Diferente do que aconteceu em 2014, que teve dez equipes na disputa pelo título, a edição de 2015 traz nove times que jogam em sistema de pontos corridos em turno único, com os dois primeiros colocados garantindo vaga no Baianão do próximo ano e disputando a final do torneio, que será decidida em duas partidas e dará ao vencedor o título de campeão.
E logo no jogo de abertura, a competição traz duas equipes bastante distintas, mas com a mesma vontade para conquistar o certame estadual. Jogando no Estádio de Pituaçu neste sábado (18) às 16 horas, o centenário Ypiranga inicia a sua luta pelo retorno ao primeiro escalão do futebol baiano, onde enfrenta o “novato” Flamengo de Guanambi, que depois de dois anos ficando entre os quatro melhores, quer ao menos terminar na zona de acesso para finalmente estrear na primeira divisão.
Detentor de 10 títulos estaduais, o Mais Querido também não sabe o que é figurar entre os grandes da Bahia nos últimos 16 anos, quando foi rebaixado e passou por uma grave crise, retornando ao futebol anos depois. Já o Beija-Flor do Sertão investe pesado e aposta em um treinador carioca para levar a Cidade do Algodão para o cenário do futebol regional.
No domingo (19), outros jogos movimentam o certame e trazem embates que reprisam velhas rivalidades entre os clubes envolvidos. Às 15h, no Waldomiro Borges, Jéquie e Itabuna traz duas equipes que são velhas conhecidas do torcedor de futebol local. Mesmo com um time modesto, o clube da Cidade Sol confia na força de sua casa e de seus adeptos para conseguir chegar entre os primeiros colocados e voltar à primeira divisão depois de 18 anos.
Assim como o seu rival, o Itabuna também não traz muito investimento no plantel, mas acredita que a sua torcida fará a diferença no torneio. “A cidade de Itabuna está muito motivada para torcer pelo acesso do nosso time. Uma cidade como a nossa precisa de uma equipe representante na primeira divisão do campeonato estadual”, afirma o presidente Ricardo Xavier em entrevista ao Bahia Notícias.
Da mesma cidade que o Itabuna, o Grapiúna retorna as competições oficiais depois de anos fora do torneio e já enfrenta em seu primeiro jogo o Juazeiro, reeditando a final da segundona de 1996. Formado um ano antes de seu primeiro acesso, o clube do Vale do São Francisco já foi um dos mais importantes do cenário baiano no final dos anos 90 e inicio de 2000, mas agora amarga uma grave crise financeira e joga todas as suas fichas no retorno a elite.
Com maior tradição na história do futebol baiano, Botafogo de Salvador e Fluminense de Feira fecham a primeira rodada em confronto válido no Estádio Joia da Princesa. Considerado por muitos anos como a terceira força do estado, o Touro do Sertão não foge da fórmula dos outros clubes do torneio e traz em seu elenco um grande número de atletas que disputaram a primeira divisão de 2015, além de nomes já conhecidos como o do atacante Brasão e o goleiro Léo.
Assim como o seu rival, o Botafogo também aposta na “prata da casa” para voltar a divisão principal e até mudou de sede para seguir vivo na prática do futebol. Mudando-se para Senhor do Bonfim, o Mais Simpático mudou o seu nome para Botafogo Bonfinense e promete integrar velhor torcedores com novos adeptos, tornando-se o clube de uma cidade que já adotou equipes como Ipitanga e Sisal Bonfinense.
Folgando na tabela, o Atlético de Alagoinhas fecha os candidatos da disputa com um clube modesto, mas que acredita em fazer um campeonato competitivo na luta pelas duas vagas do Baianão 2016. “A primeira divisão tem dificuldades, imagina então a segunda. Nós não temos praticamente apoio nenhum. Com isso, criamos um time modesto e esperamos realizar uma boa campanha para chegar novamente a primeira divisão. Esse ano sobem dois, mas ano que só terá direito uma equipe. Então, temos que aproveitar o momento”, reiterou o presidente Raimundo Queiroz.Fonte:Bahia Noticias