O Prefeito Adriano Lima, está em Brasília, onde acontece a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, entre os dias 8 e 11 de abril. O evento é anual e reúne prefeitos, secretários, entre outras autoridades, para mostrar a força dos municípios em prol de conquistar atenção do Governo Federal.
A expectativa é de que eles irão anunciar as propostas do governo, depois dos primeiros 100 dias de mandato, para mudar a realidade dos municípios, entes federativos que mais sofrem com a atual distribuição de recursos públicos.
“O governo federal tem um grande intenção em mudar essa injusta distribuição dos recursos. Assim como o executivo, o parlamento também é favorável. É no município que o cidadão mora, trabalha e produz e com atual pirâmide de recursos, são os que menos recebem. Assim fica inviável promover políticas públicas que atendam aos anseios da população. Por isso, é de suma importância a nossa participação no evento pela luta do novo pacto federativo que nos trará bons resultados” disse o prefeito Adriano Lima.
O evento contará com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia e do Senado, Davi Alcolumbre além do Presidente do STF, ministro Dias Tofolli. Também contará com os parlamentares das duas casas.
“Estará em discussão diferentes pautas que incidem diretamente nas administrações dos municípios. Discutiremos reformas estruturantes e transitórias, temas que vão mudar a relação federativa, e ajudar os prefeitos a administrarem os seus municípios”, afirma o presidente da FGM, Haroldo Naves.
Serão feitos ciclos de palestras, debates, workshop das diferentes áreas da administração pública. Será um momento de aproximação dos gestores públicos municipais com os parlamentares, judiciário e o terceiro setor.
quarta-feira, 10 de abril de 2019
Após início com desgastes e isolamento, Bolsonaro revê estrutura de governo
"Eu vivo em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica." A frase repetida por Jair Bolsonaro para definir o cotidiano de um presidente resume o isolamento político em que ele se colocou nos cem primeiros dias de seu mandato, completados nesta quarta-feira (10).
No período, não conseguiu formar uma base aliada, enfrentou desgaste com os filhos, viajou pouco pelo país, cercou-se de um núcleo ideológico e se confinou nas redes sociais, onde criou polêmicas.
Após três meses marcados por tropeços e conflitos, o presidente iniciou uma reestruturação do governo, que deve ser intensificada a partir da próxima semana.
Ele discute mudança da estratégia de comunicação, alterações na Esplanada dos Ministérios e troca na equipe de articulação parlamentar.
A ideia principal é renovar o grupo considerado ideológico, responsável por crises políticas nesses três primeiros meses, e priorizar uma visão mais pragmática de gestão pública.
Nesse sentido, duas mudanças já foram feitas. Uma é a troca no Ministério da Educação, do qual o olavista Ricardo Vélez foi retirado para dar lugar ao economista Abraham Weintraub, também aluno do guru do clã Bolsonaro, mas treinado em gestão.
Na Comunicação, uma das áreas mais sensíveis nesses cem dias, Bolsonaro trocou o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Especial), substituindo o publicitário Floriano Amorim pelo empresário Fabio Wajngarten.
Sob a bandeira do que chama de "nova política", o presidente não criou um canal de diálogo com dirigentes partidários e desenvolveu relação frágil com o Congresso, pondo em risco uma das prioridades do mandato: a aprovação da reforma da Previdência.
Para superar o ponto fraco, ele pretende criar um conselho político, com líderes e presidentes das legendas, e deve fazer troca na interlocução com os parlamentares.
A ideia é retirar da função de líder do governo o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), avaliado como inexperiente pelo Planalto.
Em sinalização ao PRB, legenda ligada à Igreja Universal e a primeira recebida em ofensiva para formar uma base aliada, o presidente considera para o posto os deputados João Campos (PRB-GO) e João Roma (PRB-BA). O partido ainda discute se fará parte da coalizão governista.
A avaliação é que os demais integrantes da articulação têm atendido às expectativas --a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) devem ser mantidos na equipe de líderes do governo.
Auxiliares do presidente reconhecem que o Planalto errou na escolha de Vitor Hugo e na forma como ele foi apresentado como líder, sem consulta aos parlamentares.
Para tentar melhorar a interlocução legislativa, uma corrente do governo defende a recriação da Secretaria de Relações Institucionais, que dividiria com a Casa Civil a articulação política.
Outra alteração em análise é a dissolução da Secretaria-Geral da Presidência, criada para abrigar o então braço direito de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, demitido em fevereiro. O cargo é hoje ocupado pelo general Floriano Peixoto.
"Nos cem primeiros dias, o maior acerto foi a composição de um ministério técnico e capacitado", avaliou à Folha de S.Paulo o vice-presidente, Hamilton Mourão. "E a comunicação e a articulação política precisam melhorar."
Na última segunda-feira (8), Wajngarten assumiu a Secom para reforçar a estratégia de comunicação do governo. Ele terá como primeira grande missão reverter a imagem negativa da reforma da Previdência perante a população.
A avaliação do Planalto é a de que o governo está perdendo o discurso de convencimento por ter deixado de lado até aqui estruturas tradicionais de publicidade, como TV e rádio.
Amorim, que estava no cargo, defendia uma solução caseira para a propaganda da reforma e era forte crítico de uso de agências de publicidade e aplicação de verbas públicas em meios tradicionais de comunicação.
Apesar de um início turbulento, integrantes da equipe do presidente dizem que ele tem convicção de que não cometeu nenhum grande equívoco, com a exceção da divulgação de um vídeo com imagens obscenas nas redes sociais.
Com a repercussão negativa, tanto na esquerda como na direita, do caso apelidado de "golden shower", ele se reuniu com auxiliares de confiança e reconheceu que exagerou, apagando a publicação.
A utilização exagerada das redes sociais colocou o Planalto em mais de uma saia-justa e incomoda a cúpula militar, que já recomendou moderação ao presidente. Ele, contudo, tem ignorado os conselhos e seguido as orientações do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), apelidado de "pitbull".
"O pitbull? Tá atrapalhando o quê? Não me atrapalhou em nada. Acho até que devia ter um cargo de ministro", disse o presidente, na segunda (8).
A influência dos filhos sobre Bolsonaro e assuntos do governo é criticada tanto dentro como fora do Planalto e apontada como um dos principais fatores de desgaste e de instabilidade nesses cem dias. Mesmo assim, Bolsonaro insiste em mantê-los por perto.
Envolvido na primeira crise política enfrentada pelo presidente no cargo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já foi recebido pelo pai em dez audiências. Em janeiro, relatório apontou movimentações financeiras atípicas dele.
Também presentes na agenda, Carlos faz recomendações na comunicação e Eduardo (deputado federal pelo PSL-SP) dá pitacos nas relações exteriores.
Na tentativa de melhorar sua imagem no exterior, o presidente realizou uma série de viagens internacionais, mas percorreu pouco o Brasil. Em três meses, desembarcou na Suíça, nos EUA, em Israel e no Chile; no país, esteve em São Paulo, Rio, Minas e Paraná, priorizando eventos militares.
A postura foi oposta à adotada antes até do início oficial da campanha eleitoral, quando viajava para várias cidades brasileiras e enchia saguões de aeroportos com apoiadores.
O isolamento do presidente também é institucional. Nos três primeiros meses, ele manteve certo distanciamento dos comandos do Judiciário e do Legislativo e protagonizou desentendimento público com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não totalmente superado.
A sequência de desgastes afetou também sua popularidade. Divulgada no domingo (7), pesquisa Datafolha mostrou que Bolsonaro registra a pior avaliação após três meses entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, 32%, ótimo ou bom, e 33%, regular.
Criticado, Bolsonaro já começou a dar os primeiros sinais de cansaço com o cargo. Em Israel, fez desabafo público. "Eu também sou passageiro do Brasil, graças a Deus. Imagine ficar o tempo todo com esse abacaxi?", questionou.Fonte:Folha
No período, não conseguiu formar uma base aliada, enfrentou desgaste com os filhos, viajou pouco pelo país, cercou-se de um núcleo ideológico e se confinou nas redes sociais, onde criou polêmicas.
Após três meses marcados por tropeços e conflitos, o presidente iniciou uma reestruturação do governo, que deve ser intensificada a partir da próxima semana.
Ele discute mudança da estratégia de comunicação, alterações na Esplanada dos Ministérios e troca na equipe de articulação parlamentar.
A ideia principal é renovar o grupo considerado ideológico, responsável por crises políticas nesses três primeiros meses, e priorizar uma visão mais pragmática de gestão pública.
Nesse sentido, duas mudanças já foram feitas. Uma é a troca no Ministério da Educação, do qual o olavista Ricardo Vélez foi retirado para dar lugar ao economista Abraham Weintraub, também aluno do guru do clã Bolsonaro, mas treinado em gestão.
Na Comunicação, uma das áreas mais sensíveis nesses cem dias, Bolsonaro trocou o chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Especial), substituindo o publicitário Floriano Amorim pelo empresário Fabio Wajngarten.
Sob a bandeira do que chama de "nova política", o presidente não criou um canal de diálogo com dirigentes partidários e desenvolveu relação frágil com o Congresso, pondo em risco uma das prioridades do mandato: a aprovação da reforma da Previdência.
Para superar o ponto fraco, ele pretende criar um conselho político, com líderes e presidentes das legendas, e deve fazer troca na interlocução com os parlamentares.
A ideia é retirar da função de líder do governo o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL-GO), avaliado como inexperiente pelo Planalto.
Em sinalização ao PRB, legenda ligada à Igreja Universal e a primeira recebida em ofensiva para formar uma base aliada, o presidente considera para o posto os deputados João Campos (PRB-GO) e João Roma (PRB-BA). O partido ainda discute se fará parte da coalizão governista.
A avaliação é que os demais integrantes da articulação têm atendido às expectativas --a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) devem ser mantidos na equipe de líderes do governo.
Auxiliares do presidente reconhecem que o Planalto errou na escolha de Vitor Hugo e na forma como ele foi apresentado como líder, sem consulta aos parlamentares.
Para tentar melhorar a interlocução legislativa, uma corrente do governo defende a recriação da Secretaria de Relações Institucionais, que dividiria com a Casa Civil a articulação política.
Outra alteração em análise é a dissolução da Secretaria-Geral da Presidência, criada para abrigar o então braço direito de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, demitido em fevereiro. O cargo é hoje ocupado pelo general Floriano Peixoto.
"Nos cem primeiros dias, o maior acerto foi a composição de um ministério técnico e capacitado", avaliou à Folha de S.Paulo o vice-presidente, Hamilton Mourão. "E a comunicação e a articulação política precisam melhorar."
Na última segunda-feira (8), Wajngarten assumiu a Secom para reforçar a estratégia de comunicação do governo. Ele terá como primeira grande missão reverter a imagem negativa da reforma da Previdência perante a população.
A avaliação do Planalto é a de que o governo está perdendo o discurso de convencimento por ter deixado de lado até aqui estruturas tradicionais de publicidade, como TV e rádio.
Amorim, que estava no cargo, defendia uma solução caseira para a propaganda da reforma e era forte crítico de uso de agências de publicidade e aplicação de verbas públicas em meios tradicionais de comunicação.
Apesar de um início turbulento, integrantes da equipe do presidente dizem que ele tem convicção de que não cometeu nenhum grande equívoco, com a exceção da divulgação de um vídeo com imagens obscenas nas redes sociais.
Com a repercussão negativa, tanto na esquerda como na direita, do caso apelidado de "golden shower", ele se reuniu com auxiliares de confiança e reconheceu que exagerou, apagando a publicação.
A utilização exagerada das redes sociais colocou o Planalto em mais de uma saia-justa e incomoda a cúpula militar, que já recomendou moderação ao presidente. Ele, contudo, tem ignorado os conselhos e seguido as orientações do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), apelidado de "pitbull".
"O pitbull? Tá atrapalhando o quê? Não me atrapalhou em nada. Acho até que devia ter um cargo de ministro", disse o presidente, na segunda (8).
A influência dos filhos sobre Bolsonaro e assuntos do governo é criticada tanto dentro como fora do Planalto e apontada como um dos principais fatores de desgaste e de instabilidade nesses cem dias. Mesmo assim, Bolsonaro insiste em mantê-los por perto.
Envolvido na primeira crise política enfrentada pelo presidente no cargo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já foi recebido pelo pai em dez audiências. Em janeiro, relatório apontou movimentações financeiras atípicas dele.
Também presentes na agenda, Carlos faz recomendações na comunicação e Eduardo (deputado federal pelo PSL-SP) dá pitacos nas relações exteriores.
Na tentativa de melhorar sua imagem no exterior, o presidente realizou uma série de viagens internacionais, mas percorreu pouco o Brasil. Em três meses, desembarcou na Suíça, nos EUA, em Israel e no Chile; no país, esteve em São Paulo, Rio, Minas e Paraná, priorizando eventos militares.
A postura foi oposta à adotada antes até do início oficial da campanha eleitoral, quando viajava para várias cidades brasileiras e enchia saguões de aeroportos com apoiadores.
O isolamento do presidente também é institucional. Nos três primeiros meses, ele manteve certo distanciamento dos comandos do Judiciário e do Legislativo e protagonizou desentendimento público com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ainda não totalmente superado.
A sequência de desgastes afetou também sua popularidade. Divulgada no domingo (7), pesquisa Datafolha mostrou que Bolsonaro registra a pior avaliação após três meses entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, 32%, ótimo ou bom, e 33%, regular.
Criticado, Bolsonaro já começou a dar os primeiros sinais de cansaço com o cargo. Em Israel, fez desabafo público. "Eu também sou passageiro do Brasil, graças a Deus. Imagine ficar o tempo todo com esse abacaxi?", questionou.Fonte:Folha
terça-feira, 9 de abril de 2019
Bolsonaro diz que vai anunciar o 13º salário do Bolsa Família nesta quarta-feira
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (9) que vai anunciar na quarta (10) a implementação do 13º salário no programa Bolsa Família.
Bolsonaro fez um discurso durante um evento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em Brasília. A plateia era formada, em grande parte, por prefeitos de todo o país.
"Nós somos defensores do Bolsa Família. Tanto é que anunciaremos o 13º amanhã (quarta)", afirmou o presidente. "Mas o que tira o homem da situação difícil que se encontra, ou a mulher, é o conhecimento”, completou.
Incluir o 13º no pagamento do programa social era uma promessa de Bolsonaro desde a campanha eleitoral do ano passado.
Como funciona o Bolsa Família
O Bolsa Família é concedido a famílias que têm renda mensal por pessoa de até R$ 89, além daquelas com renda familiar mensal de até R$ 178 por pessoa e que tenham integrantes gestantes, crianças ou adolescentes.
O valor que cada beneficiário recebe varia de acordo com o número de pessoas na família, a idade de cada um e a renda declarada. Atualmente, o programa de transferência de renda do governo federal beneficia 13,7 milhões de família.
O Bolsa Família custou ao governo, em setembro, R$ 2,5 bilhões. O valor médio do benefício é de R$ 188,78.
Reforma da Previdência
No discurso para prefeitos, Bolsonaro falou também sobre a reforma da Previdência. Ele citou uma frase do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que discursou no evento pouco antes. Maia disse que não "tem prazer" em reformar a Previdência, mas é obrigado a isso, diante da situação do país.
"Temos uma encruzilhada pela frente. Como disse o Rodrigo Maia aqui, gostaríamos de não ter que fazer a reforma da Previdência, mas somos obrigados a fazê-la", disse Bolsonaro.
"Nessas minhas recentes andanças pelo mundo, EUA, Chile e Israel aguardam uma sinalização nossa, que nós podemos dá-la ao mostrar que queremos equilibrar as nossas contas, que nós temos responsabilidade", completou.
Para Maia, se a reforma não for aprovada, políticos não conseguirão mais sair à rua, porque estados e municípios perderão o controle das contas públicas.
“Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência, como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos.
E que, se nada for feito em relação à Previdência, que também impacta estados e municípios, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais", disse o presidente da Câmara.Fonte:G1
Bolsonaro fez um discurso durante um evento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em Brasília. A plateia era formada, em grande parte, por prefeitos de todo o país.
"Nós somos defensores do Bolsa Família. Tanto é que anunciaremos o 13º amanhã (quarta)", afirmou o presidente. "Mas o que tira o homem da situação difícil que se encontra, ou a mulher, é o conhecimento”, completou.
Incluir o 13º no pagamento do programa social era uma promessa de Bolsonaro desde a campanha eleitoral do ano passado.
Como funciona o Bolsa Família
O Bolsa Família é concedido a famílias que têm renda mensal por pessoa de até R$ 89, além daquelas com renda familiar mensal de até R$ 178 por pessoa e que tenham integrantes gestantes, crianças ou adolescentes.
O valor que cada beneficiário recebe varia de acordo com o número de pessoas na família, a idade de cada um e a renda declarada. Atualmente, o programa de transferência de renda do governo federal beneficia 13,7 milhões de família.
O Bolsa Família custou ao governo, em setembro, R$ 2,5 bilhões. O valor médio do benefício é de R$ 188,78.
Reforma da Previdência
No discurso para prefeitos, Bolsonaro falou também sobre a reforma da Previdência. Ele citou uma frase do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que discursou no evento pouco antes. Maia disse que não "tem prazer" em reformar a Previdência, mas é obrigado a isso, diante da situação do país.
"Temos uma encruzilhada pela frente. Como disse o Rodrigo Maia aqui, gostaríamos de não ter que fazer a reforma da Previdência, mas somos obrigados a fazê-la", disse Bolsonaro.
"Nessas minhas recentes andanças pelo mundo, EUA, Chile e Israel aguardam uma sinalização nossa, que nós podemos dá-la ao mostrar que queremos equilibrar as nossas contas, que nós temos responsabilidade", completou.
Para Maia, se a reforma não for aprovada, políticos não conseguirão mais sair à rua, porque estados e municípios perderão o controle das contas públicas.
“Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência, como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos.
E que, se nada for feito em relação à Previdência, que também impacta estados e municípios, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais", disse o presidente da Câmara.Fonte:G1
Após anúncio de Rui, professores universitários mantêm greve e 'indignação aumenta'
Mesmo após o governador Rui Costa (PT) anunciar a liberação imediata de R$ 36 milhões para investimento nas quatro universidades estaduais baianas , a coordenadora-geral da Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), Ronalda Barreto, disse, nesta terça-feira (9), que os docentes vão manter a greve e afirmou ainda que "indignação aumentou" com o governo.
"Ele liberou um recurso da universidade que é obrigação e quer que vire benesse. Ele diz que está pagando o salário em dias. Isso é obrigação, mas quer que vire benesse. Os nossos direitos não estão sendo respeitados. Cerca de 400 professores esperam há quatro anos a promoção e nada até agora. A greve está mantida. O movimento grevista ficou ainda mais forte", pontuou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Ronalda Barreto criticou, também, o fato de o governador anunciar a promoção para professores apenas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), única unidade de ensino que não entrou em greve. Segundo ela, haverá, nesta quarta-feira (10), uma reunião para avaliar a greve. “Mas posso adiantar que a indignação da gente só aumentou”, acrescentou.
A coordenadora-geral contou, ainda, que, nesta terça-feira, haverá uma assembleia dos alunos que também querem aderir ao movimento grevista, já que as universidades não têm restaurantes e residências.
"Ele liberou um recurso da universidade que é obrigação e quer que vire benesse. Ele diz que está pagando o salário em dias. Isso é obrigação, mas quer que vire benesse. Os nossos direitos não estão sendo respeitados. Cerca de 400 professores esperam há quatro anos a promoção e nada até agora. A greve está mantida. O movimento grevista ficou ainda mais forte", pontuou, em entrevista ao Bahia Notícias.
Ronalda Barreto criticou, também, o fato de o governador anunciar a promoção para professores apenas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), única unidade de ensino que não entrou em greve. Segundo ela, haverá, nesta quarta-feira (10), uma reunião para avaliar a greve. “Mas posso adiantar que a indignação da gente só aumentou”, acrescentou.
A coordenadora-geral contou, ainda, que, nesta terça-feira, haverá uma assembleia dos alunos que também querem aderir ao movimento grevista, já que as universidades não têm restaurantes e residências.
'Por cima da prefeitura não vai acontecer', diz Neto sobre privatização da Embasa
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse nesta terça-feira (9) que o governo da Bahia precisa conversar com a prefeitura para saber sobre a possibilidade de privatização da Embasa.
“Nenhuma empresa privada vai entrar na Embasa sendo que a Embasa tem contrato com a prefeitura. Não estou fechado ao diálogo. Estou aberto. Quando ele quiser chamar para conversar sobre o tema, estou à disposição. Acho que a Embasa precisa de capital urgentemente, precisa voltar a investir na cidade. Vamos conversar com outros prefeitos”, disse, durante inauguração da estátua em homenagem à Mãe Stella de Oxóssi, na via que também leva o nome da Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá, que liga a avenida Luiz Viana Filho (Paralela) à Orla de Stella Maris.
Neto aproveitou para cutucar o seu maior adversário político no estado. “Não queremos enfretamento político nesse tema. Diferente do que o PT fez no passado e o governador fez. Não estou fechado. Agora, tem que conversar com o prefeito. Por cima da prefeitura não vai acontecer, nem na de Salvador nem de nenhuma cidade que tenha contrato com a Embasa”, completou.
“Nenhuma empresa privada vai entrar na Embasa sendo que a Embasa tem contrato com a prefeitura. Não estou fechado ao diálogo. Estou aberto. Quando ele quiser chamar para conversar sobre o tema, estou à disposição. Acho que a Embasa precisa de capital urgentemente, precisa voltar a investir na cidade. Vamos conversar com outros prefeitos”, disse, durante inauguração da estátua em homenagem à Mãe Stella de Oxóssi, na via que também leva o nome da Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá, que liga a avenida Luiz Viana Filho (Paralela) à Orla de Stella Maris.
Neto aproveitou para cutucar o seu maior adversário político no estado. “Não queremos enfretamento político nesse tema. Diferente do que o PT fez no passado e o governador fez. Não estou fechado. Agora, tem que conversar com o prefeito. Por cima da prefeitura não vai acontecer, nem na de Salvador nem de nenhuma cidade que tenha contrato com a Embasa”, completou.
Especialistas alertam sobre possibilidade de Chikungunya virar epidemia
A possibilidade do vírus Chikungunya se tornar silvestre, assim como a febre amarela, tem preocupado cientistas. Caso o vírus se instale nas florestas, especialistas afirmam que se tornaria impossível de erradicá-lo, pois, diferente da febre amarela, não existe vacina contra ele.
Segundo O Globo, o alerta foi feito pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Instituto Pasteur, autores de uma pesquisa sobre o tema publicada nesta quinta-feira (4), na revista científica “Plos Neglected Tropical Diseases”.
"Mais do que nunca, vigilância sanitária é crucial, e ela também precisa ser feita nas matas, com mosquitos e macacos", defendeu Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC.
Assim como a febre amarela, a Chikungunya é causada por um vírus de origem africana, e desembarcou no Brasil como uma doença humana. A forma urbana de ambas as febres é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
O estudo da Fiocruz constatou que duas espécies de mosquitos silvestres comuns no estado do Rio de Janeiro são capazes de transmitir o Chikungunya. "Existe a forte possibilidade de que os mosquitos silvestres já estejam infectados. É um grave problema de saúde pública, pois vai dificultar ainda mais o combate à doença", alertou Lourenço.
Segundo O Globo, o alerta foi feito pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pelo Instituto Pasteur, autores de uma pesquisa sobre o tema publicada nesta quinta-feira (4), na revista científica “Plos Neglected Tropical Diseases”.
"Mais do que nunca, vigilância sanitária é crucial, e ela também precisa ser feita nas matas, com mosquitos e macacos", defendeu Ricardo Lourenço, chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do IOC.
Assim como a febre amarela, a Chikungunya é causada por um vírus de origem africana, e desembarcou no Brasil como uma doença humana. A forma urbana de ambas as febres é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
O estudo da Fiocruz constatou que duas espécies de mosquitos silvestres comuns no estado do Rio de Janeiro são capazes de transmitir o Chikungunya. "Existe a forte possibilidade de que os mosquitos silvestres já estejam infectados. É um grave problema de saúde pública, pois vai dificultar ainda mais o combate à doença", alertou Lourenço.
Prefeitura de Serrinha: Profissionais de Educação recebem treinamento de primeiros socorros
A Prefeitura Municipal de Serrinha, através da Secretaria de Educação, promoveu na sexta-feira (5) capacitação de primeiros socorros para profissionais que atuam nas unidades escolares do município. O treinamento foi ministrado por bombeiros militares de Feira de Santana, das 8h às 17h, e foi realizado no Centro Juvenil Santo Alessandro.
A ideia foi desenvolvida pela Coordenação Infantil da Secretaria Municipal de Educação. Foram treinados coordenadores e professores da pré-escola, mediadores de pessoas com deficiência, diretores de escolas, educadores das creches e auxiliares concursados.
Os profissionais receberam aulas práticas e teóricas. O objetivo é preparar o educador para situações de emergência nas unidades de educação, principalmente.
Segundo a secretária municipal de Educação, Débora Privat, a preocupação é garantir a qualidade do trabalho. “O treinamento de primeiros socorros é de suma importância, pois permite aos educadores maior segurança em casos de alguma ocorrência, já que lidam com crianças diariamente”, pontuou.
A ideia foi desenvolvida pela Coordenação Infantil da Secretaria Municipal de Educação. Foram treinados coordenadores e professores da pré-escola, mediadores de pessoas com deficiência, diretores de escolas, educadores das creches e auxiliares concursados.
Os profissionais receberam aulas práticas e teóricas. O objetivo é preparar o educador para situações de emergência nas unidades de educação, principalmente.
Segundo a secretária municipal de Educação, Débora Privat, a preocupação é garantir a qualidade do trabalho. “O treinamento de primeiros socorros é de suma importância, pois permite aos educadores maior segurança em casos de alguma ocorrência, já que lidam com crianças diariamente”, pontuou.
Câmara de Vereadores de Serrinha é condecorada com a Comanda Capitão José Ferreira de Carvalho e Diploma de Mérito pela poder legislativo de Araci
Neste domingo (07), a comemoração dos 60 anos de Emancipação Política do Município Araci foi inciada com fogos de artifício. Ainda pela manhã, diversos atletas aracienses percorreram as principais ruas da cidade com a V edição da Corrida Rústica, que acontece todos os anos desde 2015. Em frente à Prefeitura Municipal, ocorreu o hasteamento das Bandeiras Nacional, Estadual e Municipal.
O evento contou com, cidadãos, atletas, profissionais públicos e autoridades políticas, entre elas os vereadores de Serrinha Jorge Gonçalves; Nininho do PT; Deca da Bela Vista; Rose de João Grilo; Zé do Sedex do Ovo e do Presidente da Câmara Municipal de Serrinha, o vereador Jean Carlos (Sargento Jean), que foram representar a cidade de Serrinha neste importante evento da cidade de Araci.
Na oportunidade, Sargento Jean parabenizou o município de Araci pelos 60 anos de Emancipação Política e disse que ficou lisonjeado em poder representar a comunidade serrinhense na homenagem da câmara municipal de Araci.
"Primeiro, quero parabenizar o município de Araci pelos 60 anos de Emancipação Política e agradecer a Câmara de Vereadores desta cidade pela Comanda de honra e mérito ao nosso poder legislativo municipal. Fico lisonjeado em poder representar a comunidade serrinhense nessa homenagem da câmara municipal de Araci," disse.
Além dos poderes legislativos de Serrinha e Araci, o Governo do Estado e a Prefeitura de Serrinha também foram condecoradas.
Ao Governo do Estado da Bahia pelo feito histórico do 33º Governador Antônio Balbino ao assinar e promulgar a Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 decretando a independência definitiva de Araci, liberdade que se consolidou nas eleições gerais de 07 de abril de 1959. O governador Rui Costa estava representado no momento da outorga pelo Sr. Antônio Magno de Souza Filho, Assessor junto a Secretaria de Estado de Relações Institucionais.
À Prefeitura Municipal de Serrinha ao reconhecer acatar e diligenciar a desmembramento da Vila de Araci, emancipada pela Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 decretando a independência definitiva de Araci, liberdade que se consolidou nas eleições gerais de 07 de abril de 1959. O prefeito Adriano Lima cujo nome consta na placa.
À Câmara Municipal de Serrinha pelo feito histórico de fazer tramitar o processo do plebiscito defendido pelo vereador José de Oliveira Lima, eleito pela Vila de Araci em 1947 e pelo reconhecimento e obediência à Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 que decretou a independência definitiva de Araci, consolidada nas eleições livres de 1959. O presidente da Câmara vereador Jean Carlos Cardoso Silva cujo nome se perpetuou na placa recebeu a homenagem.
O evento contou com, cidadãos, atletas, profissionais públicos e autoridades políticas, entre elas os vereadores de Serrinha Jorge Gonçalves; Nininho do PT; Deca da Bela Vista; Rose de João Grilo; Zé do Sedex do Ovo e do Presidente da Câmara Municipal de Serrinha, o vereador Jean Carlos (Sargento Jean), que foram representar a cidade de Serrinha neste importante evento da cidade de Araci.
Na oportunidade, Sargento Jean parabenizou o município de Araci pelos 60 anos de Emancipação Política e disse que ficou lisonjeado em poder representar a comunidade serrinhense na homenagem da câmara municipal de Araci.
"Primeiro, quero parabenizar o município de Araci pelos 60 anos de Emancipação Política e agradecer a Câmara de Vereadores desta cidade pela Comanda de honra e mérito ao nosso poder legislativo municipal. Fico lisonjeado em poder representar a comunidade serrinhense nessa homenagem da câmara municipal de Araci," disse.
Além dos poderes legislativos de Serrinha e Araci, o Governo do Estado e a Prefeitura de Serrinha também foram condecoradas.
Ao Governo do Estado da Bahia pelo feito histórico do 33º Governador Antônio Balbino ao assinar e promulgar a Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 decretando a independência definitiva de Araci, liberdade que se consolidou nas eleições gerais de 07 de abril de 1959. O governador Rui Costa estava representado no momento da outorga pelo Sr. Antônio Magno de Souza Filho, Assessor junto a Secretaria de Estado de Relações Institucionais.
À Prefeitura Municipal de Serrinha ao reconhecer acatar e diligenciar a desmembramento da Vila de Araci, emancipada pela Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 decretando a independência definitiva de Araci, liberdade que se consolidou nas eleições gerais de 07 de abril de 1959. O prefeito Adriano Lima cujo nome consta na placa.
À Câmara Municipal de Serrinha pelo feito histórico de fazer tramitar o processo do plebiscito defendido pelo vereador José de Oliveira Lima, eleito pela Vila de Araci em 1947 e pelo reconhecimento e obediência à Lei n. 863 de 15 de novembro de 1956 que decretou a independência definitiva de Araci, consolidada nas eleições livres de 1959. O presidente da Câmara vereador Jean Carlos Cardoso Silva cujo nome se perpetuou na placa recebeu a homenagem.
Após visita de Neymar, Pelé recebe alta de hospital
O ex-jogador Pelé, 78, recebeu alta nesta segunda-feira (8) do Hospital Americano, em Neuilly sur Seine (a oeste de Paris). O ex-jogador estava internado desde a última quarta-feira (3) por causa de uma infecção urinária.
Ele deu entrada no hospital após se sentir mal horas depois de um evento promocional em um hotel parisiense com o atacante francês Kylian Mbappé. Foi constatado um quadro de infecção, tratada com antibióticos.
Na sexta (4), Pelé escreveu em uma rede social que os remédios estavam fazendo efeito e que exames haviam mostrado uma melhora em sua condição.
"Eu estou me sentindo muito melhor e acho que estou pronto para jogar de novo", anunciou na ocasião o ex-atleta.
Antes de sair do hospital, o Rei do Futebol recebeu nesta segunda-feira (8) a visita do atacante Neymar, 27. O atleta do Paris Saint-Germain, que se recupera de uma lesão no pé direito, postou uma foto do encontro em sua rede social.
"Hoje dá Peixão! Sim ou sim!", escreveu Neymar.
Em seis dias de internação, o Hospital Americano, conhecido pela discrição no atendimento a uma clientela abastada de celebridades e figuras políticas, não soltou nenhum boletim sobre o quadro de Pelé.
Por causa da internação, o ex-atacante cancelou sua participação em um evento da Universidade Harvard no qual seria homenageado, no domingo (7).
Ele deu entrada no hospital após se sentir mal horas depois de um evento promocional em um hotel parisiense com o atacante francês Kylian Mbappé. Foi constatado um quadro de infecção, tratada com antibióticos.
Na sexta (4), Pelé escreveu em uma rede social que os remédios estavam fazendo efeito e que exames haviam mostrado uma melhora em sua condição.
"Eu estou me sentindo muito melhor e acho que estou pronto para jogar de novo", anunciou na ocasião o ex-atleta.
Antes de sair do hospital, o Rei do Futebol recebeu nesta segunda-feira (8) a visita do atacante Neymar, 27. O atleta do Paris Saint-Germain, que se recupera de uma lesão no pé direito, postou uma foto do encontro em sua rede social.
"Hoje dá Peixão! Sim ou sim!", escreveu Neymar.
Em seis dias de internação, o Hospital Americano, conhecido pela discrição no atendimento a uma clientela abastada de celebridades e figuras políticas, não soltou nenhum boletim sobre o quadro de Pelé.
Por causa da internação, o ex-atacante cancelou sua participação em um evento da Universidade Harvard no qual seria homenageado, no domingo (7).
Datafolha: após três meses do governo Bolsonaro, 40% têm expectativa de aumento da corrupção
A pesquisa Datafolha divulgada, nesta segunda-feira (8), pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que 40% dos entrevistados acham que a corrupção vai aumentar. Já para 35% das pessoas, vai diminuir, 21% acreditam que vai continuar como est e 3% disseram que não sabem. A pesquisa foi realizada após 100 dias do governo Jair Bolsonaro e ouviu 2.086 pessoas entre os últimos dias 2 e 3. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Em dezembro, ainda no governo Michel Temer (MDB), o Datafolha apurou que 58% julgavam que a corrupção iria diminuir e 19% consideravam que iria aumentar.
Segundo a pesquisa, a percepção sobre o aumento da corrupção é maior na região Nordeste (51), seguida por Sudeste (38%), Sul (35%) e Centro-Oeste/Norte: (35%).
Entre os eleitores de Bolsonaro (PSL), 54% julgam que a corrupção vai diminuir; já os que votaram em Fernando Haddad (PT), 59% consideram que vai aumentar.
Em dezembro, ainda no governo Michel Temer (MDB), o Datafolha apurou que 58% julgavam que a corrupção iria diminuir e 19% consideravam que iria aumentar.
Segundo a pesquisa, a percepção sobre o aumento da corrupção é maior na região Nordeste (51), seguida por Sudeste (38%), Sul (35%) e Centro-Oeste/Norte: (35%).
Entre os eleitores de Bolsonaro (PSL), 54% julgam que a corrupção vai diminuir; já os que votaram em Fernando Haddad (PT), 59% consideram que vai aumentar.
Tencati lamenta atuação "horrível" e admite que pode deixar o Vitória após a eleição
Contratado para um plano emergencial, como o próprio admitiu, Cláudio Tencati pode deixar o Vitória após apenas dois jogos no comando da equipe. Após a goleada sofrida para o Fortaleza, o técnico admitiu que há chance de não permanecer no clube com o novo presidente que será eleito e substituirá Ricardo David.
"Isso pode ocorrer. Vamos ver se teremos a confiança de quem vai assumir. Mas, eu sabia disso quando vim para o Vitória. Não poderia deixar de agarrar uma oportunidade dessa em um clube como o Vitória", disse.
Sobre a atuação do Rubro-Negro, o treinador reconheceu as dificuldades e classificou como "horrível". "Reconheço que o Vitória foi muito omisso. Vamos ter que, realmente, repensar todo o planejamento agora. Sei que vai ter uma diretoria nova, mas temos respaldo dessa que está aqui. Temos que fazer uma base de uma equipe forte para iniciar a Série B. A Série B não permite que tenhamos atuação como essa de hoje. Foi uma atuação horrível".
Ainda sobre o desempenho do time, o comandante avaliou que faltou ser mais consistente. "A gente pensou no planejamento inicial, de produzir, propor o jogo. faltou resiliência, de ser mais consistente, seguro e insistir. Achar os buracos do Fortaleza. Fomos cedendo e esse placar elástico, que jamais poderia acontecer, acabou acontecendo. Quando sofremos o segundo gol foi um baque grande. Fiquei receoso. Procurei mudar no intervalo, demos uma equilibrada, mas não foi suficiente".
Já sobre novos reforços e saídas de atletas do elenco, Tencati afirmou que só agora, após a eliminação poderão acontecer mudanças. "Nós tínhamos um plano emergencial para a Copa do Nordeste, manter o elenco que aqui está focado nessa competição. Vocês viram que o comportamento da equipe teve uma melhora nesses dois jogos. Mas, o peso de toda a temporada veio nas costas a partir do primeiro gol".Fonte:Bocão News
"Isso pode ocorrer. Vamos ver se teremos a confiança de quem vai assumir. Mas, eu sabia disso quando vim para o Vitória. Não poderia deixar de agarrar uma oportunidade dessa em um clube como o Vitória", disse.
Sobre a atuação do Rubro-Negro, o treinador reconheceu as dificuldades e classificou como "horrível". "Reconheço que o Vitória foi muito omisso. Vamos ter que, realmente, repensar todo o planejamento agora. Sei que vai ter uma diretoria nova, mas temos respaldo dessa que está aqui. Temos que fazer uma base de uma equipe forte para iniciar a Série B. A Série B não permite que tenhamos atuação como essa de hoje. Foi uma atuação horrível".
Ainda sobre o desempenho do time, o comandante avaliou que faltou ser mais consistente. "A gente pensou no planejamento inicial, de produzir, propor o jogo. faltou resiliência, de ser mais consistente, seguro e insistir. Achar os buracos do Fortaleza. Fomos cedendo e esse placar elástico, que jamais poderia acontecer, acabou acontecendo. Quando sofremos o segundo gol foi um baque grande. Fiquei receoso. Procurei mudar no intervalo, demos uma equilibrada, mas não foi suficiente".
Já sobre novos reforços e saídas de atletas do elenco, Tencati afirmou que só agora, após a eliminação poderão acontecer mudanças. "Nós tínhamos um plano emergencial para a Copa do Nordeste, manter o elenco que aqui está focado nessa competição. Vocês viram que o comportamento da equipe teve uma melhora nesses dois jogos. Mas, o peso de toda a temporada veio nas costas a partir do primeiro gol".Fonte:Bocão News
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Brasileiros consideram fé mais importante que educação para mudança de vida, diz pesquisa
Cerca de 80% dos brasileiros acreditam que o progresso do país está condicionado à redução da desigualdade. Ao mesmo tempo, investimento público em assistência social está em último na lista de prioridades para diminuição do mesmo índice segundo a pesquisa Datafolha “Nós e as desigualdades”, feita em parceria com a ONG Oxfam Brasil.
Realizado pela segunda vez, o levantamento realizou entrevistas com 2.086 pessoas para medir a percepção sobre a desigualdade no país e deste modo trazer um retrato da opinião pública no início de um novo ano e de um novo governo.
Quanto às prioridades que levariam a uma melhora de vida, os entrevistados tiveram de elencar em ordem de importância oito aspectos pré-definidos. O aspecto que foi considerado prioridade pelo maior número de pessoas foi a “fé religiosa”, com 28%, seguido por “estudar” (21%) e “ter acesso à saúde” (19%). Em último, aparece “cultura e lazer”, com 2%.Fonte:Bahia Noticias
Para bolsonaristas, presidente deve voltar a falar com seus eleitores
Enquanto analistas e políticos pedem que Jair Bolsonaro (PSL) pare de fazer campanha, saia do Twitter e comece a governar, uma parcela de apoiadores dele faz um apelo em sentido contrário: presidente, pare de tentar negociar com o Congresso e volte a falar diretamente com o povo.
Esse foi o sentimento dominante entre as oito pessoas reunidas pela reportagem na última terça-feira (2), todos eleitores de Bolsonaro que se mantêm fiéis a ele, apesar do desgaste de seus cem primeiros dias de governo.
Não que o governo seja todo perfeito, tá ok? Para eles, Bolsonaro vem, sim, mostrando um calcanhar de aquiles: a comunicação.
Para o estudante de sociologia Jonas Buccini, 20, o presidente deveria ir à TV e às redes sociais mostrar o real estado da economia. Só assim para cair a ficha na população de que a reforma da Previdência é importante e que é preciso pressionar o Congresso para aprová-la logo.
"O [Ronald] Reagan, quando assumiu [como presidente dos EUA, em 1981], mostrou com gráficos como estava deteriorada a situação".
Opinião parecida tem a aposentada Leocádia de Castro, 63. "O pessoal fala para [Bolsonaro] não falar, mas ele tem de falar para nós, seus eleitores. Porque a mídia faz tudo para dificultar o trabalho dele".
Todos lá adoram WhatsApp e redes sociais. Mas nos rincões do país as pessoas assistem à TV Globo, afirmam.
"Quanto mais ele falar, melhor. É como se fosse o nosso chefe e estivesse dando detalhes de tudo que está acontecendo na empresa", diz a turismóloga Talita Freitas, 31.
De maneira geral, os percalços deste início de mandato são atribuídos pelo grupo a uma trinca: a imprensa (que, para eles, persegue o capitão), a "velha política" e os interesses contrariados dentro da máquina do governo.
Se o Ministério da Educação não vai bem, por exemplo, não é porque o ministro Ricardo Vélez Rodríguez o administra mal: anos de petismo o teriam aparelhado de tal forma que o estrago não vai sumir da noite pro dia.
"Todas as áreas, os ministérios, estão dominados pelo esquerdismo", diz a aposentada Neusa de Oliveira, 73. Ela sugere que o presidente distribua cartilhas à população explicando seus projetos.
O empresário Raphael Daniele, 35, concorda que é cedo para uma cobrança mais incisiva, sobretudo em sua área. "A economia ainda é uma marola do governo passado. O Brasil tem muito remédio para tomar, sair da cama, e o governo está resolvendo uma coisa por vez".
Mesmo assim, diz o professor Aelison Queiroz, 54, há um novo clima gerado pela eleição de Bolsonaro. "O ponto mais forte desse início é o otimismo. Já fechei com três clientes desde a eleição", afirma ele, que dá aulas de idiomas para executivos de multinacionais alemãs.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonista de bate-bocas com Sergio Moro (Justiça) e Bolsonaro, é desprezado enquanto representante da velha política. "O Congresso vai ter que se emendar, porque vai sofrer pressão da população. A gente sabe que sempre a negociação foi troca de cargos, e a população não quer mais isso", diz Stefanny Papaiano, 36, assessora parlamentar.
E o que dizer do entorno do presidente? Moro e Paulo Guedes (Fazenda) são unanimidade. Recebem menções positivas também Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e, talvez para a surpresa de muitos, Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
"O governo está usando muito o Itamaraty para conseguir investimentos para o Brasil. Ele não é essa figura que a mídia internacional e a nacional retratam", diz o estudante Matheus Galdino, 18.
Já Vélez, talvez o ministro mais torpedeado até aqui, está patinando por ter uma missão complicada demais, dizem os apoiadores do governo.
"O MEC tem muita demanda. O ministro precisa ser muito bem assessorado", diz Matheus. "O MEC é como trocar o pneu do carro com o carro andando. Precisa de um pente fino. Primeiro, tem que sanear a máquina", afirma Aelison, ecoando a visão de que é uma pasta "esquerdizada" nos últimos anos.
A unanimidade é bem menor ao tratar de outras figuras que rodeiam Bolsonaro. Os filhos, por exemplo.
Talita diz que gosta da prole "até certo ponto. Se começa a passar do ponto, já vira uma piada. Intromissão demais".
Para Leocádia, Bolsonaro vê os filhos como crianças. "Não acredito que eles falem alguma coisa sem a concordância do pai", diz.
Já Stefanny tem um parecer com o qual muitas pessoas não concordariam sobre Carlos, conhecido como o "pitbull" do pai e gerente de suas redes sociais. "Adoro o Carlos. Ele é muito humilde".
Já o senador Flávio seria a verdadeira "fraquejada" entre os irmãos, e não a caçula Laura, única filha mulher do presidente, que já a definiu assim. É uma piada que circula em rodas bolsonaristas e é lembrada pelo octeto.
O primogênito, afinal, deu dor de cabeça a Bolsonaro pelo escândalo envolvendo seu ex-motorista Fabrício Queiroz, que trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Aliás, é justo cobrar que Bolsonaro saiba tudo o que se passa em seu governo? Certa vez, lembra Aelison, "perguntaram para o Abílio Diniz se ele estava a par de tudo no Pão de Açúcar. Ele disse: 'Se tem um cara roubando uma lata de ervilha, não tenho como saber'".
Para Talita e Raphael, Olavo de Carvalho, o guru da família Bolsonaro, é considerado "sensacionalista". "Ele coloca alguns tópicos que não têm relação com o momento. Não contribui para formar uma opinião do que o brasileiro pensa do governo. Geralmente, quem se acha dono do governo acaba perdendo a credibilidade", diz o empresário.
Para Jonas, o escritor merece crédito por ter quebrado a "hegemonia cultural da esquerda". Pena que a mídia, diz ele, só dá destaque aos palavrões que profere.
Mais polêmica suscita o vice, general Antonio Hamilton Mourão (PRTB). Matheus solta rápido um "traíra" quando a reportagem o menciona. E começa a listar uma série de posições do vice que divergem das de Bolsonaro, como aborto e transferência da embaixada em Israel.
"Mourão fala coisas que podem confundir as pessoas", reforça Talita. Já Raphael considera o vice uma espécie de seguro para dar estabilidade ao presidente no cargo. "Se alguma coisa acontecer com o Bolsonaro, vão ter que parar de falar com o capitão e falar com o general".
O encontro ocorreu dois dias após o aniversário de 55 anos do golpe de 1964, e a discussão inevitavelmente foi parar nesse tema. A mesa converge ao dizer que não foi golpe, e sim uma reação a uma suposta escalada comunista do presidente João Goulart.
"Tudo que nós sabemos sobre o regime militar é sob a ótica da esquerda. A falha dos militares foi essa, não fizeram propaganda, não escreveram o que realmente aconteceu", diz Leocádia.
Neusa, que tinha 18 anos em 1964, diz que as pessoas eram ingênuas na época. "A gente era ignorante, gostava do [ex-presidente] Jânio Quadros, que era um comunista. Dom Evaristo Arns [ex-arcebispo de São Paulo] era o maior comunista, e a gente considerava ele um santo".
Para a aposentada, a esquerda criou “um ranço com o AI-5, que foi necessário”. Ela completa: “Do meu ponto de vista deviam ser fuzilados”.
Stefanny enxerga problemas na ditadura: tecnocracia, aparelhamento do Estado, economia fechada. Nenhuma palavra sobre tortura e morte de opositores do regime. Justifica: não era preciso combater a esquerda armada da época?
"Não acho que direitos humanos foi um problema. Como acho que não seria um problema combater o PCC duramente", afirma.Fonte:por Anna Virginia Balloussier e Fábio Zanini | Folhapress
Esse foi o sentimento dominante entre as oito pessoas reunidas pela reportagem na última terça-feira (2), todos eleitores de Bolsonaro que se mantêm fiéis a ele, apesar do desgaste de seus cem primeiros dias de governo.
Não que o governo seja todo perfeito, tá ok? Para eles, Bolsonaro vem, sim, mostrando um calcanhar de aquiles: a comunicação.
Para o estudante de sociologia Jonas Buccini, 20, o presidente deveria ir à TV e às redes sociais mostrar o real estado da economia. Só assim para cair a ficha na população de que a reforma da Previdência é importante e que é preciso pressionar o Congresso para aprová-la logo.
"O [Ronald] Reagan, quando assumiu [como presidente dos EUA, em 1981], mostrou com gráficos como estava deteriorada a situação".
Opinião parecida tem a aposentada Leocádia de Castro, 63. "O pessoal fala para [Bolsonaro] não falar, mas ele tem de falar para nós, seus eleitores. Porque a mídia faz tudo para dificultar o trabalho dele".
Todos lá adoram WhatsApp e redes sociais. Mas nos rincões do país as pessoas assistem à TV Globo, afirmam.
"Quanto mais ele falar, melhor. É como se fosse o nosso chefe e estivesse dando detalhes de tudo que está acontecendo na empresa", diz a turismóloga Talita Freitas, 31.
De maneira geral, os percalços deste início de mandato são atribuídos pelo grupo a uma trinca: a imprensa (que, para eles, persegue o capitão), a "velha política" e os interesses contrariados dentro da máquina do governo.
Se o Ministério da Educação não vai bem, por exemplo, não é porque o ministro Ricardo Vélez Rodríguez o administra mal: anos de petismo o teriam aparelhado de tal forma que o estrago não vai sumir da noite pro dia.
"Todas as áreas, os ministérios, estão dominados pelo esquerdismo", diz a aposentada Neusa de Oliveira, 73. Ela sugere que o presidente distribua cartilhas à população explicando seus projetos.
O empresário Raphael Daniele, 35, concorda que é cedo para uma cobrança mais incisiva, sobretudo em sua área. "A economia ainda é uma marola do governo passado. O Brasil tem muito remédio para tomar, sair da cama, e o governo está resolvendo uma coisa por vez".
Mesmo assim, diz o professor Aelison Queiroz, 54, há um novo clima gerado pela eleição de Bolsonaro. "O ponto mais forte desse início é o otimismo. Já fechei com três clientes desde a eleição", afirma ele, que dá aulas de idiomas para executivos de multinacionais alemãs.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonista de bate-bocas com Sergio Moro (Justiça) e Bolsonaro, é desprezado enquanto representante da velha política. "O Congresso vai ter que se emendar, porque vai sofrer pressão da população. A gente sabe que sempre a negociação foi troca de cargos, e a população não quer mais isso", diz Stefanny Papaiano, 36, assessora parlamentar.
E o que dizer do entorno do presidente? Moro e Paulo Guedes (Fazenda) são unanimidade. Recebem menções positivas também Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e, talvez para a surpresa de muitos, Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
"O governo está usando muito o Itamaraty para conseguir investimentos para o Brasil. Ele não é essa figura que a mídia internacional e a nacional retratam", diz o estudante Matheus Galdino, 18.
Já Vélez, talvez o ministro mais torpedeado até aqui, está patinando por ter uma missão complicada demais, dizem os apoiadores do governo.
"O MEC tem muita demanda. O ministro precisa ser muito bem assessorado", diz Matheus. "O MEC é como trocar o pneu do carro com o carro andando. Precisa de um pente fino. Primeiro, tem que sanear a máquina", afirma Aelison, ecoando a visão de que é uma pasta "esquerdizada" nos últimos anos.
A unanimidade é bem menor ao tratar de outras figuras que rodeiam Bolsonaro. Os filhos, por exemplo.
Talita diz que gosta da prole "até certo ponto. Se começa a passar do ponto, já vira uma piada. Intromissão demais".
Para Leocádia, Bolsonaro vê os filhos como crianças. "Não acredito que eles falem alguma coisa sem a concordância do pai", diz.
Já Stefanny tem um parecer com o qual muitas pessoas não concordariam sobre Carlos, conhecido como o "pitbull" do pai e gerente de suas redes sociais. "Adoro o Carlos. Ele é muito humilde".
Já o senador Flávio seria a verdadeira "fraquejada" entre os irmãos, e não a caçula Laura, única filha mulher do presidente, que já a definiu assim. É uma piada que circula em rodas bolsonaristas e é lembrada pelo octeto.
O primogênito, afinal, deu dor de cabeça a Bolsonaro pelo escândalo envolvendo seu ex-motorista Fabrício Queiroz, que trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Aliás, é justo cobrar que Bolsonaro saiba tudo o que se passa em seu governo? Certa vez, lembra Aelison, "perguntaram para o Abílio Diniz se ele estava a par de tudo no Pão de Açúcar. Ele disse: 'Se tem um cara roubando uma lata de ervilha, não tenho como saber'".
Para Talita e Raphael, Olavo de Carvalho, o guru da família Bolsonaro, é considerado "sensacionalista". "Ele coloca alguns tópicos que não têm relação com o momento. Não contribui para formar uma opinião do que o brasileiro pensa do governo. Geralmente, quem se acha dono do governo acaba perdendo a credibilidade", diz o empresário.
Para Jonas, o escritor merece crédito por ter quebrado a "hegemonia cultural da esquerda". Pena que a mídia, diz ele, só dá destaque aos palavrões que profere.
Mais polêmica suscita o vice, general Antonio Hamilton Mourão (PRTB). Matheus solta rápido um "traíra" quando a reportagem o menciona. E começa a listar uma série de posições do vice que divergem das de Bolsonaro, como aborto e transferência da embaixada em Israel.
"Mourão fala coisas que podem confundir as pessoas", reforça Talita. Já Raphael considera o vice uma espécie de seguro para dar estabilidade ao presidente no cargo. "Se alguma coisa acontecer com o Bolsonaro, vão ter que parar de falar com o capitão e falar com o general".
O encontro ocorreu dois dias após o aniversário de 55 anos do golpe de 1964, e a discussão inevitavelmente foi parar nesse tema. A mesa converge ao dizer que não foi golpe, e sim uma reação a uma suposta escalada comunista do presidente João Goulart.
"Tudo que nós sabemos sobre o regime militar é sob a ótica da esquerda. A falha dos militares foi essa, não fizeram propaganda, não escreveram o que realmente aconteceu", diz Leocádia.
Neusa, que tinha 18 anos em 1964, diz que as pessoas eram ingênuas na época. "A gente era ignorante, gostava do [ex-presidente] Jânio Quadros, que era um comunista. Dom Evaristo Arns [ex-arcebispo de São Paulo] era o maior comunista, e a gente considerava ele um santo".
Para a aposentada, a esquerda criou “um ranço com o AI-5, que foi necessário”. Ela completa: “Do meu ponto de vista deviam ser fuzilados”.
Stefanny enxerga problemas na ditadura: tecnocracia, aparelhamento do Estado, economia fechada. Nenhuma palavra sobre tortura e morte de opositores do regime. Justifica: não era preciso combater a esquerda armada da época?
"Não acho que direitos humanos foi um problema. Como acho que não seria um problema combater o PCC duramente", afirma.Fonte:por Anna Virginia Balloussier e Fábio Zanini | Folhapress
Jorge Sola dispara: "juiz que condenou Lula ganhou de presente o Ministério da Justiça"
O deputado federal Jorge Sola (PT) não hesitou em afirmar que o juiz [Sérgio Moro] que condenou o ex-presidente Lula “ganhou de presente” o Ministério da Justiça. No ato “Lula livre”, realizado no Campo Grande, em Salvador, na tarde deste domingo (7), ele frisou que Lula foi preso de forma ilegal, sem crime, como forma de retirá-lo do processo eleitoral e impedi-lo que fosse candidato.
“E deste lá o país está sendo destruído. Deste o golpe que destituiu a presidenta Dilma [ Rousseff] só temos perdido direitos, o Brasil tem perdido recursos nas políticas públicas e agora querem destruir a previdência social. E então, a pauta pela liberdade de Lula é a luta pela retomada do governo brasileiro de devolver gestões de políticas públicas para a maioria da pública”, conclamou.
Sola avaliou ainda que a equipe ministerial composta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) “é a mais desqualificada da história da República”.
Ele leva em conta, o que classifica, como um “desastre” atrás do outro, que vem ocorrendo na nova gestão. “Estão destruindo o Ministério da Educação, estudantes não conseguem o Fies, correm o risco de não terem o Enem; o Ministério da Saúde com cortes de recursos drásticos e mais todo descalabro que vem acontecendo envolvendo o ministro do Turismo [Marcelo Álvaro Antônio] , com provas claras de utilização de recursos ilegais por candidatos laranjas para beneficiar sua campanha. Portanto, o nosso papel, o papel do Congresso é buscar que o estrago não seja tão grande a ponto de repercutir por gerações em nosso país”, disparou.
A PRISÃO DE LULA
Lula foi preso em 7 de abril do ano passado após ter sido condenado a 12 anos e um mês em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro de 2018, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.
Antes ele havia sido condenado em primeira instância a 9 anos e meio pelo ex-juiz Sérgio Moro – hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Nas próximas semanas, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar um recurso especial da defesa de Lula, cujos argumentos foram monocraticamente rejeitados em novembro do ano passado pelo relator, ministro Felix Fischer.
Os advogados do ex-presidente pediram que o STJ avalie se o processo deve ser remetido à Justiça Eleitoral, com base na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que anularia a sentença dos desembargadores do TRF-4. Fonte:Bocão News
“E deste lá o país está sendo destruído. Deste o golpe que destituiu a presidenta Dilma [ Rousseff] só temos perdido direitos, o Brasil tem perdido recursos nas políticas públicas e agora querem destruir a previdência social. E então, a pauta pela liberdade de Lula é a luta pela retomada do governo brasileiro de devolver gestões de políticas públicas para a maioria da pública”, conclamou.
Sola avaliou ainda que a equipe ministerial composta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) “é a mais desqualificada da história da República”.
Ele leva em conta, o que classifica, como um “desastre” atrás do outro, que vem ocorrendo na nova gestão. “Estão destruindo o Ministério da Educação, estudantes não conseguem o Fies, correm o risco de não terem o Enem; o Ministério da Saúde com cortes de recursos drásticos e mais todo descalabro que vem acontecendo envolvendo o ministro do Turismo [Marcelo Álvaro Antônio] , com provas claras de utilização de recursos ilegais por candidatos laranjas para beneficiar sua campanha. Portanto, o nosso papel, o papel do Congresso é buscar que o estrago não seja tão grande a ponto de repercutir por gerações em nosso país”, disparou.
A PRISÃO DE LULA
Lula foi preso em 7 de abril do ano passado após ter sido condenado a 12 anos e um mês em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro de 2018, sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.
Antes ele havia sido condenado em primeira instância a 9 anos e meio pelo ex-juiz Sérgio Moro – hoje ministro da Justiça do governo Bolsonaro.
Nas próximas semanas, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar um recurso especial da defesa de Lula, cujos argumentos foram monocraticamente rejeitados em novembro do ano passado pelo relator, ministro Felix Fischer.
Os advogados do ex-presidente pediram que o STJ avalie se o processo deve ser remetido à Justiça Eleitoral, com base na recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que anularia a sentença dos desembargadores do TRF-4. Fonte:Bocão News
Se fosse presidente, escolheria 'outras pessoas' para trabalhar comigo, diz Mourão
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou neste domingo (7) que, se estivesse no lugar de Jair Bolsonaro, teria escolhido outras pessoas para trabalhar com ele no comando do governo.
Durante encerramento da Brazil Conference, nos EUA, o vice fez um balanço dos cem primeiros dias do governo Bolsonaro —completos na quarta-feira (10)— e foi questionado sobre o que faria diferente caso fosse o presidente.
Em um primeiro momento, Mourão disse que agradecia a pergunta, mas que sua parceria com Bolsonaro era total. "Quando ele toma uma decisão, eu acato."
Questionado mais uma vez sobre possíveis mudanças na condução do país até aqui, o vice então respondeu: "Talvez pela minha personalidade, eu escolhesse outras pessoas para trabalhar comigo".
Para Mourão, a grande participação de militares no governo Bolsonaro cria um risco de associação caso o governo falhe.
"Se nosso governo falhar, errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas, daí a nossa extrema preocupação".
O vice respondia à pergunta da plateia —formada por estudantes, professores e pesquisadores— sobre o papel dos militares no Planalto e a percepção do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) de que governar não era tarefa das Forças —Geisel iniciou a transição do regime militar para o civil.
Sobre a comparação, Mourão declarou: "O general Geisel não foi eleito, eu fui".
Nesse momento, o vice-presidente foi ovacionado pelo público. Uma pessoa, porém, gritou "ditadura nunca mais" e foi rapidamente retirada do auditório por seguranças.
Apesar de afirmar que a conta de um eventual fracasso do governo vai para o colo dos militares, Mourão tentou minimizar o peso da farda na gestão de Bolsonaro.
Ele disse que o presidente é "mais político do que militar", pois está no Congresso há quase 30 anos e que os auxiliares no comando de pastas importantes, como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), com o general Augusto Heleno, e a Secretaria de Governo, com o general Santos Cruz, já estavam na reserva.
Sob críticas de aliados de Bolsonaro por sua postura muitas vezes antagônica à do governo, Mourão fez questão de dizer que sua parceria com o presidente é total e que, quando o chefe do Planalto toma uma decisão, ele a acata.
Nas últimas semanas, Mourão tem se colocado do outro lado do tabuleiro nas principais polêmicas do governo.
Na mais recente, enquanto Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, insistiam na ideia de que o nazismo foi um movimento de esquerda, Mourão disparou: "De esquerda é o comunismo, não resta nenhuma dúvida".
O vice-presidente está nos EUA para uma série de compromissos entre Boston e Washington.
Como mostrou a Folha, o roteiro incomodou aliados de Bolsonaro, que avaliam os compromissos como reforço da tese de que o vice está tentando se firmar como figura plural e dissonante de Bolsonaro.
“Bolsonaro é tão criticado e, muitas vezes, tão pouco compreendido: a visão do presidente é muito clara, ele está trabalhando para as próximas gerações e não para as próximas eleições, ele tem firme em sua mente que, em 1º de janeiro de 2023, quando entregarmos o bastão para quem nos suceder, o país estará com as reformas prontas”, disse Mourão, diante de um auditório lotado composto por estudantes de Harvard, empresários e autoridades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador do Rio, Wilson Witzel, chamado de “dileto amigo”.
Mourão advertiu para o uso das redes sociais para disseminar o ódio. O vice-presidente tem sido alvo de diversos ataques do guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, e os filhos do presidente frequentemente usam as mídias sociais para atacar opositores.
“A revolução tecnológica dos últimos anos não trouxe exclusivamente benefícios, a velocidade da disseminação das informações favorece o conhecimento, mas também permite que operadores fora do sistema se aproveitem dessas plataformas para fins destrutivos, muitas vezes violentos e para semear o ódio”, afirmou.
“O Brasil e a Nova Zelândia foram palco recente dessa violência planejada e organizada nas mesmas redes sociais onde pessoas de bem trocam informações, compartilham experiências e imagens e cultivam relações de qualidade. Este é o nosso primeiro recado : não ao ódio.”
E o general apontou a crise ambiental e o protecionismo comercial como alguns dos principais desafios enfrentados pelo mundo hoje. Indagado, Mourão disse textualmente que o Brasil não irá abandonar o Acordo de Paris sobre o clima. “O Brasil tem uma responsabilidade enorme, não vamos sair do Acordo de Paris e vamos nos sujeitar ao que ali está colocado.”
Durante a campanha, Bolsonaro chegou a dizer que faria como o americano Donald Trump e abandonaria o acordo do clima, mas, depois, voltou atrás.
EDUCAÇÃO
O vice de Bolsonaro foi categórico ao dizer que há um problema no Ministério da Educação e que o presidente vai decidir nesta segunda-feira (8) o destino do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que protagonizou várias polêmicas na área nas últimas semanas e deve deixar o cargo.
"Estamos com um problema no Ministério da Educação. O presidente vai tomar uma decisão a esse respeito amanhã, de acordo com o que ele já definiu. Não sei se Vélez vai ser mantido, se o presidente vai mantê-lo ou colocar outra pessoa, mas temos que resolver esse problema de imediato", declarou o vice-presidente.
Mourão comentou ainda a queda de popularidade do governo nos três primeiros meses e disse que vê os números "com naturalidade" pois há uma "ansiedade muito grande" nas pessoas, que querem mudança rápida.
"Existe uma ansiedade muito grande por parte da sociedade, as pessoas clamam por mudança, a taxa de desemprego está alta. Vejo com naturalidade essa queda inicial de popularidade. Tem gente que quer que a gente acelere as coisas, mas o Executivo não tem varinha de condão".
Neste domingo, pesquisa do Datafolha registrou a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Mourão tem sido alvo de críticas de aliados de Bolsonaro, que afirmam que o vice adota uma postura antagônica à do governo, reforçando a tese de que quer ser uma figura mais plural e dissonante do presidente.
O vice, por sua vez, tem dito que sua posição é complementar à de Bolsonaro, mas não deixou neste domingo de fazer um discurso que habitualmente não seria ecoado pelo chefe do Planalto.
Mourão falou, por exemplo, em cuidados sociais para resolver o problema da segurança pública no país. Ele disse que não adianta o Brasil ter uma polícia efetiva e um sistema carcerário reformado se as pessoas continuarem vivendo em condições degradantes nas favelas, por exemplo.
Segundo ele, sem água, luz ou outros serviços, as pessoas são cooptadas pelo tráfico.
O general citou o encontro que teve neste sábado (6) com o professor Mangabeira Unger, conselheiro do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), grande crítico do governo Bolsonaro.
Mas Mourão fez uma vigorosa defesa do livre mercado e redução do tamanho do Estado. “Durante vários anos, os brasileiros tentaram usar a máquina do Estado para resolver problemas e essa sistemática perversa afundou o país em uma das mais graves crises. O Estado se tornou ainda mais ineficiente e a corrupção atingiu níveis inimagináveis.”
Ele listou conquistas do governo Bolsonaro nos primeiros cem dias: redução do número de ministérios, formação de ministérios e gabinetes descartando distribuição de cargos em troca de apoio político, e o encaminhamento da reforma da Previdência e do pacote anticrime para apreciação do Congresso.
Mourão reiterou que a aprovação da reforma da Previdência é a prioridade número 1 do governo, seguida de reforma tributária, desburocratização, redução de regulamentações e ajuste fiscal.
E o vice-presidente voltou a criticar o chavismo na Venezuela. “Lá, houve a apropriação sistemática dos meios de produção por parte de um grupo corrupto, liderado pelo então presidente Hugo Chávez, e o país foi sucateado em beneficio dos integrantes do regime. A chegada de [Nicolás] Maduro ao poder, um líder fraco, sem o carisma do antecessor, somente acelerou o processo de deterioração que sofre aquele país.”
Durante encerramento da Brazil Conference, nos EUA, o vice fez um balanço dos cem primeiros dias do governo Bolsonaro —completos na quarta-feira (10)— e foi questionado sobre o que faria diferente caso fosse o presidente.
Em um primeiro momento, Mourão disse que agradecia a pergunta, mas que sua parceria com Bolsonaro era total. "Quando ele toma uma decisão, eu acato."
Questionado mais uma vez sobre possíveis mudanças na condução do país até aqui, o vice então respondeu: "Talvez pela minha personalidade, eu escolhesse outras pessoas para trabalhar comigo".
Para Mourão, a grande participação de militares no governo Bolsonaro cria um risco de associação caso o governo falhe.
"Se nosso governo falhar, errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas, daí a nossa extrema preocupação".
O vice respondia à pergunta da plateia —formada por estudantes, professores e pesquisadores— sobre o papel dos militares no Planalto e a percepção do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) de que governar não era tarefa das Forças —Geisel iniciou a transição do regime militar para o civil.
Sobre a comparação, Mourão declarou: "O general Geisel não foi eleito, eu fui".
Nesse momento, o vice-presidente foi ovacionado pelo público. Uma pessoa, porém, gritou "ditadura nunca mais" e foi rapidamente retirada do auditório por seguranças.
Apesar de afirmar que a conta de um eventual fracasso do governo vai para o colo dos militares, Mourão tentou minimizar o peso da farda na gestão de Bolsonaro.
Ele disse que o presidente é "mais político do que militar", pois está no Congresso há quase 30 anos e que os auxiliares no comando de pastas importantes, como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), com o general Augusto Heleno, e a Secretaria de Governo, com o general Santos Cruz, já estavam na reserva.
Sob críticas de aliados de Bolsonaro por sua postura muitas vezes antagônica à do governo, Mourão fez questão de dizer que sua parceria com o presidente é total e que, quando o chefe do Planalto toma uma decisão, ele a acata.
Nas últimas semanas, Mourão tem se colocado do outro lado do tabuleiro nas principais polêmicas do governo.
Na mais recente, enquanto Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, insistiam na ideia de que o nazismo foi um movimento de esquerda, Mourão disparou: "De esquerda é o comunismo, não resta nenhuma dúvida".
O vice-presidente está nos EUA para uma série de compromissos entre Boston e Washington.
Como mostrou a Folha, o roteiro incomodou aliados de Bolsonaro, que avaliam os compromissos como reforço da tese de que o vice está tentando se firmar como figura plural e dissonante de Bolsonaro.
“Bolsonaro é tão criticado e, muitas vezes, tão pouco compreendido: a visão do presidente é muito clara, ele está trabalhando para as próximas gerações e não para as próximas eleições, ele tem firme em sua mente que, em 1º de janeiro de 2023, quando entregarmos o bastão para quem nos suceder, o país estará com as reformas prontas”, disse Mourão, diante de um auditório lotado composto por estudantes de Harvard, empresários e autoridades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador do Rio, Wilson Witzel, chamado de “dileto amigo”.
Mourão advertiu para o uso das redes sociais para disseminar o ódio. O vice-presidente tem sido alvo de diversos ataques do guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, e os filhos do presidente frequentemente usam as mídias sociais para atacar opositores.
“A revolução tecnológica dos últimos anos não trouxe exclusivamente benefícios, a velocidade da disseminação das informações favorece o conhecimento, mas também permite que operadores fora do sistema se aproveitem dessas plataformas para fins destrutivos, muitas vezes violentos e para semear o ódio”, afirmou.
“O Brasil e a Nova Zelândia foram palco recente dessa violência planejada e organizada nas mesmas redes sociais onde pessoas de bem trocam informações, compartilham experiências e imagens e cultivam relações de qualidade. Este é o nosso primeiro recado : não ao ódio.”
E o general apontou a crise ambiental e o protecionismo comercial como alguns dos principais desafios enfrentados pelo mundo hoje. Indagado, Mourão disse textualmente que o Brasil não irá abandonar o Acordo de Paris sobre o clima. “O Brasil tem uma responsabilidade enorme, não vamos sair do Acordo de Paris e vamos nos sujeitar ao que ali está colocado.”
Durante a campanha, Bolsonaro chegou a dizer que faria como o americano Donald Trump e abandonaria o acordo do clima, mas, depois, voltou atrás.
EDUCAÇÃO
O vice de Bolsonaro foi categórico ao dizer que há um problema no Ministério da Educação e que o presidente vai decidir nesta segunda-feira (8) o destino do ministro Ricardo Vélez Rodríguez, que protagonizou várias polêmicas na área nas últimas semanas e deve deixar o cargo.
"Estamos com um problema no Ministério da Educação. O presidente vai tomar uma decisão a esse respeito amanhã, de acordo com o que ele já definiu. Não sei se Vélez vai ser mantido, se o presidente vai mantê-lo ou colocar outra pessoa, mas temos que resolver esse problema de imediato", declarou o vice-presidente.
Mourão comentou ainda a queda de popularidade do governo nos três primeiros meses e disse que vê os números "com naturalidade" pois há uma "ansiedade muito grande" nas pessoas, que querem mudança rápida.
"Existe uma ansiedade muito grande por parte da sociedade, as pessoas clamam por mudança, a taxa de desemprego está alta. Vejo com naturalidade essa queda inicial de popularidade. Tem gente que quer que a gente acelere as coisas, mas o Executivo não tem varinha de condão".
Neste domingo, pesquisa do Datafolha registrou a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Mourão tem sido alvo de críticas de aliados de Bolsonaro, que afirmam que o vice adota uma postura antagônica à do governo, reforçando a tese de que quer ser uma figura mais plural e dissonante do presidente.
O vice, por sua vez, tem dito que sua posição é complementar à de Bolsonaro, mas não deixou neste domingo de fazer um discurso que habitualmente não seria ecoado pelo chefe do Planalto.
Mourão falou, por exemplo, em cuidados sociais para resolver o problema da segurança pública no país. Ele disse que não adianta o Brasil ter uma polícia efetiva e um sistema carcerário reformado se as pessoas continuarem vivendo em condições degradantes nas favelas, por exemplo.
Segundo ele, sem água, luz ou outros serviços, as pessoas são cooptadas pelo tráfico.
O general citou o encontro que teve neste sábado (6) com o professor Mangabeira Unger, conselheiro do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT), grande crítico do governo Bolsonaro.
Mas Mourão fez uma vigorosa defesa do livre mercado e redução do tamanho do Estado. “Durante vários anos, os brasileiros tentaram usar a máquina do Estado para resolver problemas e essa sistemática perversa afundou o país em uma das mais graves crises. O Estado se tornou ainda mais ineficiente e a corrupção atingiu níveis inimagináveis.”
Ele listou conquistas do governo Bolsonaro nos primeiros cem dias: redução do número de ministérios, formação de ministérios e gabinetes descartando distribuição de cargos em troca de apoio político, e o encaminhamento da reforma da Previdência e do pacote anticrime para apreciação do Congresso.
Mourão reiterou que a aprovação da reforma da Previdência é a prioridade número 1 do governo, seguida de reforma tributária, desburocratização, redução de regulamentações e ajuste fiscal.
E o vice-presidente voltou a criticar o chavismo na Venezuela. “Lá, houve a apropriação sistemática dos meios de produção por parte de um grupo corrupto, liderado pelo então presidente Hugo Chávez, e o país foi sucateado em beneficio dos integrantes do regime. A chegada de [Nicolás] Maduro ao poder, um líder fraco, sem o carisma do antecessor, somente acelerou o processo de deterioração que sofre aquele país.”
Feira de Santana é a 14ª cidade mais violenta do mundo
Feira de Santana é a 14ª cidade mais violenta do mundo, segundo o estudo anual da organização Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal do México. A taxa de 63,29 homicídios para cada 100 mil habitantes garantiu a péssima colocação para o município baiano. Vitória da Conquista e Salvador também figuram na lista.
Em primeiro lugar está a cidade de Tijuana, no México, com 138,26 homicídios para cada 100 mil habitantes. A mais recente edição do levantamento foi realizada há poucas semanas e leva em conta os dados de 2018. O ranking avalia os índices de violência em cidades com mais de 300 mil habitantes.
No levantamento, 15 das cidades mais violentas estão no México, 14 no Brasil, 6 na Venezuela e 4 nos Estados Unidos. As brasileiras, além de Feira de Santana, são Natal, Fortaleza, Belém, Maceió, Vitória da Conquista, Aracaju, Salvador, Macapá, Campos dos Goytacazes, Manaus, Recife, João Pessoa e Teresina.
Confira a lista completa:
• Tijuana (México)
Taxa de homicídios: 138,26
• Acapulco (México)
Taxa de homicídios: 110,50
• Caracas (Venezuela)
Taxa de homicídios: 99,90
• Victória (México)
Taxa de homicídios: 86,01
• Juarez (México)
Taxa de homicídios: 85,56
• Irapuato (México)
Taxa de homicídios: 81,44
• Guayana (México)
Taxa de homicídios: 78,30
• Natal (Brasil)
Taxa de homicídios: 74,67
• Fortaleza (Brasil)
Taxa de homicídios: 69,15
• Ciudad Bolívar (Venezuela)
Taxa de homicídios: 69,09
• Cidade do Cabo (África do Sul)
Taxa de homicídios: 166,36
• Belém (Brasil)
Taxa de homicídios: 65,31
• Cancun (México)
Taxa de homicídios: 64,47
• Feira de Santana (Brasil)
Taxa de homicídios: 63,29
• Saint Louis (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 60,59
• Culiacan (México)
Taxa de homicídios: 65,52
• Barquisimeto (Venezuela)
Taxa de homicídios: 56,67
• Uruapan (México)
Taxa de homicídios: 54,52
• Kingston (Jamaica)
Taxa de homicídios: 54,12
• Obregon (México)
Taxa de homicídios: 52,09
• Maceió (Brasil)
Taxa de homicídios: 51,46
• Vitória da Conquista (Brasil)
Taxa de homicídios: 50,75
• Baltimore (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 50,52
• San Salvador (El Salvador)
Taxa de homicídios: 50,32
• Aracaju (Brasil)
Taxa de homicídios: 48,77
• Coatzacoalcos (México)
Taxa de homicídios: 48,35
• Palmira (Colômbia)
Taxa de homicídios: 47,97
• Maturín (Venezuela)
Taxa de homicídios: 47,24
• Salvador (Brasil)
Taxa de homicídios: 47,23
• Macapá (Brasil)
Taxa de homicídios: 47,20
• Cali (Colômbia)
Taxa de homicídios: 47,03
• Celaya (México)
Taxa de homicídios: 46,99
• San Pedro Sula (Honduras)
Taxa de homicídios: 46,67
• Ensenada (México)
Taxa de homicídios: 46,60
• Campos dos Goytacazes (Brasil)
Taxa de homicídios: 46,28
• Tepic (México)
Taxa de homicídios: 44,89
• Manaus (Brasil)
Taxa de homicídios: 44
• Guatemala (Guatemala)
Taxa de homicídios: 43,73
• Recife (Brasil)
Taxa de homicídios: 43,72
• Distrito Central (Honduras)
Taxa de homicídios: 43,30
• San Juan (Porto Rico)
Taxa de homicídios: 42,40
• Valencia (Venezuela)
Taxa de homicídios: 42,36
• Reynosa (México)
Taxa de homicídios: 41,48
• João Pessoa (Brasil)
Taxa de homicídios: 41,36
• Nelson Mandela Bay (África do Sul)
Taxa de homicídios: 39,16
• Detroit (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 38,78
• Durban (África do Sul)
Taxa de homicídios: 38,51
• Teresina (Brasil)
Taxa de homicídios: 37,61
• Chihuahua (México)
Taxa de homicídios: 37,50
• Nova Orleans (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 36,87
Em primeiro lugar está a cidade de Tijuana, no México, com 138,26 homicídios para cada 100 mil habitantes. A mais recente edição do levantamento foi realizada há poucas semanas e leva em conta os dados de 2018. O ranking avalia os índices de violência em cidades com mais de 300 mil habitantes.
No levantamento, 15 das cidades mais violentas estão no México, 14 no Brasil, 6 na Venezuela e 4 nos Estados Unidos. As brasileiras, além de Feira de Santana, são Natal, Fortaleza, Belém, Maceió, Vitória da Conquista, Aracaju, Salvador, Macapá, Campos dos Goytacazes, Manaus, Recife, João Pessoa e Teresina.
Confira a lista completa:
• Tijuana (México)
Taxa de homicídios: 138,26
• Acapulco (México)
Taxa de homicídios: 110,50
• Caracas (Venezuela)
Taxa de homicídios: 99,90
• Victória (México)
Taxa de homicídios: 86,01
• Juarez (México)
Taxa de homicídios: 85,56
• Irapuato (México)
Taxa de homicídios: 81,44
• Guayana (México)
Taxa de homicídios: 78,30
• Natal (Brasil)
Taxa de homicídios: 74,67
• Fortaleza (Brasil)
Taxa de homicídios: 69,15
• Ciudad Bolívar (Venezuela)
Taxa de homicídios: 69,09
• Cidade do Cabo (África do Sul)
Taxa de homicídios: 166,36
• Belém (Brasil)
Taxa de homicídios: 65,31
• Cancun (México)
Taxa de homicídios: 64,47
• Feira de Santana (Brasil)
Taxa de homicídios: 63,29
• Saint Louis (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 60,59
• Culiacan (México)
Taxa de homicídios: 65,52
• Barquisimeto (Venezuela)
Taxa de homicídios: 56,67
• Uruapan (México)
Taxa de homicídios: 54,52
• Kingston (Jamaica)
Taxa de homicídios: 54,12
• Obregon (México)
Taxa de homicídios: 52,09
• Maceió (Brasil)
Taxa de homicídios: 51,46
• Vitória da Conquista (Brasil)
Taxa de homicídios: 50,75
• Baltimore (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 50,52
• San Salvador (El Salvador)
Taxa de homicídios: 50,32
• Aracaju (Brasil)
Taxa de homicídios: 48,77
• Coatzacoalcos (México)
Taxa de homicídios: 48,35
• Palmira (Colômbia)
Taxa de homicídios: 47,97
• Maturín (Venezuela)
Taxa de homicídios: 47,24
• Salvador (Brasil)
Taxa de homicídios: 47,23
• Macapá (Brasil)
Taxa de homicídios: 47,20
• Cali (Colômbia)
Taxa de homicídios: 47,03
• Celaya (México)
Taxa de homicídios: 46,99
• San Pedro Sula (Honduras)
Taxa de homicídios: 46,67
• Ensenada (México)
Taxa de homicídios: 46,60
• Campos dos Goytacazes (Brasil)
Taxa de homicídios: 46,28
• Tepic (México)
Taxa de homicídios: 44,89
• Manaus (Brasil)
Taxa de homicídios: 44
• Guatemala (Guatemala)
Taxa de homicídios: 43,73
• Recife (Brasil)
Taxa de homicídios: 43,72
• Distrito Central (Honduras)
Taxa de homicídios: 43,30
• San Juan (Porto Rico)
Taxa de homicídios: 42,40
• Valencia (Venezuela)
Taxa de homicídios: 42,36
• Reynosa (México)
Taxa de homicídios: 41,48
• João Pessoa (Brasil)
Taxa de homicídios: 41,36
• Nelson Mandela Bay (África do Sul)
Taxa de homicídios: 39,16
• Detroit (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 38,78
• Durban (África do Sul)
Taxa de homicídios: 38,51
• Teresina (Brasil)
Taxa de homicídios: 37,61
• Chihuahua (México)
Taxa de homicídios: 37,50
• Nova Orleans (Estados Unidos)
Taxa de homicídios: 36,87
domingo, 7 de abril de 2019
Após 3 meses, Bolsonaro tem a pior avaliação entre presidentes de 1º mandato
Envolto em contínua crise política e sem assistir a uma melhora na economia, Jair Bolsonaro (PSL) registra a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Mas 59%, segundo o Datafolha, ainda acreditam que ele fará uma gestão ótima ou boa. O presidente completa cem dias de mandato na próxima quarta-feira (10).
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Não souberam opinar 4% dos entrevistados.
Envolto em contínua crise política e sem assistir a uma melhora na economia, Jair Bolsonaro (PSL) registra a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Mas 59%, segundo o Datafolha, ainda acreditam que ele fará uma gestão ótima ou boa. O presidente completa cem dias de mandato na próxima quarta-feira (10).
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Não souberam opinar 4% dos entrevistados.
Antecessores de Bolsonaro nas mesmas condições tiveram melhor desempenho. Fernando Collor (então no PRN) era reprovado por 19% em 1990, enquanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) marcava 16% de índices ruim ou péssimo em 1995.
Os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, alvos frequentes de críticas do atual presidente, eram mal avaliados apenas por 10% e 7% da população ao fim dos primeiros três meses do governo.
Na série histórica, Dilma é quem teve numericamente a melhor avaliação a esta altura do mandato, com 47% de ótimo/bom em 2011.
Não se comparam aqui os primeiros trimestres de presidentes reeleitos, pois suas imagens já passaram pela exposição de todo um governo além dos três meses: Lula se mantinha com uma rejeição confortável (14%), FHC amargava 36% e Dilma já começava a viver o inferno político que a derrubaria do cargo em 2016, com 60% de ruim e péssimo.
Os vices que assumiram desde a redemocratização também não são comparáveis —a aferição de Michel Temer (MDB) não foi feita, enquanto Itamar Franco tinha 11% de ruim/péssimo nesse intervalo.
Antes da posse, 65% esperavam que Bolsonaro fizesse um governo ótimo ou bom, 17%, regular, e 12%, ruim ou péssimo.
Os índices já eram os piores entre os presidentes eleitos para primeiro mandato desde a redemocratização.
Agora, a expectativa é positiva para 59%, mediana para 16% e negativa para 23%.
Nesses primeiros meses, Bolsonaro viveu diversos episódios de desgaste político: a investigação sobre milícias envolvendo o gabinete de seu filho Flávio na Assembleia do Rio, as candidaturas de laranjas de seu partido, os entrechoques entre militares e a ala do governo sob influência do escritor Olavo de Carvalho, a crise no MEC, a troca de farpas com o Congresso e a dificuldade no encaminhamento da reforma da Previdência.
A economia segue em ritmo lento, e a taxa de desemprego subiu em relação ao trimestre passado —está em 12,4%.
Assim, para 61% dos ouvidos, Bolsonaro fez menos do que se esperava no exercício do cargo. Já 13% consideram que ele fez mais, enquanto 22% avaliam que ele fez o que era esperado. Entre os descontentes, a predominam pessoas mais pobres e menos escolarizadas.
A aprovação de Bolsonaro é maior entre os homens (38%) do que entre as mulheres (28%).
O comportamento do presidente, que se envolveu em polêmicas como a divulgação de um vídeo pornográfico para criticar o que seriam abusos nas ruas durante o Carnaval, é avaliado como correto por 27% dos ouvidos.
Já outros 27% acham que Bolsonaro na maioria das vezes se posiciona de forma adequada, mas às vezes não. No lado negativo, 20% pensam que na maioria das vezes o presidente é inadequado, e 23% dizem que ele nunca se comporta como o cargo exige.
Há sinais de alerta para o bolsonarismo em dois grupos que apoiaram consistentemente o então candidato durante a campanha de 2018.
Os que ganham mais de 10 salários mínimos e os que têm curso superior registram numericamente também a maior rejeição ao governo até aqui: 37% e 35%, respectivamente, avaliam a gestão como ruim ou péssima.
Esses grupos também registram a maior aprovação, 41% (empatada tecnicamente com os 43% dos que ganham de 5 a 10 salários mínimos) e 36% de ótimo/bom (empatada tecnicamente com os 33% de quem tem ensino médio), indicando assim uma polarização entre o eleitor mais elitizado.
Os mais pobres (até 2 salários mínimos) são os menos contentes, com 26% de ótimo e bom.
Já o eleitorado evangélico (34% da população) segue mais entusiasmado com o presidente, que é católico, mas foi batizado por um pastor e é fortemente associado ao setor. Acham o governo até aqui ótimo ou bom 42% desse segmento, índice que cai a 27% entre católicos (50% dos brasileiros).
Brancos são os que mais aprovam Bolsonaro (39%), enquanto pretos e pardos são os que mais desaprovam (29% para cada um dois grupos).
Ainda não há uma reversão na divisão geográfica do apoio ao presidente. O Sul, sua principal fortaleza em 2018, deu a maior aprovação a ele neste levantamento: 39% (empatado com os 38% do Centro-Oeste/Norte), contra 22% de desaprovação.
O Nordeste é a região que mais rejeita o governo, com 39% de ruim/péssimo e 24% de ótimo/bom. Também lá existe a menor expectativa positiva: 50%.
Mas 59%, segundo o Datafolha, ainda acreditam que ele fará uma gestão ótima ou boa. O presidente completa cem dias de mandato na próxima quarta-feira (10).
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Não souberam opinar 4% dos entrevistados.
Envolto em contínua crise política e sem assistir a uma melhora na economia, Jair Bolsonaro (PSL) registra a pior avaliação após três meses de governo entre os presidentes eleitos para um primeiro mandato desde a redemocratização de 1985.
Mas 59%, segundo o Datafolha, ainda acreditam que ele fará uma gestão ótima ou boa. O presidente completa cem dias de mandato na próxima quarta-feira (10).
Segundo o instituto, 30% dos brasileiros consideram o governo de Bolsonaro ruim ou péssimo, índice semelhante ao daqueles que consideram ótimo ou bom (32%) ou regular (33%). Não souberam opinar 4% dos entrevistados.
Antecessores de Bolsonaro nas mesmas condições tiveram melhor desempenho. Fernando Collor (então no PRN) era reprovado por 19% em 1990, enquanto Fernando Henrique Cardoso (PSDB) marcava 16% de índices ruim ou péssimo em 1995.
Os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, alvos frequentes de críticas do atual presidente, eram mal avaliados apenas por 10% e 7% da população ao fim dos primeiros três meses do governo.
Na série histórica, Dilma é quem teve numericamente a melhor avaliação a esta altura do mandato, com 47% de ótimo/bom em 2011.
Não se comparam aqui os primeiros trimestres de presidentes reeleitos, pois suas imagens já passaram pela exposição de todo um governo além dos três meses: Lula se mantinha com uma rejeição confortável (14%), FHC amargava 36% e Dilma já começava a viver o inferno político que a derrubaria do cargo em 2016, com 60% de ruim e péssimo.
Os vices que assumiram desde a redemocratização também não são comparáveis —a aferição de Michel Temer (MDB) não foi feita, enquanto Itamar Franco tinha 11% de ruim/péssimo nesse intervalo.
Antes da posse, 65% esperavam que Bolsonaro fizesse um governo ótimo ou bom, 17%, regular, e 12%, ruim ou péssimo.
Os índices já eram os piores entre os presidentes eleitos para primeiro mandato desde a redemocratização.
Agora, a expectativa é positiva para 59%, mediana para 16% e negativa para 23%.
Nesses primeiros meses, Bolsonaro viveu diversos episódios de desgaste político: a investigação sobre milícias envolvendo o gabinete de seu filho Flávio na Assembleia do Rio, as candidaturas de laranjas de seu partido, os entrechoques entre militares e a ala do governo sob influência do escritor Olavo de Carvalho, a crise no MEC, a troca de farpas com o Congresso e a dificuldade no encaminhamento da reforma da Previdência.
A economia segue em ritmo lento, e a taxa de desemprego subiu em relação ao trimestre passado —está em 12,4%.
Assim, para 61% dos ouvidos, Bolsonaro fez menos do que se esperava no exercício do cargo. Já 13% consideram que ele fez mais, enquanto 22% avaliam que ele fez o que era esperado. Entre os descontentes, a predominam pessoas mais pobres e menos escolarizadas.
A aprovação de Bolsonaro é maior entre os homens (38%) do que entre as mulheres (28%).
O comportamento do presidente, que se envolveu em polêmicas como a divulgação de um vídeo pornográfico para criticar o que seriam abusos nas ruas durante o Carnaval, é avaliado como correto por 27% dos ouvidos.
Já outros 27% acham que Bolsonaro na maioria das vezes se posiciona de forma adequada, mas às vezes não. No lado negativo, 20% pensam que na maioria das vezes o presidente é inadequado, e 23% dizem que ele nunca se comporta como o cargo exige.
Há sinais de alerta para o bolsonarismo em dois grupos que apoiaram consistentemente o então candidato durante a campanha de 2018.
Os que ganham mais de 10 salários mínimos e os que têm curso superior registram numericamente também a maior rejeição ao governo até aqui: 37% e 35%, respectivamente, avaliam a gestão como ruim ou péssima.
Esses grupos também registram a maior aprovação, 41% (empatada tecnicamente com os 43% dos que ganham de 5 a 10 salários mínimos) e 36% de ótimo/bom (empatada tecnicamente com os 33% de quem tem ensino médio), indicando assim uma polarização entre o eleitor mais elitizado.
Os mais pobres (até 2 salários mínimos) são os menos contentes, com 26% de ótimo e bom.
Já o eleitorado evangélico (34% da população) segue mais entusiasmado com o presidente, que é católico, mas foi batizado por um pastor e é fortemente associado ao setor. Acham o governo até aqui ótimo ou bom 42% desse segmento, índice que cai a 27% entre católicos (50% dos brasileiros).
Brancos são os que mais aprovam Bolsonaro (39%), enquanto pretos e pardos são os que mais desaprovam (29% para cada um dois grupos).
Ainda não há uma reversão na divisão geográfica do apoio ao presidente. O Sul, sua principal fortaleza em 2018, deu a maior aprovação a ele neste levantamento: 39% (empatado com os 38% do Centro-Oeste/Norte), contra 22% de desaprovação.
O Nordeste é a região que mais rejeita o governo, com 39% de ruim/péssimo e 24% de ótimo/bom. Também lá existe a menor expectativa positiva: 50%.
Serrinha: Prefeito Adriano Lima luta por Policlínica Regional no município
No próximo dia 12 desse mês de abril, acontece uma eleição importante, fora do calendário eleitoral nacional. É que nessa data será escolhido o município sede da Policlínica Regional do Território do Sisal. Serrinha, por vários motivos, é uma forte candidata.
O prefeito Adriano Lima já fez esse pleito junto ao governo do estado na quarta-feira (3), em reunião realizada no auditório da UPB, em Salvador, contando com a presença de prefeitos da região e deputados.
Durante a reunião na UPB foram debatidas questões importantes para a escolha do município que sediará a Policlínica, na votação no dia 12 de abril.
O presidente do Consisal, André Andrade, explicou a importância da Policlínica Regional no Território. “Nos reunimos com os prefeitos, deputados e representantes do governo do Estado para viabilizar o andamento da implantação da Policlínica, que vai ser um avanço na qualidade da saúde na região”, pontuou.
O prefeito Adriano Lima marcou presença, juntamente com o deputado Luciano Simões. Para ele, Serrinha reúne todas as condições de sediar a Policlínica. “Temos mostrado os avanços conquistados em Serrinha na área de Saúde e acredito que temos plenas condições de sediar esse importante equipamento”, destacou o prefeito Adriano.
Do ponto de vista técnico, Serrinha realmente reúne as condições para sediar a Policlínica. É polo da microrregião e tem a maior população, com mais de 80 mil habitantes.
Dentro da região sisaleira Serrinha tem a menor distância entre ela e as demais cidades, em comparação às outras duas concorrentes – Santa Luz e Euclides da Cunha.
O prefeito Adriano também destaca que Serrinha possui mais leitos à disposição na área de Saúde. “Temos a Clínica de Nefrologia, uma unidade de alta complexidade, além dos serviços de tomografia e ressonância magnética”, acentuou Adriano Lima.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Serrinha
O prefeito Adriano Lima já fez esse pleito junto ao governo do estado na quarta-feira (3), em reunião realizada no auditório da UPB, em Salvador, contando com a presença de prefeitos da região e deputados.
Durante a reunião na UPB foram debatidas questões importantes para a escolha do município que sediará a Policlínica, na votação no dia 12 de abril.
O presidente do Consisal, André Andrade, explicou a importância da Policlínica Regional no Território. “Nos reunimos com os prefeitos, deputados e representantes do governo do Estado para viabilizar o andamento da implantação da Policlínica, que vai ser um avanço na qualidade da saúde na região”, pontuou.
O prefeito Adriano Lima marcou presença, juntamente com o deputado Luciano Simões. Para ele, Serrinha reúne todas as condições de sediar a Policlínica. “Temos mostrado os avanços conquistados em Serrinha na área de Saúde e acredito que temos plenas condições de sediar esse importante equipamento”, destacou o prefeito Adriano.
Do ponto de vista técnico, Serrinha realmente reúne as condições para sediar a Policlínica. É polo da microrregião e tem a maior população, com mais de 80 mil habitantes.
Dentro da região sisaleira Serrinha tem a menor distância entre ela e as demais cidades, em comparação às outras duas concorrentes – Santa Luz e Euclides da Cunha.
O prefeito Adriano também destaca que Serrinha possui mais leitos à disposição na área de Saúde. “Temos a Clínica de Nefrologia, uma unidade de alta complexidade, além dos serviços de tomografia e ressonância magnética”, acentuou Adriano Lima.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Serrinha
Filhos de Bolsonaro lideram ranking de influenciadores digitais de direita
Quem são os principais influenciadores digitais da direita hoje? Desde a campanha presidencial que elegeu Jair Bolsonaro, essa pergunta tem implicações profundas.
Empossado, Bolsonaro e seu entorno não descuidam da base digital. Cultivam um séquito de tuiteiros que reverberam e reforçam o discurso presidencial. Algumas vezes, reproduzem projetos de governo e o discurso oficial. Outras, servem de instrumento para ataques a adversários.
Pedi à Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV), especialista em acompanhamento de mídias sociais, que levantasse quem são os mais influentes. A métrica usada foi o número de retuítes entre 1 de janeiro e 24 de março.
O estudo considerou “direita” quem apoia as pautas econômicas, identitárias e de governo. Ou seja, os que em regra não criticam (ou criticam muito pouco) Bolsonaro. Esse grupo se diferencia da “centro-direita”, cujo apoio se dá sobretudo nas pautas econômicas e algumas da segurança pública.
O Movimento Brasil Livre (MBL), por exemplo, cada vez mais crítico ao governo, entrou na categoria “centro-direita”.
“No Brasil, a direita sempre foi subsidiária do centro. Agora, está ocorrendo o oposto, ou seja, o centro perdeu protagonismo. Mas isso tende a mudar”, diz o professor Marco Aurélio Ruediger, diretor do DAPP. Para ele, houve uma fissura entre a direita e a centro-direita, que está mais ou menos controlada até que se vote a reforma da Previdência.
Depois, a tendência é o centro procurar outro caminho e Bolsonaro se refugiar em sua base de seguidores fiéis. “A velocidade em que isso se dará vai depender da realidade política no Congresso Nacional”, afirma Ruediger.
Aqui o ranking da direita, e depois a lista de temas tratados por eles:
1-) Eduardo Bolsonaro: 130.971
Deputado federal pelo PSL-SP, filho de Bolsonaro
2-) Carlos Bolsonaro: 94.649
Vereador pelo PSC do Rio, filho de Bolsonaro
3-) Damares Alves: 51.532
Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos
4-) Alexandre Mega: 48.865
Influenciador digital
5-) Renova Mídia: 47.489
Portal de conteúdo pró-Bolsonaro
6-) Carla Zambelli: 45.071
Deputada federal pelo PSL-SP
7-) Presidente (JoelAlexandreM): 41.962
Canal extraoficial que reproduz conteúdo pró-Bolsonaro
8- ) Leandro Ruschel: 39.790
Youtuber conservador
9-) Terça Livre: 39.185
Portal de notícias pró-Bolsonaro
10-) Alexandre Garcia: 35.973
Jornalista, ex-TV Globo
TEMAIS MAIS TRATADOS:
1-) Donald Trump
2-) EUA
3-) Imprensa
4-) Sergio Moro
5-) TV Globo
6-) Juan Guaidó
7-) Nicolás Maduro
8- Lava Jato
9-) Reforma da Previdência
10-) Rodrigo Maia.Fonte:Folhapress
Empossado, Bolsonaro e seu entorno não descuidam da base digital. Cultivam um séquito de tuiteiros que reverberam e reforçam o discurso presidencial. Algumas vezes, reproduzem projetos de governo e o discurso oficial. Outras, servem de instrumento para ataques a adversários.
Pedi à Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (DAPP/FGV), especialista em acompanhamento de mídias sociais, que levantasse quem são os mais influentes. A métrica usada foi o número de retuítes entre 1 de janeiro e 24 de março.
O estudo considerou “direita” quem apoia as pautas econômicas, identitárias e de governo. Ou seja, os que em regra não criticam (ou criticam muito pouco) Bolsonaro. Esse grupo se diferencia da “centro-direita”, cujo apoio se dá sobretudo nas pautas econômicas e algumas da segurança pública.
O Movimento Brasil Livre (MBL), por exemplo, cada vez mais crítico ao governo, entrou na categoria “centro-direita”.
“No Brasil, a direita sempre foi subsidiária do centro. Agora, está ocorrendo o oposto, ou seja, o centro perdeu protagonismo. Mas isso tende a mudar”, diz o professor Marco Aurélio Ruediger, diretor do DAPP. Para ele, houve uma fissura entre a direita e a centro-direita, que está mais ou menos controlada até que se vote a reforma da Previdência.
Depois, a tendência é o centro procurar outro caminho e Bolsonaro se refugiar em sua base de seguidores fiéis. “A velocidade em que isso se dará vai depender da realidade política no Congresso Nacional”, afirma Ruediger.
Aqui o ranking da direita, e depois a lista de temas tratados por eles:
1-) Eduardo Bolsonaro: 130.971
Deputado federal pelo PSL-SP, filho de Bolsonaro
2-) Carlos Bolsonaro: 94.649
Vereador pelo PSC do Rio, filho de Bolsonaro
3-) Damares Alves: 51.532
Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos
4-) Alexandre Mega: 48.865
Influenciador digital
5-) Renova Mídia: 47.489
Portal de conteúdo pró-Bolsonaro
6-) Carla Zambelli: 45.071
Deputada federal pelo PSL-SP
7-) Presidente (JoelAlexandreM): 41.962
Canal extraoficial que reproduz conteúdo pró-Bolsonaro
8- ) Leandro Ruschel: 39.790
Youtuber conservador
9-) Terça Livre: 39.185
Portal de notícias pró-Bolsonaro
10-) Alexandre Garcia: 35.973
Jornalista, ex-TV Globo
TEMAIS MAIS TRATADOS:
1-) Donald Trump
2-) EUA
3-) Imprensa
4-) Sergio Moro
5-) TV Globo
6-) Juan Guaidó
7-) Nicolás Maduro
8- Lava Jato
9-) Reforma da Previdência
10-) Rodrigo Maia.Fonte:Folhapress
Otto disse à Bolsonaro que "discussão de ideologia" não resolve nada
O senador Otto Alencar (PSD) revelou ao BNews detalhes da reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), no Palácio do Planalto, realizada na última quinta-feira (4). Na reunião, estavam presentes o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), entre outros.
"Não teve acordo nenhum por cargos, muito menos de reivindicação de ordem partidária ou pessoal. O que teve lá foi uma conversa franca a respeito das relações políticas do Palácio do Planalto com a Câmara e com o Senado. Que essa discussão de ideologia, se teve ou não golpe em 64, não resolve nada. Disse que é preciso resolver o programa de desenvolvimento econômico", conta. "Falei com ele claramente que a beligerância, essa situação de querela e discussão de ordem pessoal não leva a nada. Falei francamente com ele", completa.
Otto também defendeu que o Planalto saia "dessa única e exclusiva chamada diária de Reforma da Previdência" e encontre uma "saída para o desenvolvimento econômico com emprego e renda". "E que, de alguma forma, que o tratamento com a classe política deveria ser um tratamento melhor, que essa situação de discussão não leva a nada. Disse à ele que nós do PSD vamos continuar de forma independente na base, que não queremos cargos na base do governo. Fui taxativo: disse 'presidente, quero que o Brasil dê certo'". Fonte:Bocão News
"Não teve acordo nenhum por cargos, muito menos de reivindicação de ordem partidária ou pessoal. O que teve lá foi uma conversa franca a respeito das relações políticas do Palácio do Planalto com a Câmara e com o Senado. Que essa discussão de ideologia, se teve ou não golpe em 64, não resolve nada. Disse que é preciso resolver o programa de desenvolvimento econômico", conta. "Falei com ele claramente que a beligerância, essa situação de querela e discussão de ordem pessoal não leva a nada. Falei francamente com ele", completa.
Otto também defendeu que o Planalto saia "dessa única e exclusiva chamada diária de Reforma da Previdência" e encontre uma "saída para o desenvolvimento econômico com emprego e renda". "E que, de alguma forma, que o tratamento com a classe política deveria ser um tratamento melhor, que essa situação de discussão não leva a nada. Disse à ele que nós do PSD vamos continuar de forma independente na base, que não queremos cargos na base do governo. Fui taxativo: disse 'presidente, quero que o Brasil dê certo'". Fonte:Bocão News
Por que têm tanto medo de Lula livre?
Faz um ano que estou preso injustamente, acusado e condenado por um crime que nunca existiu. Cada dia que passei aqui fez aumentar minha indignação, mas mantenho a fé num julgamento justo em que a verdade vai prevalecer. Posso dormir com a consciência tranquila de minha inocência. Duvido que tenham sono leve os que me condenaram numa farsa judicial.
O que mais me angustia, no entanto, é o que se passa com o Brasil e o sofrimento do nosso povo. Para me impor um juízo de exceção, romperam os limites da lei e da Constituição, fragilizando a democracia. Os direitos do povo e da cidadania vêm sendo revogados, enquanto impõem o arrocho dos salários, a precarização do emprego e a alta do custo de vida. Entregam a soberania nacional, nossas riquezas, nossas empresas e até o nosso território para satisfazer interesses estrangeiros.
Hoje está claro que a minha condenação foi parte de um movimento político a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014. Derrotada nas urnas pela quarta vez consecutiva, a oposição escolheu o caminho do golpe para voltar ao poder, retomando o vício autoritário das classes dominantes brasileiras.
O golpe do impeachment sem crime de responsabilidade foi contra o modelo de desenvolvimento com inclusão social que o país vinha construindo desde 2003. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos, tiramos 32 milhões de pessoas da miséria, multiplicamos o PIB por cinco. Abrimos a universidade para milhões de excluídos. Vencemos a fome.
Aquele modelo era e é intolerável para uma camada privilegiada e preconceituosa da sociedade. Feriu poderosos interesses econômicos fora do país. Enquanto o pré-sal despertou a cobiça das petrolíferas estrangeiras, empresas brasileiras passaram a disputar mercados com exportadores tradicionais de outros países.
O impeachment veio para trazer de volta o neoliberalismo, em versão ainda mais radical. Para tanto, sabotaram os esforços do governo Dilma para enfrentar a crise econômica e corrigir seus próprios erros. Afundaram o país num colapso fiscal e numa recessão que ainda perdura. Prometeram que bastava tirar o PT do governo que os problemas do país acabariam.
O povo logo percebeu que havia sido enganado. O desemprego aumentou, os programas sociais foram esvaziados, escolas e hospitais perderam verbas. Uma política suicida implantada pela Petrobras tornou o preço do gás de cozinha proibitivo para os pobres e levou à paralisação dos caminhoneiros. Querem acabar com a aposentadoria dos idosos e dos trabalhadores rurais.
Nas caravanas pelo país, vi nos olhos de nossa gente a esperança e o desejo de retomar aquele modelo que começou a corrigir as desigualdades e deu oportunidades a quem nunca as teve. Já no início de 2018 as pesquisas apontavam que eu venceria as eleições em primeiro turno.
Era preciso impedir minha candidatura a qualquer custo. A Lava Jato, que foi pano de fundo no golpe do impeachment, atropelou prazos e prerrogativas da defesa para me condenar antes das eleições. Haviam grampeado ilegalmente minhas conversas, os telefones de meus advogados e até a presidenta da República. Fui alvo de uma condução coercitiva ilegal, verdadeiro sequestro. Vasculharam minha casa, reviraram meu colchão, tomaram celulares e até tablets de meus netos.
Nada encontraram para me incriminar: nem conversas de bandidos, nem malas de dinheiro, nem contas no exterior. Mesmo assim fui condenado em prazo recorde, por Sergio Moro e pelo TRF-4, por “atos indeterminados” sem que achassem qualquer conexão entre o apartamento que nunca foi meu e supostos desvios da Petrobras. O Supremo negou-me um justo pedido de habeas corpus, sob pressão da mídia, do mercado e até das Forças Armadas, como confirmou recentemente Jair Bolsonaro, o maior beneficiário daquela perseguição.
Minha candidatura foi proibida contrariando a lei eleitoral, a jurisprudência e uma determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para garantir os meus direitos políticos. E, mesmo assim, nosso candidato Fernando Haddad teve expressivas votações e só foi derrotado pela indústria de mentiras de Bolsonaro nas redes sociais, financiada por caixa 2 até com dinheiro estrangeiro, segundo a imprensa.
Os mais renomados juristas do Brasil e de outros países consideram absurda minha condenação e apontam a parcialidade de Sergio Moro, confirmada na prática quando aceitou ser ministro da Justiça do presidente que ele ajudou a eleger com minha condenação. Tudo o que quero é que apontem uma prova sequer contra mim.
Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha.
Eles sabem que minha libertação é parte importante da retomada da democracia no Brasil. Mas são incapazes de conviver com o processo democrático.
Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente da República (2003-2010)
Publicado na edição deste domingo (7) da Folha de S. Paulo
O que mais me angustia, no entanto, é o que se passa com o Brasil e o sofrimento do nosso povo. Para me impor um juízo de exceção, romperam os limites da lei e da Constituição, fragilizando a democracia. Os direitos do povo e da cidadania vêm sendo revogados, enquanto impõem o arrocho dos salários, a precarização do emprego e a alta do custo de vida. Entregam a soberania nacional, nossas riquezas, nossas empresas e até o nosso território para satisfazer interesses estrangeiros.
Hoje está claro que a minha condenação foi parte de um movimento político a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014. Derrotada nas urnas pela quarta vez consecutiva, a oposição escolheu o caminho do golpe para voltar ao poder, retomando o vício autoritário das classes dominantes brasileiras.
O golpe do impeachment sem crime de responsabilidade foi contra o modelo de desenvolvimento com inclusão social que o país vinha construindo desde 2003. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos, tiramos 32 milhões de pessoas da miséria, multiplicamos o PIB por cinco. Abrimos a universidade para milhões de excluídos. Vencemos a fome.
Aquele modelo era e é intolerável para uma camada privilegiada e preconceituosa da sociedade. Feriu poderosos interesses econômicos fora do país. Enquanto o pré-sal despertou a cobiça das petrolíferas estrangeiras, empresas brasileiras passaram a disputar mercados com exportadores tradicionais de outros países.
O impeachment veio para trazer de volta o neoliberalismo, em versão ainda mais radical. Para tanto, sabotaram os esforços do governo Dilma para enfrentar a crise econômica e corrigir seus próprios erros. Afundaram o país num colapso fiscal e numa recessão que ainda perdura. Prometeram que bastava tirar o PT do governo que os problemas do país acabariam.
O povo logo percebeu que havia sido enganado. O desemprego aumentou, os programas sociais foram esvaziados, escolas e hospitais perderam verbas. Uma política suicida implantada pela Petrobras tornou o preço do gás de cozinha proibitivo para os pobres e levou à paralisação dos caminhoneiros. Querem acabar com a aposentadoria dos idosos e dos trabalhadores rurais.
Nas caravanas pelo país, vi nos olhos de nossa gente a esperança e o desejo de retomar aquele modelo que começou a corrigir as desigualdades e deu oportunidades a quem nunca as teve. Já no início de 2018 as pesquisas apontavam que eu venceria as eleições em primeiro turno.
Era preciso impedir minha candidatura a qualquer custo. A Lava Jato, que foi pano de fundo no golpe do impeachment, atropelou prazos e prerrogativas da defesa para me condenar antes das eleições. Haviam grampeado ilegalmente minhas conversas, os telefones de meus advogados e até a presidenta da República. Fui alvo de uma condução coercitiva ilegal, verdadeiro sequestro. Vasculharam minha casa, reviraram meu colchão, tomaram celulares e até tablets de meus netos.
Nada encontraram para me incriminar: nem conversas de bandidos, nem malas de dinheiro, nem contas no exterior. Mesmo assim fui condenado em prazo recorde, por Sergio Moro e pelo TRF-4, por “atos indeterminados” sem que achassem qualquer conexão entre o apartamento que nunca foi meu e supostos desvios da Petrobras. O Supremo negou-me um justo pedido de habeas corpus, sob pressão da mídia, do mercado e até das Forças Armadas, como confirmou recentemente Jair Bolsonaro, o maior beneficiário daquela perseguição.
Minha candidatura foi proibida contrariando a lei eleitoral, a jurisprudência e uma determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para garantir os meus direitos políticos. E, mesmo assim, nosso candidato Fernando Haddad teve expressivas votações e só foi derrotado pela indústria de mentiras de Bolsonaro nas redes sociais, financiada por caixa 2 até com dinheiro estrangeiro, segundo a imprensa.
Os mais renomados juristas do Brasil e de outros países consideram absurda minha condenação e apontam a parcialidade de Sergio Moro, confirmada na prática quando aceitou ser ministro da Justiça do presidente que ele ajudou a eleger com minha condenação. Tudo o que quero é que apontem uma prova sequer contra mim.
Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha.
Eles sabem que minha libertação é parte importante da retomada da democracia no Brasil. Mas são incapazes de conviver com o processo democrático.
Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente da República (2003-2010)
Publicado na edição deste domingo (7) da Folha de S. Paulo
Bahia negocia com meia do Palmeiras para o restante da temporada
Após demitir o técnico Enderson Moreira e anunciar Roger Machado para o cargo, o Bahia agora busca novos reforços para "presentear" o treinador na preparação para o início da Série A. Segundo fontes ligadas ao Galáticos Online, o Tricolor baiano está próximo de fechar com o meia Alejandro Guerra, do Palmeiras.
A diretoria do Bahia segue resolvendo as tratativas para acertar com o jogador e aposta na boa relação que construiu com o clube paulista para fechar o negócio. Caso o "martelo seja batido", o atleta virá por empréstimo até o fim da temporada.
Guerra tem 33 anos e chegou ao Palmeiras em 2017. Com a camisa do Alviverde, realizou 62 partidas e marcou oito gols. Esse ano o meia ainda não entrou em campo em partidas oficiais.
Vale lembrar que o jogador ficou afastado por 117 dias por conta de uma lesão. No entanto, já está recuperado e segue à disposição do técnico Felipão.
Atualmente o Esquadrão conta com Eric Ramires, Shaylon, Guilherme, Marco Antônio e Fernando Medeiros para posição.
O Bahia estreia na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro no dia 28 de abril (domingo, contra o Corinthians, na Arena Fonte Nova, às 16h.
A diretoria do Bahia segue resolvendo as tratativas para acertar com o jogador e aposta na boa relação que construiu com o clube paulista para fechar o negócio. Caso o "martelo seja batido", o atleta virá por empréstimo até o fim da temporada.
Guerra tem 33 anos e chegou ao Palmeiras em 2017. Com a camisa do Alviverde, realizou 62 partidas e marcou oito gols. Esse ano o meia ainda não entrou em campo em partidas oficiais.
Vale lembrar que o jogador ficou afastado por 117 dias por conta de uma lesão. No entanto, já está recuperado e segue à disposição do técnico Felipão.
Atualmente o Esquadrão conta com Eric Ramires, Shaylon, Guilherme, Marco Antônio e Fernando Medeiros para posição.
O Bahia estreia na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro no dia 28 de abril (domingo, contra o Corinthians, na Arena Fonte Nova, às 16h.
Tríplex de Temer', casa de filha vira símbolo de apuração da Lava Jato
Uma vez por mês, o construtor Luiz Visani, 62, comparecia a uma sala reservada da empresa Argeplan, em São Paulo, para receber pagamentos em dinheiro vivo. Segundo contou à polícia, um funcionário da empresa, identificado como Silva, providenciava as quantias, com valores de até R$ 70 mil, a que tinha direito por uma reforma que executava no Alto de Pinheiros, na zona oeste da cidade.
A rotina se repetiu de 2013 até 2015, disse ele, e, ao final, sua remuneração total somou R$ 950 mil.
Quatro anos depois do fim da obra, o depoimento do engenheiro, que na época diz não ter desconfiado de nenhuma ilegalidade envolvendo o seu trabalho, está no centro da mais recente ação penal contra o ex-presidente Michel Temer (MDB), que já se tornou réu quatro vezes desde que deixou o cargo.
Na semana passada, em denúncia do Ministério Público Federal em São Paulo, Temer foi acusado de lavagem de dinheiro por meio da reforma da casa de uma de suas filhas, a psicóloga Maristela, hoje com 46 anos.
Os procuradores consideram que o relato de pagamento com dinheiro vivo a Visani, que não é acusado no caso, indica que a obra no imóvel foi usada para lavar recursos obtidos pelo ex-presidente em esquemas com o grupo controlador do frigorífico JBS e na estatal Eletronuclear.
Trata-se de uma das principais acusações de benefício pessoal com dinheiro de corrupção contra políticos descobertas pela Lava Jato e em seus desdobramentos. A investigação estima que a reforma da casa custou R$ 1,6 milhão.
O caso tem semelhanças com os processos em que o também ex-presidente Lula foi condenado na Lava Jato, relativos a um apartamento tríplex em Guarujá (SP) e a um sítio em Atibaia (SP) reformados por empreiteiras. Nos imóveis atribuídos ao petista, porém, as benfeitorias foram promovidas diretamente pelos grupos empresariais com negócios no governo federal.
No caso que envolve a filha do emedebista, toda a reforma foi providenciada por supostos intermediários: o ex-assessor apontado como faz-tudo de Temer, o coronel da PM paulista João Baptista Lima Filho, e a mulher dele, a arquiteta Maria Rita Fratezi.
Arrecadação
Conforme a narrativa da Lava Jato, a Argeplan, empresa de arquitetura que pertence a Lima, era usada na arrecadação de propina do ex-presidente. A acusação contra o emedebista se fia na coincidência entre o período dos pagamentos pela obra e a arrecadação de propina. Os desembolsos com fornecedores ocorreram na mesma época, por exemplo, de entregas de dinheiro vivo delatadas pela JBS e Odebrecht.
A investigação teve origem em buscas feitas em endereços do coronel após a delação da JBS, em 2017, na qual Temer era o principal implicado. Documentos apreendidos sugeriam papel relevante da Argeplan na reforma da casa de Maristela Temer.
Após reportagem da TV Globo sobre as suspeitas de pagamento em dinheiro vivo, a PF passou a investigar como a obra foi paga. Uma nova operação da PF, batizada de Skala, em 2018, ampliou a apuração.
Imagens da casa feitas antes da reforma, em 2011, mostram uma completa reformulação no endereço.
De um sobrado em estilo antigo e problemas de conservação, com muro baixo, passou a ter duas pequenas sacadas na frente e um telhado totalmente reformulado, além de novas portas e janelas.
Com acabamentos, incluindo porcenalato, banheira, cubas e piso, foram gastos cerca de R$ 100 mil, também pagos em dinheiro vivo, segundo o dono de uma loja. "Com todo o aparato colocado à disposição de Maristela Temer, percebe-se que o resultado foi surpreendente", diz um relatório da PF.
A apuração, incluindo documentos apreendidos e conversas, apontou liderança de Fratezi à frente das obras. Ela e Lima, assim como Maristela, se tornaram réus junto com Temer. Sua agenda mostra uma rotina atarefada de compromissos e reuniões relacionadas ao projeto, além de mensagens a Maristela sobre “novidades na reforma”.
As provas mostram que a Argeplan designou ao menos três funcionários para a obra, elaborou o roteiro da reforma e lançou um “edital de concorrência” para encontrar uma construtora para comandar os trabalhos.
Maristela afirmou em depoimento, em 2018, que comprou a casa em 2011 e que seu pai sugeriu que Lima a auxiliasse nas modificações, por ser um amigo proprietário de uma firma de arquitetura e engenharia. Fratezi atuou na obra, disse ela, por ser uma pessoa "com que tinha relação afetiva, quase familiar".
Ninguém disse ter visto Temer na obra ou na discussão de seus preparativos. Dois elementos, porém, foram considerados suficientes pela acusação do Ministério Público para vincular o ex-presidente ao caso.
Em uma das trocas de mensagens obtidas no celular de Fratezi, ela dá detalhes sobre o custo de um serviço a Maristela, que diz: “Ok. Passo para o papai?” A arquiteta responde: “Passei os preços para João [Lima], que disse que vai aprovar com ele”.
Para a investigação, o diálogo mostra que Temer sabia e se envolveu com a reforma. Além disso, emails interceptados sobre autorizações para a reforma na Prefeitura de São Paulo também mencionam o ex-presidente.
O à época secretário-adjunto municipal Valdir Sant’Anna diz em uma das mensagens que o “vice-presidente” havia solicitado alvarás de execução de obra e que o sistema de emissão digital não estava funcionando. Uma outra mensagem sobre o assunto é enviada a Nara Vieira, assessora de Temer, que reencaminha a Lima.
A denúncia dos procuradores é reforçada pelo que consideram como contradições nas explicações dadas por Maristela em audiência no ano passado. Ela afirmou que a obra custou até R$ 700 mil, enquanto documentos e estimativas dos fornecedores apontam que as despesas foram quase o dobro.
Afirmou que custeou o projeto com o dinheiro da venda de um outro imóvel e com R$ 100 mil emprestados de sua mãe, Maria Celia de Toledo, e ainda negou qualquer relação do pai com os recursos.
Sobre os pagamentos feitos pela Argeplan, afirmou que reembolsou Fratezi, mas não apresentou comprovante. "Gostaria de esclarecer que na sua vida pessoal habitualmente não costuma guardar anotações de orçamentos ou mesmo planilha de gastos de suas despesas", afirmou, segundo a transcrição de seu depoimento.
O procurador André Lasmar disse na semana passada que a apuração aponta que "houve uma tentativa de tornar lícito um dinheiro que foi ilicitamente conseguido pela organização criminosa".
Em um outro depoimento prestado no ano passado, um fornecedor de esquadrias diz ter se recusado a receber um pagamento de R$ 56 mil em dinheiro vivo.
A investigação começou quando Temer ainda estava na Presidência. Com o fim do mandato, a apuração foi enviada para a Justiça Federal de São Paulo, onde foi apresentada a denúncia.
OUTRO LADO
Após a decisão que tornou o ex-presidente réu, a defesa dele publicou nota afirmando que a acusação é infame e criticando tentativas de vincular o episódio a suspeitas diversas.
"Quando o tema surgiu naquele inquérito 4621 do STF, dizia-se que os recursos destinados à reforma teriam vindo de corrupção envolvendo empresa que presta serviços ao porto de Santos. Num momento seguinte, o dinheiro teria vindo a JBS, e, finalmente, eis que a fonte pagadora teria sido empresa de outro delator cujo acordo foi distribuído ao mesmo relator do inquérito 4621, apesar de ele tratar de assuntos relacionados à Eletronuclear, em nada vinculados ao porto", disse o advogado Eduardo Carnelós, em nota.
A narrativa do Ministério Público mostra que os pagamentos em dinheiro vivo começaram em 2013, embora os relatos da JBS tratem de 2014, ano eleitoral.
A defesa de Maristela Temer reiterou que a origem dos pagamentos pelas obras é lícita e que a denúncia não se preocupa em verificar a veracidade dos fatos.
Os advogados de João Baptista Lima Filho e de Maria Rita Fratezi consideram que houve precipitação na apresentação da denúncia pelos procuradores de São Paulo, já que a Procuradoria-Geral da República estava com essas informações e decidiu não produzir uma acusação formal.
A rotina se repetiu de 2013 até 2015, disse ele, e, ao final, sua remuneração total somou R$ 950 mil.
Quatro anos depois do fim da obra, o depoimento do engenheiro, que na época diz não ter desconfiado de nenhuma ilegalidade envolvendo o seu trabalho, está no centro da mais recente ação penal contra o ex-presidente Michel Temer (MDB), que já se tornou réu quatro vezes desde que deixou o cargo.
Na semana passada, em denúncia do Ministério Público Federal em São Paulo, Temer foi acusado de lavagem de dinheiro por meio da reforma da casa de uma de suas filhas, a psicóloga Maristela, hoje com 46 anos.
Os procuradores consideram que o relato de pagamento com dinheiro vivo a Visani, que não é acusado no caso, indica que a obra no imóvel foi usada para lavar recursos obtidos pelo ex-presidente em esquemas com o grupo controlador do frigorífico JBS e na estatal Eletronuclear.
Trata-se de uma das principais acusações de benefício pessoal com dinheiro de corrupção contra políticos descobertas pela Lava Jato e em seus desdobramentos. A investigação estima que a reforma da casa custou R$ 1,6 milhão.
O caso tem semelhanças com os processos em que o também ex-presidente Lula foi condenado na Lava Jato, relativos a um apartamento tríplex em Guarujá (SP) e a um sítio em Atibaia (SP) reformados por empreiteiras. Nos imóveis atribuídos ao petista, porém, as benfeitorias foram promovidas diretamente pelos grupos empresariais com negócios no governo federal.
No caso que envolve a filha do emedebista, toda a reforma foi providenciada por supostos intermediários: o ex-assessor apontado como faz-tudo de Temer, o coronel da PM paulista João Baptista Lima Filho, e a mulher dele, a arquiteta Maria Rita Fratezi.
Arrecadação
Conforme a narrativa da Lava Jato, a Argeplan, empresa de arquitetura que pertence a Lima, era usada na arrecadação de propina do ex-presidente. A acusação contra o emedebista se fia na coincidência entre o período dos pagamentos pela obra e a arrecadação de propina. Os desembolsos com fornecedores ocorreram na mesma época, por exemplo, de entregas de dinheiro vivo delatadas pela JBS e Odebrecht.
A investigação teve origem em buscas feitas em endereços do coronel após a delação da JBS, em 2017, na qual Temer era o principal implicado. Documentos apreendidos sugeriam papel relevante da Argeplan na reforma da casa de Maristela Temer.
Após reportagem da TV Globo sobre as suspeitas de pagamento em dinheiro vivo, a PF passou a investigar como a obra foi paga. Uma nova operação da PF, batizada de Skala, em 2018, ampliou a apuração.
Imagens da casa feitas antes da reforma, em 2011, mostram uma completa reformulação no endereço.
De um sobrado em estilo antigo e problemas de conservação, com muro baixo, passou a ter duas pequenas sacadas na frente e um telhado totalmente reformulado, além de novas portas e janelas.
Com acabamentos, incluindo porcenalato, banheira, cubas e piso, foram gastos cerca de R$ 100 mil, também pagos em dinheiro vivo, segundo o dono de uma loja. "Com todo o aparato colocado à disposição de Maristela Temer, percebe-se que o resultado foi surpreendente", diz um relatório da PF.
A apuração, incluindo documentos apreendidos e conversas, apontou liderança de Fratezi à frente das obras. Ela e Lima, assim como Maristela, se tornaram réus junto com Temer. Sua agenda mostra uma rotina atarefada de compromissos e reuniões relacionadas ao projeto, além de mensagens a Maristela sobre “novidades na reforma”.
As provas mostram que a Argeplan designou ao menos três funcionários para a obra, elaborou o roteiro da reforma e lançou um “edital de concorrência” para encontrar uma construtora para comandar os trabalhos.
Maristela afirmou em depoimento, em 2018, que comprou a casa em 2011 e que seu pai sugeriu que Lima a auxiliasse nas modificações, por ser um amigo proprietário de uma firma de arquitetura e engenharia. Fratezi atuou na obra, disse ela, por ser uma pessoa "com que tinha relação afetiva, quase familiar".
Ninguém disse ter visto Temer na obra ou na discussão de seus preparativos. Dois elementos, porém, foram considerados suficientes pela acusação do Ministério Público para vincular o ex-presidente ao caso.
Em uma das trocas de mensagens obtidas no celular de Fratezi, ela dá detalhes sobre o custo de um serviço a Maristela, que diz: “Ok. Passo para o papai?” A arquiteta responde: “Passei os preços para João [Lima], que disse que vai aprovar com ele”.
Para a investigação, o diálogo mostra que Temer sabia e se envolveu com a reforma. Além disso, emails interceptados sobre autorizações para a reforma na Prefeitura de São Paulo também mencionam o ex-presidente.
O à época secretário-adjunto municipal Valdir Sant’Anna diz em uma das mensagens que o “vice-presidente” havia solicitado alvarás de execução de obra e que o sistema de emissão digital não estava funcionando. Uma outra mensagem sobre o assunto é enviada a Nara Vieira, assessora de Temer, que reencaminha a Lima.
A denúncia dos procuradores é reforçada pelo que consideram como contradições nas explicações dadas por Maristela em audiência no ano passado. Ela afirmou que a obra custou até R$ 700 mil, enquanto documentos e estimativas dos fornecedores apontam que as despesas foram quase o dobro.
Afirmou que custeou o projeto com o dinheiro da venda de um outro imóvel e com R$ 100 mil emprestados de sua mãe, Maria Celia de Toledo, e ainda negou qualquer relação do pai com os recursos.
Sobre os pagamentos feitos pela Argeplan, afirmou que reembolsou Fratezi, mas não apresentou comprovante. "Gostaria de esclarecer que na sua vida pessoal habitualmente não costuma guardar anotações de orçamentos ou mesmo planilha de gastos de suas despesas", afirmou, segundo a transcrição de seu depoimento.
O procurador André Lasmar disse na semana passada que a apuração aponta que "houve uma tentativa de tornar lícito um dinheiro que foi ilicitamente conseguido pela organização criminosa".
Em um outro depoimento prestado no ano passado, um fornecedor de esquadrias diz ter se recusado a receber um pagamento de R$ 56 mil em dinheiro vivo.
A investigação começou quando Temer ainda estava na Presidência. Com o fim do mandato, a apuração foi enviada para a Justiça Federal de São Paulo, onde foi apresentada a denúncia.
OUTRO LADO
Após a decisão que tornou o ex-presidente réu, a defesa dele publicou nota afirmando que a acusação é infame e criticando tentativas de vincular o episódio a suspeitas diversas.
"Quando o tema surgiu naquele inquérito 4621 do STF, dizia-se que os recursos destinados à reforma teriam vindo de corrupção envolvendo empresa que presta serviços ao porto de Santos. Num momento seguinte, o dinheiro teria vindo a JBS, e, finalmente, eis que a fonte pagadora teria sido empresa de outro delator cujo acordo foi distribuído ao mesmo relator do inquérito 4621, apesar de ele tratar de assuntos relacionados à Eletronuclear, em nada vinculados ao porto", disse o advogado Eduardo Carnelós, em nota.
A narrativa do Ministério Público mostra que os pagamentos em dinheiro vivo começaram em 2013, embora os relatos da JBS tratem de 2014, ano eleitoral.
A defesa de Maristela Temer reiterou que a origem dos pagamentos pelas obras é lícita e que a denúncia não se preocupa em verificar a veracidade dos fatos.
Os advogados de João Baptista Lima Filho e de Maria Rita Fratezi consideram que houve precipitação na apresentação da denúncia pelos procuradores de São Paulo, já que a Procuradoria-Geral da República estava com essas informações e decidiu não produzir uma acusação formal.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Serrinha:Bancada do PT na câmara quer explicações do deputado Osni
O Radialista Fernando Lima,Rádio Continental AM,disse no seu programa desta sexta-feira(5)que os vereadores do PT na câmara estão insatisfeito com o tratamento oferecido pelo Deputado Osni Cardoso,que estaria prestigiando de forma exagerada alguns pré-candidatos a vereadores em Serrinha."Osni está andando e apresentando alguns pré-candidatos aos seus eleitores,isso está tirando o sono de alguns Edis".Disse Fernando.
O vereador conhecido como SANTIAGO tratou de tirar duvidas sobre o que disse a imprensa,o presidente Solidariedade,Adriano da Chapada,do desejo de expulsa-lo do partido;"Adriano nunca me falou sobre esta situação.De qualquer forma vou tomar minhas providências".Disse o vereador.
O maior nome do futebol da cidade,Robério Meneses,anunciou nos microfones da Rádio Regional de Serrinha que irá se candidatar a vereador na próxima eleição." vou atender os apelos dos amigos e espero contar com o apoio da ex-prefeita Tânia".
Lucas da Chicabana comemora o ótimo resultado da pesquisa feita na cidade para medir sua popularidade." Estamos contentes com o carinho que a população tem demostrado pelo nosso nome.Realmente o resultado da pesquisa me deixou muito contente e animado para continuar na luta".Disse o pré-candidato a prefeito.
O vereador conhecido como SANTIAGO tratou de tirar duvidas sobre o que disse a imprensa,o presidente Solidariedade,Adriano da Chapada,do desejo de expulsa-lo do partido;"Adriano nunca me falou sobre esta situação.De qualquer forma vou tomar minhas providências".Disse o vereador.
O maior nome do futebol da cidade,Robério Meneses,anunciou nos microfones da Rádio Regional de Serrinha que irá se candidatar a vereador na próxima eleição." vou atender os apelos dos amigos e espero contar com o apoio da ex-prefeita Tânia".
Lucas da Chicabana comemora o ótimo resultado da pesquisa feita na cidade para medir sua popularidade." Estamos contentes com o carinho que a população tem demostrado pelo nosso nome.Realmente o resultado da pesquisa me deixou muito contente e animado para continuar na luta".Disse o pré-candidato a prefeito.
Lula presta depoimento sobre inquéritos que tramitam na Justiça Federal do Paraná
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso pela Operação Lava Jato desde abril do ano passado em Curitiba, prestou depoimento na Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (5).
Como Lula está detido em uma sala especial na PF, não precisou de deslocamento para a oitiva, que começou por volta das 9h e terminou pouco antes das 11h.
Esse depoimento estava marcado para 22 de março, mas foi suspendido pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da defesa do petista. Lula foi condenado em dois processos da Lava Jato.
O depoimento é referente a inquéritos que tramitam na Justiça Federal do Paraná. Em março, a defesa do ex-presidente argumentou que ele não havia tido acesso a uma série de relatórios e laudos, o que representava cerceamento de defesa.
Ao analisar o pedido, Fachin deu razão à defesa e determinou que os advogados tenham no mínimo cinco dias para analisar o material.
Inquéritos
Os inquéritos sobre os quais ele deve prestar depoimento envolvem os seguintes fatos:
Se houve lavagem e corrupção em razão do suposto pagamento de propina pela Odebrecht no caso de navios-sonda construídos pela Sete Brasil;
Se houve lavagem, corrupção e cartel em relação a atos de Lula na construção da Usina de Belo Monte.
Versão de Lula
Desde o início das investigações, a defesa de Lula afirma que o ex-presidente não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato, acrescentando que não há provas contra Lula.
O próprio Lula também já disse reiteradas vezes que é inocente e não cometeu irregularidades.Fonte:Bahia Noticias
Como Lula está detido em uma sala especial na PF, não precisou de deslocamento para a oitiva, que começou por volta das 9h e terminou pouco antes das 11h.
Esse depoimento estava marcado para 22 de março, mas foi suspendido pelo ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da defesa do petista. Lula foi condenado em dois processos da Lava Jato.
O depoimento é referente a inquéritos que tramitam na Justiça Federal do Paraná. Em março, a defesa do ex-presidente argumentou que ele não havia tido acesso a uma série de relatórios e laudos, o que representava cerceamento de defesa.
Ao analisar o pedido, Fachin deu razão à defesa e determinou que os advogados tenham no mínimo cinco dias para analisar o material.
Inquéritos
Os inquéritos sobre os quais ele deve prestar depoimento envolvem os seguintes fatos:
Se houve lavagem e corrupção em razão do suposto pagamento de propina pela Odebrecht no caso de navios-sonda construídos pela Sete Brasil;
Se houve lavagem, corrupção e cartel em relação a atos de Lula na construção da Usina de Belo Monte.
Versão de Lula
Desde o início das investigações, a defesa de Lula afirma que o ex-presidente não cometeu crimes antes, durante ou depois do mandato, acrescentando que não há provas contra Lula.
O próprio Lula também já disse reiteradas vezes que é inocente e não cometeu irregularidades.Fonte:Bahia Noticias
Foto de ACM Neto rindo com Bolsonaro vira alvo de piada em grupo de dirigentes
A foto do prefeito de Salvador e presidente do DEM, ACM Neto, rindo, com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), virou piada no grupo de dirigentes partidários.
"É cara de quem tem três ministérios e caminha para fechar o quarto", brincou um aliado, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Integrantes do DEM, no entanto, não reagiram com tanto entusiasmo. Eles dizem que, no cotidiano do Congresso, o ânimo da bancada com as atitudes de Bolsonaro e do PSL é outro.
"É cara de quem tem três ministérios e caminha para fechar o quarto", brincou um aliado, segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
Integrantes do DEM, no entanto, não reagiram com tanto entusiasmo. Eles dizem que, no cotidiano do Congresso, o ânimo da bancada com as atitudes de Bolsonaro e do PSL é outro.
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