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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Com 'preocupações voltadas' para Feira de Santana, Rui indica 'medidas mais fortes'

A cidade de Feira de Santana tem sido motivo de preocupação durante a pandemia de Covid-19. Com 408 casos confirmados, a "Princesa do Sertão" apresentou uma taxa de crescimento grande nos últimos dias e a solução apontada é de uma restrição ainda maior para conter a proliferação. Foi o que afirmou o governador Rui Costa na manhã desta quinta-feira (28), em entrevista à Rádio Band News FM. Ele prometeu uma conversa com o prefeito Colbert Martins para debater a situação.

"Feira de Santana nos últimos dias tem a maior taxa de crescimento, então a preocupação que tínhamos com Ilhéus e Itabuna estão voltadas para Feira. Vou conversar com prefeito para medidas mais fortes. A taxa de crescimento é muito alta. Se permanecer assim, vai haver uma explosão de casos", disse.

Rui também indicou que alguns municípios que estão com o toque de recolher em vigência devem ter o horário de isolamento ampliado.

"Estamos avaliando. Vamos decidir novas medidas e ampliar o horário de isolamento nas cidades que estão com restrição, como Jequié. Infelizmente não aprovaram o feriado da quarta-feira e isso diminuiu o resultado que deu em outras cidades", pontuou.


Na última quarta (27), Rui celebrou a estagnação do número de casos ativos no estado, mesmo sem a pandemia estar controlada de fato. O governador explicou o motivo do destaque e apontou o valor de passar boas notícias aos cidadãos.

"Não que tenhamos vencido a doença. Para manter as pessoas na caminhada, é preciso apresentar resultados. Como há muita comunicação truncada, muita fake news, fiz questão de mostrar o efeito prático de quando a gente aumenta o isolamento. Os casos ativos não ficaram no mesmo patamar em quatro dias seguidos e agora conseguimos. Isso não significa que não tenha caso novo. São quatro dias de ativos estáveis. Faço questão de registrar. Remédio amargo não faz efeito se a gente tomar de conta gota. Só faz efeito se tomar de vez. Não significa que o problema esteja resolvido, mas é um excelente sinal", finalizou.

O último boletim da Secretaria de Saúde da Bahia apontou 15.070 casos confirmados da doença, com 530 óbitos.

Sapatão tem 'discreta melhora', mas segue na UTI e em estado grave

O ex-técnico e ex-jogador Élcio Nogueira, conhecido como Sapatão, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave no Hospital da Bahia, em Salvador. De acordo com o boletim médico enviado pela casa de saúde ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (28), ele apresentou uma discreta melhora nas últimas 24 horas.

"Paciente Élcio (Sapatão) está estável, sedado, entubado, em Suporte Ventilatório e Dialítico, apresentando nas últimas 24 horas discreta melhora nos padrões Hemodinâmicos", diz o comunicado da unidade hospitalar.

Sapatão está internado no hospital desde o dia 17 de maio. Porém, na última terça (26), ele sofreu uma parada cardíaca em decorrência de uma convulsão e precisou ser entubado.

Nos gramados, o zagueiro Sapatão se destacou com a camisa do Bahia ao fazer parte do elenco que conquistou sete títulos do Campeonato Baiano, entre 1973 e 1979. Depois, como treinador, foi campeão da Série B estadual dirigindo o Ypiranga em 1990, o São Francisco do Conde em 1996, o Camaçari em 1997 e o Camaçariense 2003. Além de ser vice-campeão do Baianão com o Juazeiro em 2001.Fonte:Bahia Noticias

'Acabou, porra!', diz Bolsonaro após operação contra fake news


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez duras críticas na manhã desta quinta-feira (28) à operação da Polícia Federal (PF) que apreendeu computadores, celulares e tablets de empresários, comunicadores e influenciadores digitais acusados de propagar fake news.

“Acabou, porra!”, gritou o chefe do Executivo. “As coisas têm limite, ontem [quarta-feira] foi o último dia. Me desculpe o desabafo, mas não dá para admitir decisões individuais. Não vamos admitir que uma única pessoa tome decisão em nome de todos”, criticou. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

O presidente reforçou que a operação dessa quarta-feira (28) seria uma evidência de que ele não tenta interferir politicamente na Polícia Federal. Incomodado com as ações do STF, Bolsonaro disse respeitar os outros dois Poderes e pediu que façam o mesmo pelo Executivo. “Respeito o Supremo, o Congresso, agora, tem que respeitar o Executivo também”.

O chefe do Executivo classificou como “mentirosos” os argumentos que justificaram a ação baseado no inquérito das fake news no Supremo. “Querem censurar a mídia social, que me trouxe até aqui [presidência da República]. Nunca tive dinheiro para campanha, foi o povo que me botou aqui”.

Momentos após se dizer disposto a se reunir com os chefes da Câmara, Senado e STF, Bolsonaro endureceu o discurso. “As coisas têm limites, ontem foi o último dia”, afirmou, sem esclarecer de que modo impediria a PF e o STF de continuar a investigar pessoas acusadas de integrar rede de propagação de notícias falsas.

Investigada na Operação Placebo, primeira-dama do Rio é internada de emergência


A advogada Helena Witzel, mulher do governador do Rio, Wilson Witzel, foi internada de emergência na manhã de hoje (28) no Hospital Central dos Bombeiros Aristarcho Pessoa, no Rio Comprido, zona norte do Rio. Segundo o Núcleo de Imprensa do Palácio Guanabara, a primeira-dama foi levada à unidade após um mal-estar. Conforme a assessoria, o governador acompanhou sua mulher, que foi examinada e passa bem. “Ela será reavaliada para ser liberada em seguida”. O governador já voltou ao Palácio Laranjeiras.

Helena Witzel é uma das investigadas pela Operação Placebo, que aprofunda as apurações que começaram com a Polícia Civil do estado, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal (MPF) para investigar existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro.

A Operação foi deflagrada na terça-feira (26), e logo no início da manhã, policiais federais chegaram ao Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do Rio, na zona sul da cidade, onde mora o governador Wilson Witzel com a família. A Operação Placebo, segundo a PF, apura indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), no Estado do Rio de Janeiro.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves autorizou a operação que teve 12 mandados de busca e apreensão. Além do Palácio Laranjeiras, os agentes cumpriram um dos mandados na casa no Grajaú, na zona norte do Rio, que a família Witzel morava antes do governador tomar posse. O ministro Benedito Gonçalves determinou que o casal preste depoimento à Polícia Federal, mas isso não ocorreu e não há informação sobre a data prevista para que sejam ouvidos.

Rejeição a Bolsonaro bate recorde, diz instituto de pesquisa


A rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cresceu ao longo do mês passado, segundo o instituto de pesquisa Datafolha. O levantamento, que foi realizado no início da semana, sob o efeito da divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, apontou que 43% dos brasileiros consideram o governo ruim ou péssimo.

 O percentual foi recorde durante sua gestão. Na pesquisa realizada no dia 27 de abril, a reprovação de Bolsonaro era de 38%.

A aprovação de Bolsonaro, no entanto, segue estável, os mesmos 33% nas duas aferições. Já aqueles que acham o governo regular, classificados pelo levantamento como "potenciais eleitores-pêndulo numa disputa polarizada", caíram de 26% para 22%. Foram ouvidos 2.069 adultos, com margem de erro de dois pontos percentuais.

Bahia fechou 32 mil postos de trabalho com carteira assinada em abril


A Bahia acabou com 32.482 postos de trabalho com carteira assinada somente em abril deste ano, de acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O resultado decorre da diferença entre 23.170 admissões e 55.652 desligamentos durante o mês. No mesmo período do ano passado, fora do cenário da crise econômica e sanitária que afeta todo o mundo, foram criados 10 mil postos.

Ainda de acordo com o levantamento, a capital baiana e todo o interior do estado passaram por uma queda no número de postos de trabalho, assim como a Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em Salvador foram 10 mil postos encerrados. Já na RMS foram 16.611 contratações  e no interior 15.871 posições celetista.

"O resultado para o acumulado do ano (-37.538 postos) exibe, no estado, os efeitos da pandemia, que também atingiu a região nordestina (-190.081 postos) e o país (-763.232 postos). No fechamento do ano de 2019, a Bahia exerceu a liderança na geração de posições celetistas no Nordeste. Já no acumulado de janeiro a abril de 2020, a Bahia ocupa a oitava posição, a derradeira disposição foi preenchida pelo estado de Pernambuco (-53.550 postos). No Brasil, o estado está no 22° posto no primeiro quadrimestre do ano, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo.", informou a Superintendência

Com exceção dos Serviços domésticos, todos os outros segmentos contabilizaram saldos negativos no mês de abril de 2020: Comércio (-9.582 postos), Alojamento e alimentação (-7.362 postos), Construção (-5.585 postos), Informação, comunicação e outras atividades (-3.304 postos), Indústria geral (-3.208 postos), Transporte, armazenagem e correio (-1.592 postos), Administração Pública (-1.000 postos), Outros serviços (-785 postos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-64 postos).Fonte:Bahia Noticias

Bolsonaro volta a criticar a Globo: “Parem de ser patifes com o presidente da República”


O presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer duras críticas a Rede Globo na manhã desta quinta-feira (28), ao deixar o Palácio da Alvorada. Ele ressaltava as ações que o governo federal tem feito neste momento de crise, como o “corovoucher”, e pediu que uma nova crise não fosse criada para atrapalhar o Brasil, sem citar a emissora.

Na sequência, Bolsonaro indagou os jornalistas sobre a redução de salários que segundo ele, chegou ao seu conhecimento, e seguiu atacando a Globo.

“Pelo que chegou ao meu conhecimento, Globo, Folha, Valor Econômico, Uol, reduziu em 25% o salário de vocês aqui, e está em estudo reduzir mais 25%. Digo a vocês, se o Brasil for pra frente vão aparecer anunciantes para anunciar nos jornais, nas revistas, na TV, no rádio, todo mundo vai viver melhor.

Eu não dou dinheiro pra vocês, primeiro que o dinheiro não é meu é público, porque tenho que aplicar num lugar melhor, então Rede Globo, não tem grana pra vocês, parem de ser patifes com o presidente da República, parem de patifaria. Rede Globo pare de patifaria, vocês não estão atingindo só a mim não, mas a toda a população brasileira. Nós queremos sair da situação que nos encontramos, mal vislumbra sair da situação e já aparece outra e outra coisa, pelo amor de Deus”, disse.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Coronavírus: Sobe para 41 o número de casos confirmados em Serrinha


A Prefeitura de Serrinha informa que nesta terça-feira, 26/05, surgiram mais 12 novos casos positivos subindo para um total de 41 casos da COVID-19 no município.

PRIMEIRA TABELA (resultados LACEN)
A cidade registra 37 casos suspeitos, 185 casos descartados e um total de 26 casos positivos.

Hoje foram confirmados mais 04 novos casos (um via teste do LACEN; 03 via laboratório particular sendo que duas pessoas fizeram teste em Feira de Santana*)

Essas duas pessoas de Serrinha fizeram teste em Feira de Santana e o IGG deu reagente. Isso significa que elas já tiveram a COVID-19, mas já estão curadas. É uma mulher de 39 anos e um menino de 07 anos.

Os outros dois pacientes são: um homem de 25 anos, um homem de 32 anos. Todos estão em isolamento domiciliar e sendo acompanhados pela vigilância epidemiológica.

Vale lembrar que Serrinha tem um paciente, um homem de 92 anos, que está internado no Hospital Municipal.

SEGUNDA TABELA (resultados testes rápidos)
Hoje foram realizados 97 testes rápidos, com 89 descartes e 08 resultados positivos num total de 15 casos positivos desde que começaram a ser feitos os testes rápidos.

Os oito pacientes confirmados hoje são do sexo masculino com idades de 33, 34, 37 (dois casos), 38, 46, 47 e 49 anos. Todos se encontram em isolamento domiciliar e sendo acompanhados pela vigilância epidemiológica.

Total de testes rápidos realizados desde o dia 20 de maio: 844

TERCEIRA TABELA (total)
A junção das informações das duas tabelas anteriores mostra que Serrinha registra um total de 41 casos de Coronavírus, com sete pessoas curadas.

LOCAIS:
Bairros da cidade que já registram ou registraram casos positivos do Coronavírus.

Zona urbana: Vaquejada (07); Centro (05); Cidade nova (05); Cruzeiro (04); Novo horizonte (02); Colina das Mangueiras (02); Vila de Fátima (02); Bomba (02); Abóboras (01); Oséas (01); Ginásio (01); CSU (01); Urbis (01); Vista Alegre (01); Cajueiro (01)

Zona rural: Povoado Veludo (01); Retiro (01); Alto da Isabel (01); Lagoa do Mato (01); Juazeirinho de Mombaça (01);

Governador do Rio levanta suspeitas sobre a PGR ao comentar operação


O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, levantou suspeitas sobre o procurador-geral da República, Augusto Aras, após afirmar que o Planalto aprovou a operação da Polícia Federal que teve ele e sua esposa, Helena Witzel, como alvos nesta quarta.

"Chegou ao meu conhecimento que essa investigação partiu de dentro do gabinete do procurador-geral da República, com aquiescência do presidente da República", afirmou o governador em entrevista à TV Globo.

De acordo com Witzel, a "busca e a apreensão não resultaram em absolutamente nada". "É uma narrativa fantasiosa. Nós vamos desmontar isso tudo. Vamos ao Senado, ao Conselho Nacional do Ministério Público. Estão jogando meu nome na lama de forma absolutamente inadequada. Isso é uma farsa, uma perseguição política", emendou.

O G1 procurou a PGR, que não se manifestou.

'Vai ter mais, no Brasil todo', diz Bolsonaro após operação da PF contra governador do Rio


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (27) que novas operações da Polícia Federal (PF) serão realizadas nos estados. "Vai ter mais, enquanto eu for presidente, vai ter mais. No Brasil todo. Isso não é informação privilegiada não, vão falar que é informação privilegiada", disse.

De acordo com informações do portal G1, a afirmação foi feita na saída do Palácio da Alvorada, após um apoiador agradecer a PF pela Operação Placebo. A ação realizada na manhã da última terça (26) teve como principal alvo o governador Wilson Witzel (PSC), e apura corrupção em ações de mitigação dos efeitos da pandemia da Covid-19 na área da saúde.

Também segundo a publicação, um outro apoiador diz haver supostas irregularidades na saúde em Pernambuco e questiona o presidente sobre se a justiça será feita. Bolsonaro garantiu que a "Polícia Federal está agindo". Um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) apura as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que o presidente tentou interferir politicamente na PF.

O presidente nega interferências. Na segunda (25), véspera da realização da operação Placebo, a deputada federal Carla Zambelli (PSL) antecipou em entrevista à uma emissora de rádio  que a PF estava prestes a deflagrar operações contra desvios na área da saúde nos estados.

O episódio levou a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) a emitir uma nota defendendo a apuração "com responsabilidade e profundidade" de possível vazamento a respeito da operação.

Cerca de 31 milhões de pessoas já podem usar 2ª parcela do auxílio emergencial


Cerca de 31 milhões de brasileiros já receberam a segunda parcela do auxílio emergencial nas contas digitais e podem utilizar o dinheiro para fazer compras pela internet e pagar contas, afirmou nesta terça (26) o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Para quem tem a poupança social do banco, o pagamento começou a ser depositado na última semana, de acordo com o mês de nascimento.

Nesta quarta (27), 2,6 milhões de pessoas recebem mais uma etapa de pagamentos. Deste total, 700 mil beneficiários podem sacar em dinheiro o último lote da primeira parcela. O resgate vale para nascidos em outubro e em meses anteriores.

Os pagamentos para esse grupo segue até sexta-feira (29), quando serão contemplados os aniversariantes do mês de dezembro.
Nesta quarta, também poderá ser sacada, em dinheiro, a segunda parcela do auxílio para 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família com NIS (Número de Inscrição Social) final 8. O calendário para quem faz parte do programa vai também até esta sexta (29).

A partir de sábado (30), fica liberado o saque em dinheiro para os demais beneficiários que tenham recebido a primeira parcela até dia 30 de abril. Esta fase vai até dia 13 de junho. Para quem recebeu o último lote da primeira parcela ainda será divulgado calendário com a nova leva de pagamentos.

Bonner fala sobre ataques e intimidações em entrevista


O jornalista William Bonner disse na madrugada desta quarta-feira (27), em entrevista ao programa Conversa com Bial, a suspeita de que a utilização indevida do CPF de seu filho Vinícius, 22, para pedir o auxílio emergencial de R$ 600 ao governo federal teve o objetivo de "encurralar" ele e a ex-mulher, a apresentadora Fátima Bernardes e, dessa forma, atingir a TV Globo.

A Globo informou nesta terça-feira (26) por meio de nota que Bonner tem sofrido uma campanha de intimidação.

O editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional contou que o filho é vítima de estelionato há três anos, desde que sofreu um acidente de carro. Um bombeiro teria divulgado a carteira de habilitação do jovem na internet e desde então a família precisa contar com a atuação de advogados para desfazer golpes.

A fraude mais recente foi a tentativa de vincular o nome do filho de Bonner e Fátima Bernardes a um pedido de auxílio emergencial. O jornalista foi informado que um jornal do Rio preparava reportagem sobre o assunto e, por meio de advogados, mostrou ao veículo as provas de que era um golpe e alertou a Caixa Federal para não fazer o pagamento. A reportagem não foi publicada.

Mesmo sem nada ter sido divulgado, segundo ele o filho começou a receber insultos pelas redes sociais. Bonner então fez um desabafo em público e, a partir disso, afirma que começaram a acontecer "coisas estranhas".

"Circularam vídeos que o acusavam de ter feito o pedido e recebido. E cobravam isso do pai e da mãe. De William e de Fátima. E dele", disse durante a entrevista a Pedro Bial.

Para Bonner, o material estava pronto para ser divulgado nas redes sociais antes mesmo dele fazer o desabafo.

"Quem em meio a uma pandemia, com milhares de mortes, teria a ideia, do nada, de entrar no site do Ministério da Cidadania ou do Dataprev e verificar se o filho do William Bonner tentou se inscrever para receber os R$ 600?", questionou. "Esse é o tempo que estamos vivendo hoje, mas vamos em frente"

Para Bial, ficou evidente o caráter doloso do que aconteceu.

Com a voz embargada, Bonner contou que a polarização política faz com que ele evite frequentar lugares públicos desde as eleições presidenciais de 2018. A tentativa é de evitar ataques e agressões verbais.

Um episódio ocorrido em uma padaria na Lagoa, região nobre do Rio, foi citado como marcante pelo jornalista.

Segundo ele, uma mulher embriagada às 10h disparou insultos contra ele a uma curta distância, o que provocou grande constrangimento no ambiente.

"Eu, no meu constrangimento, querendo me livrar de uma situação em que estava sendo insultado, me senti culpado por estar estragando o dia de outras pessoas", lembrou.

A decisão de evitar viagens de avião foi tomada antes, em 2016, quando passou um ano indo de carro do Rio a São Paulo para visitar o pai doente nos finais de semana. A mesma situação foi vivida em 2018, quando quem estava doente era a mãe.

Ex-frequentador do Twitter, o jornalista disse ter visto a intolerância ganhar força nas redes sociais e depois extrapolar para as ruas.

"O que era diversão foi se transformando em campo de batalha", afirmou. "A gente vai para as ruas e assiste essa mesma incivilidade. A cada eleição vai piorando".

Hoje, além de ser mais recluso, ele evita as redes sociais, que utiliza apenas profissionalmente ou em episódios como o do golpe com o documento do filho.

O jornalista comentou também a insegurança vivida por jornalistas que cobriam diariamente a rotina do presidente Jair Bolsonaro em frente ao Palácio do Alvorada. Ele disse ter a sensação de que foi criada uma situação para dificultar o trabalho da imprensa.

A Folha decidiu suspender a cobertura jornalística na porta do Palácio da Alvorada temporariamente até que o Palácio do Planalto garanta a segurança dos profissionais de imprensa. O Grupo Globo tomou a mesma decisão.

Ainda na entrevista, Bonner falou sobre a cobertura da pandemia do novo coronavírus como a mais dramática de sua carreira jornalística. Até mesmo o tom de sua narração mudou diante da tragédia.
"Estou me permitindo respirar. Estou respirando na minha necessidade de respirar", disse.

Para o jornalista, a situação é avassaladora, o que inclui o perigo dos negacionistas que têm o poder da comunicação direta e divulgam fake news para enganar a população.

Sem citar nomes, Bonner definiu como "maldade humana" a atitude de uma pessoa que inventa informações como a de que um medicamento teria o poder de salvar pessoas.
"O que é isso, senão maldade?"

Witzel estaria no topo de grupo que fraudou até compra de caixas d'água, aponta investigação


A Operação Placebo, deflagrada pela Polícia Rederal do Rio de janeiro nesta terça-feira (26), diz ter reunido provas indicando que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), está no topo de uma organização que fraudou o orçamento até das caixas d’água de hospitais de campanha no Rio.

De acordo com a Folha de S. Paulo, dados da investigação, enviados pelo Ministério Público Federal no Rio ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), afirmam que Witzel “tinha o comando” das ações para, supostamente, lesar a gestão das unidades de saúde.

Para o feito, Witzel seria auxiliado por sua mulher, Helena Witzel, e pelo ex-secretário de Estado da Saúde Edmar Santos, que delegou algumas atribuições a subordinados sob investigação.

A reportagem acrescenta ainda que, segundo o inquérito, que tramita em sigilo, houve ilegalidades no processo de contratação da organização social Iabas para administrar os hospitais provisórios. Para isso, diz a investigação, foram fraudados os valores dos orçamentos de diversos itens do atendimento a vítimas da Covid-19.

“Afirmam [os investigadores] a existência de prova robusta de fraude nos processos que levaram à contratação da Iabas para gerir os hospitais de campanha no Rio de Janeiro, tudo com a anuência e comando da cúpula do Executivo", diz trecho da decisão do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves, que autorizou a operação, de acordo com a Folha.

"Para tanto, informam que foram apresentados orçamentos fraudados para montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d’água, geradores de energia e pisos para a formação da estrutura dos hospitais de campanha, tudo com o conhecimento do [então] secretário de Saúde. Provas policiais dão conta que os demais orçamentos foram apresentados ao estado para escamotear a fraude na contratação, aparentando uma legalidade inexistente”, completa.

Nesta terça (26), a Polícia Federal cumpriu ordens de busca e apreensão em endereços de Witzel, incluindo os palácios das Laranjeiras e da Guanabara, da mulher dele e de servidores da Saúde no estado.

“Afirmam [os investigadores] que as provas coletadas até este momento indicam que, no núcleo do Poder Executivo do estado do Rio, foi criada uma estrutura hierárquica, devidamente escalonada a partir do governador, que propiciou as contratações sobre as quais pesam fortes indícios de fraudes”, prosseguiu o ministro.
Em seguida, ele acrescenta: “Para tanto, Wilson Witzel mantinha o comando das ações [auxiliado por Helena Witzel]".

Na decisão, Gonçalves afirmou que o compartilhamento de provas provenientes da Justiça Federal no Rio demonstrou “vínculo bastante estreito e suspeito entre a primeira dama do Rio” e as empresas de Mário Peixoto, empresário beneficiado com contratos no governo fluminense.

Ele cita contrato de prestação de serviços entre o escritório de advocacia de Helena Witzel e a DPAD Serviços e Diagnóstico, bem como comprovante de transferência de renda entre as duas empresas.

Oito das 10 cidades do interior com mais casos de Covid têm registros superiores aos da Sesab


Das dez cidades do interior da Bahia com os maiores registros de pacientes acometidos com o novo coronavírus (Covid-19), oito gestões apontam uma quantidade de casos maior que a divulgada pelo governo estadual, através da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), no boletim desta terça-feira (26).

A discordância entre os dados da Sesab com os apurados pelo Bahia Notícias junto aos canais oficiais das prefeituras indica que as cidades de Ipiaú, Candeias, Simões Filho e Vitória da Conquista já apareciam nos boletins municipais desta segunda-feira (25) com números maiores que os publicados pelo órgão de saúde do governo do estado um dia depois.

Simões Filho, por exemplo, apareceu no boletim estadual de terça com 119 ocorrências confirmadas. Entretanto, já na tarde de segunda, o boletim da prefeitura indicava que um quantitativo superior, de 133 casos, foi computado. No dia seguinte, esse número subiu e a gestão municipal comunicou a existência de 147 pessoas infectadas pela doença.

Jequié, Feira de Santana, Lauro de Freitas e Camaçari superaram a marca da Sesab apenas nesta terça. Já as cidades de Itabuna e Ilhéus foram as únicas em que os dados municipais não ultrapassaram os que foram informados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Ipiaú foi a única que, até o fechamento desta matéria, não havia divulgado o boletim de terça-feira.

As divergências entre os dados sugerem que há ruídos de comunicação entre os dados apurados nos municípios e os submetidos à Sesab. Na última semana, o cruzamento de bases de dados gerou um salto no número de notificações da Bahia divulgados pela secretaria. Ainda assim, a base utilizada pelo Ministério da Saúde utiliza os registros da pasta estadual, o que sugere que o número de casos do novo coronavírus pode ser ainda maior. A própria Sesab indicou que as prefeituras têm feito lançamentos de notificações com atrasos, gerando um acúmulo de registro de óbitos em 24h (lembre aqui).

A tabela com todos os dados apurados pode ser vista logo abaixo. Nela aparecem os registros mais recentes de cada um dos locais, chancelados pelas autoridades municipais.

'Lockdown' é apoiado por 60% dos brasileiros, diz pesquisa Datafolha


Os brasileiros, em maioria, são favoráveis ao "lockdown", medida de isolamento rígida para combater a proliferação do novo coronavírus. É o que indica a pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira (27).

Para 60% dos entrevistados, a medida é recomendável. Já 36% são contrários, 2% não souberam responder e 1%, se dizem indiferentes.

O maior apoio para a medida é na região Nordeste. Entre os ouvidos, 69% são favoráveis. A menor adesão está na região Sul, com 54% dos entrevistados apoiando a medida.

Apesar de apoiar o isolamento rígido, os brasileiros estão menos participativos na quarentena. 35% dizem que se cuidam, mas estão saindo de casa. Em pesquisas anteriores, em 1º a 3 de abril, 17 de abril e 27 de abril, os índices eram respectivamente de 24%, 26% e 27%.

Já aqueles que dizem sair só quando é inevitável seguem sendo o maior grupo, 50%, mantendo o número em relação a outras pesquisas.

As pessoas que estão totalmente isolados oscilaram de 16% para 13%. Neste grupo, 78% é a favor do lockdown. Os maiores de 60 anos, teoricamente mais vulneráveis a complicações da Covid-19, são os que mais ficam em casa: 21%.

Apesar da queda no número de pessoas que estão em isolamento 65% dos entrevistados acreditam que é mais importante que as pessoas fiquem em casa do que retomar a economia com a volta às ruas e reabertura do comércio não essencial.

O "lockdown" é rejeitado por 55% dos empresários, ante 38% que o aprovam. Entre os mais ricos, que ganham acima de 10 salários mínimos, 50% são contra.

Foram ouvidos 2.069 adultos por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Roberto Jefferson, Luciano Hang, deputado de SP e blogueiro do Terça Livre são alvos da PF


O presidente do PTB Roberto Jefferson, o empresário Luciano Hang, o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-RJ) e o blogueiro Allan dos Santos, aliados do presidente Jair Bolsonaro, são alvos da operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (27) que cumpre 29 mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) por fake news (saiba mais aqui).

No caso de Douglas Garcia, as buscas foram realizadas no gabinete dele, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde computadores foram apreendidos. Sobre Allan dos Santos, o mandado foi cumprido na casa dele, em uma área nobre de Brasília.
Além de Rio de Janeiro e Brasília, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.

terça-feira, 26 de maio de 2020

'O que aconteceu comigo, acontecerá com mais governadores', diz Witzel após operação


Wilson Witzel, o governo do Rio de Janeiro, fez um pronunciamento criticando o presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (26), poucas horas após ser alvo de busca e apreensão numa investigação que apura desvios na Saúde no estado.

Para o governador, influências do Palácio do Planalto levaram o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao erro de deflagrar a operação. “Tenho todo respeito ao ministro Benedito, mas a narrativa que foi levada ao ministro Benedito é fantasiosa. Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção”, disse. “O que aconteceu comigo, acontecerá com mais governadores”, completou.

O governador do Rio também atacou a família Bolsonaro e disse que o senador Flávio Bolsonaro já deveria estar preso. Flávio foi um dos que apoiou a campanha de Witzel em 2018 e o governador se disse arrependido da aliança.

“Ao contrário do que se vê na família do presidente Bolsonaro, a família engaveta inquéritos, vaza informações. O senador Flávio Bolsonaro, com todas as provas que temos contra ele, já devia estar preso. Este sim. A polícia federal deveria fazer o seu trabalho com a mesma serenidade que passou a fazer no Rio de Janeiro porque o presidente acredita que estou perseguindo a família, e ele acredita que a única alternativa é me perseguir politicamente”.

Coronavírus: Surgem 7 novos casos positivos em Serrinha; somando 29 casos confirmados no município


A Prefeitura de Serrinha informa que nesta segunda-feira, 25/05, surgiram mais 07 novos casos positivos num total de 29 casos da COVID-19 no município.

PRIMEIRA TABELA (resultados LACEN)
A cidade de Serrinha registra 49 casos suspeitos, 165 casos descartados e 22 casos positivos, sendo um caso confirmado via laboratório particular.

Os 06 novos casos com Coronavírus são de quatro homens com 37, 41, 58 e 66 anos e uma mulher de 39 anos. Todos se encontram em isolamento domiciliar. Além desses pacientes, um homem de 92 anos que está internado no Hospital Municipal.

SEGUNDA TABELA (resultados testes rápidos)
Hoje foram realizados 154 testes rápidos, com 153 descartes e 1 resultado positivo num total de 07 casos positivos desde que começaram a ser feitos os testes rápidos.

Total de testes rápidos realizados desde o dia 20 de maio: 747

TERCEIRA TABELA (total)
A junção das informações das duas tabelas anteriores mostra que Serrinha registra um total de 29 casos de Coronavírus, com cinco pessoas curadas.

LOCAIS:
Bairros da cidade que já registram ou registraram casos positivos do Coronavírus.

Zona urbana: Centro (04); Novo horizonte (01); Vaquejada (04); Cruzeiro (04); Cidade nova (04); Colina das Mangueiras (01); Vila de Fátima (02); Bomba (01); Abóboras (01); Oséas (01); Ginásio (01); CSU (01)

Zona rural: Povoado Veludo (01); Retiro (01); Alto da Isabel (01); Lagoa do Mato (01)

Vale ressaltar que no dia 18 de maio Serrinha contabilizava um total de seis casos positivos, ou seja, em uma semana houve um aumento de 500% nos números de casos de Coronavírus na cidade.

Este aumento serve de alerta para a população sobre a necessidade de se manter o isolamento social, a única forma comprovada até o momento, de conter a proliferação do vírus.

Vencer a batalha contra essa pandemia depende de cada um de nós. Por isso, faça a sua parte e fique em casa. Mantenha o isolamento social. Só saia de casa se tiver necessidade e sempre use máscara!

Acompanhe as informações sobre o Coronavírus nas redes oficiais da Prefeitura no Facebook e Instagram.

Prefeitura de Serrinha lança a plataforma "Educação ao Seu Alcance"


Um espaço para construção do conhecimento e integração entre professores, coordenadores, alunos e população em geral.

Na plataforma já estão disponíveis 5.000 bolsas gratuitas para cursos de tecnologia. “São disponibilizados diversos cursos” afirma a secretária de Educação Maria Betânia Pereira.

Durante essa semana começarão a ser publicadas atividades por escola. Os alunos que não tiverem acesso à internet receberão a atividade impressa junto com o kit alimentação.

Serrinha é a primeira cidade do Nordeste a distribuir 5.000 bolsas gratuitas através da plataforma Digital Innovacion One. “Esses cursos vão trazer novas oportunidades para os nossos jovens ”, afirma o prefeito Adriano Lima.

Acesse: www.educacaoaoseualcance.com

Fonte: ASCOM / PMS

Região do Sisal tem 152 casos confirmados do novo coronavírus, 3 mortes e 27 pacientes curados


De acordo com o Mapa COVID-19 do Território do Sisal, divulgado nesta terça-feira (26), a região conta com 152 casos confirmados do novo coronavírus, 3 mortes e 27 pacientes curados.

Dos 20 municípios que compõem a região, apenas Candeal, Ichu e Quijingue não tem casos confirmados.

Houve um aumento no número de casos confirmados nos municípios de Barrocas, Serrinha e Teofilândia, de ontem para hoje foram 10 novos casos confirmados na região. 7 só em Serrinha.

A cidade de Valente tem o maior número de infectados, com 41 pessoas. Em seguida vem Serrinha com 29 casos positivos.

Os óbitos ocorreram nas cidades de Valente, Araci e Itiúba.Fonte:ailtonpimentel.com

Coronavírus: Com baixo isolamento social, Brasil pode alcançar estatísticas estratosféricas dos EUA, diz infectologista


Com baixo isolamento social e autoridades divergindo sobre condução de políticas públicas, o Brasil, segundo no mundo em casos confirmados de coronavírus, pode "se tornar o epicentro mundial da doença.

Segundo no mundo em casos confirmados de coronavírus, com quase 370 mil pessoas contaminadas, o Brasil caminha para chegar perto ou mesmo ultrapassar os números assustadores dos Estados Unidos, que hoje têm quase cem mil mortos. O país já tem quase 23 mil mortos e o isolamento social, mesmo com antecipação de feriados e fechamento total em algumas cidades, tem ficado abaixo do esperado.  E as autoridades reconhecem que os dados são subnotificados.

“É bem plausível que o Brasil alcance as estatísticas estratosféricas dos Estados Unidos. As pessoas aqui não aderiram ao isolamento social”, avalia o infectologista Dalcy Albuquerque, da Sociedade Brasileira de Doenças Tropicais. Ele lembra que mesmo em locais onde os casos estão em alta, como São Paulo, a adesão tem ficado na casa dos 50%. O especialista também afirmou que o país tem hoje vários pontos de concentração da doença, no Norte, Nordeste e no Sudeste, e que em outras regiões o vírus está chegando.

“Uma divergência de condutas entre as esferas de governo deixou a população confusa e, a maioria acaba seguindo pelo mais fácil, não ficando em casa. Além disso vários hospitais de campanha que iriam ajudar o sistema de saúde não ficaram prontos como planejado e houve dificuldade em garantir respiradores e infraestrutura nesses locais. Alguns estados, ainda por cima, estão com grave crise financeira. A soma disso tudo pode levar o Brasil a se tornar o epicentro mundial da doença em algum momento, passando mesmo os Estados Unidos”, projetou o infectologista.

Enquanto o Brasil registrava quase 16 mil novos casos de coronavírus de sábado (23) para domingo (24), o presidente Jair Bolsonaro voltou a se juntar a manifestantes que foram para a Praça dos Três Poderes declarar apoio ao governo federal. Sem máscara, ferindo o que determina o governo local de Brasília, o presidente estava separado por uma grade, mas se aproximou por várias vezes das pessoas e chegou a tirar foto com uma menina e depois a pegar no colo outras duas crianças.

Crise política
A atitude do presidente não mostra apenas uma divergência na condução da crise sanitária com relação a outros países e à Organização Mundial da Saúde (OMS), mas ilustra a crise política por que passa o país neste momento.

Bolsonaro participou em várias ocasiões de manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam processos de interesse do governo, do próprio presidente e dos filhos dele. A instabilidade do Executivo ficou evidente com a demissão de dois ministros populares – Henrique Mandetta, da Saúde, e Sérgio Moro, da Justiça.

 Depois veio a saída de Nelson Teich da Saúde por discordar do presidente quanto à indicação da hidroxicloroquina no tratamento da COVID.
O capítulo mais recente dessa instabilidade do Executivo foi a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, que está no centro da briga entre o presidente e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro.

 Em duas horas de conversa com toda a equipe de governo, a pandemia de coronavírus esteve longe de ser prioridade entre as autoridades presentes. Ao contrário, quase passou batido. Um presidente raivoso, que não poupou palavrões para atacar adversários e cobrar postura de apoio de seus ministros, e que reclamou da falta de informações de órgãos de inteligência. Cresce agora a expectativa em torno do procurador geral da república, Augusto Aras, que terá de dizer se viu a tentativa do presidente em interferir politicamente na Polícia Federal.

“ O vídeo não mostra o presidente interferindo numa investigação específica da Polícia Federal. Mostra a intenção dele em fazer alterações porque está insatisfeito e menciona ali eventuais investigações contra a família e amigos. Não é uma prova definitiva de um ato ilícito do presidente. Mas a gente está no início da investigação. Outros elementos de prova serão colhidos. Depois a avaliação será feita no contexto de todas as provas”, afirmou o criminalista e professor de Direito Thiago Botino, da Fundação Getúlio Vargas.

Vídeo reforça embate político

O cientista Político Ricardo Ismael, da PUC-Rio, diz que, além da parte criminal, a liberação do vídeo pelo ministro Celso de Melo, do STF, que impediu a divulgação apenas de trechos que citam dois países, vem num cenário de crise do Executivo, reforçando o embate político.

“Aspectos que tiveram ampla repercussão na mídia e na opinião pública, como o Ministro da Educação atacando o STF, o ministro do Meio Ambiente dizendo que era para aproveitar a pandemia e liberar licenças na área ambiental, o próprio presidente falando em armar a população. Então foram vários pontos que consolidam a imagem negativa que ele tem hoje numa parte da população, que não votou nele ou que se distanciou dele nesse início de governo. Mas por ter muitas frases de efeito do Bolsonaro, o vídeo agrada a uma parte muito fiel do presidente que repercutem frases dele nas redes sociais e nos protestos”, analisa Ismael.

E nesse inquérito, o ministro Celso de Mello, relator do caso, encaminhou ao Procurador Geral da República um pedido de partidos de oposição para que seja aprofundado o caso com perícia no celular de várias autoridades, inclusive no de Bolsonaro e do filho dele, Carlos. Depois da manifestação do Ministério Público, Celso de Mello tomará uma decisão sobre o celular.

O general Augusto Heleno, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, divulgou uma nota em que fala de ‘impactos imprevisíveis’ caso a apreensão do aparelho do presidente venha a acontecer. A Ordem dos Advogados do Brasil rechaçou e disse que o ministro militar precisa sair de 64, numa referência à ditatura, e focar em resolver os problemas de 2020, ou seja, democraticamente.
Fonte: RFI

ACM Neto: 'Espero que quem não esteja lutando pela vida não atrapalhe a nossa luta'


O prefeito ACM Neto (DEM) lamentou que algumas pessoas tenham feito guerra de espada em Salvador na noite desta segunda-feira (25), com a antecipação do feriado de São João.

De acordo com ele, quem fez isso “não tem nenhuma sensibilidade com os milhares de mortos” por Covid-19. “É lamentável ver cenas de pessoas em guerra de espadas, ouvindo som alto, bebendo em espaço público como se nada tivesse acontecendo”, falou o prefeito.

Em um discurso duro, ACM Neto cravou que seu trabalho é feito “para salvar as vidas, pra evitar que o amigo, o irmão, o colega de trabalho, desse que estava fazendo a guerra de espada, ou quem sabe ele próprio amanhã, entre para os índices de mais um óbito na cidade”.

“E se não puderem ajudar, pelo menos não atrapalhem. Não é o momento de diversão na orla, de comemoração nas ruas, de tocar espadas, de pular fogueira. O momento agora é de lutar pela vida. Esse é o apelo que eu deixo a todos os soteropolitanos. E espero que as pessoas que não estejam lutando pela vida não atrapalhem a nossa luta”, acrescentou.

Questionado sobre a orientação da prefeitura para os condomínios, ACM Neto destacou que não há qualquer norma decretada sobre esse assunto, mas sugeriu que síndicos impeçam aglomerações nas áreas de lazer. “Tem condomínios hoje que são verdadeiras cidades, com 8 ou 10 mil pessoas morando”, destacou.

“Não há uma proibição legal, portanto, não há punição possível neste caso, mas o bom senso deve prevalecer e fica o meu apelo a cada pessoa e principalmente aos síndicos desses condomínios que tentem organizar e disciplinar”.Fonte:Bahia Noticias

Governo vai comprar esteira de R$ 44 mil para Mourão manter exercícios em dia


Em meio ao isolamento social por conta do coronavírus, o governo federal pretende gastar R$ 44 mil para que o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, siga fazendo exercícios. De acordo com O Estado de S. Paulo, uma licitação foi aberta para adquirir uma esteira ergométrica de última geração para o Palácio do Jaburu.

De acordo com a publicação, o modelo procurado conta com  programas pré-configurados de exercício físico, tela touch screen de alta definição, internet, TV e “cursos interativos”.

A justificativa para a compra é que o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, não tem aparelho "minimamente adequado" e que atenda aos "princípios da ergonomia e biomecânica" para a prática de exercícios.

O edital também afirma que a guarda do palácio também vai utilizar o aparelho. "Inclusive com simulação de situações reais onde o caminhar e as corridas são feitas com os uniformes e equipamentos vinculados, visando manter a adequada aptidão física para desempenho de suas atividades", explica.

Hamilton Mourão é visto com frequência correndo ou pedalando em Brasília. O vice-presidente inclusive se tornou um meme nas redes sociais ao ser identificado como "presidente em exercício".

Parabéns à Polícia Federal, diz Bolsonaro sobre operação em residência de Witzel


No dia em que a Polícia Federal realiza buscas no Palácio das Laranjeiras, residência oficial em que mora o governador Wilson Witzel (PSC), do Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro parabenizou a corporação. Witzel é adversário político de Bolsonaro.

"Parabéns à Polícia Federal, fiquei sabendo agora. Parabéns à Polícia Federal", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, ao ser questionado sobre a operação que mira um suposto esquema de desvios de recursos públicos no estado destinados ao combate ao coronavírus.

Segundo investigadores, a PF também busca provas no Palácio da Guanabara, onde o chefe do Executivo fluminense despacha, em sua antiga casa, usada antes de se eleger, e em um escritório da mulher dele.

A operação, batizada de Placebo, busca provas de um possível esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e "servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro", diz a PF.

Witzel é desafeto de Bolsonaro, que recentemente mudou a cúpula da Polícia Federal, gesto que motivou a saída do governo do então ministro da Justiça, Sergio Moro.

Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi questionado por jornalistas se a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) sabia com antecedência da operação da PF.

Na segunda-feira (25), em entrevista à Rádio Gaúcha, Zambelli, aliada de Bolsonaro, falou de um suposto represamento de operações contra governadores, que passariam a ser deflagradas a partir de agora. "Pergunta pra ela", reagiu Bolsonaro.

A ação desta terça-feira foi deflagrada um dia após ser nomeado o novo superintendente da corporação no Rio, Tácio Muzzi. A representação da PF no estado está no centro de uma investigação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que apura se o presidente buscava interferir politicamente em investigações da corporação.

A investigação apura fraudes na contratação da organização social Iabas para a montagem de hospitais de campanha. O inquérito contra Witzel foi aberto a partir de um depoimento de Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde preso sob suspeita de fraudes na compra de respiradores.

Neves mencionou o nome do governador ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Estão sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e São Paulo.

A operação se baseia em apurações iniciadas no Rio de Janeiro pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pelo Ministério Público Federal. Os dados obtidos foram compartilhados com a Procuradoria Geral da República, que conduz a investigação perante o Superior Tribunal de Justiça.

Bahia registra novo contrato com Edson; vínculo vai até dezembro de 2021


O novo contrato do meio-campista Edson, de 22 anos, com o Bahia foi publicado no Boletim Informativo Diário (Bid) da CBF. Conforme antecipado pelo Bahia Notícias, clube e jogador já haviam concretizado o acerto (veja aqui). O vínculo vai até 31 de dezembro de 2021, segundo apuração do BN.

Edson chegou ao Tricolor em abril do ano passado vindo do Globo-RN para fazer parte do time de transição, dirigido pelo técnico Dado Cavalcanti, que foi desfeito após a suspensão do Campeonato Baiano no início da pandemia do coronavírus. O meia disputou sete partidas da competição estadual.

Além do Bahia e Globo, Edson acumula passagens pelo Alecrim-RN, Vitória e Votuporanguense-SP.

Edson passará a integrar o elenco principal do Bahia, comandado pelo técnico Roger Machado, quando os campeonatos no Brasil retornarem. O futebol do país está paralisado desde meados de março devido a pandemia do coronavírus. Ainda não uma data para o retorno das competições.Fonte:Bahia Noticias

Ministério da Saúde prepara novo protocolo de atendimento a pacientes com Covid-19


O Ministério da Saúde vai publicar, dentro dos próximos dias, um segundo protocolo de atendimento a pacientes com coronavírus. Neste caso, a medida se refere a pacientes que apresentem sintomas leves e visa desafogar as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), orientando os hospitais a tratá-los com oxigênio ou ventilação para evitar que a situação evolua.

O protocolo será publicado quase três meses após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia. Pelos números oficiais, o novo coronavírus circula no Brasil desde o final de fevereiro. Até a manhã desta terça-feira (26), são 374.898 de casos da doença, com 23.473 óbitos em decorrência dela, de acordo com dados do próprio ministério.

Segundo a Coluna do Estadão, esse protocolo será o segundo de uma série de três que a pasta planeja publicar. O primeiro foi sobre a recomendação de uso da cloroquina e da hidroxicloroquina (saiba mais aqui) e o terceiro deve focar na mão de obra especializada.

De acordo com a nota, o ministro interino, general Eduardo Pazuello, prometeu esses protocolos aos gestores municipais na semana passada. Prefeitos e governadores cobram coordenação nacional no combate à pandemia desde o agravamento da crise no país.

MPF vê indícios de que Wilson Witzel sabia dos contratos irregulares


No pedido de busca e apreensão que pautou a Operação Placebo, que teve Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, como alvo, o Ministério Público Federal (MPF) aponta para o "provável envolvimento da cúpula do Poder Executivo fluminense" em supostos desvios na área da saúde.

Os investigadores sustentam que há "prova robusta de fraudes" e indícios da participação ativa de Witzel nos contratos com suspeitas de irregularidades firmados entre o estado e empresas para administração dos hospitais de campanha para combater a Covid-19.

"O MPF imputa indícios de participação ativa do governador do Estado quanto ao conhecimento e ao comando das contratações realizadas com as empresas ora investigadas", narra o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou a operação.

Um dos alvos da investigação é a organização social (OS) Iabas, responsável pela construção dos hospitais de campanha no Rio ao custo de R$ 835 milhões. Witzel negou que tivesse conhecimento de irregularidades.

CNJ solicita ao TJ-BA esclarecimentos sobre salários que superariam limite do teto constitucional


O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins instaurou um pedido de providências para que o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Lourival Trindade, preste esclarecimentos sobre salários ou proventos de aposentadoria de servidores e magistrados que superariam o limite determinado pelo teto constitucional.

O ofício redigido na última segunda-feira (25), e divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça (26), foi motivado por levantamento produzido e publicado pelo site "Varela Notícias" no início da tarde de ontem. O TJBA tem prazo de 15 dias para prestar as informações solicitadas pelo corregedor nacional de Justiça.

Segundo a matéria, servidores da corte apresentam rendimentos líquidos acima do teto constitucional de R$ 39,2 mil. Entre os servidores ativos, 19 entre 7.623 recebem salários acima desse valor. Funções variadas conseguem acumular vencimentos expressivos, como arquiteto, escrivão, técnico de nível médio e assessor de juiz.

Folha suspende temporariamente cobertura no Alvorada por falta de segurança; Grupo Globo também


A Folha decidiu suspender a cobertura jornalística na porta do Palácio do Alvorada temporariamente até que o Palácio do Planalto garanta a segurança dos profissionais de imprensa.

Nesta segunda-feira (25), apoiadores de Jair Bolsonaro hostilizaram jornalistas, numa prática que tem sido recorrente diariamente na porta da residência oficial.

Pouco antes dessas agressões verbais, o presidente, ao passar perto dos repórteres, criticou a imprensa. "No dia que vocês tiverem compromisso com a verdade, eu falo com vocês de novo", disse.

Alguns simpatizantes dele apoiaram respondendo "Isso aí".​

Os xingamentos aos jornalistas que esperam a saída de Bolsonaro na porta do Alvorada diariamente se tornaram comuns, mas, desta vez, a agressividade foi maior.

Uma mulher passou pela fila dos jornalistas repetindo: "Ó o lixo, ó o lixo, ó o lixo". "Escória! Lixos! Ratos! Ratazanas! Bolsonaro até 2050! Imprensa podre! Comunistas", berrou a mulher, enquanto outros gritavam repetidamente "mídia lixo".

"Sem vergonha. Vocês não mostram a realidade!", disse outra mulher. "Eu não sei como vocês conseguem dormir à noite. Vocês não representam a população brasileira! Mídia comunista, comprada! Cambada de safados!", gritou um homem.

​A Folha questionou sobre o episódio desta segunda o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do Alvorada, e a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). Não houve resposta até a conclusão desta reportagem.

O jornal pretende retomar a cobertura no local somente depois das garantias de segurança aos profissionais por parte do Palácio do Planalto.

O Grupo Globo também decidiu que seus profissionais não mais farão plantão na saída do Palácio da Alvorada devido à falta de segurança.

Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de Relações Institucionais do grupo, comunicou a decisão, por carta, ao ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno.

Nesta segunda-feira, como a lotação do bolsão destinado aos apoiadores ao lado da área de imprensa já havia atingido o limite de 35 pessoas, foi criada uma nova área no lado oposto, em frente ao espelho d'água diante do Alvorada.

Quando a Folha chegou ao local, por volta das 7h30, havia 60 pessoas na fila, e muitos já estavam acomodados no bolsão reservado à militância.

Quando Bolsonaro apareceu, às 8h30, falou primeiro com os que estavam diante do espelho d´água. Sem máscara, tossiu com a mão na boca e, quando se dirigiu para o lado onde fica a imprensa, vestiu a máscara, de uso obrigatório no Distrito Federal.

Depois que o presidente foi embora, os apoiadores seguiram para o local onde fica um púlpito com os microfones das emissoras de TV. Ao mesmo tempo, a claque que estava no bolsão ao lado da imprensa se aproximou da única grade que a separa de quem está trabalhando.

Com a escalada de hostilidades, o GSI, responsável pela segurança, havia instalado duas grades, com espaço de uma pessoa em pé entre elas, para separar os dois grupos.

O reforço da proteção, no entanto, foi removido e, nos últimos dias, há apenas uma grade e uma fita de contenção, ignorada pela claque.

No início do mês, apoiadores de Bolsonaro reviraram o lixo em frente da sala de imprensa do Alvorada para acusar os jornalistas de sujos. Diante do Palácio do Planalto, jornalistas já foram agredidos fisicamente durante uma manifestação a favor do presidente.

"Vergonha, mídia! Corrupta, comprada, tome vergonha. A Globo é um lixo", gritou uma mulher nesta segunda-feira, enquanto acompanhantes dela chamavam de lixo os jornalistas em geral.

"Vocês da mídia não representam o Brasil, não representam a nossa bandeira. A nossa bandeira tem a ordem e o progresso, cambada de comunistas", bradou um homem.

Sem máscara, uma mulher com camisa verde e amarela, onde se lia "fechados com Bolsonaro", se aproximou dos jornalistas gritando.

Na saída, novas agressões verbais. Diante da sala de imprensa, um homem dizia aos jornalistas que ele "teria vergonha de ser parente" dos profissionais.

No estacionamento, um grupo se aproximou dos repórteres para pedir desculpas e dizer que não concordava com o comportamento dos outros apoiadores.

GLOBO TAMBÉM - Profissionais do Grupo Globo também não vão continuar com a cobertura no Planalto. Isso engloba a TV Globo, G1, GloboNews e o jornal O Globo. Para tanto, a empresa enviou uma carta ao gabinete de Segurança Institucional do Governo Federal.

"Ao cumprimentar V.Exa., trazemos ao conhecimento desse Gabinete uma questão que envolve a segurança da cobertura jornalística no Palácio da Alvorada. É público que o Senhor Presidente da República na saída, e muitas vezes no retorno ao Palácio, desce do carro e dá entrevistas, bem como cumprimenta simpatizantes. Este fato fez vários meios de comunicação deslocarem para lá equipes de reportagem no intuito de fazer a cobertura.

Entretanto são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico.

Estas agressões vêm crescendo.

Assim informamos por meio desta que a partir de hoje nossos repórteres, que têm como incumbência cobrir o Palácio da Alvorada, não mais comparecerão àquele local na parte externa destinada à imprensa.

Com a responsabilidade que temos com nossos colaboradores, e não havendo segurança para o trabalho, tivemos que tomar essa decisão

Respeitosamente,

Paulo Tonet Camargo

Vice-Presidente de Relações Institucionais

Grupo Globo"

Número de infectados no Brasil deve ser sete vezes maior, indica 1º estudo nacional de Covid-19


O número de infectados pelo novo coronavírus deve ser cerca de sete vezes aquele registrado nas estatísticas oficiais, segundo o resultado da etapa inicial do estudo Epicovid-19, primeira pesquisa nacional sobre a doença.

Em 90 cidades, 760 mil pessoas foram contaminadas (têm anticorpos para a doença), cerca de 1,4% da população somada desses municípios. Nessas cidades mora mais de 25% da população brasileira.

Na cidade de São Paulo, aproximadamente 3,1% da população já teria sido infectada e teria anticorpos na data da pesquisa –trata-se de um retrato da quantidade de infecções ocorrido no início do mês, portanto. No Rio de Janeiro, a taxa é de 2,2%.

As maiores taxas de infecção foram registradas em cidades do Norte, principalmente, como Belém (15,1%) e Manaus (12,5%). A maior taxa entre as 90 cidades pesquisadas foi verificada em Breves, município com 103 mil habitantes, no Pará, com 24,8% deles contaminados, na estimativa.

É preciso observar que a pesquisa verificou se as pessoas tinham anticorpos para a doença –pode se tratar de um infectado assintomático, ou quase isso. Nas estatísticas oficiais, contam-se casos confirmados, pessoas com sintomas evidentes da doença que foram testadas.

O estudo investigou também o grau de adesão ao isolamento social. Em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, mais de 67% dos entrevistados relataram ficar em casa o tempo todo ou sair apenas para atividades essenciais. Em São Paulo, a taxa foi de 63%. A adesão foi menor em estados como Maranhão e Alagoas, com cerca de 47%.

"Essas diferenças entre as cidades demonstram que existem várias epidemias num único país. Enquanto algumas cidades apresentam resultados altos, comparáveis aos de Nova York (EUA) e da Espanha, outras apresentam resultados baixos, comparáveis a outros países da América Latina, por exemplo", escrevem os pesquisadores na apresentação da pesquisa.

O estudo foi realizado entre os dias 14 e 21 de maio. Trata-se de um teste de uma amostra da população.

Os pesquisadores colheram exames gratuitos de 25.025 pessoas. O trabalho é coordenado por Pedro Hallal, epidemiologista e reitor da Universidade Federal de Pelotas, em colaboração com pesquisadores de outras cinco universidades.

A relativamente baixa proporção de pessoas infectadas indica que a imunidade coletiva ("de rebanho") ainda está muito longe. A infecção pelo coronavírus praticamente terminaria quando cerca de 65% de uma população estivesse infectada –no entanto essas projeções variam e são objeto de controvérsia.

No caso da cidade de São Paulo, se fosse mantida a taxa de evolução da doença nos últimos dias, apenas no início de agosto mais de 60% da população paulistana teria sido contaminada.

Dadas as estimativas de letalidade, cerca de 40 mil a 60 mil pessoas teriam morrido da doença até lá. Mas se trata aqui de mero exercício aritmético (a taxa de progressão da doença deve diminuir, a taxa de letalidade pode variar etc.).

Os pesquisadores da Epicovid-19 não apresentaram ainda cálculos da taxa de letalidade geral da doença –isto é, o número de mortos dividido pelo número de infectados. Uma conta bruta a partir dos dados apresentados sugere que a letalidade seria alta, em média de cerca de 1% nas 90 cidades. Em São Paulo, seria de 0,77%.

Um estudo amplo feito na China, publicado em de 30 de março na revista médica Lancet, estimou a letalidade em 0,66%. Um outro trabalho, de pesquisadores do Instituto Pasteur, publicado em 13 de maio na revista científica Science, estimou a letalidade geral na França em 0,53%.

O mesmo trabalho indica que, em maio, apenas 4,4% dos franceses haviam sido infectados. A pesquisa nacional por amostra da Espanha estimou que 5% dos espanhóis tinham anticorpos para o novo coronavírus, entre abril e maio, embora em Madri e no centro do país a taxa passe de 10%.

Um estudo feito pela Universidade de São Paulo, pelos laboratórios Fleury e pelo Ibope estimou que cerca de 5% dos moradores de seis distritos da cidade de São Paulo teriam sido infectados. Trata-se de distritos que haviam tido o maior número de mortes por 100 mil habitantes até 23 de abril. A pesquisa foi feita entre os dias 4 e 12 de maio.

Serão realizadas pelo menos outras três rodadas da Epicovid nacional. A próxima deve começar no dia 5 de junho. Os pesquisadores vão tentar então testar 33.250 pessoas em 133 cidades de todos os estados, o que não foi possível na primeira rodada. Prefeituras disseram não ter sido avisadas da pesquisa e houve detenções de pesquisadores e proibição do trabalho de campo.

No estudo nacional, participam também a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a Fundação Getúlio Vargas e a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.