terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Investigação identifica 11 casos de superfungo resistente a medicamentos na Bahia
“Pode causar infecções invasivas, que são associadas à alta mortalidade, pode ser multirresistente e levar à ocorrência de surtos nos serviços de saúde”, informou. Além disso, a Anvisa alerta que as infecções com Candida auris são invasivas e podem ser fatais. “Com base em relatos com número limitado de pacientes, 30% a 60% dos pacientes com infecções de corrente sanguínea por C. auris evoluíram para o óbito”, adverte.
Após a identificação do primeiro caso, em dezembro de 2020 (lembre aqui), o órgão emitiu, no dia 8 daquele mês, um alerta e uma investigação foi instaurada. As verificações para identificar a origem e extensão do surto foram conduzidas pela Secretaria da Saúde do estado (Sesab) e do município de Salvador (SMS) e identificaram novas ocorrências.
Diante da confirmação do caso da Bahia, o primeiro do Brasil, a agência publicou em 21 de dezembro uma atualização na nota técnica que tratava de orientações para identificação, prevenção e controle de infecções por Candida auris nas unidades de saúde.
INVESTIGAÇÃO
O foco da investigação estava em identificar o fungo e controlar o surto. De acordo com a Anvisa, assim que a agência foi notificada foi instituída uma força-tarefa nacional com representantes de diversas instituições, principalmente da Bahia. Essa força-tarefa realizou reuniões e discussões para alinhamento das ações e definição de como a situação seria conduzida.
Ao BN, a Sesab informou que a investigação ocorreu através de visita in loco na unidade hospitalar. Além da equipe da pasta estadual, também foi acionado o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Salvador.
Três grupos de trabalho foram formados para a averiguação. O primeiro era responsável por analisar a pesquisa em prontuário. O segundo avaliar a assistência farmacêutica e informações sobre o produto para saúde (cateter). Enquanto ao terceiro coube avaliar todos os processos da unidade hospitalar relacionados a controle de infecção.
“Foram realizadas coletas de material para análise laboratorial, recomendado pela vigilância, de todos os contatos do caso índice internados e dos ambientes em que esse paciente circulou pelas alas hospitalares”, informou a Sesab.
A pasta ainda afirmou que investigação permitiu o isolamento dos pacientes e uma série de recomendações da Anvisa para a desinfecção hospitalar para impedir a proliferação do fungo. Isso porque ele pode permanecer no ambiente por longos períodos, de semanas a meses. E também apresenta resistência a diversos desinfetantes, entre os quais os que são à base de quartenário de amônio.
MONITORAMENTO
A etapa atual é a de acompanhamento e monitoramento. O objetivo agora é garantir o cumprimento das recomendações de desinfecção realizadas pelo hospital para evitar a ocorrência de novos casos, apontou a Sesab.
Em relação aos processos de trabalho, a Secretaria da Saúde informou que a conclusão foi de que o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) “adota as medidas preventivas de infecção hospitalar propostas pela Anvisa, que dispõe de protocolos e oferece treinamentos para implementação destes”.
“Além disso, observou-se que as medidas recomendadas de precaução e isolamento estão sendo aplicadas neste momento”, frisou a pasta.
Quanto ao futuro, a Sesab garantiu que manterá a vigilância ativa, “realizando as culturas de vigilância de forma periódica para análise da contenção do Fungo a nível hospitalar”. Assim como a Anvisa, que respondeu ao questionamento do Bahia Notícias garantindo que “continua monitorando esse surto e acompanhando as informações notificadas pelo hospital no formulário nacional específico”.
“Como as ações de prevenção e controle de infecções são descentralizadas, a Anvisa está em contato constante com o Núcleo estadual de controle de infecção hospitalar (NECIH) da Bahia, que por sua vez, está realizando o acompanhamento local desse surto”, informou em nota.
CASO INICIAL
O primeiro caso do superfungo foi identificado em uma amostra da ponta de um cateter de um paciente internado em UTI adulto de um hospital da Bahia. Na época a Anvisa informou que a presença do fungo foi confirmada pela técnica Maldi-Tof no Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz (Lacen-BA) e no Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).
No alerta emitido pela agência foi destacado o fato de que a Candida apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções deste tipo. Algumas cepas deste superfungo são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas).
Na ocasião a Anvisa também ressaltou que a identificação do fungo requer métodos laboratoriais específicos. Além disso a agência sanitária chamou a atenção para a propensão em causar surtos em decorrência da dificuldade de identificação oportuna pelos métodos laboratoriais rotineiros e da eliminação do ambiente contaminado, já que uma das características dele é a possibilidade de se manter nos ambientes e superfícies por longos períodos, de semanas a meses, além da resistência a desinfetantes.
A identificação do primeiro caso da Candida auris mobilizou o governo baiano, o hospital privado em que o fungo foi identificado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde e a Universidade de São Paulo (USP). Todos este entes trabalharam em colaboração para esclarecer a situação e tomar as medidas cabíveis necessárias para afastar a ameaça à saúde pública (leia aqui).
TRANSMISSIBILIDADE
A Anvisa chama a atenção para a transmissibilidade e o alto nível de resistência aos antifúngicos. De acordo com a agência, essas são características que diferenciam o Candida auris de outras espécies de Candida.
“O modo preciso de transmissão dentro do ambiente de saúde ainda não é conhecido”, diz a agência, apesar de destacar que evidências iniciais sugerem que o ambiente pode ser o principal reservatório do fungo, e levar à disseminação por meio de superfícies, contato direto com os pacientes e equipamentos contaminados. A lista inclui estetoscópios, termômetro e aparelhos de aferição da pressão arterial.
A nota técnica da Anvisa ainda ressalta a alta transmissibilidade da Candida auris. “A persistência e a propagação do fungo, apesar de todas as medidas de prevenção de infecção, indicam uma resiliência às condições ambientais e persistência no ambiente, alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele”, diz. O texto ainda acrescenta que os pacientes podem permanecer com o fungo e assintomáticos por um período de três a cinco meses.
“C. auris está associada a episódios de surtos em serviços de saúde que resultam em aumento imediato de custos, não apenas financeiros, mas especialmente aqueles relacionados com a morbidade e a mortalidade de pacientes”, completa a nota.Fonte:Bahia Noticias
Sete em cada 10 não encontraram fonte de renda para substituir auxílio emergencial
Na média, foram pagas 4,5 parcelas do auxílio a cada beneficiado.
O instituto ouviu, por telefone devido às restrições sanitárias da pandemia, 2.030 pessoas em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Com o fim do pagamento do benefício para a maioria das pessoas, aumentou o percentual de famílias que tiveram queda na renda por causa do coronavírus, segundo a pesquisa.
Entre os que receberam alguma parcela do auxílio emergencial, 51% afirmaram ter perda de renda na pesquisa realizada no início de dezembro. Agora, são 58%.
Na pesquisa anterior, 14% dos beneficiários apontavam ter tido aumento de renda. Agora, são 12%, oscilação dentro da margem de erro.
Em dezembro, o auxílio tinha garantido a manutenção do nível de renda familiar para 34% dos beneficiados entrevistados. Em janeiro, eram 29% os que estavam com o mesmo nível de renda anterior à pandemia.
O fim do auxílio está entre os fatores que contribuíram para o aumento na reprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo a pesquisa Datafolha, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 40% da população, ante 32% que assim o consideravam na rodada anterior da pesquisa, no começo de dezembro. Já quem acha o presidente ótimo ou bom passou de 37% para 31% no novo levantamento.
Embora haja pressão para prorrogar o benefício, medida que é discutida inclusive pelos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, o gasto adicional é descartado pelo Ministério da Economia e visto como um risco para a política econômica por grande parte do mercado financeiro.
A pressão por novos gastos se deve à demora para vacinação da população e ao aumento das medidas de distanciamento social neste início de 2021.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou, no entanto, que a equipe econômica avalia que o momento não demanda medidas nesse sentido, a não ser que haja um novo fechamento amplo de atividades decretado por governadores e prefeitos.
Em 2020, o auxílio foi pago por meio de crédito extraordinário. Por isso, o dinheiro não foi contabilizado como despesa para apuração do limite do teto de gastos. Para que o mesmo não ocorra em 2021, seria necessário recorrer ao mesmo expediente.
De acordo com o painel de gastos com a pandemia elaborado pela IFI (Instituição Fiscal Independente), dos R$ 524 bilhões pagos pelo governo federal em todas as ações relacionadas ao enfrentamento da Covid-19 até o momento, R$ 293 bilhões se referem ao auxílio. Ainda há cerca de R$ 2 bilhões liquidados, mas que ainda não foram pagos (restos a pagar em 2021).
As primeiras parcelas do auxílio foram pagas em abril, mas há pessoas que só conseguiram liberar o benefício ou fizeram a solicitação posteriormente.
De acordo com o site da Caixa, há beneficiários que ainda receberão a última parcela, em alguns casos mais de uma, até o final de janeiro.
Houve também uma sobra de R$ 28,9 bilhões autorizados por lei, mas que só poderiam ser utilizados caso houvesse uma prorrogação do benefício para o ano corrente.
Projeção da IFI aponta, por exemplo, que seria possível pagar mais três parcelas de R$ 300 a 25 milhões de pessoas a um custo aproximado de R$ 15 bilhões.
Segundo a Caixa, 67,9 milhões de pessoas receberam o benefício (4 em cada 10 brasileiros em idade de trabalhar.). Destes, 19,2 milhões estão inscritos no Bolsa Família e voltaram a receber o benefício desse programa a partir de janeiro.
As primeiras parcelas do auxílio foram de R$ 600 (podendo chegar a R$ 1.200 por família). A partir de setembro, houve a extensão do benefício em até quatro parcelas, mas com valor reduzido de R$ 300 (R$ 600 para famílias com direito a duas cotas). O benefício médio do Bolsa Família é de R$ 190 por família (chegando ao máximo de R$ 205).
Quase 43% de todos os recursos do auxílio, cerca de R$ 125 bilhões, foram para o Norte e o Nordeste. O auxílio foi pago a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.
Com estiagem, Araci e Itiúba têm decretos de emergência reconhecidos pelo estado
Os municípios de Araci e Itiúba, ambas na região sisaleira, tiveram decretos de emergência reconhecidos nesta terça-feira (26). O motivo das medidas é a estiagem que afeta os dois municípios. Tanto em Araci como em Itiúba, a condição vale por 180 dias, contados a partir do dia em que os decretos foram publicados pelas prefeituras. Em Araci, vigora a partir de 18 de dezembro passado, e em Itiúba, a partir de 4 de janeiro.
Segundo a Defesa Civil do Estado [Sudec], 51 cidades estão com decretos de emergência por estiagem ou seca reconhecidos pelo estado. Ainda segundo a Sudec, na estiagem, um município passa um período [de abril a julho] sem chuvas. Já na seca, a cidade passa dois [de abril a julho e de novembro a fevereiro] sem precipitações.Fonte:Bahia Noticias
Governo dá aval para compra de vacinas contra Covid-19 por empresas privadas
O texto é assinado pelos ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e José Levi (Advocacia-Geral da União), além de Élcio Franco, secretário-executivo do Ministério da Saúde. Em cópia, aparecem o fundo Black Rock Holdings, que tem ações da farmacêutica anglo-sueca, e Gustavo Campolina, da BRZ Investimentos, com sede em São Paulo.
Na carta, revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem, o governo elenca algumas condições, como por exemplo que as companhias não podem comercializar os imunizantes e devem aplicá-los de graça em seus funcionários. Além disso, deve haver um sistema de rastreamento das vacinas.
O assunto foi debatido com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na semana passada e ele autorizou a liberação de compra pelas empresas. Para conseguir efetivar a aquisição, as companhias ainda precisam conseguir uma autorização para importação e para uso emergencial da vacina pela Anvisa.
Segundo integrantes do governo, o Executivo decidiu não se opor à compra porque o lote que é negociado pelas firmas privadas é muito mais caro do que o que já foi adquirido pelo Ministério da Saúde. A dose, no acordo construído pelas empresas está na faixa de US$ 23,79, valor muito acima do praticado no mercado.
Além disso, o governo tem a expectativa de que as empresas doem ao Ministério da Saúde mais da metade do que será adquirido. Ou seja, o governo pode receber mais de 16,5 milhões de doses, suficiente para imunizar 8,25 milhões de pessoas.
Havia no Executivo quem discordasse da hipótese de as firmas vacinarem funcionários antes de o SUS concluir a imunização de idosos, mas essa visão foi vencida. Embora grandes empresas tenham desistido de participar de um grupo que busca a comprar as vacinas, outras companhias reuniram-se nesta segunda (25) e insistem na negociação com o governo.
O encontro ocorreu por videoconferência e teve 72 participantes. Segundo pessoas à frente da articulação, o número de companhias interessadas em realizar a aquisição do imunizante tem aumentado a cada hora. Na reunião, Fábio Spina, diretor jurídico da Gerdau, considerado o coordenador da negociação, pediu a cada empresa que se manifeste até esta terça-feira (26) sobre a intenção de realizar a compra ou não.
Ainda no encontro, foram discutidos termos que poderiam ser oferecidos ao Ministério da Saúde para viabilizar a compra. Uma ideia, por exemplo, é que as empresas fiquem com um lote pequeno das vacinas e doem o resto ao SUS. Um cálculo é que com pouco mais de 1% do total de doses seria possível imunizar os funcionários de todos interessados. O restante ficaria com o governo federal.
Um executivo que está à frente da negociação garante que as tratativas com o governo estão caminhando bem e por isso as empresas estão esperançosas com a possibilidade de compra. Depois que a Folha de S. Paulopublicou nesta segunda a intenção de empresas privadas adquirirem as vacinas, grandes firmas manifestaram-se dizendo que apenas foram convidadas a participar do grupo e declinaram o convite ou então desistiram de participar. Entre elas estão Ambev, Itaú, JBS, Santander, Vivo e Vale.
Segundo empresários, a Ambev foi contactada pelo telefone, mas não quis participar de novas conversas. Já o Itaú, segundo a reportagem apurou, desistiu depois de avaliar que a repercussão do caso foi negativa para a imagem da empresa. Outras, como a Vale, não concordaram com os termos que estavam sendo debatidos e defendiam que as companhias doassem 100% das doses para o governo.
Apesar da debandada de gigantes, articuladores da negociação garantem que várias empresas buscaram aderir à iniciativa.
MPF na Bahia cobra lista de vacinados contra Covid-19 em cidades do Recôncavo e RMS
O Ministério Público Federal (MPF) na Bahia solicitou que cidades do Recôncavo e da Região Metropolitana de Salvador (RMS) informem a quantidade de vacinas contra a Covid-19 que receberam. Em pedido desta terça-feira (26) do procurador da República, Fabio Conrado Loula, o parquet pede ainda a lista de pessoas vacinadas, com a indicação do critério adotado para vacinação.
As prefeituras listadas são Camaçari, Candeias, Governador Mangabeira, Itaparica, Santo Amaro, São Félix e Vera Cruz. O pedido faz parte também da abertura de Procedimento de Acompanhamento com o objetivo de acompanhar a vacinação referente à primeira etapa da campanha contra a Covid-19.
Segundo o procurador, a cobrança pelas informações faz parte das ações do MPF que é zelar pela garantia à população dos direitos assegurados na Constituição Federal, como o direito à saúde.
Nesta segunda-feira (25), uma terceira remessa de vacinas chegou à Bahia com 54,6 mil doses de Coronavac [Butantan/Sinovac]. Ao todo, o estado já recebeu 550, 7 mil doses de vacinas contra a Covid-19.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
Estádio Municipal Mariano Santana está quase pronto
"Ia ser um ano muito extenso, muitas competições, tudo com apoio da prefeitura, 100% de premiação, premiações altas, e uniformes sendo doados, tudo pela prefeitura. Começou o Master, mas entrou a pandemia e parou", disse o diretor de competições.
O Mariano Santana possui capacidade para 5 mil pessoas. Importante para o futebol do interior da Bahia, a praça esportiva já foi casa de equipes como Serrinha Esporte Clube, Atlético-BA, Jacuipense e Botafogo-BA. Fonte:galaticosonline
Serrinha:Bairro cidade nova não para de ganhar obras da prefeitura
A avenida Araci, no bairro da Cidade Nova,Serrinha,ficou espetacular, depois do asfaltamento.
Pista dupla, ao longo de 02 kms de extensão ligando a avenida ACM (mais 06 kms até o centro).
Como nada é perfeito, pelo menos por enquanto, faltou colocar iluminação no canteiro central da avenida Araci e asfaltar pequeno trecho de ligação, entre as duas importantes avenidas Araci e ACM (que é paralelepípedo).
A Coordenação de Trânsito por sua vez, irá implementar a sinalização horizontal e vertical (por enquanto, só faixas de pedestres foram colocadas).
Durante a eleição do ano passado, essa obra, gerou uma "saudável briga", entre o prefeito e o deputado, para saber quem seria o "pai da criança".
Quem saiu ganhando mesmo, foram os moradores do bairro (com quase 20.000 hab), tendo seus imóveis mais valorizados, além do conforto, eliminando de vez a poeira que fazia.
O vídeo parcial, foi enviado por uma seguidora.
Serrinha, uma cidade que não para de crescer.Texto:Werner Rodrigues(Radialista)
Nesta segunda Serrinha registra 11 novos casos e 21 curas de covid-19
A Prefeitura de Serrinha informa que nesta segunda-feira, 25/01, foram confirmados 11 novos casos de coronavírus. Assim, a cidade atinge um total de 2.718 casos da Covid-19.
Hoje foram registradas 21 curas, com isso Serrinha registra 2.669 curados, 24 óbitos e 25 casos ativos.
Dos pacientes que testaram positivo para o coronavírus 06 são mulheres 28, 30, 30, 38, 43 e 70 anos e 05 homens de 19, 22, 29, 33 e 40 anos.
Ainda segundo o boletim epidemiológico, Serrinha registra um total de 116 casos suspeitos da doença.
Países europeus endurecem regras e exigem máscaras mais resistentes contra Covid-19
O governo francês publicou na última sexta (22) um decreto proibindo o uso em público de máscaras feitas em casa, por não considerá-las eficientes contra variantes mais contagiosas do coronavírus.
A avaliação é diferente da OMS (Organização Mundial da Saúde), que, também na sexta, afirmou que máscaras caseiras continuam sendo eficientes, desde que feitas com material adequado e utilizadas da forma correta. Segundo a líder técnica para Covid-19, Maria van Kerkhoven, as recomendações já publicadas pela OMS continuam válidas: as máscaras de tecido não cirúrgicas podem ser usadas por todas as pessoas com menos de 60 anos que não tenham problemas de saúde específicos.
Van Kerkhoven ressaltou que a agência está em contato com autoridades de saúde de vários países para revisar as regras, se necessário. Por enquanto, porém, não há comprovação científica de que as máscaras caseiras não protejam contra o vírus, reforçou a Academia Francesa de Medicina, que criticou a medida do governo.
A decisão da França segue medidas semelhantes tomadas pela Áustria e pelo estado alemão da Bavária, que tornaram obrigatório o uso de máscaras com maior fator de proteção (FFP2) no transporte público e em lojas.
De acordo com o decreto francês, as máscaras permitidas agora em público são de três tipos: as cirúrgicas (usadas em hospitais, geralmente com um dos lados azuis), as FFP2 (usadas para evitar a aspiração de partículas) e as chamadas máscaras de tecido industrial da "categoria 1".
Não há uma padronização global sobre a eficácia de cada tipo de máscara.
Segundo a associação francesa de normas técnicas, as cirúrgicas filtram pelo menos 95% das partículas de 3 micrômetros e as máscaras de tecido categoria 1 filtram 90% das partículas, contra 70% para categoria 2. Já as FFP2 são as mais eficientes: bloqueiam 94% das partículas de mais de 0,6 micrômetro.
Embora o coronavírus Sars-CoV-2 tenha um diâmetro menor (de cerca de 0,12 micrômetro), ele é transmitido envolvido em saliva, em gotículas ou aerossóis que podem ter o diâmetro de 1 a 10 micrômetros, quando uma pessoa fala.
Para a União dos Sindicatos de Farmacêuticos da França, porém, as máscaras FFP2 não são indicadas para o dia a dia, porque, justamente por filtrarem mais, dificultam a respiração. A entidade afirma que elas se destinam principalmente a equipes de enfermagem e aos que ficam em contato próximo e frequente com doentes de Covid-19.
A entidade sindical adverte que tornar o uso desse produto obrigatório pela população pode levar a uma falta do equipamento em locais onde elas realmente são necessárias, como os hospitais e asilos. Essa é também uma preocupação da líder técnica da OMS.
"Ainda temos falta de equipamento de proteção no mundo, e os profissionais de saúde precisam ser a prioridade", diz Van Kerkhove.
Fabricantes do equipamento dizem que a escassez de máscaras não deve ser um problema na França, onde 25 novas fábricas passaram a operar, elevando a oferta semanal de 3,5 milhões, antes da pandemia, para mais de 100 milhões de máscaras.
Ainda assim, há o problema do preço. Na Bélgica, uma unidade de máscara cirúrgica custa menos de R$ 2, enquanto cada máscara FFP2 custa em torno de R$ 22. O preço dez vezes maior é semelhante em países como o Reino Unido, a França e a Alemanha.
Na Bavária, antes de obrigar o uso da máscara o governo comprou 2,5 milhões de unidades para distribuir aos que não podem comprá-la.
Médicos se preocupam ainda com o risco de que o uso da máscara FFP2 dê uma falsa sensação de proteção, que faria as pessoas reduzirem seus cuidados contra o contágio. Além disso, de acordo com testes de laboratório, as versões que têm válvulas deveriam ser evitadas, porque não evitam que um usuário contaminado transmita o vírus para outras pessoas (veja vídeo).
Na França, que atualmente discute uma nova política ambiental, a sustentabilidade da nova regra do governo também foi posta em questão, já que, diferentemente das máscaras caseiras, as FFP2 são descartáveis.
BRASIL
De acordo com a infectologista Raquel Stucchi, pesquisadora da Unicamp e consultora da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), não há nenhuma comprovação científica de que as máscaras caseiras de tecido não sejam efetivas contra as novas variantes do coronavírus. Por enquanto, há apenas uma suposição.
"O que mudou no vírus foi um pedaço dele, ele não mudou de tamanho. As maneiras de transmissão também continuam as mesmas. Dessa forma, as máscaras de modo geral continuariam bem eficientes", afirma a cientista.
Segundo ela, como há muitas pessoas que usam a máscara de forma incorreta, não é possível dizer se as pessoas estão se infectando apesar do uso das máscaras, o que indicaria a necessidade de proteções melhores.
De acordo com a empresa de dados de mercado Statista, o número de pessoas que fazem uso constante da proteção varia bastante entre os países europeus. Enquanto na Espanha cerca de 96% declaram usar as máscaras sempre, o número cai para 66% no Reino Unido e 12% na Suécia.
Pesquisa Datafolha realizada no início de novembro verificou se os entrevistados de São Paulo, Rio e Recife usavam corretamente a máscara no momento do questionário. O maior respeito foi identificado em São Paulo, onde 81% usavam a proteção de maneira adequada e apenas 12% não estavam sem. Já a menor adesão à máscara foi registrada em Recife, onde 70% utilizavam a proteção.
Stucchi lembra que as máscaras devem ter pelo menos duas camadas de tecido de trama mais fechada para proteger contra o vírus, mas não podem dificultar a respiração. O equipamento deve cobrir boca e nariz e não deixar espaços nas laterais, ficando bem ajustado ao rosto. "Máscaras de crochê, que estão na moda, são bonitas, mas sem eficácia", afirma.
Artigos científicos que investigam eficácia das máscaras contra o vírus apontam proteção semelhante entre máscaras de tecido e produtos industrializados. Um dos mais recentes, publicado em dezembro de 2020 na revista científica Aerosol Science and Technology por cientistas do CDC (Centros para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), mostrou que máscaras feitas com três camadas de tecido têm poder para barrar 51% dos aerossóis que uma pessoa pode expelir em uma tosse. Uma máscara cirúrgica pode bloquear 59% dos aerossóis em uma mesma situação.tosse. Uma máscara cirúrgica pode bloquear 59% dos aerossóis em uma mesma situação.
Idosa aparece viva 10 dias após ser considerada morta vítima da Covid-19
O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu nesta segunda-feira (25) a vacinação em massa, dizendo que esse será um fator decisivo para o retorno seguro da população ao trabalho e para o desempenho da atividade em 2021.
"Nesse terceiro ano [de governo] o grande desafio é a vacinação em massa. Espero que todos auxiliem esse processo", afirmou em breve comentário sobre os dados da arrecadação federal. "A vacinação em massa é decisiva, e um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente", disse.
O ministro parabenizou envolvidos em esforços de vacinação como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Instituto Butantan, além da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), das Forças Armadas (que fazem parte da logística dos imunizantes) e dos profissionais de saúde.
O titular da equipe econômica disse que é preciso seguir exemplos como o de Israel, que começou a imunização da população há três semanas e já vê as taxas de internamento de idosos caírem 60%.
"É possível que o Brasil surpreenda de novo favoravelmente se derrubarmos a taxa de mortalidade. Israel acabou de fazer isso, concentrando na população idosa. Se concentrarmos o fogo ali [na vacinação de idosos], podemos derrubar a taxa de mortalidade", disse.
Guedes tentou rebater críticas direcionadas ao governo federal, como a de que o Executivo não diversificou os riscos na para encomendar vacinas e deixou de negociar com múltiplos fabricantes.
"O Brasil está tentando comprar todas as vacinas, sou testemunha do esforço logístico que está sendo feito. A crítica de que estaríamos teria ficado com uma vacina só simplesmente não cabe", disse.
Até hoje, o Brasil só começou a vacinação usando a CoronaVac (produzida pelo laboratório chinês Sinovac) em iniciativa liderada pelo Butantan (do governo paulista) e a Oxford/AstraZeneca, enviada pela Índia após negociação do governo federal.
Guedes criticou quem, a seu ver, está usando a pandemia para fazer política. "Tem muita gente subindo em cadáveres para fazer política, isso não é bom. A população e os eleitores vão saber diferenciar isso lá na frente. Estamos num ano extremamente sério e difícil, e sempre houve essa perspectiva de que saúde e economia andam juntas", disse.
Em seguida, o ministro criticou o governador de São Paulo, João Doria, que tentou implementar um ajuste fiscal com aumento da carga tributária com a justificativa de que o pacote era necessário devido ao desequilíbrio nas receitas provocado pela pandemia.
"Houve uma tentativa de aumento de impostos em São Paulo. Não aprovamos, é uma das razões pelas quais atrasamos a reforma tributária, porque não concordamos. Queremos simplificar e reduzir impostos", disse.
Em seguida, Guedes defendeu que o Congresso limpe a pauta que está parada na fila de aprovação e busque a aprovação de reformas logo após o recesso. Para ele, isso é crítico para a atração de investimentos.
"Já está lá todo o destravamento para a nossa retomada, o desafio de transformar essa recuperação cíclica baseada em consumo numa retomada sustentada baseada em investimentos", disse.
O ministro ainda reafirmou sua expectativa de que o país vai encerrar 2020 sem queda no número de empregados formais. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) serão divulgados na quinta-feira (28).
"Temos a expectativa de que será a primeira vez que o Brasil entra [em recessão sem perder empregos formais]. Neste ano, estamos com recessão maior e acredito que nesta semana teremos a confirmação de que perdemos zero emprego. Criamos alguns empregos formais no ano da pior recessão da história brasileira", disse.
Bahia registra 1.423 casos de covid-19 na últimas 24 horas
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.423 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) e 2.214 recuperados (+0,4%). Dos 566.743 casos confirmados desde o início da pandemia, 546.205 já são considerados recuperados, 10.652 encontram-se ativos.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,98%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.494,25), Itororó (9.729,17), Itabuna (8.931,96), Muniz Ferreira (8.919,43) e Conceição do Coité (8.834,74).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 955.890 casos descartados e 134.471 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas desta segunda-feira (25).
Na Bahia, 39.325 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 29 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo.
Vacinação
Com 84.177 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) até às 14 horas desta segunda-feira (25), a Bahia é um dos estados do País com o maior número de imunizados.
Decreto que proíbe shows e aulas em Feira de Santana é prorrogado até o dia 8 de fevereiro
Foi prorrogado até o dia 8 de fevereiro, o decreto municipal que faz parte das medidas de enfrentamento à covid-19 e proíbe a realização de shows musicais, transmissão de jogos esportivos, festas e o funcionamento de teatros e demais casas de espetáculos.
O decreto proíbe ainda a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados em locais públicos de Feira de Santana e estabelece que bares, restaurantes, lojas de conveniência encerrem as sus atividades até às 21h.
Publicada no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (25), a determinação também prorroga até o dia 8 de fevereiro a suspensão das aulas de escolas da rede municipal, rede privada, cursos preparatórios e creches. Com ressalvas apenas para as atividades à distância.
Inquérito epidemiológico indica que 20% da população de Salvador já teve coronavírus
Dez meses após a confirmação do primeiro caso de coronavírus em Salvador, a prefeitura da cidade concluiu que 20% da população já contraiu o coronavírus. A porcentagem foi descoberta com a conclusão do inquérito epidemiológico, que visa a estimar o percentual de pessoas com anticorpos para o vírus, a duração desses anticorpos, determinar o percentual de infecções assintomáticas ou clínicas e analisar aspectos sociodemográficos e fatores de risco.
Os resultados preliminares apresentados em coletiva de imprensa virtual, na manhã desta segunda-feira (25), indicam que 604 pessoas apresentaram anticorpos para a doença no corpo. O inquérito foi feito em parceria com a Fiocruz, que colaborou com a metodologia, expertise e experiente suporte técnico, como destacou o prefeito Bruno Reis (DEM). Coube à gestão municipal a destinação de profissionais para o serviço, a disponibilização de veículos e a realização de questionários e testes rápidos.
"A gente não tinha estudo/ pesquisa que mostrasse esse número", ressalta Bruno. "Nos baseamos, então, na ocupação de leitos de UTI e enfermaria, segundo número de mortos, óbitos diários, sempre foram esses dados que nortearam as decisões que a prefeitura tomou até aqui", avaliou o prefeito, acrescentando que o resultado do inquérito vai se somar a essas análises.
A metodologia utilizada consistiu em visitas a 576 ruas, 5.558 casas e 2.970 testes realizados, dos quais 604 registraram anticorpo IgG (20% de prevalência), que indica quando a pessoa já contraiu o coronavírus, tendo sido assintomática ou não. O outro anticorpo, o IgM, aparece quando a pessoa está contaminada no momento da avaliação.Fonte:Bahia Noticias
Valdomiro Silva:Serrinha e os seus antigos campos de futebol (1ª parte)." O eterno Capuco, nas terras do fazendeiro Oséas"
Os campos de futebol em áreas centrais e principalmente nos bairros de Serrinha foram sem dúvida a maior opção de lazer da sua juventude masculina, nos anos 70 e 80. Naquela época, era obrigatório, praticamente, que as comunidades tivessem um, se não de dimensões oficiais, que suportasse 10 na linha, ao menos o tipo society, que pegava entre seis e oito jogadores, mais o goleiro.
O ACEC, tradicional equipe amadora local, tinha o seu campo localizado às margens da avenida Antonio Carlos Magalhães, acesso à estrada de Coité, em um terreno onde por muitos anos funcionaram transmissores e estúdios da Rádio Difusora (atual Continental). Perto dalí, o Campo do Clube, como se chamava popularmente a conhecida praça esportiva da Associação Cultural Serrinhense (ACS), em frente ao Estádio Mariano Santana, era ainda mais concorrido.
Os bairros do Cruzeiro, Rodagem e Matadouro contavam cada um com seu campo próprio vinculado ao time local, filiado à Liga Serrinhense de Desportos Terrestres e que disputava o campeonato amador da cidade - Cruzeiro, Bahia e Santa Fé, respectivamente.
No largo onde hoje existe a praça Morena Bela, por muitos anos o Colégio Estadual Rubem Nogueira (o Ginásio) realizava as aulas de educação física dos seus alunos, mas essa não era a única serventia daquele terreno de terra avermelhada. Às tardes, adolescentes e adultos de toda parte se encontravam ali para o baba. Muito grande, o espaço abrigava dois campos de futebol. Dia de domingo aconteciam jogos de campeonato.
O Centro Social Urbano, equipamento do Governo do Estado, surgiu no final da década de 70 em um terreno que abrigava o campo do Cacetinho. O apelido se devia às brigas que sempre encerravam os babas de domingo. Transformou-se no melhor da cidade, por ser plano e ter uma areia que suavizava as quedas. Aquele espaço, que era comandado pelo professor de educação física mais famoso da história da cidade, Paulo Sardão (se não for chamado pelo apelido, ninguem lembra de quem se trata) fez com que a região do CSU se tornasse um celeiro de craques, revelando Nicaninha, Chocolate e tantos outros.
Havia outros campos de grande porte na Cidade Nova e na Vaquejada. Também campinhos alternativos como a "Lixa", no bairro da Bomba; o do largo da Igreja Nova; o da Serraria, na rua Basílio Cordeiro; o da Federação, na Rua Nova e o da Leste, vizinho à Estação Ferroviária. Sem falar nos "gramadinhos", geralmente áreas de antigas lagoas, como o do bairro das Abóboras, e o do final do Beco da Galinha Morta, próximo à linha de trem.
As próprias escolas públicas contavam com uma área que os alunos improvisavam como campo. Servia para o baba durante o recreio, logo depois do "mingau" da merenda. Fora do horário de aula, os próprios estudantes e os meninos da vizinhança pulavam o muro e faziam a sua pelada. Dois exemplos fortes: as escolas Áurea Nogueira e Graciliano de Freitas.
Evidente, tudo isto faz parte do passado. Nas escolas, talvez nem recreio exista mais. Os campos de bairros, o predador mercado imobiliário e a insensibilidade governamental fizeram sucumbir esses espaços, que tanto contribuíram para a juventude da cidade abençoada por Senhora Santana. Todas essas terras foram ocupadas por imóveis residenciais e comerciais. O Município não conseguiu executar uma política pública de preservação. Poderia ter desapropriado ao menos alguns desses terrenos e transformado-os em importantes áreas de entretenimento das futuras gerações.
O CAPUCO
Não tão famoso como os demais mencionados, mas nem por isto de menor importância na memória de dezenas de serrinhenses, o Capuco foi um dos desses "templos sagrados" que merecem ter a sua história resgatada, escrita e imortalizada, pois foi marcante para toda uma geração. Senhores que hoje se encontram na faixa acima dos 50 anos de idade não esquecem deste campo, que nasceu em 1970 e marcou época. Como os demais, era localizado em propriedade privada ocupada pelos boleiros, que resistiam a correrias e ameaças dos donos dos terrenos, até vencê-los pelo cansaço.
O Capuco surgiu em um pedaço de terra da fazenda onde hoje está assentado o conhecido bairro de Oséas, homenagem ao falecido proprietário, um dos maiores da cidade, ocupando uma extensa área que começa nos fundos da avenida Manoel Novaes, no trecho do antigo Quartel da PM, em frente ao ponto de Araci, e vai até o Alto da Colina Sagrada, onde os peregrinos participam, toda Quinta-Feira Santa, da maior e mais famosa das procissões que acontecem no interior da Bahia.
Segundo conta Agamenon Sales, o Agá, especialista em "história do Capuco", partiu do seu amigo Bizagão, zagueiro raçudo e viril, mas de boa técnica, que chegou a vestir a camisa da Seleção de Serrinha nos anos 80, a idéia de capinar o mato em torno de uma pequena "clareira", nas terras de Oséas, para fazer ali um campinho de bola. O país vivia a expectativa do início da Copa do Mundo do México.
O grupo de amigos "batia ponto" diariamente, a partir das 19 horas, nas imensas calçadas do armazém de Zé Reis. Em uma daquelas noites enluaradas, Bizagão apresentou a proposta. Detalhe: a tal clareira existia e se mantinha mais ou menos limpa, diferentemente dos arredores, porque era onde uma jega se "espojava", conta o bom jogador de linha e também goleiro Agá, principal fonte dessa história.
Acatada a sugestão, no dia seguinte o próprio Bizagão, Agá e seu irmão Plínio, além de Nilton e Val Capão - pegaram as enxadas dos pais e fizeram o trabalho. Pode ser que um ou outro desbravador tenha participado da "obra", mas ninguém se recorda de nomes. Arrancada a vegetação, não foram colocadas traves como se conhece no improvisado campo de bola. Utilizou-se dois pedaços pequenos de madeira em cada gol. As condições eram precárias. O campo tinha declives, valetas e pedras.
Mesmo assim, nascia o Capuco, assim denominado porque a Cooperativa Mista dos Agricultores de Serrinha, cujo galpão era próximo, processava milho e mandava carroceiros jogar os sabugos naquelas redondezas. O campo representou a alegria de dezenas de jovens por mais de uma década, mesmo rodeado de espinhosas "geremas", como popularmente chamada no sertão uma das várias espécies da planta jurema, responsáveis por furar muitas bolas de couro da rapaziada.
Além dos já citados que puseram a mão na enxada, faziam parte do que se chama "primeira geração" do Capuco os irmãos de Nilton (Vavá e Nenen), Galegão da Sucam e o irmão Galeguinho, Massimino Caceteiro, Raimundinho, Cebola Podre, Puciano Nariz de Ferro, Tarzan Apolo Nove, Cocota, Zé Carlos Sapateiro, Faninho, que mais adiante se tornou um importante diretor do Vitória (Vitória profissional, o tradicional clube de Salvador), entre outros.
Acontece que Oséas, o dono das terras, não gostou nada da "ocupação", por várias razões. Ele já vivia às turras com aqueles moleques, que invadiam a fazenda para atacar seu milharal e também os pés de goiaba. Quando começaram os babas, os peladeiros afrouxavam e danificavam uma cerca, que pulavam para pegar a bola quando alguém chutava distante do gol. Além disso, também tomavam banho no açude da fazenda.
Descrito como um sujeito alto, galego, que não corria, mas caminhava muito ligeiro, Oséas de vez em quando surpreendia a turma, chegando sem ninguém ver. "Era perna pra que te tenho", diz Agá. Para desestimular a bagunça no açude, o fazendeiro providenciou um jacaré, que evidentemente, fez quase todo mundo desistir de entrar na água. Mas o baba ele não conseguiu acabar, muito pelo contrário. Diante da persistência, desistiu de expulsar o pessoal e o Capuco se consolidou.
Agá e sua trupe chegaram a montar na época o Palmeirinhas, que mandava jogos ali, contra adversários de outros bairros. O fardamento era uma camisa branca que de tão larga poderia vestir mais de um atleta, com escudo e número pintado. A fama do novo campo foi aumentando e despertou o interesse da Cooperativa de Agricultores - aquela que lançava sabugos do milho processado na área da fazenda. Seus diretores resolveram fazer melhorias significativas ali, certamente em entendimento com o proprietário do terreno. O Capuco passou a ter dimensões oficiais e, finalmente, traves de verdade.
O objetivo da Cooperativa era atender ao seu time de futebol, formado pelos funcionários, que precisavam de um campo local estruturado para treinamento. O pesquisador Agá diz que essa experiência não durou muito tempo, talvez menos de um ano apenas. O Capuco voltou a enfrentar as antigas dificuldades de manutenção e até ficou abandonado por um período.
SEGUNDA E TERCEIRA GERAÇÕES
Os primeiros capuqueiros utilizaram aquele campo por pelo menos cinco anos, quando alguns deles foram migrando para outros bairros, conseguindo emprego ou mudando de cidade. Entra em cena, neste momento, por volta de 1977, um outro grupo de jovens, comandados por André Shuila (irmão de Agá e Plínio), Rui Berg (irmão de Nilton, Vavá e Nenen), Dé (o filho do violeiro Ribeirinho), o pescador Dão Sujeira, entre outros, formando uma "segunda geração" a desfrutar do Capuco por um certo período.
Dé, hoje radialista da Regional, famoso na região, de nome artístico José Ribeiro, lembra que em um dia inteiro de sábado, eles e outros amigos deixaram a feira livre de lado para tirar mato e pedras do terreno que se encontrava há algum tempo sem futebol. Não conseguiram tirar todo o pedregulho, mas o campo ficou mais ou menos pronto para a reestreia, com um animado torneio, no domingo.
Jiorlando e o irmão Batata, Edinho e Delmar, César (ainda apelidado de Bicudo, mais tarde, Bigu) e seus irmãos Valzinho e Nati, o pequeno e franzino Mirinho (irmão de Dé), Geobaldo, Eugênio, Teco (hoje, do Buteco), Quinquinho, Paulinho, Luciano, Ailton, Renan, Carlos, Henrique, Adelson, Gel, os irmãos Pelé e Pelezão, entre outros, outros, formavam o sagrado baba de todas as tardes. Uns frequentavam o campo todos os dias, outros de vez em quando.
Naquele mesmo período, enquanto isso, um terceiro e último grupo, a "geração derradeira", já estava a postos. No início da tarde, sol a pino, corriam atrás da bola capuqueiros mirins como os irmãos Binho e Dó (que moravam tão perto que apenas precisavam pular uma cerca no fundo de casa para alcançar o campo), os também manos Didi e Vá, Tova (irmão de Dé e Mirinho), Otto (irmão de César e Valzinho), Pelé (irmão de Teco), Macaco, Nelson "Cobra", Caçolão e outros meninos. Outros ainda mais jovens, como Aléx "Chocó" e Jivanildo (irmão de Vavá, Nilton, Nenen e Rui Berg) foram chegando depois, em tempo de ainda bater alguns babas no Capuco.
Esses meninos brincavam geralmente pela manhã, mas , fominhas, faziam uma espécie de preliminar para os mais velhos, logo depois do almoço. Quando demoravam de encerrar o "esfria sol", Rui Berg tratava de dar um ponto final, invadindo o campo e mandando um tremendo bico na bola, que ia parar bem longe. Tomava um "coque", ou cascudo, quem continuasse incomodando.
Naquela altura, o capuco já era "capuquinho". Com dimensões reduzidas, pegava no máximo sete jogadores na linha. É que Oséas fez de sua fazenda um grande loteamento de terrenos para residência, dando início ao processo que resultou em um enorme bairro. Aos poucos, casas foram sendo construídas, reduzindo drasticamente o espaço para o futebol.
A construção de imóveis, sem o devido planejamento, já estava em curso e fez com que surgisse um córrego de esgoto sanitário por onde corriam os dejetos de casas próximas. Quando a bola caía lá, era uma briga para ver quem ia resgatá-la. Não apenas a pelota, mas também aquele de quem seria a "vez" de pega-la voltava devidamente "perfumado".
As águas servidas eram lançadas em outras áreas nas laterais do campo, alimentando uma vegetação rasteira que os garotos chamavam de "gramadinho" e servia para continuar a pelada deles quando os grandalhões chegavam.
Já em seu ocaso, por volta de 1979, sem os rapazes da "segunda geração" e dominado pelos últimos peladeiros de sua história, o campo era frequentado por aquela turma que encerraria a jornada do Capuco de domingo a domingo, de manhã e de tarde, quase sem intervalo para almoço. As mães pouco se preocupavam com eles, que sempre eram encontrados ali, quando demoravam de retornar para casa. Eram babas amistosos ou apostados, além de esporádicos torneios organizados por Mirinho. Um dos poucos que integrou a segunda e terceira gerações, ele tinha 14 ou 15 anos mas aparentava 10.
Mesmo esquálido fisicamente, era bom jogador e a idade dele pesava em campo, colocando-o em vantagem sobre os mais jovens, que não aceitavam que participasse das disputas valendo dinheiro, como relata Didi, filho do policial Domingos. Esperto, Mirinho não jogava, mas recebia sua cota do arrecadado para premiação. O espaço continuava bastante frequentado por aqueles adolescentes que fechariam o ciclo do Capuco.
Se não resta dúvida quanto ao ano de origem, 1970, é incerto quando findou-se ali a atividade esportiva. Há mais de uma versão sobre o ano exato em que ocorreu a "morte" do campo. O mais provável, conforme apurado com as fontes, é que tenha ocorrido entre 1980 e 1981, ao consolidar-se o processo de urbanização da antiga fazenda.
O Capuco é um capítulo inesquecível, na vida de muitos jovens de famílias de baixa renda de Serrinha, em um tempo em que não havia smartphones ou qualquer tecnologia - mal podiam ouvir música em rádio FM, o que somente era possível quando subiam à Santa, local mais elevado da cidade, onde conseguiam sintonizar as emissoras de Salvador e Feira de Santana.
Dalí não saiu nenhum astro do futebol. Não havia observadores. Mas brincaram muito, se mantiveram distantes das drogas, como proporciona o esporte e fizeram boas amizades. O capuqueiro Teco, de segunda geração, assim define, com o seu talento poético: "amigos da infância e da vida".
NOTA DO AUTOR Está lançado um grande desafio aos que gostam de resgatar capítulos da história recente de Serrinha, esta querida e linda cidade que abre o Portal do Sisal. O escrito acima trata-se apenas de um compilado sobre um dos antigos campos de futebol da Serra, como chama carinhosamente o colega jornalista Tasso Franco, estudioso da memória desta terra. Primeira parte, esperamos, de uma série. As outras praças esportivas de bairros aguardam por relatos de suas trajetórias e espero que possam ser cumpridos por outros colegas que lhes tenham sido mais próximos. Agradecimentos aos importantes colaboradores capuqueiros, especialmente a Agamenon Sales, pois sem eles seria impossível coletar essas informações.
Por Valdomiro Silva (Mirinho)
Jornalista, viveu a infância e adolescência em Serrinha e é radicado em Feira de Santana desde 1984
Calila Noticias Covid-19: Estado registra 30 óbitos e 2.854 novos casos
Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 2.854 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,5%). Dos 565.320 casos confirmados desde o início da pandemia, 543.991 já são considerados recuperados e 11.472 encontram-se ativos. A base de dados completa dos casos suspeitos, descartados, confirmados e óbitos relacionados ao coronavírus está disponível em https://bi.saude.ba.gov.br/transparencia/.
Para fins estatísticos, a vigilância epidemiológica estadual considera um paciente recuperado após 14 dias do início dos sintomas da Covid-19. Já os casos ativos são resultado do seguinte cálculo: número de casos totais, menos os óbitos, menos os recuperados. Os cálculos são realizados de modo automático.
Os casos confirmados ocorreram em 417 municípios baianos, com maior proporção em Salvador (21,99%). Os municípios com os maiores coeficientes de incidência por 100.000 habitantes foram: Ibirataia (11.487,72), Itororó (9.709,55), Muniz Ferreira (8.892,48), Itabuna (8.875,22) e Conceição do Coité (8.804,72).
O boletim epidemiológico contabiliza ainda 954.812 casos descartados e 135.024 em investigação. Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com as vigilâncias municipais e as bases de dados do Ministério da Saúde até as 17 horas deste domingo (24).
Na Bahia, 39.282 profissionais da saúde foram confirmados para Covid-19. Para acessar o boletim completo, clique aqui ou acesse o Business Intelligence.
Óbitos
O boletim epidemiológico de hoje contabiliza 30 óbitos que ocorreram em diversas datas, conforme tabela abaixo.
A existência de registros tardios e/ou acúmulo de casos deve-se a sobrecarga das equipes de investigação, pois há doenças de notificação compulsória para além da Covid-19. Outro motivo é o aprofundamento das investigações epidemiológicas por parte das vigilâncias municipais e estadual a fim de evitar distorções ou equívocos, como desconsiderar a causa do óbito um traumatismo craniano ou um câncer em estágio terminal, ainda que a pessoa esteja infectada pelo coronavírus.
O número total de óbitos por Covid-19 na Bahia desde o início da pandemia é de 9.857, representando uma letalidade de 1,74%. Dentre os óbitos, 56,52% ocorreram no sexo masculino e 43,48% no sexo feminino. Em relação ao quesito raça e cor, 55,04% corresponderam a parda, seguidos por branca com 19,47%, preta com 14,74%, amarela com 0,63%, indígena com 0,13% e não há informação em 9,99% dos óbitos. O percentual de casos com comorbidade foi de 70,68%, com maior percentual de doenças cardíacas e crônicas (73,92%).
Bahia ultrapassa 75 mil vacinados contra o coronavírus
Com 75.924 vacinados contra o coronavírus (Covid-19) até às 14 horas deste domingo (24), a Bahia é um dos estados do país com o maior número de imunizados. Os números foram ajustados em relação ao último boletim devido uma inconsistência identificada na base de dados do painel de vacinação.
Cabe esclarecer que o sistema oficial do Ministério da Saúde para o registro das doses vem sofrendo instabilidade, impossibilitando o lançamento em tempo real por parte dos municípios. Neste cenário, visando a transparência e o acompanhamento da vacinação em todo o estado, a Sesab realiza o contato diário com as equipes de cada município a fim de aferir o quantitativo de doses aplicadas.
Calila Noticias Prefeitura de Santaluz confirma mais três óbitos pela Covid-19
A Prefeitura de Santaluz através da Secretaria Municipal de Saúde publicou neste domingo, 24, em seu boletim diário sobre o Coronavírus a confirmação de mais três óbitos em consequência da Covid-19 e agora somam 17 mortes desde o começo da pandemia.
O 15º e o 16º óbito já havia sido divulgado no dia 21, mas ainda não havia a confirmação do município.
De acordo com o boletim os óbitos estavam em investigação via Laboratório Central de Saúde Pública do Estado – LACEN, ocorridos nas datas 07 e 21 deste mês, todos do sexo masculino com idade de 66 anos, 54 anos e 76 anos.
O boletim informa também que desde o começo da pandemia 1.514 pessoas foram infectadas, 1.176 estão recuperadas e 17 morreram. Casos ativos são 322 e suspeitos 89.Calila Noticias
Serrinha recebe doses da vacina de Oxford
Serrinha recebeu neste domingo (24) mais uma remessa da vacina contra a Covid-19.
Dessa vez, os imunizantes são da universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca.
As primeiras doses da vacina contra o coronavírus chegaram na cidade na última terça-feira, 19 .
As doses foram desembarcada no Estádio Municipal pelo helicóptero do Graer.
A Prefeitura de Serrinha, através da Secretaria Municipal de Saúde, informa que em breve será divulgado como será feita a vacinação e quantas doses da vacina ficarão no município. Fonte:ASCOM/PMS
Thiago Lopes é relacionado, mas segue como dúvida para enfrentar o Botafogo-SP
O meia-atacante Thiago Lopes, do Vitória, foi relacionado para a partida contra o Botafogo-SP, segundo apuração do Bahia Notícias. Porém, o jogador é dúvida para a partida, já que ainda sente um leve desconforto na posterior da coxa. O atleta será observado no treino desta segunda-feira (25), que acontece logo mais a partir das 9h. Ele também passará por uma reavaliação horas antes do jogo, marcado para terça (26), às 21h30, no Barradão, pela penúltima rodada da Série B.
Caso Thiago Lopes não tenha condições de atuar, o técnico Rodrigo Chagas tem a opção de manter Mateusinho na equipe titular. Outros atletas que estão à disposição no setor são Ewandro e Ruan Nascimento.
Ao todo, 24 atletas foram relacionados. Um será cortado, já que a CBF permite no máximo 12 jogadores no banco de reservas.
O Vitória tem 42 pontos e ocupa a 16ª posição na Série B. Para garantir a permanência na competição, o time rubro-negro precisa de apenas um empate diante do já rebaixado Botafogo-SP.
Bolsonaro diz que William Bonner é “o último a saber das coisas”
O presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar o jornalista William Bonner. Em live transmitida nesta quinta-feira, Bolsonaro classificou Bonner como “cara de pastel” e “último a saber das coisas” após reproduzir um áudio em que o apresentador critica atitudes diplomáticas do governo federal.
Nas redes sociais, apoiadores do presidente apontaram que Bolsonaro sugeriu que o âncora do Jornal Nacional já foi traído ao apontá-lo como “último a saber das coisas”.
Quando candidato a Presidência da República, Bolsonaro fez sinal de chifre com os dedos ao ouvir o nome do apresentador e editor do Jornal Nacional. Na época, o caso repercutiu nas redes sociais. Na época, o gesto foi gravado durante um comício no Rio Grande do Sul.
Após derrota, chances de rebaixamento do Bahia chegam a 44,5%
Antes da partida contra o Sport, as chances de queda do Bahia eram de 24,1%. Após a derrota para a o time pernambucano essas chances quase dobraram e chegaram a 44,5%. É o que aponta os matemáticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dos times que ainda brigam pela permanência na Série A, Bahia e Vasco tem uma partida a menos que as demais equipes. O confronto atrasado do Tricolor vai acontecer nesta quinta-feira (28), contra o Corinthians na Arena Fonte Nova.
Caso o Bahia vença a partida, poderá alcançar a 14ª colocação na Série A. Além dessa rodada atrasada, o time treinado por Dado Cavalcanti terá outras seis partidas para decidir sua permanência na elite do futebol brasileiro.
Com 32 pontos conquistados o time baiano ocupa a 17ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro da Série A.
Como contribuir para o INSS por conta própria
Agência Brasil - Os segurados que recolhem para a Previdência Social por conta própria precisam prestar atenção. Com o novo salário mínimo de R$ 1,1 mil em vigor a partir do pagamento do próximo mês, os valores das contribuições foram reajustados. Agora, segurado terá de pagar R$ 55, R$ 121 ou R$ 220 por mês, dependendo do perfil de contribuição.
Os contribuintes individuais ou facultativos abrangem trabalhadores autônomos, microempreendedores individuais, donas de casa que querem receber aposentadoria no futuro. Os valores são aplicados conforme as alíquotas de contribuição: 5%, 11% ou 20% sobre o salário de contribuição. Quem contribui pelo salário mínimo, a maioria dos segurados individuais, paga o percentual sobre R$ 1,1 mil.
Com a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro reajustar o salário mínimo para R$ 1.102, o segurado recolherá um pouco mais a partir de fevereiro. O reajuste ocorre porque o mínimo de 2021 foi reajustado em 5,26%, contra inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,45%. Como a Constituição determina a reposição do poder de compra, o salário mínimo precisará seguir o INPC.
O contribuinte pode recolher sobre R$ 1.102 a partir de janeiro, se quiser. A partir de fevereiro, após a assinatura do decreto, a contribuição sobre esse valor será obrigatória. Isso porque a contribuição mínima considerada para a contagem de tempo e de valor para a aposentadoria equivale às aplicadas sobre o salário mínimo.
Datas
Os pagamentos da competência de janeiro podem ser feitos até 15 de fevereiro, para quem optou pelo recolhimento mensal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No caso dos microempreendedores individuais, o vencimento ocorre no dia 20 do mês seguinte, sendo transferido para o dia 21 ou 22, caso o dia 20 não caia em dia útil.
Para quem escolheu contribuir trimestralmente, o valor a ser recolhido só deve ser pago entre o dia 1º e o dia 15 do trimestre seguinte. Dessa forma, as contribuições do primeiro trimestre devem ser pagas apenas entre 1º e 15 de abril. O valor recolhido corresponde à contribuição mensal multiplicada por 3.
Perfis
A alíquota de 5% sobre o salário mínimo é cobrada para segurados de baixa renda, sem atividade remunerada, sem fonte de renda e de família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Essa modalidade permite apenas a aposentadoria por idade mínima, sem direito à aposentadoria por tempo de contribuição nem à inclusão do tempo na contagem para outros regimes de Previdência Social.
A alíquota de 11% é aplicada a segurados sem relação de emprego, que não presta serviço e não exerce atividade remunerada. Esse plano não permite a contagem do tempo para outros regimes de previdência, mas permite aposentadorias acima do salário mínimo e por tempo de contribuição por meio de uma complementação do recolhimento mensal. Dessa forma, quem pagar mais que os 11% mínimos poderá conquistar esses direitos.
A alíquota de 20% permite a aposentadoria por tempo de contribuição ou aposentadoria por idade com benefício maior que o salário mínimo. Essa modalidade é a mais recomendada a trabalhadores autônomos que exercem atividade remunerada.
Nascidos em novembro podem sacar auxílio emergencial a partir de hoje
Agência Brasil - Cerca de 3,3 milhões de beneficiários do auxílio emergencial e do auxílio emergencial extensão nascidos em outubro poderão sacar a última parcela do benefício a partir desta segunda-feira (25). Eles poderão sacar ou transferir os recursos da conta poupança social digital. Foram creditados cerca de R$ 2,2 bilhões para esses públicos nos ciclos 5 e 6 de pagamentos.
Desse total, cerca R$ 2 bilhões são referentes às parcelas do auxílio emergencial extensão e o restante, cerca de R$ 200 milhões, às parcelas do auxílio emergencial.
O dinheiro havia sido depositado na conta poupança digital em 11 de dezembro para os beneficiários do ciclo 5 e em 28 de dezembro para os beneficiários do ciclo 6. Até agora, os recursos podiam ser movimentados apenas por meio do aplicativo Caixa Tem, que permite o pagamento de boletos, de contas de água, luz e telefone), compras com o cartão virtual de débito pela internet e compras em estabelecimentos parceiros por meio de maquininhas com código QR (versão avançada do código de barras).
Para realizar o saque em espécie, é necessário fazer o login no Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. O código deve ser utilizado nos caixas eletrônicos da Caixa, nas unidades lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui.
Os saques em dinheiro podem ser feitos nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou nas agências.
sábado, 23 de janeiro de 2021
Crise derruba popularidade de Bolsonaro, aponta Datafolha
Em meio ao agravamento da crise de gestão da pandemia da Covid-19, a reprovação ao governo de Jair Bolsonaro inverteu a curva e voltou a superar sua aprovação.
Segundo o Datafolha, o presidente é avaliado como ruim ou péssimo por 40% da população, ante 32% que assim o consideravam na rodada anterior da pesquisa, no começo de dezembro.
Já quem acha o presidente ótimo ou bom passou de 37% para 31% no novo levantamento, feito nos dias 20 e 21 de janeiro. É a maior queda nominal de aprovação de Bolsonaro desde o começo de seu governo.
Avaliam Bolsonaro regular 26%, contra 29% anteriormente —oscilação dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O instituto ouviu, por telefone devido às restrições sanitárias da pandemia, 2.030 pessoas em todo o Brasil.
Se no levantamento de 8 e 10 de dezembro Bolsonaro mantinha o melhor nível de avaliação até aqui de seu mandato, de 37%, agora ele se aproxima do seu pior retrato de popularidade, registrado em junho de 2020, quando 44% o rejeitavam, ante 32% que o aprovavam.
A melhoria do segundo semestre —cortesia da acomodação após a turbulência institucional, do auxílio emergencial aos mais carentes na crise e de políticas para o Nordeste— foi abalada de dezembro para cá.
Concorrem para isso o recrudescimento da pandemia, que viu subir números de casos e mortes no país todo, a aguda crise da falta de oxigênio em Manaus , as sucessivas trapalhadas para tentar começar a vacinação no país e o fim do auxílio em 31 de dezembro.
Com efeito, as pessoas que têm medo de pegar o novo coronavírus estão entre as que mais rejeitam o presidente.
Entre aqueles que têm muito medo de pegar o Sars-CoV-2, a rejeição de Bolsonaro subiu de 41% em dezembro para 51% agora. A aprovação caiu de 27% para 20%.
Entre quem tem um pouco de medo de infectar-se, a rejeição subiu de 30% para 37%, enquanto a aprovação oscilou de 36% para 33%.
No grupo dos que dizem não ter medo, próximos da retórica bolsonarista sobre a pandemia, os dados são estáveis e previsíveis: 21% o rejeitam (eram 18%) e 55% o aprovam (eram 53%).
Bolsonaro segue assim sendo o presidente com pior avaliação para o estágio atual de seu governo, considerando aqui apenas os eleitos para um primeiro mandato desde 1989.
Só perde para Fernando Collor (PRN), que no seu segundo ano de governo em 1992 tinha rejeição de 48%, ante aprovação de 15%. Só que o então presidente já estava acossado pelas denúncias que levaram ao seu processo de impeachment e renúncia no fim daquele ano.
Neste ponto do mandato, se saem melhor Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 47% de aprovação e 12% de reprovação), Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 45% e 13%) e Dilma Rousseff (PT, 62% e 7%).
A gestão de Bolsonaro na crise atrai diversas críticas. Metade dos brasileiros considera que ele não tem capacidade para governar —o número oscilou de 52% para 50% de dezembro para cá. Já quem o vê capaz também ficou estável, 45% para 46%.
Bolsonaro segue sendo um presidente inconfiável para metade dos brasileiros, segundo o Datafolha. Nunca confiam em sua palavra 41% (eram 37% antes) dos entrevistados, enquanto 38% o fazem às vezes (eram 39%) e 19%, sempre (eram 21%).
Nos cortes geográficos da pesquisa, o impacto potencial do fim do auxílio emergencial e da crise em Manaus se fazem evidentes.
Entre moradores do Nordeste, região com histórico de dependência do assistencialismo federal e antiga fortaleza do petismo, a rejeição ao presidente voltou a subir, passando de 34% para 43%. O maior nível até aqui havia sido registrado em junho de 2020, com 52% de ruim/péssimo.
Nordestinos respondem por 28% da amostra do Datafolha.
Já o maior tombo de aprovação do presidente ocorreu no Norte, onde fica Manaus, e no Centro-Oeste, até então um reduto bolsonarista. Seu índice de ótimo e bom caiu de 47% em dezembro para 36% agora. As duas regiões somam 16% da população nesta pesquisa.
No populoso (42% da amostra) Sudeste, Bolsonaro amarga 44% de rejeição, dez pontos a mais do que no Sul (14% da amostra), usualmente uma região mais favorável ao presidente. Ele tem pior avaliação entre pretos (48%) e moradores de regiões metropolitanas (45%).
Bolsonaro é mais rejeitado entre os que ganham mais de 10 salários mínimos (52%), com curso superior (50%), mulheres e jovens de 16 a 24 anos (46%). Os mais ricos e instruídos são os que menos confiam no presidente, e a eles se unem os jovens na pior avaliação de sua capacidade de governar.
O presidente segue com melhor aprovação (37%) entre homens e pessoas de 45 a 59 anos, que também são os que mais confiam no que ele diz. Os mais ricos podem ser os que mais rejeitam o mandatário máximo, mas também são o aprovam mais do que a média: 36%.
No grupo dos evangélicos (27% da população pesquisada), próximo de Bolsonaro, o presidente tem 40% de ótimo ou bom. Já os católicos (52% da amostra) são menos entusiastas, com 28% de aprovação.
Por fim, empresários seguem sendo o grupo profissional mais fiel ao presidente. Entre quem se classifica assim, Bolsonaro tem 51% de aprovação, 35% de "sempre confia" e 58% de crença em sua capacidade.
Já funcionários públicos, um grupo que Bolsonaro tenta agradar na retórica sempre que possível, são os que mais o rejeitam (55%), menos confiam em sua palavra (56% não acreditam nele) e mais o consideram incapaz (65%).
A pesquisa Datafolha foi realizada por telefone nos dias 20 e 21 de janeiro, com 2.030 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Artigo escancara ataques à ciência do governo Bolsonaro na pandemia de Covid-19
"S.O.S.: A ciência brasileira está sob ataque". Esse é o título de um artigo publicado na prestigiosa revista científica The Lancet nesta sexta-feira (22), escrito pelo epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel), Pedro Hallal.
No texto, escrito para a seção Correspondências da revista, o pesquisador elenca diversos eventos de descrédito à ciência e ataques diretos aos pesquisadores brasileiros orquestrados pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores.
As consequências dos ataques, diz Hallal, levaram o país a ocupar a trágica posição de segundo colocado em número absoluto de mortes por Covid-19 e terceiro em casos registrados no mundo. "Como cientista, tendo a não acreditar em coincidências."
Apesar de ter acompanhado as políticas de condução da pandemia, que classifica serem muito piores do que as declarações do presidente, que já chamou de "gripezinha" a maior emergência sanitária do último século e disse "E daí? Não posso fazer nada", em resposta a jornalistas após ser questionado sobre o recorde de mortes no país, em abril de 2020, Hallal resolveu escrever a carta à Lancet após sofrer ele mesmo ataques pessoais de Bolsonaro e de seus seguidores.
O agora ex-reitor da Ufpel (seu mandato acabou no último dia 8 de janeiro) conta que participou no último ano de três reuniões no Ministério da Saúde, as duas primeiras para discutir o Epicovid-19, estudo sorológico do coronavírus que encabeçava como pesquisador principal, e a última em dezembro para discutir ações não relacionadas à pesquisa (que acabou em junho). Quatro dias após a última reunião, em Brasília, apresentou sintomas da Covid-19.
"A minha infecção foi divulgada e usada por defensores do governo. Eu fui atacado pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes (PSL-RS) por ser hipócrita, por falar para as pessoas fazerem uma coisa [o distanciamento social] e fazer outra. Fui questionado durante uma entrevista a uma rádio em Guaíba (RS) e o próprio presidente tuitou no dia 14 de janeiro o trecho da entrevista na qual sou atacado por esse assunto."
O pesquisador diz que, após ver a derrocada de cientistas em cargos importantes que se posicionaram contrários ao que o governo pretendia disseminar, como o ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Ricardo Galvão [que divulgou os dados de desmatamento em 2019 e foi exonerado por isso] e os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich [que não concordaram com as medidas de enfrentamento do vírus], não imaginava ser o próximo.
O Epicovid-19 já havia encontrado resistência no Ministério da Saúde ao apontar para a maior incidência da Covid-19 em indígenas entre os grupos de cor ou etnia autodeclarada. A pasta questionou os dados e cortou o financiamento do estudo após a segunda etapa --estavam previstas três fases.
Para o pesquisador, não é atacando a ciência que o país vai conseguir enfrentar a pandemia. As medidas adotadas até aqui pelo governo são desastrosas: faltam testes, não há rastreamento de contatos, a adesão ao distanciamento social está cada vez mais baixa. "Apesar de muito esforço dos cientistas do [Instituto] Butantan e da Fiocruz, fortemente envolvidos na corrida pela vacina, não houve por parte do governo esforços para a compra de seringas e agulhas para começar a campanha de vacinação", diz o artigo.
O autor cita, inclusive, um editorial da mesma revista The Lancet, publicado em maio de 2020, em que os editores afirmam que "a maior ameaça à resposta do Brasil à Covid-19 parece ser seu presidente, Jair Bolsonaro, mais empenhado em uma guerra contra a ciência do que contra o novo vírus".
"Coincidentemente ou não, no dia que o presidente Bolsonaro me atacou no Twitter, Manaus estava enfrentando a pior situação desde o início da pandemia, com a falta de oxigênio e pacientes morrendo asfixiados. Na mesma semana, o Ministério da Saúde teve uma publicação no Twitter marcada por violar as regras da plataforma ao disseminar informações enganosas e potencialmente danosas relacionadas à Covid-19."
Para Hallal, os ataques do governo à ciência não começaram na pandemia, mas foram intensificados por ela. "Os cortes do presidente à ciência e tecnologia desde o início do seu governo e o negacionismo, inclusive dizendo --o único chefe de Estado que disse isso, para meu conhecimento-- que não vai tomar a vacina [contra Covid-19], já eram preocupantes."
"Essas políticas têm um preço. Se o Brasil, cuja população de 211 milhões de habitantes representa 2,7% da população mundial, tivesse contabilizado 2,7% do número de mortes global por Covid-19 [considerando a mortalidade de Covid em torno de 2,1%], 56.311 pessoas teriam morrido. No entanto, até o último dia 21 de janeiro, 212.893 brasileiros morreram por Covid-19. Em outras palavras, são mais de 150 mil vidas perdidas no país devido à condução abaixo do esperado da pandemia. Atacar os cientistas definitivamente não vai resolver o problema", finaliza o artigo.Fonte: Folhapress
Salvador vacina mais de 11 mil pessoas e Bahia ultrapassa 56 mil imunizados
Salvador lidera a lista das cidades baianas com maior número de vacinados contra a Covid-19, com 11.035 doses aplicadas. A Bahia ultrapassou os 56 mil vacinados contra a Covid-19, com a vacina da parceria Sinovac/ Butantan, e chegou a 56.827 até este sábado (23).
Entre as regiões da Bahia, a região leste lidera o número de imunizados com 17.845 pessoas vacinadas. Na sequencia estão a região sudoeste, com 7.671 doses aplicadas, a região centro-oeste, com 7.333 aplicações e a região sul com 5.891 vacinações.
Do total, a grande maioria é de trabalhadores da saúde, com 49.790 pesosas que tomaram a primeira dose da vacina. Logo na sequencia estão os idosos que vivem em lares de amparo, com 4.208.Fonte:Bahia Noticias
Yokohama Marinos anuncia contratação do atacante Léo Ceará, do Vitória
O atacante Léo Ceará, de 25 anos, foi anunciado na madrugada deste sábado (23) como novo reforço do Yokohama Marinos, do Japão. O vínculo com o Vitória expira logo após o término da Série B. A competição acaba na próxima semana.
Na semana passada, Léo Ceará já havia informado que essa seria sua última temporada pelo Vitória (relembre aqui).
“Prazer em conhecê-los, torcedores e apoiadores. Sou Léo Ceará. Fico grato e feliz por poder enfrentar novos desafios no Japão. Quero entrar para o time o mais rápido possível e dar o meu melhor para contribuir com o time. Farei o meu melhor para dar alegria aos nossos torcedores e apoiadores”, disse o jogador, em sua apresentação por meio de uma live realizada pelo clube.
Essa não será a primeira passagem de Léo Ceará no Japão. Em 2016, ele defendeu o Ryukyu.
No Yokohama Marinos, Léo Ceará continuará utilizando a camisa 9.
Revelado pelo Vitória, Léo Ceará chegou ao clube com 15 anos de idade. Sua primeira oportunidade como profissional foi em 2014. Ele também já passou por equipes como Confiança, Campinense e CRB, todas por empréstimo.Fonte:Bahia Noticias
Cerca de 4 milhões abandonaram estudos na pandemia, diz pesquisa
Em 2020, ano marcado pelo novo coronavírus, quarentena e interrupção de aulas presenciais, 8,4% dos estudantes com idade entre 6 e 34 anos matriculados antes da pandemia informaram que abandonaram a escola.
O percentual representa cerca de 4 milhões de alunos, montante superior ao da população do Uruguai.
Questões financeiras e falta de acesso a aulas remotas estão entre os principais motivos do abandono e o problema é maior entre os mais pobres. As informações são de pesquisa do Instituto Datafolha, sob encomenda do C6 Bank, e obtida pela reportagem.
Essa é a primeira sondagem que mostra o impacto da pandemia na permanência de estudantes em escolas e faculdades. A divulgação das estatísticas oficiais ainda leva mais tempo.
O Datafolha realizou 1.670 entrevistas, por telefone (com estudantes ou responsáveis), entre os dias 30 de novembro e 9 de dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e os resultados têm confiabilidade de 95%.
O pior índice de abandono é registrado entre os que estavam matriculados no ensino superior, com taxa de 16,3%.
Na educação básica, 10,8% dos estudantes do ensino médio informaram ter largado os estudos, e o percentual ficou em 4,6% no fundamental.
As taxas são bastante superiores aos índices oficiais de abandono registrados na educação básica do Brasil, que, por sua vez, já são altos. Em 2019, ano do último dado oficial disponível, o índice médio no ensino fundamental foi 1,2% e, no ensino médio, de 4,8%.
O país acumula 26,9 milhões matrículas no ensino fundamental e 7,5 milhões no médio, segundo os dados do MEC (Ministério da Educação). São 8,6 milhões de matrículas de nível superior.
A amostra da pesquisa do Datafolha guarda relação com a realidade educacional brasileira. Mais de 80% dos estudantes dos ensinos fundamental e médio eram de escolas públicas e, no superior, mais de 70% estavam no setor privado.
Na universidade, 42% daqueles que abandonaram o fizeram por falta de condições de pagar as mensalidades. Já na educação básica a precariedade da manutenção de aulas aparece como principal motivação para largar os estudos.
Ter ficado sem aulas surge como explicação do abandono para quase um terço dos estudantes matriculados no ensino fundamental (28,7%) e médio (27,4%).
A maior proporção, sob este motivo, foi registrada entre crianças e adolescentes de 11 a 14 anos (faixa ideal para os anos finais do fundamental, entre o 6º e 9º anos).
O aumento do abandono escolar em meio à pandemia tem sido uma das maiores preocupações por causa da quebra de vínculo entre alunos e escolas causada pela quarentena.
A desigualdade se impôs como um desafio ainda maior. A taxa média de abandono apurada pela pesquisa é de 10,6% nas classes D e E, contra 6,9% na classe A.
Escolas e faculdades passaram a interromper atividades presenciais em março do ano passado. O ano foi marcado pela ausência do MEC do governo Jair Bolsonaro (sem partido) no apoio às ações educacionais de estados e municípios, que concentram as matrículas.
Mais de 6 milhões de estudantes de 6 a 29 anos não haviam tido acesso a atividades escolares durante outubro. Segundo a pesquisa Pnad Covid-19 do IBGE, divulgada em dezembro, isso representa 13,2% dos estudantes dessa faixa etária.
Até o meio do ano passado 2 em cada 10 redes públicas de ensino não contavam com planos para evitar a perda de alunos, segundo estudo do comitê de Educação do Instituto IRB (Rui Barbosa), que agrega tribunais de contas do país, e do centro de pesquisas Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional).
Entre os que largaram os estudos, 17,4% dizem não ter intenção de retornar neste ano. A taxa sobe a 26% dos que estavam no ensino médio.
Chama-se de evasão essa situação em que um aluno deixa os estudos em um ano e não se matricula no seguinte. O dado oficial mais recente, de 2017-2018, registra uma evasão média de 2,6% no ensino fundamental e 8,6% no médio.
Em 2019, havia 88,6 mil crianças e jovens de 6 a 14 anos fora da escola. Entre jovens de 15 a 17 anos, faixa etária ideal para o ensino médio, eram 674,8 mil excluídos do sistema educacional (7,6% dessa população).
Para Cezar Miola, presidente do comitê técnico da Educação do IRB, o combate ao abandono e à evasão exige um esforço conjunto de governos, redes de ensino, profissionais de educação e órgãos de controle.
"Percebemos muito empenho e dedicação no ano passado, mas foi insuficiente", diz Miola. "Parte dos problemas que levam ao abandono é que houve verdadeira desconexão da família com a escola, e esse ponto-chave casa com investimentos adequados."
A Unicef tem um projeto de busca ativa de evadidos. Entre 2017 e 2019, a iniciativa, em parceria com mais de 3.000 prefeituras, conseguiu chegar a 80 mil crianças e jovens que estavam fora da escola —no ano passado, foram 40 mil.
"O cenário é absolutamente preocupante, corremos o risco real de ter uma grande quantidade de crianças e adolescentes fora da escola", diz Ítalo Dutra, chefe de Educação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Dutra afirma ser necessário uma ação coordenada e focada, com o entendimento de que ter crianças e adolescentes fora da escola representa a violação mais extrema do direito à educação. O que implica, diz ele, que outros direitos podem estar sendo violados, como acesso à saúde, proteção à violência e segurança alimentar.
"Nos últimos dois anos não há coordenação efetiva do MEC para essas ações", diz. "Precisamos ter uma busca ativa, saber o que está acontecendo e atuar com toda rede de proteção."
"Precisa rematricular e ver fatores de risco para abandonar de novo, por isso todo o sistema de proteção tem de estar funcionando articulado", afirma Dutra.
Questionado, o MEC não respondeu à reportagem sobre o que fez ou pretende fazer para lidar com a situação.Fonte:Folha
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
Prefeito Adriano Lima quer time de Serrinha na primeira divisão do futebol da Bahia
PREFEITO ADRIANO LIMA:"Estivemos reunidos hoje com o presidente da Federação Baiana de Futebol, Ricardo Lima, e o vice-presidente, Manfredo Lessa, para avaliar a possibilidade de #Serrinha voltar a ter um time profissional disputando o campeonato baiano. Esse é mais um importante passo para o fortalecimento do esporte da nossa região".Texto:ASCOM/PMS
Quase 57 mil pessoas já foram vacinadas na Bahia; 23 cidades não começaram a aplicação
Desde o início da vacinação contra a Covid-19 nesta terça-feira (19), 56.827 pessoas já tomaram a primeira dose do imunizante. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), na tarde desta sexta-feira (22).
A região Leste do estado é a que mais aplicou as vacinas até então. São 17.845 doses disponibilizadas. O oposto ocorre no Extremo Sul, onde 2.346 foram vacinadas.
Os municípios com o maior número de vacinados até então são Salvador (11.035), Vitória da Conquista (1.904), Lauro de Freitas (1.242), Santo Antônio de Jesus (1.200) e Ilhéus (835).
Ainda de acordo com os dados da pasta, outros 23 municípios não haviam aplicado nenhuma dose do imunizante até às 14 horas desta sexta-feira (22). Integram a lista negativa cidades como Santo Amaro, Jaborandi, Caetité e Barra da Estiva.
Nesta primeira fase, o imunizante está sendo disponibilizado para grupo específicos. Até então, 49.790 profissionais de saúde já se vacinaram, além de 2.618 indígenas aldeados, 4.208 idosos em instituições de longa permanência e 211 pessoas com deficiência.
Rui classifica de 'desastrosa' a condução da política externa brasileira na pandemia
Em entrevistas à imprensa na manhã desta quinta-feira (21), o governador Rui Costa avaliou como positiva a logística de distribuição da vacina contra Covid-19 na Bahia, já que as doses chegaram aos 417 municípios do estado. Para Rui, a grande dificuldade estaria na garantia de novas doses pelo governo federal, que vem conduzido a pandemia de forma “desastrosa” e tem criado problemas com países-chave nesse processo, além da burocracia da Anvisa para autorizar a aquisição de outros tipos de imunizantes.
“Hoje, o grande problema se deve à condução desastrosa tanto da pandemia como da política externa pelo governo federal que vem insistentemente agredindo países como a China e a Índia (produtores de vacinas e insumos).
Também ameaçou o novo presidente dos Estados Unidos, depois de eleito com ameaça do uso da pólvora. O povo brasileiro está pagando um preço alto por isso”, disse o governador, lembrando que, ao contrário de agora, ao longo de muitos anos o Brasil sempre foi referência mundial em vacinação. Rui ressaltou ainda que o Governo da Bahia está trabalhando, inclusive judicialmente, para ter, em breve, outros lotes de vacina.
“Se não for a Coronavac, pode ser outro tipo de vacina, como a vacina russa”. Segundo o governador, não existe razão para a Anvisa se negar a analisar a documentação dos testes da fase 3 feitos em outros países. Rui lembrou que a Bahia tem um contrato com o governo russo para adquirir a Sputnik, antes mesmo de outros países da América do Sul terem comprado, mas só pode importar quando a Anvisa autorizar sua aplicação. “Não faz sentindo comprar a vacinar e ficar guardada, sem poder utilizar na população”. (Com informações do site Política Livre)