Após a goleada de 6 a 0 que o Bahia aplicou no Bahia de Feira na noite desta quarta-feira (8), o técnico Guto Ferreira fez uma avaliação positiva do desempenho de sua equipe no gramado. O comandante destacou a força defensiva e o trabalho do setor ofensivo, mas pregou humildade para a sequência.
"Esse ano estamos tendo vários dias para sorrir. A medida que temos triunfos, vamos somando pontos importantes... Mais um jogo sem tomar gol, mais um jogo em que marcamos. Hoje marcamos com o ataque trabalhando bem, mas não vamos nos iludir. Teve um trabalho bom, muita coisa fluiu e um nível de defesa do adversário vulnerável. A gente não pode se iludir", declarou.
O treinador também apontou a confiança que o elenco vai ganhar com o resultado diante do clube do interior.
"Importante essa atuação porque é esse tipo de atuação que traz confiança aos jogadores, tranquilidade para trabalhar, mas com o pé no chão. Tudo isso sendo possível porque existe um planejamento", destacou.
Com o resultado, o Bahia alcançou a liderança do estadual, com sete pontos conquistados. A equipe volta a jogar no próximo domingo (12), às 16h (horário da Bahia), contra o Altos, em Teresina, no Piauí, pela Copa do Nordeste.
Argel Fucks destaca 'atitude' do Vitória no triunfo sobre o Luziânia
O técnico Argel Fucks, do Vitória, destacou a atitude de sua equipe no triunfo por 2 a 0 sobre o Luziânia, nesta quarta-feira (8), no Estádio Zequinha Roriz. Com o resultado, o Rubro-negro se classificou para a próxima fase da Copa do Brasil.
“Tivemos atitude. No futebol é preciso ter atitude para jogar. Você não pode esperar nada. Hoje a gente não esperou nada. Saímos para pressionar. A primeira bola foi a nossa, a segunda bola e terceira foi sempre nossa”, disse o treinador ,em entrevista à Rádio Sociedade.
No entanto, o comandante Rubro-negro ressaltou que sua equipe ainda precisa evoluir.
“Precisamos melhor muita coisa. É um time novo que está sendo montado. Temos apenas três jogadores do ano passado. Estamos buscando um encaixe e uma condição. O importante foi a gente ter passado essa eliminatória. É muito difícil jogar aqui. O gramado é pesado e muito diferente do que a gente tem encontrado”, frisou.
O adversário do Rubro-negro na segunda fase da Copa do Brasil sairá do confronto entre Anápolis e Bragantino, que se enfrentam no próximo dia 15.
O próximo duelo do Vitória é diante do América-RN, sábado (11), às 16h (horário da Bahia), no Barradão, válido pela terceira rodada da Copa do Nordeste.Fonte:Bahia Noticias
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Vitória vence Luziânia por 2 a 0 e avança na Copa do Brasil
Sem dificuldades, o Vitória venceu o Luziânia por 2 a 0, no Estádio Zequinha Roriz, pela primeira fase da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (8). Cleiton Xavier e Paulinho marcaram os gols. O adversário do Rubro-negro sairá do confronto entre Anápolis x Bragantino, que se enfrentam no próximo dia 15.
Sem dificuldades, Bahia goleia o Bahia de Feira e assume liderança do Baianão
Jogo de um time só. Foi dessa maneira que o Bahia venceu o Bahia de Feira na noite desta quarta-feira (8), no estádio de Pituaçu, pela terceira rodada do Campeonato Baiano. Com uma atuação intensa, a equipe de Guto Ferreira marcou com Gustavo (duas vezes), Diego Rosa (duas vezes), Allione e Kaynan, fechando o placar em 6 a 0.Em jogo com expulsões, Conquista perde para o Coritiba e deixa Copa do Brasil
Com desvantagem no novo regulamento da Copa do Brasil, o Vitória da Conquista está fora da competição nacional. Na noite desta quarta-feira (8), no estádio Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista, a equipe comandada por Eduardo Bahia saiu na frente, mas sofreu o empate do Coritiba e viu o placar ser fechado em 1 a 1. Todinho, para o Conquista, e Werley, para o Coritiba, balançaram as redes em um jogo que foi marcado pelas expulsões de jogadores das duas equipes. O Bode agora volta as suas atenções para a disputa do Campeonato Baiano. No próximo sábado (11), às 18h30, a equipe enfrenta o Galícia, no estádio Metropolitano de Pituaçu.Fonte|:Bahia NoticiasPor que carregar peso e trabalhar à noite prejudica a fertilidade
Mulheres cujos trabalhos demandam carregar peso ou que são realizados em turnos durante a noite podem ter problemas de fertilidade. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, publicado recentemente no periódico científico Occupational and Environmental Medicine.
“Nosso estudo sugere que as mulheres que estão planejando uma gravidez devem estar cientes dos potenciais impactos negativos que trabalhos não diurnos ou que exijam levantamento de peso podem ter em sua saúde reprodutiva”, diz Lidia Mínguez-Alarcón, principal autora do estudo e pesquisadora do Departamento de Saúde Ambiental de Harvard.
De acordo com os pesquisadores, o novo estudo é um dos primeiros a analisar se fatores do ambiente de trabalho podem afetar a capacidade biológica de uma mulher ter um bebê. Para isso, a pesquisa focou em mulheres que já estavam em tratamento para infertilidade.
Ambiente de trabalho e fertilidade
Lidia e sua equipe examinaram indicadores de “reserva ovariana” – quantidade de óvulos remanescentes e níveis do hormônio folículo estimulantes (FSH) – em 473 mulheres que procuraram tratamento no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Todas as participantes tinham, em média, 35 anos e índice de massa corporal (IMC) considerado normal. Os pesquisadores observaram também a “resposta ovariana” – número de óvulos maduros capazes de se desenvolver em embriões saudáveis – em 313 destas mulheres que haviam completado ao menos um ciclo de fertilização in vitro (FIV).
Além das análises clínicas, as participantes responderam questões sobre demanda física e trabalho em turnos em seus empregos, além da prática de atividade física nas horas vagas.
Os relatos mostraram que 40% das mulheres precisavam levantar objetos pesados durante o trabalho. Cerca de 25% delas disseram que seu trabalho era moderada ou muito exigente fisicamente. E aproximadamente 91% das voluntárias trabalhavam em horário comercial.
Menor quantidade e qualidade dos óvulos
O estudo concluiu que trabalhos fisicamente exigentes não pareceram afetar os níveis do hormônio FSH. Mas, mulheres que precisavam levantar muito peso em seus empregos tinham menor reserva ovariana, em comparação com aquelas cujos trabalhos demandavam menos esforço físico.
Em média, as mulheres que trabalhavam em turnos tinham menos óvulos maduros do que as mulheres que trabalhavam em horas regulares. Aquelas que trabalhavam em turnos no fim do dia ou noturnos tinham uma contagem de óvulos ainda menor. Os pesquisadores acreditam que horários de trabalhos desregulares afetam a contagem de óvulos maduros devido à interrupção do relógio interno do corpo.
Entre as participantes que passaram por ciclos de FIV, as que tinham um trabalho fisicamente exigente apresentaram uma reserva ovariana 8,8% menor e uma quantidade de óvulos maduros 14,1% menor do que aquelas cujos trabalhos não exigiam levantamento de peso.
As diferenças na reserva e resposta ovariana em mulheres com e sem ocupações fisicamente exigentes foram ainda maiores entre aquelas cujo emprego exigia que elas trabalhassem em turnos no fim do dia, noturnos ou rotativos. A diminuição da fertilidade foi particularmente significativa entre as mulheres com excesso de peso e obesas que levantavam cargas pesadas no trabalho, em comparação com aquelas de mesmo peso e mulheres magras que não faziam trabalhos pesados como parte de sua ocupação.
Ressalvas
“Nosso estudo é o primeiro a mostrar que o trabalho pesado e em turnos fora de horários regulares pode afetar negativamente a produção e a qualidade dos óvulos, em vez de acelerar o envelhecimento ovariano. Trabalhos futuros, no entanto, são necessários para determinar se a produção e a qualidade dos óvulos pode ser melhorada, e se sim, com que rapidez, se essas exposições laborais forem evitadas. ”
Como o estudo é apenas observacional, nenhuma conclusão de causa e efeito pode ser extraída. A equipe também foi incapaz de avaliar o impacto de outros fatores possivelmente influentes na fertilidade, como trabalhar longas horas e alternar entre turnos diários e noturnos.Fonte:Veja
“Nosso estudo sugere que as mulheres que estão planejando uma gravidez devem estar cientes dos potenciais impactos negativos que trabalhos não diurnos ou que exijam levantamento de peso podem ter em sua saúde reprodutiva”, diz Lidia Mínguez-Alarcón, principal autora do estudo e pesquisadora do Departamento de Saúde Ambiental de Harvard.
De acordo com os pesquisadores, o novo estudo é um dos primeiros a analisar se fatores do ambiente de trabalho podem afetar a capacidade biológica de uma mulher ter um bebê. Para isso, a pesquisa focou em mulheres que já estavam em tratamento para infertilidade.
Ambiente de trabalho e fertilidade
Lidia e sua equipe examinaram indicadores de “reserva ovariana” – quantidade de óvulos remanescentes e níveis do hormônio folículo estimulantes (FSH) – em 473 mulheres que procuraram tratamento no Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos. Todas as participantes tinham, em média, 35 anos e índice de massa corporal (IMC) considerado normal. Os pesquisadores observaram também a “resposta ovariana” – número de óvulos maduros capazes de se desenvolver em embriões saudáveis – em 313 destas mulheres que haviam completado ao menos um ciclo de fertilização in vitro (FIV).
Além das análises clínicas, as participantes responderam questões sobre demanda física e trabalho em turnos em seus empregos, além da prática de atividade física nas horas vagas.
Os relatos mostraram que 40% das mulheres precisavam levantar objetos pesados durante o trabalho. Cerca de 25% delas disseram que seu trabalho era moderada ou muito exigente fisicamente. E aproximadamente 91% das voluntárias trabalhavam em horário comercial.
Menor quantidade e qualidade dos óvulos
O estudo concluiu que trabalhos fisicamente exigentes não pareceram afetar os níveis do hormônio FSH. Mas, mulheres que precisavam levantar muito peso em seus empregos tinham menor reserva ovariana, em comparação com aquelas cujos trabalhos demandavam menos esforço físico.
Em média, as mulheres que trabalhavam em turnos tinham menos óvulos maduros do que as mulheres que trabalhavam em horas regulares. Aquelas que trabalhavam em turnos no fim do dia ou noturnos tinham uma contagem de óvulos ainda menor. Os pesquisadores acreditam que horários de trabalhos desregulares afetam a contagem de óvulos maduros devido à interrupção do relógio interno do corpo.
Entre as participantes que passaram por ciclos de FIV, as que tinham um trabalho fisicamente exigente apresentaram uma reserva ovariana 8,8% menor e uma quantidade de óvulos maduros 14,1% menor do que aquelas cujos trabalhos não exigiam levantamento de peso.
As diferenças na reserva e resposta ovariana em mulheres com e sem ocupações fisicamente exigentes foram ainda maiores entre aquelas cujo emprego exigia que elas trabalhassem em turnos no fim do dia, noturnos ou rotativos. A diminuição da fertilidade foi particularmente significativa entre as mulheres com excesso de peso e obesas que levantavam cargas pesadas no trabalho, em comparação com aquelas de mesmo peso e mulheres magras que não faziam trabalhos pesados como parte de sua ocupação.
Ressalvas
“Nosso estudo é o primeiro a mostrar que o trabalho pesado e em turnos fora de horários regulares pode afetar negativamente a produção e a qualidade dos óvulos, em vez de acelerar o envelhecimento ovariano. Trabalhos futuros, no entanto, são necessários para determinar se a produção e a qualidade dos óvulos pode ser melhorada, e se sim, com que rapidez, se essas exposições laborais forem evitadas. ”
Como o estudo é apenas observacional, nenhuma conclusão de causa e efeito pode ser extraída. A equipe também foi incapaz de avaliar o impacto de outros fatores possivelmente influentes na fertilidade, como trabalhar longas horas e alternar entre turnos diários e noturnos.Fonte:Veja
Moro rejeita adiar ação contra Lula por causa da morte de Marisa
O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, negou nesta quarta-feira pedido de suspensão do andamento do processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com adiamento das audiências das próximas duas semanas, em razão da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia, na última sexta-feira.
“Apesar de trágico e lamentável acontecimento, há diversas audiências já designadas, com dezenas de testemunhas, e para as quais foram realizadas dezenas de diligências por este Juízo e pelos diversos Juízos deprecados para a sua viabilização”, escreveu Moro em despacho. “Assim, indefiro o requerido.”
Lula é réu nesse processo pelo suposto recebimento de R$ 3,8 milhões em propinas da construtora OAS por meio de reforma e ampliação de um apartamento tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo – que a Lava Jato diz ser do petista, que nega – e no custeio do armazenamento de bens do ex-presidente em empresa especializada. A ex-primeira também era ré, mas a ação foi extinta em razão da sua morte.
A defesa pediu na última terça-feira o adiamento alegando que a preparação para os depoimentos ficou comprometida pelo drama pessoal vivido por Lula. O juiz – que tem sido acusado com frequência pelo petista de parcialidade no processo – destacou que as testemunhas agendadas para as próximas semanas foram arroladas pelos advogados do ex-presidente no dia 10 de outubro de 2016. “É de se concluir que a defesa já teve tempo suficiente para se preparar previamente para as inquirições em questão”, registra Moro.
(Com Estadão Conteúdo)
“Apesar de trágico e lamentável acontecimento, há diversas audiências já designadas, com dezenas de testemunhas, e para as quais foram realizadas dezenas de diligências por este Juízo e pelos diversos Juízos deprecados para a sua viabilização”, escreveu Moro em despacho. “Assim, indefiro o requerido.”
Lula é réu nesse processo pelo suposto recebimento de R$ 3,8 milhões em propinas da construtora OAS por meio de reforma e ampliação de um apartamento tríplex no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo – que a Lava Jato diz ser do petista, que nega – e no custeio do armazenamento de bens do ex-presidente em empresa especializada. A ex-primeira também era ré, mas a ação foi extinta em razão da sua morte.
A defesa pediu na última terça-feira o adiamento alegando que a preparação para os depoimentos ficou comprometida pelo drama pessoal vivido por Lula. O juiz – que tem sido acusado com frequência pelo petista de parcialidade no processo – destacou que as testemunhas agendadas para as próximas semanas foram arroladas pelos advogados do ex-presidente no dia 10 de outubro de 2016. “É de se concluir que a defesa já teve tempo suficiente para se preparar previamente para as inquirições em questão”, registra Moro.
(Com Estadão Conteúdo)
Facções comandam o maior presídio do país. E com aval da Justiça
Na maior penitenciária do país, a superlotação é o menor dos problemas. Encravado no coração da capital gaúcha, a oito quilômetros da sede do governo estadual, o Presídio Central de Porto Alegre, recentemente rebatizado de Cadeia Pública, abriga mais de 4.600 detentos em um espaço onde não deveria haver mais de 1.900. As celas ficam permanentemente abertas. Não há chaves. Nem grades. Os presos circulam livremente pela galerias e, noite e dia, ditam as regras. O descontrole das autoridades é tamanho que o próprio juiz encarregado de fiscalizar o presídio, Sidiney José Brzuska, admite: quem manda por lá são as facções criminosas.
Até mesmo itens básicos, como produtos de limpeza e as roupas usadas pelos detentos, são fornecidos pelos criminosos que comandam as três maiores facções em atuação no estado. Diz o magistrado: “O Estado é dependente das facções, são elas que asseguram a integridade da pessoa presa. Dentro de uma galeria tem 500 presos e nenhum policial, e quem garante que você não vai morrer ali dentro é quem controla o lugar. Portanto, a vida está na mão da facção, não do Estado. Se o Estado quer reassumir o controle do presídio, a primeira coisa é garantir a integridade física do preso”.
O juiz afirma que atualmente o governo estadual, responsável pela unidade, fornece apenas energia elétrica, água e alimentação básica para os presos. Todo o resto quem providencia são as facções criminosas, o que, observa o magistrado, só faz aumentar o poderio dos criminosos dentro do presídio. “A facção se torna credora do sujeito em cima de comida, remédio, material de higiene, roupa, calçado. Quem fornece é a facção ou a família. O Estado não dá”, afirma.
O testemunho do juiz tem a força de quem, literalmente, conhece o estabelecimento por dentro: desde 2012 ele tem um gabinete no interior do presídio. A presença frequente do juiz, porém, não é capaz de diminuir a força das facções na unidade. Aliás, em mais um exemplo do absurdo em que se transformou o sistema prisional brasileiro, para instalar a vara especial de execuções dentro da cadeia a Justiça gaúcha teve que fazer um “acordo verbal” com as facções.
Oficialmente, a segurança do presídio cabe à Brigada Militar, como é chamada a Polícia Militar do Rio Grande do Sul. Mas só oficialmente. Na prática, como diz o juiz, são os próprios presos que estabelecem as regras e, a partir de um “pacto de boa convivência”, garantem a paz na unidade.
O caos no presídio já foi descrito, em processos da Organização dos Estados Americanos (OEA), como um sistema de “autogestão” ou “administração compartilhada”, em que o Estado e os presos dividem as responsabilidades sobre o funcionamento da unidade. Em 2013, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos exortou o Brasil a adotar providências diante da gravidade da situação na unidade. A comissão recomendava que o governo deixasse por conta dos próprios presos funções disciplinares e o controle de segurança dentro do presídio. Não adiantou.
Pacto
Para trabalhar de dentro do presídio, apesar da presença dos militares, Brzuska fez rodadas de conversa e impôs condições aos presos: não poderia haver desavenças, assassinatos ou desrespeito a ele, aos policiais e funcionários. A partir do acordo, diminuíram os tumultos internos. Passou a vigorar no presídio a regra de que a cela é a extensão do lar dos presos. Brigas externas de facções ficariam restritas às ruas. Em contrapartida, os presos teriam ali um representante do Judiciário para facilitar a análise de seus processos.
“Minha única exigência para atender no presídio era eu tinha que reproduzir lá dentro o mesmo nível de segurança e conforto que eu tenho na minha sala no fórum. Significa não ter ninguém dando soco no outro, xingando os policiais, fumando maconha ou dando facada na minha frente”, explica o juiz.
Embora reconheça o domínio das facções, Brzuska nega que o Estado tenha se curvado ao poder do crime organizado. E defende o método de diálogo com os detentos para estabelecer as regras civilizatórias num espaço que já havia sido perdido para os bandidos. “Quem parou de dar facada e de se rebelar? Eles é que estão se curvando. Não pedimos favor a nenhum preso. Qual seria a melhor forma de se relacionar com as pessoas se não com o diálogo? É mais importante conversar do que impor. Quando as pessoas e os presos ajudam a construir algo, a tendência de dar certo é maior, eles se sentem integrantes e passam a se esforçar para que dê certo.”
Brzuska atende os presos uma vez por semana dentro do presídio. Ouve pedidos de remoção, questionamentos sobre progressão de pena e pedidos de acesso a medicamentos. No atendimento às famílias, faz-se inclusive reconhecimento de paternidade. Uma vez por mês, em dias de visita uma equipe de servidores recebe as famílias, orienta sobre os processos e prazos. A sala é espartana, no terceiro andar do prédio da administração do presídio, decorada por quadros da deusa Têmis, símbolo da Justiça, e por grafites feitos pelos próprios detentos.
O juiz conhece em detalhes o passado, a família, os processos e o comportamento dos presos. Faz um trabalho que resume em três palavras: proximidade, diálogo e atenção. “O acompanhamento pessoal dos presos e das famílias, dentro da unidade, o diálogo muito próximo, permite a redução dos índices de violência e de morte”, afirma. Ele recebe parentes dos detentos e representantes das alas e facções para conversar – sem algemas. Entra sozinho nas galerias – algo que a polícia não faz – e diz que nunca sofreu ameaças. “Se eu botar o pé na galeria, ninguém pode dar um pio porque eu cumpro o meu trabalho.”
No ano passado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, fez uma inspeção no presídio. Foi a relação de Brzuska com os presos que garantiu a tranquilidade da visita. A ministra ficou entre 1.800 detentos. “Eu disse a ela: ‘esse é o maior sinal de respeito que a senhora vai ter dentro de uma presídio’”, conta Brzurska.
O juiz reputa ao pacto que ajudou a construir a redução dos índices de violência e de mortes dentro do presídio. Ao longo dos anos, a cadeia foi recuperando a “tranquilidade”. As rebeliões também rarearam. Segundo ele, os presos perceberam que eventuais convulsões atrapalhariam os “negócios” das facções. “A lógica aqui é não trazer a morte para dentro do sistema, porque é ruim para os negócios. Se o preso controla uma galeria e morre alguém ali, é sinal de que ele não manda nada. Então ele não deixa acontecer.”
Os negócios a que o magistrado se refere com curiosa tranquilidade são muitos. Dentro do presídio funciona livremente um mercado informal de produtos diversos – de material de higiene a lanches. Tudo controlado pelas facções. Drogas, celulares e armas também são comercializadas. Criam-se dívidas, que são pagas nas ruas. “Do jeito que está, o Central é bom para o crime, porque eles (os presos) lucram, e bom para o Estado que não gasta dinheiro, já que os presos pagam tudo sozinhos.”
Histórico
O antigo Presídio Central, um colosso marrom com centenas de lençóis coloridos pendurados nas janelas, tem aspecto ainda pior por dentro. As paredes carcomidas, manchadas por infiltrações em tom amarelado, com tijolos, ferro e concreto armado aparentes exibem o grau de deterioração do edifício, construído em 1959. Pavilhões em ruínas foram parcialmente demolidos. Esgoto corre pelos cantos do pátio. Há ratos e baratas pelos cantos.
A paz momentânea dentro da cadeia destoa da realidade da capital gaúcha. Porto Alegre vive uma escalada da criminalidade. Entre janeiro e junho de 2016, o número de assassinatos aumentou 17% na cidade em comparação com o mesmo período de 2015. Os 351 homicídios ocorridos no primeiro semestre do ano passado também superam os registrados ao longo de todo o ano de 2006 (283). A correlação entre as facções que dividem o controle do presídio e a violência do lado de fora é direta. Se dentro da unidade os grupos mantêm o “pacto de paz”, o acordo não se estende às periferias da cidade, onde elas disputam o mercado das drogas.
No ano passado, houve mais de uma dezena de decapitações e esquartejamentos nas ruas de Porto Alegre, principalmente em bairros pobres da capital. “Essas organizações criminosas têm produzido um alto número de execuções. O pano de fundo são as drogas. Eles matam para impor baixas de um lado e de outro. Essas decapitações e esquartejamentos são situações novas, sinais de extrema crueldade para intimidar e mandar recado”, diz o delegado Paulo Rogério Grillo, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As execuções são tão brutais quanto as dos massacres de detentos em Manaus e Roraima. A diferença é que, no caso gaúcho, enquanto as facções se toleram dentro da prisão com a bênção da Justiça, a guerra se dá do lado de fora.Fonte:Veja
Até mesmo itens básicos, como produtos de limpeza e as roupas usadas pelos detentos, são fornecidos pelos criminosos que comandam as três maiores facções em atuação no estado. Diz o magistrado: “O Estado é dependente das facções, são elas que asseguram a integridade da pessoa presa. Dentro de uma galeria tem 500 presos e nenhum policial, e quem garante que você não vai morrer ali dentro é quem controla o lugar. Portanto, a vida está na mão da facção, não do Estado. Se o Estado quer reassumir o controle do presídio, a primeira coisa é garantir a integridade física do preso”.
O juiz afirma que atualmente o governo estadual, responsável pela unidade, fornece apenas energia elétrica, água e alimentação básica para os presos. Todo o resto quem providencia são as facções criminosas, o que, observa o magistrado, só faz aumentar o poderio dos criminosos dentro do presídio. “A facção se torna credora do sujeito em cima de comida, remédio, material de higiene, roupa, calçado. Quem fornece é a facção ou a família. O Estado não dá”, afirma.
O testemunho do juiz tem a força de quem, literalmente, conhece o estabelecimento por dentro: desde 2012 ele tem um gabinete no interior do presídio. A presença frequente do juiz, porém, não é capaz de diminuir a força das facções na unidade. Aliás, em mais um exemplo do absurdo em que se transformou o sistema prisional brasileiro, para instalar a vara especial de execuções dentro da cadeia a Justiça gaúcha teve que fazer um “acordo verbal” com as facções.
Oficialmente, a segurança do presídio cabe à Brigada Militar, como é chamada a Polícia Militar do Rio Grande do Sul. Mas só oficialmente. Na prática, como diz o juiz, são os próprios presos que estabelecem as regras e, a partir de um “pacto de boa convivência”, garantem a paz na unidade.
O caos no presídio já foi descrito, em processos da Organização dos Estados Americanos (OEA), como um sistema de “autogestão” ou “administração compartilhada”, em que o Estado e os presos dividem as responsabilidades sobre o funcionamento da unidade. Em 2013, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos exortou o Brasil a adotar providências diante da gravidade da situação na unidade. A comissão recomendava que o governo deixasse por conta dos próprios presos funções disciplinares e o controle de segurança dentro do presídio. Não adiantou.
Pacto
Para trabalhar de dentro do presídio, apesar da presença dos militares, Brzuska fez rodadas de conversa e impôs condições aos presos: não poderia haver desavenças, assassinatos ou desrespeito a ele, aos policiais e funcionários. A partir do acordo, diminuíram os tumultos internos. Passou a vigorar no presídio a regra de que a cela é a extensão do lar dos presos. Brigas externas de facções ficariam restritas às ruas. Em contrapartida, os presos teriam ali um representante do Judiciário para facilitar a análise de seus processos.
“Minha única exigência para atender no presídio era eu tinha que reproduzir lá dentro o mesmo nível de segurança e conforto que eu tenho na minha sala no fórum. Significa não ter ninguém dando soco no outro, xingando os policiais, fumando maconha ou dando facada na minha frente”, explica o juiz.
Embora reconheça o domínio das facções, Brzuska nega que o Estado tenha se curvado ao poder do crime organizado. E defende o método de diálogo com os detentos para estabelecer as regras civilizatórias num espaço que já havia sido perdido para os bandidos. “Quem parou de dar facada e de se rebelar? Eles é que estão se curvando. Não pedimos favor a nenhum preso. Qual seria a melhor forma de se relacionar com as pessoas se não com o diálogo? É mais importante conversar do que impor. Quando as pessoas e os presos ajudam a construir algo, a tendência de dar certo é maior, eles se sentem integrantes e passam a se esforçar para que dê certo.”
Brzuska atende os presos uma vez por semana dentro do presídio. Ouve pedidos de remoção, questionamentos sobre progressão de pena e pedidos de acesso a medicamentos. No atendimento às famílias, faz-se inclusive reconhecimento de paternidade. Uma vez por mês, em dias de visita uma equipe de servidores recebe as famílias, orienta sobre os processos e prazos. A sala é espartana, no terceiro andar do prédio da administração do presídio, decorada por quadros da deusa Têmis, símbolo da Justiça, e por grafites feitos pelos próprios detentos.
O juiz conhece em detalhes o passado, a família, os processos e o comportamento dos presos. Faz um trabalho que resume em três palavras: proximidade, diálogo e atenção. “O acompanhamento pessoal dos presos e das famílias, dentro da unidade, o diálogo muito próximo, permite a redução dos índices de violência e de morte”, afirma. Ele recebe parentes dos detentos e representantes das alas e facções para conversar – sem algemas. Entra sozinho nas galerias – algo que a polícia não faz – e diz que nunca sofreu ameaças. “Se eu botar o pé na galeria, ninguém pode dar um pio porque eu cumpro o meu trabalho.”
No ano passado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, fez uma inspeção no presídio. Foi a relação de Brzuska com os presos que garantiu a tranquilidade da visita. A ministra ficou entre 1.800 detentos. “Eu disse a ela: ‘esse é o maior sinal de respeito que a senhora vai ter dentro de uma presídio’”, conta Brzurska.
O juiz reputa ao pacto que ajudou a construir a redução dos índices de violência e de mortes dentro do presídio. Ao longo dos anos, a cadeia foi recuperando a “tranquilidade”. As rebeliões também rarearam. Segundo ele, os presos perceberam que eventuais convulsões atrapalhariam os “negócios” das facções. “A lógica aqui é não trazer a morte para dentro do sistema, porque é ruim para os negócios. Se o preso controla uma galeria e morre alguém ali, é sinal de que ele não manda nada. Então ele não deixa acontecer.”
Os negócios a que o magistrado se refere com curiosa tranquilidade são muitos. Dentro do presídio funciona livremente um mercado informal de produtos diversos – de material de higiene a lanches. Tudo controlado pelas facções. Drogas, celulares e armas também são comercializadas. Criam-se dívidas, que são pagas nas ruas. “Do jeito que está, o Central é bom para o crime, porque eles (os presos) lucram, e bom para o Estado que não gasta dinheiro, já que os presos pagam tudo sozinhos.”
Histórico
O antigo Presídio Central, um colosso marrom com centenas de lençóis coloridos pendurados nas janelas, tem aspecto ainda pior por dentro. As paredes carcomidas, manchadas por infiltrações em tom amarelado, com tijolos, ferro e concreto armado aparentes exibem o grau de deterioração do edifício, construído em 1959. Pavilhões em ruínas foram parcialmente demolidos. Esgoto corre pelos cantos do pátio. Há ratos e baratas pelos cantos.
A paz momentânea dentro da cadeia destoa da realidade da capital gaúcha. Porto Alegre vive uma escalada da criminalidade. Entre janeiro e junho de 2016, o número de assassinatos aumentou 17% na cidade em comparação com o mesmo período de 2015. Os 351 homicídios ocorridos no primeiro semestre do ano passado também superam os registrados ao longo de todo o ano de 2006 (283). A correlação entre as facções que dividem o controle do presídio e a violência do lado de fora é direta. Se dentro da unidade os grupos mantêm o “pacto de paz”, o acordo não se estende às periferias da cidade, onde elas disputam o mercado das drogas.
No ano passado, houve mais de uma dezena de decapitações e esquartejamentos nas ruas de Porto Alegre, principalmente em bairros pobres da capital. “Essas organizações criminosas têm produzido um alto número de execuções. O pano de fundo são as drogas. Eles matam para impor baixas de um lado e de outro. Essas decapitações e esquartejamentos são situações novas, sinais de extrema crueldade para intimidar e mandar recado”, diz o delegado Paulo Rogério Grillo, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As execuções são tão brutais quanto as dos massacres de detentos em Manaus e Roraima. A diferença é que, no caso gaúcho, enquanto as facções se toleram dentro da prisão com a bênção da Justiça, a guerra se dá do lado de fora.Fonte:Veja
Cunha apresenta laudos que comprovam aneurisma
Depois de se recusar a passar por uma tomografia marcada pelo Departamento Penitenciário do Estado do Paraná, o ex-deputado Eduardo Cunha anexou, nesta quarta-feira, atestados médicos e resultados de exames ao processo em que é réu na Operação Lava Jato para comprovar que tem um aneurisma cerebral. O peemedebista revelou o problema de saúde ao juiz federal Sergio Moro ontem, ao final do depoimento que prestou durante três horas na Justiça Federal de Curitiba.
“Atesto que o Sr. Eduardo Consentino da Cunha é portador de Aneurisma Intracraniano, localizado na artéria cerebral média esquerda, diagnosticado em julho de 2015, por angioressonância e angiotomografia. Na ocasião recomendei ao paciente tratamento cirúrgico”, diz o atestado assinado nesta quarta-feira pelo médico Paulo Niemeyer Filho, diretor do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.
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De acordo com um relatório elaborado pelo médico João Gonçalves Pantoja, o problema foi descoberto “incidentalmente” durante um exame e Eduardo Cunha, até então, não apresentava sintomas. “Optou-se pela continuada observação e avaliação periódica, tendo sido sugerido reavaliação a cada 6 meses desde o último exame realizado”, relata Pantoja.
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Para comprovar o aneurisma, além dos documentos assinados pelos médicos, os advogados de Cunha juntaram ao processo imagens de ressonâncias magnéticas feitas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em junho de 2015, e em uma clínica na Barra da Tijuca, no Rio de janeiro, em agosto daquele ano.
De acordo com Luiz Alberto Cartaxo de Moura, diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen-PR), a recusa em se submeter aos exames caracteriza infração disciplinar leve e isso será anotado na ficha de Cunha na prisão, onde ele está desde outubro do ano passado.
Cartaxo revelou, ainda, que não foi a primeira vez que Cunha se negou a comprovar que tem o problema. “Ressalto ainda que essa enfermidade foi revelada no dia 21 de dezembro ao corpo médico do Complexo Médico Penal, que solicitou à família e aos advogados que fossem encaminhados os exames e os documentos comprobatórios de tal situação, o que até hoje não aconteceu”, disse. “Então, por duas vezes, já se tentou comprovar a presença desse aneurisma e por duas vezes isso não foi possível”, disse.
Depoimento a Moro
Além de revelar o aneurisma, o ex-presidente da Câmara negou a Moro ter recebido propina de um contrato de compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África. Ele é réu por, segundo o Ministério Público Federal, ter recebido 1,5 milhão de dólares em contas na Suíça.
Eduardo Cunha também contradisse o presidente Michel Temer em relação à nomeação de um diretor da Petrobras. Em dezembro, em resposta por escrito às perguntas formuladas por Cunha na ação penal em que ele é réu por supostamente ter recebido propina em um contrato da petrolífera, Temer negou, na condição de testemunha, ter havido uma reunião no Palácio do Planalto em 2007 cujo assunto teria sido a ocupação de cargos na Petrobras.
“Não houve essa reunião. Mas chegaram-me informações de que as nomeações ocorreriam”, respondeu o presidente. De acordo com Cunha, no entanto, o encontro se deu para “acalmar” o PMDB na Câmara depois de o PT descumprir um acordo para nomeações na Petrobras e na BR Distribuidora. “A resposta do presidente Michel Temer está equivocada. Ele participou, sim, da reunião e foi ele quem comunicou a nós o que tinha acontecido”, disse o ex-deputado federal.Fonte:Veja
“Atesto que o Sr. Eduardo Consentino da Cunha é portador de Aneurisma Intracraniano, localizado na artéria cerebral média esquerda, diagnosticado em julho de 2015, por angioressonância e angiotomografia. Na ocasião recomendei ao paciente tratamento cirúrgico”, diz o atestado assinado nesta quarta-feira pelo médico Paulo Niemeyer Filho, diretor do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.
atestado-medico-eduardo-cunha
De acordo com um relatório elaborado pelo médico João Gonçalves Pantoja, o problema foi descoberto “incidentalmente” durante um exame e Eduardo Cunha, até então, não apresentava sintomas. “Optou-se pela continuada observação e avaliação periódica, tendo sido sugerido reavaliação a cada 6 meses desde o último exame realizado”, relata Pantoja.
relatorio-medico-eduardo-cunha
Para comprovar o aneurisma, além dos documentos assinados pelos médicos, os advogados de Cunha juntaram ao processo imagens de ressonâncias magnéticas feitas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em junho de 2015, e em uma clínica na Barra da Tijuca, no Rio de janeiro, em agosto daquele ano.
De acordo com Luiz Alberto Cartaxo de Moura, diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen-PR), a recusa em se submeter aos exames caracteriza infração disciplinar leve e isso será anotado na ficha de Cunha na prisão, onde ele está desde outubro do ano passado.
Cartaxo revelou, ainda, que não foi a primeira vez que Cunha se negou a comprovar que tem o problema. “Ressalto ainda que essa enfermidade foi revelada no dia 21 de dezembro ao corpo médico do Complexo Médico Penal, que solicitou à família e aos advogados que fossem encaminhados os exames e os documentos comprobatórios de tal situação, o que até hoje não aconteceu”, disse. “Então, por duas vezes, já se tentou comprovar a presença desse aneurisma e por duas vezes isso não foi possível”, disse.
Depoimento a Moro
Além de revelar o aneurisma, o ex-presidente da Câmara negou a Moro ter recebido propina de um contrato de compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África. Ele é réu por, segundo o Ministério Público Federal, ter recebido 1,5 milhão de dólares em contas na Suíça.
Eduardo Cunha também contradisse o presidente Michel Temer em relação à nomeação de um diretor da Petrobras. Em dezembro, em resposta por escrito às perguntas formuladas por Cunha na ação penal em que ele é réu por supostamente ter recebido propina em um contrato da petrolífera, Temer negou, na condição de testemunha, ter havido uma reunião no Palácio do Planalto em 2007 cujo assunto teria sido a ocupação de cargos na Petrobras.
“Não houve essa reunião. Mas chegaram-me informações de que as nomeações ocorreriam”, respondeu o presidente. De acordo com Cunha, no entanto, o encontro se deu para “acalmar” o PMDB na Câmara depois de o PT descumprir um acordo para nomeações na Petrobras e na BR Distribuidora. “A resposta do presidente Michel Temer está equivocada. Ele participou, sim, da reunião e foi ele quem comunicou a nós o que tinha acontecido”, disse o ex-deputado federal.Fonte:Veja
Futebol no Espírito Santo segue paralisado após onda de violência
A Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo informou que a terceira rodada do Campeonato Capixaba, neste final de semana, foi suspensa, por causa do caos na segurança. “Em função de não termos significativa melhora nas condições de segurança no Estado do Espírito Santo, e conforme amplamente divulgado na mídia em âmbito nacional, a Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) comunica a suspensão de cinco jogos válidos pela terceira rodada do Campeonato Estadual da Série A 2017. Tão logo a situação normalize novas datas serão programadas e divulgadas”, diz a nota.
A Polícia Militar do estado está paralisada desde a última sexta-feira. No mesmo dia, a Federação suspendeu a segunda rodada de partidas do campeonato estadual. A entidade não informou sobre possíveis remanejamentos de partidas.
Pela Copa do Brasil, a Desportiva deverá receber o Avaí na próxima quarta-feira, dia 15 de fevereiro. A partida está marcada para acontecer em Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória.
(Com Estadão Conteúdo)
A Polícia Militar do estado está paralisada desde a última sexta-feira. No mesmo dia, a Federação suspendeu a segunda rodada de partidas do campeonato estadual. A entidade não informou sobre possíveis remanejamentos de partidas.
Pela Copa do Brasil, a Desportiva deverá receber o Avaí na próxima quarta-feira, dia 15 de fevereiro. A partida está marcada para acontecer em Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória.
(Com Estadão Conteúdo)
Renato Augusto acusa irmã de Léo Moura de estelionato e furto em festa
A amizade entre as famílias de Renato Augusto e Léo Moura sofreu um duro golpe. O jogador da seleção brasileira e do chinês Beijing Guoan prestou notícia-crime na polícia contra Lívia da Silva Moura, irmã do lateral do Grêmio, por suposto estelionato e furto qualificado. A acusação de desvio seria de pelo menos R$ 200 mil. A reportagem do UOL Esporte teve acesso ao Registro de Ocorrência, realizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Tudo começou em dezembro do ano passado. Renato Augusto e a mulher Fernanda Klarner organizaram uma festa em comemoração ao primeiro ano de casados. Pela relação entre as famílias, eles chamaram a irmã de Léo Moura para a produção musical do evento - ela já havia feito o mesmo serviço no casamento, em 11 de dezembro de 2015.
Foram contratados os shows de Thiaguinho, Péricles, Belo, Rodriguinho e MC Marcinho para a cerimônia de renovação dos votos. Após a festa, Renato Augusto e família notaram a cobrança excedente de pelo menos R$ 160 mil reais, além do furto de duas folhas de cheque.
Renato pagou os cachês solicitados a Lívia Moura - depósitos realizados na conta da empresa DIVERSHOW. No entanto, parte do dinheiro não teria sido repassada aos artistas. O cantor Péricles, inclusive, nem sequer compareceu ao evento por conta de não ter recebido qualquer valor do cachê determinado. O prejuízo, neste caso, foi de cerca de R$ 40 mil.
Ao se aprofundar em conversas com os artistas e empresários, Renato Augusto sofreu um baque e a sua família sentiu-se traída por conta da amizade de mais de 12 anos entre as partes. Para minimizar o problema, o jogador fez novos pagamentos aos cantores e decidiu resolver a questão com a irmã de Léo Moura.
O prejuízo está calculado em pelo menos R$ 200 mil. No entanto, o valor ainda pode aumentar, já que outros itens e serviços da festa estão sendo investigados criteriosamente pelos familiares de Renato Augusto.
O advogado Ricardo Braga, representante do meia da seleção brasileira, chegou a propor a assinatura de uma confissão de dívida para a assinatura de Lívia Moura. Porém, nenhum familiar de Renato foi atendido, o que fez restar apenas a alternativa de ir à polícia.
"A trama foi descoberta quando os cheques voltaram do banco por divergência de assinatura [um deles no valor de R$ 100 mil]. O Renato deu um prazo para a produtora prestar conta dos valores. Foram 30 dias até para evitar a exposição das pessoas. Mas ele não teve opção. O Renato não tem nada contra o Léo Moura. Tentou resolver de todas as formas, mas precisava se preservar daquilo que foi feito na festa", afirmou o advogado do atleta.
"Ele entendeu por bem registrar a ocorrência pela prática de estelionato em continuidade. Foram apurados indícios do furto de duas folhas de cheque. Existem pessoas envolvidas e ficou clara a necessidade de uma investigação policial. O interesse do Renato é esclarecer todos os fatos narrados, já que jamais imaginou que isso pudesse acontecer com uma pessoa próxima. O procedimento segue com a oitiva das testemunhas de tudo alegado e acreditamos que a quantidade de elementos coletados implicará em um indiciamento e uma futura ação penal", completou Ricardo Braga.
Procurada pela reportagem do UOL Esporte, Lívia da Silva Moura afirmou ter conhecimento do caso, mas preferiu não se pronunciar.
Tudo começou em dezembro do ano passado. Renato Augusto e a mulher Fernanda Klarner organizaram uma festa em comemoração ao primeiro ano de casados. Pela relação entre as famílias, eles chamaram a irmã de Léo Moura para a produção musical do evento - ela já havia feito o mesmo serviço no casamento, em 11 de dezembro de 2015.
Foram contratados os shows de Thiaguinho, Péricles, Belo, Rodriguinho e MC Marcinho para a cerimônia de renovação dos votos. Após a festa, Renato Augusto e família notaram a cobrança excedente de pelo menos R$ 160 mil reais, além do furto de duas folhas de cheque.
Renato pagou os cachês solicitados a Lívia Moura - depósitos realizados na conta da empresa DIVERSHOW. No entanto, parte do dinheiro não teria sido repassada aos artistas. O cantor Péricles, inclusive, nem sequer compareceu ao evento por conta de não ter recebido qualquer valor do cachê determinado. O prejuízo, neste caso, foi de cerca de R$ 40 mil.
Ao se aprofundar em conversas com os artistas e empresários, Renato Augusto sofreu um baque e a sua família sentiu-se traída por conta da amizade de mais de 12 anos entre as partes. Para minimizar o problema, o jogador fez novos pagamentos aos cantores e decidiu resolver a questão com a irmã de Léo Moura.
O prejuízo está calculado em pelo menos R$ 200 mil. No entanto, o valor ainda pode aumentar, já que outros itens e serviços da festa estão sendo investigados criteriosamente pelos familiares de Renato Augusto.
O advogado Ricardo Braga, representante do meia da seleção brasileira, chegou a propor a assinatura de uma confissão de dívida para a assinatura de Lívia Moura. Porém, nenhum familiar de Renato foi atendido, o que fez restar apenas a alternativa de ir à polícia.
"A trama foi descoberta quando os cheques voltaram do banco por divergência de assinatura [um deles no valor de R$ 100 mil]. O Renato deu um prazo para a produtora prestar conta dos valores. Foram 30 dias até para evitar a exposição das pessoas. Mas ele não teve opção. O Renato não tem nada contra o Léo Moura. Tentou resolver de todas as formas, mas precisava se preservar daquilo que foi feito na festa", afirmou o advogado do atleta.
"Ele entendeu por bem registrar a ocorrência pela prática de estelionato em continuidade. Foram apurados indícios do furto de duas folhas de cheque. Existem pessoas envolvidas e ficou clara a necessidade de uma investigação policial. O interesse do Renato é esclarecer todos os fatos narrados, já que jamais imaginou que isso pudesse acontecer com uma pessoa próxima. O procedimento segue com a oitiva das testemunhas de tudo alegado e acreditamos que a quantidade de elementos coletados implicará em um indiciamento e uma futura ação penal", completou Ricardo Braga.
Procurada pela reportagem do UOL Esporte, Lívia da Silva Moura afirmou ter conhecimento do caso, mas preferiu não se pronunciar.
Em depoimento, Cunha diz que ‘condenação parece estar decidida’; Moro rebate: ‘Ofensivo’
Em um depoimento que durou mais de três horas, em frente ao juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha sugeriu que fazia sua defesa, apesar de sua condenação já parecer definida pelo magistrado. A declaração foi feita já durante as considerações finais, depois das perguntas formuladas por Moro, pelo Ministério Público Federal e por seus próprios advogados. "Eu estou aqui cumprindo a minha defesa futura, porque não entendo como nós estamos diante de um processo em que a condenação parece já estar decidida. Em que estamos apenas cumprindo uma mera formalidade processual", alfinetou. Moro rebateu: "Não é este o caso. As questões vão ser examinadas, as provas vão ser examinadas.
Isso para mim foi ofensivo". Cunha, então, pediu desculpas se ofendeu o juiz. "Não foi essa minha intenção", garantiu. No depoimento, Cunha mostrou que sabia de cor todas as datas e dados, tanto sobre suas ocupações públicas quanto sobre os trusts que manteve fora do país. O ex-deputado ainda reclamou de ter sua defesa "cerceada". Ao ser questionado sobre a posse de documentos que comprovassem depósitos e contratos, Cunha se queixou de não ter acesso aos seus advogados.
"O que me dificultou muito, excelência, foi o fato de eu estar aqui em condições absolutamente precárias de procura de mais documentos, e com dificuldade inclusive de falar com os meus advogados, visto que o tempo é muito restrito e através de parlatório. Foi preciso muito esforço para termos três reuniões de 30 minutos, presenciais, pra poder debater inclusive esse interrogatório", criticou. O parlamentar apontou contradições em informações juntadas ao processo e que alguns documentos encaminhados pelo banco suíço não foram traduzidos.
Ao ser questionado pelo juiz sobre seu patrimônio, repetiu diversas vezes que não concordava com as avaliações do banco, que teriam contradições, e defendeu que seus imóveis tiveram valorização nos últimos 15 anos. Ao final das declarações, Cunha aproveitou para pedir a Moro que lhe concedesse liberdade. Entre as alegações para justificar o habeas corpus estavam a falta de evidências de que ele poderia fugir do país, já que seus recursos foram bloqueados – ele chegou, inclusive, a colocar seus passaportes brasileiro e italiano à disposição da Justiça –, e a falta de segurança pessoal, por dividir espaço com condenados por crimes violentos.
Em resposta, o juiz avaliou que não houve qualquer incidente registrado nos últimos três anos envolvendo detentos do presídio em que Cunha está. Após a insistência do parlamentar, que sugeriu a ocorrência de uma tentativa de fuga, Moro finalizou: "Não há nada te afetando fisicamente ou de qualquer forma a qualquer preso da Operação Lava Jato. Nós estamos atentos a qualquer problema que aconteça, mas realmente não aconteceu nada até o momento".Fonte:por Rebeca Menezes
Isso para mim foi ofensivo". Cunha, então, pediu desculpas se ofendeu o juiz. "Não foi essa minha intenção", garantiu. No depoimento, Cunha mostrou que sabia de cor todas as datas e dados, tanto sobre suas ocupações públicas quanto sobre os trusts que manteve fora do país. O ex-deputado ainda reclamou de ter sua defesa "cerceada". Ao ser questionado sobre a posse de documentos que comprovassem depósitos e contratos, Cunha se queixou de não ter acesso aos seus advogados.
"O que me dificultou muito, excelência, foi o fato de eu estar aqui em condições absolutamente precárias de procura de mais documentos, e com dificuldade inclusive de falar com os meus advogados, visto que o tempo é muito restrito e através de parlatório. Foi preciso muito esforço para termos três reuniões de 30 minutos, presenciais, pra poder debater inclusive esse interrogatório", criticou. O parlamentar apontou contradições em informações juntadas ao processo e que alguns documentos encaminhados pelo banco suíço não foram traduzidos.
Ao ser questionado pelo juiz sobre seu patrimônio, repetiu diversas vezes que não concordava com as avaliações do banco, que teriam contradições, e defendeu que seus imóveis tiveram valorização nos últimos 15 anos. Ao final das declarações, Cunha aproveitou para pedir a Moro que lhe concedesse liberdade. Entre as alegações para justificar o habeas corpus estavam a falta de evidências de que ele poderia fugir do país, já que seus recursos foram bloqueados – ele chegou, inclusive, a colocar seus passaportes brasileiro e italiano à disposição da Justiça –, e a falta de segurança pessoal, por dividir espaço com condenados por crimes violentos.
Em resposta, o juiz avaliou que não houve qualquer incidente registrado nos últimos três anos envolvendo detentos do presídio em que Cunha está. Após a insistência do parlamentar, que sugeriu a ocorrência de uma tentativa de fuga, Moro finalizou: "Não há nada te afetando fisicamente ou de qualquer forma a qualquer preso da Operação Lava Jato. Nós estamos atentos a qualquer problema que aconteça, mas realmente não aconteceu nada até o momento".Fonte:por Rebeca Menezes
Eventos do TJ-BA em 2017 poderão custar até R$ 4 milhões; edital previa gasto de R$ 7 mi
Até dezembro de 2017, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) poderá gastar até R$ 4 milhões em eventos institucionais. A presidente do tribunal, desembargadora Maria do Socorro, homologou nesta terça-feira (7), a ata de registro de preços unitários “para futuro e eventual fornecimento de bens e prestação de serviços, planejamento, coordenação, organização, montagem, execução e acompanhamento de eventos de interesse institucional”, tanto em Salvador quanto no interior do estado.
A empresa vencedora da licitação é a Caboclinho Produção Cultural e Artística Ltda. de nome fantasia Alas Criação e Produção. O edital de licitação previa contratação de até R$ 7,2 milhões. Ainda no edital, o tribunal justifica a contratação de uma empresa para realização dos eventos, devido “crescente demanda por serviços relacionados a diversos eventos institucionais”, “por solicitação da presidência deste poder e demais setores, no âmbito da capital e do interior, à assessoria de Cerimonial da Presidência, e que esses serviços não se constituem em atividade fim do Tribunal, aliado à falta de estrutura própria para realizá-los”, e que, por isso, foi realizado o registro de preços.
Os eventos poderão ser realizados nas dependências do Edifício Sede do Tribunal de Justiça e em quaisquer outros espaços físicos, conforme o caso, no âmbito da capital e do interior. Os eventos poderão ser realizados em quaisquer dias da semana, nos períodos matutino, vespertino e/ou noturno, podendo também ocorrer aos sábados, domingos e feriados. Poderão ocorrer, inclusive, eventos simultâneos. Em 2015, o Bahia Notícias já havia noticiado uma licitação similar para aquele ano, com gastos aproximados de R$ 2,1 milhões, apesar do edital permitir contratação de empresas de eventos por até R$ 7,5 milhões (clique aqui e saiba mais).
O edital não descreve a quantidade de eventos a serem realizados, nem os tipos de eventos (seminários, congressos e feiras, por exemplo) que serão realizados com os recursos. O planejamento do orçamento dos eventos foi dividido em grupos: recursos humanos, comunicação visual, locação de equipamentos para edição e filmagem, buffet, locação de equipamentos eletrônicos, arranjos florais, locação de espaços, transporte, hospedagens e brindes promocionais. Serão contratados fotógrafos, interpretes, garçons, manobristas, recepcionistas, mestre de cerimônias, operador de equipamentos audiovisuais e de som, operador de luz, auxiliar de cozinha e fritador, por R$ 176,6 mil.
Para comunicação visual, serão gastos R$ 78 mil em banners, tripés, certificados, plotagens, lacres, faixas, adesivos, impressões, flâmulas, placas de descerramento, passadeira, placa de homenagens. Em locação de equipamentos para edição e filmagem serão gastos R$ 35 mil. Em buffet, serão gastos até R$ 1,9 milhão para realização de almoço para até mil pessoas, brunchs, coffee breaks, coquetel, jantar para até 500 pessoas. A locação de equipamentos eletrônicos pode custar até R$ 275 mil para aluguel de amplificadores, microfones, caixas de som, canhão de iluminação, mesas de corte, mesa de som, projetor, TV, por exemplo.
Para decoração, serão gastos até R$ 192 mil em arranjos florais, como coroa fúnebre, centro de mesa, arranjos para púlpitos, orquídeas e vasos de flores. O aluguel de móveis como alambrados, balcões, bandeiras, estandarte, cavalete, fundo de palco, praticáveis, mesas, cadeiras, toalhas, urnas, custará R$ 474 mil. Já a locação de espaços diversos que comportem até 600 pessoas custará R$ 398 mil. Em aluguel de transportes, de ônibus com capacidade para até 44 pessoas, terá custo de até R$ 68 mil. Já as hospedagens, em quartos single ou double, custará R$ 98 mil. A estimativa é para 600 hospedagens. Já em brindes como pen drives, agenda, pasta, mochila, canetas, kit escritório em couro, o custo será de até R$ 322 mil.Fonte:Bahia Noticias
A empresa vencedora da licitação é a Caboclinho Produção Cultural e Artística Ltda. de nome fantasia Alas Criação e Produção. O edital de licitação previa contratação de até R$ 7,2 milhões. Ainda no edital, o tribunal justifica a contratação de uma empresa para realização dos eventos, devido “crescente demanda por serviços relacionados a diversos eventos institucionais”, “por solicitação da presidência deste poder e demais setores, no âmbito da capital e do interior, à assessoria de Cerimonial da Presidência, e que esses serviços não se constituem em atividade fim do Tribunal, aliado à falta de estrutura própria para realizá-los”, e que, por isso, foi realizado o registro de preços.
Os eventos poderão ser realizados nas dependências do Edifício Sede do Tribunal de Justiça e em quaisquer outros espaços físicos, conforme o caso, no âmbito da capital e do interior. Os eventos poderão ser realizados em quaisquer dias da semana, nos períodos matutino, vespertino e/ou noturno, podendo também ocorrer aos sábados, domingos e feriados. Poderão ocorrer, inclusive, eventos simultâneos. Em 2015, o Bahia Notícias já havia noticiado uma licitação similar para aquele ano, com gastos aproximados de R$ 2,1 milhões, apesar do edital permitir contratação de empresas de eventos por até R$ 7,5 milhões (clique aqui e saiba mais).
O edital não descreve a quantidade de eventos a serem realizados, nem os tipos de eventos (seminários, congressos e feiras, por exemplo) que serão realizados com os recursos. O planejamento do orçamento dos eventos foi dividido em grupos: recursos humanos, comunicação visual, locação de equipamentos para edição e filmagem, buffet, locação de equipamentos eletrônicos, arranjos florais, locação de espaços, transporte, hospedagens e brindes promocionais. Serão contratados fotógrafos, interpretes, garçons, manobristas, recepcionistas, mestre de cerimônias, operador de equipamentos audiovisuais e de som, operador de luz, auxiliar de cozinha e fritador, por R$ 176,6 mil.
Para comunicação visual, serão gastos R$ 78 mil em banners, tripés, certificados, plotagens, lacres, faixas, adesivos, impressões, flâmulas, placas de descerramento, passadeira, placa de homenagens. Em locação de equipamentos para edição e filmagem serão gastos R$ 35 mil. Em buffet, serão gastos até R$ 1,9 milhão para realização de almoço para até mil pessoas, brunchs, coffee breaks, coquetel, jantar para até 500 pessoas. A locação de equipamentos eletrônicos pode custar até R$ 275 mil para aluguel de amplificadores, microfones, caixas de som, canhão de iluminação, mesas de corte, mesa de som, projetor, TV, por exemplo.
Para decoração, serão gastos até R$ 192 mil em arranjos florais, como coroa fúnebre, centro de mesa, arranjos para púlpitos, orquídeas e vasos de flores. O aluguel de móveis como alambrados, balcões, bandeiras, estandarte, cavalete, fundo de palco, praticáveis, mesas, cadeiras, toalhas, urnas, custará R$ 474 mil. Já a locação de espaços diversos que comportem até 600 pessoas custará R$ 398 mil. Em aluguel de transportes, de ônibus com capacidade para até 44 pessoas, terá custo de até R$ 68 mil. Já as hospedagens, em quartos single ou double, custará R$ 98 mil. A estimativa é para 600 hospedagens. Já em brindes como pen drives, agenda, pasta, mochila, canetas, kit escritório em couro, o custo será de até R$ 322 mil.Fonte:Bahia Noticias
Novas comissões da Câmara de Salvador vão custar R$ 451,2 mil por ano
A criação das comissões de Cultura e Assistência Social na Câmara de Vereadores de Salvador (CMS) vai disponibilizar aos seus respectivos presidentes e vice-presidentes cerca de R$ 451,2 mil, para que sejam distribuídos, da forma que acharem conveniente, na contratação de cargos de confiança.
De acordo com levantamento feito pelo Bahia Notícias, o alto comando de cada comissão tem direito aos chamados pontos, que equivalem a R$ 293,00, cada, conforme valores atualizados para a nova legislatura. O presidente do colegiado recebe 30 pontos, enquanto o vice ganha acesso a 25 pontos. Como a Câmara terá novas duas comissões, elas receberão, ao total, 110 pontos.
Para se chegar ao valor liberado a eles, o cálculo é simples: basta multiplicar a quantidade total de pontos por 14, que são os 12 meses de salários pagos durante o ano, além do 13º e as férias, e os R$ 293,00 equivalentes a um ponto.
A votação para criação das comissões acontece na sessão plenária desta quarta-feira (8). Caso sejam aprovadas, presidentes e vice-presidentes serão destinatários de uma verba para livre contratação de colaboradores, com o pequeno ônus de R$ 451,2 mil no orçamento da Casa.Fonte:Bahia Noticias
De acordo com levantamento feito pelo Bahia Notícias, o alto comando de cada comissão tem direito aos chamados pontos, que equivalem a R$ 293,00, cada, conforme valores atualizados para a nova legislatura. O presidente do colegiado recebe 30 pontos, enquanto o vice ganha acesso a 25 pontos. Como a Câmara terá novas duas comissões, elas receberão, ao total, 110 pontos.
Para se chegar ao valor liberado a eles, o cálculo é simples: basta multiplicar a quantidade total de pontos por 14, que são os 12 meses de salários pagos durante o ano, além do 13º e as férias, e os R$ 293,00 equivalentes a um ponto.
A votação para criação das comissões acontece na sessão plenária desta quarta-feira (8). Caso sejam aprovadas, presidentes e vice-presidentes serão destinatários de uma verba para livre contratação de colaboradores, com o pequeno ônus de R$ 451,2 mil no orçamento da Casa.Fonte:Bahia Noticias
Médica tenta reverter demissão por caso Marisa: ‘Não fiz piadas’
A médica reumatologista Gabriela Munhoz, de 31 anos, que foi demitida do Hospital Sírio-Libanês por ter divulgado informações sobre o estado de saúde da ex-primeira-dama Marisa Letícia em um grupo de WhatsApp, vai entrar com uma ação na Justiça para tentar reverter a destituição do cargo.
A médica, que estava de plantão no dia em que Marisa foi internada, argumenta que não teve acesso ao prontuário da mulher do ex-presidente Lula, que acabou morrendo na última sexta-feira em decorrência do acidente vascular cerebral (AVC). E que “apenas” se pronunciou sobre dados que já haviam sido divulgados na imprensa. Ela admite que cometeu um “equívoco” ao confirmá-los no WhatsApp, mas que isso não pode ser interpretado como quebra de sigilo médico.
“Nenhum dado que ela confirmou no WhatsApp foi oriundo do hospital. A única besteira foi dizer que ela estava lá. Ela não teve acesso a nada. O Sírio é muito criterioso com o acesso aos prontuários — tem senha e tudo. Ela sequer teve contato visual com Marisa”, afirmou ao site de VEJA o médico Mário Munhoz, pai de Gabriela.
Familiares da médica contrataram advogados para tentar comprovar a inocência dela na Justiça e, assim, tentar anular a demissão que consideram “sumária e inadequada”. Depois, dependendo do resultado desse processo, estudam entrar com uma ação por danos morais contra a instituição.
“Nós vamos de uma maneira ou de outra tentar reparar o dano que ela está sofrendo. Nós queremos primeiro comprovar que ela não quebrou nenhum sigilo nem o juramento de Hipócrates. Precisam ir atrás de quem passou a tomografia. Aí sim está a quebra da ética. Agora, confirmar num chat de médicos que aquela tomografia era um Fisher 4. Isso é uma leitura de um exame radiológico. Não é nem dado clínico nem radiológico. Qualquer médico com um mínimo de conhecimento sabe disso”, completou Munhoz. Fisher 4 é uma classificação atribuída pelos médicos para indicar a gravidade do sangramento — no caso de Marisa, bastante grave.
Toda a controvérsia começou em um grupo de WhatsApp intitulado “MED IX”, do qual Gabriela faz parte. Em 24 de janeiro, dia em que a ex-primeira-dama foi internada, começaram a circular no chat imagens da tomografia de Marisa, que foram vazadas do hospital Assunção, em São Bernardo do Campo (SP), onde a mulher de Lula recebeu os primeiros socorros antes de ser encaminhada ao Sírio-Libanês. Na ocasião, ainda não era de conhecimento público a gravidade do quadro da ex-primeira-dama.
Sabendo que Gabriela trabalhava no Sírio, um colega lhe perguntou se a informação procede. Por volta das 19 horas, ela respondeu com a seguinte mensagem: “Confere. É Fisher 4. Estou aqui. E ela está na arteriografia. Não subiu para a UTI”. A reportagem não teve acesso às mensagens, que foram lidas na íntegra pelo pai da médica.
Depois, alguns integrantes do grupo escrevem comentários ironizando o estado de saúde de Marisa e até torcendo por sua morte. Munhoz diz que sua filha é “terminantemente” contra esses comentários. A troca de mensagens foi revelada inicialmente pelo jornal O Globo na última quinta-feira.
Desde então, a médica se tornou alvo de ataques na internet. Recebeu mais de 500 mensagens e e-mails com ameaças de morte e chamando-a de “assassina, bandida e responsável pela morte de Marisa”. Abalada com a proporção que o caso tomou, Gabriela entrou num quadro depressivo e passa hoje por tratamento, segundo relatou seu pai.
Formada em 2009 pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), ela se especializou em reumatologia na Santa Casa e trabalhava há dois anos e meio como plantonista do Hospital Sírio-Libanês. Lá, cumpria um contrato de 90 horas mensais. Na última quarta-feira, ela foi convocada ao RH da instituição para ser avisada sobre a demissão por justa causa. Explicaram que o motivo foi ela ter falado sobre o Fisher 4. Nesta segunda-feira, ela foi demitida “por WhatsApp” de seu segundo emprego, uma clínica particular onde trabalhava como pessoa jurídica (PJ) duas vezes por semana.
Na data do ocorrido, o Hospital Sírio-Libanês enviou uma nota, dizendo que tem uma “política rígida relacionada à privacidade de todos os seus pacientes” e que “tomou as medidas disciplinares cabíveis em relação à médica, assim que teve conhecimento da troca de mensagens”.
Antes da publicação da matéria, Gabriela enviou uma nota para a reportagem, que segue abaixo na íntegra:
“Em razão dos últimos acontecimentos, venho informar que jamais divulguei ou compartilhei imagens de exames médicos da Dona Marisa Letícia, tampouco informações sigilosas sobre seu diagnóstico. Não tive contato visual ou pessoal com ela nem com seu prontuário médico.
Minhas palavras foram descontextualizadas e distorcidas, não fiz piadas ou ironias com o estado de saúde da ex-primeira dama, não desejei seu mal, nem deixei que qualquer ideologia político-partidária interferisse na minha conduta médica. Infelizmente, acabei sendo usada em uma discussão política que jamais foi minha intenção. Até imagem de outra pessoa segurando um cartaz em manifestação atribuíram a mim.
Lamento muitíssimo o falecimento de Dona Marisa e qualquer aborrecimento que esse assunto tenha gerado à sua família em um momento tão delicado e de tanto sofrimento. Em nenhum momento, imaginei ou tive a intenção de produzir ou acentuar ainda mais a dor dos familiares e amigos. Att., Gabriela Munhoz”.Fonte:Veja
A médica, que estava de plantão no dia em que Marisa foi internada, argumenta que não teve acesso ao prontuário da mulher do ex-presidente Lula, que acabou morrendo na última sexta-feira em decorrência do acidente vascular cerebral (AVC). E que “apenas” se pronunciou sobre dados que já haviam sido divulgados na imprensa. Ela admite que cometeu um “equívoco” ao confirmá-los no WhatsApp, mas que isso não pode ser interpretado como quebra de sigilo médico.
“Nenhum dado que ela confirmou no WhatsApp foi oriundo do hospital. A única besteira foi dizer que ela estava lá. Ela não teve acesso a nada. O Sírio é muito criterioso com o acesso aos prontuários — tem senha e tudo. Ela sequer teve contato visual com Marisa”, afirmou ao site de VEJA o médico Mário Munhoz, pai de Gabriela.
Familiares da médica contrataram advogados para tentar comprovar a inocência dela na Justiça e, assim, tentar anular a demissão que consideram “sumária e inadequada”. Depois, dependendo do resultado desse processo, estudam entrar com uma ação por danos morais contra a instituição.
“Nós vamos de uma maneira ou de outra tentar reparar o dano que ela está sofrendo. Nós queremos primeiro comprovar que ela não quebrou nenhum sigilo nem o juramento de Hipócrates. Precisam ir atrás de quem passou a tomografia. Aí sim está a quebra da ética. Agora, confirmar num chat de médicos que aquela tomografia era um Fisher 4. Isso é uma leitura de um exame radiológico. Não é nem dado clínico nem radiológico. Qualquer médico com um mínimo de conhecimento sabe disso”, completou Munhoz. Fisher 4 é uma classificação atribuída pelos médicos para indicar a gravidade do sangramento — no caso de Marisa, bastante grave.
Toda a controvérsia começou em um grupo de WhatsApp intitulado “MED IX”, do qual Gabriela faz parte. Em 24 de janeiro, dia em que a ex-primeira-dama foi internada, começaram a circular no chat imagens da tomografia de Marisa, que foram vazadas do hospital Assunção, em São Bernardo do Campo (SP), onde a mulher de Lula recebeu os primeiros socorros antes de ser encaminhada ao Sírio-Libanês. Na ocasião, ainda não era de conhecimento público a gravidade do quadro da ex-primeira-dama.
Sabendo que Gabriela trabalhava no Sírio, um colega lhe perguntou se a informação procede. Por volta das 19 horas, ela respondeu com a seguinte mensagem: “Confere. É Fisher 4. Estou aqui. E ela está na arteriografia. Não subiu para a UTI”. A reportagem não teve acesso às mensagens, que foram lidas na íntegra pelo pai da médica.
Depois, alguns integrantes do grupo escrevem comentários ironizando o estado de saúde de Marisa e até torcendo por sua morte. Munhoz diz que sua filha é “terminantemente” contra esses comentários. A troca de mensagens foi revelada inicialmente pelo jornal O Globo na última quinta-feira.
Desde então, a médica se tornou alvo de ataques na internet. Recebeu mais de 500 mensagens e e-mails com ameaças de morte e chamando-a de “assassina, bandida e responsável pela morte de Marisa”. Abalada com a proporção que o caso tomou, Gabriela entrou num quadro depressivo e passa hoje por tratamento, segundo relatou seu pai.
Formada em 2009 pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), ela se especializou em reumatologia na Santa Casa e trabalhava há dois anos e meio como plantonista do Hospital Sírio-Libanês. Lá, cumpria um contrato de 90 horas mensais. Na última quarta-feira, ela foi convocada ao RH da instituição para ser avisada sobre a demissão por justa causa. Explicaram que o motivo foi ela ter falado sobre o Fisher 4. Nesta segunda-feira, ela foi demitida “por WhatsApp” de seu segundo emprego, uma clínica particular onde trabalhava como pessoa jurídica (PJ) duas vezes por semana.
Na data do ocorrido, o Hospital Sírio-Libanês enviou uma nota, dizendo que tem uma “política rígida relacionada à privacidade de todos os seus pacientes” e que “tomou as medidas disciplinares cabíveis em relação à médica, assim que teve conhecimento da troca de mensagens”.
Antes da publicação da matéria, Gabriela enviou uma nota para a reportagem, que segue abaixo na íntegra:
“Em razão dos últimos acontecimentos, venho informar que jamais divulguei ou compartilhei imagens de exames médicos da Dona Marisa Letícia, tampouco informações sigilosas sobre seu diagnóstico. Não tive contato visual ou pessoal com ela nem com seu prontuário médico.
Minhas palavras foram descontextualizadas e distorcidas, não fiz piadas ou ironias com o estado de saúde da ex-primeira dama, não desejei seu mal, nem deixei que qualquer ideologia político-partidária interferisse na minha conduta médica. Infelizmente, acabei sendo usada em uma discussão política que jamais foi minha intenção. Até imagem de outra pessoa segurando um cartaz em manifestação atribuíram a mim.
Lamento muitíssimo o falecimento de Dona Marisa e qualquer aborrecimento que esse assunto tenha gerado à sua família em um momento tão delicado e de tanto sofrimento. Em nenhum momento, imaginei ou tive a intenção de produzir ou acentuar ainda mais a dor dos familiares e amigos. Att., Gabriela Munhoz”.Fonte:Veja
Greve da Polícia Civil pode ampliar caos no Espírito Santo
Enfrentando um caos na segurança pública desde sábado por causa da ausência de policiais militares nas ruas, a região metropolitana de Vitória (ES) pode ver a situação se agravar na próxima quinta-feira, quando os policiais civis fazem assembleia para definir se entram em greve por melhores salários. A insegurança no estado fez o governo pedir ajuda ao presidente Michel Temer, que destinou mil militares das Forças Armadas e outros 200 da Força Nacional para patrulhar as ruas.
“Nosso salário é um dos mais baixos do Brasil. Nos últimos anos, não houve recomposição por causa da inflação”, afirma Humberto Mileip, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol). O governo afirma nem ter conhecimento da possibilidade de paralisação. O chefe da Polícia Civil no estado, Guilherme Daré, afirmou que os delegados dão apoio “incondicional” ao governo e que a corporação se empenha para apurar as causas dos homicídios e crimes contra o patrimônio.” Desde sábado, mais de 200 lojas foram saqueadas e o número de assaltos e homicídios disparou. A volta às aulas, prevista para segunda-feira, foi adiada. Várias repartições públicas estão restringindo atendimento.
Em nota, o sindicato dos policiais civis se solidarizou com os militares e orientou filiados sobre como procederem durante a paralisação. “Diante do justo, legítimo e necessário movimento realizado pelos familiares dos policiais militares do Estado do Espírito Santo, que provocou o aquartelamento, o Sindipol-ES alerta os policiais civis e toda sociedade que a estrutura da segurança pública do estado está comprometida. Por isso, o sindicato pede que os policiais civis não arrisquem suas vidas e aceitem desvios de função”, afirma a entidade.
O texto diz ainda que o sindicato “entende que os policiais civis que desempenham suas atribuições de polícia judiciária e nas ruas também dependem dos profissionais da co-irmã Polícia Militar para realizar um trabalho digno e com segurança para si e para a sociedade. Desta maneira, alertamos para que os policiais civis não coloquem suas vidas em risco”.
Greve branca
O caos começou a se instaurar, principalmente na região metropolitana de Vitória, no sábado, quando parentes de policiais militares começaram a protestar em frente aos batalhões impedindo a saída dos veículos, o que praticamente deixou as ruas sem policiamento. Os PMs, que são proibidos por lei de fazer greve, reivindicam reajuste salarial e pagamento de auxílio-alimentação, auxílio-periculosidade, insalubridade e adicional noturno aos PMS.
A Justiça do Espírito Santo declarou ilegal o movimento dos familiares dos policiais militares, que estão acampados em frente a 11 batalhões em mais de 30 cidades do estado. Eles reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho da categoria. A Força Nacional foi acionada para ajudar na segurança dos municípios.
No documento em que declara a ilegalidade do movimento, o desembargador Robson Luiz Albanez afirma que a proibição de saída dos policiais militares caracteriza uma tentativa de greve por parte deles. Uma multa de 100.000 reais foi fixada às associações que representa os policiais capixabas, caso haja descumprimento da decisão.
“O aquartelamento dos militares corresponde a uma ‘greve branca’, uma vez que representa a tentativa de busca de melhores condições salariais, daí a ilegalidade do movimento, haja vista a vedação expressa do exercício do direito de greve aos militares”, enfatizou a autoridade. “Sendo assim, tenho como ilegal a deflagração do movimento grevista velado pelos militares.”
Segundo o diretor social e de relações públicas da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS), Thiago Bicalho, o movimento foi espontâneo. De acordo com a entidade, o salário-base de um policial no estado é 2 600 reais, enquanto a média nacional chega a 4 000 reais. A entidade argumenta que há anos os policiais não têm aumento salarial e que essa situação acabou por motivar familiares dos policiais a fazerem as manifestações em frente aos quartéis.Fonte:Veja
“Nosso salário é um dos mais baixos do Brasil. Nos últimos anos, não houve recomposição por causa da inflação”, afirma Humberto Mileip, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol). O governo afirma nem ter conhecimento da possibilidade de paralisação. O chefe da Polícia Civil no estado, Guilherme Daré, afirmou que os delegados dão apoio “incondicional” ao governo e que a corporação se empenha para apurar as causas dos homicídios e crimes contra o patrimônio.” Desde sábado, mais de 200 lojas foram saqueadas e o número de assaltos e homicídios disparou. A volta às aulas, prevista para segunda-feira, foi adiada. Várias repartições públicas estão restringindo atendimento.
Em nota, o sindicato dos policiais civis se solidarizou com os militares e orientou filiados sobre como procederem durante a paralisação. “Diante do justo, legítimo e necessário movimento realizado pelos familiares dos policiais militares do Estado do Espírito Santo, que provocou o aquartelamento, o Sindipol-ES alerta os policiais civis e toda sociedade que a estrutura da segurança pública do estado está comprometida. Por isso, o sindicato pede que os policiais civis não arrisquem suas vidas e aceitem desvios de função”, afirma a entidade.
O texto diz ainda que o sindicato “entende que os policiais civis que desempenham suas atribuições de polícia judiciária e nas ruas também dependem dos profissionais da co-irmã Polícia Militar para realizar um trabalho digno e com segurança para si e para a sociedade. Desta maneira, alertamos para que os policiais civis não coloquem suas vidas em risco”.
Greve branca
O caos começou a se instaurar, principalmente na região metropolitana de Vitória, no sábado, quando parentes de policiais militares começaram a protestar em frente aos batalhões impedindo a saída dos veículos, o que praticamente deixou as ruas sem policiamento. Os PMs, que são proibidos por lei de fazer greve, reivindicam reajuste salarial e pagamento de auxílio-alimentação, auxílio-periculosidade, insalubridade e adicional noturno aos PMS.
A Justiça do Espírito Santo declarou ilegal o movimento dos familiares dos policiais militares, que estão acampados em frente a 11 batalhões em mais de 30 cidades do estado. Eles reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho da categoria. A Força Nacional foi acionada para ajudar na segurança dos municípios.
No documento em que declara a ilegalidade do movimento, o desembargador Robson Luiz Albanez afirma que a proibição de saída dos policiais militares caracteriza uma tentativa de greve por parte deles. Uma multa de 100.000 reais foi fixada às associações que representa os policiais capixabas, caso haja descumprimento da decisão.
“O aquartelamento dos militares corresponde a uma ‘greve branca’, uma vez que representa a tentativa de busca de melhores condições salariais, daí a ilegalidade do movimento, haja vista a vedação expressa do exercício do direito de greve aos militares”, enfatizou a autoridade. “Sendo assim, tenho como ilegal a deflagração do movimento grevista velado pelos militares.”
Segundo o diretor social e de relações públicas da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar (ACS), Thiago Bicalho, o movimento foi espontâneo. De acordo com a entidade, o salário-base de um policial no estado é 2 600 reais, enquanto a média nacional chega a 4 000 reais. A entidade argumenta que há anos os policiais não têm aumento salarial e que essa situação acabou por motivar familiares dos policiais a fazerem as manifestações em frente aos quartéis.Fonte:Veja
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Manifestantes e mulheres de PMs se enfrentam no ES; Exército intervém
Grupos de moradores foram até as portas de Batalhões da Polícia Militar do Espírito Santo, na tarde desta terça-feira (7), para tentar convencer as mulheres de PMs a encerrarem os protestos que impedem o policiamento das ruas. Atos desse tipo acontecem em Vitória, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim.
Em Vitória, o Exército precisou ir ao local para controlar a manifestação e restabelecer o trânsito. Houve confornto entre manifestantes e o Exército usou gás de pimenta para acabar com o tumulto. Além disso, um mortorista tentou passar pela multidão e foi abordado por soldados armados. O homem é um policial, que estava à paisana. Ele apresentou o distintivo e foi liberado.
Manifestantes colocaram fogo em pneus e chegaram a interditar os dois sentidos da Avenida Maruípe nesta tarde.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) foi questionada sobre a estimativa de número de manifestantes, mas não respondeu. Em Vitória, uma das organizadoras do protesto de moradores estima que 200 pessoas participam do ato.Fonte:G1
Em Vitória, o Exército precisou ir ao local para controlar a manifestação e restabelecer o trânsito. Houve confornto entre manifestantes e o Exército usou gás de pimenta para acabar com o tumulto. Além disso, um mortorista tentou passar pela multidão e foi abordado por soldados armados. O homem é um policial, que estava à paisana. Ele apresentou o distintivo e foi liberado.
Manifestantes colocaram fogo em pneus e chegaram a interditar os dois sentidos da Avenida Maruípe nesta tarde.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp) foi questionada sobre a estimativa de número de manifestantes, mas não respondeu. Em Vitória, uma das organizadoras do protesto de moradores estima que 200 pessoas participam do ato.Fonte:G1
Fachin nega liberdade a mulher que furtou desodorante e chiclete
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, negou nesta quinta-feira a soltura de uma mulher de 39 anos, presa em 2011, por ter tentado furtar de um estabelecimento comercial de Varginha (MG) dois desodorantes e cinco frascos de chicletes, cujo valor atualizado soma R$ 42.
Fachin é o novo relator no STF da Lava Jato, considerada a maior operação de combate à corrupção da história do país e terá que decidir, entre outras coisas, sobre a concessão de habeas corpus – mesma medida solicitada pela mulher – a acusados de se beneficiar de quantias milionárias obtidas irregularmente em transações com o poder público.
A discussão da concessão do habeas corpus foi um dos temas da primeira pauta no ano da Segunda Turma do STF, a mesma que julga os casos da Lava Jato.
Para o ministro, a tese da insignificância penal, em virtude da inexpressividade do valor dos bens que se tentou furtar e que foi restituído ao estabelecimento – sustentada pela Defensoria Pública -, não poderia ser aplicada devido ao fato de a mulher ser reincidente nesse tipo de crime.
Ele acompanhou a decisão do relator, o ministro Ricardo Lewandowski, que entendeu que ficou evidenciada nos autos a reiteração criminosa da ré. “A conduta em si mesma, delito tentado de pequeno valor, se reveste de insignificância, mas o contexto revela que a acusada, no caso, é pessoa que está habituada ao crime”, afirmou, votando pelo indeferimento do HC.
Antes, tanto o Tribunal de Justiça de Minas Gerais quanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) haviam negado o habeas corpus pelo mesmo motivo. O parecer do Ministério Público Federal também foi pelo indeferimento.
O habeas corpus, no entanto, foi concedido pelo STF porque os outros três ministros da Segunda Turma discordaram de Lewandowski e Fachin – votaram pela concessão Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Dias Toffoli argumentou que a ré pegou os produtos na gôndola, colocou-os na bolsa e passou pelo caixa sem pagar e que somente depois é que o funcionário do estabelecimento acionou a guarda municipal. O ministro disse que muitas vezes, nesses casos, em que os clientes têm acesso direto aos produtos e há fiscalização, o estabelecimento espera a pessoa sair para só então abordá-la, em vez de fazê-lo diretamente na passagem pelo caixa e, ainda dentro do estabelecimento, cobrar pelos produtos. “Nesse tipo de conduta, em que há vigilância, estamos diante da inexistência de tipicidade, porque a agente poderia ser abordada dentro do supermercado e cobrada”, assinalou.
Celso de Mello lembrou do princípio da ofensividade para afirmar que danos sem importância devem ser considerados atípicos. Ele rejeitou a chamada perseverança criminal, uma vez que não se pode falar em reiteração se não existe condenação penal contra a ré. “Isso ofende inclusive o postulado da presunção da inocência”, concluiu.Fonte:Veja
Fachin é o novo relator no STF da Lava Jato, considerada a maior operação de combate à corrupção da história do país e terá que decidir, entre outras coisas, sobre a concessão de habeas corpus – mesma medida solicitada pela mulher – a acusados de se beneficiar de quantias milionárias obtidas irregularmente em transações com o poder público.
A discussão da concessão do habeas corpus foi um dos temas da primeira pauta no ano da Segunda Turma do STF, a mesma que julga os casos da Lava Jato.
Para o ministro, a tese da insignificância penal, em virtude da inexpressividade do valor dos bens que se tentou furtar e que foi restituído ao estabelecimento – sustentada pela Defensoria Pública -, não poderia ser aplicada devido ao fato de a mulher ser reincidente nesse tipo de crime.
Ele acompanhou a decisão do relator, o ministro Ricardo Lewandowski, que entendeu que ficou evidenciada nos autos a reiteração criminosa da ré. “A conduta em si mesma, delito tentado de pequeno valor, se reveste de insignificância, mas o contexto revela que a acusada, no caso, é pessoa que está habituada ao crime”, afirmou, votando pelo indeferimento do HC.
Antes, tanto o Tribunal de Justiça de Minas Gerais quanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) haviam negado o habeas corpus pelo mesmo motivo. O parecer do Ministério Público Federal também foi pelo indeferimento.
O habeas corpus, no entanto, foi concedido pelo STF porque os outros três ministros da Segunda Turma discordaram de Lewandowski e Fachin – votaram pela concessão Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Dias Toffoli argumentou que a ré pegou os produtos na gôndola, colocou-os na bolsa e passou pelo caixa sem pagar e que somente depois é que o funcionário do estabelecimento acionou a guarda municipal. O ministro disse que muitas vezes, nesses casos, em que os clientes têm acesso direto aos produtos e há fiscalização, o estabelecimento espera a pessoa sair para só então abordá-la, em vez de fazê-lo diretamente na passagem pelo caixa e, ainda dentro do estabelecimento, cobrar pelos produtos. “Nesse tipo de conduta, em que há vigilância, estamos diante da inexistência de tipicidade, porque a agente poderia ser abordada dentro do supermercado e cobrada”, assinalou.
Celso de Mello lembrou do princípio da ofensividade para afirmar que danos sem importância devem ser considerados atípicos. Ele rejeitou a chamada perseverança criminal, uma vez que não se pode falar em reiteração se não existe condenação penal contra a ré. “Isso ofende inclusive o postulado da presunção da inocência”, concluiu.Fonte:Veja
Cunha diz a Moro que tem mesmo problema de saúde de Marisa Letícia
Após depor por três horas perante o juiz Sergio Moro, na Justiça Federal em Curitiba, o ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) leu uma carta de próprio punho na qual afirma que tem um aneurisma (dilatação anormal de um vaso sanguíneo) e que não tem condições de se tratar na prisão onde está detido atualmente.
O problema de saúde é o mesmo que tinha a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente Lula, que morreu na última sexta-feira após 11 dias internada no Hospital Sírio-Libanês – ela teve o aneurisma diagnosticado há cerca de dez anos.
A audiência desta tarde foi o primeiro interrogatório do peemedebista diante de Moro e começou por volta das 15 horas. Responsável por aceitar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ele levou um calhamaço de folhas para a audiência em Curitiba.
Até então, Cunha havia adotado o silêncio como estratégia. Oficialmente, ele não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas, logo após ser preso, contratou o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável por algumas das delações da Lava Jato.
Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado é acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior – a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.
(Com Estadão Conteúdo)
O problema de saúde é o mesmo que tinha a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente Lula, que morreu na última sexta-feira após 11 dias internada no Hospital Sírio-Libanês – ela teve o aneurisma diagnosticado há cerca de dez anos.
A audiência desta tarde foi o primeiro interrogatório do peemedebista diante de Moro e começou por volta das 15 horas. Responsável por aceitar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ele levou um calhamaço de folhas para a audiência em Curitiba.
Até então, Cunha havia adotado o silêncio como estratégia. Oficialmente, ele não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas, logo após ser preso, contratou o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável por algumas das delações da Lava Jato.
Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado é acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobrás, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior – a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.
(Com Estadão Conteúdo)
Gilmar Mendes critica ‘alongadas prisões’ determinadas por Moro
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar a Lava Jato, desta vez em relação à duração das prisões determinadas pelo juiz Sergio Moro, que coordena a operação na primeira instância, em Curitiba.
“Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos”, disse Gilmar logo após o primeiro julgamento de processos da Lava Jato após o sorteio que definiu o ministro Edson Fachin como relator da operação no STF.
Na sua estreia no cargo, Fachin votou por negar um recurso apresentado pela defesa do ex-assessor do PP João Cláudio Genu, condenado a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. O julgamento foi feito na Segunda Turma do STF, colegiado que reúne, além de Fachin, os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Por unanimidade, o recurso de Genu foi rejeitado pela turma.
“Excessos”
Mendes tem sido um crítico recorrente da Lava Jato. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ele apontou os “excessos” da operação e pediu limites para as prisões preventivas. “Acho que deveríamos ter colocado limites nessas prisões preventivas que não terminam. Precisamos realmente mostrar que há limites para determinados modelos que estão se desenhando’, disse.
Em novembro, entrou em confronto com Moro na discussão sobre o foro privilegiado. “Para todo problema complexo, uma solução simples é geralmente errada”, afirmou Mendes ao comentar sugestão do juiz de Curitiba de que apenas os presidentes dos Três Poderes tivesse direito a ser julgado no STF.
Antes, em outubro, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que juízes e procuradores que atacavam a proposta de lei que pune abuso de autoridades “imaginam que devam ter licença para cometer abusos”. Para ele, o combate à corrupção e a Operação Lava Jato estão sendo usados “oportunisticamente” para a defesa de privilégios do Judiciário, do Ministério Público e de outras corporações.
Ele ressaltou na mesma entrevista que a Lava Jato é um marco no combate à corrupção, mas nem por isso “práticas ou decisões do juiz Moro e dos procuradores” devem ser canonizadas.
(Com Estadão Conteúdo)
“Temos um encontro marcado com as alongadas prisões que se determinam em Curitiba. Temos que nos posicionar sobre esse tema, que conflita com a jurisprudência que construímos ao longo desses anos”, disse Gilmar logo após o primeiro julgamento de processos da Lava Jato após o sorteio que definiu o ministro Edson Fachin como relator da operação no STF.
Na sua estreia no cargo, Fachin votou por negar um recurso apresentado pela defesa do ex-assessor do PP João Cláudio Genu, condenado a oito anos e oito meses de prisão por corrupção e associação criminosa. O julgamento foi feito na Segunda Turma do STF, colegiado que reúne, além de Fachin, os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Por unanimidade, o recurso de Genu foi rejeitado pela turma.
“Excessos”
Mendes tem sido um crítico recorrente da Lava Jato. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ele apontou os “excessos” da operação e pediu limites para as prisões preventivas. “Acho que deveríamos ter colocado limites nessas prisões preventivas que não terminam. Precisamos realmente mostrar que há limites para determinados modelos que estão se desenhando’, disse.
Em novembro, entrou em confronto com Moro na discussão sobre o foro privilegiado. “Para todo problema complexo, uma solução simples é geralmente errada”, afirmou Mendes ao comentar sugestão do juiz de Curitiba de que apenas os presidentes dos Três Poderes tivesse direito a ser julgado no STF.
Antes, em outubro, disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que juízes e procuradores que atacavam a proposta de lei que pune abuso de autoridades “imaginam que devam ter licença para cometer abusos”. Para ele, o combate à corrupção e a Operação Lava Jato estão sendo usados “oportunisticamente” para a defesa de privilégios do Judiciário, do Ministério Público e de outras corporações.
Ele ressaltou na mesma entrevista que a Lava Jato é um marco no combate à corrupção, mas nem por isso “práticas ou decisões do juiz Moro e dos procuradores” devem ser canonizadas.
(Com Estadão Conteúdo)
Temer confirma indicação de Moraes para o STF
O presidente Michel Temer confirmou nesta segunda-feira que indicará o atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ser o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi escolhido para ocupar a vaga deixada pelo ministro do STF Teori Zavascki, morto durante a queda de um avião em Paraty, em 19 de janeiro. O anúncio foi feito nesta tarde pelo porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola.
“O presidente da República decidiu submeter ao Senado o nome do ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para o cargo de ministro do STF. As sólidas credenciais acadêmicas e profissionais do doutor Alexandre de Moraes o qualificam para a responsabilidade do cargo de ministro da Suprema Corte”, disse Parola, no pronunciamento.
Após a indicação do Executivo, Moraes precisa passar por sabatina e ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e no plenário da Casa. Caso isso aconteça, ele tomará posse na 1ª Turma do Supremo e será o novo revisor da Operação Lava Jato em processos do plenário — aqueles que envolvem os presidentes da República e das duas Casas Legislativas. Segundo o regimento do STF, o revisor deve ser o ministro que ingressou na Corte logo depois do relator — no caso, Edson Fachin. Na 2ª Turma, o revisor é o decano Celso de Mello.
Filiado ao PSDB, Moraes é bastante ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e já pertenceu aos quadros do DEM e do PMDB. Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), ele foi promotor de Justiça em São Paulo de 1991 a 2002. Depois, foi secretário estadual da Justiça e Defesa da Cidadania na gestão Alckmin (PSDB), de 2002 a 2005; e secretário municipal de Transportes e de Serviços na administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD), de 2005 a 2010. Em 2015, ele voltou a trabalhar com Alckmin como secretário estadual de Segurança Pública até ser nomeado ministro da Justiça por Temer, em maio de 2016.
Um pouco mais cedo, o ministro da Justiça foi flagrado pelo jornal Folha de S. Paulo, enviando uma mensagem por WhatsApp em que dizia que seria nomeado ministro do STF às 19 horas, o que acabou se concretizando. “Hoje, lá pelas 19h00, o Presidente indicará meu nome para a vaga do Supremo Tribunal Federal. Se Deus quiser, em pouco tempo”, diz trecho digitado pelo ministro, enquanto acompanhava um evento do Planalto.
O nome do ministro da Justiça ganhou força neste fim de semana após o presidente Michel Temer fazer consultas pessoais e por telefone com interlocutores. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, também chegaram a ser cotados para o cargo, mas foram preteridos por Moraes.Fonte:Veja
“O presidente da República decidiu submeter ao Senado o nome do ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para o cargo de ministro do STF. As sólidas credenciais acadêmicas e profissionais do doutor Alexandre de Moraes o qualificam para a responsabilidade do cargo de ministro da Suprema Corte”, disse Parola, no pronunciamento.
Após a indicação do Executivo, Moraes precisa passar por sabatina e ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e no plenário da Casa. Caso isso aconteça, ele tomará posse na 1ª Turma do Supremo e será o novo revisor da Operação Lava Jato em processos do plenário — aqueles que envolvem os presidentes da República e das duas Casas Legislativas. Segundo o regimento do STF, o revisor deve ser o ministro que ingressou na Corte logo depois do relator — no caso, Edson Fachin. Na 2ª Turma, o revisor é o decano Celso de Mello.
Filiado ao PSDB, Moraes é bastante ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e já pertenceu aos quadros do DEM e do PMDB. Formado em direito pela Universidade de São Paulo (USP), ele foi promotor de Justiça em São Paulo de 1991 a 2002. Depois, foi secretário estadual da Justiça e Defesa da Cidadania na gestão Alckmin (PSDB), de 2002 a 2005; e secretário municipal de Transportes e de Serviços na administração do prefeito Gilberto Kassab (PSD), de 2005 a 2010. Em 2015, ele voltou a trabalhar com Alckmin como secretário estadual de Segurança Pública até ser nomeado ministro da Justiça por Temer, em maio de 2016.
Um pouco mais cedo, o ministro da Justiça foi flagrado pelo jornal Folha de S. Paulo, enviando uma mensagem por WhatsApp em que dizia que seria nomeado ministro do STF às 19 horas, o que acabou se concretizando. “Hoje, lá pelas 19h00, o Presidente indicará meu nome para a vaga do Supremo Tribunal Federal. Se Deus quiser, em pouco tempo”, diz trecho digitado pelo ministro, enquanto acompanhava um evento do Planalto.
O nome do ministro da Justiça ganhou força neste fim de semana após o presidente Michel Temer fazer consultas pessoais e por telefone com interlocutores. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, também chegaram a ser cotados para o cargo, mas foram preteridos por Moraes.Fonte:Veja
Governo anuncia reajuste para o minha casa minha vida
O governo confirmou o reajuste das faixas de renda beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em cerimônia no Palácio do Planalto, foi anunciado reajuste de 7,69% nas faixas de renda dos beneficiários do programa habitacional. Com o aumento, a renda máxima beneficiada pelo programa foi elevada para R$ 9 mil na faixa 3.
Segundo o Ministério das Cidades, o reajuste elevou a renda beneficiada pela faixa 1,5 de R$ 2,35 mil para R$ 2,6 mil. Na faixa 2, o valor de referência subiu de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil. Na última faixa, a 3, o valor máximo de renda subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. O aumento, segundo o governo, seguiu a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O governo também anunciou o aumento no valor máximo dos imóveis que podem ser incluídos nas operações com FGTS. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o valor máximo do imóvel subiu de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Nas capitais do Nordeste e Norte, o valor passou de R$ 170 mil para R$ 180 mil. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reforçou nesta segunda-feira (6), em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que o objetivo de atualizar e "dar continuidade" no programa MCMV é retomar a geração do emprego.
"O objetivo é que o MCMV tenha no seu cerne a geração do emprego. Estamos dando continuidade ao processo de estabilização da economia e retomada do crescimento", afirmou. Dyogo disse ainda que o governo não gosta de fazer corte de gastos. "Não somos masoquistas nem temos prazer em ter cortes de gastos. O que nos interessa é ter mais eficiência no gasto público", afirmou.Fonte:Bahia Noticias
Segundo o Ministério das Cidades, o reajuste elevou a renda beneficiada pela faixa 1,5 de R$ 2,35 mil para R$ 2,6 mil. Na faixa 2, o valor de referência subiu de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil. Na última faixa, a 3, o valor máximo de renda subiu de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. O aumento, segundo o governo, seguiu a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O governo também anunciou o aumento no valor máximo dos imóveis que podem ser incluídos nas operações com FGTS. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, o valor máximo do imóvel subiu de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Nas capitais do Nordeste e Norte, o valor passou de R$ 170 mil para R$ 180 mil. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reforçou nesta segunda-feira (6), em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que o objetivo de atualizar e "dar continuidade" no programa MCMV é retomar a geração do emprego.
"O objetivo é que o MCMV tenha no seu cerne a geração do emprego. Estamos dando continuidade ao processo de estabilização da economia e retomada do crescimento", afirmou. Dyogo disse ainda que o governo não gosta de fazer corte de gastos. "Não somos masoquistas nem temos prazer em ter cortes de gastos. O que nos interessa é ter mais eficiência no gasto público", afirmou.Fonte:Bahia Noticias
Rui veta projeto que impedia cobrança de 'consumação mínima' em bares da Bahia
O governador Rui Costa vetou integralmente o projeto que proibia a cobrança de "consumação mínima" em bares, boates e congêneres no estado da Bahia. O texto foi elaborado pelo deputado estadual Euclides Fernandes (PSL) e aprovado por unanimidade no dia 15 de dezembro. Na justificativa, Fernandes dizia que as pessoas se veem obrigadas a beber além da conta para justificar a despesa previamente cobrada, o que aumenta consideravelmente o número de pessoas dirigindo à noite em estado de embriaguez e causando acidentes de trânsito.
“A maioria desses consumidores, principalmente os mais jovens , para ‘aproveitar’ o valor que pagou, acaba por consumir bebida alcoólica em excesso, já que, não raro, o valor cobrado ultrapassa a casa dos R$ 30,00 (trinta reais) por pessoa”, avaliou. No veto, o governador alega que a proposta implicaria em gastos de recursos públicos, o que é vedado por lei, e que significaria a interferência de um Poder na esfera de atuação do outro.
"Em face do exposto, não me restou alternativa senão vetar, integralmente, a mencionada Proposição, por inconstitucionalidade, devolvendo o assunto ao oportuno reexame dessa ilustre Assembleia Legislativa", diz Rui na mensagem.Fonte:Veja
“A maioria desses consumidores, principalmente os mais jovens , para ‘aproveitar’ o valor que pagou, acaba por consumir bebida alcoólica em excesso, já que, não raro, o valor cobrado ultrapassa a casa dos R$ 30,00 (trinta reais) por pessoa”, avaliou. No veto, o governador alega que a proposta implicaria em gastos de recursos públicos, o que é vedado por lei, e que significaria a interferência de um Poder na esfera de atuação do outro.
"Em face do exposto, não me restou alternativa senão vetar, integralmente, a mencionada Proposição, por inconstitucionalidade, devolvendo o assunto ao oportuno reexame dessa ilustre Assembleia Legislativa", diz Rui na mensagem.Fonte:Veja
Nos EUA, Moro é alvo de protestos e deseja ‘boa sorte’ a Moraes
Responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância em Curitiba, o juiz federal Sergio Moro disse nesta segunda-feira, em uma palestra na Universidade de Columbia, em Nova York, que as investigações anticorrupção no Brasil possibilitarão o fortalecimento das instituições e reforçarão na sociedade a aversão contra o comportamento de pessoas públicas que descumprem a lei.
A palestra de Moro teve um atraso de 12 minutos em razão de protestos contra seu trabalho na Lava Jato. Com cartazes às mãos, duas mulheres gritaram palavras de ordem e interromperam o início da fala do magistrado. Elas o acusaram de ser parcial na condução dos processos e foram vaiadas pelas outras pessoas presentes. Uma delas gritava “bias”, “viés” em inglês.
Em sua fala, Sergio Moro defendeu celeridade nas investigações da Lava Jato para evitar obstrução da Justiça, como costuma ocorrer quando há nomes de políticos e empresários importantes envolvidos. Ele afirmou que quem vive nos Estados Unidos não tem ideia do número de processos em andamento. “É além da imaginação”, disse. O juiz federal acrescentou que o excesso de casos acaba permitindo manobras obstrutivas. “É uma história sem fim”, definiu.
Moro lembrou que a operação enfrentou alguns contratempos, entre os quais a morte do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse esperar que o novo responsável pelos processos da investigação no STF, Edson Fachin, “um grande jurista”, em suas palavras, dê continuidade a esse trabalho.
Indicado para a vaga de Teori pela lista tríplice da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) enviada ao presidente Michel Temer, Moro afirmou que “nunca faria campanha” por sua nomeação e brincou: “eu não acho que seria escolhido”.
Quanto ao provável substituto de Teori Zavascki na Corte, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o juiz desejou “boa sorte”. “Se ele [Temer] escolher o ministro da Justiça, boa sorte ao ministro. Não tenho opinião para compartilhar agora”, disse o magistrado.
‘Doença tropical’
Durante sua explanação na palestra, Sergio Moro afirmou que a corrupção, às vezes, se assemelha a uma “doença tropical”, mas destacou que, no caso do Brasil, felizmente o combate aos desvios de políticos e empresários está mostrando à sociedade que é possível superar o problema.
O juiz também considerou infundadas as críticas de que a Lava Jato tem prejudicado a economia brasileira por envolver grandes empresas que geram investimentos e empregos. Ele disse que, se os investimentos foram planejados com essa noção de que não há corrupção, os recursos provenientes dos lucros das empresas vão ser dirigidos “para combater a miséria” e não para o pagamento de propinas.
Críticas
Sergio Moro também comentou as acusações de que a Lavo Jato não tem a imparcialidade necessária a uma investigação judicial. “Isso não é certo”, rebateu. Ele admitiu que, em alguns casos, segmentos da equipe de investigação vão além do esperado, mas esclareceu que os exageros não chegam a comprometer o resultado da operação. “Os crimes estão expostos e os procuradores e [integrantes do] Judiciário são sérios”.
Ao ser indagado por uma participante sobre os constantes vazamentos da Lava Jato, Moro respondeu que que “é muito difícil” saber a origem da informação quando ela sai do controle da investigação. “É muito difícil saber quem vazou para a imprensa”, afirmou.
Questionado ainda sobre porque aparece em imagens ao lado de políticos que estão sendo investigados na Lava Jato, como o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Sergio Moro disse que as fotos divulgadas se referem a um evento público em que, por acaso, os políticos investigados também participavam.
Moro ainda atribuiu os boatos espalhados na internet de que seria um agente da CIA (órgão de inteligência do governo norte-americano) a uma “teoria da conspiração”, que busca tirar do centro do debate político os efeitos positivos das investigações. “Às vezes (teorias da conspiração) soam como loucura”, comparou.
(com Agência Brasil)
A palestra de Moro teve um atraso de 12 minutos em razão de protestos contra seu trabalho na Lava Jato. Com cartazes às mãos, duas mulheres gritaram palavras de ordem e interromperam o início da fala do magistrado. Elas o acusaram de ser parcial na condução dos processos e foram vaiadas pelas outras pessoas presentes. Uma delas gritava “bias”, “viés” em inglês.
Em sua fala, Sergio Moro defendeu celeridade nas investigações da Lava Jato para evitar obstrução da Justiça, como costuma ocorrer quando há nomes de políticos e empresários importantes envolvidos. Ele afirmou que quem vive nos Estados Unidos não tem ideia do número de processos em andamento. “É além da imaginação”, disse. O juiz federal acrescentou que o excesso de casos acaba permitindo manobras obstrutivas. “É uma história sem fim”, definiu.
Moro lembrou que a operação enfrentou alguns contratempos, entre os quais a morte do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele disse esperar que o novo responsável pelos processos da investigação no STF, Edson Fachin, “um grande jurista”, em suas palavras, dê continuidade a esse trabalho.
Indicado para a vaga de Teori pela lista tríplice da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) enviada ao presidente Michel Temer, Moro afirmou que “nunca faria campanha” por sua nomeação e brincou: “eu não acho que seria escolhido”.
Quanto ao provável substituto de Teori Zavascki na Corte, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, o juiz desejou “boa sorte”. “Se ele [Temer] escolher o ministro da Justiça, boa sorte ao ministro. Não tenho opinião para compartilhar agora”, disse o magistrado.
‘Doença tropical’
Durante sua explanação na palestra, Sergio Moro afirmou que a corrupção, às vezes, se assemelha a uma “doença tropical”, mas destacou que, no caso do Brasil, felizmente o combate aos desvios de políticos e empresários está mostrando à sociedade que é possível superar o problema.
O juiz também considerou infundadas as críticas de que a Lava Jato tem prejudicado a economia brasileira por envolver grandes empresas que geram investimentos e empregos. Ele disse que, se os investimentos foram planejados com essa noção de que não há corrupção, os recursos provenientes dos lucros das empresas vão ser dirigidos “para combater a miséria” e não para o pagamento de propinas.
Críticas
Sergio Moro também comentou as acusações de que a Lavo Jato não tem a imparcialidade necessária a uma investigação judicial. “Isso não é certo”, rebateu. Ele admitiu que, em alguns casos, segmentos da equipe de investigação vão além do esperado, mas esclareceu que os exageros não chegam a comprometer o resultado da operação. “Os crimes estão expostos e os procuradores e [integrantes do] Judiciário são sérios”.
Ao ser indagado por uma participante sobre os constantes vazamentos da Lava Jato, Moro respondeu que que “é muito difícil” saber a origem da informação quando ela sai do controle da investigação. “É muito difícil saber quem vazou para a imprensa”, afirmou.
Questionado ainda sobre porque aparece em imagens ao lado de políticos que estão sendo investigados na Lava Jato, como o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Sergio Moro disse que as fotos divulgadas se referem a um evento público em que, por acaso, os políticos investigados também participavam.
Moro ainda atribuiu os boatos espalhados na internet de que seria um agente da CIA (órgão de inteligência do governo norte-americano) a uma “teoria da conspiração”, que busca tirar do centro do debate político os efeitos positivos das investigações. “Às vezes (teorias da conspiração) soam como loucura”, comparou.
(com Agência Brasil)
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
SERRINHA:População avalia governo Adriano Lima
"Adriano Lima nem assumiu ainda e dúvidas nesse momento são naturais.
Pior seria prometer algo agora e não poder cumprir depois.
Ele está sendo sensato". Beatriz-Praça da Igreja Nova.
"ACHO QUE MELHOR AINDA SERIA FERREIRINHA TER GANHO A ELEIÇÃO PELA SUA LONGA EXPERIÊNCIA NA VIDA PUBLICA!".Samuel Dias-Santa
"O CORRETO SERIA O ADRIANO NÃO DAR INFORMAÇÃO ALGUMA PARA OS PENTELHOS ENCRAVADOS QUE VIVEM DE PERGUNTAS SAFADAS E DE RESPOSTAS CONTENDO BRECHAS PARA DEPOIS TRIPUDIAREM COM ELE.ACHO QUE ADRIANO ESTÁ NO CAMINHO CERTO" .NINA-CIDADE NOVA
"Não dá para botar o ovo antes da galinha. Melhor dizer isso do que fazer que nem o osni que pôs prazo em tudo e não cumpriu nenhum.Cade o asfalto nos bairros e o centrão,tudo balela dele".Osmar Oliveira-Cidade Nova
"Eu teria receios se ele só tivesse certezas. Certeza mesmo tinham eram os petralhas, tipo PT, também governo paraguaio. ainda tem so dois meses,vamos parar e pensar e escolher bem seus auxiliares para resolver os problemas crônicos deixados pelas administrações petralhas". Isabel Santos-Ozeias.
"Caro editor deste conceituado blog, vocês estão ficando chato com estas reportagens um pouco tendenciosas.
Quem não teria duvidas ao assumir uma prefeitura como a de Serrinha?e daí se tem duvidas, não quer dizer nada?".
Carlos Lirio- povoado do Subaé
"Acho que meu prefeito lindo e maravilhoso quer mesmo é ter acesso aos números,e o rombo que osni deixou ai pra ele,que ver os detalhes ao invés de ficar so de blábláblá" Ruthe-Vaquejada
"Parece que a turma de setores da imprensa local já está com saudades do velho jeito de administrar onde compromisso e resultados é o que menos importa.Se liga ai blogueiros.".Valdineia Lima-Vila de Fátima
"Acredito que o gestor que sai propagandeando que fará isso, ou aquilo, sem ter posse de ´números ou históricos.Adriano diz que partirá de análise criteriosa para futuras decisões...Não esperava nada diferente dele. Ele tem alguns idéias "macro" sobre criação de empregos. Dinheiro para saúde, segurança, urbanização e água. Ou você esqueceu que a prefeitura estava assaltando o os servidores? para pagar suas contas?. A população quando deu voto para Adriano era porque confiava e confia nele.vamos ser justos ele so tem dois meses no governo.que gente invejosa esta da oposição politica de serrinha".Pedro Souza-Praça Luiz Nogueira
ATENÇÃO:AS OPINIÕES CONTIDAS NESTA MATÉRIA E DE RESPONSABILIDADE DOS INTERNAUTAS
Famílias de jornalistas processam Chapecoense por tragédia
Sete famílias de jornalistas mortos na tragédia aérea com o voo da Chapecoense irão processar o clube. Segundo o advogado das famílias, João Tancredo, o time teria responsabilidade, apesar de não ser culpado pela queda do avião que matou 71 pessoas na Colômbia.
“A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino”, disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV Globo.
Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória.”
O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano.”
Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil para analisar os documentos enviados pela Chapecoense. “O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo. As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso”, concluiu.Fonte:veja
“A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino”, disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV Globo.
Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia. “Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória.”
O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente. “O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano.”
Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil para analisar os documentos enviados pela Chapecoense. “O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo. As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso”, concluiu.Fonte:veja
Beber não ajuda a esquecer problemas e reforça lembrança ruim, diz estudo
Quem acredita no ditado "beber para esquecer" pode ficar decepcionado com os resultados de um estudo publicado este mês na revista "Translational Psychiatry". Segundo pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA), o consumo de álcool não só não ameniza ou acaba com as memórias ruins, como as reforça no cérebro.
O estudo tirou essas conclusões com uma experiência feita com ratos de laboratório. Os animais foram divididos em dois grupos: um bebeu água durante duas horas, e ao outro foi dada uma mistura de água misturada a com álcool.
Depois, todos eles foram submetidos a um som e uma descarga elétrica. No dia seguinte, os roedores escutaram o mesmo som, mas dessa vez sem o choque. A conclusão foi que os ratos do segundo grupo ficam mais paralisados por medo da descarga que os do primeiro grupo. Uma análise molecular dos tecidos cerebrais também revelou que o álcool colaborou para perpetuar a sensação de medo.
Nos humanos, o equivalente seria a pessoas que sofrem com estresse pós-traumático e usam o álcool como uma espécie de "tratamento", diz Norman Haughey, um dos pesquisadores. Pesquisas estimam que 60% a 80% dos norte-americanos com este transtorno usam a bebida como refúgio para os traumas.
Haughey declara que a pesquisa é só um primeiro passo e que a realidade de uma pessoa com estresse pós-traumático é muito mais complexa que a de um rato de laboratório, até porque muitas das vezes há uma interação entre álcool medicamentos antidepressivos e calmantes e isso poderia influenciar nestes primeiros resultados.Fonte:UOL
O estudo tirou essas conclusões com uma experiência feita com ratos de laboratório. Os animais foram divididos em dois grupos: um bebeu água durante duas horas, e ao outro foi dada uma mistura de água misturada a com álcool.
Depois, todos eles foram submetidos a um som e uma descarga elétrica. No dia seguinte, os roedores escutaram o mesmo som, mas dessa vez sem o choque. A conclusão foi que os ratos do segundo grupo ficam mais paralisados por medo da descarga que os do primeiro grupo. Uma análise molecular dos tecidos cerebrais também revelou que o álcool colaborou para perpetuar a sensação de medo.
Nos humanos, o equivalente seria a pessoas que sofrem com estresse pós-traumático e usam o álcool como uma espécie de "tratamento", diz Norman Haughey, um dos pesquisadores. Pesquisas estimam que 60% a 80% dos norte-americanos com este transtorno usam a bebida como refúgio para os traumas.
Haughey declara que a pesquisa é só um primeiro passo e que a realidade de uma pessoa com estresse pós-traumático é muito mais complexa que a de um rato de laboratório, até porque muitas das vezes há uma interação entre álcool medicamentos antidepressivos e calmantes e isso poderia influenciar nestes primeiros resultados.Fonte:UOL
Vitória é dominado pelo Botafogo-PB e perde por 4x2
Antes da bola rolar, a confiança era tanta que o técnico Argel Fucks decidiu tirar Paulinho do time e promover a estreia do meia Jesús Dátolo - que não atuava desde setembro do ano passado e passou por um reforço muscular para evitar reviver as quatro lesões sofridas na coxa. Além disso, Argel tirou Geferson e iniciou com Euller na lateral esquerda.
Só que a ousadia passou longe da alegria. Onze minutos. Esse foi o tempo que o time paraibano precisou para mandar na partida e abrir 2x0. A primeira jogada até saiu dos pés do Leão, quando David cruzou para Kieza, que perdeu um gol feito. No minuto seguinte, o Botafogo foi letal.
Após falha de Leandro Salino, que furou ao tentar cortar uma bola, Fernandes recebeu livre na área e chutou cruzado, direto para o fundo do gol.
Não era mesmo o dia de Salino. Seis minutos depois, o lateral tentou cortar e, mais uma vez, cometeu uma falha que custou caro ao Leão. A bola sobrou para Wanderson, que escolheu o canto e tocou na saída de Fernando Miguel para fazer 2x0.
Não foi só um apagão rubro-negro. Com um esquema 3-6-1 em campo, o Botafogo-PB povoou o meio-campo e criou uma barreira diante do setor criativo do Vitória, que praticamente não produziu no primeiro tempo. Além do lance no início do duelo, o time de Argel Fucks só arriscou novamente aos 43 minutos, quando Cleiton Xavier recebeu passe em profundidade e, cara a cara com o gol, tentou o toque de cobertura e errou.
No intervalo, Salino ficou no vestiário mesmo. Com Paulinho no time e Willian Farias quebrando um galho na direita, o Leão parecia que ia dar liga. Aos 4 minutos, após cruzamento de Euller, Kieza ainda procurava a bola quando Cleiton Xavier chegou de bicuda e fez 2x1.
Parecia uma reação, mas quem botou fogo no jogo foi o time da Paraíba. Seis minutos depois, o Botafogo atropelou o Leão sem dó, nem piedade. Aos 10, após falha coletiva da defesa rubro-negra, Wanderson tocou para Marcinho que, dentro da área, driblou Fernando Miguel e tocou para o gol vazio: 3x1. No minuto seguinte, Raphael Luz cortou toda a defesa. Sem marcação, Wanderson tocou por cima de Fernando Miguel e marcou o quarto gol do Botafogo.
O zagueiro Fred ainda diminuiu em um belo gol de falta, aos 34 minutos do 2º tempo. Mas o time paraibano manteve o controle da partida e o resultado que derrubou o Vitória para 3º lugar do grupo E. Os quatro times têm três pontos, sendo que o América-RN lidera pelo saldo de gols (1). Botafogo-PB e Vitória têm saldo zero, mas os paraibanos levam vantagem no confronto direto. Sergipe é lanterna, com saldo -1.
O Vitória não terá tempo para lamentar. Na quarta-feira, o Leão estreia na Copa do Brasil, diante do Luaziânia-DF. O jogo será às 18h30, em Luziânia, Goiás.
Fonte: Correio 24h
Temer anuncia mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida
O presidente Michel Temer (PMDB) deve anunciar nesta segunda-feira (6) mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida. A expectativa é que os ajustes estimulem o setor da construção civil e criem uma agenda positiva. De acordo com O Globo, para 2017 deverá ser estabelecida meta de contratar 600 mil unidades. A terceira faixa do programa, com renda familiar limitada a R$ 6,5 mil, erá ampliada para R$ 9 mil.
O valor máximo de venda do imóvel passará de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Segundo O Globo, o empresariado espera que Temerr edite uma Medida Provisória para restringir os distratos - quando o cliente desiste da compra do imóvel -, de modo que a construtora possa reter 80% do que for pago pelo comprador.
Atualmente, o percentual varia entre 10% e 15%. O valor de referência passaria a ser o do contrato e não o desembolsado pelo comprador para evitar descasamentos e assegurar a continuidade do empreendimento.Nesse quesito estão inclusos aperfeiçoamentos na lei que instituiu o patrimônio de afetação e alienação fiduciária. Os limites da faixa de renda familiar também serão corrigidos pela inflação:
A faixa intermediária sairá de R$ 2,3 mil para R$ 2,6 mil; a de R$ 3,6 mil subirá para R$ 4 mil e a de R$ 6,5 mil para R$ 7 mil. As mudanças serão apresentadas ao Conselho Curador do FGTS durante amanhã, com anúncio no Palácio do Planalto durante a tarde. Ainda deverá ser anunciada a ampliação do valor do imóvel dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), dos atuais R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão nas capitais.
O valor máximo de venda do imóvel passará de R$ 225 mil para R$ 240 mil. Segundo O Globo, o empresariado espera que Temerr edite uma Medida Provisória para restringir os distratos - quando o cliente desiste da compra do imóvel -, de modo que a construtora possa reter 80% do que for pago pelo comprador.
Atualmente, o percentual varia entre 10% e 15%. O valor de referência passaria a ser o do contrato e não o desembolsado pelo comprador para evitar descasamentos e assegurar a continuidade do empreendimento.Nesse quesito estão inclusos aperfeiçoamentos na lei que instituiu o patrimônio de afetação e alienação fiduciária. Os limites da faixa de renda familiar também serão corrigidos pela inflação:
A faixa intermediária sairá de R$ 2,3 mil para R$ 2,6 mil; a de R$ 3,6 mil subirá para R$ 4 mil e a de R$ 6,5 mil para R$ 7 mil. As mudanças serão apresentadas ao Conselho Curador do FGTS durante amanhã, com anúncio no Palácio do Planalto durante a tarde. Ainda deverá ser anunciada a ampliação do valor do imóvel dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), dos atuais R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão nas capitais.
Velório de Marisa virou comício, e seu corpo, palanque
Todos sabem a dureza com que tratei, aqui e em toda parte, aqueles que resolveram fazer troça do estado de saúde de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula. Ou a contundência com que desqualifiquei os teóricos da conspiração, segundo os quais uma grande armação estaria em curso, com a participação até de médicos, para transformar a ex-primeira-dama em vítima, o que seria positivo para Lula. A Internet traz, como se sabe, o lixo nosso — ou melhor: “deles” — de cada dia. E também antevi o óbvio: o PT iria, sim, fazer uso político da morte de Marisa. Infelizmente, já começou. E a personagem principal da indignidade é ninguém menos do que… Lula! É um espetáculo bastante constrangedor, mas está longe de ser inédito.
O discurso do marido de Marisa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde se realizou o velório, está em toda parte. Ou melhor: a fala do líder máximo do PT em desagravo e homenagem à “companheira” circula por aí. Mesmo quando evocou cenas domésticas, do cotidiano familiar, quem falava era o homem que, se a lei permitir, quer disputar de novo a Presidência da República em 2018. O velório de Marisa virou um comício, e seu corpo, um palanque.
Sim, é verdade! Tanto eu como os petistas não inovamos em 2017. Repetimos a postura que adotamos em 2009 e 2011, quando Dilma e Lula, respectivamente, tiveram câncer. Como assim?
Repudiei, então, as manifestações de grosseria nas redes sociais e cobrei que se conservasse o respeito humano de que ambos eram e são merecedores. Mas cumpre lembrar: foi a dupla a fazer um uso asqueroso da própria doença. A então “candidata Dilma” se tornou aquela que vencia até o inimigo invencível. Lula, em tempos de Lava Jato, trombeteou sobre si mesmo: nem o câncer o derruba…
Em 2002
Bem, meus caros: ao dar uma tradução política à morte da Marisa, Lula não inova: na campanha eleitoral de 2002, contou a história da primeira mulher, que morreu logo depois do parto. E ele o fez para as câmeras de Duda Mendonça, o marqueteiro. E chorou muito. Queria votos.
Não estou aqui a sugerir que a tristeza de Lula é falsa, arranjada, mera politicagem. Nada disso! Considero que a dor é verdadeira. Mas é perfeitamente possível fazer as duas coisas: sofrer e aproveitar a tragédia pessoal para… fazer política.
É claro que todos esperávamos que o marido exaltasse as virtudes cívicas da mulher e asseverasse a sua inocência. Afinal, ela era ré em duas ações penais. Segundo Lula, era “morreu triste”. Bem, meus caros, até aí, vá lá, nada de surpreendente ou censurável. Ocorre que ele foi muito além disso. Disse, por exemplo:
“Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido, e eu tenho orgulho dessa mulher. Muitas vezes essa molecada [os sindicalistas] dormia no chão da praça da matriz [de São Bernardo do Campo] e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camiseta para a gente construir um partido que a direita quer destruir”.
Pronto! A Marisa morta se transformava ali num símbolo. E o ex-presidente não hesitou em usar o cadáver como arma: “Na verdade, Marisa morreu triste. Porque a canalhice que fizeram com ela… E a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela… Eu vou dedicar… Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, acho que vou viver muito porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”.
A fala do bispo
O discurso de Lula foi o “grande momento” de um ato religioso oficiado por dom Angélico Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC) e conhecido padre de passeata. Aliás, antes mesmo que Lula enveredasse para a política, foi o homem de batina quem disparou: “A Marisa Letícia foi uma guerreira na luta a favor da classe trabalhadora. Atentem para as reformas trabalhistas que sejam contra os trabalhadores; a reforma da Previdência, contra pobres e assalariados. É preciso que estejamos atentos”.
Não se contentou. Para ele, a crise econômica “é falsamente atribuída à administração dos dois últimos governos”. Por “dois últimos”, entenda-se, está se referindo às gestões Lula e Dilma. Para o bispo, o responsável deve ser, sei lá, FHC!
Vamos ver o que vem por aí. Pudor, já deu para perceber, não haverá. Nem medida.
E noto algo curioso: reuniam-se, em perfeita comunhão, os esquerdistas ideológicos, os sindicalistas e a Igreja Católica dos vermelhos. A exemplo do que se via nos primeiros anos de existência do PT.
Lula fazia uma aparente exumação do passado para usar Marisa como instrumento de lutas futuras.Fonte:Reinaldo Azevedo
O discurso do marido de Marisa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde se realizou o velório, está em toda parte. Ou melhor: a fala do líder máximo do PT em desagravo e homenagem à “companheira” circula por aí. Mesmo quando evocou cenas domésticas, do cotidiano familiar, quem falava era o homem que, se a lei permitir, quer disputar de novo a Presidência da República em 2018. O velório de Marisa virou um comício, e seu corpo, um palanque.
Sim, é verdade! Tanto eu como os petistas não inovamos em 2017. Repetimos a postura que adotamos em 2009 e 2011, quando Dilma e Lula, respectivamente, tiveram câncer. Como assim?
Repudiei, então, as manifestações de grosseria nas redes sociais e cobrei que se conservasse o respeito humano de que ambos eram e são merecedores. Mas cumpre lembrar: foi a dupla a fazer um uso asqueroso da própria doença. A então “candidata Dilma” se tornou aquela que vencia até o inimigo invencível. Lula, em tempos de Lava Jato, trombeteou sobre si mesmo: nem o câncer o derruba…
Em 2002
Bem, meus caros: ao dar uma tradução política à morte da Marisa, Lula não inova: na campanha eleitoral de 2002, contou a história da primeira mulher, que morreu logo depois do parto. E ele o fez para as câmeras de Duda Mendonça, o marqueteiro. E chorou muito. Queria votos.
Não estou aqui a sugerir que a tristeza de Lula é falsa, arranjada, mera politicagem. Nada disso! Considero que a dor é verdadeira. Mas é perfeitamente possível fazer as duas coisas: sofrer e aproveitar a tragédia pessoal para… fazer política.
É claro que todos esperávamos que o marido exaltasse as virtudes cívicas da mulher e asseverasse a sua inocência. Afinal, ela era ré em duas ações penais. Segundo Lula, era “morreu triste”. Bem, meus caros, até aí, vá lá, nada de surpreendente ou censurável. Ocorre que ele foi muito além disso. Disse, por exemplo:
“Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido, e eu tenho orgulho dessa mulher. Muitas vezes essa molecada [os sindicalistas] dormia no chão da praça da matriz [de São Bernardo do Campo] e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camiseta para a gente construir um partido que a direita quer destruir”.
Pronto! A Marisa morta se transformava ali num símbolo. E o ex-presidente não hesitou em usar o cadáver como arma: “Na verdade, Marisa morreu triste. Porque a canalhice que fizeram com ela… E a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela… Eu vou dedicar… Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, acho que vou viver muito porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”.
A fala do bispo
O discurso de Lula foi o “grande momento” de um ato religioso oficiado por dom Angélico Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC) e conhecido padre de passeata. Aliás, antes mesmo que Lula enveredasse para a política, foi o homem de batina quem disparou: “A Marisa Letícia foi uma guerreira na luta a favor da classe trabalhadora. Atentem para as reformas trabalhistas que sejam contra os trabalhadores; a reforma da Previdência, contra pobres e assalariados. É preciso que estejamos atentos”.
Não se contentou. Para ele, a crise econômica “é falsamente atribuída à administração dos dois últimos governos”. Por “dois últimos”, entenda-se, está se referindo às gestões Lula e Dilma. Para o bispo, o responsável deve ser, sei lá, FHC!
Vamos ver o que vem por aí. Pudor, já deu para perceber, não haverá. Nem medida.
E noto algo curioso: reuniam-se, em perfeita comunhão, os esquerdistas ideológicos, os sindicalistas e a Igreja Católica dos vermelhos. A exemplo do que se via nos primeiros anos de existência do PT.
Lula fazia uma aparente exumação do passado para usar Marisa como instrumento de lutas futuras.Fonte:Reinaldo Azevedo
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