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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Bahia localizou mais de R$ 1,2 bilhão de impostos sonegados nos últimos 6 anos

Na sonegação, em média, operações da Sefaz em força-tarefa com o Ministério Público do Estado (MP-BA) e a Polícia Civil reclamam, em conjunto, de R$ 200 milhões de impostos por ano, desde 2013. A maior parte das buscas e apreensões envolve o setor de combustíveis.

Em junho de 2013, a Operação Etanol, reclamou do setor mais de R$ 380 milhões não pagos aos cofres públicos. Realizada em outubro de 2016, a Operação Etanol II, identificou outros R$ 473 milhões de impostos não pagos.

O setor de combustíveis, sozinho, é responsável por R$ 853 milhões de sonegações identificadas pela Sefaz nos últimos seis anos. O valor representa cerca de 70% do total reclamado pelas operações.

Na retaguarda, o setor alimentício também é responsável por fatia da sonegação do estado. As operações Bala na Agulha (2013), Minotauro (2013), Grão do Oeste (2013), Citrus (2013), Doce Verão (2014), Grana Padano (2015) e Borda da Mata (2016) identificaram mais de R$ 127 milhões de impostos sonegados em empresas de produção e distribuição de açúcar, carne e leguminosas.

Em 2018, a Força-Tarefa da Sefaz identificou R$ 31 milhões de sonegação. Destes, R$ 13,6 milhões são inscritos em dívida encontrada pela Operação Placebo, que teve como alvo a falsificação de documentos públicos e privados. No comparativo de anos, 2018 ainda é o período em que menos impostos sonegados foram reclamados.Fonte:Bahia Noticias

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Jair Bolsonaro diz que, se ele 'afundar', o Brasil 'afunda junto'

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21) que, se ele "afundar", o Brasil "afunda junto".

Bolsonaro deu a declaração durante um encontro com parlamentares eleitos do PSL, em um hotel em Brasília.

"O parlamento é muito importante, precisamos do parlamento e precisamos, acima de tudo, dar o exemplo. [...] Estamos no mesmo barco. Se eu afundar, não é vocês não, é o Brasil todo que vai afundar junto. E não teremos retorno", declarou.

Ao argumentar que os presentes ao encontro estão "no mesmo barco", Bolsonaro afirmou contar com o apoio dos parlamentares do PSL para aprovar projetos de interesse do governo no Congresso Nacional.

Corrupção
Ainda no discurso desta quarta-feira, o presidente eleito afirmou que a "questão ideológica" é "muito mais grave" que a corrupção.

Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que, se eleito, faria um governo "sem viés ideológico" de esquerda.

"Se nós errarmos, aquele pessoal volta e nunca mais sai. E quem vai ter que sair seremos nós. E vai faltar toco de bananeira para nós nadarmos até a África ou até os Estados Unidos. Não queremos isso para o nosso Brasil. Muito, mas muito mais grave que a corrupção é a questão ideológica. Vocês sabem muito bem disso", afirmou.

Dos 12 futuros ministros já anunciados pelo novo governo, quatro são investigados:

Luiz Henrique Mandetta (Saúde): investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2, o que ele nega;

Tereza Cristina (Agricultura): investigada por supostamente beneficiar a JBS, o que ela nega;
Onyx Lorenzoni (Casa Civil): investigado por suposto recebimento de caixa 2, o que ele nega;
Paulo Guedes (Economia): investigado por supostas irregularidades em fundos de pensão, o que ele nega.

Segundo Bolsonaro, somente denúncia "robusta" vai tirar algum ministro do governo quando ele assumir a Presidência da República.

Adriano Lima visita o bairro Colina das Mangueiras

"Bom dia. Visita ontem à Av Colina das Mangueiras, Recuperacão completa da pavimentação em paralelos e uma boa parte da avenida que deveria ter sido pavimentada pela gestão passada e não foi será pavimentada agora na nossa gestão com recursos próprios do município.

@juniorbigod Vc sempre se mostrou muito preocupado com essa situação, foi ponto importante de varias conversas nossas e agora vai sair. Vitória de toda comunidade e nossa também. Gestão com responsabilidade e #compromissocomoprogresso".Texto:Prefeito Adriano Lima

Semana da Cultura de Serrinha valoriza artistas locais e regionais

A Semana da Cultura de Serrinha, evento organizado pela Prefeitura Municipal, através da Coordenação de Cultura, foi aberta na terça-feira (20/11) na Praça Morena Bela com um grande público e uma programação que agradou em cheio pela diversidade.

Logo no início, apresentação da Filarmônica 30 de junho. Na sequência, alguns discursos: Isack Álvaro, presidente da Filarmônica; a ex-secretária de Educação, Luana Moreira; e o coordenador municipal de Cultura, Izaias Moreno.

Após a abertura oficial, teve desfile da beleza black, festival de canção negra, apresentação de alunos da escola de música Emartes (banda Versos Acústicos). E, finalizando a noite de abertura, grupo de samba Um Jeito Simples.

Na programação do primeiro dia também teve estandes com peças feitas por artesãos vindos de Maragogipe, Salvador, Feira de Santana, Capim Grosso, além dos de Serrinha. Iniciativa muito elogiada. Também teve a visita de alunos da escola Plínio Carneiro.

Para o prefeito Adriano Lima, valorizar a cultura serrinhense é mais que uma obrigação de qualquer gestor. “Para mim é um prazer. Temos que abrir essas portas para que nossos artistas possam mostrar seu talento”, salienta. Para Izaias Moreno, coordenador municipal de Cultura, a programação variada é um dos destaques do evento. “Procuramos diversificar a programação para atender a todos os gostos”, destaca.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Serrinha (ASCOM) - WhatsApp: (75) 99943-2300; Instagram: @prefeituradeserrinhaba; Facebook: @prefeituramunicipaldeserrinhaba; site: www.serrinha.ba.gov.br

Médicos cubanos começam a deixar o Brasil nesta quinta-feira, diz Opas

Profissionais cubanos que atuavam no programa Mais Médicos começarão a deixar o Brasil nesta quinta-feira (22). A informação foi divulgada hoje (21) pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), responsável pela intermediação do convênio entre Brasil e Cuba.

A estimativa da organização é que o processo de saída dos mais de 8 mil médicos contratados no âmbito do convênio dure até o dia 12 de dezembro.

Nos próximos três dias, de quinta a sábado, cinco voos partirão com destino à capital cubana, Havana. Os profissionais já começaram a se deslocar dos municípios onde estavam alocados em direção às cidades de onde sairão só voos para Cuba.

O retorno ocorre por decisão do governo cubano, que chamou de volta os profissionais por desacordo com condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que os médicos permaneçam no programa, entre elas a realização do exame de revalidação de diplomas para reconhecimento no país (Revalida) e a não retenção de parte da remuneração dos médicos, que até então ficava com a administração cubana.

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, por meio de uma rede social, defendeu os profissionais. Em nota, o Ministério da Saúde cubano afirmou que as exigências desrespeitam as condições acordadas no convênio com a Opas.

Dois dias após a decisão, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que as novas exigências foram definidas para proteger os médicos de más condições de trabalho, por razões que classificou como “humanitárias”.

Substituição
Hoje começaram as inscrições para repor as vagas abertas com a saída dos médicos cubanos. Os interessados em ocupar vagas abertas têm até o dia 25 deste mês, próximo domingo. Podem pleitear o posto profissionais com registro nos conselhos de medicina ou com diploma na atividade validado no país.

Os candidatos poderão escolher as cidades onde querem trabalhar. A medida que forem sendo preenchidas, as vagas serão retiradas do sistema. Os inscritos terão que se apresentar no local selecionado a partir do dia 3 de dezembro para homologar a contratação e iniciar a função. Caso as vagas não sejam preenchidas, será aberto novo edital, no dia 27 de novembro, para buscar outros profissionais.Fonte:istoé

Fabrício Castro é eleito o novo presidente da OAB-BA

O candidato a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Bahia (OAB-BA), Fabrício Castro, venceu a eleição realizada nesta quarta-feira (21). O postulante da chapa "Avança OAB" era o apoiado pelo atual presidente da entidade, Luiz Viana. Ele foi eleito para o triênio 2019/20 e 21.

Castro desde cedo descobriu sua vocação para trabalhar em prol dos colegas. Decidiu cursar Direito na UFBA e abriu o próprio escritório aos 27 anos. Quando começou a participar da atuação institucional da OAB-BA, destacou-se nas principais lutas em defesa da advocacia. Junto com o presidente Luiz Viana, ele iniciou o processo de transformação que marcou a história da seccional.

Fabrício possui amplo conhecimento sobre o sistema OAB. Ele foi vice-presidente da seccional e, atualmente, é conselheiro federal. Nos últimos anos, participou ativamente de todas as conquistas que a advocacia baiana conseguiu, como as vitórias da OAB junto ao CNJ e ao STF para melhorar as condições de trabalho da classe.

Teve atuação decisiva na representação que a OAB-BA encaminhou ao CNJ contra a abertura das novas vagas para desembargador no TJ-BA, resultando na suspensão da criação dessas vagas, uma vez que a prioridade é a contratação de juízes e servidores de 1º grau.

Fabrício também tomou a frente na ação contra os cartórios integrados - que não funcionavam como deveriam - e foi um dos líderes do movimento contra o fechamento de comarcas do interior.

Avança OAB
O movimento Avança OAB surgiu com o objetivo de reunir a advocacia para, de forma participativa e democrática, debater propostas e ideias para melhorar as condições do exercício profissional na Bahia.

Lançado em Salvador, no final de julho, o Avança OAB mobilizou a categoria nos eventos realizados na capital e no interior do estado, tendo recebido expressiva adesão em diversas cidades, como Ilhéus, Itabuna e Brumado. Fonte:Bocão News

Ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo é denunciado pelo MP por burlar regra de licitação

O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho, foi denunciado no último dia 20 pelo Ministério Público estadual (MP-BA) por burlar exigência de licitação em contrato realizado em abril de 2013 no valor de aproximadamente R$ 6,4 milhões entre o município e a Cooperativa de Serviços Profissionais Especializados em Saúde (Coopersade).

Segundo o MP, também foram denunciados o advogado Cleudson Santos Almeida e a enfermeira Denise Lima Mascarenhas. À época do contrato, eles ocupavam os cargos de subprocurador e de secretária de Saúde do município, respectivamente.

De acordo com o promotor de Justiça Tiago Quadros, autor da denúncia, o contrato irregular foi realizado como continuidade a um contrato emergencial anterior, de prestação de serviços em saúde, cuja vigência havia terminado em 4 de abril de 2013. O promotor aponta que “contratos decorrentes de casos de emergência ou de calamidade pública”, para os quais a lei autoriza a dispensa de licitação, “não podem ser prorrogados”.

Na denúncia, Quadros afirma que “os denunciados simularam a realização do processo de dispensa de licitação”, inclusive com a obtenção de orçamentos de duas empresas “completamente estranhas” ao processo de dispensa.

Conforme a denúncia, o então subprocurador Cleudson Almeida, que à época era advogado trabalhista da própria Coopersade, emitiu parecer no qual teria distorcido norma estadual para driblar exigências da lei federal de licitações.

O promotor também ressalta que nunca foi dada publicidade ao processo ilegal de dispensa na imprensa oficial, pois o objetivo era de “não despertar a atenção” de empresas que participavam de licitação com objeto semelhante ao contrato firmado com a cooperativa. "Essa licitação foi depois revogada e a revogação publicada pelo município em 6 de maio de 2013, dois dias antes de ser veiculado na imprensa oficial o resultado da dispensa ilegal de licitação", descreve o MP.Fonte:Bocão News

Pindaí: PM prende dupla que exercia ilegalmente profissão de cirurgião-dentista


Uma ação conjunta entre Polícia Militar e Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CRO-BA) prendeu dois homens que exerciam ilegalmente a profissão de cirurgião-dentista no município de Pindaí, no sudoeste do Estado.

De acordo com a PM, Israel Borges de Matos, 65 anos, e Sinésio Ferreira Sena, 54 anos, confessaram que realizavam procedimentos odontológicos em pacientes, como restaurações e extrações, há mais de dez anos na região.

Conforme o CRO-BA, o local em que os dois homem atendiam os pacientes estava em condições consideradas insalubres e com potencial de transmissão de doenças infectocontagiosas.

Borges e Ferreira vão responder pelo exercício ilegal da profissão e podem ser condenados a prisão sob pena de seis meses a dois anos de reclusão. A polícia apreendeu materiais e instrumentos da dupla, que foi conduzida a Delegacia de Polícia.Fonte:Bahia Noticias

Saúde regulamenta portaria que flexibiliza uso da rede física do SUS

O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (21) uma portaria que regulamenta o decreto presidencial 9.380, assinado em maio deste ano, que flexibiliza o uso de estruturas físicas do Sistema Único de Saúde (SUS) que estejam com as obras concluídas, mas sem funcionamento.

Segundo a Agência Brasil, o prazo para gestores municipais e estaduais de saúde pedirem à pasta a readequação da sua rede física para novas finalidades de assistência à saúde da população vai até o dia 30 de junho de 2019.

Os gestores locais devem encaminhar ao Ministério documentação que justifique a necessidade de readequação do imóvel, comprovando que o local será usado para prestação de serviços de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, a mudança de regras atende a uma demanda antiga de gestores locais para não perder as obras concluídas, mas que não entraram em funcionamento. Com a mudança, será possível dar outra destinação para edificações construídas com recursos de investimento federal.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

abertura das inscrições para substituição dos cubanos no Mais Médicos começa hoje

Está prevista para hoje a abertura das inscrições para substituição dos cubanos no Mais Médicos, após a saída do governo de Cuba do programa. Mais de 8,5 mil vagas serão distribuídas por 2.824 municípios e 34 distritos indígenas. As oportunidades, com salário de R$ 11,8 mil, são para profissionais brasileiros e estrangeiros que tenham registro no CRM do Brasil. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição. Fonte:G1

Dilma diz que fará “aliança até com o diabo” contra Bolsonaro

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez uma declaração polêmica durante a abertura do 1º Fórum Mundial de Pensamento Crítico, realizado na cidade de Buenos Aires, na Argentina, na segunda-feira (19). Ela afirmou fará “aliança até com o diabo” para combater o governo de Jair Bolsonaro (PSL).

"A gente fará aliança até com o diabo para combatê-los. Agora, tem que ter uma espinha dorsal. Tem que ter um coração. E o coração é antineoliberal e antiautoritário neofascista. Essa a nossa solução”, ressaltou Dilma. Ela disse que o grupo do presidente eleito deixou claro que não basta ganhar do PT eleitoralmente, que pretende “destroçar o partido”.

A ex-presidente alegou que a reação contra o PT nasceu porque o partido possui maior hegemonia na esquerda brasileira. Para ela, a sigla não saiu derrotada das eleições deste ano. "Não tivemos uma derrota estratégica. Elegemos a maior bancada no Congresso. Elegemos, partidariamente, o maior número de governadores", analisou.

Novo chefe da Polícia Federal atuou em prisões de Lula, Cunha e Delcídio

Não será a primeira vez que Moro e Valeixo terão juntos que tratar de assuntos diferentes da briga contra a corrupção.

No início dos anos 2000, quando se conheceram, o futuro diretor-geral da PF trabalhava em uma delegacia de combate contra entorpecentes no Paraná. Na época, o ministro de Bolsonaro já era juiz federal na área criminal.

Nos 18 anos que se seguiram tiveram de lidar juntos com outros episódios grandes, o último deles a prisão do ex-presidente Lula, em abril deste ano. O evento envolveu uma complexa operação, por se tratar de um político de tamanha popularidade.

Antes do ex-presidente, Valeixo já havia tido que lidar com outros figurões. Às 5h de uma quarta, há quase exatos três anos, o delegado, então número três da hierarquia da Polícia Federal, acompanhava a primeira grande operação sob sua responsabilidade. Leandro Daiello era o diretor-geral.

Uma equipe da PF se dirigiu ao hotel Golden Tulip, em Brasília, para prender o líder do governo à época, o senador petista Delcídio do Amaral (MS), em novembro de 2015. Era a primeira vez desde a redemocratização, em 1985, que um senador era levado preso no exercício de seu mandato.

Valeixo chegou ao cargo de diretor de Combate ao Crime Organizado em setembro de 2015, o que lhe deu a oportunidade de chefiar praticamente todas as maiores operações contra a corrupção da PF.

Tendo de lidar com assuntos delicados de grandes nomes da política, o delegado se construiu como chefe discreto, ganhou respeito dos subordinados por ser incentivador de investigações e por dar autonomia e respaldo às equipes.

No seu currículo está também a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), em outubro de 2016, em Brasília. Naquele momento, o emedebista estava no mandato.

Em 5 de setembro do ano passado, recebeu um telefonema do delegado Marlon Cajado, que o avisou que havia encontrado malas de dinheiro em um "bunker" atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), preso atualmente na Papuda (DF).

Valeixo passou o dia ouvindo o "bolão" que os delegados promoveram na PF para tentar acertar quanto havia guardado no apartamento em Salvador: R$ 51 milhões.

Por fim, antes de deixar o cargo de número três de Daiello, o diretor acompanhou uma das mais sensíveis investigações da polícia: as ações controladas dos executivos da JBS, que colocaram o presidente Michel Temer na berlinda.

Valeixo foi duas vezes superintendente da PF no Paraná, foi diretor geral de Pessoal (de 2011 a 2012), diretor de Inteligência (de 2012 a 2013) e adido em Washington (EUA).Fonte:Folha

Na Bahia, vice-prefeita de Juazeiro lidera ranking de maior salário; Bruno Reis é segundo

O salário da vice-prefeita de Juazeiro, Doutora Dulce (PDT), é o maior da Bahia. Ela recebe R$ 19.126,00, maior que de muitos titulares dos municípios baianos. O site levantou dados dos salários das 20 maiores cidades baianas por meio do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
O vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), é o segundo mais bem pago. O articulador político de ACM Neto (DEM) recebe mensalmente R$ 18.732,56 – quase R$ 400 a menos que a líder do ranking. O vice de Camaçari, José Tude, também do DEM, é o terceiro com rendimentos de R$ 15.411,29.

O salário mais baixo é de Dalva Merces Barreto (PSB), vice-prefeita de Santo Antônio de Jesus.  Em dois municípios, não há vice-prefeito após renúncias. É o caso de Feira de Santana, onde José Ronaldo (DEM) deixou a prefeitura para ser candidato ao governo da Bahia na eleição deste ano. Com a decisão dele, Colbert Martins (MDB) assumiu o posto e a cidade ficou sem o número 2 da administração municipal.

Além de Feira, Lauro de Freitas também não tem vice, já que Mirela Macedo (MDB) deixou o cargo para ser deputada estadual. A cidade de Barreiras não disponibiliza o salário da sua vice, Karlucia Macedo (MDB).

Confira a lista:

1.    Juazeiro    DULCE DANTAS LIMA RIBEIRO - R$ 19.126,00;
2.    Salvador    BRUNO REIS                                - R$ 18.732,56;
3.    Camaçari   JOSE EUDORO REIS TUDE        - R$ 15.411,29;
4.    Ilhéus         JOSE NAZAL PACHECO SOUB             - R$ 15.300,00;
5.    Eunápolis  FLAVIO AUGUSTO BAIOCO               - R$ 15.120,00;
6.    Itabuna      FERNANDO GOMES VITA                    - R$ 15.000,00;
       Teixeira de Freitas UBIRATAN LUCAS ROCHA MATOS - R$ 15.000,00;
7.    Paulo Afonso FLAVIO HENRIQUE MAGALHAES LIMA - R$ 14.830,43;
8.    Simões Filho  SIDNEY SERRA SANTANA           - R$ 13.440,00;
9.    Porto Seguro  HUMBERTO ADOLFO GATTAS N F NASCIMENTO – 13.000,00 mil;
10.    Guanambi     HUGO VANUSCO COSTA PEREIRA - R$ 12.500,00;
11.    Alagoinhas    IRACI GAMA SANTA LUZIA              – R$ 12.500,00;
12.    Candeias       MARIA MARCIA GOMES DA SILVA DOS SANTOS - R$ 12.481,74;
13.    Vitória da Conquista IRMA LEMOS DOS SANTOS ANDRADE - R$ 12.404,00;
14.    Jequié           HASSAN ANDRADE IOSSEF  - R$ 12.000,00;
15.    Valença         HUMBERTO OLIVEIRA MALHEIROS - R$ 10.000,00;
16.    Santo Antonio de Jesus DALVA MERCES BARRETO - R$ 9.651,00.

Fonte:Bahia Noticias

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Relatório americano inédito prova que ondas de celulares causam câncer

Com a popularização dos smartphones, os celulares invadiram nosso cotidiano. A previsão é de que, até o final de 2018, 4,9 bilhões de humanos estejam conectados à internet móvel, que surgiu em 1997. Em 2014, os chamados mobinautas ultrapassaram oficialmente o número de internautas que acessam a rede de um computador fixo.

A internet móvel utiliza a radiofrequência para a conexão, que acontece porque nossos celulares emitem ondas eletromagnéticas. O perigo potencial que elas representam para a saúde interessa a ciência há vários anos.

Um relatório que acaba de ser divulgado pelo Programa Nacional de Toxicologia – agência ligada ao Departamento de Saúde dos Estados Unidos – revelou que a exposição prolongada de ratos e camundongos às ondas 2G e 3G é responsável por cânceres cardíacos nos animais.

O estudo, encomendado pela FDA – a agência federal americana que avalia e autoriza a utilização de medicamentos e o efeito de novas substâncias – demorou dez anos para ficar pronto. A RFI entrevistou com exclusividade o cientista americano John Bucher, um dos responsáveis pelo estudo.

Segundo ele, os animais foram expostos de maneira constante à radiofrequência dentro do útero, desde que tinham 5 ou 6 semanas de idade. Os ratos foram colocados dentro de um compartimento fechado, onde ondas, diz, eram distribuídas de maneira aleatória.

Desligue o celular na hora de dormir
Durante a experiência, os animais ficavam expostos às ondas durante dez minutos. Em seguida, repousavam outros dez minutos. Isso durante 15 horas diárias, o que totalizou oito horas por dia de exposição, explicou Bucher à RFI.

Os resultados, ainda que, por enquanto, não possam ser comparados em humanos, são alarmantes: os ratos machos submetidos a altos níveis de radiação desenvolveram tumores cardíacos, e há evidências de que essa exposição também tenha provocado cânceres no cérebro e na glândula suprarrenal dos roedores.

Essa constatação de que existe uma ligação entre o uso excessivo do celular e tumores no cérebro preocupa os cientistas. Os adolescentes, viciados em seus celulares, estão expostos a um risco que deve levar anos para ser provado em humanos e, por consequência, embasar algum tipo de regulamentação.

“Uma das maiores preocupações que temos é com os adolescentes que deixam seus celulares ao lado do travesseiro para estarem sempre conectados, expondo o cérebro às ondas durante toda a noite”, lembra o pesquisador. Isso sem contar que, na puberdade o corpo está em pleno desenvolvimento e é mais suscetível a agressões externas.

Vários estudos vêm sendo feitos na Europa sobre o tema, o que explica a recomendação de cientistas que estudam o tema de desligar o celular na hora de dormir.

“Nos ratos, achamos mais tumores no coração provavelmente porque expusemos todo o corpo dos animais às ondas. Nos humanos, o efeito seria o mesmo no cérebro porque o celular fica mais próximo do ouvido”, explica o pesquisador americano. A relação entre a exposição às ondas eletromagnéticas e os tumores nas fêmeas não foi comprovada. Essa diferença, que já havia sido demonstrada em resultados preliminares do estudo divulgados em 2016, não foi explicada.

Faltam provas em humanos
Apesar dos indícios, ainda não se pode provar como a radiofrequência age de fato no organismo humano. Sem contar, observa o cientista, que os mesmos testes não foram realizados com a frequência 4G e o Wi-Fi e novas tecnologias estão sempre mudando e se aperfeiçoando. Por isso a necessidade de novos estudos.

O cientista americano lembra, entretanto, que diferentes frequências são usadas para diferentes ações no celular. “Se você usa um modelo novo de smartphone, provavelmente estará usando 3G ou 4G para streaming e 2G para o SMS”. Diante de tantas questões sem respostas sobre o efeito da radiofrequência transmitida pelos celulares, o Programa Nacional de Toxicologia está construindo um equipamento que permitirá mudar e modular a frequência mais rapidamente durante os testes.

Segundo o cientista americano, será muito mais fácil realizar as experiências com animais e obter conclusões em poucos meses. “Não é muito diferente de um micro-ondas. Não fizemos isso antes porque não sabíamos exatamente o que estávamos procurando. Agora nos sabemos”, diz Bucher.Fonte:G1

Prefeitura de Serrinha tem Whatsapp e Instagram para contato direto com a comunidade

A Prefeitura de Serrinha, através da assessoria de comunicação social, amplia o contato direto com a população. Por meio do número celular 75 99943-2300 e do Instagram (@prefeituradeserrinhaba), o governo municipal investe ainda mais nas redes sociais como importante elo com a comunidade.

Uma das novidades é a implantação do serviço “Fala, Serrinha!”, que funcionará por meio do WhatsApp. O prefeito Adriano Lima aponta que a proposta é resolver de forma mais rápida e eficiente as questões levantadas.

Para tanto, o cidadão que encaminhar uma solicitação de serviço, por exemplo, terá um retorno o mais rápido possível por parte das equipes da Prefeitura. “É mais um serviço que estamos implantando na Prefeitura e será um canal direto com a população que poderá solicitar serviços, enviar sugestões e informações, além de esclarecer dúvidas e fazer denúncias”, explica.

Além desses novos serviços, a prefeitura conta com site oficial (www.serrinha.ba.gov.br) e da página do Facebook (@prefeituramunicipaldeserrinhaba)

O prefeito pede que, ao solicitar serviços, o cidadão serrinhense passe as informações para contato, além de identificar o bairro ou localidade referente à demanda.

Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Serrinha (Ascom) - 75 99943-2300

Cubanos começam a deixar Mais Médicos ainda nesta terça, diz conselho de saúde

Após Cuba anunciar o fim da participação no Mais Médicos, profissionais cubanos que atuam no programa começarão a deixar o atendimento nas unidades de saúde ainda nesta terça-feira (20).

A informação foi comunicada pela embaixada de Cuba em reunião com o Conasems (conselho nacional de secretários municipais de saúde), que divulgou uma nota sobre o tema aos municípios.

Segundo o presidente do Conasems, Mauro Junqueira, representantes da embaixada informaram à entidade que médicos estão sendo orientados a deixar o trabalho já nesta terça, de modo a organizar o processo de retorno ao país caribenho.

"A orientação [da embaixada] foi no sentido dos municípios se prepararem, porque todos os médicos vão começar a sair e a medida é irreversível", disse Junqueira à reportagem.

Alguns médicos, no entanto, teriam se prontificado a manter o atendimento por mais tempo devido a consultas agendadas, informa.

A reportagem tentou contatar a embaixada de Cuba em Brasília, mas não conseguiu contato. Questionado, o Ministério da Saúde disse que a saída pode começar a ocorrer a qualquer momento e que a logística deve ficar a cargo da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).

Nesta segunda, no entanto, o ministro Gilberto Occhi disse que a orientação era que municípios fizessem o desligamento de profissionais cubanos após a chegada de novos médicos, prevista para 3 de dezembro.

Um edital para seleção de médicos para ocupar as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos no Mais Médicos foi publicado nesta terça no Diário Oficial da União. As inscrições iniciam na quarta-feira (21) e seguem até domingo (25).

Procurada pela reportagem, a Opas informa que deve divulgar novas informações na tarde desta terça-feira.

Para Junqueira, a interrupção do atendimento, embora prevista devido à decisão anunciada na última semana, pode deixar municípios sem assistência. "Em alguns lugares, soubemos que tem médico que já saiu. Vamos ter alguns dias sem médicos", afirma.

Em nota aos municípios, o Conasems informa que a interrupção do atendimento está prevista para esta terça e pede que secretários municipais de saúde prestem apoio aos médicos para que possam retornar a Cuba com "dignidade, tranquilidade e segurança".

"Esses profissionais estavam em missão no Brasil e é sempre oportuno destacar a importância e a diferença que fizeram na melhoria da organização, do acesso e da qualificação da Atenção Básica nos municípios brasileiros nesses cinco anos do programa. Além de nosso reconhecimento e agradecimento, devemos a eles nesse momento, todo nosso apoio e compreensão", informa.

"O profissional cubano, a partir da cessação do vínculo do governo de Cuba com o programa Mais Médicos, e o anúncio da data de seu retorno a Cuba, perde as prerrogativas que legalizavam sua permanência e trabalho no Brasil, seu visto de trabalho e sua autorização para o trabalho no PMM —o RMS— expiram automaticamente, tornando sua permanência e seu trabalho ilegais. É importante que saibam disso. Os médicos cubanos interrompem as suas atividades a partir de hoje para que possam se organizar para a sua saída do Brasil", completa.

Mandetta: Mais Médicos era parceria entre PT e Cuba, e não entre dois países

O futuro ministro da Saúde, o deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), afirmou nesta terça-feira (20), que o programa Mais Médicos era uma parceria entre o PT e Cuba, e não entre dois países, e que ainda precisa se reunir com o governo atual para definir o que será feito após os profissionais cubanos deixarem o Brasil.

“Esse (a ruptura do projeto) era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizar uma mão de obra tão essencial. Me pareceu muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas sim uma ruptura unilateral (por parte de Cuba)”, disse ao deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde a equipe de transição se reúne, pouco após ser anunciado como futuro ministro da pasta.

“(A ruptura) era um risco que a gente já alertava no início. Precisamos de políticas que sejam sustentáveis. As improvisações em saúde costumam terminar mal, e essa não foi diferente das outras”, acrescentou.

Segundo Mandetta, a primeira medida da equipe de transição na área de saúde será se reunir com o atual governo para entender os impactos do fim do programa e conhecer as possíveis soluções. “Não (tivemos informações nas últimas 48 horas sobre uma solução). Estamos aguardando o momento certo de fazer esse diálogo e saber quais são as medidas do governo Temer.”

Sobre a necessidade de os atuais médicos do programa ficarem no País e terem de fazer o Revalida, Mandetta afirmou que a questão ainda não foi discutida. O futuro ministro defendeu que seja feita alguma avaliação dos profissionais, mais afirmou que é possível realizá-la enquanto o médico estiver em serviço. “Há possibilidade de fazer avaliação em serviço, de fazer uma série de medidas onde você pode, ao mesmo tempo, dar garantias da qualidade daquele profissional. O objetivo é esse. Quais ferramentas serão utilizadas vai ser uma discussão com o setor”, destacou.

“O que queremos dizer com Revalida é saber quem é (o profissional), o que estudou, o que falta de lacuna para poder atender o povo brasileiro. Não pode haver relativização: não existe vida do interior e da capital, existe vida. Cada brasileiro, desde a comunidade indígena mais remota até os que estão nos grandes centros, precisa saber que alguém checou as informações e autorizou aquele profissional a tratar do bem maior que uma nação pode ter, que é a vida de seus habitantes.”Fonte:ISTOÉ

“Fui babaca”, diz Eduardo Costa sobre polêmica com Fernanda Lima

O sertanejo Eduardo Costa resolveu quebrar o silêncio e falar novamente sobre a polêmica entre ele e Fernanda Lima, quando chegou a chamar a apresentadora de imbecil nas redes sociais.

De acordo com informações do Fofocalizando, Costa está arrependido das palavras que usou e ainda pediu desculpas à Fernanda Lima.

“Eu escrevi algo a respeito da Fernanda Lima no meu Instagram e eu me arrependo, fui infeliz nas palavras e eu gostaria de pedir desculpas a ela, ao marido e aos filhos dela, para toda a família e para os fãs, porque eu fui infeliz nas minhas palavras. Não que eu me arrependa do que eu falei, eu me arrependo da forma como falei”, afirmou.

“A Fernanda Lima é uma mulher muito bonita e inteligente, tem um marido muito bonito, esperto e inteligente, tem filhos lindos e eu poderia ter sido mais cometido. Eu fui pelo calor da emoção e falei coisas que eu não penso e não gosto de falar, afinal de contas, eu fui babaca”, completou.

Toda discussão começou quando Fernanda fez um discurso empoderado sobre as mulheres durante o programa ‘Amor e Sexo’. O cantor sertanejo não gostou e chamou a apresentadora de imbecil por defender os direitos das mulheres, falando até que a “mamata irá acabar”, por conta da chegada de Bolsonaro à presidência.

Vereador Reis espera ser o escolhido pelo prefeito Adriano

O SOMBRA reapareceu para fazer uma revelação sobre a posição do vereador José Reis,candidato a presidência da câmara de vereadores de Serrinha.

Apurei com amigos do vereador,que ele(Reis)não irá aceitar outro nome escolhido pelo prefeito Adriano,que não seja o dele.

O vereador disse que existe um acordo para a escolha do seu nome." Abri mão a dois anos atrás justamente para atender as minhas lideranças,agora espero que cumpram o acordo".Teria dito Reis.

Moro: Lula é mentor do esquema criminoso da Petrobras. O tríplex é a ponta do iceberg

O juiz demonstrava descontração. Nem parecia o magistrado sisudo das audiências tensas e, não raro, acaloradas com o ex-presidente Lula e os maiores empreiteiros do País. Chegou a esboçar leves risadas, como a que soltou ao rememorar ações envolvendo escuta de celulares num presídio, “onde os presos falavam tanto que os policiais se confundiam até sobre quem falava o que”. Depois de uma hora e meia com os repórteres da ISTOÉ, brincou: “Vocês já têm histórias para escrever um livro”.

O circo de Lula

Em sua primeira entrevista exclusiva para um veículo de comunicação impresso, após ter sido escolhido ministro da Justiça e Segurança Pública pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, o juiz Sergio Moro ainda utilizou a antiga sala da 13ª Vara Federal do Paraná, em Curitiba, que ocupa há 15 anos. A partir de agora, deve passar a concedê-las somente no Palácio de Justiça, em Brasília, suntuoso prédio onde está instalado o ministério que comandará a partir de janeiro. Sua mesa na Justiça Federal é o que podemos chamar de bagunça organizada – aquela em que só o dono é capaz de se encontrar no meio dela, mais ninguém. Repleta de papeis em desalinho, um em cima do outro, cercada por estantes amontoadas por livros comprados por ele mesmo.

Mas, claro, ali no meio daquela aparente anarquia se transpira seriedade. É onde se batalhava a faina diária de um dos magistrados mais competentes do País, responsável pela Lava Jato, a mais profunda operação de combate ao crime organizado desenvolvida no Brasil. Para o novo gabinete, ele ainda não sabe se levará os livros. Uma hipótese é deixá-los mesmo em Curitiba para não sobrecarregar a mudança. O mesmo provavelmente fará com sua esposa Rosângela e os dois filhos adolescentes, só que por outras razões, obviamente. A mulher cuida de um escritório onde é advogada especialista em casos de pessoas com doenças raras. Os filhos adolescentes preferem não trocar de escola. “Irei para casa nos finais de semana”, promete. Quem ele vai levar quase que a tiracolo é Flávia Blanco, sua chefe de gabinete na Justiça Federal, uma espécie de faz-tudo do juiz e a quem ele tem em mais alta conta. Moro tem pressa. Terá pouco mais de um mês para definir também quem levará para Brasília para integrar a nova equipe. Um de seus desejos era reforçar o time com integrantes da Lava Jato, mas enxerga “óbices” difíceis de transpor. “Seria um tolo se não levasse gente da Lava Jato, que já comprovaram competência e dedicação, mas muitos teriam que abandonar suas carreiras para me seguir”.

“O esquema criminoso na Petrobras provocou um rombo de R$ 6 bilhões”

Na verdade, a maior angústia de Moro não é deixar para trás livros, amigos e colegas de trabalho, mas as dezenas de processos da Lava Jato ainda não encerrados. Quando desencadeou a operação em 17 de março de 2014, Moro não imaginava chegar tão longe. Mas, quando decretou a prisão do doleiro Alberto Youssef, e com ele encontrou o documento da compra de uma Range Rover Evoque em nome de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, percebeu que o caso poderia atingir proporções muito maiores. Preso, Costa revelou em delação que a Petrobras era usada pelo governo Lula para o pagamento de propinas a políticos tanto do PT, como do PP e PMDB. Era apenas o fio de um extenso novelo que alcançaria o maior esquema de corrupção da história recente do País. A Lava Jato evoluiu de tal maneira que levou o juiz a condenar importantes dirigentes do PT, o mais importante deles o ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde o começo do ano por ter recebido vantagens da OAS, entre as quais um tríplex no Guarujá, em troca de polpudos contratos na Petrobras.

Ao responder à ISTOÉ sobre o inconformismo do ex-presidente em relação à condenação imposta a ele, Moro lembrou que a sentença foi “extensamente fundamentada” e acrescentou: “As provas indicam que Lula é o mentor desse esquema criminoso que vitimou a Petrobras. E não se trata só de um tríplex. Nós falamos de um rombo de R$ 6 bilhões. O tríplex é a ponta do iceberg”. Sobre as acusações de perseguição política, e eventual relação de causa e efeito com a campanha presidencial deste ano, Moro reavivou que a sentença no caso do tríplex foi proferida em meados de 2017. “O que existe é um álibi de Lula, baseado numa fantasia de perseguição política”. Ademais, a decisão de condenar o petista a nove anos e meio de prisão, reforçou juiz, foi mantida pela Corte de apelação (TRF-4), que não apenas endossou as suas fundamentações jurídicas como ampliou a pena para 12 anos e um mês. “A partir daí, a decisão não é mais minha”, disse.


“Porte de arma só em casa. Não vamos autorizar que as pessoas saiam armadas nas ruas”

Os demais processos que Sergio Moro deixará prontos para julgamento, envolvendo o ex-presidente, como o caso do apartamento São Bernardo do Campo e de um terreno para o Instituto Lula, doado como propina pela Odebrecht, estarão sob a batuta da juíza substituta Gabriela Hardt. A sentença deverá ser proferida ainda este ano. A julgar pela audiência de estreia (leia mais às págs 32 e 33), que lhe rendeu o apelido de “juíza linha Hard(t)” pela maneira firme como arguiu e enquadrou o ex-mandatário petista durante depoimento sobre o sítio de Atibaia, tudo indica que Lula deve ser condenado novamente por corrupção e lavagem de dinheiro. “Esses processos já fazem parte do meu passado”, esquiva-se Moro.


O foco do futuro ministro da Justiça agora é na preparação dos projetos de combate à corrupção e ao crime organizado que serão submetidos ao Congresso já em fevereiro. Entre as mudanças propostas estão as que possibilitam prever em lei o cumprimento da prisão após condenação em segunda instância e a redução da maioridade penal para 16 anos, “mas apenas para crimes de sangue”. Moro pretende endurecer ainda medidas contra os cabeças do tráfico, não permitindo as famigeradas saidinhas durante o cumprimento das penas. Uma de suas ideias é proibir inclusive as tradicionais visitas íntimas a presos. Atendendo a uma promessa de campanha de Jair Bolsonaro, Moro trabalhará para flexibilizar o porte de armas, mas apenas dentro de casa: “Não vamos autorizar que as pessoas saiam armadas nas ruas”. Para quem ainda acha que ele largará a carreira de magistrado para mergulhar na política, Sergio Moro adverte: “Não serei candidato a presidente da República. Não tenho nenhuma pretensão de participar de campanhas eleitorais, nem de subir em palanques”.

O senhor vai apresentar um plano de combate à corrupção e ao crime organizado?
Nos últimos anos houve um avanço muito grande de políticas anticorrupção. A Justiça começou a mudar. Está começando a enfrentar com mais rigor os casos de corrupção. O que nós temos visto na Lava Jato é uma agenda anticorrupção forte, mas o governo federal foi muito tímido. Então a prioridade vai ser as medidas anticorrupção. E o embate contra o que já é uma coisa de segurança nacional, que é o crime organizado. A ideia é a apresentação de um plano ao Congresso já em fevereiro.

E quais serão as primeiras medidas?

O projeto que vamos apresentar ainda está em estudo e seria imprudente de minha parte anunciar todo o plano agora. Ele ainda terá que ser submetido ao presidente Jair Bolsonaro. Então é prematuro colocá-lo em detalhes neste momento. Mas, por exemplo, em matéria de crime organizado quero proibir o condenado de poder progredir de regime de cumprimento de pena se houver vínculo com organizações criminosas. Em matéria anticorrupção há a execução da pena a partir da condenação em segunda instância, que é uma questão que deverá constar no projeto a ser encaminhado ao Congresso. O entendimento do Supremo, que predomina desde 2016, é que a Constituição já permite a execução em segunda instância. O mais prudente, neste momento, é apresentar um projeto para deixar isso mais claro na legislação ordinária.

O senhor teme a mobilização das bancadas de parlamentares que estão sendo investigados pela Lava Jato, como Renan Calheiros, contra o seu projeto anticorrupção?

O novo governo traz uma expectativa de mudança. Os eleitores deram recado claro nas eleições de que há uma insatisfação com a corrupção e com a segurança pública. Isso sem ingressar na parte econômica, que também é muito importante, mas não é da minha área. Imagino que os parlamentares serão sensíveis a esses anseios dos eleitores. Mas nós pretendemos dialogar e construir uma agenda que possa ser aprovada pelo Parlamento em tempo razoável.

O senhor disse que apesar do esforço gigantesco da Lava Jato a corrupção continua. O senhor quis dizer que a corrupção não acabará?
É impossível eliminar a corrupção, como é impossível eliminar a atividade criminal. Agora, o que é intolerável é a tradição da impunidade que nós tínhamos no Brasil. Isso acabava sendo estímulo para a prática de novos crimes. Tanto assim que se chegou à uma situação, considerando os casos já julgados, de corrupção disseminada. Se não é possível eliminar a corrupção por completo, é possível reduzi-la a patamares menores do que temos atualmente.

Os governantes montaram verdadeiras máquinas de dilapidação dos cofres públicos. No governo Bolsonaro é possível que dizer que isso não se repetirá?

Crime de corrupção é muito difícil ser descoberto e investigado, porque é um crime praticado em segredo. Tem que se criar sistemas de controle e prevenção para detectar esses fatos. Agora, o que eu posso assegurar, porque isso me foi afirmado pelo presidente eleito, é que ninguém será protegido. Identificado os casos de corrupção no governo, ninguém será protegido. Esse é um compromisso meu. Não vou assumir um cargo desses para proteger alguém.

Se o senhor descobrir alguém se locupletando do governo, vai pedir que o presidente demita essa pessoa?
Sim, certamente. Se houver provas nesse sentido, e forem consistentes, vou levar ao presidente eleito para tomar uma decisão que ele entenda apropriada.

O ex-presidente Lula usa a sua nomeação para o ministério da Justiça do governo Bolsonaro para solicitar novo habeas corpus. Como vê as acusações do PT de que o senhor usou a Justiça apenas para perseguir o ex-presidente?
Essa é uma questão que agora pertence à Justiça. Eu proferi um julgamento em 2017, em que a decisão é extensamente fundamentada. As provas indicam que Lula é o mentor desse esquema criminoso que vitimou a Petrobras. E nós não tratamos apenas de um tríplex. Nós falamos de um rombo estimado de R$ 6 bilhões. O tríplex é a ponta do iceberg. A opção do Ministério Público foi apresentar a acusação com base nesse incremento patrimonial específico, que foi fruto da corrupção. Mas eu proferi essa decisão em meados de 2017 e a decisão foi mantida pela Corte de apelação. A partir do momento em que a Corte de apelação mantém a decisão, a decisão passa a ser dela. Não é mais nem minha.


“A redução da maioridade penal para 16 anos valerá apenas para crimes de sangue”
Mas foi do senhor.

O que existe é um álibi de Lula, baseado numa fantasia de perseguição política. Vamos analisar a Operação Lava Jato. Nós temos agentes políticos que foram do Partido Progressista condenados, temos agentes do PMDB e de figuras poderosas da República, como foi o caso do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, considerado adversário figadal do PT. E, claro, condenamos também agentes do Partido dos Trabalhadores. O esquema de corrupção na Petrobras envolvia a divisão de dinheiro entre executivos da estatal e agentes políticos que controlavam a empresa. É natural que o esquema criminoso dessa espécie, quando descoberto, com políticos envolvidos, impliquem majoritariamente aqueles partidos que estavam no poder e controlavam a empresa e não legendas que se encontravam na oposição.



O senhor deixou pronto para ser julgado um novo processo que envolve o ex-presidente Lula. Sobre um apartamento em São Bernardo e um terreno destinado ao Instituto Lula, em que ele é acusado de receber os imóveis como forma de propina distribuída pela Odebrecht. O ex-presidente deve ser condenado outra vez?

Essa é uma questão da Justiça, a cargo da doutora Gabriela Hardt, que me substitui na 13ª Vara Federal e não seria apropriado comentar. Ela é uma magistrada muito séria e muito competente. No entanto, está em suas mãos diversos casos criminais em relação à Lava Jato, que demandam atenção dela. Então não sei se ela vai ter tempo hábil para julgar esse caso ainda este ano.

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse que, se a polícia subir morro e numa operação dessas morrerem até 20 bandidos, não haverá problema algum. A polícia terá passe livre para matar na sua gestão?

Não existe isso. Às vezes essa questão é mal colocada. O objetivo do trabalho de investigação policial e do trabalho dessas operações contra o crime organizado é que o criminoso seja preso e o policial vá a salvo para a sua residência. O trabalho de enfrentamento das organizações criminosas é baseado em inteligência, investigação, prisão dos líderes, isolamento dos líderes e confisco de seus bens para desmantelar essas facções. Agora, existem algumas organizações que muitas vezes se valem da força e de seus armamentos para intimidar determinadas comunidades, muitas vezes carentes, utilizando armas ostensivamente. Nesse contexto pode eventualmente haver situações de confronto entre criminosos e polícia. Podem surgir incidentes, como óbitos, mas isso tem que ser evitado ao máximo, porque o risco de danos colaterais é muito grande. A situação ideal não é o criminoso morto. A situação ideal é o bandido preso.

O presidente Bolsonaro disse que policial que mata bandido em combate tem que ser condecorado. Pode haver um aumento indiscriminado de mortes por policiais?

Temos que ver em que contexto isso foi dito. Estratégia de confronto não é um objetivo. O confronto é uma possibilidade dentro do contexto de violência que existe. Não haverá o desejo de se buscar o confronto como resolução dos problemas criminais.

As facções que dominam o crime de dentro das cadeias transmitem ordens por meio de advogados ou familiares. O senhor pensa em restringir a atuação de advogados e familiares nos presídios?
Isso está sendo estudado. É evidente que tem se preservar a ampla defesa, mas as prisões de segurança máxima têm que servir como elemento para inibir novos crimes. Se o condenado mesmo assim consegue transmitir ordens, essa é uma situação em que o trabalho dos advogados tem que ser reavaliado.

As visitas íntimas deveriam acabar?

Isso está sendo estudado. É uma possibilidade.

O senhor já disse que concorda com a redução da maioridade penal para 16 anos. Não corremos o risco de se encher ainda mais as prisões com jovens que na verdade deveriam estar na escola e não presos?

A minha avaliação é que a redução da maioridade penal para 16 anos seja relacionada apenas a crimes graves. E quando falo em crimes graves, estou falando em crimes com resultado de morte ou lesão corporal gravíssima. Crimes de sangue. O que envolve um número não tão significativo desses adolescentes. Pode se dizer que isso não resolve o problema da criminalidade. E não resolve. Mas existem questões relativas à Justiça individual. Se você é parente, um pai de alguém que foi assassinado por um adolescente nessa faixa etária, você quer ver a Justiça sendo realizada. Um jovem de 16 a 18 anos já tem consciência de que não pode matar.

O que o senhor acha da proposta do presidente Bolsonaro que prevê que o cidadão possa ter uma arma em casa. O senhor não acredita que corremos o risco de ter crimes em massa como acontece nos Estados Unidos?

É uma questão de plataforma eleitoral. Uma das promessas de Bolsonaro foi a possibilidade do porte de armas, mas em casa. Havia uma política restritiva para a pessoa obter uma arma para guardar em casa e a promessa eleitoral é que isso seria flexibilizado. A meu ver isso tem que ser cumprido, já que foi parte de uma promessa eleitoral. Mas é algo bem diferente de autorizar as pessoas a saírem armadas nas ruas. Por outro lado, não estamos falando em autorizar porte em casa de armas automáticas, de fuzis. É uma situação diferente da que acontece nos Estados Unidos. Agora, teremos que tomar muito cuidado, e isso eu conversei com o presidente eleito, de permitir que essa flexibilização seja uma fonte de armamento para o crime organizado.


“A situação ideal não é o criminoso morto. A situação ideal é bandido preso e policial vivo em casa”
Se houver invasões a propriedades rurais ou ocupação de sem tetos a prédios públicos, como o senhor vai se comportar?

Já existe a lei que protege a propriedade privada. Esses movimentos sociais têm direitos e liberdade de manifestação, de protesto, é algo natural. Mas existem limites para esse tipo de coisa, como invasão, prejuízos à propriedade privada, perturbação da ordem, fechamento de vias públicas com queima de pneus, incomodando as pessoas. Isso não é comportamento aceitável. Isso foge da regra e tem que ser apurado na forma da lei, responsabilizando as pessoas que provocaram danos ao patrimônio. Eles não são inimputáveis.

Se houver discriminação e ataques contra gays, negros, mulheres, quilombolas, o senhor pensa em punir quem levar a cabo essas ações?

Não há nenhuma chance disso acontecer. Não há nenhuma iniciativa de discriminação às minorias. O próprio presidente eleito declarou isso sucessivas vezes e no que se refere ao Ministério da Justiça, em especial, o meu entendimento é que todos têm direito a igual proteção da lei, seja maioria, seja minoria. Eu conheço vários homossexuais, alguns deles são pessoas fantásticas, das melhores que conheço, e não vejo a menor perspectiva de que venham a ser perseguidos.

O senhor ainda tem como meta chegar ao Supremo, que sempre foi seu sonho na carreira de magistrado?
Não existe uma vaga no Supremo. Ela ocorrerá só em 2020. Seria indelicado de minha parte pensar numa nomeação para o Supremo agora.

“Os movimentos sociais têm direito à livre manifestação, mas causar prejuízos à terceiros não é um comportamento aceitável. Eles não são inimputáveis”
O senhor chegou a negociar essa possibilidade com o presidente?
Eu não apresentei nenhuma condição ao presidente eleito. A questão foi levar a ele uma pauta para ver se tínhamos convergências e, no que se refere às divergências, se elas seriam razoáveis.

O senhor prefere a Justiça ou pretende ser candidato a presidente da República em 2022?

Não existe candidatura a presidente. Eu prometi e já fiz declarações expressas de que não ingressaria na política. Esta ida para o ministério foi interpretada por alguns como uma quebra dessa promessa. Mas na minha avaliação, estou indo para o governo para implementar uma agenda anticorrupção e anticrime organizado, num papel eminentemente técnico. Eu não tenho nenhuma pretensão de participar de campanhas eleitorais, de subir em palanque.Fonte:ISTOÉ

Em Salvador, trabalhadores pretos e pardos ainda ganham 67% a menos que brancos

Salvador é a capital mais negra do Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, oito em cada 10 moradores da capital baiana se autodeclaravam de cor preta ou parda, somando 2,425 milhões, ou 82,1% das 2,954 milhões de pessoas que viviam na cidade naquele ano. Apesar disso, Salvador é a cidade com maior desigualdade salarial entre brancos e pretos.

De acordo com o IBGE, na média dos três trimestres de 2018, o rendimento dos trabalhadores que se declaravam de cor preta ficou em R$ 1.640 na capital baiana, o equivalente a 1/3 (ou -67,0%) do que ganhavam os trabalhadores que se declaravam brancos (R$ 4.969), segundo dados da PNAD Contínua Trimestral.

A desigualdade salarial em Salvador entre pretos e brancos tinha caído entre 2013 e 2015, quando atingiu seu menor patamar, com os trabalhadores de cor preta ganhando perto da metade dos de cor branca (R$ 1.847 frente a R$ 3.844). Desde 2016, porém, a diferença se acentuou e este ano chegou ao recorde da série histórica (desde 2012).

De acordo com os dados, nos três primeiros trimestres de 2018, os trabalhadores brancos, na capital baiana, recuperaram, em média, as perdas salariais após a crise do mercado de trabalho, chegando ao seu maior rendimento médio desde 2012. Já os trabalhadores que se declaram de cor preta ainda vêm seu rendimento médio recuar.

Bahia

Na Bahia, a média dos três primeiros trimestres de 2018, um trabalhador de cor preta ganhou R$ 1.319, também pouco mais da metade (54,3%) que um trabalhador que se declarava branco (R$ 2.432). No estado, pretos e pardos somavam 80,2% da população em 2017 (apenas a 4ª maior participação do país), enquanto os que se declaravam pretos eram 20,9%, ou 1 em cada 5 moradores do estado – neste caso, o maior percentual dentre as unidades da Federação.

Juízes e membros do MP afirmam que reajuste ajudaria a diminuir defasagem salarial

Juízes e integrantes do Ministério Público acumulam uma defasagem salarial de 41% em relação à inflação desde 2005. Para juízes e membros do Ministério Público da Bahia, o reajuste dos vencimentos das carreiras ajudaria a corrigir parte desse déficit. Eles consideram que se trata de uma medida justa, pois diversas outras categorias tiveram aumentos nos últimos anos, e que não traria grandes impactos aos cofres públicos. Isso é o que afirma a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas).

Aprovado pelo Senado, o reajuste salarial ainda depende da sanção do presidente da República, Michel Temer (MDB). O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e o vice-presidente da corte, ministro Luiz Fux, se encontraram com Temer e propuseram acabar com o auxílio-moradia de todos os magistrados caso o aumento salarial seja aprovado. Em nota, a Frentas afirma que, desde 2005, quando foram instituídos os subsídios para magistrados e integrantes do MP, tais servidores acumulam defasagem salarial de 41%, segundo o IPCA. E o reajuste aprovado pelo Congresso só reporia 16,38% das perdas remuneratórias.

Para a entidade, o impacto orçamentário do aumento será absorvido pela economia e pelo remanejamento de rubricas orçamentárias diversas. Além do mais, seria uma questão de justiça, já que, neste ano, foram aprovados reajustes salariais para defensores públicos da União, auditores-fiscais do Trabalho, delegados federais e advogados-gerais da União.

Novo edital para o Mais Médicos agrada prefeitos baianos, diz Eures

O novo edital para a contratação de profissionais para o programa Mais Médicos agradou os prefeitos baianos que participaram da última Mobilização Municipalista de 2018, que aconteceu nesta segunda-feira (19). Na avaliação do vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), a medida assegura assistência especialmente para o interior.

"A medida garante que a população mais longínqua não fique descoberta e assegura atuação dos médicos nos locais mais necessitados. Esse foi principal motivo para que eu levantasse esse pauta durante a reunião com os ministros", comentou Eures, que também é presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Bom Jesus da Lapa.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda o lançamento de um edital que oferece 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). As vagas eram ocupadas por médicos de Cuba.Fonte:Bahia Noticias

Rui fala em privatizar empresas com muitos funcionários para vencer déficit previdenciário

Para vencer o déficit previdenciário que deve se acumular em um prejuízo negativo de até R$ 4,04 bilhões até o fim de 2018, o governador Rui Costa (PT) não descartou privatizar estatais na Bahia. A ideia foi ventilada pelo gestor em reunião do Conselho Político nesta segunda-feira (19).

Na fala em que apresentou alguns planos para vencer o desequilíbrio previdenciário, Rui citou vender empresas estatais que tenham "muitos funcionários, mas pouca eficiência". Essa seria uma das alternativas para enxugar os gastos da máquina administrativa. Outra solução, seria otimizar o número de funcionários atrelados ao estado, opção que também passa pelo plano privatizador.

Até o final deste ano, o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores estaduais somarão R$ 7,5 bilhões, conforme Superintendência da Previdência Estadual (Suprev). A arrecadação, porém, com pagamento do benefício será de R$ 3,4 bilhões. Deste modo, recursos do Tesouro serão aportados a fim de cobrir o déficit previdenciário de R$ 4,08 bi.

Apesar do indicativo de privatizações, o governador não listou quais empreendimentos seriam loteados. Em outubro deste ano, a revista Veja publicou uma reportagem que revelava um plano de concessões de Rui Costa durante o seu segundo governo.

De acordo com a reportagem, o petista planeja fazer a concessão à iniciativa privada da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) ou firmar uma parceria público-privada (PPP). Ainda segundo a publicação, também não está descartada a hipótese de abrir o capital da estatal e vender ações na Bolsa (veja aqui).

ALTERNATIVAS

No plano de Rui para vencer o prejuízo bilionário também estão um financiamento do déficit, como forma de alongar o período da dívida. Na mesa do Conselho Político, o que foi dito é que Rui Costa tem pago o salário dos servidores em dia e aumentado benefícios, mas que a Bahia precisa levar em consideração a baixa arrecadação e a renda per capita do estado.

O número de aposentadorias concedidas pelo estado tem crescido anualmente. Enquanto em 2015 foram 3.745 aposentadorias, em 2016 o total ficou em 6.044 e 2017 fechou em 6.739. O número de benefícios concedidos até novembro deste ano já totalizou 5.932 aposentadorias, faltando ainda um mês para encerramento do exercício.

Primeira medida paliativa para questão do aumento, fiscalizar os beneficiários não resolveu a balança. A Secretaria de Planejamento tentou a manobra realizando o recadastramento dos previdenciários.

“A falta de crescimento econômico atrelado à diminuição da receita repassada pelo governo federal está virando um ciclo vicioso e, de antemão, Rui fará uma reforma administrativa em que empresas poderão ser vendidas no processo”, falou um interlocutor da base.

CONTEXTO NACIONAL

Nacionalizado, o problema previdenciário também deve ser agenda do governo federal no próximo ano. O economista Paulo Guedes, escolhido por Jair Bolsonaro (PLS) para ser o próximo ministro da Economia, deve pautar as privatizações para ajudar a resolver a questão no Brasil. Fonte:Bahia Noticias

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Grupo no Senado tenta votar projeto que enfraquece a Ficha Limpa e reduz inelegibilidade de político condenado

O Senado aprovou, na semana passada, incluir na pauta de votações da Casa um projeto que enfraquece a Lei da Ficha Limpa e diminui o período de inelegibilidade para políticos condenados antes de 2010.

O texto, de autoria do senador Dalírio Beber (PSDB-SC), foi apresentado em outubro de 2017, dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter decidido que políticos condenados antes de 2010 deveriam cumprir oito anos de inelegibilidade, e não três, como ocorria anteriormente.

Na época, o tribunal discutia se a punição determinada pela Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010, valeria também para casos anteriores a essa data. Por maioria de seis votos, os ministros entenderam que sim.

Pelo texto de Beber, os políticos que cumpriram os três anos de inelegibilidade já estariam aptos a concorrer novamente em eleições.

Em dezembro de 2017, sete líderes de partidos no Senado apresentaram um requerimento para que o projeto pulaase à frente de outros e fosse votado com urgência. O requerimento ficou meses parado.

Só em novembro de 2018 é que a urgência foi aprovada e o projeto foi colocado na pauta de votação. Alguns senadores criticaram a medida na sessão em que foi votada a urgência.

"Essa matéria colocada em pauta para hoje foi feita ardilosamente na noite passada, sem tempo para conhecimento da quase totalidade dos senadores, aquilo que se costumar dizer 'na calada da noite' ", afirmou o senador Lasier Martins (PSD-RS). "Está-se querendo trazer gente que era inelegível para poder ser agora elegível com a ficha meio limpa, meio suja. Ora, isso não existe. Ou a ficha é limpa, ou é suja. Não há meio termo", concluiu o senador.

O senador José Reguffe (sem partido-DF) também na sessão que era contra o projeto.

"A Lei da Ficha Limpa foi uma conquista deste país, uma conquista da sociedade brasileira, e há uma decisão do Supremo, já tomada, que não deve ser alterada por esta Casa, na minha opinião. Portanto, sou contra esse projeto", afirmou.


O senador Dalírio Beber explicou que apresentou o projeto porque considera injusto um condenado que já cumpriu os três anos sem poder ocupar cargo, função ou mandato público tenha a pena estendida.

"E esta decisão, por ter transitado em julgado, se cumprida, faz com que esse punido não mais se sujeita a qualquer outro tipo de punição. É muito claro. Não existe nada no projeto de lei que apresentei, que vise alterar o projeto de Ficha Limpa que existe no Brasil, em vigor, e que deve continuar vigorando para tornar, digamos, a política com certeza, digamos, muito mais limpa e permitir que todos sejam bem representados", argumentou Beber.

Na semana passada, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) pediu que os líderes retirassem a urgência do projeto. Até agora não houve resposta. Eunício afirmou que se algum líder apresentar requerimento para que a proposta seja retirada da pauta, o pedido será colocado em votação.

O senador Randolfe Rodrigues, líder da Rede, disse que vai recolher assinaturas para derrubar a urgência.

"[O projeto] Abre uma porta inteira. Ele, na verdade, dá um jeitinho na Lei da Ficha Limpa. É um jeitinho para beneficiar condenados anteriormente a 2010. É a vulnerabilização da Lei da Ficha Limpa. É para beneficiar condenados a concorrerem nas próximas eleições", afirmou.Fonte:G1

Fernando Haddad vira réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

O candidato derrotado na disputa pela presidência da República este ano pelo PT, Fernando Haddad, se tornou réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo informações do G1, a 5ª Vara Criminal da Barra Funda aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público.

Conforme a denúncia, João Vaccari Neto, então tesoureiro nacional do PT, pediu R$ 3 milhões a Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da empreiteira UTC Engenharia, entre abril e maio de 2013. O valor seria usado para pagar dívidas de campanha de Haddad para a prefeitura de São Paulo.

A denúncia aponta que Vaccari representava e falava em nome de Haddad, que chegou a receber Ricardo Pessoa no dia 28 de fevereiro de 2013. O MP também denunciou o crime de formação de quadrilha, mas esse trecho não foi aceito pela Justiça.

Detran recorre de decisão que proíbe apreensão de veículos com IPVA atrasado

O Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) acionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para recorrer da decisão judicial que suspendeu a remoção de veículos em operações de fiscalização, por causa do atraso no pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

O juiz Evandro Reimão dos Reis, da 10ª Vara de Salvador, em uma liminar, proibiu a apreensão de veículos por falta de pagamento de IPVA. A ação foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) (veja aqui).

No contra-argumento apresentado pelo Detran-BA, o órgão de trânsito esclarece que a quitação do IPVA, tributo de competência da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), é uma das exigências legais para o licenciamento anual do veículo, que inclui ainda taxa administrativa, seguro obrigatório DPVAT e multas, se houver.

O licenciamento atesta, segundo o órgão, se os veículos estão em condições de trafegar nas vias, de acordo com as normas de segurança, e a atualização do documento é obrigatória, como determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

“A liminar, na prática, nos impede de checar se o documento do veículo está em dia. A fiscalização coíbe infrações e evita acidentes, trabalho que será prejudicado pela possibilidade de o cidadão dirigir sem o licenciamento, já que a emissão do documento depende do pagamento do IPVA. Por isso, confiamos na revisão da decisão judicial”, explicou o diretor-geral do Detran-BA, Lúcio Gomes.Fonte:Bahia Noticias

Preso há seis meses, Lula recebe 572 visitas na sede da Polícia Federal

Preso desde 7 de abril deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu 572 visitas na cela especial que ocupa na sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná. A maior parte das visitas do petista é feita por advogados, com procuração para defendê-lo, entre eles, políticos como o candidato derrotado à presidência da República, Fernando Haddad (PT), que, embora seja advogado, não atua nos processos contra o ex-presidente.

Conforme apurado pelo Estadão, o ex-prefeito de São Paulo fez 21 visitas entre maio e outubro, o que somou mais de 400 horas de conversa.

O período de maior movimento na cela de Lula foram os dias que antecederam e sucederam a cassação de sua candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no início de setembro. Haddad visitou o ex-presidente dias 27 e 30 de agosto. Na semana seguinte, houve a maior reunião realizada por Lula na cela, com 10 advogados no dia 3 de setembro.

Nova Soure: Cidade pode ficar sem saúde básica após saída de cubanos do Mais Médicos

Nova Soure, no Sertão baiano, pode ficar sem médicos cuidando da atenção básica da cidade nas próximas semanas. De acordo com um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo, os quatro profissionais de saúde primária que cuidam dos 25 mil habitantes de Nova Soure são cubanos, e devem deixar o país após Cuba reagir a declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O governo vizinho declarou que irá deixar o programa brasileiro Mais Médicos (lembre aqui) em breve.

“Uma atenção básica forte impede que esses pacientes cheguem até a média e alta complexidade. Sem médicos nos postos de saúde, vai passar a existir uma procura enorme no nosso hospital que é de pequeno porte”, afirmou o secretário de Saúde de Nova Soure, Ernesto da Costa Lima Júnior, à reportagem.

Quem vive em Nova Soure terá que se deslocar 50 km, até Ribeira do Pombal, em busca de atendimento. “É um custo para a cidade e um risco para os pacientes”, completou Costa Lima Júnior. O caso se repete em Lamarão (a 188 km de Salvador), que tem o 9º pior Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre os 417 municípios baianos. Três dos quatro médicos de lá são cubanos.

Sobre o problema, o presidente do Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia, Stela Souza, defendeu uma solução negociada para amenizar o impacto da saída dos médicos: “Temos que encontrar um caminho menos doloroso”, afirma. Na Bahia, ainda, 17 das 18 comunidades indígenas são atendidas pelos médicos intercambistas e ficarão desassistidas.

A decisão do governo de Cuba de chamar seus médicos de volta foi atribuída a posicionamentos de Bolsonaro, que questionou, entre outros pontos, a qualificação dos médicos cubanos e manifestou a intenção de modificar o acordo, exigindo revalidação de diplomas e contratação individual.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que com o anúncio da saída dos cubanos do programa Mais Médicos, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), "libertou 8 mil cubanos da escravidão".