo que se torne tudo público, ainda que isso vá causar certa dor de cabeça para inocentes? Porque é o melhor para a República. O caso da Odebrecht é exemplar. Tudo indica — a ver — que as tais centenas de políticos listados reúnem de tudo: doações legais sem propina, doações legais oriundas de propina, doações ilegais com propina e até doações ilegais sem propina. Os políticos citados já teriam como, desde já, organizar a sua defesa junto à opinião pública. Aquela a ser apresentada em juízo tem de aguardar, por óbvio, a decisão da… Justiça.
Por mais heterodoxo que pareça, ainda é melhor do que esse clima de suspeição generalizada, que mistura todos os gatos num mesmo saco, de modo que todos são pardos — ou rajados.
Zavascki lamentou os vazamentos em conversa com a imprensa, mas o fez em tom meio fatalista, como quem diz que não há mesmo nada a fazer. Ora, se não há, então que tudo venha à luz, para o bem da República e do processo político.
Rui lança edital de R$ 16 milhões para compra de alimentos da agricultura familiar
O governador Rui Costa lançou nesta segunda-feira (19), em Feira de Santana, o edital de aquisição de alimentos da agricultura familiar para atender a rede estadual de ensino. O edital é no valor de R$ 16 milhões. "Há dois anos o governo comprava só 5% dos alimentos para merenda escolar da agricultura familiar. Chegamos em 2016 comprando cerca de 23%. Com esse edital queremos chegar aos 30% garantindo um alimento mais saudável para estudantes e uma renda melhor para os agricultores, que passarão a comercializar seus produtos em maior volume", declarou Rui. Os alimentos da agricultura familiar estão presentes nas refeições de 912 mil alunos, através de grãos, verduras, frutas, farinha de mandioca, iogurte, achocolatado, geleias, polpas e temperos.Fonte:Bahia Noticias
Gravidez causa mudanças no cérebro das mulheres, diz estudo
A gravidez altera a estrutura cerebral das mães, causando modificações que podem favorecer a habilidade para cuidar dos bebês, sugere um estudo publicado nesta segunda-feira na revista científica Nature Neuroscience. Segundo os pesquisadores, o volume da massa cinzenta é alterado em regiões do cérebro ligadas à percepção de sentimentos e necessidades dos outros em mulheres que acabaram de ter filhos. De acordo com os cientistas, essa é uma das primeiras evidências de que as alterações no cérebro materno podem ajudar nos cuidados com as crianças.
“Os resultados apontam que a plasticidade cerebral da gravidez tem o propósito evolutivo de fazer com que as mães se ocupem das necessidades de seus filhos”, afirmou Erika Barba-Müller, pesquisadora da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e uma das autoras do estudo, em comunicado.
Alterações cerebrais
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o cérebro de 25 mulheres que tiveram filhos pela primeira vez, por meio de imagens de ressonância magnética, antes e depois da gravidez. Comparando as imagens com as do cérebro de dezessete homens e vinte mulheres sem filhos, os cientistas perceberam que as mulheres que tinham acabado de ter filhos exibiam a massa cinzenta reduzida em regiões associadas à capacidade de perceber emoções e pontos de vista alheios. Segundo os pesquisadores, essa diminuição tem o propósito de tornar as ligações cerebrais mais eficazes e favorecer as relações afetivas entre as mães e as crianças.
“Acreditamos que a redução se deve a um processo similar à ‘poda sináptica’ que acontece durante a adolescência, quando as sinapses [conexões cerebrais que transmitem dados de um neurônio a outro] mais fracas são eliminadas para favorecer um processamento mental mais maduro e eficiente”, explica Susanna Carmona, pesquisadora da UAB, e uma das autoras do estudo.
O estudo revela ainda que as alterações cerebrais podem perdurar por até dois anos, sugerindo que as transformações podem preparar as mães para as necessidades sociais que a maternidade exige.
Especialistas
Para Kirstie Whitaker, especialista em neuroimagem da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apesar da quantidade pequena de mulheres analisadas, o estudo é convincente. “A mãe de primeira viagem tem que se esforçar ao máximo para entender e suprir as novas necessidades do seu bebê. Um novo ser que ela ainda está conhecendo os hábitos. O que pode incluir adaptação cerebral ligada as pressões evolutivas do ambiente”, afirmou a cientista, que não está envolvida na pesquisa, em entrevista ao jornal The Guardian.
Segundo Paul Thompson, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia (USC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, afirmou que há três possibilidades para a alteração da massa cinzenta analisada nesta nova pesquisa. “A primeira probabilidade é que a alteração cerebral não é benéfica e no futuro isso poderia trazer consequências negativas para a mãe. A segunda [possibilidade] seria um reflexo dos novos hábitos da mãe, como as poucas horas dormidas, o estresse e a alteração na alimentação. Já terceira, seria uma adaptação do próprio corpo para a mãe conseguir lidar com futuro materno. O cérebro estaria buscando ser mais eficiente em habilidades maternas de nutrir o novo ser e ser vigilante ao máximo para sempre ensinar o bebê”, disse ele, que também não participou da pesquisa, em entrevista ao The New York Times. Fonte:Veja
“Os resultados apontam que a plasticidade cerebral da gravidez tem o propósito evolutivo de fazer com que as mães se ocupem das necessidades de seus filhos”, afirmou Erika Barba-Müller, pesquisadora da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e uma das autoras do estudo, em comunicado.
Alterações cerebrais
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o cérebro de 25 mulheres que tiveram filhos pela primeira vez, por meio de imagens de ressonância magnética, antes e depois da gravidez. Comparando as imagens com as do cérebro de dezessete homens e vinte mulheres sem filhos, os cientistas perceberam que as mulheres que tinham acabado de ter filhos exibiam a massa cinzenta reduzida em regiões associadas à capacidade de perceber emoções e pontos de vista alheios. Segundo os pesquisadores, essa diminuição tem o propósito de tornar as ligações cerebrais mais eficazes e favorecer as relações afetivas entre as mães e as crianças.
“Acreditamos que a redução se deve a um processo similar à ‘poda sináptica’ que acontece durante a adolescência, quando as sinapses [conexões cerebrais que transmitem dados de um neurônio a outro] mais fracas são eliminadas para favorecer um processamento mental mais maduro e eficiente”, explica Susanna Carmona, pesquisadora da UAB, e uma das autoras do estudo.
O estudo revela ainda que as alterações cerebrais podem perdurar por até dois anos, sugerindo que as transformações podem preparar as mães para as necessidades sociais que a maternidade exige.
Especialistas
Para Kirstie Whitaker, especialista em neuroimagem da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apesar da quantidade pequena de mulheres analisadas, o estudo é convincente. “A mãe de primeira viagem tem que se esforçar ao máximo para entender e suprir as novas necessidades do seu bebê. Um novo ser que ela ainda está conhecendo os hábitos. O que pode incluir adaptação cerebral ligada as pressões evolutivas do ambiente”, afirmou a cientista, que não está envolvida na pesquisa, em entrevista ao jornal The Guardian.
Segundo Paul Thompson, neurocientista da Universidade do Sul da Califórnia (USC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, afirmou que há três possibilidades para a alteração da massa cinzenta analisada nesta nova pesquisa. “A primeira probabilidade é que a alteração cerebral não é benéfica e no futuro isso poderia trazer consequências negativas para a mãe. A segunda [possibilidade] seria um reflexo dos novos hábitos da mãe, como as poucas horas dormidas, o estresse e a alteração na alimentação. Já terceira, seria uma adaptação do próprio corpo para a mãe conseguir lidar com futuro materno. O cérebro estaria buscando ser mais eficiente em habilidades maternas de nutrir o novo ser e ser vigilante ao máximo para sempre ensinar o bebê”, disse ele, que também não participou da pesquisa, em entrevista ao The New York Times. Fonte:Veja
Brasileiro relata clima após ataque a mercado de Natal em Berlim
O ataque ao mercado de Natal em Berlim, na Alemanha, na noite desta segunda-feira deixou ao menos doze mortos e 48 feridos na praça Breitscheidplatz, bairro de Charlottenburg. O brasileiro Inacio Guerberoff Lanari Bo mora a três quadras do local do acidente e disse, em entrevista que “não ouviu barulhos nem movimentação na rua” na hora do ataque, por volta das 20h40 locais. “Ouvi uns barulhos na rua, mas não daria pra diferenciar de um dia normal. Curiosamente, eu tive que ligar a CNN aqui pra ver a reação imediata ao ataque”, relatou o economista e professor.
De acordo com o brasileiro, que vive na Alemanha há 2 anos e meio e frequenta o mercado de Natal, a feira estava montada em um quarteirão entre duas avenidas de médio porte, pelas quais o acesso de carros era livre, ou seja, poderiam transitar caminhões ou veículos de grande porte. As barraquinhas de comércio, porém, estavam em um nível superior ao da rua, de maneira que o público também permanecia em uma altura mais alta que a dos carros do tráfego local.
“Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.
“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”, disse. “Mas aqui na Alemanha, diferentemente dos Estados Unidos, as pessoas enfatizam mais a liberdade deles fazerem o que querem ao invés de restringirem suas vontades em nome da segurança. Eu nunca presenciei ou ouvi alguém na Alemanha falando em mudar o que iria fazer por medo de atentado”, relatou o brasileiro, que também estava em Boston no atentado à maratona.
Autoria indefinida — O mercado de Natal deste ano começou há cerca de um mês em Berlim, assim como em outras cidades europeias. No dia 21 de novembro, as autoridades da França anunciaram a prisão de um grupo de sete pessoas suspeitas de planejarem atentados contra mercados de Natal de Estrasburgo e de Marselha.
Apesar de especulações de que o ataque em Berlim teria autoria do grupo extremista Estado Islâmico ou que seria obra de um lobo solitário com ligação terrorista, as autoridades evitam lançar acusações precipitadas. Nenhum grupo assumiu publicamente e oficialmente alguma relação com o incidente em Berlim até o momento. Sabe-se apenas que a placa do caminhão era da Polônia e que a empresa responsável pelo veículo havia perdido o contato com o motorista.
(Com ANSA)
De acordo com o brasileiro, que vive na Alemanha há 2 anos e meio e frequenta o mercado de Natal, a feira estava montada em um quarteirão entre duas avenidas de médio porte, pelas quais o acesso de carros era livre, ou seja, poderiam transitar caminhões ou veículos de grande porte. As barraquinhas de comércio, porém, estavam em um nível superior ao da rua, de maneira que o público também permanecia em uma altura mais alta que a dos carros do tráfego local.
“Não era simplesmente a continuação da rua, tinham mais obstáculos na via. Esse pode ser um fator que ajudou a reduzir o número de vítimas, se comparado ao ataque de Nice, na França”, disse Lanari Bo, relembrando o atentado terrorista no sul da França em julho, quando um extremista islâmico atropelou turistas e franceses durante uma celebração nacional na via Promenade des Anglais. Em relação à segurança no mercado de Natal de Berlim, o brasileiro contou ter visto sempre uma estação móvel policial, mas que nenhuma medida extra tinha sido adotada.
“Os mercados de Natal costumam ser movimentados, principalmente aos fins de semana. Todos aqui sabiam que eram alvos óbvios de atentados”, disse. “Mas aqui na Alemanha, diferentemente dos Estados Unidos, as pessoas enfatizam mais a liberdade deles fazerem o que querem ao invés de restringirem suas vontades em nome da segurança. Eu nunca presenciei ou ouvi alguém na Alemanha falando em mudar o que iria fazer por medo de atentado”, relatou o brasileiro, que também estava em Boston no atentado à maratona.
Autoria indefinida — O mercado de Natal deste ano começou há cerca de um mês em Berlim, assim como em outras cidades europeias. No dia 21 de novembro, as autoridades da França anunciaram a prisão de um grupo de sete pessoas suspeitas de planejarem atentados contra mercados de Natal de Estrasburgo e de Marselha.
Apesar de especulações de que o ataque em Berlim teria autoria do grupo extremista Estado Islâmico ou que seria obra de um lobo solitário com ligação terrorista, as autoridades evitam lançar acusações precipitadas. Nenhum grupo assumiu publicamente e oficialmente alguma relação com o incidente em Berlim até o momento. Sabe-se apenas que a placa do caminhão era da Polônia e que a empresa responsável pelo veículo havia perdido o contato com o motorista.
(Com ANSA)
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Para Nilo, deputados não devem ter aumento nos próximos dois anos
Se depender do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo (PSL), os deputados estaduais não devem esperar por aumento no salário nos próximos anos. Em almoço com jornalistas (veja aqui), nesta segunda-feira (19), Nilo garantiu: “Se eu for presidente, não vou dar aumento para os deputados nos próximos dois anos”.
A afirmação foi feita poucas horas antes da Câmara Municipal de Salvador aprovar um aumento de quase 25% para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários (leia mais aqui). Durante o almoço, Nilo citou ações que tomou ao longo deste ano para evitar a necessidade de suplementação do governo do estado. Entre as medidas citadas estão a realização de “turnões” em janeiro, a suspensão da AL-BA itinerante, a redução do investimento em mídia e o não reajuste de servidores. Atualmente, os deputados recebem salário de R$ 25.322,53.Fonte:Bahia Noticias
A afirmação foi feita poucas horas antes da Câmara Municipal de Salvador aprovar um aumento de quase 25% para vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários (leia mais aqui). Durante o almoço, Nilo citou ações que tomou ao longo deste ano para evitar a necessidade de suplementação do governo do estado. Entre as medidas citadas estão a realização de “turnões” em janeiro, a suspensão da AL-BA itinerante, a redução do investimento em mídia e o não reajuste de servidores. Atualmente, os deputados recebem salário de R$ 25.322,53.Fonte:Bahia Noticias
Condição de advogado não imuniza, diz Moro sobre defensor de Lula
Na decisão que colocou os oito acusados no banco dos réus, o magistrado afirmou que "a condição de advogado de Roberto Teixeira não o imuniza contra a imputação". "Não ignora este Juízo a necessidade de se proteger juridicamente a relação entre cliente e advogado, mas não há imunidade desta relação, conforme jurisprudência consolidada nos tribunais pátrios, bem como assim se procede no Direito Comparado, quando o próprio advogado se envolve em ilícitos criminais, ainda que a título de assessoramento de seu cliente, havendo fundada suspeita no presente caso em relação às condutas de Roberto Teixeira", observou o juiz da Lava Jato.
Moro anotou que "a proteção jurídica restringe-se à relação entre advogado e cliente que seja pertinente à assistência jurídica lícita, não abrangendo a prática de atividades criminosas". "Nessa última hipótese, o advogado não age como tal, ou seja, não age em defesa de seu cliente ou para prestar-lhe assistência jurídica, mas sim como associado ao crime", afirmou. Lula é alvo de cinco denúncias: duas da Lava Jato, no Paraná, uma na Operação Zelotes, uma na Operação Janus e uma no âmbito da Lava Jato, em Brasília.
Também viraram réus nesta nova ação da Lava Jato o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) e seu ex-assessor Branislav Kontic, denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques e a mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, acusados da prática do crime de lavagem de dinheiro.Fonte:por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo | Estadão Conteúdo
MPF denuncia ex-prefeito de Cansanção e mais 18 por desvio de recursos públicos
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o prefeito afastado de Cansanção, Ranulfo da Silva Gomes, e mais 18 pessoas, entre elas ex-secretários do município, por crime de associação à organização criminosa e fraude licitatória. Ranulfo é acusado de liderar esquema de desvio de recursos públicos e foi afastado do comando da prefeitura em outubro de 2015, após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Investigações da Operação Making of, deflagrada em 2015, apontaram a contratação de empresas pertencentes ao prefeito e seus familiares registradas em nome de laranjas de forma sistemática pela administração municipal. “Com a utilização dessas empresas, o prefeito e seu grupo garantiu o total controle, durante os anos de 2011 a 2015, das contratações realizadas pela prefeitura de Cansanção nos mais variados produtos e serviços, dentre eles o fornecimento de equipamentos de informática e serviço de transporte escolar do município”, destaca a denúncia da procuradora regional da República Raquel Branquinho.
De acordo com o MPF, o esquema tinha o objetivo de desviar os recursos públicos do município para enriquecimento ilícito do prefeito afastado, de seus familiares e dos demais envolvidos, que figuravam como proprietários de empresas ligadas à contratações fraudulentas da prefeitura, muitas delas realizadas por dispensa de licitação. Fonte:Bahia Noticias
Investigações da Operação Making of, deflagrada em 2015, apontaram a contratação de empresas pertencentes ao prefeito e seus familiares registradas em nome de laranjas de forma sistemática pela administração municipal. “Com a utilização dessas empresas, o prefeito e seu grupo garantiu o total controle, durante os anos de 2011 a 2015, das contratações realizadas pela prefeitura de Cansanção nos mais variados produtos e serviços, dentre eles o fornecimento de equipamentos de informática e serviço de transporte escolar do município”, destaca a denúncia da procuradora regional da República Raquel Branquinho.
De acordo com o MPF, o esquema tinha o objetivo de desviar os recursos públicos do município para enriquecimento ilícito do prefeito afastado, de seus familiares e dos demais envolvidos, que figuravam como proprietários de empresas ligadas à contratações fraudulentas da prefeitura, muitas delas realizadas por dispensa de licitação. Fonte:Bahia Noticias
Doença misteriosa deixa Bahia em alerta
Uma doença ainda não identificada está deixando em alerta o setor de saúde da Bahia. Nos últimos dias, 11 pessoas em Salvador e no litoral norte do Estado apresentaram fortes dores musculares e eliminaram urina preta. Especialistas desconfiam que o consumo de um peixe do litoral baiano esteja relacionado ao surto.
Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que atendeu alguns desses pacientes, um deles teve o quadro agravado por uma insuficiência renal, mas todos já foram liberados. Inicialmente, a expectativa era de que o vírus fosse transmitido por via oral, tendo em vista a ocorrência de casos entre pessoas de uma mesma família.
Mas, a partir do surgimento de outros casos, os especialistas passaram a desconfiar que o problema esteja relacionado ao consumo de um determinado peixe do litoral da Bahia conhecido como olho de boi ou arabaiana.Segundo Bandeira, um ponto comum entre os pacientes foi o consumo da carne do peixe, em localidades diferentes. De acordo com o infectologista, foram coletadas amostras dos pacientes para identificar possíveis vírus ou agentes transmissores.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), embora ainda não fale sobre o assunto, divulgou um alerta às unidades de saúde explicando sobre o registro dos casos atendidos e internados em Salvador, entre os dias 2 e 10 de dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas, sugerindo que a transmissão poderia ocorrer por meio de contato ou gotículas.
Gúbio Soares, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) está analisando algumas amostras de material colhido, mas o resultado somente deverá ser conhecido dentro de 15 dias. Um alerta sobre os principais sintomas do problema já tomou conta das redes sociais e tem sido compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp.
“Ainda não há certeza sobre as causas da doença, estamos trabalhando com as duas hipóteses, mas a orientação é de que, ao perceber os sintomas, os pacientes se hidratem bastantes, e evitem a automedicação. A indicação é procurar imediatamente um médico para que os sintomas não evoluam”, disse Bandeira.
(Com Estadão Conteúdo)
Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que atendeu alguns desses pacientes, um deles teve o quadro agravado por uma insuficiência renal, mas todos já foram liberados. Inicialmente, a expectativa era de que o vírus fosse transmitido por via oral, tendo em vista a ocorrência de casos entre pessoas de uma mesma família.
Mas, a partir do surgimento de outros casos, os especialistas passaram a desconfiar que o problema esteja relacionado ao consumo de um determinado peixe do litoral da Bahia conhecido como olho de boi ou arabaiana.Segundo Bandeira, um ponto comum entre os pacientes foi o consumo da carne do peixe, em localidades diferentes. De acordo com o infectologista, foram coletadas amostras dos pacientes para identificar possíveis vírus ou agentes transmissores.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), embora ainda não fale sobre o assunto, divulgou um alerta às unidades de saúde explicando sobre o registro dos casos atendidos e internados em Salvador, entre os dias 2 e 10 de dezembro, apresentando quadro clínico caracterizado por início súbito de fortes dores em região cervical, região do trapézio, seguido por dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas, sugerindo que a transmissão poderia ocorrer por meio de contato ou gotículas.
Gúbio Soares, professor e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA) está analisando algumas amostras de material colhido, mas o resultado somente deverá ser conhecido dentro de 15 dias. Um alerta sobre os principais sintomas do problema já tomou conta das redes sociais e tem sido compartilhado por meio do aplicativo WhatsApp.
“Ainda não há certeza sobre as causas da doença, estamos trabalhando com as duas hipóteses, mas a orientação é de que, ao perceber os sintomas, os pacientes se hidratem bastantes, e evitem a automedicação. A indicação é procurar imediatamente um médico para que os sintomas não evoluam”, disse Bandeira.
(Com Estadão Conteúdo)
MP pede condenação de Haddad e mais 11 por desvios no Municipal
O Ministério Público de São Paulo pediu a condenação – em ação de improbidade administrativa – do prefeito Fernando Haddad (PT), do maestro John Neschling e mais dez investigados no escândalo de desvio de verbas do Theatro Municipal de São Paulo. A Promotoria requereu a condenação do petista e dos demais citados à suspensão dos direitos políticos e, solidariamente, à devolução de 128,7 milhões de reais por “danos causados” a partir de pagamentos efetuados para o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC) e de 468.000 reais decorrentes da contratação de Neschling.
Além de Haddad e do maestro são citados Willian Nacked, John Luciano Neschiling, Rogério Ceron de Oliveira, Nunzio Briguglio Filho, João Luiz Silva Ferreira, Aline Sultani, Ana Flávia Cabral Souza Leite, Ana Paula Teston, Valentin Proczynski e José Roberto Mazetto.
A ação, submetida ao Fórum da Fazenda Pública da Capital, é subscrita pelos promotores de Justiça Marcelo Camargo Miani e Nelson Luís Sampaio de Andrade – ambos da Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga corrupção e improbidade.
Um dos acusados, José Luiz Herencia é ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Investigado por supostamente superfaturar contratos da entidade com artistas e causar prejuízo de pelo menos 18 milhões de reaus aos cofres públicos, Herencia fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual.
Ele confessou os crimes e delatou outros supostos participantes do esquema de corrupção – o maestro Neschling, que foi diretor artístico durante a gestão de Herencia, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.
Além de Haddad e do maestro são citados Willian Nacked, John Luciano Neschiling, Rogério Ceron de Oliveira, Nunzio Briguglio Filho, João Luiz Silva Ferreira, Aline Sultani, Ana Flávia Cabral Souza Leite, Ana Paula Teston, Valentin Proczynski e José Roberto Mazetto.
A ação, submetida ao Fórum da Fazenda Pública da Capital, é subscrita pelos promotores de Justiça Marcelo Camargo Miani e Nelson Luís Sampaio de Andrade – ambos da Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público que investiga corrupção e improbidade.
Um dos acusados, José Luiz Herencia é ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Investigado por supostamente superfaturar contratos da entidade com artistas e causar prejuízo de pelo menos 18 milhões de reaus aos cofres públicos, Herencia fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual.
Ele confessou os crimes e delatou outros supostos participantes do esquema de corrupção – o maestro Neschling, que foi diretor artístico durante a gestão de Herencia, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.
Juiz federal baiano recebe R$ 198 mil de salário, aponta revista Veja
Uma matéria da Revista Veja, publicada no último sábado (17), revela que o juiz federal baiano, Carlos D´ávila Teixeira, recebeu R$ 198,8 mil de salário, no mês de setembro, sendo que, deste total, R$ 154 mil são de “vantagens eventuais”. A matéria “A farra dos Marajás”, lista os maiores salários pagos a servidores federais no país, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público. A revista pontua que boa parte dos supersalários está no Judiciário, e que tomou como base o vencimento de setembro, analisando o que foi pago aos servidores nos dois meses anteriores.
“Para realizar o levantamento, Veja somou aos salários dos servidores todos os benefícios recebidos e subtraiu gratificações natalinas, adicionais de férias e o abate do teto constitucional”, diz a reportagem. Outros salários altos identificados pela publicação, são da desembargadora federal de São Paulo, Therezinha Cazerta, que no período, recebeu R$ 83 mil. A juíza federal Vera Lúcia Feil Ponciano, de acordo com a revista, recebeu R$ 82,5 mil.
Outro juiz federal com alto salário é Alfredo dos Santos Cunha, com vencimento de R$ 82,4 mil. No Ministério Público, o procurador da República com maior salário observado pela revista foi Daniel Cesar Azeredo, com vencimento de R$ 96 mil em setembro. O procurador da República Elton Ghersel também recebeu supersalário, na casa de R$ 76,5 mil. Já Edson Abdon Peixoto, tem vencimento de R$ 68 mil, a procuradora Renata Ribeiro, R$ 67,9 mil e o procurador da República Wanderley Sanan Dantas recebeu R$ 66 mil. Somente em 2015, o país custeou R$ 840 milhões em auxílio moradia para 16 mil juízes.Fonte:Veja
“Para realizar o levantamento, Veja somou aos salários dos servidores todos os benefícios recebidos e subtraiu gratificações natalinas, adicionais de férias e o abate do teto constitucional”, diz a reportagem. Outros salários altos identificados pela publicação, são da desembargadora federal de São Paulo, Therezinha Cazerta, que no período, recebeu R$ 83 mil. A juíza federal Vera Lúcia Feil Ponciano, de acordo com a revista, recebeu R$ 82,5 mil.
Outro juiz federal com alto salário é Alfredo dos Santos Cunha, com vencimento de R$ 82,4 mil. No Ministério Público, o procurador da República com maior salário observado pela revista foi Daniel Cesar Azeredo, com vencimento de R$ 96 mil em setembro. O procurador da República Elton Ghersel também recebeu supersalário, na casa de R$ 76,5 mil. Já Edson Abdon Peixoto, tem vencimento de R$ 68 mil, a procuradora Renata Ribeiro, R$ 67,9 mil e o procurador da República Wanderley Sanan Dantas recebeu R$ 66 mil. Somente em 2015, o país custeou R$ 840 milhões em auxílio moradia para 16 mil juízes.Fonte:Veja
Associação afirma que informações sobre salários de juízes federais mancham Judiciário
A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) rebateu a matéria da revista Veja, publicada no último sábado (17), sobre o salário dos magistrados federais (clique aqui e saiba mais). A revista publicou uma matéria chamada “A farra dos Marajás”, em que identificou mais de cinco mil servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que ganham acima do teto constitucional (R$ 33,7 mil). O presidente da Ajufe, Roberto Veloso, questionou a metodologia e diz que a informação é “inverídica”, de que juízes federais receberiam valores remuneratórios acima do teto constitucional.
Segundo a Ajufe, “os juízes federais não recebem valores remuneratórios acima do teto constitucional”, sendo que a remuneração é composta por parcela fixa de subsídios e parcela eventual de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição, paga de maneira eventual, quando há acúmulo de jurisdição e sujeita ao teto constitucional. Sobre o auxílio-moradia, a Ajufe afirma que é um direito reconhecido pela Lei Orgânica da Magistratura, regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem natureza “indenizatória”, sendo paga a todos os membros do Poder Judiciário, Legislativo, Ministério Público e membros do Tribunal de Contas da União.
“As remunerações apresentadas como tendo sido pagas acima do teto constitucional no mês de setembro/16 se referem, na verdade, a valores brutos pagos a título de antecipação salarial em razão de férias, 1/3 constitucional de férias e abono de permanência, esse também previsto constitucionalmente para aqueles que já podem se aposentar, mas permanecem na atividade, com economia aos cofres públicos”, esclarece a instituição.
A entidade ainda afirma que “considerar valores pagos legalmente a título de antecipação salarial em virtude em razão do gozo de férias, sem levar em conta as deduções realizadas nos meses subsequentes, foi maneira que a matéria jornalística encontrou para distorcer a realidade e expor a ideia – falsa - de que Juízes Federais receberiam mensalmente valores na ordem de R$ 80 mil o que, reafirme-se, não corresponde à verdade remuneratória da Justiça Federal”.
A associação diz que os erros da reportagem, “acaso não tenham sido propositais para manchar a imagem do Poder Judiciário Federal”, poderiam ter sido evitados se os Juízes Federais tivessem sido ouvidos previamente. Por fim, a associação de magistrados defende a “total transparência quanto aos valores pagos aos integrantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo e é contra os chamados supersalários pagos na Administração Pública, mas não pode admitir que uma reportagem distorça a realidade com a falsa notícia de que juízes federais receberiam valores mensais superiores a R$ 80 mil reais”.Fonte:Bahia Noticias
Segundo a Ajufe, “os juízes federais não recebem valores remuneratórios acima do teto constitucional”, sendo que a remuneração é composta por parcela fixa de subsídios e parcela eventual de gratificação por exercício cumulativo de jurisdição, paga de maneira eventual, quando há acúmulo de jurisdição e sujeita ao teto constitucional. Sobre o auxílio-moradia, a Ajufe afirma que é um direito reconhecido pela Lei Orgânica da Magistratura, regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem natureza “indenizatória”, sendo paga a todos os membros do Poder Judiciário, Legislativo, Ministério Público e membros do Tribunal de Contas da União.
“As remunerações apresentadas como tendo sido pagas acima do teto constitucional no mês de setembro/16 se referem, na verdade, a valores brutos pagos a título de antecipação salarial em razão de férias, 1/3 constitucional de férias e abono de permanência, esse também previsto constitucionalmente para aqueles que já podem se aposentar, mas permanecem na atividade, com economia aos cofres públicos”, esclarece a instituição.
A entidade ainda afirma que “considerar valores pagos legalmente a título de antecipação salarial em virtude em razão do gozo de férias, sem levar em conta as deduções realizadas nos meses subsequentes, foi maneira que a matéria jornalística encontrou para distorcer a realidade e expor a ideia – falsa - de que Juízes Federais receberiam mensalmente valores na ordem de R$ 80 mil o que, reafirme-se, não corresponde à verdade remuneratória da Justiça Federal”.
A associação diz que os erros da reportagem, “acaso não tenham sido propositais para manchar a imagem do Poder Judiciário Federal”, poderiam ter sido evitados se os Juízes Federais tivessem sido ouvidos previamente. Por fim, a associação de magistrados defende a “total transparência quanto aos valores pagos aos integrantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo e é contra os chamados supersalários pagos na Administração Pública, mas não pode admitir que uma reportagem distorça a realidade com a falsa notícia de que juízes federais receberiam valores mensais superiores a R$ 80 mil reais”.Fonte:Bahia Noticias
Samuel Celestino:Processos de Lula deixa-o sem saída
Na sexta feira última este espaço fez referência à defesa do ex-presidente Lula por entender que seus advogados estariam a prejudicá-lo estabelecendo um litigio desnecessário com o juiz Sérgio Moro. A ação dos defensores passou a ser também entendida por diversos integrantes do PT como lamentável, se é que possa ser assim considerado. No início desta segunda-feira, o juiz Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula que, agora, passou estar com quatro processos, e é bem provável que o quinto possa vir a caminho, este de referência à Operação Zelotes, levando com ele o seu filho Cláudio.
O ex-presidente fica assim numa situação conflitosa e poderá vir a ser preso, o que passa a ser uma expectativa provável. Esta última ação desta segunda-feira que chega ao conhecimento público é resultado de uma referência à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Verifica-se que a defesa de Lula não está indo na direção certa.
Pelo contrário, passa a prejudicá-lo levando com ele Marisa Letícia. Como o PT não tem nomes para lançar candidato nas eleições de 2018, o único em condições de disputa seria Lula, como ficou claro na recente pesquisa do DataFolha, ele fica sem saída. Com tantos processos não será novidade se ele vier a perder os seus direitos políticos e ficar impedido de se candidatar se assim quiser em 2018. Nada é improvável.Fonte:Bahia Noticias
O ex-presidente fica assim numa situação conflitosa e poderá vir a ser preso, o que passa a ser uma expectativa provável. Esta última ação desta segunda-feira que chega ao conhecimento público é resultado de uma referência à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula, e de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Verifica-se que a defesa de Lula não está indo na direção certa.
Pelo contrário, passa a prejudicá-lo levando com ele Marisa Letícia. Como o PT não tem nomes para lançar candidato nas eleições de 2018, o único em condições de disputa seria Lula, como ficou claro na recente pesquisa do DataFolha, ele fica sem saída. Com tantos processos não será novidade se ele vier a perder os seus direitos políticos e ficar impedido de se candidatar se assim quiser em 2018. Nada é improvável.Fonte:Bahia Noticias
Sobe número de brasileiros que usam 13º para pagar contas
O fim do ano chegou e o brasileiro ainda não terminou de pagar as contas de 2016. Em ano de crise, o uso do 13.º salário para saldar dívidas, quitar ou adiantar financiamentos – já tão tradicional quanto a ceia de Natal – se tornou realidade para um número maior de pessoas. O movimento, porém, tem pouca influência para reduzir a inadimplência.
Uma pesquisa da Lendico, fintech que atua no ramo do crédito pessoal, apontou que o porcentual de consumidores que vão usar o 13.º salário para quitar dívidas subiu de 51% em 2015 para 56% em 2016. A pesquisa, feita com mais de 5.000 pessoas com renda média na casa dos 3.000 reais por mês, revelou ainda uma mudança importante de comportamento do consumidor, que agora está mais preocupado em poupar e investir do que em gastar com viagens e itens supérfluos.
Fundador da Lendico, Marcelo Ciampolini não vê uma alteração definitiva no padrão de gastos. “É mais uma reação à crise do que uma mudança definitiva. Provavelmente, no fim do ano que vem, se a economia tiver melhorado, as pessoas vão preferir gastar a poupar.”
Abrangência
A estratégia que se tornou a saída para uma parcela da população este ano já era usada há mais tempo por quem tem renda menor. A diferença é que, este ano, ficou mais apertado. “Muitas pessoas nem terão 13.º salário, ou porque estão desempregadas, ou porque são trabalhadores autônomos ou informais. Para completar, o crédito secou”, diz Maurício de Almeida Prado, sócio-diretor da consultoria Plano CDE, especializada nas classes C, D e E. Para o executivo, no entanto, se há um ano a percepção era de que a crise não duraria, hoje as pessoas são mais racionais em relação aos gastos.
Para o professor Rodrigo Alves, o ano foi de corte de custos, mas 2017 promete ter algum alívio. Por ter adquirido um apartamento em São Paulo, ele vendeu o carro e ainda busca comprador para outra propriedade que tem fora do estado. A primeira parcela do 13.º foi usada para amortizar o financiamento do imóvel. A outra metade vai para gastos correntes e investimento. “Quero aplicar a segunda parte em uma poupança para quitar futuras parcelas.”
Economista do birô de crédito Boa Vista SCPC, Flávio Calife diz que o uso do 13.º salário para quitar dívidas tem pouca influência sobre a inadimplência (contas em atraso por mais de 90 dias), já que os índices têm se mantido estáveis em relação a 2015. “As pessoas têm menos dinheiro, mas estão gastando menos e, também, mais preocupadas em honrar seus pagamentos”, diz. Além disso, as contas do início do ano são uma forte razão para o consumidor poupar, explica o economista.
Segundo Eduardo Jurcevic, superintendente de produtos do Santander, as pessoas devem começar 2017 com dívidas, porém, com pagamentos que cabem em seu orçamento. “Ano que vem será um ano de transição. O primeiro semestre será justo para o consumidor, mas haverá mudança de forma gradual no restante do ano.”
(Com Estadão Conteúdo)
Uma pesquisa da Lendico, fintech que atua no ramo do crédito pessoal, apontou que o porcentual de consumidores que vão usar o 13.º salário para quitar dívidas subiu de 51% em 2015 para 56% em 2016. A pesquisa, feita com mais de 5.000 pessoas com renda média na casa dos 3.000 reais por mês, revelou ainda uma mudança importante de comportamento do consumidor, que agora está mais preocupado em poupar e investir do que em gastar com viagens e itens supérfluos.
Fundador da Lendico, Marcelo Ciampolini não vê uma alteração definitiva no padrão de gastos. “É mais uma reação à crise do que uma mudança definitiva. Provavelmente, no fim do ano que vem, se a economia tiver melhorado, as pessoas vão preferir gastar a poupar.”
Abrangência
A estratégia que se tornou a saída para uma parcela da população este ano já era usada há mais tempo por quem tem renda menor. A diferença é que, este ano, ficou mais apertado. “Muitas pessoas nem terão 13.º salário, ou porque estão desempregadas, ou porque são trabalhadores autônomos ou informais. Para completar, o crédito secou”, diz Maurício de Almeida Prado, sócio-diretor da consultoria Plano CDE, especializada nas classes C, D e E. Para o executivo, no entanto, se há um ano a percepção era de que a crise não duraria, hoje as pessoas são mais racionais em relação aos gastos.
Para o professor Rodrigo Alves, o ano foi de corte de custos, mas 2017 promete ter algum alívio. Por ter adquirido um apartamento em São Paulo, ele vendeu o carro e ainda busca comprador para outra propriedade que tem fora do estado. A primeira parcela do 13.º foi usada para amortizar o financiamento do imóvel. A outra metade vai para gastos correntes e investimento. “Quero aplicar a segunda parte em uma poupança para quitar futuras parcelas.”
Economista do birô de crédito Boa Vista SCPC, Flávio Calife diz que o uso do 13.º salário para quitar dívidas tem pouca influência sobre a inadimplência (contas em atraso por mais de 90 dias), já que os índices têm se mantido estáveis em relação a 2015. “As pessoas têm menos dinheiro, mas estão gastando menos e, também, mais preocupadas em honrar seus pagamentos”, diz. Além disso, as contas do início do ano são uma forte razão para o consumidor poupar, explica o economista.
Segundo Eduardo Jurcevic, superintendente de produtos do Santander, as pessoas devem começar 2017 com dívidas, porém, com pagamentos que cabem em seu orçamento. “Ano que vem será um ano de transição. O primeiro semestre será justo para o consumidor, mas haverá mudança de forma gradual no restante do ano.”
(Com Estadão Conteúdo)
Janot entrega delações da Odebrecht ao STF nesta segunda-feira
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve encaminhar o conteúdo de quase uma centena de delações premiadas dos 77 executivos da empreiteira Odebrecht ao Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta segunda-feira – último dia antes do recesso do Judiciário. Segundo o jornal O Globo, os arquivos, documentos e pen drives serão analisados apenas na volta do recesso, em fevereiro, pelo relator da Operação Lava Jato na Corte, ministro Teori Zavascki, mas já em janeiro ele deve ouvir os delatores e advogados para saber se foram ou não coagidos a delatar.
Depois, o ministro pode homologar os depoimentos, enviando-os ao Ministério Público Federal, para que possam abrir novas investigações. Ou então, ele pode devolver parte do material a Janot, caso ache que ele deva ser complementado.
De acordo com o jornal, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, baixou algumas orientações, assim que soube do envio do material. Ela determinou a criação de uma força-tarefa para ajudar o ministro Teori Zavascki. Ele terá um reforço de pessoal e de espaço físico para trabalhar. Somente o relator e seus juízes auxiliares terão acesso ao material e a uma sala-cofre, onde ficarão guardados os documentos impressos e digitais.
Uma das delações, a do ex-executivo Cláudio Melo Filho, envolve a cúpula do governo Michel Temer. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Melo Filho disse que entregou 10 milhões de reais em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial de Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, 6 milhões de reais eram destinados ao então candidato a governador de São Paulo pelo partido, Paulo Skaf, e 4 milhões de reais tinham como beneficiário o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Após as informações virem à tona, José Yunes pediu demissão do cargo, na semana passada.
Depois, o ministro pode homologar os depoimentos, enviando-os ao Ministério Público Federal, para que possam abrir novas investigações. Ou então, ele pode devolver parte do material a Janot, caso ache que ele deva ser complementado.
De acordo com o jornal, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, baixou algumas orientações, assim que soube do envio do material. Ela determinou a criação de uma força-tarefa para ajudar o ministro Teori Zavascki. Ele terá um reforço de pessoal e de espaço físico para trabalhar. Somente o relator e seus juízes auxiliares terão acesso ao material e a uma sala-cofre, onde ficarão guardados os documentos impressos e digitais.
Uma das delações, a do ex-executivo Cláudio Melo Filho, envolve a cúpula do governo Michel Temer. Em depoimento ao Ministério Público Federal, Melo Filho disse que entregou 10 milhões de reais em espécie no escritório do advogado José Yunes, amigo e ex-assessor especial de Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, 6 milhões de reais eram destinados ao então candidato a governador de São Paulo pelo partido, Paulo Skaf, e 4 milhões de reais tinham como beneficiário o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Após as informações virem à tona, José Yunes pediu demissão do cargo, na semana passada.
Moro aceita denúncia e Lula vira réu pela 4º vez na Lava Jato
O juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e mais sete pessoas. Com isso, eles se tornam réus no processo. A denúncia do MPF é relativa à compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP)
Está é quinta denúncia contra Lula, a quarta em processos relacionados à Lava Jato. Além disso, ele também é réu em um processo relacionado à Operação Zelotes. Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as demais pessoas citadas foram indiciadas por lavagem de dinheiro. As investigações são um desdobramento das apurações envolvendo a atuação de Palocci como um dos responsáveis por intermediar os interesses da Odebrecht no governo federal e distribuir propinas ao PT.
Para a PF, o imóvel ao lado do apartamento do ex-presidente e o terreno onde seria construído a nova sede do Instituto Lula envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para o ex-presidente e, por isso, foram unificados. Além do petista, viraram réus também o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva – mulher de Lula – acusados da prática de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MPF, constam dois valores registrados um de “7,2 milhões de reais relativo a um compromisso de compra e venda e outro de 15 milhões de reais relativo a uma cessão”. Segundo laudo da PF, a planilha “posição Italiano”, referente aos acertos ilícitos da Odebrecht com Palocci, há uma rubrica específica onde consta a observação “Prédio (IL) seguido dos valores de R$ 12.422.000,00 dividida em três parcelas de R$ 1.057.000,00, uma de R$ 8.217.000,00 e outra de R$ 1.034.000,00.”
Sequestro do apartamento
Moro determinou ainda o sequestro do imóvel em frente ao que o ex-presidente mora em São Bernardo. Na decisão, o juiz ressaltou que decretou o sequestro diante “dos indícios de que foi adquirido com proventos do crime. Embora o imóvel esteja em nome de seus antigos proprietários, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que não tem qualquer relação com o ilícito), há, como acima exposto, indícios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”.Fonte:Veja
Está é quinta denúncia contra Lula, a quarta em processos relacionados à Lava Jato. Além disso, ele também é réu em um processo relacionado à Operação Zelotes. Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto as demais pessoas citadas foram indiciadas por lavagem de dinheiro. As investigações são um desdobramento das apurações envolvendo a atuação de Palocci como um dos responsáveis por intermediar os interesses da Odebrecht no governo federal e distribuir propinas ao PT.
Para a PF, o imóvel ao lado do apartamento do ex-presidente e o terreno onde seria construído a nova sede do Instituto Lula envolvem pagamentos de propina da Odebrecht para o ex-presidente e, por isso, foram unificados. Além do petista, viraram réus também o empresário Marcelo Odebrecht, acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro; Antonio Palocci e Branislav Kontic, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Demerval Gusmão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marisa Letícia Lula da Silva – mulher de Lula – acusados da prática de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia do MPF, constam dois valores registrados um de “7,2 milhões de reais relativo a um compromisso de compra e venda e outro de 15 milhões de reais relativo a uma cessão”. Segundo laudo da PF, a planilha “posição Italiano”, referente aos acertos ilícitos da Odebrecht com Palocci, há uma rubrica específica onde consta a observação “Prédio (IL) seguido dos valores de R$ 12.422.000,00 dividida em três parcelas de R$ 1.057.000,00, uma de R$ 8.217.000,00 e outra de R$ 1.034.000,00.”
Sequestro do apartamento
Moro determinou ainda o sequestro do imóvel em frente ao que o ex-presidente mora em São Bernardo. Na decisão, o juiz ressaltou que decretou o sequestro diante “dos indícios de que foi adquirido com proventos do crime. Embora o imóvel esteja em nome de seus antigos proprietários, Augusto Moreira Campos e Elenice Silva Campos (que não tem qualquer relação com o ilícito), há, como acima exposto, indícios de que pertence de fato ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o teria recebido, segundo a denúncia, como propina do Grupo Odebrecht”.Fonte:Veja
Bahia é segundo estado em ranking de mortes decorrentes de intervenção policial
A Bahia é o segundo maior Estado em números de mortes decorrentes de intervenção policial, de acordo com informações repassadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) ao Bahia Notícias. Os dados foram fornecidos ao MP-BA pelo Setor Geral de Estatísticas da Polícia Civil. Foram 340 mortes em decorrência de intervenção policial em 2015 e 387 casos em 2016, um aumento de 13,82% de um ano para o outro.
O dado contrapõe as informações divulgadas pelo Conselho Nacional do Ministério Pública (CNMP), que divulgou na última terça-feira (13), em um relatório que elencou os Estados, que a Bahia teria registrado apenas duas mortes por intervenção policial em 2016 até o dia 2 de dezembro, sendo localizado como último Estado; em 2015 a Bahia não divulgou as informações. Com os dados atualizados pelo MP-BA, a Bahia sobe para segundo lugar tanto em 2015, quando o Estado do Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar com 523 mortes por militares, como em 2016, que o Estado de São Paulo registrou 519 mortes.
Procurado, o MP-BA não se pronunciou quanto ao número fornecido ao CNMP, nem comentou sobre o posicionamento da Bahia no ranking. “Os números do MP-BA ainda não foram finalizados. Estamos tentando verificar com o CNMP esse número indicado no relatório”, afirmou a assessoria do MP-BA. O próprio CNMP afirmou, no relatório, que “não se alcançou o patamar desejado quanto à alimentação das ocorrências no sistema, seja por falta de informações repassadas pelos próprios órgãos de segurança pública, seja pela falta de manutenção pelo MP de alguns Estados”. Ainda de acordo com o relatório, os dados deveriam ser coletados e fornecidos pelo MP de cada Estado.
“Tais dados deveriam ser coletados pelo Ministério Público com base em diversas fontes, a exemplo de seus próprios membros, órgãos policiais, jornais, etc., e centralizados em um único setor, o qual, antes do lançamento, deveria se certificar da veracidade das informações”, afirmou o CNMP. O Conselho afirmou, ainda, que a letalidade policial é “uma das maiores preocupações do CNMP” e que um grupo de trabalho sobre o tema será formado.Fonte:Bahia Noticias
O dado contrapõe as informações divulgadas pelo Conselho Nacional do Ministério Pública (CNMP), que divulgou na última terça-feira (13), em um relatório que elencou os Estados, que a Bahia teria registrado apenas duas mortes por intervenção policial em 2016 até o dia 2 de dezembro, sendo localizado como último Estado; em 2015 a Bahia não divulgou as informações. Com os dados atualizados pelo MP-BA, a Bahia sobe para segundo lugar tanto em 2015, quando o Estado do Rio de Janeiro ficou em primeiro lugar com 523 mortes por militares, como em 2016, que o Estado de São Paulo registrou 519 mortes.
Procurado, o MP-BA não se pronunciou quanto ao número fornecido ao CNMP, nem comentou sobre o posicionamento da Bahia no ranking. “Os números do MP-BA ainda não foram finalizados. Estamos tentando verificar com o CNMP esse número indicado no relatório”, afirmou a assessoria do MP-BA. O próprio CNMP afirmou, no relatório, que “não se alcançou o patamar desejado quanto à alimentação das ocorrências no sistema, seja por falta de informações repassadas pelos próprios órgãos de segurança pública, seja pela falta de manutenção pelo MP de alguns Estados”. Ainda de acordo com o relatório, os dados deveriam ser coletados e fornecidos pelo MP de cada Estado.
“Tais dados deveriam ser coletados pelo Ministério Público com base em diversas fontes, a exemplo de seus próprios membros, órgãos policiais, jornais, etc., e centralizados em um único setor, o qual, antes do lançamento, deveria se certificar da veracidade das informações”, afirmou o CNMP. O Conselho afirmou, ainda, que a letalidade policial é “uma das maiores preocupações do CNMP” e que um grupo de trabalho sobre o tema será formado.Fonte:Bahia Noticias
Sidney Magal prepara festa de 50 anos de palco: ‘Brasil é brega’
Sidney Magal é a estrela da comédia nacional Magal e os Formigas, que estreia nesta quinta-feira. No longa, o cantor interpreta a si mesmo, mas como uma manifestação de delírio da consciência de João (Norival Rizzo), um aposentado viciado em loterias, que está afundado em depressão e cuja família está desmoronando.
No longa, o protagonista refuta a música de Magal por considerá-la de baixa qualidade. Em conversa com VEJA Gente, o cantor contou que já passou por situações parecidas na carreira, mas que nunca se importou com os rótulos que dão à sua arte. “O Brasil é brega! Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade”, rebate.
Magal tem vários projetos programados para 2017, comemora 50 anos de carreira, como um livro e um DVD com novo repertório. O cantor planeja retornar ao Carnaval de rua de São Paulo, pois classifica como uma experiência incrível. “Eu tenho que fazer tudo o que puder agora, porque não vou completar cem anos de carreira não”, brinca.
Confira abaixo a entrevista completa com Sidney Magal:
Você está prestes a completar 50 anos de carreira, por que acha que faz tanto sucesso até hoje?
Acho que é o resultado de ser muito verdadeiro. A energia, a alegria de quando vou para o palco é a mesma até hoje. Quando enfrento qualquer tipo de público, eu me entrego totalmente, falando a verdade. Isso não é muito fácil de a gente encontrar. Hoje tem muitos artistas fazendo sucesso só com a intenção de ficar milionário, ser estrela mesmo que por um ou dois anos. Minha proposta sempre foi me tornar uma pessoa querida pelo maior tempo que eu pudesse. Estranho muito que 40 anos depois de Sandra Rosa Madalena, as crianças de 5, 6 anos cantem, que eu vá fazer shows em formatura de faculdade, que é um público que só pegou o Magal da lambada pra cá e eles cantam tudo com uma alegria, como se fosse uma música do dia a dia deles. Em casamentos, o noivo entra com uma rosa cantando “O meu sangue ferve por você”. Foram músicas que marcaram não só pela qualidade das gravações, mas obviamente pela performance e a verdade que passo. Eu nunca fui imitado. Não aconteceu ninguém que fosse o substituto do Magal. Isso pra mim é muito bom.
O filme fala que ninguém copia o Magal. Você é realmente inigualável?
Eu não me acho. Acho que ninguém no mundo é. Mas é o que as pessoas me dizem diariamente: “Magal só tem um”. Muita gente na rua me chama de Sandra Rosa. Tá tão associado ao inconsciente das pessoas que é inevitável dizerem que sou inimitável. As pessoas fazem paródia, se vestem como eu, mas é sempre caricata, uma brincadeira, deixando a imagem do Magal sempre preservada. Mas eu acho que posso ser substituído a qualquer momento. Até hoje não fui, graças a Deus, porque eu sobrevivo da música.
Como foi sua preparação para atuar no filme?
Eu entro muito com a minha personalidade, com a minha maneira de ser. Geralmente sou convidado para coisas alegres e descontraídas, como as novelas que fiz, Bang Bang e Da Cor do Pecado. As pessoas sempre querem colocar o meu temperamento nos trabalhos. Eu já fiz cinema nos anos 1970. Então você vai pegando experiência. O cinema é mais fácil, porque não tem tanta cobrança quanto na televisão.
Como é ter que interpretar a si mesmo?
Eu acho que é muito mais fácil. Você fica meio preocupado de ter aquela coisa de Alberto Roberto, mas nós cantores somos assim mesmo. Na Dança dos Famosos falavam: ‘Magal de vez em quando você precisa olhar pra câmera e ir pra ela’. Só que quando eu olho pra câmera eu me sinto tão Magal, que eu esqueço a coreografia, esqueço tudo, só quero curtir a câmera e o pessoal de casa. É fácil ser o Magal, mas precisa ter cuidado pra não acabar sendo pavão demais.
Qual o segredo para continuar sendo um galanteador não importa a idade?
Eu até brinco nos meus shows, que a plateia berra ‘Gato!Gato!’. Não, eu sou um tigre, e daqui alguns anos viro um tigre de bengala. Os bichos vão mudando, mas você continua sendo o mesmo símbolo, com mais idade, fora de forma. Isso não tem explicação. O que eu sinto é que deixei de ser aquele Magal que a mulherada tinha fixação, pra ser aquele Magal que todo mundo, homem, mulher, idoso, tem o maior carinho e respeito, e isso se associa à minha vida pessoal também. Eu junto o que o ser humano Sidney de Magalhães tem de melhor, com o que o Magal tem de melhor, e acaba dando nisso. Eu nunca imaginei. Depois da lambada eu achava que a carreira acabou e eu ia ter que me conformar com isso. Não podia imaginar que 20 anos depois as pessoas iam continuar curtindo do mesmo jeito. É uma vitória que não tem preço.
E o que é envelhecer bem para você?
Eu gostaria de envelhecer muito bem, só que por muito tempo. Não gosto de falar de morte, eu tenho pavor de morrer. Queria ir até os 150 anos de idade, mas sei que não é fácil. Acho que envelhecer bem é você se divertir com tudo. Tem os problemas de saúde, você tem que se cuidar. Eu agora estou com um problema de coluna, que realmente está me maltratando. Sei que tenho que perder peso em função da coluna. Isso faz parte de envelhecer bem. Mas para mim é muito mais você estar feliz ou com a mesma alegria dos 20 anos de idade. Sou uma pessoa que me divirto com tudo, já passei por momentos desagradáveis na minha carreira. Tenho uma família, amigos e lembranças que me divertem. Tenho um armário gigante na minha casa só com recortes da minha carreira, e isso vai me divertir até os últimos dias da minha vida, basta você não se endeusar.
No filme, o protagonista tem vergonha de admitir que gosta da sua música. Como é para você encontrar pessoas que têm vergonha de ouvir ou dançar as suas músicas?
Isso eu aprendi a lidar desde os anos 1970. A coisa era mais cruel, porque as rádios não assumiam a música popular de jeito nenhum. Os jornais elitizados nunca falavam, ou tocavam no nome dos artistas populares. Eu aprendi a respeitar essa coisa do gosto pessoal. Eu por exemplo tenho gêneros musicais que não suporto. No entanto, acabei dançando funk no programa do Faustão. Você tem que entender que tudo que leva à alegria, ao bem estar, é válido. Nunca me incomodei em ouvir ‘acho o Magal muito cafona ou ridículo’. Eu sou artista, e o artista vai fazendo aquilo que tem vontade, e as pessoas aceitam ou não. Você pega um Elton John, por exemplo, é um cara que a vida inteira usou peruca, óculos alucinantes, e nunca deixou de ser o Elton John. O Brasil sempre teve muito essa coisa de cobrar das pessoas ‘ah você está extravagante, você está exagerado’. Não existe exagero para a arte.
Como você reage quando categorizam as suas músicas como trash?
É gozado, pois a tradução é um pouco triste. Mas eu me divirto. Já fiz tanto show trash, ou festa do cafona, brega. Virou uma coisa sem sentido. Nos anos 1970 era pejorativo e ofensivo. Mas hoje em dia, eu acho que o Brasil se assumiu muito brega. O Brasil é brega! A música sertaneja é brega! O axé é brega! O arrocha é brega! Pagode é brega! O que sobra? Não adianta. As pessoas entenderam que música você não pode dividir em categorias sociais. Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade. Mas não me incomoda também quando falam isso de mim, eu acho ótimo. Pra mim eu já passei disso, e hoje sou aquele nome que é muito forte pra mim, Magal, que todo mundo sabe do que está se falando.
Como é viver a vida real do personagem Magal?
Sempre foi um personagem. A imprensa na época criticava isso, que eu era uma pessoa e no palco outra. E o que tem de absurdo nisso? Nada. Quem garante que o Michael Jackson em cada minuto da vida dele era igual no palco e fora? E se foi, pagou preço por isso. Você sofre por ser artista 24 horas. É preciso ter uma capa artística, e a minha foi a marca Magal. Fora dele sou uma pessoa tremendamente comum.
Que outros projetos você tem planejado?
50 anos de carreira né! Vai ter muita coisa. Vai ter um livro contando as minhas peripécias e histórias da minha carreira. Vai ter um DVD novo, com repertório novo. Mais um filme, que ainda não tem título, que a princípio seria O Amor Não Tem Hora pra Chegar, que fala sobre o encontro meu com a minha mulher e a vida de amor que a gente tem até hoje. O projeto para comemorar tudo isso é o meu filho quem está fazendo, porque ele tem uma agência de publicidade. Tá ficando lindo, e vai se chamar Magal 50. Vamos fazer muita coisa legal em 2017. Talvez voltar para um bloco de Carnaval, o que eu fiz neste ano, e fiquei perplexo com o povo pulando comigo como se eu fosse a Ivete Sangalo. Eu tenho que fazer tudo que puder agora, porque não vou completar 100 anos de carreira não.Fonte:Veja
No longa, o protagonista refuta a música de Magal por considerá-la de baixa qualidade. Em conversa com VEJA Gente, o cantor contou que já passou por situações parecidas na carreira, mas que nunca se importou com os rótulos que dão à sua arte. “O Brasil é brega! Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade”, rebate.
Magal tem vários projetos programados para 2017, comemora 50 anos de carreira, como um livro e um DVD com novo repertório. O cantor planeja retornar ao Carnaval de rua de São Paulo, pois classifica como uma experiência incrível. “Eu tenho que fazer tudo o que puder agora, porque não vou completar cem anos de carreira não”, brinca.
Confira abaixo a entrevista completa com Sidney Magal:
Você está prestes a completar 50 anos de carreira, por que acha que faz tanto sucesso até hoje?
Acho que é o resultado de ser muito verdadeiro. A energia, a alegria de quando vou para o palco é a mesma até hoje. Quando enfrento qualquer tipo de público, eu me entrego totalmente, falando a verdade. Isso não é muito fácil de a gente encontrar. Hoje tem muitos artistas fazendo sucesso só com a intenção de ficar milionário, ser estrela mesmo que por um ou dois anos. Minha proposta sempre foi me tornar uma pessoa querida pelo maior tempo que eu pudesse. Estranho muito que 40 anos depois de Sandra Rosa Madalena, as crianças de 5, 6 anos cantem, que eu vá fazer shows em formatura de faculdade, que é um público que só pegou o Magal da lambada pra cá e eles cantam tudo com uma alegria, como se fosse uma música do dia a dia deles. Em casamentos, o noivo entra com uma rosa cantando “O meu sangue ferve por você”. Foram músicas que marcaram não só pela qualidade das gravações, mas obviamente pela performance e a verdade que passo. Eu nunca fui imitado. Não aconteceu ninguém que fosse o substituto do Magal. Isso pra mim é muito bom.
O filme fala que ninguém copia o Magal. Você é realmente inigualável?
Eu não me acho. Acho que ninguém no mundo é. Mas é o que as pessoas me dizem diariamente: “Magal só tem um”. Muita gente na rua me chama de Sandra Rosa. Tá tão associado ao inconsciente das pessoas que é inevitável dizerem que sou inimitável. As pessoas fazem paródia, se vestem como eu, mas é sempre caricata, uma brincadeira, deixando a imagem do Magal sempre preservada. Mas eu acho que posso ser substituído a qualquer momento. Até hoje não fui, graças a Deus, porque eu sobrevivo da música.
Como foi sua preparação para atuar no filme?
Eu entro muito com a minha personalidade, com a minha maneira de ser. Geralmente sou convidado para coisas alegres e descontraídas, como as novelas que fiz, Bang Bang e Da Cor do Pecado. As pessoas sempre querem colocar o meu temperamento nos trabalhos. Eu já fiz cinema nos anos 1970. Então você vai pegando experiência. O cinema é mais fácil, porque não tem tanta cobrança quanto na televisão.
Como é ter que interpretar a si mesmo?
Eu acho que é muito mais fácil. Você fica meio preocupado de ter aquela coisa de Alberto Roberto, mas nós cantores somos assim mesmo. Na Dança dos Famosos falavam: ‘Magal de vez em quando você precisa olhar pra câmera e ir pra ela’. Só que quando eu olho pra câmera eu me sinto tão Magal, que eu esqueço a coreografia, esqueço tudo, só quero curtir a câmera e o pessoal de casa. É fácil ser o Magal, mas precisa ter cuidado pra não acabar sendo pavão demais.
Qual o segredo para continuar sendo um galanteador não importa a idade?
Eu até brinco nos meus shows, que a plateia berra ‘Gato!Gato!’. Não, eu sou um tigre, e daqui alguns anos viro um tigre de bengala. Os bichos vão mudando, mas você continua sendo o mesmo símbolo, com mais idade, fora de forma. Isso não tem explicação. O que eu sinto é que deixei de ser aquele Magal que a mulherada tinha fixação, pra ser aquele Magal que todo mundo, homem, mulher, idoso, tem o maior carinho e respeito, e isso se associa à minha vida pessoal também. Eu junto o que o ser humano Sidney de Magalhães tem de melhor, com o que o Magal tem de melhor, e acaba dando nisso. Eu nunca imaginei. Depois da lambada eu achava que a carreira acabou e eu ia ter que me conformar com isso. Não podia imaginar que 20 anos depois as pessoas iam continuar curtindo do mesmo jeito. É uma vitória que não tem preço.
E o que é envelhecer bem para você?
Eu gostaria de envelhecer muito bem, só que por muito tempo. Não gosto de falar de morte, eu tenho pavor de morrer. Queria ir até os 150 anos de idade, mas sei que não é fácil. Acho que envelhecer bem é você se divertir com tudo. Tem os problemas de saúde, você tem que se cuidar. Eu agora estou com um problema de coluna, que realmente está me maltratando. Sei que tenho que perder peso em função da coluna. Isso faz parte de envelhecer bem. Mas para mim é muito mais você estar feliz ou com a mesma alegria dos 20 anos de idade. Sou uma pessoa que me divirto com tudo, já passei por momentos desagradáveis na minha carreira. Tenho uma família, amigos e lembranças que me divertem. Tenho um armário gigante na minha casa só com recortes da minha carreira, e isso vai me divertir até os últimos dias da minha vida, basta você não se endeusar.
No filme, o protagonista tem vergonha de admitir que gosta da sua música. Como é para você encontrar pessoas que têm vergonha de ouvir ou dançar as suas músicas?
Isso eu aprendi a lidar desde os anos 1970. A coisa era mais cruel, porque as rádios não assumiam a música popular de jeito nenhum. Os jornais elitizados nunca falavam, ou tocavam no nome dos artistas populares. Eu aprendi a respeitar essa coisa do gosto pessoal. Eu por exemplo tenho gêneros musicais que não suporto. No entanto, acabei dançando funk no programa do Faustão. Você tem que entender que tudo que leva à alegria, ao bem estar, é válido. Nunca me incomodei em ouvir ‘acho o Magal muito cafona ou ridículo’. Eu sou artista, e o artista vai fazendo aquilo que tem vontade, e as pessoas aceitam ou não. Você pega um Elton John, por exemplo, é um cara que a vida inteira usou peruca, óculos alucinantes, e nunca deixou de ser o Elton John. O Brasil sempre teve muito essa coisa de cobrar das pessoas ‘ah você está extravagante, você está exagerado’. Não existe exagero para a arte.
Como você reage quando categorizam as suas músicas como trash?
É gozado, pois a tradução é um pouco triste. Mas eu me divirto. Já fiz tanto show trash, ou festa do cafona, brega. Virou uma coisa sem sentido. Nos anos 1970 era pejorativo e ofensivo. Mas hoje em dia, eu acho que o Brasil se assumiu muito brega. O Brasil é brega! A música sertaneja é brega! O axé é brega! O arrocha é brega! Pagode é brega! O que sobra? Não adianta. As pessoas entenderam que música você não pode dividir em categorias sociais. Sempre gravei lindos discos com músicos de primeira, maestros extraordinários, então eu não posso ser um artista brega. Seria brega se não tivesse qualidade. Mas não me incomoda também quando falam isso de mim, eu acho ótimo. Pra mim eu já passei disso, e hoje sou aquele nome que é muito forte pra mim, Magal, que todo mundo sabe do que está se falando.
Como é viver a vida real do personagem Magal?
Sempre foi um personagem. A imprensa na época criticava isso, que eu era uma pessoa e no palco outra. E o que tem de absurdo nisso? Nada. Quem garante que o Michael Jackson em cada minuto da vida dele era igual no palco e fora? E se foi, pagou preço por isso. Você sofre por ser artista 24 horas. É preciso ter uma capa artística, e a minha foi a marca Magal. Fora dele sou uma pessoa tremendamente comum.
Que outros projetos você tem planejado?
50 anos de carreira né! Vai ter muita coisa. Vai ter um livro contando as minhas peripécias e histórias da minha carreira. Vai ter um DVD novo, com repertório novo. Mais um filme, que ainda não tem título, que a princípio seria O Amor Não Tem Hora pra Chegar, que fala sobre o encontro meu com a minha mulher e a vida de amor que a gente tem até hoje. O projeto para comemorar tudo isso é o meu filho quem está fazendo, porque ele tem uma agência de publicidade. Tá ficando lindo, e vai se chamar Magal 50. Vamos fazer muita coisa legal em 2017. Talvez voltar para um bloco de Carnaval, o que eu fiz neste ano, e fiquei perplexo com o povo pulando comigo como se eu fosse a Ivete Sangalo. Eu tenho que fazer tudo que puder agora, porque não vou completar 100 anos de carreira não.Fonte:Veja
Os verdadeiros culpados pelo sobrepeso infantil: os pais
Há apenas quinze dias, pela primeira vez em duas décadas, os Estados Unidos fizeram um anúncio preocupante: houve uma queda na expectativa de vida de seus cidadãos. Entre as mulheres, a idade média caiu de 81,3 anos, em 2014, para 81,2 anos, em 2015. Entre os homens, de 76,5 anos para 76,3 anos. É pouco, apenas uma questão de meses, mas a reversão da tendência de crescimento da expectativa de vida é um tremendo sinal vermelho.
Um dos motivos para a queda, que ainda pede novas rodadas de investigação, está nos pratos que vão à mesa e, sobretudo, no que há entre duas fatias de pão de hambúrguer e gergelim. Some-se à constatação dos anos subtraídos a epidemia de obesidade infantil que assola os Estados Unidos, e eis então um quadro delicado.
O excesso de peso acomete cerca de 30% das crianças americanas — taxa equivalente à do Brasil. Diz David Ludwig, diretor do programa de obesidade no Children’s Hospital Boston: “A obesidade entre crianças e adolescentes é tão evidente que esta geração poderá ser a primeira na história americana a ter vida mais curta que a de seus pais”. Estudos recentemente divulgados não deixam espaço para dúvida: a culpa é dos pais. A forma como eles se comportam à mesa e como educam seus filhos em relação à alimentação é o atalho mais curto para um dos males de nosso tempo.Fonte:Veja
Um dos motivos para a queda, que ainda pede novas rodadas de investigação, está nos pratos que vão à mesa e, sobretudo, no que há entre duas fatias de pão de hambúrguer e gergelim. Some-se à constatação dos anos subtraídos a epidemia de obesidade infantil que assola os Estados Unidos, e eis então um quadro delicado.
O excesso de peso acomete cerca de 30% das crianças americanas — taxa equivalente à do Brasil. Diz David Ludwig, diretor do programa de obesidade no Children’s Hospital Boston: “A obesidade entre crianças e adolescentes é tão evidente que esta geração poderá ser a primeira na história americana a ter vida mais curta que a de seus pais”. Estudos recentemente divulgados não deixam espaço para dúvida: a culpa é dos pais. A forma como eles se comportam à mesa e como educam seus filhos em relação à alimentação é o atalho mais curto para um dos males de nosso tempo.Fonte:Veja
sábado, 17 de dezembro de 2016
Jô Soares revê a própria trajetória e sai do ar com um ‘até logo’
Acusado durante os 28 anos em que esteve no comando de um talk-show de falar mais que os convidados, Jô Soares honrou a fama e fez da sua última entrevista no formato na Rede Globo, com o cartunista e amigo pessoal Ziraldo, uma espécie de auto-entrevista. Ziraldo foi apenas o espelho com que Jô pôde se enxergar, relembrar a trajetória e rever trechos de conversas que teve com as tradicionais canecas que acompanham a decoração do programa, enfileirados em clipes divertidos, quase todos com convidados anônimos. Ao final, o que ele chamou de “fecho de ouro”: um trecho da entrevista com Roberto Marinho que foi ao ar na estreia da atração na Globo, em 2000, depois de doze anos no SBT — outro ex-patrão, Silvio Santos ganhou agradecimento duas vezes no início do programa, por ter “aberto a porta” para o projeto do humorista que Boni não quis bancar no Rio. “Um até logo, e a gente volta já”, finalizou Jô, como se terminasse mais uma noite qualquer.
A despedida prosaica tem duplo sentido. Tanto pode corresponder ao desejo do apresentador de fazer do último um “programa normal”, mas também que não pretende ficar parado e que já pensa em retornar à televisão. Especulações não faltam: de que o SBT poderia recebê-lo de volta, tese que já esfriou, ou de que poderia migrar para um dos canais pagos do Grupo Globo. Por ora, a única coisa certa é que, em 2017, a Globo vai entrar na briga pela audiência em uma faixa cada vez mais concorrida, pela presença de Fábio Porchat na Record e de Danilo Gentili e da ainda combativa A Praça É Nossa no SBT, com um novo talk-show, pilotado pelo jornalista Pedro Bial, que passa a apresentação do reality show Big Brother Brasil para Thiago Leifert.
Jô Soares chegou ao palco ao som de Smoke on the Water, de Deep Purple, e dedicou os primeiros minutos a cumprimentar a plateia, lotada de amigos como o apresentador Serginho Groisman, a executiva Marluce Dias da Silva, ex-toda-poderosa da Globo que chamou o humorista de volta ao canal depois de mais de uma década em São Paulo, e o publicitário Nizan Guanaes. Havia quem enxugasse lágrimas já na entrada do gordo, que em seguida se pôs a declamar uma imensa lista de agradecimentos — aos amigos, à equipe e a Silvio Santos, que seria citado novamente pouco depois. Veio um clipe de entrevistas e Ziraldo se sentou no sofá para dar início à revisão da carreira de Jô, a partir de cópias de desenhos que o cartunista fez para espetáculos e programas do amigo, inclusive na extinta TV Tupi, reunidos em uma caixa entregue como presente ao humorista.
Em meio às memórias, Jô foi falando do talk-show e de si mesmo, do que aspirava fazer com o programa e da vida. Disse que o seu maior objetivo sempre foi entrevistar anônimos e fazê-lo sem cerimônia, por isso resolveu adotar “você” como forma de tratamento para todos os convidados, de um ministro de Estado ao vendedor ambulante que se sentasse ali com ele. No começo, sentiu resistência, mas a prática se revelaria válida para criar intimidade com o entrevistado e encorajá-lo a falar. “Quando fui entrevistar o (ministro Otávio Gouveia de) Bulhões, decidi que não fazia sentido chamar ministro de ‘senhor’ e o motorista de ‘você’, porque, no Brasil, isso é uma coisa de classe social. Então, meu amigo Otto Lara me ligou e falou ‘Você chamou o doutor Bulhões de ‘você’, não pode!’. Uma semana depois, entrevistei o Luís Carlos Prestes e fiz a mesma coisa. Na primeira vez, ele me olhou. Com 15 minutos de conversa, ele estava à vontade e declarou ‘Olga foi a grande paixão da minha vida’, coisa que nunca tinha dito a ninguém. Otto me ligou e disse: ‘Você tem razão, nunca vi Prestes tão à vontade’”, relembra o apresentador.
Sem derramar uma lágrima, Jô Soares manteve o bom humor — lembrou uma piada de Max Nunes ao homenagear o padrinho: “Uma vez, entrevistei um paraquedista ele me soprou ao ouvido: ‘Diz para ele que o pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, chega mais rápido” — e se esbaldou com histórias suas. Foi de fato, como o próprio havia prometido, um programa semelhante aos outros que comandou. E que pode voltar a comandar. Até logo, Jô.Fonte:Veja
A despedida prosaica tem duplo sentido. Tanto pode corresponder ao desejo do apresentador de fazer do último um “programa normal”, mas também que não pretende ficar parado e que já pensa em retornar à televisão. Especulações não faltam: de que o SBT poderia recebê-lo de volta, tese que já esfriou, ou de que poderia migrar para um dos canais pagos do Grupo Globo. Por ora, a única coisa certa é que, em 2017, a Globo vai entrar na briga pela audiência em uma faixa cada vez mais concorrida, pela presença de Fábio Porchat na Record e de Danilo Gentili e da ainda combativa A Praça É Nossa no SBT, com um novo talk-show, pilotado pelo jornalista Pedro Bial, que passa a apresentação do reality show Big Brother Brasil para Thiago Leifert.
Jô Soares chegou ao palco ao som de Smoke on the Water, de Deep Purple, e dedicou os primeiros minutos a cumprimentar a plateia, lotada de amigos como o apresentador Serginho Groisman, a executiva Marluce Dias da Silva, ex-toda-poderosa da Globo que chamou o humorista de volta ao canal depois de mais de uma década em São Paulo, e o publicitário Nizan Guanaes. Havia quem enxugasse lágrimas já na entrada do gordo, que em seguida se pôs a declamar uma imensa lista de agradecimentos — aos amigos, à equipe e a Silvio Santos, que seria citado novamente pouco depois. Veio um clipe de entrevistas e Ziraldo se sentou no sofá para dar início à revisão da carreira de Jô, a partir de cópias de desenhos que o cartunista fez para espetáculos e programas do amigo, inclusive na extinta TV Tupi, reunidos em uma caixa entregue como presente ao humorista.
Em meio às memórias, Jô foi falando do talk-show e de si mesmo, do que aspirava fazer com o programa e da vida. Disse que o seu maior objetivo sempre foi entrevistar anônimos e fazê-lo sem cerimônia, por isso resolveu adotar “você” como forma de tratamento para todos os convidados, de um ministro de Estado ao vendedor ambulante que se sentasse ali com ele. No começo, sentiu resistência, mas a prática se revelaria válida para criar intimidade com o entrevistado e encorajá-lo a falar. “Quando fui entrevistar o (ministro Otávio Gouveia de) Bulhões, decidi que não fazia sentido chamar ministro de ‘senhor’ e o motorista de ‘você’, porque, no Brasil, isso é uma coisa de classe social. Então, meu amigo Otto Lara me ligou e falou ‘Você chamou o doutor Bulhões de ‘você’, não pode!’. Uma semana depois, entrevistei o Luís Carlos Prestes e fiz a mesma coisa. Na primeira vez, ele me olhou. Com 15 minutos de conversa, ele estava à vontade e declarou ‘Olga foi a grande paixão da minha vida’, coisa que nunca tinha dito a ninguém. Otto me ligou e disse: ‘Você tem razão, nunca vi Prestes tão à vontade’”, relembra o apresentador.
Sem derramar uma lágrima, Jô Soares manteve o bom humor — lembrou uma piada de Max Nunes ao homenagear o padrinho: “Uma vez, entrevistei um paraquedista ele me soprou ao ouvido: ‘Diz para ele que o pára-quedas é o único meio de transporte que, quando enguiça, chega mais rápido” — e se esbaldou com histórias suas. Foi de fato, como o próprio havia prometido, um programa semelhante aos outros que comandou. E que pode voltar a comandar. Até logo, Jô.Fonte:Veja
Arnaldo Jabor: "É isso aí, estamos aprendendo com o mundo de hoje"
-Você é bandido, o que você é?
- Eu sou um sinal de novos tempos. Antigamente, vagabundo vivia fugindo como um ladrão de galinhas comum. Hoje, não. Estamos evoluindo. Quando eu era sujo e pobre, vocês nunca me olharam. Agora, que eu tenho piscina no alto do morro, vocês me temem... Viramos parte de uma multinacional do pó. Isso. Os manos estão, inclusive, se organizando melhor. O PCC fechou negócio conosco do CV. Rio e São Paulo estão juntos contra, como chamam: o ‘establishment’ careta.
É isso aí, estamos aprendendo com o mundo de hoje. Tudo começou com o Osama Bin Laden, nosso primeiro herói; vendemos muito papelote de pó com o nome dele. Era pó ‘da moral’, só pra gente fina. Aos poucos, fomos nos sofisticando no mal, sim... Assistimos aos belos degolamentos do Estado Islâmico e homens-bomba se explodindo; só que ‘nóis’ não somos bestas de explodir... Ha, ha, a gente explode caixas de banco... E fico com vontade de ensinar aos terroristas do EI a beleza de nossos ‘micro-ondas’ - eles tinham de ver como os caras berram dentro dos pneus pegando fogo...
Eu era inofensivo, uns roubos, uns assaltos, mas tudo bem... Até me romantizavam... o Mineirinho, o Cara de Cavalo... Na época, era mole resolver o problema da miséria... A solução é que nunca vinha... Nós éramos invisíveis... Quando havia um desabamento, éramos, no máximo, manchete de jornal e motivo de angústia para uns intelectuais de merda. Agora, estão morrendo de medo...
Danem-se... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Ha, ha... Mataram dois turistas italianos que entraram na zona do morro. Sou contra. Esse tipo de ação é coisa de moleques. O crime agora está sendo normalizado, queremos empresas, como tantos ladrões de terno e gravata têm. A gente não joga dinheiro fora feito aquela maluca que vocês puseram de presidente da República, não. A gente aplica. Temos supermercadinhos, postos de gasolina, puteiros, tudo organizado. Nós somos uns bodes para vocês, mas vocês são um bode para si mesmos. O Brasil vai pro cacete e nós nos encontraremos no infinito sujo de nosso destino... Gostou da frase? Ouve outra: O capitalismo selvagem gera revolta primitiva, ha, ha... Aliás, tomara que quebre tudo... Vai ser mais fácil pra nós pilharmos vossas ruínas!
- Mas e aí? Qual a solução?
- Solução? Não há mais solução, cara... Aliás, nem queremos mais solução alguma. Que porra é essa? Vocês acham que vão nos ‘salvar’? Estamos numa boa. Nós é que temos agora de salvar vocês de nós. Já olhou o tamanho das 600 favelas do Rio? Cadê os bilhões de dólares para uma solução? Só que agora acabou a grana. E vocês aí, tentando consertar essa bosta. O máximo que vocês podem fazer são esses movimentos pela cidadania, os babacas de branco abraçando a Lagoa...
E tem mais: o País vai quebrar, porque ninguém vai fazer reforma porra nenhuma. Só vai sobrar ‘nóis’, que já estamos acostumados com a escrotidão da vida.
- Você não tem medo de morrer?
- Estamos no centro do Insolúvel, mermão... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Vocês têm medo de morrer, eu não. Nós já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam ‘seja marginal seja herói’? ou ‘A luta de classes é o motor da História’? Pois é, somos heróis em luta de classes contra a burguesia do asfalto. Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Esse parangolé envenenado, né?
Além disso, estamos virando superstars da mídia. A imprensa dá ideias, enche nossa bola do crime... Vocês estão nos dando uma ideologia, sem perceber... Outro toque: por que não pegam os barões do pó? Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidente do Paraguai nessa parada de armas e cocaína... Essa é que é a mina de ouro, nas fronteiras... Mas não tem polícia pra enfrentar esse poder internacional... A gente é mixaria... A verdadeira guerra do Paraguai vocês estão perdendo agora, tá ligado?
- E a polícia? Não rola?
- Quer um toque? A burocracia policial segura tudo. Nós somos uma empresa moderna. A gente não tem que arranjar ordem judicial, a gente não é dividido em municipal, estadual e federal; é tudo rápido, enxuto. A polícia é feita de feudos, delegados corruptos, donos de pedaços da cidade transando com as milícias...
Hoje, mermão, saca esta: nós entendemos que nossa missão é maior do que roubar apenas. Estamos virando terroristas, sacou? Fechamos comércio quando queremos, cada vez estamos mais ousados, porque ninguém dá conta de nós. Vivemos aterrorizados por muitos anos. Agora, nós somos a morte, rodando pelas ruas feito cachorro raivoso. Chegaremos ao terror até político. O Brasil está precisando de uma tragédia séria, para tomar vergonha. A gente não precisa porque já somos trágicos e sem-vergonha.
- Então, vão encarar o Exército?
- Ah... cara... Você acha que os generais vão querer acabar com aquele dia a dia dos quartéis? Que isso, meu? Eles ficam jogando basquete de tarde, marcham, tocam os clarins, cantam hinos... Mas ir à luta com o PCC e o CV? Com risco de vexame? Pra quê? Eles dizem que são treinados para guerras maiores... Só se for com a Argentina... E também a gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Já imaginou a gente daqui a uns 10 anos? Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também umazinha, daquelas sujas mesmas, que cabem numa maleta... Já pensou? Ipanema radioativa?
Eu acho que ‘nóis’ vai virar países estrangeiros... Já imaginou: República do Alemão? Ou Estado do Jacarezinho? Gostou?
Olha, meu chapa, só generais saídos da favela, da lama, com a mesma fome de vida e morte, poderiam nos vencer... Nós saímos do lixo, não temos nada a perder... É isso aí... A bandidagem perdeu o respeito pela polícia... Agora, não tem mais jeito... Pra ganhar essa guerra, vocês têm de começar o Brasil de novo... Falei?
- Falou...
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