A partir de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) terá um "poder de fogo" maior ao julgar as próximas contas de prefeituras baianas, relativas a 2014. O TSE concluiu que, nos casos em que prefeitos agem como ordenadores de despesas, as contas não se sujeitam ao julgamento final das câmaras municipais, basta a análise pelos tribunais de contas.Na prática, isso significa que os tribunais regionais eleitorais poderão definir se um gestor está ou não inelegível a partir do que apontarem os tribunais de contas no julgamento das finanças. Antes, o TSE considerava que as decisões a serem consideradas eram as das câmaras municipais, responsáveis por julgar o parecer prévio emitido pelos tribunais de contas. Para que o gestor fique inelegível, entretanto, a irregularidade observada pelo TCM deverá ser algum ato que configure improbidade administrativa. Além disso, em alguns municípios - sobretudo nos maiores - a tarefa de ordenador de despesas é pouco desempenhada pelo prefeito, que acaba delegando a função a secretários.
terça-feira, 21 de julho de 2015
O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) terá "poder de fogo"
A partir de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) terá um "poder de fogo" maior ao julgar as próximas contas de prefeituras baianas, relativas a 2014. O TSE concluiu que, nos casos em que prefeitos agem como ordenadores de despesas, as contas não se sujeitam ao julgamento final das câmaras municipais, basta a análise pelos tribunais de contas.Na prática, isso significa que os tribunais regionais eleitorais poderão definir se um gestor está ou não inelegível a partir do que apontarem os tribunais de contas no julgamento das finanças. Antes, o TSE considerava que as decisões a serem consideradas eram as das câmaras municipais, responsáveis por julgar o parecer prévio emitido pelos tribunais de contas. Para que o gestor fique inelegível, entretanto, a irregularidade observada pelo TCM deverá ser algum ato que configure improbidade administrativa. Além disso, em alguns municípios - sobretudo nos maiores - a tarefa de ordenador de despesas é pouco desempenhada pelo prefeito, que acaba delegando a função a secretários.
Bahia é o melhor mandante do futebol brasileiro entre clubes das Séries A e B
O Bahia iniciou a semana de preparação para duas partidas consecutivas dentro de casa, após dois resultados negativos longe da capital baiana, contra Paysandu e Criciúma, respectivamente. O desempenho tricolor fora de casa, em 2015, é ruim e os números mostram isso. São apenas quatro triunfos em 22 partidas realizadas, o que aponta um baixo aproveitamento de apenas 33%. No entanto, os próximos dois compromissos do esquadrão, pela Copa do Brasil e Série B, serão em território baiano o que, para este elenco, significa muita coisa.
Aliás, em números, o Bahia em 2015 é uma equipe a ser seguida quando se trata do desempenho no papel de mandante. Foram 20 jogos como dono da casa, com 18 triunfos conquistados, 1 empate e somente uma derrota para o Ceará, no primeiro confronto da decisão da Copa do Nordeste. Se fora de casa os números são ruins, o Bahia em Salvador é responsável por ter 91% de aproveitamento, performance ainda não alcançada por qualquer outra agremiação das Séries A e B.
O tricolor baiano, dentre as 40 equipes das duas principais divisões do país, é o clube com melhor mandante incluindo todos os torneios oficiais do ano (estadual, regional, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro). O São Paulo, segundo do ranking, não participou de uma competição regional, porém, estava presente em mais uma edição da Taça Libertadores. Como mandante, em 2015, o tricolor paulista tem 89% de aproveitamento, com 18 triunfos, 2 empates e somente uma derrota.
O Botafogo vem logo em seguida com 86%, enquanto o Sport, que ainda não perdeu no ano na Ilha do Retiro ou Arena Pernambuco, aparece na quarta posição com 83%. Para manter os excelentes números, ou até aumentar a diferença para o São Paulo, o Bahia tem compromisso nesta quarta-feira (22), em Pituaçu, contra o Paysandu. Três dias depois, pela segundona, será a vez de enfrentar o Botafogo, às 16h30, na Arena Fonte Nova.Fonte:Bahia Noticias
Aliás, em números, o Bahia em 2015 é uma equipe a ser seguida quando se trata do desempenho no papel de mandante. Foram 20 jogos como dono da casa, com 18 triunfos conquistados, 1 empate e somente uma derrota para o Ceará, no primeiro confronto da decisão da Copa do Nordeste. Se fora de casa os números são ruins, o Bahia em Salvador é responsável por ter 91% de aproveitamento, performance ainda não alcançada por qualquer outra agremiação das Séries A e B.
O tricolor baiano, dentre as 40 equipes das duas principais divisões do país, é o clube com melhor mandante incluindo todos os torneios oficiais do ano (estadual, regional, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro). O São Paulo, segundo do ranking, não participou de uma competição regional, porém, estava presente em mais uma edição da Taça Libertadores. Como mandante, em 2015, o tricolor paulista tem 89% de aproveitamento, com 18 triunfos, 2 empates e somente uma derrota.
O Botafogo vem logo em seguida com 86%, enquanto o Sport, que ainda não perdeu no ano na Ilha do Retiro ou Arena Pernambuco, aparece na quarta posição com 83%. Para manter os excelentes números, ou até aumentar a diferença para o São Paulo, o Bahia tem compromisso nesta quarta-feira (22), em Pituaçu, contra o Paysandu. Três dias depois, pela segundona, será a vez de enfrentar o Botafogo, às 16h30, na Arena Fonte Nova.Fonte:Bahia Noticias
Para Polícia Federal, propina ocorreu em diversas obras
O relatório da Polícia Federal afirma que pesam sobre o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, e seus executivos e ex-executivos indícios de crimes em várias frentes: nos contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ambas da Petrobras; nos contratos da petroquímica Braskem (controlada pela empreiteira em sociedade com a estatal) nas compras de nafta; nos contratos de navios-sonda com a empresa Sete Brasil (criada pela Petrobras) nas obras da Sede da Petrobras em Vitória (ES); pelo uso de offshores; e por obstaculização.
A PF diz haver "farta materialidade" sobre corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial, além de formação de cartel e lavagem de dinheiro. Ainda conforme a PF, foram encontrados indícios de que o presidente da Odebrecht lançou mão de uma estratégia de confrontar as investigações Lavas Jato, buscando criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça", que contava com "policiais federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio estratégico de entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ataques às apurações internas da Petrobras.
"O material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações", informa texto do indiciamento. Nas 64 páginas do relatório, a PF traça um a panorama a partir das anotações feitas pelo próprio Marcelo Odebrecht em seu telefone, a partir dos e-mails e materiais apreendidos, bem como material já existente nos autos, para apontar tal postura do indiciado.
"Verifica-se ainda as ideias do dirigente acerca da Operação Lava Jato, o que demonstra que o mesmo não apenas tinha pleno conhecimento das irregularidades que envolviam o Grupo Odebrecht como pretendia adotar uma postura de confronto", diz o texto. A defesa da Odebrecht nega as acusações feita pela Polícia Federal, assim como a OAB. Segundo a PF, "quanto a Marcelo Bahia Odebrecht, além do caso especifico das sondas, o material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações".
A PF diz haver "farta materialidade" sobre corrupção, lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial, além de formação de cartel e lavagem de dinheiro. Ainda conforme a PF, foram encontrados indícios de que o presidente da Odebrecht lançou mão de uma estratégia de confrontar as investigações Lavas Jato, buscando criar "obstáculos" e "cortinas de fumaça", que contava com "policiais federais dissidentes", dupla postura perante a opinião pública, apoio estratégico de entidades de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ataques às apurações internas da Petrobras.
"O material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações", informa texto do indiciamento. Nas 64 páginas do relatório, a PF traça um a panorama a partir das anotações feitas pelo próprio Marcelo Odebrecht em seu telefone, a partir dos e-mails e materiais apreendidos, bem como material já existente nos autos, para apontar tal postura do indiciado.
"Verifica-se ainda as ideias do dirigente acerca da Operação Lava Jato, o que demonstra que o mesmo não apenas tinha pleno conhecimento das irregularidades que envolviam o Grupo Odebrecht como pretendia adotar uma postura de confronto", diz o texto. A defesa da Odebrecht nega as acusações feita pela Polícia Federal, assim como a OAB. Segundo a PF, "quanto a Marcelo Bahia Odebrecht, além do caso especifico das sondas, o material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações".
Titi tem proposta do futebol turco para deixar o Bahia
O zagueiro Titi está fora da partida contra o Paysandu, nesta quarta-feira (22), no Estádio de Pituaçu. O jogador, liberado pelo departamento de futebol do clube, viajou para Porto Alegre, onde vai acompanhar o nascimento do terceiro filho. Porém, além deste confronto pela Copa do Brasil, o defensor pode não mais defender as cores do Bahia no restante da temporada de 2015. O tricolor baiano confirmou que recebeu uma proposta do futebol turco pelo atleta, no entanto, a negociação ainda não está concretizada. É a segunda vez que Titi, enquanto jogador do Bahia, é procurado por uma equipe do futebol turco. Na primeira vez (Caykur Rizepor), em 2013, o Bahia estava sob comando do interventor Carlos Rátis, que conversou com o atleta e selou a permanência dele pelo menos até dezembro de 2015. O capitão do Bahia em 2015 chegou ao clube no início da temporada de 2011 e desde então não sabe o que jogar por outra agremiação. Não foi à toa, com o passar dos anos, que ele se tornou o atleta com mais jogos com a camisa do esquadrão: 262.
Procuradoria da República diz que investigação contra Lula é legal
A Procuradoria da República no Distrito Federal informou nesta terça-feira (20), em nota, que não houve irregularidade no procedimento de abertura de investigação para apurar indícios de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticou crime de tráfico de influência para beneficiar a empreiteira Odebrecht. Segundo a Agência Brasil, a abertura foi determinada pelo procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, que substituiu a procuradora titular do caso, Mirella de Carvalho Aguiar, que estava em férias. A decisão foi contestada pelos advogados do ex-presidente, que alegam que Furtado violou os direitos funcionais ao “interferir na apuração preliminar” da procuradora. De acordo com a Procuradoria da República, uma norma interna prevê a substituição do titular em caso de férias. Além disso, o órgão alegou que Furtado entendeu que novas diligências eram necessárias para a investigação. Segundo o Procedimento Investigatório Criminal (PIC), aberto no último dia 8, o ex-presidente “teria obtido vantagens econômicas da empreiteira Odebrecht, a pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente dos governos da República Dominicana e de Cuba (neste caso, em relação a obras financiadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, e por agentes públicos federais brasileiros”. Em nota divulgada na semana passada, o BNDES sustentou que o ex-presidente Lula não interferiu – nem poderia – em nenhum processo do banco.
Dilma e Lula tiram o sarro do país com foto no “Dia do Amigo”; afinal, aquela é a imagem de um estelionato
A presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor, postaram em suas páginas no Facebook uma foto do dia 26 de outubro, em que ambos aparecem abraçados, comemorando a reeleição. Homenageavam, assim, um tal “Dia do Amigo” — aquele que, segundo música de Milton Nascimento, deve ser guardado “debaixo de sete chaves”. Nem diga! No caso da dupla, se der para jogar a chave fora, melhor. Eu não posso reclamar da parceria. Basta ter um pouquinho de talento e um tanto de esforço, e os textos já nascem prontos. Eles os escrevem por nós com suas barbaridades.
Comecemos do óbvio: a foto marca o dia da consolidação de um estelionato eleitoral sem par na história do país — e talvez das democracias ocidentais. Dilma venceu naquele 26 de outubro, por estreita margem, assumiu no dia 1º de janeiro, e, desde a posse, faz coisas que disse que não faria e diz coisas que certamente não fará. Tudo o que ela imputou às intenções de seu adversário, Aécio Neves, e que reputou como os males do mundo compõe hoje a sua agenda. É por isso que, sete meses depois da sua posse, amarga índices inéditos de impopularidade.
Uma foto nunca retrata apenas o momento em que o flagrante é congelado. Ela pode servir para iluminar e redefinir tanto o passado como o futuro. Vamos lá: se a economia estivesse crescendo a taxas aceitáveis, se a gestão fosse um exemplo de moralidade, se o país estivesse no rumo, então aquele abraço significaria mais do que a amizade pessoal. A legenda poderia ser: “É isso aí, companheiro! Estamos mudando o Brasil. A nossa luta é vitoriosa”. Mas olhem aí o que temos — e por responsabilidade exclusiva dos governos Lula e Dilma. Aí, meus caros, não tem jeito. Só cabe uma legenda para aquele instante: “Conseguimos. Enganamos os trouxas”.
E não vai exagero nenhum nessa leitura. Tanto Dilma sabia parte do que tinha de ser feito — e tinha e tem — e tanto havia a clareza que não seria bom para os brasileiros, porque remédio não costuma ser gostoso, que ela expôs, sim, a agenda: afirmou que Aécio elevaria as tarifas, que os juros subiriam, que o desemprego cresceria, que haveria corte de benefícios sociais, que o país estraria em recessão. É o que ela previa se seu adversário vencesse. Dilma, a amiga, venceu, com o apoio de Lula, o amigo e elevou tarifas, aumentou os juros, cortou benefícios sociais, levou o país à recessão aberta e fez crescer o desemprego. Vale dizer: eles enganaram os trouxas.
A foto não deixa de ter um caráter acintoso, dado o contexto. Obviamente, tratou-se de uma ação combinada entre as duas assessorias, tanto é assim que a mesma imagem apareceu, ao mesmo tempo, em suas páginas no Facebook. Publicada no primeiro dia útil depois do fim de semana em que a máquina oficial tentou decretar a morte política de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, a legenda também poderia ser esta: “Vencemos! Conseguimos tirar aquela pedra do nosso caminho”. Aliás, um dos memes que ganhou o país no “Dia do Amigo” foi justamente um foto em que Cunha e Dilma aparecem juntos… Uma ironia mais do que eloquente.
Pois é… Aquele que está sendo abraçado pela presidente poderia, ao menos, não ser ele também um investigado hoje, num procedimento que está na Procuradoria da República no Distrito Federal. Mais ainda: dois ministros de Dilma estão rigorosamente na mesma situação em que se encontra Eduardo Cunha: Ricardo Pessoa, em delação premiada, diz ter repassado R$ 500 mil em dinheiro vivo a Aloizio Mercadante (Casa Civil) e afirma ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, por intermédio de Edinho Silva (Comunicação Social), que lhe teria lembrado os vários contratos que a UTC mantinha com a Petrobras… Convenham: para bom entendedor, meia ameaça basta.
O Congresso entrou em recesso. Por alguns dias, não saberemos se o governo realmente conseguiu retomar a inciativa. Eu, sinceramente, me pergunto: iniciativa do quê e para quê? Por enquanto, vejo apenas a celebração daqueles que julgam ter derrotado seus inimigos, sem saber com que propósito venceram, como naquele 26 de outubro de 2014.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
Comecemos do óbvio: a foto marca o dia da consolidação de um estelionato eleitoral sem par na história do país — e talvez das democracias ocidentais. Dilma venceu naquele 26 de outubro, por estreita margem, assumiu no dia 1º de janeiro, e, desde a posse, faz coisas que disse que não faria e diz coisas que certamente não fará. Tudo o que ela imputou às intenções de seu adversário, Aécio Neves, e que reputou como os males do mundo compõe hoje a sua agenda. É por isso que, sete meses depois da sua posse, amarga índices inéditos de impopularidade.
Uma foto nunca retrata apenas o momento em que o flagrante é congelado. Ela pode servir para iluminar e redefinir tanto o passado como o futuro. Vamos lá: se a economia estivesse crescendo a taxas aceitáveis, se a gestão fosse um exemplo de moralidade, se o país estivesse no rumo, então aquele abraço significaria mais do que a amizade pessoal. A legenda poderia ser: “É isso aí, companheiro! Estamos mudando o Brasil. A nossa luta é vitoriosa”. Mas olhem aí o que temos — e por responsabilidade exclusiva dos governos Lula e Dilma. Aí, meus caros, não tem jeito. Só cabe uma legenda para aquele instante: “Conseguimos. Enganamos os trouxas”.
E não vai exagero nenhum nessa leitura. Tanto Dilma sabia parte do que tinha de ser feito — e tinha e tem — e tanto havia a clareza que não seria bom para os brasileiros, porque remédio não costuma ser gostoso, que ela expôs, sim, a agenda: afirmou que Aécio elevaria as tarifas, que os juros subiriam, que o desemprego cresceria, que haveria corte de benefícios sociais, que o país estraria em recessão. É o que ela previa se seu adversário vencesse. Dilma, a amiga, venceu, com o apoio de Lula, o amigo e elevou tarifas, aumentou os juros, cortou benefícios sociais, levou o país à recessão aberta e fez crescer o desemprego. Vale dizer: eles enganaram os trouxas.
A foto não deixa de ter um caráter acintoso, dado o contexto. Obviamente, tratou-se de uma ação combinada entre as duas assessorias, tanto é assim que a mesma imagem apareceu, ao mesmo tempo, em suas páginas no Facebook. Publicada no primeiro dia útil depois do fim de semana em que a máquina oficial tentou decretar a morte política de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente da Câmara, a legenda também poderia ser esta: “Vencemos! Conseguimos tirar aquela pedra do nosso caminho”. Aliás, um dos memes que ganhou o país no “Dia do Amigo” foi justamente um foto em que Cunha e Dilma aparecem juntos… Uma ironia mais do que eloquente.
Pois é… Aquele que está sendo abraçado pela presidente poderia, ao menos, não ser ele também um investigado hoje, num procedimento que está na Procuradoria da República no Distrito Federal. Mais ainda: dois ministros de Dilma estão rigorosamente na mesma situação em que se encontra Eduardo Cunha: Ricardo Pessoa, em delação premiada, diz ter repassado R$ 500 mil em dinheiro vivo a Aloizio Mercadante (Casa Civil) e afirma ter doado R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, por intermédio de Edinho Silva (Comunicação Social), que lhe teria lembrado os vários contratos que a UTC mantinha com a Petrobras… Convenham: para bom entendedor, meia ameaça basta.
O Congresso entrou em recesso. Por alguns dias, não saberemos se o governo realmente conseguiu retomar a inciativa. Eu, sinceramente, me pergunto: iniciativa do quê e para quê? Por enquanto, vejo apenas a celebração daqueles que julgam ter derrotado seus inimigos, sem saber com que propósito venceram, como naquele 26 de outubro de 2014.
Por Reinaldo Azevedo(Veja)
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Wagner nega ida para Casa Civil e diz que governo precisa saber ouvir críticas
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, negou nesta segunda-feira (20) a possibilidade de que estaria prestes a assumir o comando da Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante. "Não vejo nem fumaça, o que dirá notícia objetiva sobre isso", comentou. Segundo o ministro da Defesa, esses rumores fazem parte do "anedotário da política". Depois de reiterar que não vê nenhuma posição da presidente Dilma Rousseff de fazer qualquer movimentação ministerial neste momento, respondeu que "trabalhamos em equipe, sob a batuta da presidente, e a equipe está afinada". "Não tem ninguém que tenha varinha de condão para conduzir tudo sozinho", reforçou. "O ministro Mercadante tem prestado serviços importantes para o governo e para a presidente. Não vejo fumaça", reiterou.
"Estou muito bem posicionado no Ministério da Defesa e a presidente não está pensando em mudança ministerial", afirmou. Jaques Wagner disse, ainda, que a reunião de coordenação, hoje no Palácio do Planalto, não tratou de mudança de cadeiras e que o tema principal foi o balanço do primeiro semestre e as ações necessárias para o governo aprovar as medidas de ajuste que estão faltando.
Destacou, ainda, que o governo está empenhado em criar condições na retomada do crescimento. Ele também afirmou nesta segunda-feira (20) que a posição do governo em relação à decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de romper com o Planalto, foi expressa na nota oficial divulgada na sexta-feira (17), destacando que era uma decisão pessoal, não do PMDB. "Foi uma decisão pessoal.
O PMDB não acompanha", disse, ao final de cerimônia de assinatura referente ao financiamento do projeto Amazônia-SAR, de um radar orbital para combater o desmatamento na Amazônia. A cerimônia ocorreu no Ministério da Defesa. Segundo Jaques Wagner, a posição de Cunha não muda o interesse do governo em aprovar matérias importantes para o governo e para o ajuste fiscal na Câmara e no Senado. "Vamos continuar trabalhando com a base de sustentação política para aprovar o que ainda é importante, depois do recesso.
Um pouco mais cedo, no Planalto, ele havia dito que "temos de saber ouvir críticas". Para o ministro da Defesa, "as coisas tendem para o leito natural após o recesso". O ministro lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também fez críticas ao governo na sexta-feira, mas de forma diferente e se mantendo na base de sustentação. Otimista, Wagner disse que prefere acreditar na melhoria da relação com o Congresso. Jaques Wagner lembrou, ainda, que Cunha separou a posição pessoal da magistrado, que é obrigatória ao presidente da Câmara, e que além disso, depois moderou o discurso, dizendo que não tem pauta vingativa. "Caberá, então, a nós do governo, convencer a nossa base daquilo que é necessário fazer", declarou. Disse, ainda, que o governo que "calma para aprovar as medidas e governar".Fonte:Bahia Noticias
"Estou muito bem posicionado no Ministério da Defesa e a presidente não está pensando em mudança ministerial", afirmou. Jaques Wagner disse, ainda, que a reunião de coordenação, hoje no Palácio do Planalto, não tratou de mudança de cadeiras e que o tema principal foi o balanço do primeiro semestre e as ações necessárias para o governo aprovar as medidas de ajuste que estão faltando.
Destacou, ainda, que o governo está empenhado em criar condições na retomada do crescimento. Ele também afirmou nesta segunda-feira (20) que a posição do governo em relação à decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de romper com o Planalto, foi expressa na nota oficial divulgada na sexta-feira (17), destacando que era uma decisão pessoal, não do PMDB. "Foi uma decisão pessoal.
O PMDB não acompanha", disse, ao final de cerimônia de assinatura referente ao financiamento do projeto Amazônia-SAR, de um radar orbital para combater o desmatamento na Amazônia. A cerimônia ocorreu no Ministério da Defesa. Segundo Jaques Wagner, a posição de Cunha não muda o interesse do governo em aprovar matérias importantes para o governo e para o ajuste fiscal na Câmara e no Senado. "Vamos continuar trabalhando com a base de sustentação política para aprovar o que ainda é importante, depois do recesso.
Um pouco mais cedo, no Planalto, ele havia dito que "temos de saber ouvir críticas". Para o ministro da Defesa, "as coisas tendem para o leito natural após o recesso". O ministro lembrou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também fez críticas ao governo na sexta-feira, mas de forma diferente e se mantendo na base de sustentação. Otimista, Wagner disse que prefere acreditar na melhoria da relação com o Congresso. Jaques Wagner lembrou, ainda, que Cunha separou a posição pessoal da magistrado, que é obrigatória ao presidente da Câmara, e que além disso, depois moderou o discurso, dizendo que não tem pauta vingativa. "Caberá, então, a nós do governo, convencer a nossa base daquilo que é necessário fazer", declarou. Disse, ainda, que o governo que "calma para aprovar as medidas e governar".Fonte:Bahia Noticias
Jovem com HIV tem vírus sob controle sem remédios há 12 anos, diz médico
Uma jovem francesa de 18 anos, infectada pelo HIV durante a gravidez de sua mãe, está em remissão 12 anos após parar de se receber o tratamento antirretroviral, um caso inédito no mundo - segundo estudo publicado nesta segunda-feira (20). As informações são da AFP.
O caso mostra "que uma remissão prolongada após um tratamento precoce pode ser obtido numa criança infectada pelo HIV desde o nascimento", de acordo com a pesquisa francesa apresentada pelo médico Asier Saez-Cirion, do Instituto Pasteur de Paris, durante a 8ª Conferência sobre a Patogênese do HIV, em Vancouver, no Canadá.
A garota, que foi tratada até os 6 anos de idade, faz parte de um pequeno grupo que conseguiu remissão do vírus, pelo menos por algum tempo, depois de um tratamento com antirretrovirais. O caso da adolescente francesa é a remissão mais longa de que se tem conhecimento em uma criança, segundo informações da Reuters.
Casos anteriores
Em 2013, houve um caso de um bebê do estado americano do Mississippi que, depois de um tratamento agressivo contra o HIV, controlou a infecção por um período de 27 meses sem tratamento, antes de ela voltar.
A remissão duradoura também foi constatada em um grupo de 14 pacientes franceses conhecidos como o "estudo Visconti". Eles começaram o tratamento 10 semanas depois da infecção e permaneceram tomando as drogas por uma média de três anos.
Depois de interromper o tratamento, a maioria tinha um nível tão baixo do vírus em seu corpo que permaneceu indetectável por mais de sete anos.
Tratamento precoce
No caso da garota francesa, ela foi tratada inicialmente com uma droga destinada a prevenir que a infecção se instalasse.
Quando a droga foi retirada, seis semanas depois, a criança foi detectada com níveis altos do vírus. Ela, então, recebeu um coquetel de quatro drogas anti-HIV e permaneceu com esse tratamento por seis anos. Os médicos decidiram então não retomar o tratamento, e passaram a monitorá-la.
O médico Sáez-Cirión diz que ela não tem características genéticas associadas com indivíduos que naturalmente conseguem controlar o HIV. Ele atribui a remissão ao fato de ela ter recebido uma combinação de antirretrovirais logo depois da infecção. Para o especialista, o estudo demonstra os benefícios do tratamento precoce tanto para adultos quanto para crianças.
O caso mostra "que uma remissão prolongada após um tratamento precoce pode ser obtido numa criança infectada pelo HIV desde o nascimento", de acordo com a pesquisa francesa apresentada pelo médico Asier Saez-Cirion, do Instituto Pasteur de Paris, durante a 8ª Conferência sobre a Patogênese do HIV, em Vancouver, no Canadá.
A garota, que foi tratada até os 6 anos de idade, faz parte de um pequeno grupo que conseguiu remissão do vírus, pelo menos por algum tempo, depois de um tratamento com antirretrovirais. O caso da adolescente francesa é a remissão mais longa de que se tem conhecimento em uma criança, segundo informações da Reuters.
Casos anteriores
Em 2013, houve um caso de um bebê do estado americano do Mississippi que, depois de um tratamento agressivo contra o HIV, controlou a infecção por um período de 27 meses sem tratamento, antes de ela voltar.
A remissão duradoura também foi constatada em um grupo de 14 pacientes franceses conhecidos como o "estudo Visconti". Eles começaram o tratamento 10 semanas depois da infecção e permaneceram tomando as drogas por uma média de três anos.
Depois de interromper o tratamento, a maioria tinha um nível tão baixo do vírus em seu corpo que permaneceu indetectável por mais de sete anos.
Tratamento precoce
No caso da garota francesa, ela foi tratada inicialmente com uma droga destinada a prevenir que a infecção se instalasse.
Quando a droga foi retirada, seis semanas depois, a criança foi detectada com níveis altos do vírus. Ela, então, recebeu um coquetel de quatro drogas anti-HIV e permaneceu com esse tratamento por seis anos. Os médicos decidiram então não retomar o tratamento, e passaram a monitorá-la.
O médico Sáez-Cirión diz que ela não tem características genéticas associadas com indivíduos que naturalmente conseguem controlar o HIV. Ele atribui a remissão ao fato de ela ter recebido uma combinação de antirretrovirais logo depois da infecção. Para o especialista, o estudo demonstra os benefícios do tratamento precoce tanto para adultos quanto para crianças.
PF indicia Marcelo Odebrecht e mais 7 executivos
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta segunda-feira Marcelo Odebrecht, presidente da maior empreiteira do país que leva o nome de sua família, e mais sete executivos investigados pela Operação Lava Jato. Eles são suspeitos de praticar os crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de cartel, fraude a licitação e organização criminosa.
Foram indiciados os executivos: Rogério Santos de Araújo, Marcio Farias da Silva, Cesar Ramos Rocha, Celso Araripe de Oliveira, Eduardo de Oliveira Filho, João Antonio Bernardi Filho e Alexandrino Ramos de Alencar - este último afastou-se da empresa.
O delegado Eduardo Mauat também pediu a manutenção da prisão preventiva de cinco desses executivos, entre eles Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar. A PF usou contra Marcelo Odebrecht um depoimento em que o dono da empreiteira afirma que "continua confiando nos seus companheiros, ou seja, nos executivos que foram detidos, acreditando na presunção de inocência dos mesmos".
"Entendemos, que a partir dessa fala, no cotejo com os demais elementos carreados, Marcelo Odebrecht aderiu de forma inconteste às condutas imputadas aos demais investigados, considerando que delas detinha pleno conhecimento", afirma o delegado. "Além do caso especifico das sondas, o material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações."
E-mail - A PF afirma que Marcelo Odebrecht "não apenas tinha pleno conhecimento das irregularidades que envolviam o Grupo Odebrecht, como pretendia adotar uma postura de confronto com a Operação Lava Jato". O delegado analisou o conteúdo do bilhete manuscrito em que o dono da empreiteira determina a "destruição de e-mails", após ter sido preso. A PF contesta o argumento da Odebrecht, segundo quem não faria sentido mandar destruir provas já obtidas pelos investigadores. "Observamos que a destruição de e-mails relativos às sondas poderia ser aplicada à caixa de e-mails do mesmo titular, Roberto Prisco Ramos, cujos arquivos ainda não haviam sido entregues na data em que Marcelo Odebrecht teria dado a ordem aos seus advogados".
Segundo os investigadores, ficou provado que Rogério Araújo realizou transações financeiras em espécie para o Reginaldo Fipli (já morto) e que ele "comandava os depósitos" realizados pelo operador Bernardo Freiburghaus nas contas no exterior dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró, ambos já condenados em ações penais da Lava Jato.
Os policiais federais também concluíram que existem elementos que provam o "envolvimento de Alexandrino Alencar em relação ao contrato de nafta da Braskem". A empresa ganhou um aditivo contratual para vender o insumo petroquímico à Petrobras por meio do pagamento de propina a Paulo Roberto Costa e políticos do PP, como o ex-deputado José Janene e o ex-assessor João Cláudio Genú. Segundo Paulo Roberto Costa, a compra, mesmo desvantajosa, foi aprovada mediante o pagamento de propina em contas na Suíça, "na ordem de 3 a 5 milhões de dólares por ano, em média, o que teria ocorrido entre 2006 e 2012".
Vitória - A PF salienta que o grupo se utilizava sobretudo de operações no exterior para o pagamento de propina, de modo a dificultar o rastreamento do dinheiro, mas chama a atenção para irregularidades detectadas em obras da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo. Em acordo de delação premiada, o executivo da Camargo Corrêa Eduardo Leite, condenado nesta segunda a quinze anos e dez meses de prisão, detalhou irregularidades nas obras do centro administrativo da Petrobras em Vitória.
Leite afirmou à PF que solicitou ao Diretor de Óleo e Gás da construtora, Paulo Augusto Santos da Silva, uma auditoria a partir das irregularidades apontadas pela Lava Jato. Santos, então, apresentou ao executivo dois contratos firmados entre o consórcio OCCH, composto pelas empresas Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief, que teriam como finalidade o pagamento de propina a Celso Araripe, gerente local das obras. Um deles, no valor de 1,8 milhão de reais, teve como justificativa serviços de consultoria.
"Verifica-se, então, o recebimento de recursos significativos por funcionário da Petrobras e seus familiares, que teriam origem na SulBrasil, empresa contratada pelo consorcio OCCH, pairando também indícios de que nenhum serviço fora prestado pela terceirizada", diz a PF no relatório.Fonte:Veja
Foram indiciados os executivos: Rogério Santos de Araújo, Marcio Farias da Silva, Cesar Ramos Rocha, Celso Araripe de Oliveira, Eduardo de Oliveira Filho, João Antonio Bernardi Filho e Alexandrino Ramos de Alencar - este último afastou-se da empresa.
O delegado Eduardo Mauat também pediu a manutenção da prisão preventiva de cinco desses executivos, entre eles Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar. A PF usou contra Marcelo Odebrecht um depoimento em que o dono da empreiteira afirma que "continua confiando nos seus companheiros, ou seja, nos executivos que foram detidos, acreditando na presunção de inocência dos mesmos".
"Entendemos, que a partir dessa fala, no cotejo com os demais elementos carreados, Marcelo Odebrecht aderiu de forma inconteste às condutas imputadas aos demais investigados, considerando que delas detinha pleno conhecimento", afirma o delegado. "Além do caso especifico das sondas, o material trazido aos autos aponta para o seu conhecimento e participação direta nas condutas atribuídas aos demais investigados, tendo buscado, segundo se depreende, obstaculizar as investigações."
E-mail - A PF afirma que Marcelo Odebrecht "não apenas tinha pleno conhecimento das irregularidades que envolviam o Grupo Odebrecht, como pretendia adotar uma postura de confronto com a Operação Lava Jato". O delegado analisou o conteúdo do bilhete manuscrito em que o dono da empreiteira determina a "destruição de e-mails", após ter sido preso. A PF contesta o argumento da Odebrecht, segundo quem não faria sentido mandar destruir provas já obtidas pelos investigadores. "Observamos que a destruição de e-mails relativos às sondas poderia ser aplicada à caixa de e-mails do mesmo titular, Roberto Prisco Ramos, cujos arquivos ainda não haviam sido entregues na data em que Marcelo Odebrecht teria dado a ordem aos seus advogados".
Segundo os investigadores, ficou provado que Rogério Araújo realizou transações financeiras em espécie para o Reginaldo Fipli (já morto) e que ele "comandava os depósitos" realizados pelo operador Bernardo Freiburghaus nas contas no exterior dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró, ambos já condenados em ações penais da Lava Jato.
Os policiais federais também concluíram que existem elementos que provam o "envolvimento de Alexandrino Alencar em relação ao contrato de nafta da Braskem". A empresa ganhou um aditivo contratual para vender o insumo petroquímico à Petrobras por meio do pagamento de propina a Paulo Roberto Costa e políticos do PP, como o ex-deputado José Janene e o ex-assessor João Cláudio Genú. Segundo Paulo Roberto Costa, a compra, mesmo desvantajosa, foi aprovada mediante o pagamento de propina em contas na Suíça, "na ordem de 3 a 5 milhões de dólares por ano, em média, o que teria ocorrido entre 2006 e 2012".
Vitória - A PF salienta que o grupo se utilizava sobretudo de operações no exterior para o pagamento de propina, de modo a dificultar o rastreamento do dinheiro, mas chama a atenção para irregularidades detectadas em obras da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo. Em acordo de delação premiada, o executivo da Camargo Corrêa Eduardo Leite, condenado nesta segunda a quinze anos e dez meses de prisão, detalhou irregularidades nas obras do centro administrativo da Petrobras em Vitória.
Leite afirmou à PF que solicitou ao Diretor de Óleo e Gás da construtora, Paulo Augusto Santos da Silva, uma auditoria a partir das irregularidades apontadas pela Lava Jato. Santos, então, apresentou ao executivo dois contratos firmados entre o consórcio OCCH, composto pelas empresas Odebrecht, Camargo Corrêa e Hochtief, que teriam como finalidade o pagamento de propina a Celso Araripe, gerente local das obras. Um deles, no valor de 1,8 milhão de reais, teve como justificativa serviços de consultoria.
"Verifica-se, então, o recebimento de recursos significativos por funcionário da Petrobras e seus familiares, que teriam origem na SulBrasil, empresa contratada pelo consorcio OCCH, pairando também indícios de que nenhum serviço fora prestado pela terceirizada", diz a PF no relatório.Fonte:Veja
Tasso Franco:Serrinha...Que tristeza! Quanta desolação e abandono!
As pessoas de minha geração dos anos 1940/1960 e de gerações anteriores, no final do século XIX e que viveram em Serrinha entre 1880/1940 têm (ou tiveram) uma ligação muito fote com o trem da Leste.
Hoje, aos novos, parece irrelevanta falar nessas recordações da história, mas a chegada da São Francisco Railway Company, em 18 de novembro de 1880, foi o fato mais relevante da história de Serrinha.
Imaginem vocês o que representou a instalação de um sistema ferroviário numa vila (o Arraial da Freguesia de Serrinha passou a ser Vila de Serrinha em 13 de junho de 1876, quando é criado o município desmembrando-se de Irará) e apenas 50 anos depois de instalada a primeira ferrovia na Europa, a Stockton & Darlington Railway, na Inglaterra, e os reflexos dessa inovação.
Até então eram poucos (pouquíssimos) os cidadãos serrinhenses que se deslocavam até Salvador, a capital da Província da Bahia, e os que faziam essa aventura se utilizavam de uma tropa de burros indo até Cachoeirae daí de vapor via Iguape até a capital. Ou seguiam pela rota inicial dos primeiros desbravadores nas trilhas de Água Fria até Alagoinhas (o trem chegou em Alagoinhas em 1863) ou seguindo de burro via Catu até a captital.
O Arraial e depois a Vila de Serrinha, nos seus primórdios, eram abastecidas pelos tropeiros - com medicamentos, querozene, tecidos, objetos de toucador, calçados, etc. Serrinha vivia isolada do mundo. A idade média de vida era 50 anos. Muita gente morria de parto e doenças mais comuns. Até uma penicilina, antibiótico mais popular da época, era uma raridade.
Quem mudou todo esse cenário foi o trem - a 'Chemin de Fer' (alguns gostavam de falar francês nessa época) a popular Leste. A Vila de Serrinha se equiparava a Londres, a Chicago e a outras localidades mundiais nesse aspecto.
O trem trouxe a engenharia, a medicina, a advocacia, a organização sindical, o PCB, a hotelaria, encurtou a distância para Salvador em apenas 6 horas, instalou uma comunicação instantânea via telégrafo, mudou o comportamento das pessoas, do comércio, da indústria nascente do algodão e do tabaco. Ou seja, mudou tudo.
Foi, de fato, uma revolução sem precedentes na história da localidade. Ser ferroviário significava um novo tipo de trabalhador, qualificado, e o trem trouxe o direito e o jornalismo da capital, a tecnologia, a literatura, e os viajantes modernos 'sepultaram' os tropeiros e seus burros.
O trem era fascinante. O apito, o movimento de pessoas nas gares, o restaurante, o bar, o sino, a sala de embarque, os passageiros engravatados, os ferroviários com quepes, os trolleres, a caixa d'água, a oficina, uma maravilha. Estávamos em Nova York, vivíamos como em Londres. Ouvia-se piano e dançava-se valsas e polcas.
Centenas, milhares de vezes fomos ver o trem. Era também uma atração para a garotada e para os adultos. A fofoca chegou em Serrinha com o trem. Quando chegava um homem bonito, engravatado, todo mundo falava. Quando tinha um baile no Hotel da Leste a vila e depois a cidade se engalanavam toda. Havia o 'sereno' das pessoas que não podiam entrar no baile, mas ficavam de fora assistindo.
Rui Barbosa chegou para fazer a campanha civilista no inicio do século XX de trem. Foi um acontecimento memorável. O "Águia de Haia" em Serrinha. Os outros municípios próximos ficavam com uma inveja enorme.
Serrinha deu um salto civilizatório. Muitas familias passaram a mandar seus filhos para estudar em Salvador. Daí surgiram os primeiros farmacêuticos e médicos, engenheiros e assim por diante.
Eu fiz minha primeira viagem a Salvador - salvo melhor juizo - nos anos 1957/58 depois que passei no admissão e entrei no ginásio que, a essa época se chamava Ginásio Estadual de Serrinha. Meu pai (Bráulio Franco) tinha uma tipografia e livraria e comprava produtos numa importadora alemã que ficava no Comércio, a Westfallen. Os gringos vendiam papel em resma, tipos em chumbo, máquinas impressoras, calandras, etc.
E lá fomos nós no 'Pirulito' que passava em Serrinha vindo de Juazeiro por volta da meia noite. A estação era um burburinho de gente. Senhoras vendiam galinha assada e outros petiscos na balaustrada.
Lembro que 'meu velho' disse: - Quando o trem partir se segure.
Colei nas pernas dele e lá fomos nós. Quando o trem deu o apito de partida após o toque do sino meu coração partiu junto. Batia mais que a locomotiva movida a lenha e vapor.
Não se enxergava nada e lá ia o trem se movendo e a gente escutando as batidas das rodas de ferros nos dormentes e trilhos pá-pá-pá-pá. Sensação indescritível.
Creio que meu coração só dimuniu o batuque quando chegamos a Estação São Francisco, em Alagoinhas. Estava zonzo de sono. Aí já estávamos sentados e quando me dei conta o trem havia chegado em Salvador, na Estação da Calçada. O dia estava amanhecendo.
Daí pegamos um táxi Chevrolet preto e fomos até a Pensão de Sêo Lisboa que ficava na Rua Barão de Cotegipe, uma segunda casa dos serrinhenses na capital.
Foi na sala da Pensão de Sêo Liboa - quem comandava a pensão, de fato, era dona Neném, sua esposa, pois, Lisboa gostava de tomar umas e outras - que vi pela primeira vez o mar. Meu coração voltou a batucar tão forte que quase desmaio. O que era aquilo à minha frente! Aquele mundo de água e os navios à vista dos meus olhos. O queixo caiu.
Fiquei minutos na frente daquela janela vendo o mar. Em 1965, já morando em Salvador, vivi uma temporada na pensão de Sêo Lisboa, como hóspede anual cursando o científico no Colégio João Florêncio, na Ribeira.
No mesmo dia, fomos ao Comércio fazer as compas da tipografia e depois meu pai me levou para conhecer o Elevador Lacerda. Nossa! Nunca tinha passado tanta emoção num mesmo dia.
De volta a Serrinha, no mesmo trem, tinha muita história para contar em casa e aos amigos.
Nessa época,Serrinha já era cortada pela Transnordestina uma estrada que saía de Feira e seguia pelo Matão passando pelo campo de aviação e por dentro da cidade. Mas, pouca gente ia a Salvador de carro. Somente a partir dos anos 1960, com o modelo rodoviário 'andreazista' e a implantação da BR-116 Norte foi que a cidade ganhou sua primeira linha regular de ônibus. Mas, essa é outra história.
Na semana do São João estive na antiga Estação da Leste. Que tristeza! Quanta desolação e abandono!
Com o novo modelo implantado pelo governo federal o chamado PIL (Programa de Investimentos em Logistica) 'matou-se' a linha Aratu-Juazeiro até mesmo para cargas. Na década de 1960 já havia 'morrido' o transporte de passageiros. Agora, o novo PIL sequer fala do trem da Serrinha.
A minha visita a Estação foi como se tivesse entrado num cemitério. Tudo 'morto'. Velhas locomotivas enferrujando-se ao tempo, a oficina lacrada com tipojos, a gare vazia, os salões de passageiros tamponados com tijolos, letreiros caidos, lustres enferrujando-se, uma tristeza.
Só faltei levar um ramalhete de flores para colocar na sepultura da Leste. Percorri duas vezes de ponta-a-ponta com as lágrimas nos olhos lembrando-me daquele apito da primeira viagem. Fonte:Bahiajá
Repasses de US$ 14 mi são usados para sustentar delação que envolve Cunha
Investigadores da Polícia Federal têm como um dos pontos de partida para tentar comprovar o recebimento de US$ 5 milhões em propina pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um total de 35 operações financeiras feitas pelo lobista Julio Camargo, delator da Operação Lava Jato, com o operador do PMDB Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, entre 2006 e 2007. As movimentações somam US$ 14 milhões. Os investigadores montaram uma tabela com base em informações e documentos fornecidos desde o ano passado por Camargo.
Ela mostra as contas de 16 empresas offshores que eram indicadas por Baiano para receber sua parte da propina dos US$ 40 milhões por dois contratos da Petrobras para fornecimento de navios-sonda para exploração de petróleo, assinados na gestão do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró. O rastreamento de contas secretas dos dois investigados é fundamental para a comprovação da delação de Camargo. "Por volta de julho de 2006 os denunciados Fernando Soares (Fernando Baiano) e Nestor Cerveró, este diretor da área Internacional da Petrobras na época, em conluio e com unidade de desígnios, cientes da ilicitude de suas condutas, em razão da função exercida por este último, solicitaram, aceitaram promessa e receberam, para si e para outrem, direta e indiretamente, vantagem indevida", registra a denúncia da força-tarefa da Lava Jato que embasou a abertura da ação penal contra Camargo, Cerveró e Baiano, entre outros, por corrupção e lavagem de dinheiro.
A propina viria de dois contratos: a construção do navio-sonda Petrobras 10000, para perfuração de águas profundas na África, e outro do projeto do navio-sonda Vitória 1000, para exploração de petróleo no Golfo do México. Na quinta-feira, 16, Camargo revelou pela primeira vez nos autos da Lava Jato que, em 2011, uma parcela final de US$ 10 milhões deixou de ser paga pela Samsung, gerando uma cobrança inicialmente feita por Baiano, em nome de Cunha, e depois pelo próprio deputado, em encontro que teria ocorrido em um prédio comercial do Rio. Para a Lava Jato, a cobrança feita em 2011 indica que, desde o início do esquema fechado por Cerveró e Baiano com o estaleiro, Cunha tinha valores a receber do esquema.
Ela mostra as contas de 16 empresas offshores que eram indicadas por Baiano para receber sua parte da propina dos US$ 40 milhões por dois contratos da Petrobras para fornecimento de navios-sonda para exploração de petróleo, assinados na gestão do ex-diretor da estatal Nestor Cerveró. O rastreamento de contas secretas dos dois investigados é fundamental para a comprovação da delação de Camargo. "Por volta de julho de 2006 os denunciados Fernando Soares (Fernando Baiano) e Nestor Cerveró, este diretor da área Internacional da Petrobras na época, em conluio e com unidade de desígnios, cientes da ilicitude de suas condutas, em razão da função exercida por este último, solicitaram, aceitaram promessa e receberam, para si e para outrem, direta e indiretamente, vantagem indevida", registra a denúncia da força-tarefa da Lava Jato que embasou a abertura da ação penal contra Camargo, Cerveró e Baiano, entre outros, por corrupção e lavagem de dinheiro.
A propina viria de dois contratos: a construção do navio-sonda Petrobras 10000, para perfuração de águas profundas na África, e outro do projeto do navio-sonda Vitória 1000, para exploração de petróleo no Golfo do México. Na quinta-feira, 16, Camargo revelou pela primeira vez nos autos da Lava Jato que, em 2011, uma parcela final de US$ 10 milhões deixou de ser paga pela Samsung, gerando uma cobrança inicialmente feita por Baiano, em nome de Cunha, e depois pelo próprio deputado, em encontro que teria ocorrido em um prédio comercial do Rio. Para a Lava Jato, a cobrança feita em 2011 indica que, desde o início do esquema fechado por Cerveró e Baiano com o estaleiro, Cunha tinha valores a receber do esquema.
ESPN e Fox batem Esporte Interativo e levam os direitos do Campeonato Espanhol
A dobradinha entre ESPN e Fox Sports na compra dos direitos de transmissão do Campeonato Espanhol vai pagar 50 milhões de dólares por ano pelas próximas cinco temporadas do torneio que tem Messi, Neymar, Suárez e Cristiano Ronaldo. Venceu uma disputa contra o Esporte Interativo, hoje um canal da Turner.
O valor desembolsado pelos dois canais é mais que o triplo dos 15 milhões de dólares anuais pagos por ESPN e Sky Sports até a última temporada. Além disso, a quantia também é maior que o investimento feito pelo Esporte Interativo para tirar da ESPN a UEFA Champions League.
ESPN e Fox também dividirão a transmissão do Campeonato Alemão pelos próximos três anos.
Por Lauro Jardim
O valor desembolsado pelos dois canais é mais que o triplo dos 15 milhões de dólares anuais pagos por ESPN e Sky Sports até a última temporada. Além disso, a quantia também é maior que o investimento feito pelo Esporte Interativo para tirar da ESPN a UEFA Champions League.
ESPN e Fox também dividirão a transmissão do Campeonato Alemão pelos próximos três anos.
Por Lauro Jardim
domingo, 19 de julho de 2015
Berg Borges:"Nossa sociedade vive em estado de alarde, sensacionalismo, ajudado por muitos difusores da desgraça alheia"
Vamos falar um pouco mais sobre coisas que inquietam-me (nos?). Falarei de pessoas. Não quaisquer pessoas, mas daquelas que são constantemente relegadas por estarem na condição de necessitadas de ajuda: Os dependentes químicos, popularmente alcunhados de noia, bicho, drogado, entre outros termos depreciativos de quem realmente pensa que as tragédias só acontecem com os outros.
Nossa sociedade vive em estado de alarde, sensacionalismo, ajudado por muitos difusores da desgraça alheia ;escondidos nas cortinas do desamor pregam a impiedade, alardeando aos quatro cantos que o ser que dominado pelos efeitos da dependência química é tido um não-ser ( se é que podemos conceber um não-ser).
Que dramas vivem os aprisionados em sua própria condição de dominados pela vontade incontrolável de saciar o desejo pela droga e, ao mesmo tempo, pressionados pela razão ou pelo instinto na busca da chamada libertação das amarras que teimam em impedi-los de viverem dignamente?
Dramas, tragédias, dores, desespero, raiva, ódio, revolta, lágrimas todas estas palavras se concretizam no mundo do dependente.
Quem quer um mundo desses para si? Acreditamos que ninguém ficaria confortável em num ambiente penoso cujas bases de convivência fossem construídas a partir de situações que potencializassem tanta dor e sofrimento.
Temos feito muito pouco no sentido de reconhecer que as pessoas são antes de qualquer coisa gente, não são gado. Gado a gente marca, tange, engorda e mata. Mas com gente é diferente.
Gente! Somos todos gente. Defeituosa gente. Aprendentes das coisas da vida, todas elas. Incontáveis por sinal.
Mas difícil é a razão aceitar que o olhar é para o ser humano, não importando-nos as miudezas, características pertinentes ao ser vivo.
As vicissitudes podem chegar a qualquer um. Hoje estamos plenos, donos de nossa condição de seres autônomos; amanhã poderá ser diferente. Pode ocorrer que o que jamais passaria por sua cabeça, a loucura por exemplo, se concretize trazendo-lhe, de fato, novas realidades, alterando todo um sentido dado anteriormente à vida.
Que temos feito para melhorarmos o trato com o outro que agora se faz necessitado que o reconheçamos como gente, gente ferida no corpo, na alma e no coração?
Fica a qui o convite à reflexão para as situações que estão nos deixando tratar as pessoas como gado e fazendo nos esquecer de que somos todos iguais na essência.
Fé e paz. Por: Bergborges.
Com Lula, Dilma fará viagens pelo Nordeste para recuperar popularidade, diz coluna
Para recuperar a popularidade em queda, a presidente Dilma Rousseff percorrerá estados o Nordeste nas próximas semanas, segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo. Na última pesquisa Ibope, divulgada no dia 1º de julho, a petista tinha apenas 9% de aprovação e 68% de rejeição. Ainda de acordo com a coluna, um auxiliar da presidente afirmou que o “road show” será feito “em ritmo de campanha”, turbinado com a divulgação de programas do governo. A ação, que ainda não tem data marcada para começar, será associada a viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela região. A Bahia, o Ceará e o Piauí, todos governados pelo PT, devem encabeçar o trajeto de Dilma.
Morre, aos 80 anos, pai do governador Rui Costa
Morreu, na tarde deste domingo (19), o pai do governador Rui Costa. Clovis dos Santos - pai do governador - era metalúrgico e sempre foi citado pelo filho como um exemplo de vida. Ele tinha 80 anos.
'Dilma não é vítima de coisa alguma'
Em março de 2004, o historiador Boris Fausto analisou em entrevista a VEJA os desdobramentos do caso Waldomiro Diniz, primeiro de uma escalada de escândalos com que o país lamentavelmente acostumou-se a conviver desde que o Partido dos Trabalhadores chegou à Presidência da República.
Na época, porém, os brasileiros não imaginavam que os corredores do Planalto escondiam muito mais do que um assessor corrupto, mas um megaesquema de compra de votos de parlamentares - o mensalão, só seria descoberto um ano mais tarde. Ainda assim, o autor de estudos clássicos como Revolução de 30 e Crime e Cotidiano já alertava para o "risco de desmoralização do partido mais sólido do Brasil" - e para os efeitos disso no campo das ações sociais, bandeira histórica da legenda. Onze anos e dezenas de escândalos depois, Fausto analisa, em conversa com o site de VEJA, os efeitos da crise que parece sem volta na qual o governo Dilma Rousseff mergulhou.
Ao analisar como os anos de governo do PT devem entrar para a história, Fausto afirma que os estragos provocados pela corrupção são graves o suficiente para ofuscar os resultados das ações sociais. "O que vai prevalecer no futuro: os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos associados ao PT?", diz. Leia a entrevista ao site de VEJA.
Quão grave é a crise que o governo atravessa hoje? Há semelhanças entre essa e as que culminaram nas quedas de Jango e Collor? São situações bem diferentes. O que elas têm em comum é a gravidade. As duas primeiras, de formas diversas, acabaram resultando na queda dos presidentes.
Ainda não temos elementos suficientes para saber como esta vai terminar. Mas o fato de a presidente Dilma Rousseff ter concedido uma entrevista na qual diz que não vai cair revela uma situação em que ela e o Executivo estão, para usar uma linguagem do boxe, contra as cordas.
Diante das críticas, a presidente recorre com frequência a analogias sobre o período em que foi torturada pelo regime militar. O que isso representa para a imagem dela? Em relação àquela época, pode-se até discordar da forma de luta armada contra o regime, mas essa é uma circunstância absorvida pelo tempo. O que prevalece é que ela e milhares de brasileiros tiveram uma atitude corajosa de enfrentar dessa ou daquela maneira a ditadura. Mas a utilização desse passado como tentativa de valorizar ou reforçar a imagem da presidente hoje é um problema. Isso porque a situação é completamente outra. Dilma não é, atualmente, vítima de coisa alguma. Quando torturada nos porões da ditadura, sim. Hoje ela apenas é responsabilizada por comportamentos e decisões, para dizer o mínimo e ser bem leniente, muito discutíveis. É outra situação. E isso é uma demonstração de fraqueza muito grande - inclusive, o reconhecimento da gravidade da situação em que ela se encontra. Um presidente que vem a público pra afirmar "eu não vou cair" é porque está na corda bamba.
Há de fato chance de Dilma não terminar o mandato? Falta tanto tempo e a crise é tão grave que chance há. Essa história do impeachment vai depender de muitas coisas. É uma espécie de onda que vai e vem. Essa onda é muito rápida: com frequência parece que chegamos a um paroxismo, que não vai haver saída, e depois há certo arrefecimento. Mas há muito mandato e há muita acusação por ai...
Nesse cenário, qual o papel da oposição? O próprio PSDB não se entende sobre essa questão...O PSDB se modificou muito internamente, não do ponto de vista de quem o apoia, já que ele sempre foi um partido de classe média. O que acontece é que o partido tinha uma posição razoavelmente clara em outra época, em outro período. Tinha figuras politicas representativas, como Mário Covas, Franco Montoro, e figuras relativamente mais novas, como Fernando Henrique Cardozo. Mas a falta de homogeneidade interna se acentuou ao longo dos anos. O partido não soube ficar na oposição e, agora, quando teria todas as condições de captar o descontentamento popular, é um partido que as pessoas vêm com muitas restrições. Não é possível ser entusiasta do PSDB.
Falta coerência ao partido? Claro. Tome-se a votação que derrubou o fator previdenciário como um exemplo de oportunismo. Entre ser coerente com o que fez no passado ou atacar o PT, preferiu-se a segunda opção. Quando você prefere uma circunstância oportunista de ataque, é muito desmoralizante.
Aécio Neves teve mais de 50 milhões de votos no ano passado e saiu do pleito como nome forte para liderar a oposição. Ele conseguiu fazê-lo ou o país ainda carece dessa liderança? Não o fez e não sei se vai conseguir. As pessoas têm limites. Não é uma questão de culpa, é uma questão de aptidão. Eu o acho melhor que os outros, inclusive votei nele, mas sua capacidade de liderar é limitada por uma série de fatores, pessoais inclusive. Não tem uma postura de quem está se forjando como líder, vai entusiasmar e ditar rumos. Isso é difícil, depende de muito talento.
Ao término de sua mesa na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o senhor foi bastante aplaudido quando criticou tanto governo quanto oposição. O brasileiro está descrente da classe política? Sim. Existe sim uma descrença em relação aos políticos e instituições: o Congresso Nacional em primeiro lugar, mas hoje também o Executivo. O Congresso esgotou, pelo menos nessa conjuntura, a capacidade de representação da cidadania. Já o Executivo entrou em crise com uma série enorme de acusações, como nunca se viu na história deste país. Salva-se o Judiciário, que tem avançado. Salvam-se órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Mas isso tudo se dá num clima de muita desesperança porque, no fundo, os órgãos especificamente políticos entraram em crise.
Embora essa crise atinja também o Congresso, é ele quem tem ditado a agenda política nacional. Nosso Parlamento evoluiu ao longo dos anos? O Congresso ganhou uma relevância, nesse momento, que não tinha quando o Executivo estava forte. Quando a presidente ou o presidente, no caso do Lula, era forte, o Congresso tinha uma posição de quase subordinação em relação ao Executivo. Isso acabou por força do desprestigio, da fraqueza do Executivo. Mas não acredito que do ponto de vista da legitimidade, dos senadores e deputados realmente representarem a cidadania, as coisas tenham mudado muito. Já me chamaram em certa ocasião de saudosista quando eu disse o que vou dizer, mas não é uma questão de saudosismo, trata-se de uma constatação. O Parlamento no período democrático que começou em 1945 e findou com o golpe de 1964 era muito mais representativo, tinha muito mais qualidade. Os partidos tinham mais significado ideológico, tinham mais significação, enfim, tudo considerado, aquele parlamento era melhor do que esse.
O senhor se lembra em algum momento na história de algum presidente da Câmara como Eduardo Cunha? Não. Eduardo Cunha é sui generis. Ele conhece bem o regimento, brinca com ele, faz manobras heterodoxas. Ele está aparecendo com destaque nesse momento, mas o percurso político que vai seguir é difícil de prever. É bom lembrar que ele está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal, o que não é confortável...
O Brasil vive hoje uma onda conservadora? Claramente. Em terrenos como a questão do aborto, do casamento gay e da separação de Igreja e Estado, que vem sendo arranhada com muita frequência, o retrocesso é evidente. Não que o país já não fosse conservador, mas isso está se acentuando. Esse quadro tem muito a ver com o avanço das denominações religiosas evangélicas e da criação de uma bancada evangélica bastante forte, além da característica geral do Congresso que foi eleito em 2014.
O ambiente político hoje permitiria ao país enfrentar um processo de impeachment sem risco à consolidação da democracia? Nesse momento, a não ser que decisões do TCU e do TSE agravem muito mais a situação e o Congresso se mova a reprovar contas, eu não creio, apesar de toda essa gravidade, que estejamos caminhando para um impeachment. Mas esse é um processo previsto em lei. Se houver fundamento, ele terá legitimidade. É, contudo, uma operação traumática, difícil. Será um momento delicado, como é delicada a atual situação. É difícil saber como o país se comportaria. Se a situação se arrastar ao longo do próximo ano e, eventualmente, houver impeachment, quem ganha com isso é o Lula.
De que maneira? Se isso acontecer - e estou falando como hipótese -, haverá protestos e o PT se utilizará do discurso, como já vem fazendo, de que houve golpe e a presidente foi vítima de uma conspiração da direita. Mas com o passar do tempo, o cenário ficará mais favorável ao Lula. Seria possível separar com mais facilidade as figuras dele e de Dilma, sobretudo pelo reforço da ideia de que os tempos do ex-presidente eram outros, sem crise na economia, por exemplo. Hoje Lula está numa posição difícil, e se fossem convocadas eleições neste ano é muito duvidoso que ele conseguisse reverter a situação negativa, o "volume morto", em que se encontra. A hipótese mais provável em caso de impeachment, contudo, é a de que o vice-presidente Michel Temer assuma o Planalto até 2018. Dessa forma, o quadro pode pender para uma virada em que o Lula volte a aparecer como figura muito forte. A longo prazo, a constatação de que Dilma sucumbiu aos próprios erros podem descolar sua imagem da de Lula. A queda da criatura ajuda o criador. Mas é preciso dar tempo ao tempo.
Como esses mais de dez anos de governo do PT serão lembrados? A imagem das gerações futuras é dada pela transmissão de conhecimento. Portanto, precisamos nos perguntar se o que vai prevalecer são os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos, como nunca houve na história deste país, associados ao PT. Não se deve negar os ganhos no terreno social, mas é preciso dizer que os males causados pelo partido nas instituições, na decência administrativa, são de tal ordem que indicam uma apreciação negativa desses anos no futuro.
E Dilma, a primeira mulher na Presidência da República, como entrará para a história? Sou muito a favor do ingresso das mulheres na politica, mas a essa altura isso não tem muita importância. O que prevalece é que o Lula inventou uma pessoa que evidentemente está aquém da capacidade de governar o país.
Na época, porém, os brasileiros não imaginavam que os corredores do Planalto escondiam muito mais do que um assessor corrupto, mas um megaesquema de compra de votos de parlamentares - o mensalão, só seria descoberto um ano mais tarde. Ainda assim, o autor de estudos clássicos como Revolução de 30 e Crime e Cotidiano já alertava para o "risco de desmoralização do partido mais sólido do Brasil" - e para os efeitos disso no campo das ações sociais, bandeira histórica da legenda. Onze anos e dezenas de escândalos depois, Fausto analisa, em conversa com o site de VEJA, os efeitos da crise que parece sem volta na qual o governo Dilma Rousseff mergulhou.
Ao analisar como os anos de governo do PT devem entrar para a história, Fausto afirma que os estragos provocados pela corrupção são graves o suficiente para ofuscar os resultados das ações sociais. "O que vai prevalecer no futuro: os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos associados ao PT?", diz. Leia a entrevista ao site de VEJA.
Quão grave é a crise que o governo atravessa hoje? Há semelhanças entre essa e as que culminaram nas quedas de Jango e Collor? São situações bem diferentes. O que elas têm em comum é a gravidade. As duas primeiras, de formas diversas, acabaram resultando na queda dos presidentes.
Ainda não temos elementos suficientes para saber como esta vai terminar. Mas o fato de a presidente Dilma Rousseff ter concedido uma entrevista na qual diz que não vai cair revela uma situação em que ela e o Executivo estão, para usar uma linguagem do boxe, contra as cordas.
Diante das críticas, a presidente recorre com frequência a analogias sobre o período em que foi torturada pelo regime militar. O que isso representa para a imagem dela? Em relação àquela época, pode-se até discordar da forma de luta armada contra o regime, mas essa é uma circunstância absorvida pelo tempo. O que prevalece é que ela e milhares de brasileiros tiveram uma atitude corajosa de enfrentar dessa ou daquela maneira a ditadura. Mas a utilização desse passado como tentativa de valorizar ou reforçar a imagem da presidente hoje é um problema. Isso porque a situação é completamente outra. Dilma não é, atualmente, vítima de coisa alguma. Quando torturada nos porões da ditadura, sim. Hoje ela apenas é responsabilizada por comportamentos e decisões, para dizer o mínimo e ser bem leniente, muito discutíveis. É outra situação. E isso é uma demonstração de fraqueza muito grande - inclusive, o reconhecimento da gravidade da situação em que ela se encontra. Um presidente que vem a público pra afirmar "eu não vou cair" é porque está na corda bamba.
Há de fato chance de Dilma não terminar o mandato? Falta tanto tempo e a crise é tão grave que chance há. Essa história do impeachment vai depender de muitas coisas. É uma espécie de onda que vai e vem. Essa onda é muito rápida: com frequência parece que chegamos a um paroxismo, que não vai haver saída, e depois há certo arrefecimento. Mas há muito mandato e há muita acusação por ai...
Nesse cenário, qual o papel da oposição? O próprio PSDB não se entende sobre essa questão...O PSDB se modificou muito internamente, não do ponto de vista de quem o apoia, já que ele sempre foi um partido de classe média. O que acontece é que o partido tinha uma posição razoavelmente clara em outra época, em outro período. Tinha figuras politicas representativas, como Mário Covas, Franco Montoro, e figuras relativamente mais novas, como Fernando Henrique Cardozo. Mas a falta de homogeneidade interna se acentuou ao longo dos anos. O partido não soube ficar na oposição e, agora, quando teria todas as condições de captar o descontentamento popular, é um partido que as pessoas vêm com muitas restrições. Não é possível ser entusiasta do PSDB.
Falta coerência ao partido? Claro. Tome-se a votação que derrubou o fator previdenciário como um exemplo de oportunismo. Entre ser coerente com o que fez no passado ou atacar o PT, preferiu-se a segunda opção. Quando você prefere uma circunstância oportunista de ataque, é muito desmoralizante.
Aécio Neves teve mais de 50 milhões de votos no ano passado e saiu do pleito como nome forte para liderar a oposição. Ele conseguiu fazê-lo ou o país ainda carece dessa liderança? Não o fez e não sei se vai conseguir. As pessoas têm limites. Não é uma questão de culpa, é uma questão de aptidão. Eu o acho melhor que os outros, inclusive votei nele, mas sua capacidade de liderar é limitada por uma série de fatores, pessoais inclusive. Não tem uma postura de quem está se forjando como líder, vai entusiasmar e ditar rumos. Isso é difícil, depende de muito talento.
Ao término de sua mesa na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o senhor foi bastante aplaudido quando criticou tanto governo quanto oposição. O brasileiro está descrente da classe política? Sim. Existe sim uma descrença em relação aos políticos e instituições: o Congresso Nacional em primeiro lugar, mas hoje também o Executivo. O Congresso esgotou, pelo menos nessa conjuntura, a capacidade de representação da cidadania. Já o Executivo entrou em crise com uma série enorme de acusações, como nunca se viu na história deste país. Salva-se o Judiciário, que tem avançado. Salvam-se órgãos como o Ministério Público e a Polícia Federal. Mas isso tudo se dá num clima de muita desesperança porque, no fundo, os órgãos especificamente políticos entraram em crise.
Embora essa crise atinja também o Congresso, é ele quem tem ditado a agenda política nacional. Nosso Parlamento evoluiu ao longo dos anos? O Congresso ganhou uma relevância, nesse momento, que não tinha quando o Executivo estava forte. Quando a presidente ou o presidente, no caso do Lula, era forte, o Congresso tinha uma posição de quase subordinação em relação ao Executivo. Isso acabou por força do desprestigio, da fraqueza do Executivo. Mas não acredito que do ponto de vista da legitimidade, dos senadores e deputados realmente representarem a cidadania, as coisas tenham mudado muito. Já me chamaram em certa ocasião de saudosista quando eu disse o que vou dizer, mas não é uma questão de saudosismo, trata-se de uma constatação. O Parlamento no período democrático que começou em 1945 e findou com o golpe de 1964 era muito mais representativo, tinha muito mais qualidade. Os partidos tinham mais significado ideológico, tinham mais significação, enfim, tudo considerado, aquele parlamento era melhor do que esse.
O senhor se lembra em algum momento na história de algum presidente da Câmara como Eduardo Cunha? Não. Eduardo Cunha é sui generis. Ele conhece bem o regimento, brinca com ele, faz manobras heterodoxas. Ele está aparecendo com destaque nesse momento, mas o percurso político que vai seguir é difícil de prever. É bom lembrar que ele está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal, o que não é confortável...
O Brasil vive hoje uma onda conservadora? Claramente. Em terrenos como a questão do aborto, do casamento gay e da separação de Igreja e Estado, que vem sendo arranhada com muita frequência, o retrocesso é evidente. Não que o país já não fosse conservador, mas isso está se acentuando. Esse quadro tem muito a ver com o avanço das denominações religiosas evangélicas e da criação de uma bancada evangélica bastante forte, além da característica geral do Congresso que foi eleito em 2014.
O ambiente político hoje permitiria ao país enfrentar um processo de impeachment sem risco à consolidação da democracia? Nesse momento, a não ser que decisões do TCU e do TSE agravem muito mais a situação e o Congresso se mova a reprovar contas, eu não creio, apesar de toda essa gravidade, que estejamos caminhando para um impeachment. Mas esse é um processo previsto em lei. Se houver fundamento, ele terá legitimidade. É, contudo, uma operação traumática, difícil. Será um momento delicado, como é delicada a atual situação. É difícil saber como o país se comportaria. Se a situação se arrastar ao longo do próximo ano e, eventualmente, houver impeachment, quem ganha com isso é o Lula.
De que maneira? Se isso acontecer - e estou falando como hipótese -, haverá protestos e o PT se utilizará do discurso, como já vem fazendo, de que houve golpe e a presidente foi vítima de uma conspiração da direita. Mas com o passar do tempo, o cenário ficará mais favorável ao Lula. Seria possível separar com mais facilidade as figuras dele e de Dilma, sobretudo pelo reforço da ideia de que os tempos do ex-presidente eram outros, sem crise na economia, por exemplo. Hoje Lula está numa posição difícil, e se fossem convocadas eleições neste ano é muito duvidoso que ele conseguisse reverter a situação negativa, o "volume morto", em que se encontra. A hipótese mais provável em caso de impeachment, contudo, é a de que o vice-presidente Michel Temer assuma o Planalto até 2018. Dessa forma, o quadro pode pender para uma virada em que o Lula volte a aparecer como figura muito forte. A longo prazo, a constatação de que Dilma sucumbiu aos próprios erros podem descolar sua imagem da de Lula. A queda da criatura ajuda o criador. Mas é preciso dar tempo ao tempo.
Como esses mais de dez anos de governo do PT serão lembrados? A imagem das gerações futuras é dada pela transmissão de conhecimento. Portanto, precisamos nos perguntar se o que vai prevalecer são os inegáveis ganhos sociais ou a imagem de todos os escândalos, como nunca houve na história deste país, associados ao PT. Não se deve negar os ganhos no terreno social, mas é preciso dizer que os males causados pelo partido nas instituições, na decência administrativa, são de tal ordem que indicam uma apreciação negativa desses anos no futuro.
E Dilma, a primeira mulher na Presidência da República, como entrará para a história? Sou muito a favor do ingresso das mulheres na politica, mas a essa altura isso não tem muita importância. O que prevalece é que o Lula inventou uma pessoa que evidentemente está aquém da capacidade de governar o país.
sábado, 18 de julho de 2015
Ex-prefeito de Tucano tem bens bloqueados, direitos políticos suspensos e terá que pagar multa
O juiz Paulo Ramalho Campos Neto condenou o ex-prefeito de Tucano, José Rubens de Santana Arruda (Rubinho), por ato de improbidade administrativa e determinou o bloqueio de bens materiais e imateriais do ex-gestor em quase meio milhão de reais, suspensão dos direitos políticos por três anos e multa de cinco vezes o valor da remuneração durante o período em que o réu se omitiu na prestação de contas. Com a decisão, o ex-gestor está inelegível e com um rol ainda maior de problemas para resolver.
Rubinho é acusado de não prestar contas de dois convênios celebrados com a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), o que pode ocasionar sérios prejuízos para o município, inclusive torna-lo inadimplente e impossibilitado de celebrar outros convênios com o Poder Público. A penalização para o ex-prefeito inclui, ainda, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais e pagamento das despesas processuais e honorários do procurador do município de Tucano estimadas em R$ 5 mil.
Em decisão amplamente embasada em fundamento teórico-jurídico, o juiz citou os diversos prejuízos que podem decorrer da não prestação de contas e desqualificou a tentativa de defesa apresentada pelo réu. “Alega o réu, em sua defesa prévia, que prestou as contas e anexa aos autos uma mídia digital que, segundo afirma, comprova o alegado. Na supramencionada mídia há dois arquivos digitais. Nenhum dos dois arquivos digitais refere-se à íntegra dos processos administrativos que tramitam no E. Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Entretanto, em relação à segunda parcela, não há qualquer documento que comprove a referida prestação de contas”, pontuou o magistrado.
Para o juiz Paulo Ramalho, a simples apresentação de comprovantes de pagamento da segunda parcela do convênio não é suficiente para reconhecer que as contas foram devidamente pagas. “O demandado deveria ter sido toda a documentação do processo administrativo nº TCE/003781/2008 em trâmite perante o E. Tribunal de Contas do Estado da Bahia, o que não o fez. Pelo contrário, decotou um trecho dos autos, digitalizou e juntou no processo que comprova, apenas, a prestação de contas da 1ª parcela do “Convênio 028-06 Sudesb”, destacou.
Em outro trecho da decisão, ele reforça. “A mera juntada de documento, sem a sua correspondente vinculação expressa com os fatos articulados pelo autor, na exordial, ou pelo réu, na sua defesa, é absolutamente ineficaz a produzir prova de suas alegações […]. No caso dos autos, por exemplo, ao réu caberia juntar uma simples certidão do Tribunal de Contas do Estado da Bahia que atestasse que as contas relativas aos Convênios nº 028/06 e 030/06 foram devidamente prestadas, ainda que em análise pela Corte de Contas Regional. Não o fez e ainda juntou mais de 400 páginas de documentos sem especificação na petição de juntada que possibilitasse a análise dos documentos que comprovassem as suas alegações”, escreveu.
rubensSegundo a decisão do juiz, houve clara omissão com a não prestação das contas. “Além disto, durante o trâmite do presente processo judicial, poderia tê-lo feito, e, também, permaneceu omisso. Aliás, fortalece a configuração do dolo o fato de o réu ter juntado petição alegando que as contas foram prestadas, anexando documentos digitalizados que não comprovam as suas alegações, em clara e vã tentativa de fazer crer que sua omissão
flagrante fora sanada”, diz o texto.
A decisão do juiz julga procedente uma Ação Civil Pública contra o ex-prefeito e foi publicada no dia 14 de julho de 2015. Ainda cabe recurso da sentença.
Redação Portal Tucano
Rubinho é acusado de não prestar contas de dois convênios celebrados com a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), o que pode ocasionar sérios prejuízos para o município, inclusive torna-lo inadimplente e impossibilitado de celebrar outros convênios com o Poder Público. A penalização para o ex-prefeito inclui, ainda, proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais e pagamento das despesas processuais e honorários do procurador do município de Tucano estimadas em R$ 5 mil.
Em decisão amplamente embasada em fundamento teórico-jurídico, o juiz citou os diversos prejuízos que podem decorrer da não prestação de contas e desqualificou a tentativa de defesa apresentada pelo réu. “Alega o réu, em sua defesa prévia, que prestou as contas e anexa aos autos uma mídia digital que, segundo afirma, comprova o alegado. Na supramencionada mídia há dois arquivos digitais. Nenhum dos dois arquivos digitais refere-se à íntegra dos processos administrativos que tramitam no E. Tribunal de Contas do Estado da Bahia. Entretanto, em relação à segunda parcela, não há qualquer documento que comprove a referida prestação de contas”, pontuou o magistrado.
Para o juiz Paulo Ramalho, a simples apresentação de comprovantes de pagamento da segunda parcela do convênio não é suficiente para reconhecer que as contas foram devidamente pagas. “O demandado deveria ter sido toda a documentação do processo administrativo nº TCE/003781/2008 em trâmite perante o E. Tribunal de Contas do Estado da Bahia, o que não o fez. Pelo contrário, decotou um trecho dos autos, digitalizou e juntou no processo que comprova, apenas, a prestação de contas da 1ª parcela do “Convênio 028-06 Sudesb”, destacou.
Em outro trecho da decisão, ele reforça. “A mera juntada de documento, sem a sua correspondente vinculação expressa com os fatos articulados pelo autor, na exordial, ou pelo réu, na sua defesa, é absolutamente ineficaz a produzir prova de suas alegações […]. No caso dos autos, por exemplo, ao réu caberia juntar uma simples certidão do Tribunal de Contas do Estado da Bahia que atestasse que as contas relativas aos Convênios nº 028/06 e 030/06 foram devidamente prestadas, ainda que em análise pela Corte de Contas Regional. Não o fez e ainda juntou mais de 400 páginas de documentos sem especificação na petição de juntada que possibilitasse a análise dos documentos que comprovassem as suas alegações”, escreveu.
rubensSegundo a decisão do juiz, houve clara omissão com a não prestação das contas. “Além disto, durante o trâmite do presente processo judicial, poderia tê-lo feito, e, também, permaneceu omisso. Aliás, fortalece a configuração do dolo o fato de o réu ter juntado petição alegando que as contas foram prestadas, anexando documentos digitalizados que não comprovam as suas alegações, em clara e vã tentativa de fazer crer que sua omissão
flagrante fora sanada”, diz o texto.
A decisão do juiz julga procedente uma Ação Civil Pública contra o ex-prefeito e foi publicada no dia 14 de julho de 2015. Ainda cabe recurso da sentença.
Redação Portal Tucano
Defesa de Lula pede suspensão de inquérito aberto por tráfico de influência
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta sexta-feira (17) com pedido no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para suspender o inquérito aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) para investigá-lo por tráfico de influência. Segundo o processo de investigação aberto pelo procurador Valtan Timbó Mendes Furtado, da Procuradoria da República no Distrito Federal, na quinta (16), o objetivo é averiguar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Lula para favorecer a Construtora Odebrecht, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Os advogados do ex-presidente argumentam que Valtan Furtado teria interferido em apuração conduzida pela procuradora Mirella Aguiar, que está de férias. Ainda de acordo com o pedido de suspensão, é falso o argumento usado pelo procurador para pedir a instauração do processo: a iminência de esgotamento do prazo de tramitação. Os advogados também dizem que Valtan Furtado não integra os órgãos do Ministério Público que poderiam se ocupar da investigação enquanto Mirella está em férias. Segundo a Agência Brasil, eles alegam que houve “violação dos deveres funcionais” por parte do procurador. Além da suspensão do processo, os advogados do ex-presidente também pedem a abertura de sindicância e processo administrativo disciplinar referente às atitudes de Furtado.
Ferreirinha:"Pelo bom momento que vive politicamente, eu apoiaria Edylene"
Na manhã desta sexta-feira(17)o ex-Prefeito de Serrinha, Dr Ferreirinha, concedeu entrevista na rádio Continental AM, onde respondeu a vários questionamentos dos apresentadores do Jornal Serrinha Hoje. Ao ser indagado a respeito de quem ele apoiaria caso não fosse candidato, o ex-gestor foi enfático “Pelo bom momento que vive politicamente, eu apoiaria Edylene Ferreira. Ela vem crescendo muito, além de seu carisma, Edylene vem visitando escolas em várias comunidades, postos de saúde, além do atendimento à população na Câmara de vereadores, dentre outras demandas que ela vem dando conta com muita competência”. Pontuou.
O ex-gestor demonstrou muita serenidade e preferiu não entrar em polêmicas afirmando que ainda é muito cedo para qualquer tipo de conjectura e outras avaliações políticas: “ Eu não avalio um gestor pelo partido que ele pertence, até porque todos os partidos têm pessoas boas e ruins”, Finalizou Ferreirinha.
Além de assuntos ligados à política, Dr Ferrerinha também se pronunciou a respeito da ameaça de fechamento do Frigo Serra, para ele, a competência é da Prefeitura providenciar meios de fiscalização, a exemplo da vigilância sanitária, para que possa se reduzir ao máximo o abates clandestinos que acontecem. Afirmou que vêm conversando com o Conselheiro Plínio Carneiro e que pretende através desses diálogos chegar a um denominador Político. A entrevista que durou 50 minutos, foi considerada proveitosa pela produção de jornalismo da emissora que fez questão de reafirmar que o Médico e político, poderá voltar outras vezes à emissora.Fonte:ASCOM/Edylene Ferreira
O ex-gestor demonstrou muita serenidade e preferiu não entrar em polêmicas afirmando que ainda é muito cedo para qualquer tipo de conjectura e outras avaliações políticas: “ Eu não avalio um gestor pelo partido que ele pertence, até porque todos os partidos têm pessoas boas e ruins”, Finalizou Ferreirinha.
Além de assuntos ligados à política, Dr Ferrerinha também se pronunciou a respeito da ameaça de fechamento do Frigo Serra, para ele, a competência é da Prefeitura providenciar meios de fiscalização, a exemplo da vigilância sanitária, para que possa se reduzir ao máximo o abates clandestinos que acontecem. Afirmou que vêm conversando com o Conselheiro Plínio Carneiro e que pretende através desses diálogos chegar a um denominador Político. A entrevista que durou 50 minutos, foi considerada proveitosa pela produção de jornalismo da emissora que fez questão de reafirmar que o Médico e político, poderá voltar outras vezes à emissora.Fonte:ASCOM/Edylene Ferreira
Deputado Gika:"Audiência com secretário de Saúde rende bons frutos"
Em audiência com o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, o deputado estadual Gika Lopes, acompanhado pelo prefeito de Serrinha e de Teofilândia, Osni Cardoso e Adriano de Araújo, respectivamente, apresentaram e acompanharam o andamento de demandas dos municípios. Dentre os compromissos assumidos pelo secretário estão o aumento do teto para hemodiálise em Serrinha e a efetivação de um projeto para reforma do hospital de Teofilândia.
As demandas apresentadas por Osni Cardoso contemplaram, além do aumento do teto para hemodiálise, a melhoria na regulação, aquisição de novas ambulâncias, e o avanço na efetivação do consórcio para montar as políticas de Samur e policlínicas.
Na oportunidade, o prefeito de Teofilândia, Adriano de Araújo, e a secretária de saúde do município, Núbia Leite, apresentaram ao secretário um projeto de reforma e ampliação do hospital municipal. Em resposta, Fábio Vilas-Boas solicitou readequação do projeto e se comprometeu em investir com aporte financeiro para colocá-lo em prática, o mais breve possível, visto a necessidade exposta pelos representantes da região.
Gika Lopes agradeceu ao secretário a oportunidade e reafirmou: “A nossa intenção é fortalecer os hospitais municipais, descentralizando e ampliando serviços e estruturas para atendimentos. Para tanto, continuaremos solicitando e acompanhando a realização dos compromissos.”
Texto:Ana Rosa Ribeiro
As demandas apresentadas por Osni Cardoso contemplaram, além do aumento do teto para hemodiálise, a melhoria na regulação, aquisição de novas ambulâncias, e o avanço na efetivação do consórcio para montar as políticas de Samur e policlínicas.
Na oportunidade, o prefeito de Teofilândia, Adriano de Araújo, e a secretária de saúde do município, Núbia Leite, apresentaram ao secretário um projeto de reforma e ampliação do hospital municipal. Em resposta, Fábio Vilas-Boas solicitou readequação do projeto e se comprometeu em investir com aporte financeiro para colocá-lo em prática, o mais breve possível, visto a necessidade exposta pelos representantes da região.
Gika Lopes agradeceu ao secretário a oportunidade e reafirmou: “A nossa intenção é fortalecer os hospitais municipais, descentralizando e ampliando serviços e estruturas para atendimentos. Para tanto, continuaremos solicitando e acompanhando a realização dos compromissos.”
Texto:Ana Rosa Ribeiro
Comando do 16º Batalhão de Serrinha convoca a imprensa para apresentar balanço do 1º semestre 2015
Total 1º semestre de 2014 - 63 homicídios – Total 2015 58 homicídios, 5 mortes a menos o que representa redução de 7,94%.
O comando do 16º Batalhão da Policia Militar – BPM com sede em Serrinha, através do tenente coronel Nilton Paixão reuniu a imprensa da região na manhã desta sexta-feira,17, no auditório da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, para um café da manhã e em seguida apresentação das ações da Policia Militar tanto pelo lado social como também números de ocorrências criminais, de 1º de janeiro a 30 de junho, ou seja primeiro semestre deste ano com um comparativo com o ano passado.
comando do 16º BPM Serrinha - 1 - foto- Raimundo Mascarenhas
Auxiliado por dois oficiais capitão Joilson Lessa e Agassiz Sampaio o coronel pôde de forma bem definida e de fácil compreensão apresentar através de um Datashow o que foi realizado em todos municípios vinculados ao 16º BPM.
Mas quem esteve registrando a reunião não ficou sabendo apenas o número de homicídios, que embora esteja alto, segundo o coronel, teve uma queda de quase 8% em relação ao mesmo período de 2014. A imprensa tomou conhecimento também das diversas ações comunitárias, programas e projetos, ações operacionais e o que pretende realizar para prestar um serviço ainda melhor a sociedade.
No item Ações Comunitárias o comandante destacou o Projeto Todos Parceiros Paz nas Escolas – TOPAPES que consiste em ronda escolar, palestra para comunidade escolar. Direcionado a educadores, alunos, funcionários e pais; interação PM e Comunidade Escolar. E o Projeto quartel de Portas Abertas com visitas as sedes de subunidades, interação PM & Comunidade, grupo de 25 – 30 crianças, palestra de cidadania, entre outros ações comunitárias.
No item Ações Operacionais foi apresentado aos jornalistas como vem sendo realizado o trabalho ostensivo da PM com destaque para operações: Intensificação, Sentinela do Sertão e Ronda Rural de Araci, Município cuja população rural é maior que a sede.
Ações Destaque no primeiro semestre o comando do 16º BPM considera a apreensão de mais de 2 mil quilos de dinamites na cidade de Valente quando os policiais abordaram um caminhão com dezenas de caixas contendo explosivos. Apreensão de drogas e armas também foram consideradas como ações importantes da PM.
No gráfico com os dados do CVLI que mostra a quantidade de homicídios, está organizado por cada mês do ano. Janeiro 2014 – 9 homicídios, este ano no mesmo mês foram 10. Fev 2014 09 homicídios a mesma quantidade de fev 2015. Março 2014 – 7 março 2015 – 10, abril 2014 13 a mesma quantidade em abril deste ano. Maio 2014 teve dois a mais em relação a 2015 (10 contra 8 homicídios). Em junho caiu quase pela metade em relação ao ano passado, teve 8 homicídios contra 15 em 2014.
Total 1º semestre de 2014 – 63 homicídios – Total 2015 58 homicídios, 5 mortes a menos o que representa redução de 7,94%.
Serrinha teve queda significativa no número de homicídios, no primeiro semestre de 2014 houve 19 enquanto que no mesmo período deste ano 2015 apenas 4. Na 3ª Cia ano passado foram 14 este ano subiu para 20, 4ª Cia 18 homicídios tanto em 2014 quanto 2015 e 5ª Cia caiu pela metade o número de homicídios em relação ao ano passado, 12 contra 6. Números que fecham o mesmo resultado do gráfico acima. 63 contra 58.
Esquerda para a direita: PM Haldrin, PM Sandra, capitão Agassiz, ten.cel Nilton Paixão, capitão Lessa e PM Josélia.
Tenente coronel Nilton Paixão disse que os números ainda são muito altos, mas acredita que poderão baixar ainda mais, pois o trabalho do PROERD, os Projetos desenvolvidos nas escolas poderão surtir grandes efeitos. Lamentou o crescimento da droga sobretudo o crack que segundo ele o Nordeste do Brasil é onde se consome a maior quantidade da droga e consequentemente é a principal geradora da violência.” Mas estamos trabalhando focado em combater a droga, a imprensa tem noticiado constantemente a apreensão de droga e prisão de traficantes, e vamos continuar com esse mesmo trabalho”, garantiu o comandante.
0 levantamento foi feito quando o 16º Batalhão da Policia Militar era composto pelos municípios de Serrinha, Santa Bárbara, Santanópolis, Lamarão, Barrocas, Teofilândia, Araci, Santaluz, Valente, São Domingos, Retirolândia, Coité, Riachão do Jacuípe, Pé de Serra, Nova Fátima e Capela do Alto Alegre, Ichu, Candeal e Tanquinho. Mas para a próxima estatística do 2º semestre não contará com Riachão do Jacuípe que passou recentemente a condição de Companhia Independente e assumiu também a responsabilidade pelos municípios de Pé de Serra, Nova Fátima e Capela do Alto Alegre.
Santaluz se desvincula da 4ª Cia de Coité e também passa a ser Companhia do 16º BPM e terá a responsabilidade de Valente e São Domingos. Coité fica apenas com Retirolândia e Ichu. Santaluz permanece dentro das futuras estatísticas do 16º.
Fonte:Calila Noticias-Fotos: Raimundo Mascarenhas
Governadores nordestinos fazem carta contra impeachment de Dilma
Um manifesto feito pelos nove governadores do Nordeste rejeitou pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A “Carta de Teresina” foi escrita durante encontro dos gestores nesta sexta-feira (17) na capital piauiense. Na missiva oficial, os governadores também pediram recursos do governo federal para as áreas de segurança pública, previdência, ciência e tecnologia. "Definitivamente, não será pela via tortuosa da judicialização da política, da politização da justiça ou da parlamentarização forçada que faremos avançar e consolidar o processo democrático", diz a carta. Segundo a Folha, Dilma e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), também receberam apoio de governadores da oposição. Governadores do PSB, como Ricardo Coutinho (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco) e o governador em exercício de Sergipe, Belivaldo Chagas, também assinaram o manifesto.
Viciados em smartphones crescem 60%, aponta estudo
Um estudo feito nos EUA aponta que o número de pessoas viciadas em smartphones cresceu quase 60% entre 2014 e 2015. De acordo com o Flurry Analytics, atualmente 280 milhões de pessoas no mundo são consideradas como viciadas no dispositivo móvel, contra 176 milhões registradas em 2014. Caso fossem reunidos em um país, os viciados em smartphones já seriam a quarta maior nação do mundo, atrás da China, Índia e EUA e à frente da Indonésia. De acordo com o Estadão, a pesquisa tomou como base informações colhidas de apps usados em cerca de 1,8 bilhão de smartphones ao redor do mundo. Conforme a pesquisa, são considerados viciados em smartphone pessoas que usam aplicativos mais de 60 vezes por dia. O índice leva em consideração a média de que cada usuário abre um app dez vezes por dia. Os viciados seriam, portanto, aqueles que usam esses apps seis vezes mais do que a média. São classificadas como "normais" as pessoas que usam apps até 16 vezes por dia (985 milhões, alta de 25%) e chamados de "super" usuários aquele que abrem apps entre 16 e 60 vezes por dia (590 milhões, alta de 34% na comparação com o ano anterior). Os aplicativos mais acessados são os de mensagens e os sociais, usados 556% mais vezes por esse grupo do que por usuários comuns. Isso significa que eles acessam 6,5 vezes mais serviços como o Facebook, WhatsApp e o Twitter do que a média de usuários da web.
Vitória derrota o CRB no Barradão e dorme na liderança da Série B
O Vitória voltou a mostrar força diante da torcida e venceu com tranquilidade o CRB por 3 a 1 na noite desta sexta-feira (17), assumindo a liderança da Série B, com 26 pontos. Agora, o Leão precisa "secar" os outros times da ponta da tabela neste sábado, mas já tem vaga garantida no G4 na rodada. O time pode ser ultrapassado por Botafogo ou Náutico - que se enfrentam-, América-MG e Bahia - precisa torcer por empate entre os dois primeiros e derrota dos dois últimos para seguir na ponta.
O Leão dominou o jogo desde o princípio, pressionando bastante o CRB, que mal conseguia sair do seu campo. E não demorou para a pressão dar resultado, forçando o erro da zaga do time alagoano - aos 11 minutos, Daniel Marques tentou cortar e acabou fazendo gol contra, quando o goleiro já se preparava para fazer a defesa.
Vencendo, o Vitória continuava a buscar ampliar o placar. Aos 21 minutos, depois de bela jogada de Diego Renan, Rhayner furou na frente do gol, perdendo chance de marcar. Depois, o time acabou diminuindo o ritmo e permitindo que o CRB crescesse na partida, embora o time visitante tivesse dificuldades em criar perigo. Mas o segundo gol saiu para tranquilizar a torcida rubro-negro. Aos 42, Elton aproveitou cruzamento de Amaral para cabecear e ampliar o placar leonino.
Minutos depois, Diogo Mateus marcou de cabeça depois de confusão na área do CRB, construindo um placar bem confortável para o Vitória no primeiro tempo. No segundo tempo, o Vitória diminuiu o ritmo, já com o jogo sob controle. Acabou cochilando e deixando o CRB marcar o gol de honra, já nos acréscimos da partida, com Leandro Brasília.
Sábado que vem, o Leão visita o Náutico. Sem Ramon e Diogo, ambos suspensos.
Ao contrário do que aconteceu na última quarta-feira (15), quando teve uma lista de 11 desfalques, o treinador Sérgio Soares vai poder contar com a volta de cinco importantes peças da equipe considerada titular.
A começar pela defesa, com a entrada de três atletas. Tony retorna ao time no lugar de Adriano, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Quem também vai estar em campo desde o apito inicial é o capitão Titi e o lateral-esquerdo Marlon.
No meio de campo, fora do confronto em Belém, por ter atuado na Copa do Brasil por outra agremiação, o armador Eduardo tem retorno garantido no lugar do jovem João Paulo.
A melhor notícia vem por último. O argentino Maxi Biancucchi, vice-artilheiro do Bahia na temporada, está recuperado do incômodo na região do quadril. Ele está confirmado e será o companheiro do jovem Jacó no ataque do esquadrão.
FICHA TÉCNICA:
Série B - 13ª rodada
Criciúma x Bahia
Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC)
Data: 18/07/2015
Horário: 16h30
Árbitro: Daniel Almeida Real (RS)
Auxiliares: Carlos Henrique Selbach e Lúcio Beiersdorf Flor
Criciúma: Edson; Maicon Silva, Fábio Ferreira, Adalberto e Guilherme Santos; Marcão, Paulinho e Rodrigo Andrade; Lucca, Juba e Neto Baiano; Técnico: Petkovic.
Bahia: Douglas Pires; Tony, Robson, Titi e Marlon; Yuri, Gustavo, Tiago Real e Eduardo; Maxi Biancucchi e Jacó. Técnico: Sérgio Soares.Fonte:Bahia Noticias
O Leão dominou o jogo desde o princípio, pressionando bastante o CRB, que mal conseguia sair do seu campo. E não demorou para a pressão dar resultado, forçando o erro da zaga do time alagoano - aos 11 minutos, Daniel Marques tentou cortar e acabou fazendo gol contra, quando o goleiro já se preparava para fazer a defesa.
Vencendo, o Vitória continuava a buscar ampliar o placar. Aos 21 minutos, depois de bela jogada de Diego Renan, Rhayner furou na frente do gol, perdendo chance de marcar. Depois, o time acabou diminuindo o ritmo e permitindo que o CRB crescesse na partida, embora o time visitante tivesse dificuldades em criar perigo. Mas o segundo gol saiu para tranquilizar a torcida rubro-negro. Aos 42, Elton aproveitou cruzamento de Amaral para cabecear e ampliar o placar leonino.
Minutos depois, Diogo Mateus marcou de cabeça depois de confusão na área do CRB, construindo um placar bem confortável para o Vitória no primeiro tempo. No segundo tempo, o Vitória diminuiu o ritmo, já com o jogo sob controle. Acabou cochilando e deixando o CRB marcar o gol de honra, já nos acréscimos da partida, com Leandro Brasília.
Sábado que vem, o Leão visita o Náutico. Sem Ramon e Diogo, ambos suspensos.
No retorno de Maxi, Bahia tem dura tarefa contra o Criciúma em SC
Com a possibilidade de quem sabe assumir a liderança do Campeonato Brasileiro da Série B, na tarde deste sábado (18), o reforçado time do Bahia enfrenta a motivada equipe do Criciúma, às 16h30, no Estádio Heriberto Hülse.Ao contrário do que aconteceu na última quarta-feira (15), quando teve uma lista de 11 desfalques, o treinador Sérgio Soares vai poder contar com a volta de cinco importantes peças da equipe considerada titular.
A começar pela defesa, com a entrada de três atletas. Tony retorna ao time no lugar de Adriano, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Quem também vai estar em campo desde o apito inicial é o capitão Titi e o lateral-esquerdo Marlon.
No meio de campo, fora do confronto em Belém, por ter atuado na Copa do Brasil por outra agremiação, o armador Eduardo tem retorno garantido no lugar do jovem João Paulo.
A melhor notícia vem por último. O argentino Maxi Biancucchi, vice-artilheiro do Bahia na temporada, está recuperado do incômodo na região do quadril. Ele está confirmado e será o companheiro do jovem Jacó no ataque do esquadrão.
FICHA TÉCNICA:
Série B - 13ª rodada
Criciúma x Bahia
Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC)
Data: 18/07/2015
Horário: 16h30
Árbitro: Daniel Almeida Real (RS)
Auxiliares: Carlos Henrique Selbach e Lúcio Beiersdorf Flor
Criciúma: Edson; Maicon Silva, Fábio Ferreira, Adalberto e Guilherme Santos; Marcão, Paulinho e Rodrigo Andrade; Lucca, Juba e Neto Baiano; Técnico: Petkovic.
Bahia: Douglas Pires; Tony, Robson, Titi e Marlon; Yuri, Gustavo, Tiago Real e Eduardo; Maxi Biancucchi e Jacó. Técnico: Sérgio Soares.Fonte:Bahia Noticias
Sobe para 49 número de pacientes com Guillain-Barré na Bahia
O número de pessoas que contraíram a síndrome Guillain-Barré na Bahia subiu de 42 para 49, segundo informações da Superintendência de Vigilância e Proteção à Saúde (Suvisa). De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), dos 49 casos confirmados, 47 tinha histórico de dengue, zika ou chikungunya. Dos casos notificados, 23 foram descartados, 24 continuam em investigação e cinco são de outros problemas neurológicos.
Em Feira de Santana três caso da síndrome já foram registrados. Uma mulher de 45 anos apresentou os sintomas da doença no início de junho, mas recebeu o tratamento e já está em casa, segundo informações da Vigilância Epidemiológica do município.
Na última segunda-feira (13), uma menina de 7 anos foi internada no Hospital Estadual da Criança (HEC), e o pedreiro Josiel Lima de Sá, 37, deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
A coordenadora da Atenção Básica da Secretaria municipal de Saúde, Valdenice Queiroz, informou que a estrutura das Unidades Básicas de Saúde e das Unidades de Saúde da Família de Feira de Santana vai ser reforçada com mais medicamentos para atender os pacientes.
Em Feira de Santana três caso da síndrome já foram registrados. Uma mulher de 45 anos apresentou os sintomas da doença no início de junho, mas recebeu o tratamento e já está em casa, segundo informações da Vigilância Epidemiológica do município.
Na última segunda-feira (13), uma menina de 7 anos foi internada no Hospital Estadual da Criança (HEC), e o pedreiro Josiel Lima de Sá, 37, deu entrada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
A coordenadora da Atenção Básica da Secretaria municipal de Saúde, Valdenice Queiroz, informou que a estrutura das Unidades Básicas de Saúde e das Unidades de Saúde da Família de Feira de Santana vai ser reforçada com mais medicamentos para atender os pacientes.
Pai de Cristiano Araújo processa Zeca Camargo por danos morais
O pai de Cristiano Araújo, João Reis, e a empresa CA Produções Artísticas, que gerenciava a carreira do cantor, abriram processo nesta quinta-feira contra o jornalista Zeca Camargo por danos morais. A ação é motivada pela crônica que Camargo fez no Jornal das Dez, do canal pago GloboNews. No texto, Zeca comparava a comoção com a morte do cantor, que havia acontecido dias antes, com a popularidade dos livros para colorir, como uma prova da "atual pobreza da alma cultural brasileira".
Segundo a advogada Fernanda Moreira, sócia da Mendonça Moreira e Prado Consultoria Jurídica, que representa a CA Produções Artísticas, a ação movida contra o jornalista tem caráter pedagógico. Caso o pai do cantor e a empresa vençam o processo, o valor da indenização, a ser determinado pelo juiz, será destinado a um fundo a ser criado de apoio à cultura sertaneja e também para a Casa de Apoio São Luiz, de Goiânia, que dá suporte a pacientes em tratamento contra o câncer.
O processo classifica como preconceituosa a crítica de Zeca. "O falecimento (...) causou uma comoção nacional pelo amor de seu público e pela força com que este amor se disseminou. Amor, um sentimento subjetivo que pertence ao agente e não a qualquer outra pessoa que esteja do lado de fora. Cabe aqui ressaltar conceitos filosóficos e subjetivos, pois o dano moral se deu exatamente na tentativa do requerido (Zeca Camargo) em 'debochar' deste sentimento. Amor dos fãs, da família, dos empresários e das pessoas que com ele trabalhavam. Todas essas pessoas sofrendo, à sua maneira, com a morte trágica ocorrida a apenas a quatro dias da crônica cruel, infundada, insensível, debochada e preconceituosa do requerido", diz o texto da ação.
No processo, a crônica do jornalista é transcrita e alguns trechos são grifados. Depois, os advogados voltam a se dirigir ao juiz. "Excelência, veja que o texto foi escrito e interpretado de forma completamente preconceituosa, sem ao menos medir o peso que suas palavras teriam sobre os fãs, a família, amigos e sobre toda a cultura sertaneja de uma forma geral. É notório que a crônica tinha o cunho de denegrir a imagem não apenas do cantor, falecido e sem qualquer condição de se defender, como também da própria música sertaneja brasileira."
A crônica - O texto de Zeca Camargo foi encomendado pelo Jornal das Dez e lido no sábado, dia 27 de junho. O jornalista ainda afirmava que o cantor "talvez tenha morrido cedo demais para provar que poderia ser uma paixão nacional". A reflexão se tornou alvo de comentários raivosos, que levaram Camargo a tentar se redimir durante o VídeoShow, onde, para piorar, chamou o cantor de "Cristiano Ronaldo", e também em seu blog, com um texto em que explica o que quis dizer durante o telejornal. Nas redes sociais, os sertanejos chegaram a criar uma corrente contra a crônica e nomes como a dupla Henrique e Juliano, Fernando e Sorocaba e Israel Novaes publicaram imagens em que aparecem de ouvidos tapados como forma de protesto, criando também a hashtag #QuemEZecaCamargo.
"Então agora o negócio é comigo. Muito bem. Não tenho medo das minhas opiniões até porque está claro para mim que minha crítica não era ao artista nem ao luto dos fãs, mas à cobertura que se fez e ao vazio do discurso sobre cultura no Brasil", disse Camargo em seu blog. "Como uma amiga comentou, só posso ser responsável pelo que escrevo, não pelo que os outros entendem. Aceito ser o foco agora desta catarse -- até por admiração ao cantor. É disso que os fãs precisam agora? Sirvam-se."
"Cristiano Araújo, porém, com todo seu carisma e talento, floresceu numa época diferente do pop, quando as carreiras são mais 'relâmpago' e com um quociente de adoração 'imediato'. Seu fãs de coração, atônitos diante da perda, abraçaram qualquer gesto solidário -- mesmo de quem nunca havia ouvido falar do cantor", argumentou. "Munidos apenas da emoção -- e de uma má interpretação da minha crônica --, esses fãs acreditaram, alimentados por uma meia dúzia de comentários confusos, que eu os acusava de alguma coisa, ou pior, que eu apontava o dedo para seu ídolo, quando na verdade eu tentava entender o que faz justamente o outro grupo -- o de 'não fãs' -- a reagir da maneira como o fizeram", explicou o jornalista.
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