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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Bolsonaro critica vacina contra Covid e minimiza racismo no Brasil em TV americana

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou não ter se vacinado contra a Covid e fez críticas aos imunizantes em entrevista à TV americana Fox News, exibida na noite desta quinta (30).

Na conversa, ele também minimizou a existência de racismo no Brasil, o desmatamento na Amazônia e fez críticas à esquerda e ao ex-presidente Lula (PT).

"Se alguém já contraiu o vírus, a vacina realmente não ajuda. A vacina seria inócua. Foi o meu caso. É porque eu não tomei a vacina. Mas comprei vacinas para todos os brasileiros", disse o presidente, em conversa com o apresentador Tucker Carlson.

Especialistas, porém, recomendam que pessoas que tiveram Covid também se vacinem, pois a imunidade garantida pelas vacinas é superior à gerada pelo contágio pelo vírus.

Carlson descreveu Bolsonaro como o único líder mundial que assumiu não ter se vacinado, em tom de elogio. O presidente disse ter ficado incomodado com a questão de que as fabricantes não se responsabilizavam por eventuais danos colaterais. Em 2020, o governo brasileiro demorou a fechar a compra de imunizantes. Desde o início da crise, o país soma 671 mil mortes pela Covid-19.

"Eu não pedi que as pessoas se vacinassem. Eu respeito a liberdade individual. Cada um é livre para se vacinar ou não. E eu acredito que cerca de 20% dos brasileiros decidiram não tomar a vacina", prosseguiu.

O presidente voltou a defender remédios que não têm eficácia contra a Covid, como a cloroquina e a ivermectina.

Em outro trecho da entrevista, exibido de forma antecipada na quarta (29) e repetido nesta quinta, Bolsonaro disse que uma vitória da esquerda nas eleições de outubro deste ano fará com que esta ala se perpetue no poder.

"Se a esquerda voltar ao poder, na minha visão, nunca mais deixará o poder e este país seguirá o mesmo caminho da Venezuela, Argentina, Chile e Colômbia. O Brasil será mais um vagão deste trem", disse Bolsonaro.

Na última pesquisa Datafolha, o ex-presidente Lula (PT) registrou 19 pontos de vantagem, marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno, contra 28% de Bolsonaro.

Ao longo da conversa, Bolsonaro fez várias críticas ao adversário. "Mesmo antes de Lula tomar posse, a esquerda pregava a divisão das pessoas em identidades, como negros e brancos, empregados e patrões e pessoas do Nordeste e do Sudeste, e ganharam apoiadores por isso", afirmou.

Em seguida, comentou sobre o preconceito contra negros. "Há racismo sim no Brasil, mas não como é frequentemente descrito. A maioria dos nossos jogadores de futebol é descendente de africanos. Sem problemas", prosseguiu.

O presidente também minimizou o desmatamento na Amazônia, e disse que o uso de mais tecnologia ajudará a monitorar e proteger a floresta. "Não dependemos do interesse internacional em preservar a Amazônia. É de nosso próprio interesse e, é claro, queremos que esses esforços de preservação sejam recompensados de alguma forma, por meios como créditos de carbono", afirmou.

Ao falar sobre violência, disse que a flexibilização do acesso às armas de fogo ajudou a reduzir a violência, e que pretende avançar nisso se for reeleito. "Seremos capazes de passar leis sobre armas muito parecidas com as dos Estados Unidos", projetou.

Os EUA possuem grande facilidade no acesso a armas, mas convivem com ataques frequentes a tiros contra cidadãos inocentes.

O apresentador Tucker Carlson viajou ao Brasil para fazer um documentário sobre a influência da China no país e está conduzindo seu programa diário a partir do país esta semana. Ele gravou a entrevista com Bolsonaro na quarta pela manhã, em Brasília, e também conversou com Flávio e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente, e com Filipe Martins, assessor especial para assuntos internacionais.

Ao encontrar Bolsonaro, Carlson posou para uma foto com um cocar, ao lado do presidente. Ao fundo, havia uma estante com vários objetos, como um logo da Caixa Econômica Federal, que geraram debates nas redes sociais.

Carlson, 53, é um dos principais âncoras da Fox News, maior canal de notícias dos EUA dedicado ao público conservador. Ele apresenta um programa de notícias e comentários políticos, exibido diariamente na faixa das 20h na costa leste do país.

Ele já defendeu teorias sem provas, como a da "grande substituição", que sugere que a entrada de imigrantes nos EUA faria parte de um plano democrata para tornar o eleitorado branco uma minoria no país e, assim, diminuir as chances do Partido Republicano vencer eleições.

O apresentador americano tem chamado o Brasil de "último país pró-EUA na América Latina" e o considera como único que resiste aos esforços coloniais chineses.

"A China se tornou um poder colonial dominante, tomando o controle de países por meio de acordos econômicos, e então explorando os recursos naturais deles e controlando seus sistemas políticos", acusou o âncora, na quarta-feira.

A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil.

O apresentador disse ainda que o Brasil é um exemplo do que pode ocorrer nos Estados Unidos no futuro. "O Brasil tem um clima político muito dividido. Há um partido nacionalista, atualmente no poder e que controla o Executivo. De outro lado, há um partido globalista. E o tom dos políticos aqui é amargo. Pessoas vão para a prisão no Brasil rotineiramente quando perdem eleições", afirmou.

Em 2021, o apresentador viajou à Hungria e entrevistou o premiê conservador Viktor Orbán.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Pesquisa BTG Pactual: Lula tem 43% das intenções de voto contra 33% de Bolsonaro

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue liderando as intenções de voto para a Presidência da República, segundo pesquisa BTG Pactual divulgada nesta segunda-feira (27). Apesar da preferência do eleitorado, a diferença para Jair Bolsonaro (PL) caiu para 10 pontos. No levantamento anterior, do dia 13 de junho, a distância era de 12%.

De acordo com a pesquisa, no cenário estimulado, o petista aparece com 43% contra 33% de Bolsonaro. Em seguida vem Ciro Gomes (PDT) que pontua com 8%, Simone Tebet (MDB) 3%, e André Janones (Avante) 2%. Felipe D’Ávila (Novo), José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Luciano Bivar (União Brasil), Leonardo Péricles (UP), Pablo Marçal (PROS) não pontuaram. Os que não votam em nenhum candidato somam 5%, brancos/nulos 1% e não souberam não responderam 2%

Já quando no quadro espontâneo, quando os candidatos não são apresentados, Lula continua na frente com 39%, seguido por Bolsonaro com 31%. Ciro marca 3%, Tebet 1%, Janones 1%. Os outros candidatos juntos somaram 1%. Neste cenário, quem não vota em nenhum candidato representam 6% dos pesquisados, brancos / nulos 5%, não souberam / não responderam 13%.

A pesquisa foi realizada por telefone, entre os dias 24 e 26 de junho de 2022. Foram entrevistados 2.000 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-05022/2022.

Cantor Tarik Lima e namorada morrem em acidente na BR-101, na Grande João Pessoa

 

O cantor Tarik Lima e a namorada dele, Gabrielle Oliveira morreram na madrugada deste domingo (26), após um acidente na BR-101, em Bayeux, na Grande João Pessoa. 

De acordo com informações do G1, eles estavam em uma moto quando houve a colisão com um carro. A namorada do músico estava na garupa e morreu no local. 

Segundo a equipe de produção do cantor, Tarik se preparava para fazer uma cirurgia de amputação de uma perna devido a uma bactéria, mas sofreu uma parada cardíaca e foi levado ao Hospital do Trauma. O cantor morreu horas após a morte da namorada, da qual ele já havia sido informado.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Conta de luz pode ficar 12% mais barata se projeto que limita ICMS for aprovado, analisa Aneel; estados criticam

 A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na quarta-feira (8) que a conta de luz pode ficar em média 12% mais barata se o projeto que limita o ICMS for aprovado pelo Congresso Nacional.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um tributo estadual e compõe o preço da maioria dos produtos vendidos no país e é responsável pela maior parte dos tributos arrecadados pelos estados.

De acordo com a agência, atualmente, 30,5% do valor total das conta de luz correspondem a tributos, sendo que o ICMS representa 21,3%.

Estados criticam 

Governadores criticam o projeto do ICMS, afirmando que, se aprovado, o texto causará perda na arrecadação.

O projeto em discussão no Senado estabelece um teto para a cobrança do ICMS porque classifica os produtos relacionados a combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo como bens e serviços essenciais.

Esta classificação proíbe estados de cobrarem ICMS superior à chamada "alíquota geral", que varia de 17% a 18%. Hoje, esse percentual chega a 30% em alguns estados.

Por isso os governadores dizem que, se aprovado, o projeto em discussão no Congresso causará perda de arrecadação.

Bahia volta ao mesmo patamar da liberação das máscaras

 O número de casos ativos na Bahia voltou a superar o patamar usado anteriormente pelo governo estadual para a flexibilização do uso de máscaras. Dados do boletim epidemiológico mais recente, publicado na noite desta quarta-feira (8), 1772 pessoas estão infectados com a doença.

O crescimento da Covid-19 segue um gráfico ascendente. Na semana quarta (1) da semana passada, eram 860 casos ativos. A marca não era alcançada desde o dia 11 de abril deste ano.

Entre terça-feira (6) e quarta (7), 791 novos casos foram identificados e 2 óbitos foram registrados, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Desde 6 de março de 2020, data em que o primeiro paciente com o coronavírus foi confirmado, 29.950 mortes foram contabilizadas em território baiano por conta de complicações causadas pela infecção.

A taxa de ocupação de leitos de UTI adulto exclusivos para a Covid-19 era de 14% nesta quinta-feira (9). As unidades pediátricas, no entanto, apresentavam uma taxa de 83%.

Chamas de postes incendiados atingem imóvel e destroem carro

 

Dois postes pegaram fogo na Rua Direta do Uruguai, no bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, em Salvador, durante a madrugada desta quinta-feira (9). As informações são do G1.

As chamas atingiram um prédio de três andares, que fica em frente ao poste. No térreo deste imóvel funciona uma pizzaria, que teve a fachada bastante danificada. Os outros dois andares são residenciais. No mais alto deles, o fogo também consumiu a grade da varada.

Um carro que estava estacionado em frente ao prédio também foi atingido pelas chamas. Os moradores contaram que, quando o fogo chegou ao veículo, barulhos semelhantes a explosões foram ouvidos. Apesar do susto e dos danos materiais provocados pelo fogo, ninguém ficou ferido.

Equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no local e apagaram o fogo. A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) também foi chamada e informou que a situação foi provocada por fios de internet instalados de forma irregular nos postes da distribuidora, afetando as redes elétricas das localidades. Técnicos da concessionária foram encaminhados ao local.

Na manhã desta quinta-feira (9), as equipes seguem no bairro. A Coelba não informou se o local está com a energia suspensa, por causa do incêndio.

terça-feira, 7 de junho de 2022

Juiz aposentado e outras sete pessoas são presas na terceira fase da Operação Inventário

 O juiz Rosalino dos Santos Almeida e mais sete pessoas foram presas durante a terceira fase da Operação Inventário, deflagrada na manhã desta terça-feira (7), em Salvador, Paulo Afonso e Aracaju (SE).  Batizada de “Turandot”, a nova fase investiga fraudes milionárias em processos judiciais em trâmite na comarca de Paulo Afonso, supostamente praticados por organização criminosa formada pelo juiz aposentado e por advogados, serventuários e particulares. Entre os alvos dos mandados de prisão está o filho do magistrado aposentado, Alexandre de Souza Almeida.

Mesmo aposentado, Rosalino responde a processos administrativos disciplinares no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) (saiba mais aqui).  O ex-juiz foi magistrado por quase 30 anos em Paulo Afonso, no norte da Bahia.

Segundo as denúncias oferecidas pelo Grupo de Apoio Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e já recebidas pela Justiça, um dos principais responsáveis na Orcrim por forjar alvarás de inventário fraudulentos, preso hoje, movimentou mais de R$ 50 milhões em renda descoberta, ou seja, em recursos não declarados. Parte do montante, apontam as investigações, foi repassada por meio do uso de “laranjas” e, inclusive, destinada para compra de imóveis de luxo na Flórida, nos Estados Unidos, avaliados em mais de R$ 5 milhões. Durante as investigações, foram identificados diversos saques em espécie em valor acima de R$ 100 mil.

A terceira fase da ‘Operação Inventário’ é fruto de esforço conjunto do Ministério Público da Bahia, por meio do Gaeco; da Polícia Civil, por meio da 18ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin - Paulo Afonso); e da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupamento Aéreo (Graer). Também contou com o apoio da Força-Tarefa de combate a crimes praticados por policiais civis e militares, das Corregedorias da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e da Polícia Militar, do Gaeco do Ministério Público de Sergipe e da Ordem dos Advogados do Brasil. 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

16° BPM realiza palestra em mais uma escola Municipal de Serrinha

 

Dando continuidade ao projeto de aproximação cada vez maior com a comunidade, na manhã desta quarta-feira (1), a Sd PM Aline, sob o comando do Cap PM Mendes, realizou uma palestra na Escola Municipal Carlos Augusto Vilalva Negreiros Falcão, no bairro Vila de Fátima, em Serrinha.

Com uma turma de cerca de 30 estudantes, entre 11 e 19 anos de idade, professores e membros da direção, a escola recepcionou os policiais, que falaram sobre a importância de evitar a violência e desenvolver a empatia. Na oportunidade, os jovens tiveram um momento de reflexão e algumas dúvidas foram sanadas.

Ao final, os adolescentes tiraram fotos com os policiais e demonstraram desejo de saber mais sobre a instituição e de, no futuro, fazerem parte da quase bicentenária milícia de bravos.

Ex-prefeito de Serrinha, Zevaldo Lima, concederá entrevista ao programa Cassutinga na próxima sexta (03)

 O ex-prefeito de Serrinha, Dr. Zevaldo Lima, concederá entrevista ao programa Cassutinga na próxima sexta-feira (03) às 13h.

Dr. Zevaldo Lima foi prefeito de Serrinha em duas oportunidades, nos anos de 1983 a 1988 e 2001 a 2004 e seu nome vem sendo  cotado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados Federais nas eleições deste ano.

O Cassutinga é transmitido pelo canal no YouTube e também pela rádio Morena FM. 

Fiquem ligados!

16º BPM aciona apoio da Cia de Cães do Batalhão de Choque para localizar idosa desaparecida na zona rural de Teofilândia

 Em nota a imprensa, o comando do 16° Batalhão de Polícia Militar (16° BPM), informou que tomou conhecimento ontem (31/05) do desaparecimento de dona Gracilia, uma senhora de 86 anos, moradora da zona rural de Teofilândia, que não é vista desde o último sábado (28).

O comando da Unidade informa que iniciou as diligências no intuito de localizar a idosa, tão logo tomou conhecimento da situação, contudo, não se obteve êxito. Nesta quarta-feira (1), o comando do 16° BPM acionou a Cia de Cães, do Batalhão de Choque, que deve se deslocar nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (2).

Ademais, o 2⁰ GBM do Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer buscas em duas presas (tanques) existentes próximas à residência daquela idosa, a fim de colaborar com a operação.

O Batalhão Sisaleiro fará o que estiver ao nosso alcance para localizar a senhora Gracilia.

Após denúncia, Coelba realiza poda de árvore no Loteamento Tancredo Neves em Serrinha

 

 Moradores do Loteamento Tancredo Neves, no bairro do Cruzeiro em Serrinha, preocupados com a situação de uma árvore que estava entrelaçada com a fiação de alta tensão, procuraram o Portal Aílton Pimentel e apelaram a Coelba para que a mesma fosse podada [relembre aqui].

Segundo os moradores, diversas vezes o pedido foi feito, porém sem êxito. Até que na manhã da última terça-feira (31), o serviço foi feito.

"Minha irmã foi lá e reforçou, mas com certeza a denúncia no Portal surtiu efeito, essa sociedade nossa só funciona à base de protesto", escreveu ao Portal um dos moradores.

Vale lembrar que situações como esta, a população deve ligar para 116 e abrir uma ocorrência solicitando a poda da árvore.

Em tempo, os moradores da localidade agradecem a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia S.A. pelo serviço prestado.

Em meio à alta dos casos, brasileiros perdem medo da Covid, aponta Datafolha

 

No momento em que o país registra uma alta de casos e de internações por Covid-19 e que o estado de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras em locais fechados, o brasileiro está perdendo o medo de ser infectado pelo coronavírus, mostra pesquisa Datafolha.

A parcela de entrevistados que se diz muito temerosa em relação ao contágio é de 37%, a menor desde abril de 2020. Na outra ponta, 29% declaram não ter medo da infecção. É o maior índice registrado desde o início da pandemia.

O auge do temor em relação à Covid ocorreu em março do ano passado, quando 55% dos entrevistados se diziam com muito medo. À época, UTIs de todo o Brasil entraram em colapso.

O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 25 e 26 de maio. Foram entrevistadas 2.556 pessoas, com 16 anos ou mais, em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos para cima ou para baixo.

Nesta terça (31), a média móvel de infecções pelo Sars-CoV-2 saltou 48%, em relação ao dado de duas semanas atrás, e chegou a 26.206 pessoas infectadas por dia. O país chega a 666.727 vidas perdidas e a 31.016.354 pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia.

Como reflexo da alta de casos, também houve aumento nas internações. Segundo a plataforma SP Covid-19 Info Tracker, da USP e da Unesp, a média móvel de novas hospitalizações (UTI e enfermaria) aumentou 74% no estado de São Paulo em três semanas.

O comitê científico do coronavírus do estado de São Paulo voltou a recomendar nesta terça (31) que os municípios orientem o uso de máscaras em locais fechados para prevenir o contágio da Covid. A medida não tem caráter obrigatório e não modifica a legislação vigente, que determina o uso apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo.

Para a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), neste momento de aceleração dos casos e que o país enfrenta dificuldades para completar os ciclos vacinais recomendados, o uso de máscaras em locais fechados deveria se tornar obrigatório por meio de decretos. "Os gestores não querem enfrentar a situação", afirma.

O pediatra Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e que faz parte da câmara técnica que assessora o Ministério da Saúde sobre imunizações, por sua vez, defende que, no atual momento, não é necessário obrigar o uso de máscaras.

"Do mesmo jeito que a gente relaxou as medidas, possibilitou tirar as máscaras quando estava com baixa circulação do vírus, agora, que está em alta, dá um passo para trás e orienta a usar. Obrigar exige fiscalização e não é por aí. Tem que migrar para um modelo de educação, orientação."

De acordo com o Datafolha, o temor sobre a Covid-19 varia bastante entre as regiões. O Nordeste concentra a maior proporção de pessoas com mais medo do contágio (44%), seguido do Centro-Oeste (39%), do Sudeste (36%), do Norte (32%) e do Sul (27%).

Para Ethel Maciel, um divisor de águas importante nessa queda da percepção do risco foi a chegada das vacinas. "Antes, as pessoas não sabiam o que podia acontecer caso se infectassem. Com a diminuição de internações e de mortes, as hospitalizações passaram a se concentrar em grupos de imunodeficientes, idosos. Talvez o medo continue entre os mais idosos e, por isso, esse grupo continue se cuidando mais."

As pessoas com 60 anos são justamente as que mais temem a infecção pelo coronavírus, segundo o Datafolha: 44% delas dizem ter ainda muito medo da infecção, contra 30% na faixa etária entre 25 e 34 anos.

De uma forma geral, as mulheres são mais temerosas que os homens em relação à Covid (40% contra 33%). Pessoas com menor nível de escolaridade (fundamental) e com renda mensal até dois salários mínimos também são as que mais temem o coronavírus, com 44% e 41%, respectivamente.

Há um grupo minoritário de entrevistados, que variou entre 2% e 7% ao longo das últimas pesquisas, que respondeu que já pegou Covid. É preciso lembrar, porém, que o fato de já ter sido contaminado não elimina a possibilidade de ser infectado novamente.

Segundo Kfouri, a redução da percepção de risco é o grande desafio das imunizações de uma maneira geral. Ou seja, convencer as pessoas a se vacinarem quando já não temem mais infecções passíveis de prevenção. "É um dos fatores que explica a menor adesão das crianças à vacinação contra a Covid. Ela chegou para esse grupo num momento de mais calmaria, completamente diferente do que chegou para os idosos e para os adultos."

Análise feita pelo jornal Folha de S.Paulo com dados do Ministério da Saúde e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o país registra um cenário de estagnação da vacinação contra a Covid-19 em todas as faixas etárias. Há dificuldades para completar os ciclos recomendados, com cobertura infantil estagnada, reforço baixo entre jovens e apenas 10% dos idosos com a quarta dose.

Para Kfouri, se a tendência de aumento de casos de Covid continuar, é possível que haja aumento da procura pela imunização nas próximas semanas. "As pessoas se sentem mais ameaçadas e voltam a buscar as vacinas."

O médico sanitarista Claudio Maierovitch, da Fiocruz Brasília, diz que, depois dos períodos assustadores vividos nos últimos dois anos, é natural que as pessoas estejam mais aliviadas. Ele alerta, porém, que há um movimento intencional para que tudo volte logo ao normal, mesmo com a pandemia ainda em curso.

"Desde o início, era isso [o que se via] por parte do presidente e de alguns outros. Agora, o movimento de quem se candidata às eleições é de mostrar que os lugares que administram estão bons, que ali tá tudo certo, pode tirar máscara, fazer festa, circular à vontade que eles foram capazes de trazer a normalidade."

Segundo ele, ainda que os dados mostrem uma média móvel de mais de cem mortos por dia por Covid e um aumento dos casos e de internações, isso parece não causar grande impacto na maioria das pessoas porque elas não estão vivendo a experiência individual dos eventos mais graves.

"Teve uma hora que todo mundo tinha alguém da família internado com Covid. Agora todo mundo conhece alguém com Covid, mas raramente vê alguém se internar e, mais raramente ainda, morrer. Se não acontece nada com você, é porque o problema não existe. Passa a achar razoável o país ter mais de cem mortes por dia, os 10 mil, 20 mil casos novos por dia."

De acordo com o Datafolha, a percepção de que a pandemia está sob controle se manteve em relação ao último levantamento, em março. Ao todo, 71% avaliam que ela está parcialmente controlada, e 14%, totalmente.

Os homens estão mais otimistas em relação ao controle da pandemia. Para 17% deles, a crise sanitária está totalmente controlada contra 11% das mulheres. Também se mantém o percentual daqueles que veem a situação fora de controle (14%). Em maio de 2021, esse índice era de 53%.

Para Ethel Maciel, a percepção de que a pandemia está controlada foi endossada pela revogação dos decretos que obrigavam o uso de máscaras, símbolos da pandemia. "A mensagem que ficou para a população foi, ‘se pode tirar a máscara, é porque a pandemia acabou’."

Segundo ela, a medida deveria ter sido acompanhada de informações que alertassem a população para que, diante de nova alta de casos, o uso do item fosse retomado. "Agora os números estão subindo, alguns estados estão com alta de positividade dos testes em mais de 40%, e os gestores estão fazendo de conta de que não está acontecendo nada."

De acordo com Maciel, o país também não está enfrentando a Covid longa, um conjunto de sintomas que persistem após meses da infecção pelo coronavírus. "A Covid longa pode afetar pessoas que tiveram infecções leves. É prioritário que a gente minimize a transmissão para que haja menos chances de a pessoa desenvolver Covid longa."

O Datafolha também perguntou se as pessoas entrevistadas já tinham sido vacinadas: 96% responderam que sim, com pelo menos uma dose, 30% com duas doses e 55% com a terceira dose (primeiro reforço).

Até o dia 30 de maio, os registros no SI-PNI (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações/Ministério da Saúde), com as estimativas populacionais do IBGE, apontam que a cobertura vacinal contra a Covid entre os brasileiros com 16 anos ou mais era de 91% com a primeira dose, 88% com o esquema primário (duas doses ou dose única da Janssen) e 53% com a terceira dose (primeiro reforço).Fonte:Folha

Ala do governo defende decreto de calamidade pública contra alta dos combustíveis

 Uma ala do governo Jair Bolsonaro defende um novo decreto de calamidade pública como solução para alta no preço dos combustíveis, a apenas quatro meses das eleições. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o entendimento do governo é de que, sob a vigência da calamidade, o governo teria mais segurança para abrir créditos extraordinários que permitem uso de recursos fora do teto de gastos. O objetivo é custear medidas para subsidiar os preços ou pagar auxílio a caminhoneiros, entregadores e motoristas de aplicativo.

As principais justificativas usadas por quem defende o uso do instrumento, são a Guerra na Ucrânia e o risco de desabastecimento de diesel.

PL quer cassar mandato de Gleisi Hoffmann, presidente do PT

 O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entrou com uma representação no Conselho de Ética contra a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT e coordenadora da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. As informações são do Blog do Noblat, coluna do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

Na quarta-feira (1), o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) numerou o pedido e encaminhou ao Conselho de Ética. Será a representação de número 23 no colegiado. Valdemar acusa Gleisi de quebra de decoro parlamentar por ter reagido a uma provocação de uma bolsonarista contra Lula. Num vídeo, dentro de um hotel, no dia 5 maio, a petista aparece afirmando: “dá vontade de ir lá e dar um tapa”, se referindo à manifestante aliada de Jair Bolsonaro.

Valdemar lista três supostos crimes cometidos pela petista na ameaça a manifestante: crime de ameaça (a vontade de dar um tapa), vias de fato (ataque ou violência que não resulte em lesão corporal) e lesão corporal leve (ofensa à saúde ou lesão ao corpo de alguém). A atitude da manifestante, cujo nome sequer é citado na acusação contra Gleisi, é apresentada pelo PL como exercício da liberdade de expressão.

Tarcísio diz que não teria problema com Lula e que petista é 'titã' junto com Bolsonaro

 Ex-ministro lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa do Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira (1º) que não teria problemas em se relacionar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso ele seja eleito e destacou a relevância política do petista e sua "conexão com o povo".

"São dois titãs se enfrentando em uma eleição. Algo que nós nunca passamos. Um ex-presidente [Lula], um atual presidente [Bolsonaro]. Os dois maiores líderes políticos da história recente do Brasil. Duas pessoas que têm conexão direta com o povo", afirmou.

Segundo Tarcísio, "obviamente vai ter uma reprodução dessa polarização em todas as instâncias", inclusive na eleição ao governo paulista.

"Mas, passada a eleição, acabou. E aí precisa governar para todos", disse o ex-ministro da Infraestrutura, que participou de debate na sede do Sindhosp (sindicato patronal do setor privado de saúde).Fonte: Folha

Adolescente morto em 'roleta-russa' sonhava ser policial federal

 Vítima de um disparo em uma roleta-russa, Wemerson Cardoso da Silva, de 17 anos , sonhava em ser policial federal. O adolescente foi sepultado na tarde desta quarta-feira (1°) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. À TV Subaé, a mãe do jovem, Ivone Cardoso, disse que o filho não tinha nenhum envolvimento em crimes.

No final da tarde da terça-feira (31), o adolescente estava em casa na companhia de um amigo. Os dois jogavam “roleta-russa”, prática que consiste em atirar com uma arma contendo apenas uma bala. O pai do adolescente atingido foi quem percebeu o disparo, entrou no imóvel e viu o filho desacordado.

O garoto ainda foi levado para uma unidade de saúde, mas não resistiu. O jovem que fez o disparo foi apreendido pela Polícia Militar. Na delegacia, o jovem que atirou contou que o disparo foi acidental. Até o momento, não se sabe a origem da arma.

A polícia segue na investigação do caso. Por conta do ocorrido, a escola onde Wemerson estudava suspendeu as aulas desta quarta. 

terça-feira, 31 de maio de 2022

Prefeitura de Serrinha divulga grade completa do São João 2022.

A Prefeitura de Serrinha divulgou nesta segunda-feira (30), a grade completa do São João 2022. O evento vai acontecer na nova Arena Marianão de 22 a 26 de junho.

Quarta-feira (22): Thiago Brava, Elmo Carneiro, Olivan Monteiro, Vinicius Marques, Xote Sertão e Orquestra Sanfônica de Serrinha.

Quinta-feira (23): Alok, Batista Lima, Chicabana, Kart Love e Ederlan Lima.

Sexta-feira (24): João Gomes, Vaqueiro SM, Mambolada, Felipe Pato, Renan Pinheiro e Ricardinho & Arreio Dourado.

Sábado (25): Zé Vaqueiro, Aduílio Mendes, Kátia Cilene, Menina Faceira e Caviar com Rapadura.

Domingo (26): Xand Avião, Toque Dez, Eline Martins, Danniel Vieira e Michel Firmo.

Emocionado, Gusttavo Lima diz que nunca se beneficiou de dinheiro público

 Gusttavo Lima surpreendeu seus mais de 43 milhões de seguidores do Instagram na noite desta segunda-feira (30) ao aparecer em uma live comentando sobre as polêmicas envolvendo os altos valores pagos por prefeituras de pequenas cidades por seus shows (entenda aqui). 

“Diante de tudo isso que está acontecendo, muitas inverdades sobre meu nome, sobre minha carreira. Vocês sabem da minha índole, do meu caráter. Quando a gente mexe com honra e caráter, tem pessoas por trás, então queria que vocês tivessem mais cuidado”, disse. 

Gusttavo ainda afirmou que nunca se beneficiou de dinheiro público e que paga todos os impostos.

“Nunca me beneficiei de dinheiro público, empréstimo, ou algo do tipo. Minha vida foi sempre trabalhar. Em 2019 fiz quase 300 shows. Temos uma equipe gigantesca. Não compactuo com dinheiro público. Pago todos os meus impostos em dia”.

“Sobre shows de prefeituras, acho que todos os artistas já fizeram ou fazem shows de prefeituras. É sobre valorizar nossa arte. Se o que a gente tem é nossa música, nossa voz, a gente ganha dinheiro com isso”, afirmou.

O artista chegou a se emocionar durante a live e disse se sentir perseguido. 

“Nunca pensei que ser bem-sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Às vezes dá vontade de sumir pra ver se essa perseguição acaba. Vocês podem ter certeza que sou um cara 100% correto, 100% honesto nas minhas coisas”, 

“Aqui não existe coisa errada. Aqui existe apenas um lema: trabalho, trabalho, trabalho. Tudo que conquistei saiu daqui [da voz]. Sobre dinheiro público, não tenho nenhuma ligação. Não quero dinheiro do povo. Eu cumpro com a lei.”

Um comentário do cantor Zé Neto, da dupla sertaneja com Frederico, também chamou a atenção das mais de 80 mil pessoas que acompanharam o live. 

“Cara quem tem que dar satisfação, sou eu, irmão. Tô atravessando uma fase ruim, sou seu irmão, não precisa se explicar, joga para mim irmão, não tem a ver com você”, comentou Zé Neto.

Rui reenvia à AL-BA projeto sobre pensão de policiais militares

 O governador Rui Costa vai tentar mais um vez aprovar o projeto de lei que dispõe sobre pensões de policiais militares na Bahia. Em regime de urgência, Rui enviou o pedido de apreciação para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) do PL 24.532/2022. A medida foi publicada na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial do Legislativo.

Esta é a segunda tentativa do petista para aprovar medida. Entre abril e maio, a AL-BA chegou a ficar três semanas sem sessão, porque a apreciação da primeira versão da proposta foi barrada na Justiça após uma liminar conseguida pelo deputado estadual Soldado Prisco (União) e se tornou um entrave para o retorno das atividades na Casa. De acordo com o parlamentar, a AL-BA estaria atropelando ritos parlamentares importantes (relembre aqui).

Após o impasse, o governador anunciou a retirada da proposta. "O único projeto que estava sobrestando era o que nós fizemos para regulamentar uma lei federal, mas já determinei a retirada para que possa haver o prosseguimento das votações", disse o chefe do Executivo baiano em entrevista no dia 9 de maio.

Auxílio Brasil bate recorde de famílias

 

Lançado às vésperas do ano de eleições, o programa Auxílio Brasil deu ao governo de Jair Bolsonaro (PL) a marca recorde de 18 milhões de famílias beneficiadas, mas, ainda assim, a fila de espera aumenta em ritmo acelerado desde março.

Atualmente, cerca de metade dos municípios do país apresenta registro de famílias que, apesar de estarem em situação de pobreza ou de extrema pobreza, não estão dentro da lista de transferência de renda por falta de dinheiro no programa.

Segundo dados do Ministério da Cidadania obtidos pela reprotagem, o governo reconhece que há fila de espera em 2.525 cidades –o país tem aproximadamente 5.500 municípios. São mais de 764 mil famílias que já tiveram o cadastro aprovado pela pasta, mas que precisam aguardar eventual aumento no orçamento do Auxílio Brasil ou a saída de algum beneficiário para então receber o pagamento. O valor, em média, supera R$ 400 por mês.

Isso ?significa que a demanda por assistência social –num período de desemprego e inflação– tem sido maior que a capacidade do programa. Procurado, o Ministério da Cidadania não se manifestou sobre o assunto.

De olho na campanha à reeleição, Bolsonaro mudou de postura em relação ao programa social ao longo do governo.

Em 2019, o governo travou a entrada de famílias por falta de dinheiro. O programa Bolsa Família sofreu a maior queda da história, recuando de 14 milhões para 13 milhões de famílias. A fila de espera superou 1,5 milhão de cadastros.

Apenas diante da pandemia do coronavírus é que Bolsonaro mandou liberar verba para os mais pobres. E, em poucas semanas, criou o Auxílio Emergencial –apesar do caráter temporário, a transferência de renda elevou a popularidade do presidente.

Foi então que o Palácio do Planalto passou a se empenhar por um substituto do Bolsa Família, dando a Bolsonaro uma marca na área social às vésperas do ano de eleição. O primeiro pagamento no valor de R$ 400 foi em dezembro.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (26) mostrou que a substituição do programa social ainda não trouxe dividendos eleitorais a Bolsonaro. Entre os que informaram receber o benefício do Auxílio Brasil, o presidente atinge 20% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcança 59% desse público.

Apesar da troca no nome e de algumas mudanças em critérios do programa, o Auxílio Brasil segue as mesmas bases do Bolsa Família.

Técnicos do governo afirmam que houve avanço nessa mudança de categorias de benefícios que compõem o valor final, que passa a ser mais ligado à composição familiar.

No entanto, a principal diferença entre o Auxílio Brasil e o Bolsa Família foi a intenção do governo de ampliar a verba para o programa. Isso representou um forte aumento na cobertura, que saltou de 13 milhões de famílias no início da pandemia para 18,1 milhões em 2022.

Além disso, o valor médio do benefício subiu de aproximadamente R$ 227 –valor corrigido pela inflação– para R$ 409,51.

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Adelmario Coelho fala sobre vaidade, princípios profissionais e tradições juninas

 

A chegada do mês de junho no nordeste traz consigo não somente a sensação térmica de frio, como a ansiedade de acender uma fogueira e se esquentar ao som do forró. 

A festa tradicional da região não deixa a desejar em nenhum quesito e o Bahia Notícias conversou com um dos maiores nomes no que diz respeito ao quesito musical do evento: Adelmario Coelho. 

No bate-papo descontraído, Adelmario falou sobre suas expectativas com a chegada da festa após dois anos de pandemia e até revelou alguns princípios que tem com sua equipe. “Ninguém bebe nem fuma”.

O artista também conversou sobre vaidade e o período no qual trabalhou no Polo Petroquímico de Camaçari, que antecedeu sua carreira musical. “A gente tinha um emprego com um salário muito bom, poderia nem pensar em outra coisa.”

Adelmario ainda opinou sobre as atrações musicais das festas de São João. “Existem cidades que cometem esse abuso, eu diria que é um abuso.” Confira a entrevista completa: 

Confirmado em mais de 30 festas de São João nos municípios baianos, ainda dá para sentir um frio na barriga?

São 28 anos de carreira, e a cada ano a gente vai aprendendo, vai se profissionalizando também né? Eu considero que a vida é um aprendizado. Esse ano agora de 2022, justamente depois de dois anos sem nossas atividades, gera uma expectativa muito grande.  

E quais são essas expectativas depois de dois anos sem festa por causa da pandemia?

Para esse reencontro, claro que já depois que houve a segurança da cobertura vacinal, segurança sanitária para que todos pudessem tocar de uma certa forma a sua vida e nós já estamos aí no que eu chamaria de um pré-aquecimento pro São João e isso vem nos dando ritmo também porque você ficar parado dois anos não é uma coisa simples. 

Inclusive, durante as lives no São João passado, você precisou adiar uma apresentação porque acabou positivando para Covid-19 e fez questão de explicar a situação (veja aqui). Como é a sua relação hoje com os seus fãs?

Ah, de muita sinceridade, muita honestidade. E nós temos uma equipe de quase 40 pessoas e eu fiz questão que todos fossem testados para ter realmente uma margem de segurança e o único que positivou fui eu. Mas é isso mesmo, qualquer um que tivesse positivado iria se afastar. 

E como foi esse período para você? 

Eu não estava sentindo nada que me comprometesse fisicamente, fiz até um cooper de 20 km um dia antes. Tava sentindo um incômodo na cabeça, um resfriadinho… Achei que estava com princípio de crise de sinusite. Testei em dois laboratórios e os testes deram positivo. Abortamos tudo e deixamos para quando Deus quisesse. 

E como funciona essa relação com seus fãs nas redes sociais?

Essa comunicação que nós temos pelas redes sociais é muito valiosa. E realmente empatia de ambos os lados, eu tenho meus fãs como guia da minha trajetória, do meu caminho artístico.

Pelas suas redes percebe-se que você faz questão de compartilhar com os seguidores essa rotina de saúde. Você acha que hoje, mais do que antes, existe uma cobrança para que o artista se mostre visualmente mais saudável?

Eu acho que buscar qualidade de vida, estar com a saúde mental bacana… Porque você tem um compromisso e uma responsabilidade muito grande como pessoa, sendo uma pessoa pública, de levar um bom exemplo. Então tudo que eu acho positivo na minha vida eu transfiro e compartilho com as pessoas que me seguem.

E como é essa relação de saúde com sua equipe? Todos seguem essa linha saudável?

Eu tenho algumas regras aqui muito claras. Eu não quero condenar absolutamente ninguém. Mas nós temos padrões aqui de qualidade de vida, ninguém bebe na minha equipe, ninguém fuma, ninguém. 

Existe uma preparação física especial para o período junino?

Eu não faço uma preparação, digamos, pontual, de ano em ano. É o ano todo, há muitos e muitos anos eu procuro realmente me preparar. É imprescindível que você tenha um bom condicionamento físico, conclua pelo menos essa etapa de desgaste, muitas calorias são perdidas ali. E fora as variáveis que acontecem no planejamento pra você fazer mais de trinta cidades só no mês de junho. É preciso que você tenha muito cuidado com horários, temperatura, trânsito e imprevistos. É uma dinâmica considerável e grandiosa para se chegar até ao produto final que é realmente ao show. 

Existem algumas curiosidades sobre você que as pessoas não conhecem. Como por exemplo que você foi do exército e trabalhou no Polo Petroquímico.

Trabalhei 20 anos no Polo Petroquímico. Meu sonho mesmo era ser do exército. Eu tenho uma adoração pela força nacional. Quando eu saí do Barro Vermelho (distrito de Curaçá, norte da Bahia), eu falei para meus pais aos 17 anos: vou para Salvador servir o exército porque tenho esse desejo, tenho vontade de ser militar. Cheguei a ser cabo no Exército. 

Depois você foi para o Polo Petroquímico em Camaçari?

Isso. Não tinha nada a ver com música ainda. Eu não tinha essa intuição, nem tinha planejamento pra isso. Eu sempre admirei a cultura forrozeira, principalmente o forró como um dos meus gêneros preferenciais. Mas nunca idealizei me tornar um representante dessa cultura. 

E como surgiu essa vontade de cantar forró?

Quando eu estava no Polo sentia aquela saudade doída de encontrar um forró e encontrei em Itapuã um restaurante que tinha um trio de forró: sanfona, zabumba e triângulo. E quando eu descobri me mandava para lá nos finais de semana e inventei de querer dar umas canjas lá enquanto tomava uma cervejinha com minha esposa. Em 1994 eu já estava no polo e fui passar o São João em Caruaru e inventei de gravar uma música que eu tinha feito em homenagem ao meu Barro Vermelho. 

E sua esposa reagiu bem a novidade?

Ela ficou sem entender porque no Polo a gente tinha um emprego com um salário muito bom, poderia nem pensar em outra coisa. Mas eu disse para ela: aqui é só para levar pros amigos, mostrar a minha rapaziada e aí começou. Quando eu entrei no estúdio o cara me propôs a gravar um vinil e eu gravei 10 músicas, trouxe pra cá, mostrei e a galera recebeu com muito carinho. Mas eu segurei meu emprego do Polo (risos). Somente depois de seis anos a música me puxou mesmo e eu tive que escolher entre a música e o Polo. E sou grato a todos esses cominhos que eu passei desde o exército, rodar táxi em Salvador, trabalhar 20 anos no Polo Petroquímico de Camaçari até estar na música hoje há 28 anos. 

Um assunto que vem sendo discutido é o aumento de bandas com gêneros musicais diversos no São João. O que você acha sobre isso?

Eu só acho que deve ter uma dosimetria muito identificada com a cultura popular nordestina. Nós estamos falando de festas juninas. Então o que é que tradicionalmente na gastronomia você espera encontrar numa festa junina? Licor, amendoim, canjica… Você não admite ir em uma festa junina e ter por exemplo uma buchada! Existe uma gastronomia que identifica a cultura, então musicalmente o que identifica a cultura no São João é o forró. O que existe hoje em alguns municípios é que essa dosimetria é completamente errada. Ao invés de você ter, por exemplo, 90% de forrozeiro, você tem o inverso, 90% de outro gênero musical e bota ali, para enganar algumas pessoas, uns forrozeiros. Cidades que cometem inclusive esse abuso, eu diria que é um abuso. [As pessoas] Gostariam de ter ali naquele momento, porque depois você tem 11 meses para ter essas oportunidades [ouvir outros gêneros]. Eu não sou radicalmente contra.  Que você possa até atender o público com uma, duas, três atrações, mas que prevaleça a força do movimento. Eu acho que há uma inversão muito muito séria da cultura com responsabilidade, eu acho que os gestores é que tem maior responsabilidade. Até com a história do país, com a história da cultura. São os gestores que têm. 

E o que a gente pode esperar de Adelmario nesse São João? 

Me preparando muito mais porque a demanda é muito grande. Como eu te falei, considero que esse ano seja um dos melhores São João de todos os tempos. Eu percebi que cidades que não faziam absolutamente nada estão buscando esse momento para festejar. Claro, tem as cidades tradicionais. A Bahia é o melhor e maior mercado de São João do Brasil porque é um estado grandioso, são 417 municípios. O Nordeste realmente vai se transformar num grande arraial pode ter certeza disso e isso nos deixa muito feliz e com uma expectativa muito grande! Fonte:Bahia Noticias

terça-feira, 24 de maio de 2022

Prefeitura de Serrinha anuncia oito atrações locais para o São João 2022

  

A prefeitura de Serrinha, confirmou na noite dessa segunda-feira (23),  mais oito atrações do São João 2022. Dessa vez, as atrações são de Serrinha e da região.

As atrações confirmadas foram: Michel Firmo, Ederlan Lima, Felipe Pato, Eline Martins, Camila Vitorino, Olivan Monteiro, Xote Sertão e Renan Pinheiro.

Ainda segundo a assessoria de comunicação da prefeitura, outras atrações locais serão anunciadas em breve. 

O São João de Serrinha acontecerá nos dias 22, 23, 24, 25 e 26 de junho na Nova Arena Marianão.

Um em cada dez baianos não sabe ler e escrever

 

O simples ato de pegar um ônibus para se deslocar pela cidade, ou soletrar alguma palavra a pedido da filha de 10 anos, lembra a Ana Carolina, 36 anos, que ela não sabe ler. Natural de Castro Alves, no interior da Bahia, abandonou a escola cedo e ainda tentou retornar recentemente, quando a filha tinha dois anos, mas não continuou.

Mãe de mais dois filhos, a dona de casa acredita que o analfabetismo é a barreira que a separa do primeiro emprego. “Nunca trabalhei”, diz. Se pudesse, “tomaria conta de crianças, faria qualquer coisa” que a ajudasse dar o sustento para a filha caçula. Ela está entre os 12,9% da população baiana que vêm no analfabetismo uma barreira um abismo no exercício de uma cidadania plena.

Com base em dados nacionais, o movimento Todos pela Educação apresentou uma nota técnica mostrando que a pandemia do novo coronavírus agravou analfabetismo entre as crianças. Entre 2019 e 2021, o número de crianças que não sabiam de 6 e 7 anos que não sabiam ler passou de 1,4 milhão para 2,4 milhões.

“Eu não sei ler. Meu nome eu sei assinar, malmente. Tenho dificuldade de leitura, não sai nada”, explica Ana Carolina, que sonha em um futuro melhor para os filhos. O mais velho, de 20 anos, foi quem se saiu melhor até aqui, chegando à 6ª série do primeiro grau. Já o de 18 anos, recentemente retomou os estudos. Com os dois adultos, as atenções e esperanças da dona de casa se voltam para a caçula, que frequenta a escola pela manhã e, no turno oposto, participa do Projeto Axé.

“O que eu não aprendi, eu não quero para a minha filha. Não quero que ela seja igual a mim, quero que ela estude, quero que ela aprenda, é o único orgulho que eu espero que ela me dê”, diz.

Tamanho do problema - Desde 2016, quando que se iniciou a série de dados sobre educação da PNAD Contínua, a Bahia aparece com o maior número de pessoas de 15 anos ou mais de idade analfabetas do país. Além disso, esse grupo vem mostrando um viés de alta por dois anos seguidos e fez a taxa de analfabetismo no estado chegar a 12,9% em 2019, quando foram apresentados os dados mais recentes, frente os 12,7% registrados em 2018.

Em 2019, na Bahia, havia 1,524 milhão de pessoas nessa faixa etária que não sabiam ler nem escrever um bilhete simples. Em números absolutos, houve um crescimento de 2,8% na comparação com 2018 e de 3,0% em relação a 2016. Analfabeta,  Ana Carolina acredita que sua condição é a barreira que separa ela do primeiro emprego

Dos sete estados que tiveram aumento no número absoluto de analfabetos entre 2018 e 2019, cinco eram do Nordeste, o que contribuiu para que a região fosse a única do Brasil a apresentar alta na taxa de analfabetismo entre 2018 (13,87%) e 2019 (13,90%). “Embora o aumento pareça mínimo, é estatisticamente significativo e ocorre para um indicador sensível e que vinha em queda”, aponta Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Bahia.

No Brasil como um todo, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, em 2019, foi de 6,6%, contra 6,8% em 2018, com 11,041 milhões de analfabetos, o que representou uma queda de 1,1% na comparação com o ano anterior. Alagoas (17,1%) Piauí (16,1%) e Paraíba (16,0%) foram os estados com as  maiores taxas, enquanto Rio de Janeiro (2,1%), Santa Catarina (2,3%) e Rio Grande do Sul (2,6%) apresentaram as menores. Em relação à taxa, a Bahia aparece como o oitavo  estado com maior índice de analfabetismo.

“O Plano Nacional de Educação (PNE) determina que a taxa de analfabetismo no país fosse de no máximo 6,5% em 2015, meta ainda não atingida em 2019. A lei prevê a erradicação do analfabetismo no país até 2024”, destaca Mariana Viveiros.

Para a supervisora de disseminação de informação do IBGE, o analfabetismo na Bahia, assim como no Brasil em geral, está fortemente relacionado à idade, ou seja a um “estoque” de pessoas mais velhas que nunca chegaram a aprender a ler e escrever. “No estado, quase 9 em cada 10 analfabetos, em 2019, tinham 40 anos ou mais de idade (89,0% ou 1,356 milhão de pessoas), e pouco mais da metade (54,8% ou 835 mil) eram idosos, de 60 anos ou mais”, aponta.

Cerca 4 em cada 10 pessoas de 60 anos ou mais de idade na Bahia afirmavam ser analfabetas em 2019 (36,5% da população idosa), percentual que era quase o triplo do calculado para o total de pessoas de 15 anos ou mais (12,9%).

Ela acrescenta ainda uma relação com a desigualdade por cor ou raça. Na Bahia, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade que se declaram pretas ou pardas (13,5%) é superior à dos que se declaram brancos (10,4%). E essa diferença aumenta muito entre os idosos: 39,2% dos pretos ou pardos são analfabetos, frente a 26,9% dos brancos.

“O crescimento da população que não sabia ler nem escrever entre 2018 e 2019 se deu exclusivamente entre pretos ou pardos (de 1,246 milhão para 1,296 milhão nessa condição). Entre os que se declaravam brancos, houve, na verdade, redução do número de analfabetos (de 226 mil em 2018 para 212 mil em 2019)”, explica.

Missão impossível - O professor Marcus Vinícius de Souza, mestre em Estudos de Linguagens e Oustanding Educator pela Universidade de Chicago, acredita que as quedas dos números relacionados ao analfabetismo no Brasil serão insuficientes para cumprir a meta de zerar o problema até 2025. “Os números que nós temos mostram que o Brasil tem uma tarefa complicada pela frente, que é erradicar o analfabetismo”, diz. “Temos um número ainda bastante considerável de crianças, adolescentes, jovens e adultos num volume muito alto”.

Para ele, o analfabetismo funcional e digital são consequências dos programas de alfabetização pouco qualificados. “Pessoas que aprenderam a ler e escrever mal estão chegando às universidades. Foram alfabetizadas de maneira precária e chegam sem conhecimento adequado ao ensino superior”, analisa. “Em muitas situações o conceito de saber escrever significa assinar o próprio nome, ler é conhecer o alfabeto, porém isso não muda a situação do indivíduo”, ressalta.

“Quando falamos em alfabetização, estamos tratando de algo que é básico para a cidadania, para o cumprimento de uma série de deveres e o exercício de direitos”, aponta o professor. “Hoje o analfabetismo ainda traz o agravante de afastar as pessoas do universo digital”, acrescenta, lembrando que diversos serviços públicos e oportunidades estão migrando para o mundo online.

Marcus Vinícius acredita que as políticas mais efetivas para o desenvolvimento da educação são exatamente aquelas que são capazes de manter o aluno na escola por mais tempo. “Os processos de escolarização nas séries iniciais normalmente funcionam bem. Os problemas surgem à medida em que o estudante avança porque a evasão escolar aumenta. Ou o aluno abandona, ou acaba concluindo muito mais velho do que deveria”.

O professor diz que é importante que as políticas educacionais tenham continuidade a longo prazo e deixem ser alteradas entre uma gestão e outra.  “Este é o problema no caso do analfabetismo, nas últimas décadas o índice diminuiu, mas quando olhamos os dados, tanto nacionais quanto da Bahia que hoje tem o maior número total de analfabetos, a queda não aconteceu na intensidade que era esperada”, ressalta. “Dificilmente o Brasil chegará à condição de erradicar o analfabetismo no prazo previsto”.

“Na Bahia, os dados do IBGE mostram que metade da população tem apenas o ensino fundamental. Mesmo as pessoas que evoluíram em relação ao analfabetismo ainda assim passaram muito pouco tempo na escola”, pondera.

Pandemia - Entre 2019 e 2021, houve um aumento de 66,3% no número de crianças de 6 e 7 anos de idade que, segundo seus responsáveis, não sabiam ler e escrever. Eram 1,4 milhão de crianças nessa situação em 2019 e 2,4 milhões em 2021. Em termos relativos, o percentual de crianças de 6 e 7 anos que, segundo seus responsáveis, não sabiam ler e escrever foi de 25,1% em 2019 para 40,8% em 2021.

Os dados mostraram que os últimos dois anos reforçaram diferenças sociais e de cor. Dentre as crianças mais pobres, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0% entre 2019 e 2021. Dentre as crianças mais ricas, por outro lado, o aumento foi de 11,4% para 16,6%.

Os percentuais de crianças pretas e pardas de 6 e 7 anos de idade que não sabiam ler e escrever chegaram a 47,4% e 44,5% em 2021, sendo que, em 2019, eram de 28,8% e 28,2%. Entre as crianças brancas, o percentual passou de 20,3% para 35,1% no mesmo período.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca a importância da alfabetização nos primeiros anos de vida das crianças, de maneira que “se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos”. A não-alfabetização das crianças em idade adequada traz prejuízos imensos para suas aprendizagens futuras, o que também eleva os riscos de uma trajetória escolar marcada por reprovações, abandono ou evasão escolar.  

Ivan Gontijo, coordenador de políticas educacionais do movimento Todos pela Educação, avalia que “os números ruins na Bahia relacionados ao analfabetismo fazem parte de um conjunto de indicadores preocupantes” na área. “O contexto educacional na Bahia é muito desafiador, os próprios resultados do estado no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) estão entre os piores do país no ensino médio, o que é bem preocupante”, avalia.

“É claro que a Bahia tem vários desafios socioeconômicos, mas existem estados em condições muito parecidas, eu cito o Ceará e Pernambuco, que conseguem apresentar desempenhos melhores”, ressalta.

Além da quantidade de pessoas que não sabem ler e escrever, ele acrescenta o desafio de melhorar a qualidade do ensino. Ele cita como exemplo o Saeb, exame realizado em 2019 para avaliar crianças no segundo ano do ensino fundamental. “Em termos de proficiência, a média do Brasil foi de 750 pontos, enquanto a da Bahia ficou em 738 pontos, baixo da média brasileira e, entre as 27 unidades da federação, aparece em 16º lugar”, afirma.

Ele diz que os fatores socioeconômicos são importantes para entender o problema, apesar de não serem decisivos. “O Ceará é o estado com as melhores notas no Saeb e enfrenta dificuldades muito parecidas com as da Bahia. O que aconteceu de diferente lá foi a criação de um programa estadual para apoiar os municípios na alfabetização das crianças”, conta.

“Eu acredito que o problema da Bahia foi não ter conseguido estruturar um programa estadual robusto para a alfabetização. Isto pode explicar os resultados mais frágeis do estado”, avalia. “O governo estadual precisa olhar para o território e não apenas para a sua rede. Um aluno que está na rede municipal hoje, vai para a rede estadual amanhã, então por que não ajudar ele a chegar mais bem preparado?”, questiona.

A diretora pedagógica do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (ICEP), Bete Monteiro, lembra que o analfabetismo é um problema nacional. “Os dados da alfabetização no país são alarmantes, principalmente após os impactos da pandemia”, diz. “Nós tivemos um aumento expressivo no número de crianças entre 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever. Esse é um dado absurdo”, acredita.

“Claro que este cenário foi potencializado por uma situação atípica, de uma pandemia, mas estamos diante de um quadro que é crônico, essa é a questão com que a escola pública se depara”, aponta.

Bete Monteiro acredita que é preciso olhar com atenção para o perfil socioeconômico das crianças que apresentam maiores dificuldades para a alfabetização. “Temos que olhar com mais cuidado para a situação das crianças pobres e as negras, porque as pesquisas estão indicando que são estes públicos que estão enfrentando mais dificuldade no processo”.

“A escola pública precisa pensar em que tipo de concepção de alfabetização vai desenvolver em suas práticas”, acredita. Ela cita experiências na Chapada Diamantina com resultados expressivos de alfabetização, em que as crianças conseguem aprender a ler e escrever no tempo correto. “Tendo acesso a práticas de alfabetização que dialogam com as práticas sociais de leitura e escrita que façam sentido para a realidade das crianças, o aprendizado é facilitado”, aponta.

Ela diz que ainda existem muItos programas de alfabetização que defendem o retorno à silabação e outros tipos de ações seriam retrocessos em relação ao que se sabe hoje sobre o processo de aprendizagem. “A ideia de que basta repetir palavras ou silabar como alfabetização é equivocada”, acredita.

“Nós defendemos uma abordagem construtivista, que levem em conta os contextos de vida em que as crianças, ou jovens e adultos estão inseridos, porque acreditamos que este pode ser o ponto de partida para eles no aprendizado a ler e escrever”, acredita. A abordagem é diferente da adotada em programas como o Topa, que centralizam o aprendizado em sílabas ou palavras, explica. “Mesmo que se diga que as palavras são contextualizadas, entendemos que inserir um jovem ou adulto num propósito comunicativo real, ele estará mais mobilizado a ler e a escrever”, acredita.

Para ela, o tipo de alfabetização utilizada pode ajudar a explicar as dificuldades que algumas pessoas tem para compreender textos mais longos e complexos. “O analfabetismo funcional é a realidade em que uma pessoa consegue escrever e soletrar palavras, mas não consegue, por exemplo, compreender o que diz um determinado texto. Métodos de alfabetização baseados em decodificação de palavras favorecem este tipo de situação”, acredita.

“Não temos como avançar em alfabetização e ensino, de maneira geral, enquanto não tivermos um programa de formação continuada para os nossos professores”, recomenda.Fonte: CORREIO DA BAHIA

Secretária da Saúde alerta para busca da vacina: 'Pandemia ainda ocorre entre nós'

 


A secretária da Saúde da Bahia, Adélia Pinheiro, alertou que mesmo diante da queda de pacientes internados pela Covid-19, a pandemia ainda ocorre e que é necessário buscar a vacina, além de realizar o reforço da imunização. A fala da secretária aconteceu na noite desta segunda-feira (23), durante lançamento do documentário “Um visitante indesejado” (veja aqui).

“Necessário sempre esclarecer e sensibilizar as pessoas para a busca da vacina, nós ainda precisamos avançar na cobertura vacinal, as vacinas estão disponíveis e nós seguimos  acompanhando número de casos, adoecimento e demanda por leitos clínicos ou leitos de UTI. O número de pacientes internados é menor e decrescente, mas ele existe, ou seja, a pandemia ainda ocorre entre nós. Hoje, considerando que o número de casos nos permite flexibilizar a utilização de máscaras, mas continuar recomendo a atitude de distanciamento social, a lavagem e higienização das mãos e a busca da vacina, essa é situação atual, monitorando no aspecto da coletividade, o que continuamos fazendo diariamente e recomendando às pessoas o uso da vacina”, afirmou Adélia.  

De acordo com a secretária, a Bahia se destacou durante o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Para ela, algumas medidas de contenção da disseminação do vírus foram duras, como a restrição de movimentação dentro do estado, porém analisa como efetivas para colher os resultados que levaram à proteção da população

“A Bahia que se notabilizou, eu diria que a Bahia e o Nordeste, pelo enfrentamento da pandemia de Covid-19, isso feito pelo meu antecessor, o ex-secretário Fábio Vilas-Boas, e também pela ex-secretária interina, Tereza Paim, todos sob liderança do governador Rui Costa, assumindo sempre uma participação com o uso da figura pública das suas atitudes como simbolismo levando a população a segurança necessário para no momento de pandemia e de grande exposição e vulnerabilidade das pessoas e das sociedade trazer uma estruturação do serviço de saúde em rede vocacionado para a Covid-19 que nos fez colher a segunda menor taxa de mortalidade por Covid do Brasil”, destacou.Fonte .BAHIA  NOTICIAS

CGU aponta que governo federal pagou de R$ 7,6 mi em seguro desemprego a mortos


 O governo pode ter pagado, de maneira irregular, até R$ 97,239 milhões em seguros-desemprego solicitados no ano passado. O benefício é destinado a trabalhadores demitidos sem justa causa.

Desse total, aproximadamente R$ 7,608 milhões foram destinados a pessoas que já estariam mortas.

Os dados fazem parte de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) finalizada na última sexta-feira (20). O órgão analisou os números do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de 2021.

No caso do seguro-desemprego, a auditoria abarcou 2,641 milhões de requerimentos feitos entre 4 de janeiro e 8 de outubro. Os pedidos são de trabalhadores que foram demitidos no primeiro semestre do ano passado.

Do total, a CGU identificou potenciais fraudes em 28,2 mil requerimentos, que resultaram no pagamento de 72 mil parcelas.

Na prática, as irregularidades equivalem a cerca de 1% dos requerimentos avaliados.

Além de R$ 7,608 milhões a pessoas com indicativo de óbito, foram encontrados pagamentos indevidos nos valores de R$ 78,608 milhões a beneficiários com outro vínculo ativo ou aposentados e pensionistas de órgãos públicos, e de R$ 9,937 milhões a beneficiários demitidos por justa causa ou a pedido.

Além disso, a CGU levantou “situações de risco” que, apesar de não representarem falhas de controle, podem resultar em pagamentos em desacordo com os objetivos pretendidos pelo programa.

Procurado pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, nessa segunda-feira (23), o Ministério do Trabalho e da Previdência não se manifestou sobre o achado. O espaço segue aberto.

Na auditoria da CGU, o órgão alegou que o processo de auditoria posterior “pode detectar dados não vigentes à época do processamento do seguro-desemprego. Além disso, destacou que a base de dados da Controladoria é diferente da usada pela pasta.

O órgão controlador, porém, avalia que os argumentos não excluem a hipótese de que possam ter ocorrido pagamento a falecidos.

“A despeito da manifestação da unidade auditada, salientam-se falhas na supervisão dos agentes operadores realizada pela área gestora do benefício, as quais expõem as fragilidades na gestão, controles e validações realizadas no processo de habilitação ao seguro-desemprego”, contesta a CGU.

“Por fim, verifica-se que as eventuais falhas na gestão do seguro-desemprego têm causado impacto residual na execução do programa, não obstante seja necessária a apuração das ocorrências identificadas, em especial aquelas relacionadas à possível existência de renda proveniente de outros vínculos empregatícios”, assinalou o órgão.

Após recuo de Doria, dirigente do PT acredita em desistência de Ciro e Tebet

 O secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto diz que o partido deverá procurar João Doria e o PSDB após o ex-governador de São Paulo desistir oficialmente da candidatura à Presidência da República. De acordo com o dirigente, petistas e tucanos têm que unir forças em “prol da democracia”. O movimento de aproximação, defende, deverá ocorrer nos próximos dias.

“Diante da desistência, temos que procurar o Doria e o PSDB, dentro dessa jornada em prol da democracia para derrotar Bolsonaro. Avalio que deveremos fazer isso dentro de alguns dias. No momento, Doria ainda está lambendo as feridas”, disse Tatto.

Para Tatto, as demais candidaturas da chamada terceira via serão retiradas da disputa. “Acredito que o que aconteceu com Doria vai acontecer também com Ciro Gomes e Simone Tebet por imposição do eleitorado. Os eleitores não querem terceira via”.

terça-feira, 17 de maio de 2022

Pai estupra filha, e mãe o perdoa por ser “testemunha de Jeová”

 Antes de ser preso, um homem acusado de estuprar a própria filha teria sido “perdoado” pela mãe da jovem, que explicou ser “testemunha de Jeová”, denominação cristã cujos fiéis baseiam sua crença em uma interpretação literal da Bíblia. As testemunhas de Jeová acreditam que o ato de perdoar “abre o caminho para a salvação”.

A versão foi dada pela tia materna da criança, em depoimento à polícia, e consta em acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que negou, em setembro do ano passado, absolver o réu.

O homem foi preso em 2019 e, em seguida, condenado a 24 anos de prisão.

A tia relatou que, após saber dos abusos sexuais sofridos pela garota, dos 6 aos 12 anos, resolveu contar para a mãe da menina, a qual afirmou que já sabia dos fatos.

“[A tia] contatou sua irmã, genitora da vítima, que respondeu que já sabia dos fatos e chegou a indagar ao réu, oportunidade em que ele teria admitido os atos libidinosos. Mas a mãe resolveu perdoar o acusado, ‘por ser testemunha de Jeová'”, narra o acórdão judicial.

A tia afirmou ainda que a irmã teria um “amor doentio pelo réu, com elevada dependência emocional”, e que poderia estar fechando os olhos aos fatos para não ter que se separar do marido.

Foi a tia que teria ajudado a menina a procurar uma delegacia e denunciar o pai.

A vítima morava junto com o pai em Mogi Guaçu e teria sido abusada sexualmente pela primeira vez quando tinha apenas 6 anos.

Segundo a garota, o pai a acariciava de forma estranha, manipulava os órgãos genitais e a lambia, até mesmo de madrugada. Geralmente os abusos ocorriam quando os dois ficavam sozinhos na casa.

A menina relatou que após os crimes passou a ter depressão e crise do pânico, além de ter dificuldade em se relacionar com homens e frequentar locais públicos.

Em seu depoimento, a mãe da vítima afirmou que nunca soube de nada. A mulher alegou também que o homem “sempre tratou bem os filhos, sendo carinhoso com todos ao seu redor, e nunca apresentando comportamentos suspeitos”.

Procurado, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) não respondeu se a mãe da criança é investiga por omissão, uma vez que o caso está em sigilo.

Via: Metrópoles

Ximbinha teria tentado impedir turnê de Joelma com nome do Calypso

 

Joelma continua com os shows da sua mais nova turnê ‘Isso é Calypso’, nome da banda que lançou a cantora para o mundo ao lado do seu ex-marido Ximbinha. Porém, por pouco a turnê quase precisou receber um outro nome. 

De acordo com a coluna Leo Dias do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Ximbinha tenta impedir o prosseguimento da turnê. Pessoas próximas afirmaram à coluna que Ximbinha tenta impedir a turnê Isso é Calypso por meios legais, no entanto, ela prossegue com o mesmo nome. 

Ximbinha alega que Joelma não poderia usar o nome da banda ou cantar as músicas, uma vez que os direitos pertenceriam a ele. No entanto, uma decisão judicial assegura que Joelma possui direitos iguais no uso e distribuição dos produtos do grupo.

O guitarrista e Joelma formaram a banda Calypso entre 1999 e 2015, ano em que os dois entraram em um litigioso processo de divórcio que culminou com o fim do grupo.


Lula tem mais que o dobro de intenções de voto que Bolsonaro em Pernambuco

 A vantagem do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está consolidada em Pernambuco. Segundo levantamento realizado pela Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (17), o petista aparece com 54,3% das intenções de votos dos pernambucanos, contra 26% de Jair Bolsonaro (PL).

Em seguida aparecem o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) com 5,2%, André Janones (Avante) e João Doria (PSDB) marcaram 1,1%, Pablo Marçal (PROS) teve 0,5%, Luciano Bivar (União) registrou 0,2%, Eymael (Democracia Cristã), Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) aparecem empatados com 0,1%, já Luiz Felipe D’Ávila (Novo) não marcou. Brancos e nulos representaram 7,2% e não sabem corresponderam a 4%.

Quando questionados sobre avaliação da administração de Bolsonaro, 48,4% opinaram que a gestão do presidente é péssima. Ao todo, 62,6% dos entrevistados desaprovam o atual governo e a aprovação corresponde a 34%.

Para a realização desta pesquisa foi utilizada uma amostra de 1510 eleitores. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com eleitores com 16 anos ou mais em 60 municípios entre os dias 10 a 14 de maio de 2022, sendo auditadas simultaneamente à sua realização, 20,0% das entrevistas.

A amostra representativa do Estado de Pernambuco atinge um nível de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,6% para os resultados gerais. A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª Região sob o nº 3122/2.

Assassino filmou ação que matou 10 pessoas nos EUA; plataforma interrompeu transmissão

 

O assassino de 18 anos que matou 10 pessoas e deixou outras três feridas em um supermercado de Buffalo, no estado de Nova York, no último sábado (18) chegou a transmitir o crime ao vivo na plataforma Twitch, conhecida por realizar transmissões online (veja aqui). Ele foi identificado como Payton Gendron e está preso. As informações são do G1.

Em comunicado à agência Associated Press, o serviço de streaming afirmou que "encerrou a transmissão de Gendron menos de dois minutos após o início da violência”.  A governadora de Nova York, Kathy Hochul, nativa de Buffalo, pediu que a indústria de tecnologia assuma a responsabilidade por seu papel na propagação do discurso de ódio em uma entrevista neste domingo (15) à ABC.

Agentes federais conversaram com os pais do assassino e cumpriram vários mandados de busca. As autoridades tentam confirmar a autenticidade de um manifesto de 180 páginas que foi postado online, que detalhava a trama e identificava o criminoso.

A principal suspeita é de que o crime foi motivado por ódio racial. Uma investigação preliminar descobriu que Gendron visitou repetidamente sites que defendem ideologias de supremacia branca e teorias da conspiração baseadas em raça e pesquisou tiroteios em mesquitas, de 2019, em Christchurch, Nova Zelândia, e o homem que matou dezenas em um acampamento de verão na Noruega, em 2011.